Fernanda faz baile samba-funk na MTV

As caixas de som dispostas no cenário remetiam aos bailes funks que inspiram o som da artista. O figurino, preto, recebia a cada número adereços que lhe davam nuances diferentes. As cadeiras do Teatro Carlos Gomes (RJ) foram dispensadas pela platéia animada que, de pé, dançou ao som da gravação do projeto MTV ao Vivo de Fernanda Abreu - realizada em 30 e 31 de março em dois shows que contaram com adesões de Herbert Vianna (na balada Um Amor, um Lugar), Mart'nália (em Tudo Vale a Pena) e DJ Marlboro (no Bloco Rap Rio).

Deu para perceber que vem por aí um DVD (o primeiro de Fernanda) com o alto padrão visual dos espetáculos da artista. O show reafirmou a carioquice do som da garota sangue bom - e não por acaso integrantes da produção catavam na fila fãs que não fossem do Rio para entrevistar e enfatizar em provável making of um caráter nacional que o som de Fernanda ainda não adquiriu por traduzir a alma e as contradições de facções específicas da cidade maravilhosa.

Com apenas duas inéditas (Baile Funk e a balada Dance Dance) no repertório, o DVD e CD ao vivo vão funcionar como azeitado best of da carreira solo da artista. Com direito a número do repertório da Blitz: a balada A Dois Passos do Paraíso, rebobinada em registro melódico e suave. "Dedico essa música à minha primeira banda. Não a canto há 20 anos. Achei que era o momento porque esse registro é especial na minha carreira por ser o primeiro ao vivo", explicou Fernanda em cena.

Disco que melhor sintetizou o espírito samba-funk do som da artista, Da Lata (1995) está bem representado no roteiro por músicas emblemáticas como Veneno da Lata, Garota Sangue Bom, Tudo Vale a Pena (em tons baixos, com a voz Mart'nália, o pandeiro de Jovi Joviano e a guitarra acústica de Rodrigo Campello) e Brasil É o País do Suingue. Claro que não faltaram também a balada Você pra Mim (do primeiro disco solo da cantora, SLA Radical Dance Disco Clube, editado em 1990), Rio 40º (de SLA 2: Be Sample), Jorge de Capadócia (de Jorge Ben, também de SLA 2), Baile da Pesada (de Entidade Urbana), Kátia Flávia (com citação de Garota de Ipanema e as intervenções vocais e coreográficas das backings Flávia Santana e Juju Gomes) e os sambas-enredos É Hoje e Aquarela Brasileira - números recorrentes nos shows da cantora.

Sem propriamente dar um passo à frente na carreira fonográfica da artista, o MTV ao Vivo de Fernanda Abreu reafirma o conceito e as levadas de seu baile samba-funk da pesada.

EMI promove CDs de Marisa na Espanha

A gravadora EMI está promovendo para valer na Espanha os lançamentos dos dois novos CDs de Marisa Monte, Infinito Particular e Universo ao meu Redor. Cartazes com anúncios dos discos estão espalhados por pontos estratégicos de Madrid e Barcelona - segundo relatou ao colunista um amigo jornalista recém-chegado de férias na Espanha.

Não chega a ser uma novidade, porque os lançamentos dos CDs da cantora no exterior sempre foram alvo de intensas ações promocionais tanto da gravadora como da própria Marisa, e isso explica o real sucesso da cantora em terras estrangeiras. Lá fora, Marisa Monte tem público que extrapola as colônias brasileiras - platéia de nove entre dez shows de artistas nacionais realizados no exterior. As turnês da cantora correm mundo, e não deverá ser diferente com o show Universo Particular.

No caso específico da Espanha, vale lembrar que Carlinhos Brown - um dos principais parceiros de Marisa e seu companheiro no projeto Tribalistas - é especialmente conhecido naquele país. A ponto de ter gravado lá seu quarto disco solo, Carlito Marrón.

Som Livre planeja reeditar trilhas infantis

Boa notícia para quem se encantou com as recentes reedições das trilhas originais dos programas Vila Sésamo e Sítio do Picapau Amarelo: a gravadora Som Livre tem planos de reeditar em CD ao longo de 2006 as trilhas de dois marcantes especiais infantis dos anos 80: Plunct Plact Zuum (capa à esquerda) e Pirlimpimpim. Lançada em 1983, a primeira trouxe as gravações de Brincar de Viver (música de Guilherme Arantes, na voz de Maria Bethânia) e O Carimbador Maluco (com Raul Seixas). Relíquias disputadas nos sebos, ambas são inéditas no formato digital. Resta torcer para que a idéia não fique no papel... Crianças de todas as idades agradecerão.

Solo de Pedro Miranda sai em 11 de abril

Um show na loja carioca Modern Sound, em Copacabana, vai marcar em 11 de abril o lançamento oficial de Coisa com Coisa, o primeiro disco solo de Pedro Miranda - cantor, compositor e percussionista do grupo Semente. Miranda (na foto, em clique de Washington Possato para o encarte do álbum) pesquisou durante dois anos as 12 músicas que formam o repertório do CD, produzido por Paulão Sete Cordas e editado pela Deckdisc. "Tem samba-canção, choro, embolada, samba de terreiro, samba-sincopado e até valsa", relaciona o cantor.

Uma das jóias do repertório é Amor sem Preconceito, parceria bissexta de Candeia e Paulinho da Viola. Miranda gravou também Doze Anos (Chico Buarque), Ciúme sem Razão (Alberto Ribeiro eJoão de Barro), Nada de Rock, Rock (Heitor dos Prazeres), O Sapo no Saco (Jararaca) e O Samba é meu Dom (Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro). Em Dona Joaninha (Ary Monteiro e Zé da Zilda), o cantor divide os vocais com Teresa Cristina, sua mulher. Eduardo Galloti é o convidado de Caixa Econômica. Já o Cordão do Boitatá, grupo do qual Miranda também faz parte, comparece em Vírgula (Alberto Ribeiro e Frazão).

Deck abre verbo contra Grammy Latino

Em comunicado oficial, assinado por seu diretor João Augusto, a gravadora carioca Deckdisc anunciou e explicou sua decisão de se retirar do Grammy Latino - a premiação paralela criada pela indústria fonográfica no início da década para laurear com o Grammy artistas e discos lançados nos países da América Latina, com algumas categorias destinadas exclusivamente a artistas brasileiros.

Eis na íntegra o texto divulgado pela companhia:

"Desde que o Grammy Latino foi instituído, temos observado que os cinco indicados finais nas categorias brasileiras não têm refletido os verdadeiros destaques do Brasil nos períodos de elegibilidade.

O Grammy americano - e mesmo a versão para os artistas latinos, excluindo os brasileiros - sempre se caracterizou por indicar e premiar artistas e projetos que tiveram real importância e êxito em seu mercado naquele período. Mas isso não está acontecendo com relação às categorias brasileiras, desde a sua implantação. O que pudemos verificar é que a causa do problema pode estar na pequena quantidade de votantes brasileiros (por razões regimentais, eles não revelam o número de votantes).

Mesmo cientes do problema, temos inscrito TODOS os anos TODOS os artistas e TODOS os projetos da Deckdisc que tiveram seus trabalhos lançados no período de elegibilidade.
Entretanto, mesmo sendo a gravadora independente de maior porte no Brasil, com artistas e projetos realmente representativos em cada um de seus gêneros, e apesar de todos os sucessos alcançados, no ano de 2005, por exemplo, mais uma vez não tivemos nenhum deles indicados. Nos dois últimos anos, estivemos ausentes de importantes e decisivas indicações (e não foram só artistas da Deckdisc, mas também de outras companhias, como pudemos observar).

Não cabe a nós reclamar dos que estão entre os indicados, mas sim dos que não estão. E aí o problema é grande. Não concordamos de maneira nenhuma com a teoria de alguns profissionais segundo a qual é melhor ter um prêmio assim, ainda que não reflita a verdade, do que não ter nada. Temos a firme convicção de que se não há representatividade, é melhor não ter nada.

Que fique claro também que não se trata do "choro dos perdedores". Muito pelo contrário, trata-se de uma questão de conceito do próprio prêmio que não está sendo observada. Nossos artistas e seus projetos têm sido indicados e vencido sistematicamente em vários prêmios brasileiros sem que precisemos fazer lobby ou cabalar votos, porque são prêmios, pelo menos, escolhidos por pessoas que vivem o mercado brasileiro e sabem o que está acontecendo aqui. Em outras palavras, quando as votações são por sistema popular ou por critérios técnicos, muitos de nossos artistas ou são indicados ou vencem. Por que não haveria de ser igual no Grammy Latino em sua seção brasileira?

Por todas as razões expostas acima, decidimos que não iremos mais inscrever nenhum produto ou artista da Deckdisc no Grammy Latino até considerarmos que a lista de indicados final terá a mínima representatividade necessária. Pelo menos assim, daremos a cada um de nossos artistas o benefício da dúvida se eles seriam votados ou não, porque pelo método que vínhamos fazendo até agora, entendemos que os artistas não estão sendo reconhecidos com seus trabalhos.

Entretanto, iremos apoiar qualquer um que desejar fazer suas próprias inscrições, oferecendo todas as explicações sobre como proceder.

Estamos à disposição para qualquer esclarecimento adicional. Se você quiser saber quem foram os indicados ao Grammy Latino 2005, acesse o link: http://www.univision.com/content/content.jhtml?cid=675839."

João Augusto

Gal faz show em sintonia com seu tempo

Resenha de show
Nome: Hoje
Artista: Gal Costa
Local: Canecão (RJ)
Data: 30 de março de 2006
Cotação: * * *

"Vocês estão sérios.... Ou será que o show é que é sério?", questionou Gal Costa no palco do Canecão, em meio à estréia oficial da turnê Hoje, na noite de 30 de março, no Rio. Gal sentiu em cena a frieza de uma platéia que, em boa parte, digeriu com dificuldade sua opção por um show sem concessões - "corajoso e difícil, mas prazeroso", como a própria cantora (acima, em foto de Beti Niemeyer, durante a apresentação) o classificou no palco.

Ainda que não seja arrebatador, Hoje é show em sintonia com o tempo atual de Gal. Aos 60 anos, a cantora surpreende pela voz remoçada, cheia de jovialidade. Não por acaso, Fruta Gogoia - o tema do folcore baiano que abria seu show Fa-Tal, marco de seu desbunde como intérprete em 1971 - também dá o pontapé inicial em Hoje. Não reclamavam que Gal estava acomodada, que vivia de regravações? Pois em seu novo show ela ousa cantar um repertório de inéditas pouco palatáveis para platéias acostumadas a hits novelescos como Coisa Mais Linda, ofertada de presente no bis para o público, este sim, acomodado.

O requinte dos arranjos salta aos ouvidos a cada número. É show de nuances e sutilezas musicais que vai soar linear para muitos por conta de seu tom às vezes sisudo, ora monocórdico. E Gal está lá, inteira, sessentona, mas com o espírito jovem. É assim que ela apresenta quase todas as músicas do CD Hoje, intercaladas com jóias de Ismael Silva (Antonico), Noel Rosa (Feitio de Oração, número em que a cantora ensaia elegante rebolado) e Luiz Melodia (Juventude Transviada, cheia de improvisos no final quase jazzístico). São autores que fizeram parte do passado de Gal em outros tempos. E que retornam ao seu roteiro hoje como contrapontos para os "jovens veteranos" autores das músicas do CD que batiza o show.

O trio de vocalistas faz coro de tom afro que permeia boa parte dos 21 números (Santana, Mar e Sol, Voyeur, Sexo e Luz). Uma sonoridade suingada cita eventualmente os arranjos dos discos de Elis Regina nos anos 70 (especialmente no samba Jurei) e envolve as músicas com sofisticação. E Gal passeia por elas com a habitual segurança vocal. Seja cambaleando majestosamente pela melodia trôpega de Embebedado (Chico Buarque e José Miguel Wisnik), seja floreando seus vocais ao fim de Pra que Cantar?, seja elevando o tom em raro instante mais sentimental (o medley que une Onde Está Você? e Sem Você), seja respondendo ao guitarrista Marcos Teixeira em Meu Nome É Gal - em referência ao duelo travado em 1979 por sua voz com a guitarra de Robertinho de Recife na releitura da mesma música em Gal Tropical.

Parceria de Roberto e Erasmo Carlos, lançada por Gal em 1969, Meu Nome É Gal não fecha o show por acaso. É como se fosse a carta de princípios de uma cantora que, entre erros e acertos em 41 anos de carreira, está ali a reafirmar que seu nome é Gal. E isso significa muito.

Gal põe inédita no roteiro do show 'Hoje'

Gal Costa (na foto à direita, em clique de Isabela Kasow) incluiu uma música inédita no roteiro do show Hoje, cuja turnê nacional estreou oficialmente na noite de quinta-feira, 30 de março, no Canecão (RJ), depois de passar por algumas cidades do interior paulista. Trata-se da canção Onde Está Você? - parceria de Lokua Kanza com Carlos Rennó. A composição foi inspirada em Sem Você, tema de Tom Jobim e Vinicius de Moraes que - não por acaso - foi unida a Onde Está Você? em medley do show. Lokua e Rennó são autores de várias músicas do CD Hoje. Uma delas é Mar e Sol, popularizada na trilha sonora da novela Prova de Amor.

Xote inaugura parceria de Ivan e Lenine

A foto acima (clicada por Rodrigo Castro) é um flagrante descontraído de Lenine (à esquerda) e Ivan Lins em estúdio. Os compositores estão inaugurando parceria. A primeira música dos dois é o xote Se Acontecer e faz parte do novo disco de Ivan Lins. Nas lojas em junho, quando o compositor completará 61 anos, o CD Ivan trará repertório essencialmente inédito. O autor de Madalena abriu o leque de parceiros e apresenta também composições como Ivone Lara (Deus É Mais), Nei Lopes (Prece ao Samba) e Paulo César Pinheiro (Por sua Causa e Diana no Mar).

Família de Vinicius veta DVD da 'Arca'

Filhas de Vinicius de Moraes, Luciana e Suzana de Moraes vetaram o projeto da gravadora Som Livre de editar em DVD o especial infantil A Arca de Noé, produzido pela Rede Globo em 1980 com base na obra do Poetinha (na foto à esquerda, em clique de Symare, de 29 de maio de 1970). As herdeiras de Vinicius pretendem adaptar a A Arca de Noé para o cinema, em filme de animação.

Fundo de Quintal lança inéditas em abril

Parceria de Adriano Ribeiro e Carlos Caetano, Pela Hora é a faixa que batiza e puxa o novo disco de inéditas do Fundo de Quintal. A música chegará às rádios em 11 de abril. Produzido e arranjado por Rildo Hora, o CD Pela Hora sai pela Indie Records e reúne 14 sambas dentre os mais de 300 ouvidos pelo grupo em audição no bloco Cacique de Ramos. Zeca Pagodinho é o autor de Madame, em parceria com Alcino Corrêa. Benza Eu traz a assinatura de Mário Sérgio e Sombrinha. Já Vivo pra Você é parceria de André Renato, Ronaldinho e Sereno.

Detonautas ganha peso no terceiro CD

Resenha de CD
Título: Psicodeliamorsexo&distorção
Artista: Detonautas Roque Clube
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

Quando apresentou seu segundo álbum, Roque Marciano, o grupo Detonautas Roque Clube sinalizou que sua carreira poderia ir além de um sucesso emplacado no seriado juvenil Malhação (Quando o Sol se For, o hit do primeiro CD). Letras mais adultas e um som mais encorpado mostraram alguma evolução. Que continua neste terceiro disco. Até que não tem tanta psicodelia como sugere o título! Mas tem alguma distorção e tem muito peso - a começar pelas duas faixas que abrem o CD, No Escuro o Sangue Escorre e Não Reclame Mais (eleita a música de trabalho e já nas rádios desde o início de março).

A pegada é boa e forte. E o produtor Edu K (aquele mesmo do De Falla, lendária banda gaúcha dos anos 80) tratou com capricho um repertório que, a rigor, nem soa tão original assim. Psicodeliamorsexo&distorção é um disco de rock, eventualmente retrô como em Sonhos Verdes. Às vezes, mais uptodate - caso de Dia Comum. Mas, em essência, um rock honesto, como atestam faixas como Ela Não Sabe (Mas Nós Sabemos).

Com beats mais desacelerados, Insone - longa faixa gravada ao vivo - é a que mais bem sintetiza o título do álbum. Alguma psicodelia e distorção fizeram bem ao som do Detonautas. Tico Santa Cruz (voz), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (percussão e pick-ups), Rodrigo Netto (guitarra e voz) e Renato Rocha (guitarra, violão e piano) estão no caminho certo. O Detonautas Roque Clube ganha peso no terceiro CD.

Prince volta a reinar na parada americana

Aos poucos, Prince está voltando a ser Prince. Inclusive do ponto de vista comercial. Recém-lançado nos Estados Unidos, o novo álbum do artista, 3121 (capa à direita), entrou direto no topo da parada da revista Billboard - a mais importante e respeitada do mercado americano. Foi a primeira vez que um disco de Prince estreou na liderança da parada.

A vendagem de 183 mil cópias em uma semana é até modesta para os padrões americanos, mas o que importa é que Prince está voltando a reinar. Exatamente como reinou nos anos 80, quando chegou a disputar o trono com Michael Jackson e Madonna pela inventividade mostrada em seus discos. Em 1984, Purple Rain chegou a liderar a parada (mas não na primeira semana). No ano seguinte, Around the World in a Day repetiu a façanha. Mas desde 1989, quando lançou a trilha de Batman, Prince não chegava ao topo da parada. Culpa de sua crise artística e pessoal que o levou inclusive a adotar como nome artístico um símbolo impronunciável.

A decisão de voltar a assinar seus discos como Prince veio acompanhada de trabalhos mais consistentes como o recente Musicology, de 2004. Tudo indica que 3121 vai coroar essa nova fase de sucesso artístico e comercial. O mundo, novamente, é de Prince.

Sonic Youth volta dissonante em junho

Intitulado Rather Ripped, o novo álbum do grupo Sonic Youth (foto) tem lançamento agendado para 13 de junho. São 12 faixas - algumas bem dissonantes. A lista de músicas do CD é a seguinte: Reena, Incinerate, Do You Believe in Rapture?, Sleepin' Around, What a Waste, Jams Run Free, Rats, Turquoise Boy, Lights Out, The Neutral, Pink Steam e Or.

DVD de Gal une show e documentário

Nas lojas no fim do ano, o próximo DVD de Gal Costa vai misturar show e documentário. A parte do show será registrada em maio durante a passagem da turnê Hoje por São Paulo (SP). A parte documental reunirá entrevistas inéditas e imagens de arquivo que vão reconstituir a trajetória da cantora (na foto, em clique de Isabella Kassow). Do Tropicalismo aos Dias de Hoje é o título provisório do DVD, produzido pela gravadora Trama em parceria com o canal DirecTV. O especial será exibido primeiramente na televisão e somente depois chegará às lojas.

EMI fatura com popularidade do RBD

A gravadora EMI está enchendo as prateleiras com CDs e DVDs do grupo mexicano RBD - atual sensação entre o público juvenil por conta da novela Rebelde, exibida no Brasil pelo SBT. Mal pôs nas lojas o DVD Tour Generación - En Vivo, com registro de show do sexteto teen, a companhia já se prepara para lançar no mercado nacional outro DVD, Que Hay Detrás de RBD? (capa à direita), com documentário de 1h33m que procura investigar o fenômeno de popularidade do grupo.

Trama disponibiliza MP3 de Tim Maia

Música de maior projeção do disco Tim Maia Racional (capa à esquerda), Imunização Racional - mais conhecida como Que Beleza - já foi disponibilizada pela Trama em arquivo MP3 no site oficial da gravadora (www.trama.com.br). Esse tema foi regravado recentemente por Gal Costa (no injustiçado disco Aquele Frevo Axé, de 1998) e até pela apresentadora e atriz Babi Xavier em sua efêmera e fracassada incursão pelo universo fonográfico.

A Trama põe nas lojas em 15 de abril a primeira reedição oficial em CD de Tim Maia Racional, gravado em 1974 e lançado em janeiro de 1975, quando o Síndico pertencia à seita Universo em Desencanto.

Magal canta com Zoli e Frenéticas em DVD e CD gravados ao vivo no Rio

Trinta anos depois do estouro de seu primeiro sucesso, Se te Agarro com Outro te Mato, Sidney Magal volta à cena com DVD (capa à direita) e CD ao vivo, lançados esta semana pela Som Livre. O cigano canta com Cláudio Zoli (Noite do Prazer, hit do Brylho em 1983) e com o grupo As Frenéticas (Dancin'Days, sucesso de 1978).

Além de reviver seus sucessos (Tenho, Amante Latino, Sandra Rosa Madalena, Meu Sangue Ferve por Você), Magal faz incursões pelos repertórios de Rita Lee (Baila Comigo), Lulu Santos (Adivinha o Quê?) e Alejandro Sanz (Corazón Partío). A gravação de Sidney Magal ao Vivo foi feita em show na casa Garden Hall, no Rio, no fim do ano passado.

'Carioca', o primeiro CD de inéditas de Chico em oito anos, reúne 12 músicas

Primeiro álbum de inéditas de Chico Buarque desde As Cidades, disco editado em 1998, Carioca já está no forno. O primeiro CD do compositor na gravadora Biscoito Fino chegará às lojas entre o fim de abril e o início de maio, com 12 músicas e a participação de Dominguinhos. Parceiro de Chico no Xote da Navegação, o sanfoneiro pernambucano foi convidado para tocar seu acordeom em Outros Sonhos. Na foto acima, clicada por Bruno Veiga, Dominguinhos (à esquerda) conversa no estúdio da Biscoito Fino com Chico (à direita) e o violonista Luiz Cláudio Ramos, diretor musical e arranjador do CD.

Nome também do samba que abria o supra-citado disco As Cidades, Carioca é o título do CD em referência ao apelido de Chico no tempo em que ele - nascido no Rio - morou em São Paulo. Produzido por Vinicius França, o álbum marca a estréia do compositor no mercado fonográfico independente. Chico editava seus discos pela BMG desde 1987, mas optou por sair da multinacional após sua fusão com a Sony Music e assinou contrato com a Biscoito Fino em agosto de 2005.

Carioca será lançado no formato de CD simples e de dualdisc. Além do CD, o dualdisc trará DVD com documentário sobre a criação e a gravação do álbum - cujo lançamento foi previsto inicialmente para o fim do ano passado. O filme foi dirigido por Bruno Natal.

O repertório inclui inéditas como o choro Subúrbio - composto em tributo aos bairros da periferia carioca - e a canção Sempre, feita para a trilha do novo filme do cineasta Cacá Diegues, O Maior Amor do Mundo. Algumas músicas são inéditas em CD, mas já foram apresentadas previamente na série Chico Buarque Especial, dirigida por Roberto de Oliveira para o canal DirecTV e já editada em DVD pela gravadora EMI. É o caso de As Atrizes (composta em homenagem às divas do cinema). Aliás, outra faixa - Ela Faz Cinema - foi inspirada na paixão de Chico pelas mulheres e a Sétima Arte.

Uma das músicas, a valsa Imagina, é antiga e inédita somente na voz de Chico. A melodia foi criada por Tom Jobim em 1947. Chico fez a letra em 1983 para a trilha sonora do filme Para Viver um Grande Amor, mas nunca a gravou. A faixa traz a participação especial da cantora Mônica Salmaso - inicialmente cogitada por Chico para fazer dueto com ele em Sempre.

Das 12 faixas, uma já é conhecida pelos fãs do compositor desde o ano passado em gravação do próprio Chico. A canção Por que Era Ela, Por que Era Eu - composta para a trilha do recém-lançado filme A Máquina - foi incluída originalmente na compilação dupla Chico no Cinema. Mas a gravação do CD é ligeiramente diversa. Outras prováveis músicas são Embebedado (primeira parceria do compositor com José Miguel Wisnik, lançada por Gal Costa em 2005 no disco Hoje), Dura na Queda (samba feito em homenagem a Elza Soares) e Renata Maria (outra parceria inaugural, esta com Ivan Lins, e já gravada por Chico em dueto com Leila Pinheiro no último CD da cantora).

Em fase de produção, a capa de Carioca trará uma foto de Chico cobertas por mapas do Rio, mas não será sem camisa - como foi noticiado. Certo é que o público não vai ter que esperar o segundo semestre, como chegou a ser cogitado, para ouvir o esperado álbum de inéditas de Chico Buarque de Hollanda. Carioca já vem aí!!

Luiza mistura Chico César, Lenine, Ana, Antunes e Nando em seu disco 'Escuta'

Ana Carolina é a autora da inédita faixa-título do terceiro CD de Luiza Possi, Escuta (capa à direita). Arnaldo Antunes e Nando Reis assinam Se no Meio do que Você tá Fazendo Você Pára, lançada por Arnaldo em 1998 no álbum Um Som. Um medley com Gandaia das Ondas e Pedra e Areia - duas músicas de Lenine - fecha o disco, que traz também inéditas de Chico César (Da Fonte que Deus Dá), Isabella Taviani (Outro Mar) e Vander Lee (Seu Nome).

Entre as 14 faixas, há ainda temas de Moska (Não Diga que Eu Não te Dei Nada e o samba Paixão e Medo), Jorge Vercilo (Tudo a Ver) e Herbert Vianna (Um Pequeno Imprevisto, parceria com Theddy Correa). Luiza Possi se arrisca como compositora (em parceria com Nelson Jr.) na balada Desengano e em Beijos e Velas. Sozinho, seu parceiro Nelson Jr. assina a dançante O Circo Pega Fogo. Completa o repertório Adeus Meninos, versão de Chico César para tema de Lokua Kanza.

Produzido por Líber Gadelha, pai da cantora, o disco foi gravado em janeiro no estúdio Cia. dos Técnicos, em Copacabana (RJ), e tem clima acústico. A julgar pelos compositores do repertório, Escuta é mais um passo no upgrade iniciado pela filha de Zizi Possi em seu disco anterior.

Paul Simon mostra 'Surprise' em maio

Primeiro álbum de Paul Simon (foto) desde You're the One, editado em 2000, Surprise tem lançamento mundial agendado para 8 e 9 de maio. Brian Eno é o produtor do CD, gravado aos poucos, nos últimos anos. O repertório é formado por 11 músicas. Pela ordem, as faixas são How Can You Live in the Northeast, Everything About It Is a Love Song, Outrageous, Sure Don't Feel Like Love, Wartime Prayers, Beautiful, I Don't Believe, Another Galaxy, Once Upon a Time There Was an Ocean, That's Me e Father and Daughter.

Nasi vai onde o Ira! não ousa mais pisar

Resenha de CD
Título: Onde os Anjos Não Ousam Pisar
Artista: Nasi
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *

Fora do Ira!, grupo do qual é vocalista há 25 anos, Nasi já gravou três discos com o grupo Irmãos do Blues. Mas Onde os Anjos Não Ousam Pisar pode ser considerado seu primeiro trabalho realmente individual. Produzido pelo próprio Nasi, com o auxílio luxuoso de Apollo 9, o CD oferece mais do que o blues mostrado em faixas como Acredito no Amor e Eu Não me Canso de Dizer. É disco de som moderno e sotaque indie e marginal.

Efeitos disfarçam a insuficiência vocal do cantor, um dos piores do pop rock nacional. Mas o que conta é a atmosfera meio estranha que se anuncia a partir da capa, na qual Nasi aparece caracterizado como o super-herói Wolverine (homenageado também no título do Wolverine Blues). Se o rock Corpo Fechado incorpora batidas afros e algo do hip hop (Nasi já produziu disco dos pioneiros Thaíde & DJ Hum - vale lembrar aos puristas), a faixa-título, parceria de Zé Rodrix e Etel Frota, é balada de aura espacial.

O inusitado arsenal de instrumentos do disco (mellotron, hammond, clavinet e o acordeom que adorna o country rock O Outro Lado da Moeda) valoriza o bom repertório. Assim como as letras, mais consistentes do que as da fase atual do Ira! - basta olhar os versos do rock retrô O Rebanho, que formam contundente painel da fauna noturna de São Paulo.

A regravação de É Preciso Dar um Jeito, meu Amigo - majestoso lado B da obra de Roberto e Erasmo Carlos, lançado pelo Tremendão em 1971 - fecha magistralmente um disco de faixas de alto teor erótico (Pistola na Mão, Quero Ser seu Homem) que revela um Nasi bem mais interessante e multifacetado. Ele vai onde o Ira! não ousa mais pisar agora que o grupo voltou ao mainstream.

Chega às lojas segundo CD de 'Floribella'

Uma das surpresas do mercado fonográfico em 2005, o CD com a trilha original da novela Floribella fez sucesso e chegou a conquistar o Disco de Platina pela vendagem superior a 125 mil cópias. No embalo, a Universal Music - em parceria com a Band, a emissora que exibe a trama infanto-juvenil no Brasil - lança esta semana o segundo volume da trilha. Floribella 2 - É pra Você meu Coração (capa à esquerda) já chega às lojas com expressiva tiragem inicial de 50 mil unidades.

Como no primeiro volume, o segundo tem a maioria das músicas cantada pela atriz Juliana Silveira. A protagonista da novela solta a voz em temas como Te Sinto, O que Esconde o Conde, Ding Dong, Flores Amarelas, Você Vai Voltar e País das Águas. O ator Mário Frias - que interpreta Conde Máximo, o par romântico de Floribella - faz dueto com Juliana em Coisas que Odeio em Você.

Canastra grava CD e põe clipe na rede

Vencedora do festival Oi Tem Peixe na Rede com a música Diabo Apaixonado, a banda carioca Canastra começa hoje a gravar o disco previsto no contrato assinado com a Sony & BMG por conta da vitória na competição virtual. A produção do CD é de Bernardo Silva e Fabiano França. O som da Canastra mistura ska, rockabilly e ritmos latinos. O cantor da banda - Renatinho, vocalista do extinto grupo Acabou la Tequila - assina a maioria das músicas, em parceria com nomes como Gabriel Thomaz, Kassin e Erika Martins.

Paralelamente, o grupo está lançando exclusivamente na internet o clipe de Olhos pra Mim. O vídeo (foto acima) foi inteiramente feito com recursos de computação gráfica pelo diretor estreante, Marcelo Brandão, que deu o clipe de presente para o grupo depois de ir a um show do Canastra e gostar do som. O vídeo está no ar no endereço www.sitedocanastra.com.br e pode ser baixado em partes que possibilitam ao internauta montar nova versão do clipe. É só entrar na seção Divirta-se com o Canastra.

Disco do Vixi Mainha já está nas lojas

Já está nas lojas a nova tiragem do CD de estréia do Vixi Mainha (capa à direita). A primeira foi inteiramente inutilizada pela gravadora Universal Music porque o grupo baiano - anteriormente batizado Afrodisíaco - teve que trocar de nome por decisão judicial. Como o disco já estava nas lojas, a solução foi recolher a primeira tiragem e refazer o projeto gráfico com o novo nome, Vixi Mainha - e não Vixe Mainha, como chegou a ser grafado erroneamente pela imprensa carioca.

MV Bill lança seu terceiro CD inspirado em filme sobre os meninos do tráfico

O terceiro disco do rapper carioca MV Bill, Falcão - O Bagulho É Doido, tem previsão de lançamento para 18 de maio. As músicas do CD tiveram sua criação inspirada pela produção do documentário Falcão - Meninos do Tráfico, exibido pelo programa Fantástico em 19 de março. Quando entrevistava os meninos para o filme, produzido em parceria com Celso Athayde, Bill foi fazendo as letras. Editado no rastro da repercussão nacional provocada pela exibição do documentário pela TV Globo, o álbum terá distribuição e promoção de uma gravadora major, a Universal Music.

Fafá planeja primeiro DVD para este ano

Fafá de Belém (na foto à direita, em clique de Vera Donato) pretende gravar seu primeiro DVD no início do segundo semestre. Mas o vídeo não trará o registro da turnê promocional do CD Tanto Mar, dedicado à obra de Chico Buarque - como planejado pela cantora no ano passado. A idéia de Fafá é fazer um DVD com os maiores sucessos de seus 31 anos de carreira fonográfica.

Trama lança Arctic Monkeys no Brasil

Caberá à gravadora Trama editar no Brasil o incensado álbum de estréia do grupo inglês Arctic Monkeys, Whatever People Say I Am, That's What I Am Not (capa à esquerda) - fenômeno de vendas na Inglaterra desde a primeira semana de seu lançamento. Nas lojas brasileiras a partir de 15 de abril, em edição nacional, o álbum de estréia da melhor banda de todos os tempos das últimas semanas - em tese de várias publicações britânicas que já é defendida por boa parte da imprensa musical tupiniquim - reúne 13 músicas. Pela ordem, as faixas são The View from the Afternoon, I Bet You Look Good on the Dancefloor, Fakes Tales of San Francisco, Dancing Shoes, You Probably Couldn't See for the Lights, But ..., Still Take You Home, Riot Van, Red Light Indicates Doors Are Secure, Mardy Bum, Perhaps Vampires Is a Bit Strong But..., When the Sun Goes Down, From the Ritz to the Rubble e A Certain Romance.

A 'desarmonia' de Joyce e Zé Renato

Velha amiga de Zé Renato, Joyce (foto) abre nova parceria com o vocalista do grupo Boca Livre. Os dois cantores compuseram uma música ainda inédita, Desarmonia, devidamente incluída no roteiro do show que os artistas estão estreando no Rio de Janeiro e que, ao longo de uma eventual turnê, poderá virar DVD e CD ao vivo.

Legado de Renato Russo permanece nos corações de sua (imensa) legião urbana

Renato Russo (foto) faria 46 anos nesta segunda-feira, 27 de março, se não tivesse saído de cena em outubro de 1996, vítima de complicações decorrentes de infecção pelo HIV. Para marcar a data, a gravadora EMI está lançando, em parceria com o canal Multishow, o tributo Renato Russo - Uma Celebração. O especial de TV vai ao ar hoje. Gravados ao vivo em show na Fundição Progresso (RJ), em dezembro de 2005, CD e DVD já estão chegando às lojas.

Como o guitarrista Dado Villa-Lobos revelou em recente entrevista à revista Bizz, a disputa judicial pelo controle da obra da Legião Urbana pôs em lados opostos os remanescentes da Legião Urbana (o próprio Dado e o baterista Marcelo Bonfá) e os herdeiros e familiares de Russo. Daí a ausência de Dado e Bonfá no tributo do Multishow. Daí a ausência no roteiro de músicas compostas por Russo com seus legionários parceiros. É lamentável que a briga tenha chegado aos tribunais, embora nem ela empane a aura de Renato Russo.

Tributos costumam ter caráter mais comercial do que afetivo. Mas o que conta, sobretudo, é que tributos são prestados somente a quem deixou uma obra, um legado importante. Renato Russo se enquadra nesse caso. A música que produziu nos anos 80 (e breve parte dos 90) resiste esplendidamente ao tempo. Como a obra de Raul Seixas da década de 70 - para citar outro mítico criador de atitude roqueira que permanece cultuado por diversas gerações.

Grandes compositores dos 80, como Leoni e Herbert Vianna, também foram e são importantes para a cultura pop da década. Mas suas obras não alcançaram a dimensão poética da música de Renato Russo. O artista elevou o padrão das letras do rock brasileiro - encontrando eventual paralelo somente em Cazuza - e tocou corações e mentes da imensa legião urbana que até hoje celebra espontaneamente sua música e seu ídolo sem precisar de discos caça-níqueis. E que continua indo a eventuais tributos mercantilistas somente para fazer coro apaixonado em canções que já são atemporais.

A celebração do Multishow e da EMI é de uma natureza. A do público é de outra. Mas ambas são válidas. Artista atormentado por seus demônios, Renato Russo foi o mártir do rock brasileiro. Seu legado permanece. E vai permanecer por muitas décadas. Outros outubros e tributos virão...

Dubas coleta obra inicial de Jorge Ben

Enquanto a gravadora Universal não edita a prometida caixa com os discos de Jorge Ben Jor na companhia, ainda sem previsão de lançamento, o selo Dubas Música põe nas lojas coletânea do cantor na criteriosa série Revisitado. O CD (capa à direita) enfoca justamente o período que Ben gravou na antiga Philips. A coletânea vai do disco Samba Esquema Novo (1963) ao álbum África Brasil (1976), reunindo 20 gravações.

Vale lembrar que, em 1993, toda a discografia do artista na Philips foi reeditada em CD na série Colecionador, mas, além de ter horrendo padrão gráfico que ignorava a arte original dos LPs, a coleção já saiu de catálogo há anos.

'Nada Além' na voz de Beth Carvalho

Parceria de Custódio Mesquita com Mário Lago, lançada em 1938 na voz de Orlando Silva, Nada Além pode ser ouvida na voz de Beth Carvalho (foto) - intérprete sempre associada ao samba. A gravação faz parte da trilha sonora da novela Cidadão Brasileiro, que traz também dueto inédito de Zizi Possi e Edu Lobo em Ponteio (1967), tema de Edu, letrado por José Carlos Capinam.

Copa pode ser de Daniela ou Leozinho

Aumentam as chances de Levada Brasileira - faixa do último CD de Daniela Mercury (foto), Balé Mulato - ser o tema extra-oficial da Copa do Mundo de 2006. A cantora baiana estará na Alemanha, durante os jogos do Brasil, para promover a música em shows realizados em trios elétricos. Mas MC Leozinho corre por fora: contratado pela Universal, o funkeiro carioca vai ter sua música de maior sucesso - Ela Só Pensa em Beijar (Se Ela Dançar, Eu Danço) - incluída em disco temático sobre a Copa preparado pela gravadora multinacional.

P.S.: Em Salvador neste fim de semana, o colunista testemunhou o sucesso de Levada Brasileira na capital baiana. A música toca inclusive nas praias, em carros com alto falante, e faz o povo dançar com seu arranjo que mistura o toque da capoeira com a batucada do samba carioca. A Galera, faixa do último disco de Ivete Sangalo, também já é um hit popular.

Sai no Brasil o primeiro DVD do Il Divo

Chega ao mercado brasileiro, em abril, o novo CD do grupo Il Divo - fenômeno de vendas em países como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. Intitulado Ancora, o disco já esteve no primeiro lugar da parada da revista americana Billboard. Paralelamente, a Sony & BMG põe nas lojas Encore, o primeiro DVD (capa à direita) do grupo, gravado em show no Teatro Romano de Mérida. Além da apresentação, o vídeo traz também documentário sobre a trajetória ascendente do grupo.

Paralamas lança DVD 'Hoje ao Vivo' com Nando Reis, Andreas Kisser e DJ Da Lua

Nas lojas na primeira semana de abril, o sexto DVD do grupo Paralamas do Sucesso, Hoje ao Vivo, traz novas gravações do repertório do CD Hoje. A filmagem foi feita no estúdio Humberto Mauro, no Pólo de Cinema e Vídeo do Rio de Janeiro (RJ), em 19 e 20 de dezembro de 2005. Na foto acima, clicada por Márcia Moreira durante a gravação, Nando Reis (à esquerda) aparece ao lado do baixista Bi Ribeiro (à direita), com o baterista João Barone ao fundo. Nando é o convidado da faixa Pétalas, da qual é um dos autores.

Dirigido por Roberto Berliner, da TvZero, o DVD conta também com as adesões do guitarrista Andreas Kisser (convidado de Fora do Lugar, De Perto, 220 Desencapado e Ponto de Vista) e do DJ Marcelinho da Lua (em Ao Acaso). Com várias câmeras posicionadas estrategicamente no estúdio, o vídeo reúne imagens capturadas por nomes como Walter Carvalho e André Horta.

Nos extras, há imagens da gravação do CD e da participação de Manu Chao em Soledad Cidadão (gravada anteriormente no estúdio carioca Nas Nuvens), além dos clipes de Na Pista e De Perto.

Festival exibe filme sobre Herbert Vianna

O festival de documentários É Tudo Verdade exibe neste domingo, no Rio de Janeiro, Herbert de Perto, filme de Roberto Berliner e Pedro Bronz sobre a trajetória de Herbert Vianna, cantor e guitarrista do trio carioca Paralamas do Sucesso. O documentário recorda o trágico acidente de ultraleve que quase tirou a vida do artista, no início de 2001. A exibição acontece no cinema Odeon, na Cinelândia, no Centro do Rio, às 21h30m.