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Sábado, Julho 22, 2006

Marisa seduz Rio com show de requinte

Com seu apurado senso estético, Marisa Monte chegou, enfim, ao Rio com a turnê Universo Particular. Para um público que lotou a casa Claro Hall na noite de sexta-feira, 21 de julho, a cantora apresentou basicamente o mesmo roteiro da estréia do show, em Curitiba (PR), em abril. A diferença foi o acréscimo de Tema de Amor, música menos conhecida do disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor (2000). E o que se viu - mais uma vez - foi a extraordinária capacidade de Marisa de ser sofisticada e popular ao mesmo tempo. Inovador, o espetáculo é de um requinte raramente visto em palcos brasileiros. Um cenário hi-tech (com projeções, gruas, torres e painéis que são posicionados de forma diferente a cada número) e uma luz cinematográfica ajudam a construir uma atmosfera de delicadeza para realçar o universo todo particular da artista, a mais importante de sua geração, referência obrigatória para todas as cantoras surgidas a partir dos anos 90.

Sambas (com a ausência sempre sentida de O Bonde do Dom, a música de trabalho do CD Universo ao meu Redor), canções de tom pop (Pra Ser Sincero já é um hit e Até Parece vai pelo mesmo caminho), músicas dos Tribalistas (Carnalismo continua sendo um dos números mais aplaudidos pela densidade e Passe em Casa continua irresistível), sucessos antigos (Segue o Seco, com velas projetadas nos telões, é de beleza indescritível) e até uma inédita (a dançante Não é Proibido, com suingue à moda de Tim Maia) formam mosaico refinado de referências e sutilezas que envolvem o espectador.

Universo Particular é o show da maturidade de Marisa Monte. Ela canta com segurança, como se a voz fosse mais um entre os instrumentos do arsenal de cordas e percussões que emoldura as músicas. Resumindo: um show de sofisticação que, enfim, chegou ao Rio para temporada de três semanas, com a possibilidade provável de se estender por uma quarta. Confira! Dificilmente, um espetáculo tão sedutor aportará em palcos cariocas em 2006.

Novo disco de Marina já está no forno...

Esta é a capa do novo disco de Marina Lima, Lá nos Primórdios, nas lojas a partir de 4 de agosto, com distribuição da EMI. Gravado em estúdio, o CD teve origem no incensado show Primórdios, apresentado pela cantora no ano passado, em São Paulo, com direção de Monique Gardenberg. Marina mistura no álbum releituras de seu próprio repertório ($ Cara, Difícil, Meus Irmãos), regravação de um samba de Chico Buarque (Dura na Queda), cinco inéditas (Que Ainda Virão, Ana Bella, Valeu, Três e Entre as Coisas) e versão de música de Laurie Anderson (Beautiful Red Dress, rebatizada Vestidinho Vermelho). Trata-se do primeiro trabalho fonográfico da artista desde seu fracassado Acústico MTV, editado em 2003.

Biscoito Fino reedita mais um CD de Gil

Depois de reeditar (em parceria com o selo Pau Brasil) o CD O Sol de Oslo, lançado por Gilberto Gil em 1998 com produção de Rodolfo Stroeter, a Biscoito Fino vai pôr nas lojas mais um disco do compositor. Trata-se do pouco conhecido Gil Luminoso, editado originalmente em 1999, encartado no livro homômino do artista plástico Bené Fontelles. No CD, Gil regrava alguns de seus sucessos no formato voz e violão.

Nando Reis batiza disco pop de Negra Li

Ao que tudo indica, a gravadora Universal quer dar um tratamento mais pop ao primeiro disco solo de Negra Li. A faixa-título, Negra Livre, foi composta sob encomenda por Nando Reis. Já a música de trabalho, Você Vai Estar na Minha, é assinada por Marisa Monte, em parceria com Lino Crizz. Atual queridinho da cena pop, Paul Ralphes assina a produção do CD. A idéia parece ser dissociar um pouco Negra do universo do hip hop. Até porque o CD anterior da rapper paulista - Guerreiro, Guerreira, feito em dupla com Helião - não surtiu o efeito comercial esperado pela gravadora. Na foto à esquerda, clicada por Luciana Tancredo no estúdio AR, Negra posa com Caetano Veloso durante a regravação da música Meus Telefonemas, composta pelo baiano com os músicos do AfroReggae e lançada pelo grupo em 2000 em seu primeiro CD, Nova Cara.

Músico vira parceiro de Clarice Lispector

Ex-guitarrista da banda Penélope, Luisão Pereira (foto) virou parceiro de Clarice Lispector. Ele musicou um texto da escritora, A Catedral de Berna. O resultado já pode ser conferido na internet, no site Trama Virtual, no qual Luisão já disponibilizou esta semana outra música, Saudade sem Medida, composta em parceria com Mateus Borba. "As gravações são caseiras. Eu toco todos os instrumentos e tento defender a canção com a minha sofrível voz. Mesmo assim, acho que ta valendo à pena", recomenda Luisão, de Salvador (BA), onde vive já há alguns anos. Para quem quiser ouvir o tema, o endereço é www.tramavirtual.com.br/luisão - página que abriga várias gravações dessa fase solo do músico.
Sexta-feira, Julho 21, 2006

Aragão se renova na variedade do samba

Resenha de CD
Título:
E Aí?
Artista:
Jorge Aragão
Gravadora:
Indie Records
Cotação:
* * * *

Assim como seu samba Coisinha do Pai, usado em 1997 para acordar robô da NASA, Jorge Aragão quase viu sua carreira ir para o espaço por conta de sucessivos e redundantes CDs ao vivo. Mas sua dilapidada obra ganha novo fôlego com o disco de inéditas E Aí?, que, espera-se, não seja atropelado por outro álbum ao vivo como aconteceu com o anterior Da Noite pro Dia (2004).

A renovação está, sobretudo, no tom do disco. Há, sim, os sambas dolentes e melancólicos que costumar dominar os trabalhos de Aragão e fazem saltar a veia poética do artista. A Vida É Rápida, Emoção Sincera (de autoria de Sombra) e Ninguém É Perfeito são alguns deles. Mas E Aí? é CD alegre, jovial.

Sem sair de seu quintal, Aragão transita pela diversidade rítmica do samba. Se À Sombra da Amendoeira tem cadência baiana próxima da chula, inaugurando a parceria do compositor com Jorge Portugal e Roberto Mendes, Não É Segredo é delicioso samba de quadra composto por Aragão com Flávio Cardoso. Já Adepto do Samba Sincopado exibe, como o título já anuncia, uma melodia toda balançada, à moda dos sambas popularizados por Cyro Monteiro nos anos 40.

A maior surpresa é a adesão de Aragão ao samba-rock. Ele tirou do baú jóia pouco lapidada do gênero - e a preciosidade vem do repertório de Roberto e Erasmo Carlos! Mané João teve sua primeira gravação em 1972, em LP magistral do Tremendão. A leitura de Erasmo continua imbatível, mas Aragão não derrapa no suingue do tema. A outra regravação, menos surpreendente, é Partido Alto. O clássico de Chico Buarque, também de 1972, ressurge em tom suave, sem o rancor (necessário nos anos de chumbo) do registro do autor.

Aragão, aliás, soube colher frutos em árvores alheias. Retrato da Desilusão é obra-prima da parceria bissexta de Monarco com seu filho Mauro Diniz. A dor expressa na letra contrasta com a pulsação vibrante do samba. Malaco (Alcino Correia e Márcio Vanderlei) é bela ode aos bambas do Império Serrano. E Disciplina (Serginho Meriti e Frank Daiello) é samba de boa estirpe.

Em disco produzido com arranjos calcados em percussões e metais, sem os teclados que por vezes pausterizam o samba, Sem Dívida Nem Dúvida abre o trabalho em clima suburbano e reafirma a inspiração autoral de Jorge Aragão, que se renova quando o deixam ir para o estúdio...

Dead Fish chega íntegro ao sétimo disco

Resenha de CD
Título:
Um Homem Só
Artista:
Dead Fish
Gravadora:
Deckdisc
Cotação:
* * *

Sem querer impressionar ou inovar, o grupo capixaba chega ao sétimo disco, Um Homem Só, íntegro e fiel ao seu hardcore honesto e eventualmente mais melódico. Os versos de Didático dão o toque político de um disco que, coerente com seu título, passa desesperança nas letras de temas como Rei de Açúcar e a sombria Oldboy. A produção de Rafael Ramos - co-dirigida por Hóspede e Philippe, músicos do Dead Fish - é correta. Em suma, quem já conhece a banda vai gostar do CD. Quem desconhece vai provavelmente continuar ignorando o grupo. Um Homem Só oferece mais do mesmo. Com dignidade. E com senha que possibilita (ao consumidor das duas mil cópias iniciais) o download gratuito de música inédita, A Recompensa, ausente do álbum.

Record propaga outra música de 'Hoje'

Cogitada para a trilha de Páginas da Vida, Te Adorar - parceria de Lokua Kanza com Carlos Rennó, gravada por Gal Costa em seu disco Hoje - acabou não entrando na seleção musical da novela global. Mas Sexo e Luz, outra parceria de Lokua com Rennó, vai ser ouvida na trilha de Bicho do Mato, a nova novela da Rede Record. Vale lembrar que a mesma Record propagou outra faixa de Hoje, Mar e Sol, em sua trama anterior, Prova de Amor.

Seu Jorge funciona melhor sem som cru

Resenha de DVD
Título:
Live at Montreux 2005
Artista:
Seu Jorge
Gravadora:
ST2
Cotação:
* * *

A edição de um DVD de Seu Jorge em série internacional que perpetua registros de shows no tradicional festival suíço - coleção que inclui vídeos de nomes como Ray Charles e Ella Fitzgerald - já dá a dimensão do prestígio do artista brasileiro, conhecido no exterior a partir de sua participação como ator no filme Cidade de Deus. E o fato é que a gravação deste Live at Montreux 2005 é bacana. Como seu (fraco) segundo disco solo já mostrou, Jorge funciona melhor sem um som cru, calcado apenas no violão. Em sua apresentação no festival, o cantor teve a seu dispor um arsenal percussivo que o ajudou a mostrar seu suingue em temas próprios (Mania de Peitão, Tive Razão, São Gonça) e alheios (Coqueiro Verde, samba-rock da lavra de Erasmo Carlos). Tanto que um solo de percussão encerra a apresentação após Jorge entrar na seara baiana para reviver Depois que o Ilê Passar. O áudio excelente valoriza o bom show. Comunicativo, o artista conversa com a platéia e parece se sentir em casa. É isso aí.

Ângela RoRo finaliza disco de inéditas

Já está pronto o disco de inéditas gravado por Ângela RoRo para a Indie Records. Ainda sem título, o CD foi produzido pela própria cantora, com arranjos de Ricardo McCord, o tecladista que a acompanha em shows e que assina boa parte do repertório em parceria com RoRo. Compasso, Contagem Regressiva, Chance de Amar (parceria de RoRo com Antonio Adolfo), Loucura Maior e Dorme e Sonha (de autoria somente de RoRo) são algumas músicas do álbum. À esquerda, um flagrante da artista durante a sessão de fotos para a capa do disco.

Já a gravação do primeiro DVD da compositora - prevista inicialmente para julho - deverá acontecer somente em setembro, no Rio de Janeiro.
Quinta-feira, Julho 20, 2006

Ao vivo, Fernanda já parece sem porto...

Resenha de CD / DVD
Título:
Fernanda Porto ao Vivo
Artista:
Fernanda Porto
Gravadora:
EMI
Cotação:
* *

No terceiro título de sua discografia, o primeiro gravado ao vivo, Fernanda Porto se distancia cada vez mais da cena eletrônica - que projetou seu nome há alguns anos em São Paulo - e se aproxima da MPB. O problema, nítido neste confuso Fernanda Porto ao Vivo, é que a cantora parece perdida em algum ponto entre os dois universos. A compositora que se revelou interessante em seu primeiro CD (Fernanda Porto, 2002) não reeditou o brilho no segundo (Giramundo, 2004) e saiu da Trama batendo a porta. A artista encontrou abrigo na EMI, a gravadora na qual já estréia com a dobradinha DVD / CD ao vivo tão ao gosto da indústria fonográfica.

Fernanda Porto ao Vivo é o pior dos três trabalhos da artista. Para começar, as músicas inéditas são irregulares. O destaque é a lírica Saudade do que Não Tive. Já Seu Nome na Areia chega a jogar Porto na vala comum do romantismo banal. As demais (Coco sem Água, Simples e Eu Já te Conhecia, entre outras) pouco ou nada acrescentam ao trabalho da artista. Das já gravadas, Pensamento 4 ainda tem o mérito de ter letra de Arnaldo Antunes e a intervenção, na regravação ao vivo, da guitarra de Edgard Scandurra. Daniela Mercury, a outra convidada, entra em cena sem a habitual energia para fazer dueto com a colega em Desde que o Samba É Samba (a pérola de Caetano Veloso que continua imbatível na gravação do autor com Gilberto Gil) e em Tudo de Bom, música do primeiro disco de Fernanda Porto.

Entre arranjos insossos e regravações de composições da lavra do grupo Los Hermanos (Samba a Dois e Sentimental), fica a sensação de que a praia da artista é mesmo a eletrônica quando o DJ Zé Pedro assume as carrapetas, em cena, para remixar Corações a Mil, música de Gil, gravada por Marina Lima. Parece que o mundo de Fernanda Porto gira e volta ao mesmo lugar...

Álbum perdido de Diana já perdeu peso

Resenha de CD
Título:
Blue
Artista:
Diana Ross
Gravadora:
Universal
Cotação:
* * *

Blue, o disco perdido de Diana Ross, teria tido mais importância na carreira da cantora se tivesse sido lançado na época de sua gravação, 1972, ano em que a artista encarnou Billie Holiday no filme Lady Sings the Blues. O álbum seria um complemento natural da trilha, mas foi recusado por ser pouco comercial e acabou engavetado até ser descoberto recentemente. Vale lembrar que, no início dos anos 70, a carreira solo de Diana ia muito bem (em 1973, ela dividiria um LP com Marvin Gaye que se tornaria clássico) e editar disco de standards seria lance arriscado em termos comerciais. Hoje, quase 35 anos depois, a artista vive à margem do mercado, já não tem importância e Blue não soa tão incomum porque virou moda regravar standards desde que Rod Stewart renasceu das cinzas com seu american songbook. Diana é boa cantora e cumpre seu ofício com algum brilho ao regravar temas como What a Diff'rence a Day Makes e Let's Do It. Mas não impressiona. Blue não é exatamente um disco de jazz, mas tem classe. Só que essa classe já foi corriqueiramente padronizada pela indústria fonográfica e se tornou receita para preservar cantores em processo de extinção.

Marisa traz 'Universo Particular' ao Rio

Depois de passar por Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), com apresentações invariavelmente concorridas, Marisa Monte chega ao Rio com sua nova turnê internacional a partir desta sexta-feira, 21 de julho, para temporada na casa Claro Hall que vai se estender por, no mínimo, três semanas. Cariocas, não percam a chance e lutem por um ingresso: Universo Particular é dos mais belos e refinados shows já feitos no Brasil. Flagra Marisa (na foto acima, em cena da turnê) em momento de maturidade, totalmente integrada com seus músicos, sem procurar realçar qualidades vocais já devidamente exacerbadas e comprovadas em shows anteriores. O cenário e a iluminação hi-tech têm atmosfera cool e desnudam o palco, sinalizando que a música em si é o espetáculo. Um delicado arsenal de cordas e percussões vai delineando o tom de cada número entre objetos cênicos que ilustram elegantemente as músicas. Carnalismo é instante que se destaca pela densidade. Alta Noite impressiona pela beleza lírica. E assim, alternando sucessos antigos com as músicas dos discos Infinito Particular e Universo ao meu Redor, o show vai num crescendo até a explosão pop final com a festiva e inédita Não É Proibido. A julgar pela estréia em Curitiba, em abril, o barulhinho é pra lá de bom.

DJ põe em CD os hits da festa 'Brazooka'

DJ Janot autografa no Teatro Odisséia (RJ) na segunda-feira, 24 de julho, a partir das 19h30m, os dois volumes do CD O Som Brazooka do DJ Janot, recém-lançados pela Som Livre em edições avulsas vendidas separadamente. Os discos reúnem 34 hits da festa carioca Brazooka, cuja pista é animada com hits da MPB. Na seleção, gravações de Elizeth Cardoso (Eu Bebo Sim), Chico Buarque (Jorge Maravilha e Deixe a Menina), João Nogueira (Do Jeito que o Rei Mandou), Gilberto Gil (Bat Macumba), Zé Ramalho (Frevo Mulher) e Roberta Sá (Pelas Tabelas), entre outros nomes.

Lobão grava Acústico MTV no fim do ano

Lobão vai gravar em novembro, em São Paulo, CD e DVD na série Acústico MTV. O lançamento está agendado para março de 2007. Ao se enquadrar num dos formatos preferidos da indústria fonográfica, o artista poderá ter - quem sabe? - a chance de ser mais notícia por sua música do que por suas declarações polêmicas. Lobão tem lançado grandes discos na cena indie e tem feito muito barulho ao denunciar vícios de um mercado em queda livre, mas o fato é que o público, em geral, tem prestado mais atenção no que ele fala em vez de ouvir o que ele canta. E, com isso, trabalhos como Canções dentro da Noite Escura acabam sendo ignorados por parte de um público que, talvez, o consumisse com prazer se o próprio Lobão pusesse sua música em primeiro plano. A fórmula dos acústicos da MTV já está muito desgastada e não surte o efeito de outrora, só que, no caso de Lobão, pode ser importante para dar mais visibilidade ao que sai de sua boca em forma de canção.
Quarta-feira, Julho 19, 2006

Chico inicia turnê em agosto por Sampa

No embalo do lançamento do CD Carioca, Chico Buarque já agendou sua volta aos palcos em turnê nacional que passará, em princípio, por sete cidades brasileiras. A estréia nacional do show Carioca será em 30 de agosto, na casa Tom Brasil, em São Paulo. No repertório, além das músicas do disco, temas que o compositor nunca cantou ao vivo - como Mambembe, da trilha do filme Quando o Carnaval Chegar (1972) - e uma canção de Lamartine Babo, Voltei a Cantar, que abre o roteiro anunciando o retorno de Chico aos palcos.

A banda que acompanhará Chico (à esquerda, em foto de Bruno Veiga) é a mesma de sua última turnê, estreada no Rio de Janeiro em 1999 com o show As Cidades: o maestro, arranjador e diretor musical Luiz Claudio Ramos (violão), João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados), Wilson das Neves (bateria), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (contrabaixo) e Marcelo Bernardes (flauta e sopros). Hélio Eichbauer e Maneco Quinderé assinam, respectivamente, cenário e iluminação do show. Marcelo Pies, os figurinos.

A temporada do cantor na casa Tom Brasil será, em princípio, de três semanas. Os ingressos começam a ser vendidos na segunda-feira, 24 de julho.

Mano, Paula e Martinho no DVD de Leci

Além de Alcione e de Jorge Aragão, nomes já anunciados anteriormente, Mano Brown (líder do grupo de rap Racionais MC's), Martinho da Vila e Paula Lima são outros convidados já confirmados na gravação do primeiro DVD de Leci Brandão (foto) - agendada pela Indie Records para a próxima quarta-feira, 26 de julho, numa casa de shows de São Paulo (SP).

Disco de Marina na loja em 4 de agosto

O primeiro CD de Marina Lima desde 2003, Lá nos Primórdios, já tem data para chegar às lojas: sexta-feira, 4 de agosto. A distribuição será da EMI, a gravadora que lançou o Acústico MTV da cantora (à esquerda, em foto de Eliana Rodrigues). Pela ordem, as 12 faixas do disco são Três, Valeu, Anna Bella, Difícil, Entre as Coisas, Vestidinho Vermelho, Meus Irmãos, Que Ainda Virão, $ Cara, Dura na Queda, Valeu (remix) e Vestidinho Vermelho (remix).

Biografia fictícia revela a verdade de Rita

Resenha de livro
Título:
Rita Lee Mora ao Lado
Autor:
Henrique Bartsch
Editora:
Panda Books
Cotação:
* * *

Rita Lee ganhou biografia à sua altura. Não, Rita Lee Mora ao Lado não é uma daquelas biografias volumosas que se pretendem definitivas e, não raro, acabam tendo sua veracidade questionada. Em princípio, o livro de Bartsh - um músico paulista dublê de engenheiro civil - é pura ficção conduzida por uma personagem alucinógena chamada Bárbara Farniente. Mas é assim, a pretexto de contar mentiras, que o simpático livro vai revelando a alucinada vida de Rita Lee e, de quebra, desvenda um pouco os bastidores da indústria fonográfica. Entre histórias regadas a sexo, drogas e rock'n'roll, a narrativa revela como o executivo André Midani - na época, peça-chave na engrenagem da Philips (atual Universal Music) - jogou contra os Mutantes na batalha por uma carreira solo de Rita que, a rigor, iria se desenvolver na Som Livre, sob o comando de João Araújo. E aí o leitor entende como Araújo, delicadamente, direcionou Rita para um caminho mais pop ao lado de Roberto de Carvalho, o músico e compositor genial que, para não quem não sabe e teima em diminuí-lo diante de Rita, é o autor das melodias de Mania de Você, Chega Mais e outras deliciosas músicas que sedimentaram a carreira da Ovelha Negra no instante em que a deixou mais pop e menos roqueira. A gente fica sabendo que foi Ezequiel Neves quem, lá pelos idos de 1984, espalhou o boato de que a titia estaria com leucemia. E fica sabendo também como Rita sucumbiu à ferocidade de um ex-crítico da Folha de S. Paulo e, desde então, decidiu se comunicar com a imprensa apenas por e-mail. Enfim, em suas 256 saborosas páginas, o livro retrata sem retoques a personalidade frágil, sensível e bem-humorada de Rita Lee, mostrando que a ficção, às vezes, pode ser um exato reflexo da vida real.

Trilha de 'Páginas' traz Elba, Leila e Zeca

Com gravações de Elba Ramalho (Amplidão), Leila Pinheiro (Ventos de Paz), Caetano Veloso (So in Love), Francis Hime (A Dor a Mais), Maysa (Alguém me Disse) e Zeca Pagodinho (O que Resta de Nós), entre outros nomes, a trilha nacional de Páginas da Vida chega às lojas ainda em julho, em CD (capa à esquerda) editado pela Som Livre. A música Wave aparece em duas versões: na instrumental do autor Tom Jobim - escolhida para ser o tema de abertura da novela de Manoel Carlos - e num dueto inédito gravado especialmente para a trilha por Maria Luísa (filha caçula de Tom) e Daniel Jobim (neto do maestro). Infelizmente, Gal Costa não aparece na seleção. Ela integraria a trilha com Te Adorar, faixa de seu último CD, Hoje.
Terça-feira, Julho 18, 2006

Maria Rita expõe mágoa ao agradecer fãs

No encarte de seu DVD Segundo ao Vivo, nas lojas desde ontem, Maria Rita expõe nos agradecimentos a mágoa com o fato de seu CD Segundo ter sido recebido com frieza pela crítica, quase unânime em afirmar que o primeiro era melhor.

Eis o desabafo de Rita na forma de um recado aos fãs:

"Agradecimentos: aos fãs, que passaram por tudo o que eu passei e não desacreditaram um instante sequer (e ainda me deram flores!). Foi fundamental a força de vocês nesse período desafiador e escuro. Saí mais forte por causa dessa força. Afinal, ninguém mente aqui, não é mesmo? E foram vocês que me mandaram essa resposta, em alto e bom tom. Obrigada, esse DVD é para vocês".

Enfim, viva a liberdade de expressão! E fãs existem mesmo é para dar força. O talento de Maria Rita é grande e inegável. Não há dúvidas de que ela veio para ficar. E que vai sobreviver às críticas... e ao marketing equivocado de sua gravadora Warner Music.

Sai hoje single do 'MTV ao Vivo' do CPM

Chega às rádios nesta terça-feira, 18 de julho, single promocional com Inevitável, faixa que vai puxar o CD MTV ao Vivo (capa à direita) do grupo CPM 22, nas lojas em 31 de julho. O lançamento do DVD está previsto para 1º de setembro. Gravado em maio, no Espaço das Américas (SP), o projeto do CPM 22 com a MTV será o primeiro do grupo a ser distribuído pela gravadora Universal Music. Ao todo, a banda registrou 23 músicas. Entre elas, quatro inéditas (Além de Nós, Pouco pra mim, Libertar e Inevitável) e a rara Light Blue Night, gravada originalmente pelo quinteto em disco independente.

'Sobre Todas as Coisas' ganha reedição

Álbum que representou um divisor de águas na carreira de Zizi Possi, Sobre Todas as Coisas (capa à esquerda) está sendo reeditado pela Distribuidora Independente em tiragem de mil cópias. Gravado em estúdio com base em show estreado pela cantora em 1990, quando estava sem gravadora, o disco acabou saudado com o melhor trabalho de Zizi até então - embora a opção da cantora por uma sonoridade acústica mais sofisticada, livre das fórmulas radiofônicas, já tivesse sido esboçada no anterior Estrebucha Baby (1989), o último trabalho de sua primeira passagem pela Universal (na época, PolyGram). Produzido pela própria Zizi, em parceria com Antonio Duncan, Sobre Todas as Coisas volta ao catálogo com a arte gráfica original.

Haroldo Ferretti clica Samuel no estúdio

A foto acima foi feita por Haroldo Ferretti, baterista do Skank, durante a gravação do sétimo disco de estúdio do grupo, Carrossel, nas lojas em meados de agosto. Na foto, o vocalista e guitarrista Samuel Rosa aparece no estúdio com o produtor Chico Neves (de costas). O primeiro single do novo CD, Uma Canção É pra Isso, chega às rádios em 31 de julho.

Segundo CD do Evanescence em outubro

O lançamento do segundo álbum do grupo Evanescence, The Open Door, foi agendado para 3 de outubro. O primeiro single será Call me When You're Sober. Gravado em Los Angeles (EUA), com produção de David Fortman, o CD reúne 13 inéditas compostas por Amy Lee, vocalista da banda, em parceria com Terry Balsamo.
Segunda-feira, Julho 17, 2006

Trilha traz Tom de 1954 por Calcanhotto

Adriana Calcanhotto está presente na trilha da novela Páginas da Vida com regravação de Outra Vez, música da fase inicial de Tom Jobim. Composta em 1954, Outra Vez foi lançada por Elizeth Cardoso em 1958 no histórico disco Canção do Amor Demais. O registro de Calcanhotto não é inédito. Foi feito para o Songbook de Tom Jobim, produzido por Almir Chediak nos anos 90.

DVD traz show de Ray Charles em 1991

A Indie Records está lançando no mercado brasileiro o DVD Ray Charles - 50 Years in Music (capa à esquerda), editado em 2005 nos Estados Unidos. Apesar do título equivocado fazer supor que se trata da comemoração dos 50 anos do artista, trata-se na verdade de um show em tributo aos 60 anos do Genius, realizado em 1991 na Califórnia (EUA). Convidados como Stevie Wonder, Willie Nelson e Michael Bolton se juntam ao cantor em números como Livin' for the City, Busted e Georgia on my Mind, respectivamente. A edição é pobre e torna o vídeo recomendável apenas para os discípulos mais fiéis de Ray.

Gladys transita pelo jazz com suavidade

Resenha de CD
Título:
Before me
Artista:
Gladys Knight
Gravadora:
Verve / Universal
Cotação:
* * * *

Dona de uma das vozes mais bonitas da fase áurea da gravadora Motown, Gladys Knight ainda tem a chama na garganta - como pôde ser comprovado na sua divina gravação do gospel Heaven Help Us All para recente disco de duetos de Ray Charles. O CD Before me - que tem lançamento programado para outubro nos Estados Unidos e na Europa, mas já está saindo no Brasil - marca a estréia da cantora na gravadora Verve com superprodução orquestral dividida por Tommy LiPuma e Phil Ramone.

Escorada em luxuosa big-band, Gladys passeia pelo repertório de colegas como Billie Holliday, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan - intérpretes que vieram antes dela (daí o título do disco) e que sempre foram referências para a cantora de sucessos como Neither One of us e For Once in my Life, gravados com o conjunto vocal The Pips. E o fato que é Gladys consegue fazer a travessia do soul e do rhythm and blues para o jazz neste que é seu melhor disco em muitos anos. Claro que não se trata de jazz na rigorosa (e paradoxalmente já vaga...) concepção do termo, mas de uma ambiência jazzística que se cria a partir dos arranjos (não exatamente originais) e da suavidade das interpretações.

Intérprete de grande energia, Gladys dosa a intensidade de seu canto para se aventurar, com leveza e suingue, em temas como Someone to Watch over me e The Man I Love (cujo registro de Gladys chega a alcançar um tom etéreo no fim). E o fato é que o vozeirão da artista desliza macio por temas como But Not for me (uma das faixas mais jazzísticas) e I'll Be Seing You - em que pese toda a imponência orquestral que já se esboça na música que abre o disco, Do Nothing Till You Hear from me (do repertório sublime de Duke Ellington) e que garante a pulsação de faixas como Stormy Weather.

É fato também que, em Good Morning Heartache, Gladys Knight não atinge nem de longe a densidade emocional que Billie Holiday imprimiu ao tema. Mas são detalhes pequenos de um disco que honra a voz da artista. Gladys Knight é cantora das grandes e estava devendo um disco à altura de seu talento - como este Before me.

Simonal canta Tom e Chico em coletânea

Depois de reeditar todos os álbuns originais de Wilson Simonal (1939 - 2000) pertencentes ao seu acervo, em caixa coordenada pelos filhos do cantor, a EMI põe no mercado a coletânea Simonal Canta Tom & Chico (capa à esquerda). De Tom Jobim, o repertório inclui Inútil Paisagem, Só Tinha de Ser com Você e Fotografia. De Chico, há na seleção Tem Mais Samba, A Banda e Sonho de um Carnaval, entre outras músicas.

Marisa canta samba em 'Páginas da Vida'

Marisa Monte - que estréia no Rio esta semana seu show Universo Particular, em temporada no Claro Hall que se estenderá por, no mínimo, três semanas - será ouvida na trilha da novela Páginas da Vida com um samba do CD Universo ao meu Redor. De autoria de Paulinho da Viola, Para Mais Ninguém acabou vencendo uma disputa interna com Até Parece, faixa pop do CD Infinito Particular que também foi cogitada para a trilha.
Domingo, Julho 16, 2006

DVD 'Música É Perfume' já está nas lojas

Uma ótima notícia para os fãs de Maria Bethânia: a edição em DVD de Música É Perfume já está nas lojas, numa parceria da Biscoito Fino com o selo Quitanda, de Bethânia. A tiragem inicial é de 10 mil cópias. O sensível documentário do suíço Georges Gachot sobre a cantora brasileira chega ao DVD (capa à esquerda) acrescido nos extras de oito músicas (Gente Humilde, Nature Boy, Lamento no Morro, O Que Tinha de Ser, A Felicidade, Eu Não Existo sem Você, Sensível Demais e Tarde em Itapoã) e de depoimentos inéditos de nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque e Miúcha.

Carol Saboya grava ao vivo com Adolfo

Depois de explorar o inesgotável filão da Bossa Nova com dois álbuns editados no mercado japonês, Bossa Nova (2003) e Nova Bossa (2004), a cantora Carol Saboya vai lançar em setembro, no Brasil e no exterior, um CD dividido com seu pai, o pianista Antonio Adolfo. O disco foi gravado ao vivo em show nos Estados Unidos, com produção de Adolfo. O registro foi feito em 8 de outubro de 2005, em apresentação feita na Universidade de Miami, no evento Festival Miami. O repertório inclui Garota de Ipanema, Canto de Ossanha, Carinhoso, Milagre, Corrida de Jangada e Bambino, entre outras músicas. Em princípio, o CD vai se chamar Antonio Adolfo e Carol Saboya ao Vivo.

'Matrizes' sairá em DVD pela Som Livre

Cláudio Jorge e Luiz Carlos da Vila (foto) acertaram com a gravadora Som Livre a edição do DVD com o show baseado no magistral CD Matrizes, lançado pela dupla no ano passado. A gravação foi feita em Salvador (BA) com as intervenções de Beth Carvalho, Ilê Aiyê, João Bosco, Martinho da Vila e Nei Lopes.

Augusto Martins entra no meio da banda

O ótimo cantor Augusto Martins (foto) lança, enfim, seu terceiro CD, No Meio da Banda. Gravado há tempos com as participações de João Donato, Moacyr Luz, Fred Martins e Otto, o disco será editado pela gravadora Fina Flor. O repertório reúne inéditas de compositores como Fátima Guedes (Sublime, em parceria com Eduardo Gudin), Fred Martins (A Lei), Ivan Lins (Carta do Adeus, com letra de Paulo César Pinheiro) e Moacyr Luz (Cavaleiro das Marés, também com versos de Pinheiro). A faixa-título, No Meio da Banda, é de Elisa Lucinda. João Donato assina Bolero dos Anjos com Francisco Blanco. Já Otto participa da faixa Ott'eutô.

Ricardo sintetiza 'Idas e Vindas' em CD

O pianista e tecladista Ricardo Leão está lançando, pelo selo Delira Música, seu sexto CD solo, Idas e Vindas (capa à direita). Formado por 10 temas autorais, o repertório mapeia lugares importantes na trajetória do músico goiano. Há odes à sua cidade natal (Macambira), à capital do Canadá onde participou de seu primeiro festival internacional (Montreal) e a Porto Rico, cidade descoberta recentemente por Leão (Choro Porto Rico).
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