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Sábado, Novembro 19, 2005

DVD do programa 'Ensaio' flagra Gal em 1994, em instante iluminado da carreira


Resenha de DVD
Título: Programa Ensaio - 1994
Artista: Gal Costa
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *

No início de 1994, quando gravou o programa Ensaio, dirigido por Fernando Faro para a TV Cultura, Gal Costa vivia momento iluminado de sua carreira. Na época, a cantora acabara de lançar o CD O Sorriso do Gato de Alice (um dos melhores títulos de sua discografia) e já estava às voltas com a polêmica produção do show homônimo, concebido por Gerald Thomas e avacalhado injustamente por (provinciana) parte da crítica musical somente pela presença de Gerald na direção. O DVD ora lançado pela Trama, com o registro do Ensaio de Gal, flagra a artista neste instante áureo de sua trajetória.

O DVD reúne 17 números musicais entre trechos de entrevista biográfica em que Gal rememora seu início de carreira. Quando Bate uma Saudade - o samba que Paulinho da Viola lançara em 1989 e que a cantora incluíra no roteiro do moderníssimo show O Sorriso do Gato de Alice - é um desses números (no caso, de alto valor documental, pois Gal nunca chegaria a gravar o samba de Paulinho). Outro número digno de registro é Canto Triste, a parceria de Edu Lobo com Vinicius de Moraes revivida por Gal em sublime clima camerístico, numa de suas interpretações mais intensas, feita apenas na companhia do violoncelo de Jaques Morelenbaum, em registro similar ao feito por ela no songbook de Edu Lobo.

Revisto hoje, onze anos depois de sua gravação, o programa capta uma Gal bem mais articulada do que de costume - ainda que ela mesma admita, à certa altura da entrevista, sua inabilidade para contar histórias. Mas Gal as conta com riqueza de detalhes, embora sem nunca deixar escapar traços e sentimentos profundos de sua alma como Elis Regina fizera em 1973, em tensa entrevista realizada para o mesmo programa e editada em DVD na série iniciada pela Trama no ano passado.

Da infância na Bahia, a cantora recorda a convivência feliz em casa dividida com a mãe, a tia e a avó. A menina sapeca que adorava brincar com galinhas logo descobriria intuitivamente a música e o dom de cantar. "Sempre me comuniquei com o mundo através da música", ressalta. E foi através da música e do rádio que surgiu a admiração pela cantora Dalva de Oliveira, expressada através de Olhos Verdes, o samba de Vicente Paiva que Gal regravara no LP Água Viva (1978). Das lembranças vem ainda à memória a primeira música cantada profissionalmente, Se É Tarde me Perdoa, a parceria de Carlos Lyra e João Bôscoli que a artista nunca incluiu em nenhum de seus discos.

Da memória, Gal guardou também a total devoção inicial a João Gilberto ("Era radical: ou João ou nada") - pretexto para que entoe, a capella, o samba Largo da Lapa (Wilson Batista e Marino Pinto), lhe ensinado pelo ídolo João num programa da TV Tupi em 1970. Depois de breve e inesperado encontro com Tom Zé, surpresa da produção do programa, Gal recordaria que a paixão por João Gilberto a aproximaria de Caetano Veloso, com quem gravou seu primeiro LP em 1967, representado no roteiro através de Coração Vagabundo. Foi, aliás, com o aval de Caetano que Gal viraria a musa da Tropicália. O programa apresenta trecho da cantora no Festival da Record em que ela defendeu Divino Maravilhoso com atitude janisjopliniana. "Com a Tropicália, meu canto ficou mais extrovertido, para fora", conceitua.

Entre números do show O Sorriso do Gato de Alice (Saudosismo, Desde que o Samba É samba), a cantora recorda a força recebida por Chico Buarque no início da carreira e gaba-se da confessa intimidade com a obra de Dorival Caymmi ("Sei tudo de Caymmi"). É quando ela canta João Valentão numa interpretação tão luminosa e perfeita que fica claro que Gal Costa nunca precisou de ensaio.

Rei grava com Chitãozinho & Xororó

Normalmente avesso a participações em seus discos, Roberto Carlos abriu exceção e convidou a dupla Chitãozinho & Xororó para gravar com ele, no seu estúdio Amigo, na Urca, guarânia inédita composta pelo Rei com Erasmo Carlos. A foto à direita, divulgada pelo cantor em seu site oficial (www.robertocarlos.com), é um flagrante da gravação, feita para o novo álbum do artista.

"Foi um dia muito especial, uma emoção muito grande estar com estes dois grandes amigos gravando uma música que eu venho preparando há muitos anos com Erasmo Carlos", relatou Roberto Carlos em seu site. "Daqui pra frente, só posso pedir a Deus para continuar me dando saúde, mais nada, pois o maior sonho de nossas vidas Ele já realizou, que foi eternizar uma canção com o Rei. Isso é privilégio de poucos", disse Chitãozinho (à esquerda na foto), em depoimento também publicado no site de Roberto.

Xororó não foi menos econômico nos elogios: "O Roberto Carlos é um ser humano e um profissional maravilhoso. Nós sempre o admiramos e esse sentimento aumenta cada vez que nos encontramos. Somos mais fãs agora do seu trabalho e da sua pessoa".

Além da guarânia gravada com a dupla sertaneja, consta que o novo álbum do Rei traz releitura de Coração Sertanejo, sucesso de Chitãozinho & Xororó em 1996.

Língua de Trapo encaixota sua obra para festejar, com atraso, 25 anos de carreira

Grupo paulista formado em 1979 e caracterizado pelo humor de sua música, o Língua de Trapo encaixotou sua obra para festejar, com um ano de atraso, duas décadas e meia de carreira. Editado este mês, a caixa 25 Anos (foto à esquerda) inclui os seis discos do grupo, um single e o DVD 21 Anos na Estrada, gravado em 2000, em show no Sesc Pompéia (SP). O vídeo reúne 21 números. Pelos títulos de algumas músicas (Cagar É Bom, Piruzinho, Eu Quero Gravar meu Disco, Ouriço da Vila), já dá para ter uma idéia do humor do Língua de Trapo.

Os seis álbuns reunidos na caixa são Língua de Trapo (1982), Como é Bom ser Punk (1985), Os 17 Big Golden Hits Super Quentes Mais Vendidos do Momento (1986), Brincando com Fogo (1992), Língua Ao Vivo (1996) e 21 Anos na Estrada (2000), a gravação que originou o primeiro e único DVD do grupo.

Venturini edita coletânea e CD natalino

Flávio Venturini (foto) está lançando um single natalino com as músicas Aquela Estrela e Lindo(tema de seu disco instrumental). As duas canções integram também o repertório da nova coletânea do artista mineiro, Luz Viva, editada - assim como o single - pelo selo do cantor, Trilhos Arte, com a reunião dos sucessos da fase independente da discografia de Venturini. "São canções em que o romantismo falou mais alto, de uma forma mais espiritual", define o compositor.

A compilação traz faixa inédita no Brasil, Ser Tudo o que Eu Quis, lançada apenas na edição japonesa do último álbum de Venturini, Porque Não Tínhamos Bicicleta. Foi neste disco, aliás, que o cantor gravou Céu de Santo Amaro, adaptação de tema de Bach que fez sucesso na trilha da novela Cabocla e acabou incluída por Maria Bethânia no roteiro de seu show Tempo Tempo Tempo Tempo. Obviamente, Céu de Santo Amaro também está na coletânea Luz Viva.

Oito DVDs perpetuam 'Live 8'

Chega às lojas na próxima semana, via EMI, a caixa de quatro DVDs (capa à direita) que registra a série de concertos beneficentes Live 8, realizada em 2 de julho em nove cidades da Europa e Estados Unidos. Os quatro discos da caixa estão centrados nos megashows realizados em Filadélfia (EUA) e Londres (Inglaterra) com cerca de 80 artistas, entre eles Madonna, U2 (em célebre encontro com Paul McCartney em Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band), Pink Floyd e Sting. Mas os DVDs incluem também trechos dos concertos de Berlim, Paris, Roma e Toronto. O disco 4 traz extras exclusivos como um inédito documentário de bastidores, filmado no Hyde Park, e o ensaio do Pink Floyd para a reunião do Live 8.

Simultaneamente ao lançamento da caixa, as lojas recebem quatro DVDs simples com as gravações dos espetáculos feitos em Berlim (Alemanha), Paris (França), Roma (Itália) e Toronto (Canadá). Os grupos Audioslave e Green Day estiveram entre as atrações de Berlim. Em Paris, o time de estrelas incluiu a cantora Shakira e os grupos Placebo e The Cure. Já o cantor Zucchero foi uma das atrações do concerto de Roma - enquanto Neil Young e Deep Purple, entre outros, se apresentavam em Toronto.
Sexta-feira, Novembro 18, 2005

Pedro Luís compila 'hits' com a Parede

Samba gravado por Wando nos anos 70, Nega de Obaluaê integra a primeira coletânea de Pedro Luís, Seleção 1997 - 2004 (capa à direita), em gravação de 2001 dividida pela turma com o rapper Xis. A compilação reúne as músicas mais expressivas do grupo (Pena de Vida, Rap do Real, Caio no Suingue) com direito a duas inéditas (Vida de Cão - gravada ao vivo em 2001 - e Imantra).

Parceria de Pedro Luís com Antonio Saraiva, Imantra tinha sido lançada apenas na edição japonesa do álbum É Tudo 1 Real (1999) e nada tem a ver com Mantra, a canção quase homônima composta por Pedro com Rodrigo Maranhão e gravada por Maria Rita em seu disco Segundo (é a faixa escondida e não creditada, mas que toca depois da 12º música).

O disco Vagabundo, dividido por Pedro Luís e a Parede com Ney Matogrosso, está representado na coletânea pela faixa Seres Tupy.

Entre uma piada e outra, Tim canta e fala sério em DVD da série 'Programa Ensaio'

Resenha de DVD
Título: Programa Ensaio - 1992
Artista: Tim Maia
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *

"Vim cantar, mas vou filosofar também", avisa Tim Maia com a ironia que lhe era peculiar na gravação deste programa Ensaio, feita em 1992 para a TV Cultura e editada esta semana em DVD pela gravadora Trama, dando continuidade à série iniciada no ano passado com vídeo revelador de Elis Regina, gravado em 1973.

Para começo de conversa, este é o único DVD do Síndico atualmente em catálogo. Musicalmente, não chega a ser surpreendente, pois o roteiro alinha os sucessos (Vale Tudo, O Descobridor dos Sete Mares, Você, Gostava Tanto de Você, Telefone) que o cantor costuma apresentar em seus shows... quando comparecia a eles.

Tim não deu bolo no diretor do programa, Fernando Faro, a quem se refere a toda hora na entrevista como seu amigo. E, entre uma piada e outra, fala e canta sério, com o auxílio luxuoso de uma banda que incluía azeitado naipe de metais. Em 1992, o cantor estava voltando à Warner Music - a convite de Nelson Motta, então diretor artístico da gravadora - para fazer um disco ao vivo que acabaria gerando discórdia temporária entre Motta e o cantor, apesar de ter sido sucesso de vendas. Em outras palavras, Tim vivia momento feliz na carreira, e essa felicidade transparece em seu depoimento no programa.

Na entrevista, de caráter biográfico, Tim exalta os pais ("Eles eram fora de série"), recorda sua iniciação musical na Tijuca ao lado de Roberto e Erasmo Carlos no lendário conjunto Os Sputniks ("Ensinei o Erasmo a tocar violão"), remói a mágoa de ter sido deportado nos Estados Unidos nos anos 60 por ter sido flagrado com drogas ("A volta ao Brasil foi dura. Não estava preparado. Sofri demais...") e revela sua crença em seres extraterrestres.

Como de praxe no programa, os depoimentos são entremeados com números musicais. Tim experimenta heterodoxa levada da velha bossa no pot-pourri que une A Rã e Folha de Papel. Mas a tônica são seus clássicos do soul, o gênero que ele tão bem soube implantar no Brasil. E é justamente entre Primavera (com longa introdução de metais) e Azul da Cor do Mar que o Síndico solta sua máxima "Tudo é tudo, nada é nada". Bem que ele avisou que havia ido ao programa também para filosofar...

Paulo Ricardo lança disco em inglês

Depois de amargar o fracasso do disco de seu último grupo, PR.5, Paulo Ricardo (foto) tenta nova investida no mercado fonográfico.... cantando em inglês. Ele lança ainda este ano, pela EMI, o CD Acoustic Live. Vale ressaltar que o disco chega às lojas quase simultaneamente ao CD /DVD em que Zizi Possi regrava somente músicas compostas em inglês, Pra Inglês Ver... e Ouvir, primeiro trabalho ao vivo da cantora.

Grupo italiano regrava hit de Peninha

Em seu segundo disco, Un Giorno Normale, o grupo italiano Zurawski incluiu regravação de um dos maiores sucessos de Peninha (foto). Sozinho - canção lançada por Sandra de Sá em 1996 no disco A Lua Sabe Quem Eu Sou, recriada por Tim Maia em seguida e, depois, popularizada por Caetano Veloso no CD ao vivo Prenda Minha, de 1998 - virou Da Solo na versão em italiano do Zurawski.

A conexão do grupo com Peninha é fácil de ser explicada. Natural de Milão, o quarteto Zurawski tem entre seus integrantes o tecladista paulista Alexandre Hartmann.

Jovens vozes nas águas de Tom Jobim

Obra-prima de 1972, Águas de Março é a música cantada pela dupla Sandy & Junior no CD e no DVD Casa da Bossa, que chegarão às lojas em março com regravações do cancioneiro de Tom Jobim (foto). Em que pesem as participações de alguns nomes veteranos, como o quarteto Os Cariocas e a cantora Leny Andrade (intérprete de Se Todos Fossem Iguais a Você), o projeto reúne basicamente vozes da nova geração de cantores. O time inclui a rapper Negra Li (Garota de Ipanema), Marjorie Estiano (Wave), Pedro Mariano (Só Tinha de Ser com Você), Fernanda Porto (Modinha), Paula Lima (Só Danço Samba), Jorge Vercilo e Orlando Morais (Por Causa de Você), entre outros. O projeto da gravadora Universal foi gravado ao vivo em Canela (RS), durante a Festa Nacional da Música, com arranjos do pianista Oscar Castro Neves e produção a cargo de Otávio de Moraes.
Quinta-feira, Novembro 17, 2005

Selo revive obra de Inezita Barroso

Especializado na recuperação digital de fonogramas da primeira metade do século passado, o selo curitibano Revivendo está lançando compilação que reúne 21 raras gravações de Inezita Barroso - cantora identificada com a música caipira. Ronda (capa à esquerda) traz composições como Marvada Pinga (um dos maiores sucessos da artista, de autoria de Laureano), Côco do Mané (tema pouco conhecido de Luiz Vieira) e Roda a Moenda (Haroldo Costa). A faixa-título é o célebre samba-canção de Paulo Vanzolini, que, lançado por Inezita em 1953 no lado B do compacto que trazia Marvada Pinga, ganharia popularidade somente a partir da segunda metade dos anos 60, nas vozes de cantoras como Márcia, Ângela Maria e Maria Bethânia.

Novo parceiro de Nando Reis, Wando seduz mais sem seus hits 'obscenos'

Resenha de CD / DVD
Título: Romântico Brasileiro, Sem Vergonha
Artista: Wando
Gravadora: Som Livre
Cotação: * *

Badalado pela inusitada parceria de Wando com Nando Reis na razoável canção Minhas Amigas, o lançamento deste CD/DVD do cantor obsceno - gravado ao vivo em clima intimista, em show no restaurante Cais do Oriente, no Centro do Rio - expõe a irregularidade desta faceta safada da obra do artista. Justamente a vertente privilegiada neste projeto, como já denuncia o título populista Romântico, Brasileiro, Sem Vergonha.

O visual do CD/DVD é over, de sensualidade forçada. Além de óbvia, a idéia de usar rosas vermelhas para ilustrar o conteúdo erótico do repertório resultou numa capa feia. E até contraditória com o tom calmo do show, realizado em formato quase acústico. Mas quem se deixa seduzir por Wando quando ele canta músicas como Deus te Proteja de mim (recriada com o toque de um acordeom) e Eu Acho que Estou Perdendo Você, compostas por hitmakers de gravadoras, pode adquirir o disco sem susto. Todos os hits do cantor na linha obscena estão no roteiro, com a adição de um samba bem sensual propagado por Agepê nos anos 80, Deixa Eu te Amar, que até caiu bem na voz de Wando.

Mas o fato é que Wando já produziu e cantou música muito melhor nos anos 70, antes de adotar esse repertório de erotismo populista e, no fundo, moralista e machista. Moça - tema da novela Pecado Capital em 1975 - é uma delas e reaparece ainda em forma, embalada com cordas. A toada Chora Coração, da novela Roque Santeiro, é outro raro bom momento de um repertório irregular. O dueto com Nando Reis em Minhas Amigas até dá um charme ao DVD, mas o fato é que Wando seduz mais quando esquece seus hits obscenos. Até porque, de obsceno mesmo, eles não têm nada.

Famílias Caymmi e Jobim no baú de Tom

Com lançamento agendado para o fim de novembro, via Sony & BMG, o CD Falando de Amor - Famílias Caymmi e Jobim Cantam Antonio Carlos Jobim (capa à esquerda) reúne em suas 16 faixas músicas pouco conhecidas da obra de Tom. São os casos de Esperança Perdida (parceria com Billy Blanco, de 1965), Foi a Noite (1956), Esquecendo Você (1959) e Para Não Sofrer (Velho Riacho), composta em 1963.

Os irmãos Danilo, Dori e Nana Caymmi se uniram ao filho (Paulo Jobim) e ao neto (Daniel) do saudoso compositor para reverenciar Tom num disco que remete a um título clássico da discografia do selo Elenco: Caymmi visita Tom (e leva seus filhos, Nana, Dori e Danilo), editado em 1964.

A pedido de Nana, idealizadora do projeto produzido por José Milton, Ronaldo Bastos pôs letra na melodia de Chanson pour Michelle, composta por Tom para a trilha da minissérie O Tempo e o Vento, exibida pela Rede Globo em 1985. Traduzido literalmente do original, o título da versão é Canção para Michelle. Outra letra inédita é a feita por Vinicius de Moraes para Bonita, até então ouvida somente com os versos em inglês feitos por Gene Lees e Ray Gilbert em 1964. A letra em português de Vinicius, Bonita Demais, é cantada por Daniel Jobim e já pode ser ouvida na trilha da novela Belíssima.

Entre solos (como o de Nana em As Praias Desertas e o de Danilo em Eu Sei que Vou te Amar) e duetos (como o de Nana e Paulo em Foi a Noite), há espaço para dois números coletivos: Samba do Avião - a faixa de abertura - e Piano na Mangueira, o tema que encerra o CD.

Destiny's Child sai melancolicamente de cena com coletânea com três inéditas

Resenha de disco
Título: #1's
Artista: Destiny's Child
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *

Se não for mais um golpe de marketing, a coletânea #1's oficializa o fim do trio Destiny's Child. A saída de cena é melancólica. Já não há a mínima interação entre as cantoras desde o estouro de Beyoncé Knowles em carreira solo - como já sinalizara o forçado álbum anterior, Destiny Fulfilled (2004) - e o fato é que pouco se salva nesta compilação, a despeito de o repertório incluir o megahit Survivor, uma das músicas americanas mais irresistíveis dos últimos anos.

Para começar, não houve nem a preocupação de inserir na seleção gravações mais raras do trio. As novidades se resumem às três inéditas que atestam o desgaste do Destiny's Child. Stand Up for Love é uma balada melosa que somente se justifica por ter sido gravada em contexto beneficente. Feel the Same Way I Do é insosso rhythm and blues que sobrou do álbum anterior - o supra-citado Destiny Fulfilled - e, como toda sobra, não era boa coisa. A melhor das três inéditas é, ironicamente, Check on It, gravação da obra solo de Beyoncé Knowles, feita com a participação do rapper Slim Thug. A música transita pelo universo do hip hop e persegue a batida de Survivor.

Por fim, vale sinalizar que o blefe já começa pelo título da compilação, #1's. Nem todos os hits (13, já descontadas as três inéditas) alcançaram o primeiro lugar na parada americana...

Yamandu Costa grava repertório autoral em seu primeiro DVD, filmado em abril

Aurora e Tango Amigo são duas músicas de autoria de Yamandu Costa que estão no repertório do primeiro DVD do violonista gaúcho, Ao Vivo (capa à direita), editado este mês pela Biscoito Fino. Apesar de revelar essa pouco badalada vertente autoral da obra do virtuoso músico, o vídeo - gravado em abril, em show no Sesc Pompéia, em São Paulo (SP) - apresenta também releituras de Yamandu para músicas de compositores como Caetano Veloso (Terra, 1979) e Geraldo Vandré (Disparada, parceria com Théo de Barros, de 1966).
Quarta-feira, Novembro 16, 2005

Mais dois discos clássicos do Television são reeditados no Brasil, com bônus

Um mês depois de a EMI reeditar no Brasil o disco Television, que marcou em 1992 a reunião do homônimo quarteto liderado pelos guitarristas Tom Verlaine e Richard Lloyd, a Warner repõe em catálogo no mercado nacional os dois álbuns mais importantes do grupo americano, surgido em Nova York nos anos 70. Trata-se de Marquee Moon (1977) e de Adventure (1978), editados antes da separação do Television. Os lançamentos acontecem no embalo da vinda da banda ao Brasil no mês passado para uma apresentação no Tim Festival.

Marquee Moon teve seu áudio remasterizado e ganhou cinco faixas-bônus. Entre elas, um tema instrumental sem título e takes alternativos de Friction, See No Evil e da faixa-título. Já Adventure teve adicionadas três faixas ao seu repertório original, também remasterizado. O material extra inclui gravação inédita de Glory e a versão de Ain't That Nothin' lançada apenas em single.

Segunda música de trabalho de '4' também é de autoria de Amarante

Depois do culto a Marcelo Camelo em 2003, por conta da gravação de suas músicas por Maria Rita, Rodrigo Amarante começa a ganhar oficialmente maior projeção como compositor no quarteto Los Hermanos. Condicional - faixa eleita a segunda música de trabalho do último disco da banda, 4 - é de autoria de Amarante, assim como a primeira, O Vento. Vale lembrar que nunca um disco de Los Hermanos tinha tido seu trabalho promocional iniciado com música de Amarante (o primeiro à esquerda na foto de Maurício Valladares). E o fato é que, em 4, há um maior equilíbrio entre os dois compositores do grupo, com ligeira vantagem para Amarante - ao contrário do álbum anterior, Ventura, em que era clara a supremacia de Camelo como autor.

A propósito, o clipe de Condicional será filmado no Rio de Janeiro, na próxima semana, com direção do cineasta Eduardo Valente. Paralelamente à gravação do vídeo, a banda disponibiliza, enfim, a prometida versão de 4 em vinil. Mas a tiragem é apenas promocional e, como tal, não irá para as lojas. Fãs dos Los Hermanos, no entanto, podem concorrer a uma cópia do vinil no site oficial do grupo (www.loshermanos.com.br).

Bônus do CD de Madonna cai na rede

Era para ser uma faixa-bônus distribuída somente aos integrantes do fã-clube oficial de Madonna (foto) nos Estados Unidos, mas o fato é que Super Pop - a música que não entrou na recém-lançada primeira edição do CD Confessions on a Dance Floor - já caiu na internet e está sendo baixada por fãs da cantora nos quatro cantos do mundo.

Para oficializar o lançamento do álbum em Londres, Madonna fez um pocket show na capital inglesa - depois do qual foi mostrado o documentário Confessions on a Promo Tour.

Guy solta demônios em grande disco que reúne Tracy, Santana, Mayer e Richards

Resenha de disco
Título: Bring 'em In
Artista: Buddy Guy
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * * *

Aos primeiros acordes da guitarra que introduz How You're Gone, tema soul de Curtis Mayfield, já se tem a impressão de estar ouvindo um grande disco. E Bring 'em In, o novo trabalho do cantor e guitarrista Buddy Guy, tem mesmo a grandeza habitualmente associada ao veterano bluesman de Chicago. É um álbum repleto de convidados (Tracy Chapman, John Mayer, Santana, Keith Richards), mas Guy se basta. Quando ele, endiabrado, solta seus demônios no blues Somebody's Sleeping in my Bed, com direito a longos solos de sua guitarra, tem-se a certeza de que Guy ainda carrega na alma o espírito do genuíno blues.

Genuíno, no entanto, é somente o espírito do blues. Bring 'em In é disco nada ortodoxo do gênero. Em suas 13 faixas, há algo de rock (em I Put a Spell on You, a faixa que traz Santana), de soul (em I've Got Dreams to Remember, o sublime tema de Otis Redding que conta com a adesão do cantor e guitarrista John Mayer) e em meio a um cover dispensável de Bob Dylan (Lay Lady Lay) e a um belo dueto com Tracy Chapman em Ain't no Sunshine. Mas é CD de blues, em sua essência, porque blues é também um estado de espírito, e este - vale repetir - Buddy Guy o carrega na alma.

Gabriel O Pensador cai em 'Cilada'

Mesmo tendo lançado há pouco tempo um CD de inéditas (Cavaleiro Andante, que não vem obtendo a repercussão a que faz jus pelo bom repertório), Gabriel O Pensador (foto) não pára de compor. Depois de ter feito um rap que alveja os políticos envolvidos no escândalo do mensalão, intitulado Fala Sério, o artista carioca apresenta nova inédita. É do rapper o tema de abertura de Cilada, o programa de humor que o canal Multishow estréia nesta sexta-feira, 18 de novembro, sob o comando de Bruno Mazzeo.
Terça-feira, Novembro 15, 2005

Disco solo de Dado sairá pela EMI

Caberá à gravadora EMI Music - detentora do catálogo da Legião Urbana - distribuir o primeiro disco solo de Dado Villa-Lobos (foto), Jardim de Cactus. O guitarrista chegou a cogitar lançar o CD pela gravadora gaúcha Orbeat, mas acabou se decidindo pela EMI. O álbum conta com as participações especiais de Chico Buarque e Paula Toller. Dado também vai lançar seu primeiro DVD, gravado na série MTV Apresenta, com adesões de Paralamas do Sucesso e Dinho Ouro Preto.

'Sliver' é bela raspa do baú do Nirvana para quem não comprou a caixa de 2004

Resenha de disco
Título: Sliver - The Best of the Box
Artista: Nirvana
Gravadora: Geffen Records / Universal Music
Cotação: * * * *

O mito criado em torno de Kurt Cobain gerou um culto ao Nirvana que parece interminável. A banda merece mesmo toda a devoção por ter mudado o curso do rock em 1991 com sua obra-prima Nevermind - e é para estes devotos que a indústria fonográfica continua criando produtos para faturar com a lenda. Enquanto a Indie Records lança o DVD All Apologies Kurt Cobain 10 Years on..., com documentário sobre o atormentado vocalista do grupo, a Universal põe no mercado nacional o CD Sliver - The Best of the Box.

Como o título já deixa claro, trata-se de uma compilação das preciosidades disponibilizadas na caixa With The Lights Out, editada no fim de 2004 nos Estados Unidos com três CDs e um DVD de material raro e /ou inédito extraído do baú da banda. Sliver é excelente raspa deste baú, mas é obviamente indicado somente para não quem comprou a caixa do ano passado - ainda que a nova coletânea inclua três faixas nunca lançadas comercialmente, para fisgar os fãs mais fanáticos.

Das três inéditas, a de maior valor documental é Spank Thru, em versão tirada da lendária demo Fecal Matter, feita em 1985. Trata-se da primeira gravação semi-oficial de Cobain, então um cantor e guitarrista em estágio inicial, com muito a aprender, mas já com pegada. A segunda gravação inédita é uma versão de Sappy, registrada em 1990 em demo de estúdio. A música é um lado B do grupo que seria lançada mais tarde, em versão mais bem-acabada, na compilação No Alternative. Por fim, há a terceira e menos valiosa gravação inédita: uma versão de Come As You Are, datada de 1991. Nesta demo, a guitarra e o canto de Cobain soam abafados.

Independentemente do valor das três inéditas, Sliver contém material de real interesse para fãs do Nirvana que desconhecem as raridades reveladas na caixa. São demos e apresentações em programas de rádio. É o caso de Do Re Mi, a última gravação de Kurt Cobain, feita em 1994. Há também cover azeitado de Ain't It a Shame. Mas, por outro lado, há desperdícios em Sliver como a inclusão de duas demos consecutivas de Rape me.

Seja como for, o Nirvana é banda que fez história e, como tal, qualquer gravação de sua lavra se torna parte mais ou menos fundamental dessa história. Sliver reúne 22 fragmentos da breve saga histórica do grupo de Seattle.

Capa do DVD de Adriana Partimpim já traduz o caráter lúdico do show infantil

A capa do DVD Adriana Partimpim - O Show (à direita) já traduz em imagens o caráter lúdico do espetáculo infantil, gravado ao vivo em apresentação especial no Teatro Carlos Gomes, no Centro do Rio (RJ), em 20 de agosto. Nas lojas ainda este mês, via Sony & BMG, o DVD traz um CD de bônus, com o áudio do show. Em cena, além de apresentar músicas como Quando Nara Ri (inédita parceria de sua criadora Adriana Calcanhotto com Kassin), Partimpim procura entreter a platéia com diversos adereços que tornam o show sedutor também para os olhos.

Embora precoce, o acústico de Alicia Keys ratifica a sofisticação da artista

Resenha de disco
Título: Unplugged
Artista: Alicia Keys
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * * *

Em determinado instante de How Come You Don't Call me, número deste Unplugged de Alicia Keys, a voz da cantora soa tão iluminada e potente que a platéia não resiste e aplaude a intérprete no meio da música. A sublime releitura soul deste tema de Prince mostra como a fórmula dos acústicos não diluiu a sofisticação mostrada pela artista em seus dois primeiros álbuns. Ainda era cedo para Alicia gravar o seu acústico, mas ela o fez com refinamento incomum, percebido logo na oração a capella, Alicia's Prayer, que abre o disco reverenciando a música gospel. E o resultado é um dos melhores acústicos da MTV, ainda que a inédita Unbreakable não esteja à altura de pérolas como You Don't Know my Name.

A maior parte do repertório não é inédita na voz de Alicia, mas até a disposição das músicas impede o disco de parecer mera compilação dos dois álbuns anteriores da artista. Do repertório de Gladys Knight and the Pips, referência básica do soul propagado pela Motown nos anos 60 e 70, a cantora selecionou If I Was Your Woman, pérola que casa muito bem com o número seguinte, If I Ain't Got You, faixa em que fica especialmente evidente o virtuosismo de Alicia ao piano. If I Was Your Woman já estava no segundo álbum desta legítima herdeira das tradições do soul, The Diary of Alicia Keys, mas, colada a If I Ain't Got You, ganha outro peso.

A propósito, Wild Horses, cover dos Rolling Stones, também adquire novo frescor e soa como classuda balada no dueto de Alicia com Adam Levine, o vocalista do grupo Maroon 5. Entre temas mais funkeados (Karma, Heartburn), há faixa de atmosfera mais etérea, quase jazzística, em que Alicia discursa - no tom falado do rap - sobre as contradições sociais de Nova York. Streets of New York (City Life) é outro número sublime que mostra como o talento de Alicia Keys sobreviveu incólume à fórmula dos acústicos.

Documentário do 'Mix Brasil' mostra como Morrissey é - ainda - referência musical e sexual para jovens hispânicos


De passagem por São Paulo no último fim de semana para conferir alguns filmes do Mix Brasil 2005, o colunista se deparou com grata surpresa na área musical: o esclarecedor documentário Is It Really Strange? (Minha Vida com Morrissey), que mostra como o líder do extinto grupo inglês The Smiths ainda é uma referência musical, sexual e visual para jovens hispânicos residentes em Los Angeles (EUA) e descendentes de mexicanos (na foto acima, um flagrante de três deles).

Através de ótimos e variados personagens e depoimentos, o filme de William Jones - produzido em vídeo este ano - desvenda painel interessante da influência da obra e da figura de Morrissey (à esquerda) sobre os jovens de uma comunidade aparentemente tão distante de Manchester, terra natal dos Smiths, mas irmanada com a cidade inglesa por sentimentos e estados de espírito tão bem retratados pelo compositor em suas letras. O documentário mostra como os versos sobre solidão e amores que nem sempre ousam dizer seu nome (de forma explícita) foram impactantes para aqueles jovens e determinantes para a criação em Los Angeles de um culto a Morrissey que persiste duas décadas depois do fim dos Smiths e que resistiu à irregular discografia solo do cantor, revigorada no ano passado com o lançamento do CD You Are the Quarry.

Destaque do 13º Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, que seguirá para outras capitais ainda este ano, o filme sobre Morrissey será exibido no Rio de Janeiro no dia 27, em sessão única no Centro Cultural Banco do Brasil, às 19h.
Segunda-feira, Novembro 14, 2005

AfroReggae regrava 'Haiti' e faz parcerias com Nando e Arnaldo no segundo disco

Surgido em meados dos anos 90, a partir de oficinas de dança e percussão criadas em Vigário Geral, o grupo AfroReggae (à direita, numa foto de Ierê Ferreira) lança esta semana seu segundo disco, Nenhum Motivo Explica a Guerra. O repertório inclui releitura de Haiti - parceria de Caetano Veloso e Gilberto Gil, lançada pela dupla em 1993 no disco Tropicália 2 - e inéditas como Coisa de Negão e Mais Uma Chance. A banda apresenta parcerias com Nando Reis (co-autor de Quero Só Você, a música de trabalho) Arnaldo Antunes (letrista da faixa-título) e Jorge Mautner. Manu Chao também está no sucessor de Nova Cara (o primeiro disco do AfroReggae, editado em 2001). Chao solta a voz em Benedito. Paralelamente ao lançamento do novo CD, o grupo prepara a gravação de seu primeiro DVD.

Rei entrega esta semana CD à Sony

A informação não é oficial, mas tudo indica que Roberto Carlos (foto) entrega esta semana seu novo disco à gravadora Sony & BMG. A idéia inicial era que o Rei lançasse o seu álbum de 2005 mais cedo, em setembro, mas acabou não se concretizando pelo já notório perfeccionismo do cantor. A previsão mais realista é a de que o CD chegue às lojas nos primeiros dias de dezembro.

O repertório inclui Loving You (balada lançada por Elvis Presley em 1957), Coração Sertanejo (sucesso de Chitãozinho & Xororó em 1996), Promessa (música composta por Roberto e Erasmo Carlos para Wanderley Cardoso em 1966), A Volta (faixa já divulgada na trilha da novela América) e Índia (guarânia incluída no CD da novela Alma Gêmea).

Cássia canta Nando em nova coletânea

Para marcar os 43 anos de Cássia Eller (1962-2001) e explorar a saudade da cantora, a gravadora Universal lança em 10 de dezembro - data em que a artista fazia aniversário - a coletânea All Star. O diferencial desta compilação entre tantas outras de Cássia é o fato de trazer somente músicas de Nando Reis, o compositor mais freqüente no repertório da intérprete a partir do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (1999), mas já presente em sua obra desde o álbum Cássia Eller (1994).

Pela ordem, as 11 músicas da coletânea são All Star, ECT, Relicário, No Recreio, O Segundo Sol, Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você), As Coisas Tão Mais Lindas, Luz dos Olhos, Infernal, Nenhum Roberto e Fiz o que Pude.

'Elizete Sobe o Morro' é obra-prima divina que merecia voltar ao catálogo

Resenha de disco
Título: Elizete Sobe o Morro
Artista: Elizeth Cardoso
Gravadora: EMI
Cotação: * * * * *

Em 1965, Elizeth Cardoso esqueceu os sambas-canções que caracterizavam a maior parte de seu repertório quando entrou em estúdio para gravar um clássico de sua discografia, Elizete Sobe o Morro, oportunamente reeditado na série As Damas de Hermínio, criada pela EMI para festejar os 70 anos de Hermínio Bello de Carvalho, produtor essencial na carreira da Divina.

O disco é obra-prima que merecia mesmo, sob qualquer pretexto, ganhar reedição digna de sua importância. Em 1965, os sambistas do morro saboreavam um período de redescoberta, graças a shows como Opinião e Rosas de Ouro (dirigido, não por acaso, por Hermínio). No ano anterior, ao gravar autores como Zé Kéti e Cartola em seu primeiro disco, Nara Leão deu histórico passo para a revalorização destes compositores populares.

Com sua técnica impecável, Elizeth seguiu a trilha de Nara e subiu o morro para gravar sambas de Nelson Cavaquinho (Vou Partir, Luz Negra e A Flor e o Espinho - parcerias com Jair Costa, Amancio Cardoso e Alcides Caminha, respectivamente), Zé Kéti (Malvadeza Durão), Cartola (Sim) e o então iniciante Paulinho da Viola (Minhas Madrugadas, composta com Candeia, e Rosa de Ouro).

Trata-se de um dos discos mais cariocas da cantora. Elizete Sobe o Morro foi gravado com o tradicional instrumental do samba do morro, contando inclusive com o auxílio luxuoso da caixa-de-fósforos de Elton Medeiros (especialmente imponente em Folhas no Ar, parceria de Elton com Hermínio) e dos violões tocados por Nelson Sargento e por Paulinho da Viola. Repertório e arranjos são irretocáveis. Enfim, trata-se de uma obra-prima divina que deve permanecer em catálogo por toda a eternidade.

CD compila hits de Fábio Jr. em novelas

Para aproveitar a volta às paradas da música Alma Gêmea, gravada por Fábio Jr. em 1993 e revivida atualmente na abertura da novela homônima, a Som Livre está lançando coletânea com 14 sucessos do cantor utilizados em trilhas das tramas globais. A compilação do artista na série Novelas inclui Pai (tema de abertura de Pai Herói em 1979), Esses Moços (Olhai os Lírios do Campo), 20 e Poucos Anos (Água Viva), Vida (Top Model), Volta (Começar de Novo) e Sem Peso e Sem Medida (Brega & Chique), entre outros hits.
Domingo, Novembro 13, 2005

Cooper lança CD fiel ao rock clássico

Resenha de disco
Título: Dirty Diamonds
Artista: Alice Cooper
Gravadora: ST2
Cotação: * * *

Popularizado no Brasil nos anos 70, por conta de baladas como I Never Cry, Alice Cooper continua fiel ao rock clássico de espírito meio demoníaco. Dentro do último pacote de lançamentos da gravadora ST2, que inclui reedições do catálogo do grupo Exploited, as lojas nacionais estão recebendo o novo álbum do artista. Dirty Diamonds é um disco de rock pesado que poderia ter saído nos citados anos 70, quando Cooper lançou obras-primas como Billion Dollar Babies (1973).

Já na boa faixa de abertura, Woman of Mass Distraction, Cooper reafirma a fidelidade ao estilo que o consagrou. Ele apresenta um repertório coeso - eventualmente de clima mais sombrio (como no rock Run Down the Devil), ora até mais pop (como na power balada Perfect), mas essencialmente coerente com sua trajetória. Seus novos diamantes sujos são recomendados para fãs que também cultuam com fidelidade o chamado classic rock - e clássico, no caso de Alice Cooper, significa ter alguma dose de terror e um tom meio circense.

As novidades e a capa de 'Ana & Jorge'

Esta é a capa do CD Ana & Jorge, que traz o registro do show dividido por Ana Carolina com Seu Jorge no projeto Tom Acústico, da casa Tom Brasil (SP). A gravação foi feita em 15 de agosto, inicialmente para ser lançada somente em DVD, mas os cantores acabaram decidindo editar também um CD - como já noticiado neste blog.

Além de É Isso Aí (versão de The Blower's Daugther, música do compositor irlandês Damien Rice) e das politizadas Unimultiplicidade (Ana e Tom Zé) e Notícias Populares (tema de autoria da cantora), Ana & Jorge reúne inéditas como Comparsa (composta por Ana com Jorge) e Nega Marrenta (parceria da artista mineira com Alê Siqueira). Outras surpresas do repertório são Zé do Caroço (sucesso de Leci Brandão revivido por Seu Jorge), Brasilis (Gabriel Moura) e Tanta Saudade (parceria bissexta de Djavan e Chico Buarque). Há também dois textos musicados da poeta Elisa Lucinda (Só de Sacanagem e Alfredo É Gisele).

O DVD reúne os 24 números do show. O CD traz apenas 14 faixas, com ênfase nas músicas inéditas nas vozes da dupla. O lançamento será no fim do mês.

Pink Floyd lança 'P.U.L.S.E.' em DVD

Realizada em 1994, na seqüência do lançamento do álbum The Division Bell, a última turnê do Pink Floyd poderá ser vista ou revivida pelos fãs da banda com o lançamento do DVD P.U.L.S.E. (capa acima). Homônimo do disco ao vivo editado na época com a gravação do show, o DVD sai este mês no Brasil, pela Sony & BMG, com farto material adicional. Os extras incluem documentário sobre a turnê, galeria de fotos e os filmes projetados durante o espetáculo. No roteiro, clássicos do grupo, como Wish You Were Here e The Wall.

Disco de Ivete vendido por empresa tem duas faixas a mais que a edição das lojas

Quem comprar nas lojas o sexto disco solo de Ivete Sangalo (foto), As Super Novas Vol. 01, vai levar para casa duas faixas a menos do que os consumidores que optarem por adquirir o CD na tiragem especial comercializada por uma empresa de cosméticos juntamente com o perfume promovido pela cantora.

A tiragem de 600 mil cópias da empresa - um lote suplementar de 350 mil unidades já foi adicionado à fornada inicial de 250 mil discos comprada pela tal empresa - inclui as músicas Meu Abraço (parceria de Ivete com Marquinhos Carvalhos) e Em Mim, Em Você (de autoria de Ivete com Gigi). Estas duas faixas não constam dos 150 mil CDs enviados às lojas pela gravadora Universal Music.

As duas músicas não são inéditas. Meu Abraço integrou o repertório do segundo disco solo da cantora, Beat Beleza. Já Em Mim, Em Você fez parte do terceiro, Festa.

Daniel lança outra gravação ao vivo

Te Amo Cada Vez Mais - versão de To Love You More, música lançada por Celine Dion em 1997 no disco Let's Talk About Love - é um dos destaques do disco Ao Vivo - 2005 (capa à esquerda), o terceiro registro de show da carreira solo de Daniel, gravado no interior paulista, em meados do ano, e editado também no formato de DVD.

O repertório inclui Os Amantes - sucesso de Luiz Ayrão nos anos 70, já revivido pelo cantor sertanejo em seu último álbum de estúdio e incluído neste disco ao vivo por conta da exposição da música na trilha da novela América. Outro destaque entre as 14 faixas do CD é Quando Eu Quero Falar com Deus, tema religioso da lavra de Roberto Carlos.

Daniel já lançou em 2001 o CD/DVD Ao Vivo e, em 2003, o projeto 20 Anos de Carreira ao Vivo, também editado em CD e em DVD.
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