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Sábado, Setembro 30, 2006

Foo Fighters lança disco eletroacústico

Sink and Bones é o título do projeto eletroacústico que o grupo Foo Fighters vai lançar em novembro, nos formatos de CD e DVD. A gravação foi feita ao vivo, em agosto, em três shows da banda no Pantages Theater, em Los Angeles (EUA). O CD reúne 15 músicas, incluindo Marigold, lado B tirado por Dave Grohl do baú do Nirvana.

Pela ordem, as 15 faixas do disco são Razor, Over & Out, Walking After You, Marigold, My Hero, Next Year, Another Round, Big Me, Cold Day in the Sun, Skin and Bones, February Stars, Times Like These, Friend of a Friend, Best of You e Everlong.

Beyoncé faz mais do mesmo em 'B'Day'

Resenha de CD
Título:
B'Day
Artista:
Beyoncé
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * *

Ouça Déjà Vu - a faixa que abre o segundo disco solo de Beyoncé Knowles, com a participação do rapper Jay-Z - e tente não lembrar de Crazy in Love, o megahit do primeiro álbum da cantora, egressa do trio Destiny's Child. É difícil. A artista faz mais do mesmo em B'Day. Na comparação com Dangerously in Love (2003), o único diferencial é a diminuição do número de baladas em favor das músicas mais agitadas, com aquela batida americana que aglutina o rap e o r & b. À medida que o CD vai avançando, tem-se a impressão de que a tal batida não muda. Mudam apenas os títulos das músicas: Get me Bodied, Suga Mama (com versos de alto teor erótico), Upgrade U (outra faixa com a intervenção de Jay-Z) etc. Mas o álbum é bacana. Nenhum tema é tão sedutor quanto Crazy in Love, mas Beyoncé canta bem e se garante neste previsível CD.

Berimbrown afia sua fé afro com Milton

Recém-chegado de turnê pela Europa, durante a qual gravou um CD ao vivo, o grupo mineiro Berimbrown lança no Brasil seu primeiro DVD, que registra show feito na Sala Itaú Cultural, em São Paulo, dentro do projeto Toca Brasil. Intitulado Irmandade, mesmo nome do CD feito em estúdio que o grupo vai lançar em outubro, o DVD (capa à direita) conta com a participação de Milton Nascimento nos extras. O cantor se juntou ao Berimbrown no estúdio em releitura de sua música Fé Cega, Faca Amolada, composta em parceria com Ronaldo Bastos nos anos 70.

Fé Cega, Faca Amolada é, a propósito, um dos 14 números do show registrado no DVD. Criado no bairro Maria Goretti, na divisa de Minas Gerais com Bahia, o Berimbrown objetiva perpetuar a tradição musical afro-brasileira. No roteiro, além de temas próprios como Conduta e A Fé, a banda toca músicas do repertório de Gilberto Gil (Parabolicamará), Clara Nunes (Fuzuê, de autoria da dupla Toninho e Romildo) e da escola de samba carioca Império Serrano (o samba-enredo Heróis da Liberdade).

Raridade dos Beastie Boys chega ao CD

No embalo da vinda do trio Beastie Boys ao Brasil para uma apresentação no Tim Festival, agendada para 29 de outubro, a EMI lança um álbum do grupo até então inédito em CD no mercado nacional. Paul's Boutique (capa à esquerda) foi editado originalmente em 1989, com um rap mais experimental, de batida urdida com instrumentos tipicamente brazucas como cuíca e berimbau.

Justin ainda no topo da parada dos EUA

Aos 25 anos, Justin Timberlake é atualmente o novo rei das paradas americanas. Mesmo com a queda contínua das vendas de CDs, seu brilhante segundo álbum solo, FutureSex / LoveSounds, já foi comprado - em apenas 15 dias - por 903 mil consumidores norte-americanos, permanecendo pela segunda semana consecutiva no topo da parada da revista Billboard, a maior referência da indústria fonográfica dos EUA. Em sua primeira semana nas lojas, o CD vendeu 686 mil cópias. Na segunda, foram mais 217 mil exemplares comercializados. É muito até para os padrões dos Estados Unidos. E muito para um artista que, há alguns anos, integrava uma boyband sem futuro como o 'NSync.
Sexta-feira, Setembro 29, 2006

Show do RBD no Maracanã vai virar DVD

Claro que a gravadora EMI Music não ia deixar passar a oportunidade de criar mais um produto para faturar com a popularidade do RBD. O show que o grupo mexicano fará em 8 de outubro no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, será gravado para dar origem a mais um DVD da banda adolescente - provavelmente nas lojas ainda este ano. Está previsto um público de 40 mil pessoas na apresentação carioca da turnê do RBD pelo Brasil.

EMI prepara caixa com três DVDs de Elis

Animada com as vendas das quatro caixas de DVDs com os 12 programas da série de TV Chico Buarque, a gravadora EMI vai lançar em breve projeto semelhante com vídeos de Elis Regina. Uma caixa com três DVDs vai reunir os especiais Doce de Pimenta, Falso Brilhante e Na Batucada da Vida, gravados pela cantora nos anos 70 para exibição na TV Bandeirantes.

Falso Brilhante obviamente está centrado no show homônimo de 1975/1977, marco da carreira da Pimentinha. Doce de Pimenta sela a aproximação de Elis com Rita Lee, autora da música que intitula o vídeo. Feita especialmente para o programa, exibido pela TV Bandeirantes em 1979, a música é cantada por Elis com a própria Rita, em dueto gravado numa discoteca.

Ainda sem data para chegar às lojas, os três DVDs também serão vendidos de forma avulsa. Detalhe: os três programas foram dirigidos por Roberto de Oliveira, o mesmo que dirigiu a série de Chico Buarque para o canal DirecTV.

DVD ressuscita rock pesado do Rainbow

Grupo de rock pesado criado em 1974 e dissolvido em 1984, Rainbow ressuscita em DVD recém-lançado pela gravadora ST2. Live in Munich 1977 (capa à direita) traz a versão integral de show gravado em 20 de outubro de 1977 no Olympiahalle em Munique (Alemanha). O roteiro inclui versões estendidas de músicas como Mistreated, Catch the Rainbow e Man on the Silver Mountain, entre outros. Nos extras, há três clipes (os vídeos de Long Live Rock'n'Roll, Gates of Babylon e L.A. Connection), galeria de fotos e entrevistas com Colin Hart e Bob Daisley, integrantes da banda. A gravação também está disponível no formato de CD duplo.

Querida pela MTV, Pitty vence VMB 2006

Pitty foi a grande vencedora do Video Music Brasil 2006, cuja cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada e transmitida pela MTV na noite de quinta-feira, 28 de setembro. Queridinha da emissora, Pitty levou no VMB 2006 os troféus de Videoclipe do Ano - Escolha da Audiência (por Memórias), Melhor Videoclipe de Rock (por Déjà Vu) e Melhor Website de Artista (http://www.pittybr.com). De quebra, a roqueira ainda foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, a vocalista da banda dos sonhos. Não chega a ser nenhuma surpresa dentro do universo da MTV...

Na foto acima, de Marcos Issa (da Agência Argos), Pitty aparece no palco durante a premiação, em que cantou Smells Like Teen Spirit (do Nirvana) e Deus lhe Pague (Chico Buarque).

CD de Cris Delanno é editado na Polônia

Gravado para o selo brasileiro Lab 344, o mais recente disco de Cris Delannno está sendo lançado na Polônia neste mês de setembro, pelo selo 4 Art Music. Produzido por Alex Moreira, o álbum Cris Delanno traz no repertório músicas de Dorival Caymmi (Canoeiro), Adriana Calcanhotto (Previsão, em parceria com Bossa Cuca Nova), Herbert Vianna (Me Liga) e a primeira parceria de Gabriel O Pensador com Marcos Valle (Bem Longe), entre outros temas.
Quinta-feira, Setembro 28, 2006

Livre, Negra parece presa em receita pop

Resenha de CD
Título:
Negra Livre
Artista:
Negra Li
Gravadora:
Universal Music
Cotação:
* *

"Ninguém pode me impedir de ser / Eu sei que não é tudo que eu posso mudar / Mas eu não vou deixar / Não posso deixar de ser livre / Já não existe escravidão, não me oprime / ... / Sei que vou me lembrar quem eu sou / De onde vim, pra onde eu vou". Os versos iniciais de Ninguém Pode me Impedir, o rap que abre o primeiro disco solo de Negra Li, soam defensivos. É como se o argumento imbatível da liberdade de expressão soasse como uma desculpa para o que se ouve a seguir.

Li não parece livre neste CD. Ainda que a faixa-título, presente de Nando Reis, corrobore a idéia de liberdade que permeia o repertório. Ao contrário, ela parece aprisionada no formato pop tão ao gosto de uma gravadora multinacional como a Universal Music. Se no disco anterior (Guerreiro, Guerreira, 2004) Li ainda impôs a presença de seu parceiro Helião, no atual quem está mais presente é o produtor Paul Ralphes, o preferido da cena pop. Ralphes (estranho no ninho do rap) se faz presente com seus beats e com a co-autoria de boa parte do repertório, assinado com Li.

É difícil identificar a liberdade que possivelmente havia no coletivo RZO (Rapaziada Zona Oeste), o trio que projetou Li na forte cena do hip hop paulista. Negra Livre não deixa de ser um disco dominado pelas batidas do rap, do rhythm and blues e da black music em geral. Mas o domínio é invadido por estratégico dueto com Caetano Veloso (na romantizada balada Meus Telefonemas, extraída do repertório do grupo AfroReggae) e pela não menos estratégica escolha de Você Vai Estar na Minha para puxar o disco nas rádios e programas de televisão. A música é um improviso de Lino Crizz em cima de Eu Sei (na Mira), pérola pop da lavra de Marisa Monte.

"Eu não vou deixar você triste", avisa a artista em verso da festiva Chegou a Hora. Tudo bem, Li tem todo direito de ser feliz e de exercer sua liberdade musical e estética. Mas que Negra Livre deixa a sensação de que essa liberdade foi arquitetada e vigiada pela indústria fonográfica, lá isso deixa...

Sincera, Paula Lima retoma seu caminho

Resenha de CD
Título:
Sinceramente
Artista:
Paula Lima
Gravadora:
Indie Records
Cotação:
* * * *

É sintomático que este terceiro disco solo de Paula Lima se chame Sinceramente. É como se a cantora paulista - revelada no coletivo Funk Como Le Gusta em fins dos anos 90 - já avisasse sutilmente no título que, desta vez, ela não se deixou manipular pela indústria fonográfica e fez um CD com a sua verdade e o seu balanço. Tudo o que não aconteceu no anterior, Paula Lima (2003), gravado pela Universal Music, que contratou a artista, tentou popularizar seu som (havia até versão de Moonlight Serenade no repertório) e depois a descartou. Se tinha eventual balanço naquele equivocado trabalho, em alguns bons momentos, faltava a verdade, a sinceridade exposta já no título do atual álbum.

Contratada pela Indie Records, Paula Lima repõe sua discografia nos trilhos com Sinceramente. A primeira faixa - Novos Alvos, pop miscigenado e radiofônico composto por Mart'nália, Zélia Duncan e Ana Costa - até dá a impressão de um novo trabalho eclético. Mas, a partir da segunda, fica claro que Paula Lima dança essencialmente conforme a música de seu primeiro e incensado disco, É Isso Aí (2001). A tal segunda faixa, Como Diz o Ditado, é samba cheio de suingue de Edu Tedeschi, o compositor projetado por Maria Rita com a inclusão de Conta Outra no CD Segundo.

O suingue é mesmo a marca mais forte de Paula Lima. E ela acerta ao transitar por samba-rock, sambalanço, soul e funk. Até um partido alto supostamente tradicional de Arlindo Cruz, Tirou Onda (parceria com Acyr Marques e Maurição), ganha molho black na voz da artista. Arlindo, aliás, é o compositor mais presente no repertório. E suas outras duas composições - Já Pedi pra Você Parar e Tudo Certo ou Tudo Errado - mostram balanço mais envenenado do que o da habitual produção autoral do bamba carioca.

Ou talvez seja a própria Paula Lima que ponha suingue e veneno em tudo o que canta. A ponto de harmonizar em sua divisão parceria de Ana Carolina com Totonho Villeroy (Eu Já Notei), neobossa de Seu Jorge (Let's Go, parceria com Tatá Spalla), releitura da lavra de João Donato (Flor de Maracujá) e funk ensolarado de Marcus Vinicius (Negras Perucas). Isso para não falar de Saudações, a bonita música inédita de Leci Brandão que fecha o disco, como que selando o compromisso de Paula Lima com sua luta, com sua verdade.

A produção azeitada de Luiz Paulo Serafim e Bruno Cardozo combina percussão e beats eletrônicos com equilíbrio, ajudando Paula Lima a podar os excessos de seu canto, a retomar seu caminho com sinceridade e a desfazer a impressão ruim do mau passo anterior.

Uma defesa do Brasil no Grammy Latino

O texto Presença do Brasil no Grammy Latino ainda não faz jus à produção nacional - publicado neste blog/coluna na terça-feira, 26 de setembro, dia em que foram anunciados os indicados à 7ª edição do prêmio - teve seu argumento amistosamente contestado por Tom Gomes, um dos organizadores (e mais ferrenhos defensores) do Grammy Latino. A meu pedido, o editor da revista Sucesso (dirigida ao mercado fonográfico) defende seu ponto de vista, exposto abaixo, diretamente de Miami (EUA).

Com a palavra, Tom Gomes:

"Aproveito a oportunidade para apresentar algumas informações que eu acho importantes:

1 - Das 47 categorias existentes, o Brasil tem oito com exclusividade, em que somente artistas de língua portuguesa podem participar. Nesta edição, nenhum artista de outro país de língua portuguesa conseguiu ser indicado. Os brasileiros ficaram com todas as indicações;

2 - Os artistas brasileiros não participam de nenhuma das sete categorias pop e rock em espanhol porque participam dessas categorias em português. Não participam também de gêneros musicais nos quais não tem tradição e nem condições de participar como salsa, merengue, cumbia/vallenato, tropical caribenha, campo mexicano (ranchero, banda, grupero, tejano, nortenho e tropical regional), música folclórica em espanhol (temos nossa própria categoria de música regional em português), tango e flamenco. Os artistas brasileiros até poderiam participar destas categorias desde que gravassem em espanhol. E, como exemplo disso, tivemos uma agradável surpresa nesta edição: Aline Barros, com seu disco Aline, gravado em espanhol e lançado nos Estados Unidos pela Integrity Records, a mais importante gravadora religiosa daquele país, é uma das indicadas na categoria gospel em espanhol;

3 - Levando-se em conta o regulamento do prêmio, esta foi a maior participação dos artistas brasileiros nas categorias gerais nos Latin Grammy. O Brasil esteve representado em 11 das 15 categorias em que poderia estar, além das oito destinadas à língua portuguesa. Somada a participação de Aline, estamos disputando 20 categorias, com 62 produtos;

4 - Nas categorias com mais densidade cultural, nossa representatividade chega ao exagero, pois ,disputando com dezenas de países, ficamos com dois quintos de todas as indicações. Vejamos, instrumental: Banda Mantiqueira ( Terra Amantiquira) e Moacir Santos (Choros & Alegria). Latin jazz: Ed Motta (Aystelum) e Jovino Santos Neto (Roda Carioca). Clássica: Edson Cordeiro (Contratenor) e Mauro Senise (Tempo Cabloco). E finalmente Cantor/Compositor: Chico Buarque (Carioca) e Ivan Lins (Acariocando).

5 - Em importantes categorias que premiam profissionais cujos serviços alicerçam a produção musical, nossos representantes deram um verdadeiro banho, como Best Long Music Video (DVD), onde temos três indicados entre os cinco: os produtores Walter Raissa e Daniela dos Santos (Daniela Mercury - Baile Barroco), Joana Mazzuchelli (O Rappa - Acustico MTV) e Roberto Talma e Moogie Canazio (Simone - Ao Vivo). Em Produtor do Ano repetimos o placar. Aí também temos três entre os cinco: Cesar Camargo Mariano (Hoje - Gal Costa), Moogie Canazio (Arquitetura da Flor - Francis Hime, Pra Você - Margareth Menezes, Que falta Você Me Faz - Maria Bethânia e Ao Vivo - Simone) e Lenine (Segundo - Maria Rita). Em engenheiro de gravação foram indicados Cotô Guarino e Swami Junior (De Uns Tempos Pra Cá - Chico Cesar) e Duda Mello (Jet-Samba - Marcos Valle). E, no primeiro ano que é instituído o novo prêmio de melhor projeto gráfico para um álbum, Marcelo Kertész (Samba Passarinho - Péri) representa o Brasil.

6 - E finalmente na categoria infantil temos a presença de Adriana Partimpim com o disco homônimo e Xuxa, com Xuxa Só pra Baixinhos 6 - Festa, duas brasileiras entre os quatro finalistas escolhidos.

7 - O Latin Grammy tem 47 categorias divididas em 16 campos específicos e um campo geral. Só não tivemos representantes nos campos Pop, Rock (do qual, pelo regulamento, não podemos participar), Tropical (música caribenha e colombiana) e Regional Mexicana. O único campo em que poderíamos participar e que não conseguimos ter um brasileiro foi Urban. Em síntese, estamos representados em 12 dos 17 campos.

Enfim, acreditamos que esta grande participação de brasileiros selecionados para concorrer a este importante prêmio internacional dará mais visibilidade ainda a um de nossos melhores produtos de exportação, que é nossa música. A entrega dos prêmios será realizada no dia 2 de novembro, no Madison Square Garden, em Nova York, e será transmitida para todos os Estados Unidos e para aproximadamente 100 países em todo o mundo".

Tom Gomes

Marília canta Carmen em DVD com CD

Dirigido por Maurício Sherman, o musical em que a atriz Marília Pêra interpreta sucessos de Carmen Miranda será lançado em disco pela EMI, em edição dupla que agrega DVD e CD. O roteiro do espetáculo - registrado na íntegra somente no DVD (capa à direita) - condensa 43 músicas do repertório da Pequena Notável em 24 números. Na Batucada da Vida, As Cinco Estações do Ano, Uva de Caminhão, Me Respeite, Ouviu?, Lullaby of Broadway, Voltei por Morro, E o Vento Levou e Cidade Maravilhosa estão entre os números de Marília Pêra Canta Carmen Miranda.

A fábrica criativa de Tom Zé em debate

Filme de Decio Matos Jr., Fabricando Tom Zé será exibido de sexta-feira, 29 de setembro, a domingo no Festival do Rio, com direito a debate sobre o documentário. Focado na vida e na obra do compositor baiano, o roteiro foi estruturado a partir de turnê feita pelo artista na Europa em 2005, mas inclui entrevistas inéditas e depoimentos de nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. O debate acontece na sexta-feira, às 15h, na Tenda da Cinelândia, logo após a sessão programada para as 13 no cinema Odeon Br.
Quarta-feira, Setembro 27, 2006

Damien Rice anuncia o segundo CD, '9'

Autor de The Blower's Daughter, canção que ficou popular no Brasil na trilha do filme Closer e em posteriores e polêmicas versões cantadas por Ana Carolina e Simone, o compositor irlandês Damien Rice (foto) anunciou esta semana o lançamento de seu segundo álbum, 9, agendado estrategicamente para 9 de novembro. O CD será puxado pela faixa 9 Crimes, já em execução nas rádios irlandesas. A exemplo do primeiro trabalho de Rice, 0 (2003), o novo disco trará na capa uma ilustração desenhada pelo próprio artista. O repertório é formado por dez canções de cunho autobiográfico, muitas de caráter introspectivo. Entre elas, The Animals Were Gone, Elephant, Rootless Tree, Dogs, Coconut Skins, Me, My Yoke and I, Grey Room, Accidental Babies e Sleep Don't Weep.

Fagner apronta CD e negocia com Deck

Nada ainda está fechado, mas já existe um namoro firme entre Fagner e a gravadora carioca Deckdisc. Radicado no Ceará, o cantor já aprontou novo disco e está à procura de uma companhia para orquestrar o lançamento e a distribuição do álbum. Os recentes trabalhos de Fagner foram editados pela Indie Records - na gestão anterior dessa companhia. O último, Donos do Brasil, saiu em 2004, sem repercussão.

Grupo Galocantô sai da roda para disco

Sucesso em algumas rodas de samba do Rio de Janeiro, o grupo carioca Galocantô tenta a sorte no mercado fonográfico com seu primeiro CD, Fina Batucada. A faixa-título é parceria inédita de Rodrigo Carvalho com Fred Camacho. A banda conta com os avais de Beth Carvalho (convidada de Elo da Corrente), Arlindo Cruz (intervenção em Pra Lá de Legal, parceria com Sombrinha), Velha Guarda do Império Serrano (adesão luxuosa em Apesar do Tempo, destaque do repertório), Rildo Hora (participação na faixa Sempre Marcou) e Moacyr Luz (autor do texto de apresentação do CD). Entre as inéditas, há o partido alto Manhã Seguinte e Galã de Xerém (Pablo Amaral e Edu Tardim).

Sem Junior, Sandy arrisca jazz e bossa

A recepção morna obtida pelo último CD de Sandy & Junior, lançado em maio, tem incentivado os cantores da dupla a dar continuidade a seus projetos individuais. Sandy, por exemplo, vai fazer em novembro e em dezembro turnê nacional com show em que interpreta clássicos do jazz e da Bossa Nova. Intitulado Simplesmente Sandy, o show terá no roteiro standards como Cry me a River (Arthur Hamilton), Summertime (George e Ira Gershwin), Night and Day (Cole Porter) e Águas de Março (Tom Jobim), entre outras músicas.

Os irmãos continuam unidos e, até segunda ordem, a dupla segue firme e forte. Mas não será surpresa se, num futuro breve, os projetos paralelos de Sandy (à direita, em foto de Daniela Conti) e de Junior (ele também tem sua banda) começarem a ganhar registros em CD ou DVD. É a tendência natural, já que, como duo, Sandy & Junior já parecem ter rendido o que poderiam render.

Solo, Leandro tenta ser um ídolo popular

Então Vem, A Bem da Verdade, Aonde Você For, Nosso Amor é Assim, Meu Anjo, Uma Vida Inteira (versão de True) e Deixo a Voz Me Levar (versão de What's Left For Me) são algumas faixas do primeiro disco solo do cantor Leandro, o vencedor do programa Ídolos, a tradução tupiniquim de American Idol, exibida pelo SBT com muita repercussão.

Carioca de 22 anos, Leandro Lopes é uma das grandes apostas da gravadora Sony & BMG no segmento popular para o fim do ano. Seu CD (capa à equerda) já está pronto e chega às lojas nos primeiros dias de outubro.
Terça-feira, Setembro 26, 2006

Presença do Brasil no Grammy Latino ainda não faz jus à produção nacional

É fato: o Brasil marca uma maior presença na 7º edição do Grammy Latino, como revela a lista de indicados anunciada nesta terça-feira, 26 de setembro. Aumento detectado no confronto com as pífias participações dos artistas nacionais nas edições anteriores do prêmio, mas que ainda é pouco comparado com a força da música produzida no Brasil. Na categoria Álbum do Ano, por exemplo, não há sequer um brasileiro indicado (concorrem Chayanne, Shakira, Julieta Venegas, Leon Gieco e Gustavo Cerati - todos, com exceção de Shakira, sem peso no mercado mundial). A ironia é que, na categoria Gravação do Ano, o único brasileiro indicado é Sérgio Mendes por sua releitura de Mas que Nada, feita com o grupo Black Eyed Peas. Apesar da origem brasileira, Mendes está radicado nos Estados Unidos desde os anos 60 e é visto, aos olhos externos do mercado fonográfico, como artista americano.

Na categoria Revelação, há, ao menos, uma legítima representante nacional: Céu, artista superestimada, mas merecedora da indicação. Para compensar a ausência de brasileiros em Melhor Álbum Pop Vocal Masculino e Melhor Álbum Pop Vocal Feminino, há as presenças de Chico Buarque e Ivan Lins (com seus respectivos Carioca e Acariocando) na categoria Melhor Álbum Cantor / Compositor. Já o falecido maestro Moacir Santos mereceu indicação póstuma na categoria Álbum Instrumental por Choros & Alegria. Enquanto Ed Motta disputa o troféu de Álbum de Jazz Latino por Aystelum e enquanto Adriana Partimpim e Xuxa representam o Brasil na área infantil.

Já é alguma coisa, mas muito pouco diante da diversidade e grandiosidade da produção nacional. O Grammy Latino, em si, já é uma forma de discriminar a música produzida fora dos Estados Unidos ou da Europa (por que não existe um Grammy Europeu???). E, pela sétima vez, o Brasil parece mero coadjuvante nessa festa de segunda categoria, em que pese a maior presença de artistas nacionais na concorrência pelos principais troféus.

Cantada irresistível de Justin Timberlake

Resenha de CD
Título:
FutureSex / LoveSounds
Artista:
Justin Timberlake
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * * *

Difícil ainda associar Justin Timberlake a uma boyband como 'NSync. O garoto cresceu e apareceu. Na realidade, a evolução já estava nítida em Justified, seu estupendo primeiro álbum solo, editado em 2002. Este segundo trabalho individual confirma o talento incomum de Timberkale e - o que é realmente surpreendente - não oferece mais do mesmo (como Beyoncé em seu recente B'Day, por exemplo).

Se Justified evocava os áureos tempos de Michael Jackson, o sedutor FutureSex / LoveSounds está mais para Prince, embora a influência de Michael ainda seja sentida, sobretudo nas quebradas envolventes de Love Stoned (I Think Shw Knows). Mas, acima de comparações, Timberlake está criando sua própria personalidade musical. Antenadíssimo com seu tempo, ele recruta os beats poderosos de Timbaland em faixas como SexyBack (o primeiro single, excelente) e o rap funkeado Chop me Up (outro destaque, em que figuram como vocalistas Three 6 Mafia e o próprio Timbaland).

Com letras bacanas, estruturadas no binônio amor e sexo, o álbum oferece competente mix de pop, r & b, rap e timbres eletrônicos, mas fora dos padrões usuais. Sexy Ladies tem até batida meio tribal. Sim, há também as canções de formato mais convencional como (Another Song) All Over Again - a única faixa de tom mais meloso - e What Goes Around... Comes Around. Mas o disco é quente. Basta ouvir a turbinada balada My Love para constatar que é impossível resistir às cantadas de Justin Timberlake.

Chico grava o DVD 'Carioca' em outubro

Como era previsível, Chico Buarque vai registrar seu show Carioca em DVD. A gravação está agendada para 11 de outubro na casa Tom Brasil, em São Paulo (SP), onde o espetáculo vem cumprindo concorrida temporada desde fim de agosto. A direção do vídeo será de André Horta. Acima, o cantor em cena do show, em flagrante da fotógrafa Patrícia Cecatti.

Tributo a Bezerra da Silva vai virar DVD

Morto em 17 de janeiro de 2005, aos 77 anos, Bezerra da Silva será lembrado nesta terça-feira, 26 de setembro, no Tributo a Bezerra da Silva. Nomes como Barão Vermelho e Marcelo D2 vão se reunir na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, em show que vai virar DVD e especial de TV. O eclético time de convidados (BNegão, Beth Carvalho, Daúde, Dicró, Elza Soares, Jards Macalé, BNegão, João Gordo, Jorge Aragão, Leci Brandão, Max de Castro e Nação Zumbi, entre outros) sinaliza o livre trânsito que o artista sempre teve entre os mundos do samba, da MPB e do rock.

Coincidentemente, o tributo acontece na mesma semana em que o Festival do Rio exibe o documentário Onde a Coruja Dorme, focado na garimpagem que Bezerra da Silva fazia nos morros e favelas para recolher repertório para seus discos.

As três inéditas do novo ao vivo de Fafá

Aonde (Dalto e Cláudio Rabello), História de Amor (Daniel Ferro e Cláudio Rabello) e Brilho Dental (parceria dos compositores portugueses Carlos Te e Rui Veloso) são as três novidades do repertório do DVD e CD que Fafá de Belém vai gravar ao vivo em 5 e 6 de outubro, no Theatro da Paz, em Belém (PA). Cláudio Rabello, co-autor das duas inéditas da safra nacional, é o hitmaker da EMI, a gravadora na qual a cantora (à direita em foto de Vera Donato) ingressou para fazer este novo projeto ao vivo, que vai render seu primeiro DVD.

Filho da Bahia, Menestrel das Alagoas, Foi Assim, Pauapixuna, Sob Medida, Vermelho, Bilhete, Dentro de mim Mora um Anjo, Que me Venha esse Homem, Memórias, Nuvem de Lágrimas e Coração do Agreste são alguns sucessos revividos por Fafá nessa gravação de caráter retrospectivo. O extra do DVD ficará por conta de uma leitura ao ar livre de Ave Maria (Jayme Paiva e Vicente Redondo), programada para 8 de outubro durante a procissão do Círio de Nazaré, em Belém.
Segunda-feira, Setembro 25, 2006

U2 lança livro em que refaz seus 30 anos

U2 por U2 é o nome do livro em que o grupo irlandês, formado em Dublin em 1976, conta sua trajetória. A autobiografia, que chegará às livrarias brasileiras em 3 de novembro, foi lançada em Londres nesta segunda-feira, 25 de setembro. Os passos do U2 são refeitos através de transcrições de entrevistas dos integrantes do quarteto, novos depoimentos dos músicos e dos testemunhos de quem acompanhou a escalada da banda ao sucesso. Foi por conta de um anúncio publicado num mural de uma escola de Dublin que os quatro candidatos a músicos, então adolescentes, se reuniram pela primeira vez, em 25 de setembro de 1976, há exatos 30 anos. O resto é história... contada em detalhes no livro.

Clássico de Rita Lee volta em 'digipack'

Um dos títulos mais bem-sucedidos da discografia de Rita Lee está sendo reeditado novamente, mas desta vez em embalagem digipack. Trata-se de Rita Lee, disco de 1980 que, na época, vendeu mais de 700 mil cópias. Segundo fruto da parceria da roqueira com o guitarrista e compositor Roberto de Carvalho, o álbum (capa à esquerda) tem apenas oito músicas, mas todas fizeram sucesso e se incorporaram ao repertório de clássicos da artista. Pela ordem, as faixas são Lança Perfume, Bem-me-Quer, Baila Comigo, Shangri-lá, Caso Sério, Nem Luxo nem Lixo, João Ninguém e Orra meu.

Lily Allen diverte sem ser a 'sensação'...

Resenha de CD
Título:
Alright, Still...
Artista:
Lily Allen
Gravadora:
EMI Music
Cotação:
* * * *

A Inglaterra tenta exportar para o mundo um fenômeno musical a cada mês. Ou semana. O último deles é Lily Allen. A cantora e compositora, de 21 anos, tem sido vendida pela gravadora EMI como a "nova sensação britânica". Allen não é isso tudo, mas o fato é que seu álbum de estréia, Alright, Still..., é realmente muito bom. Como o single Smile já sinalizara, o disco oferece um pop ganchudo, bem produzido. A rigor, Allen tritura nesse coquetel pop ingredientes de rap (Knock'em Out) e reggae (LDN, Not Big, Friend of Mine). O sabor é eventualmente teen. Mas com uma consistência acima da média das bobagens produzidas para adolescentes. Littlest Things, balada pop arranjada com um piano bem clean, é amostra do talento de Allen, co-autora de todas as 12 músicas do coeso álbum. A garota não é a sensação, mas diverte...

Sai no Brasil o disco espanhol de Ivete

Está saindo no Brasil esta semana, com tiragem inicial de 10 mil cópias, a coletânea de Ivete Sangalo produzida originalmente para o mercado espanhol, com quatro gravações em castelhano (Fiesta, Si Yo no te Amase Tanto Asi, La Tierra e Areré). A edição nacional (capa à esquerda) é dupla e agrega à compilação o DVD MTV ao Vivo da cantora, lançado em 2004.

Zeca Baleiro lança primeiro CD ao vivo

Zeca Baleiro já lançou vários registros de shows (Vô Imbolá, Líricas, Pet Shop Mundo Cão), mas até então somente no formato de DVD. A gravação de seu último espetáculo, Baladas do Asfalto & Outros Blues, será a primeira a ser editada também em CD (capa à direita) - no caso, o primeiro CD ao vivo do artista. No repertório, músicas autorais e releituras de Retalhos de Cetim (sucesso de Benito Di Paula nos anos 70) e Palavras (música de Roberto e Erasmo Carlos).
Domingo, Setembro 24, 2006

Documentário sobre Nirvana sai em DVD

Foi programado para 13 de novembro o lançamento em DVD de documentário sobre o Nirvana, Live! Tonight! Sold Out! - dirigido por Kevin Kerslake e editado originalmente em VHS, em 1994, ano da morte de Kurt Cobain, autor da idéia do filme. O documentário flagra o grupo no apogeu, após o lançamento de sua obra-prima Nevermind (1991), e inclui registros de músicas como Smells Like Teen Spirit, Come as You Are, Lithium e Sliver. O áudio do vídeo passou por processo de remasterização para a reedição em DVD.

Coletânea reúne as várias vozes de Chico

Não satisfeita com os lucros das (boas) vendas das quatro caixas com os 12 DVDs da série Chico Buarque, produzida pelo diretor Roberto de Oliveira para o canal DirecTV, a gravadora EMI lança a coletânea As Canções de Chico Buarque Cantadas por... (capa à esquerda) para faturar um pouco mais com a volta do compositor à cena musical com o CD e o show Carioca.

Como o óbvio título já anuncia, a compilação reúne músicas de Chico nas vozes de outros intérpretes. Entre eles, Djavan (A Rosa, em dueto com o próprio Chico), Paulinho da Viola (Sonho de um Carnaval), Francis Hime (Atrás da Porta), Maria Bethânia (Com Açucar, com Afeto), Clara Nunes (Morena de Angola), Simone (Gota d'Água), Elizeth Cardoso (Sabiá), Milton Nascimento (O que Será, com participação de Chico) e Mário Reis (A Banda). As surpresas da seleção são Gil (a ex-vocalista da Banda Beijo, com regravação de Tatuagem) e Vanessa Barum (Mil Perdões).

Chico, Ivete, Beatles e Freddie Mercury no disco 'Diferente' de Zezé & Luciano

Com vendas em escala descendente nos últimos anos, em que pese o sucesso avassalador do filme 2 Filhos de Francisco, Zezé Di Camargo & Luciano tentam variar seu repertório em CD sintomaticamente intitulado Diferente (capa à direita), nas lojas em 10 de outubro. Além das participações de Chico Buarque (na regravação de Minha História) e de Ivete Sangalo (na faixa Amor que Fica), a dupla canta versão de música dos Beatles (Hey, Jude) e entoa um clássico do repertório de Freddie Mercury & Monserrat Caballé, How Can I Go on?, regravado pelo duo sertanejo com a adesão de Silvinha.

Em baixa, Latino já apela para remixes

Latino e sua gravadora EMI bem que tentaram, mas está difícil reeditar o sucesso popular de Festa no Apê. Novamente em baixa, o cantor já apela para coletânea com remixes, com o apoio da global Som Livre, a companhia que está editando o CD Latino na Pista: Remixes (capa à esquerda), com versões dançantes de músicas como Me Leva, Renata, Cátia Catchaça, Só Você, Meu Gol de Placa, Vitrine, Papo de Jacaré, Maria Gasolina e, claro, Festa no Apê.

Álbum coleta o cool jazz de Miles Davis

Cool & Collected é o título da compilação (capa à direita) que reúne gravações realizadas pelo trompetista Miles Davis - um dos ícones do cool jazz e da fusion - entre 1956 e 1984. A seleção inclui remix inédito de It's About the Time, registro de 1969, entre fonogramas originais de Round Midnight (1956), Summertime (1958), Stella by Starlight (1958), Seven Steps to Heaven (1963), Time After Time (1984) e Human Nature (1984). A coletânea chega ao mercado nacional nos próximos dias.
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