Sábado, Junho 10, 2006
Sexta-feira, Junho 09, 2006
Quinta-feira, Junho 08, 2006
Quarta-feira, Junho 07, 2006
Terça-feira, Junho 06, 2006
Segunda-feira, Junho 05, 2006
Domingo, Junho 04, 2006
Grande aposta da gravadora Sony & BMG para o segundo semestre, o sétimo disco de inéditas do Skank - nono na discografia, levando em conta o MTV ao Vivo de 2001 e a coletânea com inéditas Radiola, de 2004 - estava cercado de mistério. Até este sábado, 10 de junho. Na edição 202 da revista Bizz, a partir de hoje nas bancas, o jornalista Ricardo Alexandre adianta detalhes do CD. Nas rádios em julho, o provável primeiro single é Uma Canção É pra Isso. O repertório inclui parcerias de Samuel Rosa com Nando Reis (tema de ficção científica provisoriamente intitulado Astronave), Arnaldo Antunes (balada inicialmente chamada de Trancoso) e César Maurício (ex-integrante do grupo Virna Lisi). De acordo com Ricardo Alexandre, que teve exclusivo acesso ao estúdio onde o grupo gravou o disco em Belo Horizonte (MG), o trabalho vem recheado de canções de tom agridoce. Com produção dividida entre Chico Neves e Carlos Eduardo Miranda, o álbum já está (quase) pronto e tem lançamento previsto para agosto.
Caixa internacional do Rei no fim do ano
Prevista para maio, a quinta caixa da coleção Pra Sempre - que reedita a discografia de Roberto Carlos com CDs remasterizados e capas no formato de miniLPs - já começou a ser produzida por Marcelo Fróes. Esse quinto box reunirá todos os discos gravados pelo cantor para o exterior. São muitos títulos, quase todos inéditos no mercado brasileiro. Se o Rei aprovar o projeto, o lançamento acontecerá no fim do ano, via Sony & BMG.
Astro teen de 'Rebelde' grava no Brasil
Astro teen mexicano em evidência na novela juvenil Rebelde, que projetou também o grupo RBD, Diego Gonzáles vai gravar em português. O ator e cantor aproveitará a temporada no Brasil - onde fica até a próxima semana para divulgar seu recém-lançado primeiro CD solo, Diego (capa à esquerda) - para gravar uma versão do disco em português.
A estratégia armada pela gravadora EMI para Diego no Brasil é a mesma experimentada com sucesso comercial na promoção do grupo RBD: lançar simultaneamente, ou quase, versões dos discos dos artistas em espanhol e em português. Tudo com a promoção do SBT, a emissora que exibe Rebelde no Brasil. Diego tem apenas 15 anos e trabalha desde os 12 na TV e na música. Já atuou em outras novelas e gravou com o grupo Misión S.O.S. um álbum infantil.
A estratégia armada pela gravadora EMI para Diego no Brasil é a mesma experimentada com sucesso comercial na promoção do grupo RBD: lançar simultaneamente, ou quase, versões dos discos dos artistas em espanhol e em português. Tudo com a promoção do SBT, a emissora que exibe Rebelde no Brasil. Diego tem apenas 15 anos e trabalha desde os 12 na TV e na música. Já atuou em outras novelas e gravou com o grupo Misión S.O.S. um álbum infantil.
Nereu São José grava com grupo escocês
Um dos inventores do samba-rock, o cantor e percussionista Nereu São José (foto) vai gravar com a banda escocesa 1990s. O convite partiu do grupo, que chega a São Paulo neste domingo, 18 de junho, para fazer show e a gravação. Fãs de música brasileira, Jackie McKeown (guitarra/vocal), Michael McGaughrin (bateria/vocal) e Jamie McMorrow (baixo) admiram o suingue de Nereu, integrante nos anos 60 e 70 do lendário Trio Mocotó, que acompanhava Jorge Ben Jor em seus tempos áureos. Nereu lançou em 2005 um estupendo disco solo, Samba Power.
João completa 75 anos com DVD à vista
Com aura mitológica que ficou maior do que sua obra revolucionária, João Gilberto faz 75 anos neste sábado, 10 de junho. Recluso, mas na ativa. Sua agenda prevê a gravação em novembro, em show no Japão, de seu primeiro DVD. É um aniversário digno de comemoração! Há quem o considere chato. Há quem o endeuse além da conta. Mas o fato é que João foi, é e sempre será um dos gênios da música brasileira. Seus três primeiros álbuns - infelizmente fora de catálogo por conta de uma pendenga judicial do cantor com a gravadora EMI - são obras emblemáticas que carregam uma modernidade que foi capaz de mudar o curso da música do Brasil e - mais - de influenciar a música dos Estados Unidos. Em outras palavras, a música do mundo. Mérito evidentemente dividido por João com Tom Jobim, autor das canções formatadas com a célebre batida diferente de João. Aquela bossa era e continua nova. E ninguém conseguiu cloná-la a contento, 48 anos depois daquele seminal 1958. Tudo já foi dito sobre João Gilberto. Mas muito é pouco no dia de hoje. Parabéns, João!
Fernanda Abreu expõe em 'MTV ao Vivo' patrulha social que cerceia o baile funk
Resenha de CD
Título: MTV ao Vivo
Artista: Fernanda Abreu
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *
É som de preto, de favelado - como prega, orgulhoso, o refrão do funk dos MCs Amilcka, Baby e Chocolate. Cantado por artista branca, para um público de classe média criado com visão preconceituosa da favela, adquire conotação política ainda maior. É esse viés político que permeia e valoriza a primeira gravação ao vivo de Fernanda Abreu, realizada dentro da série MTV ao Vivo, em dois shows realizados no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro (RJ), em 30 e 31 de março. O DVD sai somente no início de julho, mas o CD já está nas lojas e supera a impressão da gravação. Não é de hoje que Fernanda canta funk, mas nunca com um tom tão politizado como o deste projeto.
Muito da força do disco vem também de seu som límpido, captado com qualidade acima da média em trabalhos do gênero (efeito talvez da acertada opção de ter feito o show em teatro de boa acústica). A energia das apresentações transparece no disco. E Fernanda - extremamente cuidadosa com seus trabalhos - sempre fez shows marcados por requinte visual que poderá ser apreciado no DVD, que trará também Mart'nália em Tudo Vale a Pena, número ausente do CD.
No MTV ao Vivo de Fernanda Abreu (acima em foto de Nino Andrés, tirada na gravação), as caixas de som que moldam o cenário simbolizam os bailes funks, dos quais a cantora extraiu a maioria dos temas que compõem o Bloco Funk. E nessa valorização do universo funk reside a força política do disco. "Não me bate, doutor, que eu sou de batalha / Eu acho que o senhor está cometendo uma falha", canta a artista no funk Não me Bate, Doutor, de autoria de Cynthia. Ao dizer versos como esses para seu público, majoritariamente criado no asfalto, Fernanda expõe a patrulha social que teima em cercear os bailes funks e passa seu recado para quem, em tese, pode ajudar a disseminar o preconceito contra o 'som de preto, de favelado'. E o recado ganha sutil ironia por integrar projeto linkado à MTV, emissora dominada pela ótica e pela música do asfalto.
A ótima inédita Baile Funk, de Rodrigo Maranhão, também remexe na ferida dessa briga que opõe ideologias e classes sociais. "Acabaram com o baile funk / Pois havia rebeldia / Na palavra do poeta / No barulho que se ouvia", diz a letra. Maranhão é também o autor da balada charm Dance Dance, a outra inédita de um trabalho que, a rigor, não avança na estética adotada por Fernanda Abreu em seu melhor CD (Da Lata, 1995) e na qual ela permanece estacionada depois de dois álbuns de menor expressão e projeção (Entidade Urbana e Na Paz). Mas o MTV ao Vivo da artista tem lá seus encantos. Seja pela inclusão de marchinhas carnavalescas no Bloco Funk, pela regravação de música da Blitz (a balada A Dois Passos do Paraíso) ou pela evocação, no Bloco Rap Rio 2006, do orgulho negro disseminado pelo movimento Black Rio nos anos 70, com direito a citação de hits de ícones como Gerson King Combo. A garota é sangue bom.
Título: MTV ao Vivo
Artista: Fernanda Abreu
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *
É som de preto, de favelado - como prega, orgulhoso, o refrão do funk dos MCs Amilcka, Baby e Chocolate. Cantado por artista branca, para um público de classe média criado com visão preconceituosa da favela, adquire conotação política ainda maior. É esse viés político que permeia e valoriza a primeira gravação ao vivo de Fernanda Abreu, realizada dentro da série MTV ao Vivo, em dois shows realizados no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro (RJ), em 30 e 31 de março. O DVD sai somente no início de julho, mas o CD já está nas lojas e supera a impressão da gravação. Não é de hoje que Fernanda canta funk, mas nunca com um tom tão politizado como o deste projeto.
Muito da força do disco vem também de seu som límpido, captado com qualidade acima da média em trabalhos do gênero (efeito talvez da acertada opção de ter feito o show em teatro de boa acústica). A energia das apresentações transparece no disco. E Fernanda - extremamente cuidadosa com seus trabalhos - sempre fez shows marcados por requinte visual que poderá ser apreciado no DVD, que trará também Mart'nália em Tudo Vale a Pena, número ausente do CD.
No MTV ao Vivo de Fernanda Abreu (acima em foto de Nino Andrés, tirada na gravação), as caixas de som que moldam o cenário simbolizam os bailes funks, dos quais a cantora extraiu a maioria dos temas que compõem o Bloco Funk. E nessa valorização do universo funk reside a força política do disco. "Não me bate, doutor, que eu sou de batalha / Eu acho que o senhor está cometendo uma falha", canta a artista no funk Não me Bate, Doutor, de autoria de Cynthia. Ao dizer versos como esses para seu público, majoritariamente criado no asfalto, Fernanda expõe a patrulha social que teima em cercear os bailes funks e passa seu recado para quem, em tese, pode ajudar a disseminar o preconceito contra o 'som de preto, de favelado'. E o recado ganha sutil ironia por integrar projeto linkado à MTV, emissora dominada pela ótica e pela música do asfalto.
A ótima inédita Baile Funk, de Rodrigo Maranhão, também remexe na ferida dessa briga que opõe ideologias e classes sociais. "Acabaram com o baile funk / Pois havia rebeldia / Na palavra do poeta / No barulho que se ouvia", diz a letra. Maranhão é também o autor da balada charm Dance Dance, a outra inédita de um trabalho que, a rigor, não avança na estética adotada por Fernanda Abreu em seu melhor CD (Da Lata, 1995) e na qual ela permanece estacionada depois de dois álbuns de menor expressão e projeção (Entidade Urbana e Na Paz). Mas o MTV ao Vivo da artista tem lá seus encantos. Seja pela inclusão de marchinhas carnavalescas no Bloco Funk, pela regravação de música da Blitz (a balada A Dois Passos do Paraíso) ou pela evocação, no Bloco Rap Rio 2006, do orgulho negro disseminado pelo movimento Black Rio nos anos 70, com direito a citação de hits de ícones como Gerson King Combo. A garota é sangue bom.
Detonautas vai lançar livro em agosto
A morte do guitarrista Rodrigo Netto, durante tentativa de assalto no Rio de Janeiro em 4 de junho, não alterou o cronograma de shows do Detonautas Roque Clube. Em nota oficial, o grupo confirma também o lançamento do livro Mais Além, que sairá em agosto com prefácio assinado por Gabriel O Pensador. O livro reúne textos, fotos, quadrinhos e infográficos que mapeiam o universo da banda nos bastidores. Obviamente deverá haver também menção ao covarde assassinato de Netto. O grupo lançou em fins de março seu terceiro CD, Psicodeliamorsexo&distorção.
Sai dia 20 álbum perdido de Diana Ross
A capa acima é de Blue, o jazzístico álbum perdido de Diana Ross. O CD já está no forno e tem lançamento agendado nos Estados Unidos para 20 de junho. Gravado em 1972, durante as filmagens do filme Lady Sings the Blues, em que Ross personificou Billie Holiday, o disco foi arquivado por ter sido considerado pouco comercial. Parte de seu repertório é cantada por Ross na trilha do filme que saiu na seqüência, mas a maioria das gravações de Blue é inédita. What a Diff'rence a Day Makes, Let's Do It, Solitude, My Man, You've Changed e Love Is Here to Stay são alguns standards do CD.
Dead Fish participa do filme de Chorão
O quinteto capixaba Dead Fish (acima, em foto de Rui Mendes) vai participar do filme escrito por Chorão - líder do grupo Charlie Brown Jr. - e protagonizado pelo ator Paulo Vilhena. Em O Magnata, primeira produção nacional da MTV Filmes, o Dead Fish aparecerá tocando no Hangar 110, reduto do hardcore paulistano.
E por falar no grupo, Obrigação, a música que puxa seu sétimo disco, chegará às rádios na segunda-feira, 12 de junho. Mas o álbum propriamente dito, Um Homem Só, será lançado somente em 25 de julho, depois da Copa do Mundo.
E por falar no grupo, Obrigação, a música que puxa seu sétimo disco, chegará às rádios na segunda-feira, 12 de junho. Mas o álbum propriamente dito, Um Homem Só, será lançado somente em 25 de julho, depois da Copa do Mundo.
Selo de Davidson lança segundo do Emo
Ex-diretor artístico de gravadoras como BMG (antes da fusão com a Sony Music) e EMI, Jorge Davidson abriu selo, Breta, por onde está lançando o segundo CD da banda Emo (acima, em foto de César Ovalle). Produzido por Carlo Bartolini, o disco se chama Incondicional e chega às lojas na próxima semana, puxado pela faixa Rádio. O repertório autoral inclui músicas como Vida Real e Perguntas de uma Resposta.
Formado há seis anos, o grupo é integrado por Eduardo Tuírow (voz e guitarra), Marcelão (guitarra), Juca Rocha (baixo) e Daniel Ferro (bateria), parceiros em todas as composições. O primeiro CD do Emo, Melhores Dias, saiu em 2004 com produção de Dado Villa-Lobos.
Formado há seis anos, o grupo é integrado por Eduardo Tuírow (voz e guitarra), Marcelão (guitarra), Juca Rocha (baixo) e Daniel Ferro (bateria), parceiros em todas as composições. O primeiro CD do Emo, Melhores Dias, saiu em 2004 com produção de Dado Villa-Lobos.
Jobim por Ella em DVD com show de 77
Editado no exterior em janeiro, o DVD Ella Fitzgerald & The Tommy Flanagan Trio '77 (capa à esquerda) está sendo lançado no mercado nacional pela gravadora ST2. Trata-se de mais um vídeo da série filmada por Norman Granz no Festival de Montreux, na Suíça. No caso, em 1977. O trio comandado pelo pianista Tommy Flanagan costumava acompanhar Ella na época. Em roteiro de 10 números, que inclui You Are the Sunshine of my Life, a cantora mostra a habitual categoria. Um dos destaques é o brasileiro Samba de uma Nota Só. O clássico de Jobim é obviamente apresentado na versão em inglês intitulada One Note Samba.
Nem standards dos 50 salvam Manilow
Resenha de CD
Título: The Greatest Songs of the Fifties
Artista: Barry Manilow
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *
Cantor em evidência na década de 70 com baladas como Mandy, Barry Manilow não sobreviveu no mercado fonográfico depois da primeira metade dos anos 80. Mas tenta ressurreição a reboque da mesma fórmula de standards que fez Rod Stewart renascer das cinzas. O produtor e idealizador de seu projeto, Clive Davis, aliás, é o mesmo que criou o songbook da canção americana de Rod. Como o título The Greatest Songs of the Fifties já antecipa, o foco de Manilow são as derramadas canções de amor dos dourados anos 50 como Unchained Melody.
Manilow entende do assunto. Foi ele que, em 1978, deu novo fôlego à carreira de Dionne Warwick ao produzir a gravação de I'll Never Love This Way Again. Só que o decadente astro não escapa da banalidade neste CD (capa à direita) de pomposos e às vezes grandiloqüentes arranjos orquestrais - o de Love Is a Many Splendored Thing é o maior exemplo do excesso. Menos pode ser mais até num projeto deste gênero, como prova a eficiente releitura de Are You Lonesome Tonight? - balada conhecida na voz de Elvis Presley. A seleção (Young at Heart, Moments to Remember, Rags to Riches, Beyond the Sea) nem é tão óbvia. Mas vai ser difícil Manilow reviver seus áureos tempos comerciais. O álbum soa trivial. Nos Estados Unidos, o disco até foi razoavelmente bem, sem ser um fenômeno como o songbook de Rod. No Brasil, deverá ser logo relegado a justo esquecimento.
Título: The Greatest Songs of the Fifties
Artista: Barry Manilow
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *
Cantor em evidência na década de 70 com baladas como Mandy, Barry Manilow não sobreviveu no mercado fonográfico depois da primeira metade dos anos 80. Mas tenta ressurreição a reboque da mesma fórmula de standards que fez Rod Stewart renascer das cinzas. O produtor e idealizador de seu projeto, Clive Davis, aliás, é o mesmo que criou o songbook da canção americana de Rod. Como o título The Greatest Songs of the Fifties já antecipa, o foco de Manilow são as derramadas canções de amor dos dourados anos 50 como Unchained Melody.
Manilow entende do assunto. Foi ele que, em 1978, deu novo fôlego à carreira de Dionne Warwick ao produzir a gravação de I'll Never Love This Way Again. Só que o decadente astro não escapa da banalidade neste CD (capa à direita) de pomposos e às vezes grandiloqüentes arranjos orquestrais - o de Love Is a Many Splendored Thing é o maior exemplo do excesso. Menos pode ser mais até num projeto deste gênero, como prova a eficiente releitura de Are You Lonesome Tonight? - balada conhecida na voz de Elvis Presley. A seleção (Young at Heart, Moments to Remember, Rags to Riches, Beyond the Sea) nem é tão óbvia. Mas vai ser difícil Manilow reviver seus áureos tempos comerciais. O álbum soa trivial. Nos Estados Unidos, o disco até foi razoavelmente bem, sem ser um fenômeno como o songbook de Rod. No Brasil, deverá ser logo relegado a justo esquecimento.
Lulu é cada vez mais regravado, 25 anos depois de sua estréia como Lulu Santos
Em 1981, quando lançou seu primeiro disco com o nome artístico de Lulu Santos (um compacto com as músicas Tesouros da Juventude e Areias Escaldantes), o artista carioca ainda lutava para se impor como compositor no mercado fonográfico e na cena pop daquela década. Mas a vida tem dessas coisas, como já sentenciou Ritchie, colega de Lulu no Vímana, seminal e efêmero grupo dos anos 70: decorridos 25 anos e numerosos hits, a obra autoral de Lulu é referência de pop nacional e vive sendo regravada.
Somente este mês três discos chegam às lojas com regravações de músicas de Lulu. A funkeira Perlla incluiu a balada Tudo Bem (1985) em seu recém-lançado primeiro CD, Eu Só Quero Ser Livre. Já o grupo EMO anuncia releitura pesada, em clima de punk rock, de Apenas Mais uma de Amor (1992) como chamariz de seu segundo disco, Incondicional. E Felipe Dylon regrava Ano Novo Lunar (1984) em seu terceiro CD, Em Outra Direção, com direito a participação do próprio Lulu.
Sem apego ao seu passado de glória, Lulu vive lançando discos de repertório inédito. E, a propósito, já registra sua nova safra autoral em CD que sairá no segundo semestre. Mas, 25 anos depois de sua estréia oficial como Lulu Santos, seria interessante saber onde e como estão aqueles executivos da Warner Music que duvidavam de seu talento como compositor. O tempo se encarrega de colocar cada um em seu devido lugar...
Somente este mês três discos chegam às lojas com regravações de músicas de Lulu. A funkeira Perlla incluiu a balada Tudo Bem (1985) em seu recém-lançado primeiro CD, Eu Só Quero Ser Livre. Já o grupo EMO anuncia releitura pesada, em clima de punk rock, de Apenas Mais uma de Amor (1992) como chamariz de seu segundo disco, Incondicional. E Felipe Dylon regrava Ano Novo Lunar (1984) em seu terceiro CD, Em Outra Direção, com direito a participação do próprio Lulu.
Sem apego ao seu passado de glória, Lulu vive lançando discos de repertório inédito. E, a propósito, já registra sua nova safra autoral em CD que sairá no segundo semestre. Mas, 25 anos depois de sua estréia oficial como Lulu Santos, seria interessante saber onde e como estão aqueles executivos da Warner Music que duvidavam de seu talento como compositor. O tempo se encarrega de colocar cada um em seu devido lugar...
'Cliperama' reúne Pitty, Autoramas e Lua
O produtor Rafael Ramos selecionou 22 clipes do acervo da gravadora Deckdisc para montar o DVD Cliperama, nas lojas em julho. A seleção reúne vídeos de Pitty (Semana que Vem), Gram (Você Pode Ir na Janela, premiado clipe que projetou o grupo), Massacration (Metal Is the Law), Marcelinho da Lua (Cotidiano), Firebug (The Quest) e Autoramas (Você Sabe, música gravada para coletânea produzida por Ramos), entre outros nomes.
O Brasil de Escurinho chega ao DVD
Mais um DVD interessante da série Itaú Cultural chega ao mercado fonográfico. Trata-se do primeiro DVD de Jonas Epifânio dos Santos Neto, o Escurinho. Nascido em Pernambuco, mas criado em Catolé do Rocha, cidade do interior da Paraíba que gerou Chico César, Escurinho apresenta no DVD (capa à esquerda) o repertório de seu primeiro CD, Malocagem, editado em 2003, em show realizado dentro do projeto Toca Brasil.
Com Chico César, com quem tem afinidade estética, o compositor integrou grupos como Ferradura e Jaguaribe Carne nos anos 70 e 80. O roteiro do show filmado para o DVD inclui 20 números. Entre eles, Na Ralé, Sai Fora, Savanas, Notícia Boa, Negro Espírito e Boi Tungão - todas músicas de autoria de Escurinho.
Com Chico César, com quem tem afinidade estética, o compositor integrou grupos como Ferradura e Jaguaribe Carne nos anos 70 e 80. O roteiro do show filmado para o DVD inclui 20 números. Entre eles, Na Ralé, Sai Fora, Savanas, Notícia Boa, Negro Espírito e Boi Tungão - todas músicas de autoria de Escurinho.
União de Donato e Moura dá pano para manga em singelo CD de tom jazzístico
Resenha de CD
Título: Dois Panos para Manga
Artista: João Donato e Paulo Moura
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
João Donato e Paulo Moura não são exatamente músicos jazzistas. Mas transitam com maestria pelo universo do jazz no primeiro CD gravado em dupla pelo pianista e pelo clarinetista. Dois Panos para Manga ganhou título de duplo sentido por ter sido idealizado em festa na casa do diretor de TV Carlos Manga, em janeiro. Presidente nos anos 50 do Sinatra-Farney Fã Clube, espécie de associação que reunia em sessões de jazz admiradores dos cantores Frank Sinatra e Dick Farney, Manga sugeriu aos dois músicos a gravação de um disco que celebrasse o espírito daquela época.
O convite foi aceito imediatamente. E, já no mês seguinte, o projeto foi concretizado quando, entre 7 e 11 de fevereiro, o duo ocupou o estúdio carioca AR para fazer o CD. Na gravação, apenas a clarineta de Moura e o piano de Donato. Dois instrumentos atipicamente unidos no espírito jazzístico de temas como Swanee (George e Ira Gershwin), Tenderly (Walter Gross e Jack Lawrence) e That Old Black Magic (Harold Arlen e Johnny Mercer) - todos tocados à exaustão nas lendárias jam sessions do clube de fãs.
Para valorizar ainda mais o encontro, Donato e Moura apresentam duas inéditas parcerias. Sopapo termina em clima de chorinho. Pixinguinha no Arpoador é samba-canção de atmosfera delicada como a deste singelo disco que vai seduzir os amantes do jazz.
Título: Dois Panos para Manga
Artista: João Donato e Paulo Moura
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
João Donato e Paulo Moura não são exatamente músicos jazzistas. Mas transitam com maestria pelo universo do jazz no primeiro CD gravado em dupla pelo pianista e pelo clarinetista. Dois Panos para Manga ganhou título de duplo sentido por ter sido idealizado em festa na casa do diretor de TV Carlos Manga, em janeiro. Presidente nos anos 50 do Sinatra-Farney Fã Clube, espécie de associação que reunia em sessões de jazz admiradores dos cantores Frank Sinatra e Dick Farney, Manga sugeriu aos dois músicos a gravação de um disco que celebrasse o espírito daquela época.
O convite foi aceito imediatamente. E, já no mês seguinte, o projeto foi concretizado quando, entre 7 e 11 de fevereiro, o duo ocupou o estúdio carioca AR para fazer o CD. Na gravação, apenas a clarineta de Moura e o piano de Donato. Dois instrumentos atipicamente unidos no espírito jazzístico de temas como Swanee (George e Ira Gershwin), Tenderly (Walter Gross e Jack Lawrence) e That Old Black Magic (Harold Arlen e Johnny Mercer) - todos tocados à exaustão nas lendárias jam sessions do clube de fãs.
Para valorizar ainda mais o encontro, Donato e Moura apresentam duas inéditas parcerias. Sopapo termina em clima de chorinho. Pixinguinha no Arpoador é samba-canção de atmosfera delicada como a deste singelo disco que vai seduzir os amantes do jazz.
Deck explica a dispensa do Som da Rua
Em relação à recente nota sobre a saída do grupo carioca Som da Rua da Deckdisc, a diretoria da gravadora explica que, com a morte inesperada do vocalista Liô Mariz, em acidente de carro, em dezembro, a banda foi chamada para uma conversa para redefinir seu rumo. De acordo com a companhia, houve uma proposta para que os músicos formassem novo grupo com outro nome - uma vez que Liô era não somente o líder e mentor do quinteto, mas também o compositor do repertório. Mas, ainda segundo a Deck, o Som da Rua preferiu seguir com sua trajetória e nome originais e, diante da decisão, houve a opção consensual pelo encerramento do contrato. Na foto acima, o Som da Rua posa com seu novo vocalista, Emílio Dantas, escolhido através de testes.
DVD revive a estréia de Lake & Palmer
O trio Emerson, Lake & Palmer ainda não havia se firmado na cena progressiva do início dos anos 70 quando fez sua primeira apresentação oficial no festival da ilha de Wight, em 29 de agosto de 1970. É esta estréia - que acabou chamando a atenção de crítica e público para o grupo de Keith Emerson (teclados), Greg Lake (baixo e vocal) e Carl Palmer (bateria) - o mote do filme The Birth of a Band, perpetuado em DVD (capa à esquerda) editado esta semana no mercado nacional pela gravadora ST2. O documentário inclui entrevistas recentes com os músicos, além obviamente de números gravados ao vivo no lendário show.
EMI deverá distribuir o disco de Marina
Previsto inicialmente para ter chegado às lojas em maio ou em junho, o novo disco de Marina Lima, Lá nos Primórdios, será lançado somente no segundo semestre. E, ao que tudo indica, a EMI será a gravadora que vai distribuir o CD - já inteiramente gravado, mixado e masterizado de forma independente por Marina. A Sony & BMG estava no páreo, mas a EMI entrou na jogada com uma oferta mais vantajosa.
O disco Lá nos Primórdios reúne 12 faixas, incluindo os remixes dos DJs Dolores e Zé Pedro para Valeu e Vestidinho Vermelho (versão de Beautiful Red Dress, de Laurie Anderson), respectivamente. Além de três regravações do repertório da própria Marina (Difícil, $ Cara e Meus Irmãos), o CD traz releitura do samba Dura na Queda, composto por Chico Buarque em 2000 para a peça Crioula, sobre a vida de Elza Soares. Sem falar em inéditas como Que Ainda Virão, Entre as Coisas, Três, Anna Bella e Valeu.
O disco Lá nos Primórdios reúne 12 faixas, incluindo os remixes dos DJs Dolores e Zé Pedro para Valeu e Vestidinho Vermelho (versão de Beautiful Red Dress, de Laurie Anderson), respectivamente. Além de três regravações do repertório da própria Marina (Difícil, $ Cara e Meus Irmãos), o CD traz releitura do samba Dura na Queda, composto por Chico Buarque em 2000 para a peça Crioula, sobre a vida de Elza Soares. Sem falar em inéditas como Que Ainda Virão, Entre as Coisas, Três, Anna Bella e Valeu.
Solar, Elba esquenta as noites de junho
Resenha de show
Título: São João do Rio
Artista: Elba Ramalho
Local: Canecão (RJ)
Data: 6 de junho
Cotação: * * *
"Esse show não é bem um São João do Rio. É uma festa", corrigiu a própria Elba Ramalho, no palco do Canecão, na estréia do show São João do Rio, em cartaz às terças-feiras, sempre com um convidado diferente. A cantora caracterizou bem a apresentação que marcou sua volta à cena carioca. Sem o habitual rigor estético de seus espetáculos, Elba comanda festa que esquenta as noites de junho por conta de sua energia solar.
O pique da artista paraibana, já cinqüentona, continua impressionante. No momento em que pisou no palco para cantar Anunciação, do repertório de Alceu Valença, Elba já domina a cena. Seu único trabalho foi enfileirar hits certeiros para manter a platéia acesa. E tome A Vida do Viajante, Homem com H (forró de Antonio Barros celebrizado na voz de Ney Matogrosso em 1981), Na Base da Chinela, Eu Só Quero um Xodó (acompanhado em coro pelo público), Esperando na Janela e outros sucessos do cancioneiro nordestino!!
O pique é mantido mesmo quando o ritmo desacelera, como no xote Onde Está Você?, gravado por Elba em recente disco dividido com Dominguinhos. O roteiro é apresentado com informalidade que permite a inclusão de Chão de Giz (com a cantora acompanhando-se ao violão) e De Volta pro Aconchego, a toada de 1985 que nunca pode faltar em seus roteiros. Seria perfeito se, lá pelo meio do show, Elba não apelasse para um forró transformado em axé rasteiro pelo grupo Rapazolla. Coração é número dispensável. E não por atualmente estar associado ao universo do axé, pois Vem meu Amor (da seara da Banda Eva) funcionou bem.
A entrada de Toni Garrido, o convidado da estréia, contribuiu para o clima de improviso que dá o tom de boa parte do show. E o vocalista do Cidade Negra, arretado, recebeu um Luiz Gonzaga de frente logo em seu primeiro dueto com Elba, em Toque de Fole, sucesso do disco Coração Brasileiro, lançado pela cantora em 1983. No mesmo pique caloroso da colega, Garrido surpreende com a versão em reggae de Menina Mulher da Pele Preta (da lavra de Jorge Ben Jor) e - mais ainda - com um afago no ego dos gays com Karma Chameleon, hit do Culture Club revivido em número precedido por discurso em favor da tolerância às diferenças sexuais.
No fim, Elba acorda o Leão do Norte e celebra o São João de Luiz Gonzaga com a linda quadrilha Olha pro Céu. E tudo termina em frevo. O infalível Frevo Mulher encerra show descompromissado que cumpre sua função de entreter e esquentar a platéia nas noites frias de junho.
Título: São João do Rio
Artista: Elba Ramalho
Local: Canecão (RJ)
Data: 6 de junho
Cotação: * * *
"Esse show não é bem um São João do Rio. É uma festa", corrigiu a própria Elba Ramalho, no palco do Canecão, na estréia do show São João do Rio, em cartaz às terças-feiras, sempre com um convidado diferente. A cantora caracterizou bem a apresentação que marcou sua volta à cena carioca. Sem o habitual rigor estético de seus espetáculos, Elba comanda festa que esquenta as noites de junho por conta de sua energia solar.
O pique da artista paraibana, já cinqüentona, continua impressionante. No momento em que pisou no palco para cantar Anunciação, do repertório de Alceu Valença, Elba já domina a cena. Seu único trabalho foi enfileirar hits certeiros para manter a platéia acesa. E tome A Vida do Viajante, Homem com H (forró de Antonio Barros celebrizado na voz de Ney Matogrosso em 1981), Na Base da Chinela, Eu Só Quero um Xodó (acompanhado em coro pelo público), Esperando na Janela e outros sucessos do cancioneiro nordestino!!
O pique é mantido mesmo quando o ritmo desacelera, como no xote Onde Está Você?, gravado por Elba em recente disco dividido com Dominguinhos. O roteiro é apresentado com informalidade que permite a inclusão de Chão de Giz (com a cantora acompanhando-se ao violão) e De Volta pro Aconchego, a toada de 1985 que nunca pode faltar em seus roteiros. Seria perfeito se, lá pelo meio do show, Elba não apelasse para um forró transformado em axé rasteiro pelo grupo Rapazolla. Coração é número dispensável. E não por atualmente estar associado ao universo do axé, pois Vem meu Amor (da seara da Banda Eva) funcionou bem.
A entrada de Toni Garrido, o convidado da estréia, contribuiu para o clima de improviso que dá o tom de boa parte do show. E o vocalista do Cidade Negra, arretado, recebeu um Luiz Gonzaga de frente logo em seu primeiro dueto com Elba, em Toque de Fole, sucesso do disco Coração Brasileiro, lançado pela cantora em 1983. No mesmo pique caloroso da colega, Garrido surpreende com a versão em reggae de Menina Mulher da Pele Preta (da lavra de Jorge Ben Jor) e - mais ainda - com um afago no ego dos gays com Karma Chameleon, hit do Culture Club revivido em número precedido por discurso em favor da tolerância às diferenças sexuais.
No fim, Elba acorda o Leão do Norte e celebra o São João de Luiz Gonzaga com a linda quadrilha Olha pro Céu. E tudo termina em frevo. O infalível Frevo Mulher encerra show descompromissado que cumpre sua função de entreter e esquentar a platéia nas noites frias de junho.
'Almanaque Anos 70' ganha trilha em CD
Apesar de Você (1970), Primavera (1970), Construção (1971), Mucuripe (1972), Ouro de Tolo (1973), Maracatu Atômico (1974), Como Nossos Pais (1976), Tigresa (1977) e Cálice (1978) são algumas prováveis músicas da trilha do recém-lançado livro Almanaque Anos 70 (capa à esquerda). A autora do livro, Ana Maria Bahiana, já acertou com a gravadora Universal Music a produção de uma coletânea inspirada no livro, editado nos mesmos moldes do vitorioso Almanaque Anos 80, que também gerou CD (e DVD com clipes), mas pela EMI Music.
A seleção tem tudo para ser criteriosa e representativa da década de 70, pois Ana Maria Bahiana é uma das pioneiras do jornalismo musical no Brasil. A parte sobre música, aliás, é das melhores e mais consistentes do almanaque. A autora historia não somente a produção de cantores e grupos do mainstream, mas também a vasta movimentação da cena underground da época.
A seleção tem tudo para ser criteriosa e representativa da década de 70, pois Ana Maria Bahiana é uma das pioneiras do jornalismo musical no Brasil. A parte sobre música, aliás, é das melhores e mais consistentes do almanaque. A autora historia não somente a produção de cantores e grupos do mainstream, mas também a vasta movimentação da cena underground da época.
Cantora grava Los Hermanos e Seu Jorge
Música de Rodrigo Amarante, gravada pelo grupo Los Hermanos (foto) em 2003 no CD Ventura, Um Par integra o repertório do disco que a cantora carioca Anna Luisa lança neste mês de junho. Do Zero tem sua faixa-título assinada por Pedro Luís e Seu Jorge. Pedro é também o autor de Vale Quanto Pesa. Produzido por Rodrigo Vidal, o CD traz música de Rodrigo Maranhão (Pra Tocar no Rádio) e parcerias da própria Anna Luisa com nomes como Eugênio Dale e Emerson Mardhine.
Billy Preston morre aos 59 anos nos EUA
Pianista que tocou com os Beatles no disco Let It Be e em algumas faixas de Abbey Road, e com os Rolling Stones em álbuns clássicos dos anos 70 como Sticky Fingers e Exile on Main Street, Billy Preston (foto) morreu nesta terça-feira, 6 de junho, nos Estados Unidos, vítima de problemas renais. Estava em coma desde novembro. Além de pianista e tecladista dos mais virtuosos, Preston era também cantor de rhythm and blues. Sua carreira solo durou de 1965 a 1995, sendo que o maior êxito destas três décadas foi Outta Space, tema agraciado com um Grammy em 1973.
Beck acaba de gravar sucessor de 'Guero'
Beck (foto) terminou de gravar seu próximo álbum de estúdio. O lançamento está previsto para o segundo semestre. Habituado a trabalhar com o artista, Nigel Godrich assina a produção do CD, o sucessor de Guero, um trabalho comercialmente bem-sucedido de Beck (foram vendidas 800 mil cópias somente nos Estados Unidos). O cantor vai começar a mostrar o novo repertório nos shows que fará em breve por Estados Unidos e Europa.
Maysa, que faria 70 anos, foi demais...
Maysa faria hoje 70 anos, se não tivesse saído de cena em acidente de carro na ponte Rio-Niterói, em 22 de janeiro de 1977. Não fosse pelo show Demais - Um Tributo a Maysa, que a cantora Andréa Dutra vai apresentar no Rio na noite desta terça-feira, na casa Bis Espaço Musical , a data passaria em branco - sem ao menos um CD alusivo ao aniversário. Maysa Figueira Monjardim - este era seu nome de batismo - merecia mais. Sua discografia foi reeditada em CD de forma dispersa e, pior, ainda guarda títulos inéditos no formato digital. Situação que poderá mudar - quem sabe? - em 2007, com o lançamento de biografia da cantora pela Editora Globo.
Nascida no Rio de Janeiro, criou-se em Vitória (ES) e, mais tarde, foi morar em São Paulo, onde se casou com André Matarazzo e virou Maysa Figueira Monjardim Matarazzo. Foi com esse pomposo nome - artisticamente abreviado para Maysa - que a dama da sociedade paulista se iniciou na carreira musical contra a vontade do marido. Tinha 20 anos quando, em 1956, gravou seu primeiro LP, Convite para Ouvir Maysa, pela RGE. No repertório autoral, que já revelava os traços melancólicos de sua compositora, havia músicas como Tarde Triste (regravada por Nana Caymmi em 2001 para a trilha da novela O Clone) e Resposta (incluída por Maria Bethânia no show A Cena Muda, em 1974, e posteriormente no roteiro do show A Força que Nunca Seca como sutil recado aos críticos que a atacaram pela gravação de É o Amor no CD homônimo). Nenhuma das duas, no entanto, alcançaria o sucesso de Ouça, o samba-canção e 1957 que até hoje identifica a música de Maysa no imaginário popular. Com o êxito de Ouça, a cantora ajudou a então iniciante RGE a se firmar no mercado fonográfico da época (hoje extinta, a RGE teve seu acervo incorporado ao da gravadora Som Livre).
Além de inspirada compositora, Maysa foi intérprete intensa. Tinha uma bela voz, mas era do time de intérpretes que cantava com o coração. E o canto desse coração era fluente em inglês e em francês. Gravou em vários idiomas com êxito, mas foi com o repertório nacional - formado por muitas músicas de Tom Jobim, entre elas Demais, o tema que seria a mais perfeita tradução da intensidade de Maysa - que fez mais sucesso e que pôde mostrar para o grande público toda sua força de intérprete.
Maysa (na foto, clicada por Antonio Guerreiro para a capa de um disco) gravou muito nos anos 50 e, no início dos 60, incursionou pela Bossa Nova com o disco O Barquinho, arranjado por Roberto Menescal e Luiz Eça. Mas nunca abandonaria os temas passionais. A ponto de, no Brasil, o clássico francês Ne me Quittes Pas ser mais associado a ela do que a Nina Simone (sua gravação voltaria ao mercado como tema de abertura da minissérie Presença de Anita). Seu último disco saiu em 1974, com o sucesso Bloco da Solidão, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, dupla de compositores que fazia muito sucesso na época. Até no derradeiro hit havia a melancolia que permeou a obra e o canto de Maysa. E que a fez grande. Intensa. Demais.
Nascida no Rio de Janeiro, criou-se em Vitória (ES) e, mais tarde, foi morar em São Paulo, onde se casou com André Matarazzo e virou Maysa Figueira Monjardim Matarazzo. Foi com esse pomposo nome - artisticamente abreviado para Maysa - que a dama da sociedade paulista se iniciou na carreira musical contra a vontade do marido. Tinha 20 anos quando, em 1956, gravou seu primeiro LP, Convite para Ouvir Maysa, pela RGE. No repertório autoral, que já revelava os traços melancólicos de sua compositora, havia músicas como Tarde Triste (regravada por Nana Caymmi em 2001 para a trilha da novela O Clone) e Resposta (incluída por Maria Bethânia no show A Cena Muda, em 1974, e posteriormente no roteiro do show A Força que Nunca Seca como sutil recado aos críticos que a atacaram pela gravação de É o Amor no CD homônimo). Nenhuma das duas, no entanto, alcançaria o sucesso de Ouça, o samba-canção e 1957 que até hoje identifica a música de Maysa no imaginário popular. Com o êxito de Ouça, a cantora ajudou a então iniciante RGE a se firmar no mercado fonográfico da época (hoje extinta, a RGE teve seu acervo incorporado ao da gravadora Som Livre).
Além de inspirada compositora, Maysa foi intérprete intensa. Tinha uma bela voz, mas era do time de intérpretes que cantava com o coração. E o canto desse coração era fluente em inglês e em francês. Gravou em vários idiomas com êxito, mas foi com o repertório nacional - formado por muitas músicas de Tom Jobim, entre elas Demais, o tema que seria a mais perfeita tradução da intensidade de Maysa - que fez mais sucesso e que pôde mostrar para o grande público toda sua força de intérprete.
Maysa (na foto, clicada por Antonio Guerreiro para a capa de um disco) gravou muito nos anos 50 e, no início dos 60, incursionou pela Bossa Nova com o disco O Barquinho, arranjado por Roberto Menescal e Luiz Eça. Mas nunca abandonaria os temas passionais. A ponto de, no Brasil, o clássico francês Ne me Quittes Pas ser mais associado a ela do que a Nina Simone (sua gravação voltaria ao mercado como tema de abertura da minissérie Presença de Anita). Seu último disco saiu em 1974, com o sucesso Bloco da Solidão, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, dupla de compositores que fazia muito sucesso na época. Até no derradeiro hit havia a melancolia que permeou a obra e o canto de Maysa. E que a fez grande. Intensa. Demais.
Ivete grava ao vivo (de novo) em agosto
Como o último disco de Ivete Sangalo, As Super Novas Vol. 01, não repetiu o sucesso dos discos anteriores da cantora baiana(descontadas as 500 mil cópias comercializadas pela gravadora Universal Music com uma empresa de cosméticos), a artista voltará a fazer um projeto ao vivo - dois anos depois do lançamento de seu MTV ao Vivo. A gravação deverá ser feita em agosto, em Salvador (BA), com algumas músicas inéditas no repertório. A idéia é lançar no fim do ano os novos DVD e CD ao vivo de Ivete.
Simone Capeto vê futuro em Nei Lisboa
A cantora carioca Simone Capeto está se lançando no mercado fonográfico com o CD Bom Futuro - E Outras Canções de Nei Lisboa (capa à direita). Nei é cantor e compositor gaúcho muito reverenciado no Sul, mas ainda sem a merecida projeção nacional. Além de fazer dueto com Simone em Baladas e na faixa-título, o homenageado avaliza o disco com texto escrito para o encarte do CD. "Simone conseguiu, a um só tempo, contemplar cada instante de uma carreira e imprimir identidade a esse repertório", elogia, embevecido, o autor das 15 músicas, algumas em parceria com Augusto Licks.
Com produção e arranjos do violonista Sérgio Chiavazzoli, o álbum - editado em luxuosa embalagem digipack, em formato de libreto - reúne músicas como Telhados de Paris, Por Aí (gravada em duas versões), Romance, Doddy II e Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina.
Com produção e arranjos do violonista Sérgio Chiavazzoli, o álbum - editado em luxuosa embalagem digipack, em formato de libreto - reúne músicas como Telhados de Paris, Por Aí (gravada em duas versões), Romance, Doddy II e Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina.
Caju & Castanha entram em campo com disco temático sobre a Copa do Mundo
Caju & Castanha e a gravadora Trama estão entrando em campo. Aproveitando a euforia que toma conta do Brasil com a proximidade da Copa do Mundo, a dupla está lançando CD temático sobre a competição. Levante a Taça (capa à esquerda) reúne 14 músicas sobre futebol e jogadores da Seleção Brasileira. No ritmo da embolada e do forró, Caju & Castanha versam sobre a Copa em temas como Que Venha o Hexa, Pega que Eu Quero Ver, O Desafio da Copa, Pelé ou Maradona e A Copa do Perna de Pau x Perneta. Um dos destaques é O Fenômeno e o Gaúcho, cuja letra saúda a presença dos dois artilheiros no time nacional com versos como "Um Ronaldinho incomoda muita zaga / Dois Ronaldinhos incomodam muito mais".
Primeiro CD de Ná ganha faixa em vídeo
Dando continuidade ao projeto de reeditar com capricho a discografia solo de Ná Ozzetti, a gravadora MCD está repondo em catálogo o primeiro CD solo da cantora, revelada no grupo paulista Rumo. Lançado originalmente em 1988, o álbum Ná Ozzetti (capa à direita) ganhou faixa multimídia - com imagens da gravação feita em 1987 - e áudio remasterizado. O relançamento, com capa em formato digipack e texto escrito por Ná sobre o disco, segue o luxuoso padrão adotado nas recentes reedições de Ná (1994) e Estopim (1999). Uma das curiosidades do repertório de Ná Ozzetti, o disco, é Nós, tema de Tião Carvalho que ficaria conhecido posteriormente na voz de Cássia Eller.
Grupo Maskavo entra em Transe Acústico
Com duas músicas inéditas, É Muito Melhor e Minha Moeda, o grupo Maskavo está lançando seu primeiro DVD, Transe Acústico, gravado em dois shows no Theatro São Pedro, em Porto Alegre (RS), em outubro de 2005. A gravação também está sendo editada no formato de CD, pelo selo Orbeat Music. O CD é o quinto na discografia do grupo de reggae. O vocalista da Tribo de Jah, Fauzi Beydoun, é o convidado da faixa Quero Ver. Além do registro integral do show, o DVD traz clipes e o documentário Reggaestória, sobre a trajetória da banda.
Grupo Detonautas perde guitarrista em momento de evolução de seu pop rock
A morte do guitarrista Rodrigo Netto - assassinado aos 29 anos, na noite deste domingo, em tentativa de assalto no Rocha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro - abala o Detonautas Roque Clube (foto) no momento em que o grupo vem buscando mais solidez para seu pop rock. A tentativa de apresentar um som mais consistente ficou evidente com o lançamento, em fins de março, do terceiro CD da banda, Psicodeliamorsexo&distorção.
Produzido por Edu K, líder do lendário grupo gaúcho De Falla, o novo álbum do Detonautas é o trabalho mais ambicioso da banda e representa corajosa opção estética para quem despontou no mercado fonográfico, em 2002, com um hit no seriado juvenil Malhação, Quando o Sol se For, música que impulsionou as vendas do primeiro CD do sexteto, Detonautas Roque Clube, editado naquele ano pela Warner Music.
O segundo disco, Roque Marciano, lançado em 2004, marcou o início da virada. O grupo começava a romper com o universo juvenil - como mostrava a faixa eleita para puxar o álbum nas rádios, O Dia que Não Terminou, cuja letra relatava a agonia de um cara preso entre as ferragens de um carro.
Com a morte estúpida de Rodrigo Netto, cuja guitarra teve importância decisiva para a formatação do som encorpado do terceiro disco do Detonautas, o sexteto vira quinteto, por ora. Tomara que, vencido o período de luto e desânimo, Tico Santa Cruz (voz), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (pickups e percussão) e Renato Rocha (violão e guitarra) encontrem forças para prosseguir na cena musical e consolidar o processo de evolução e maturação do som do grupo.
Produzido por Edu K, líder do lendário grupo gaúcho De Falla, o novo álbum do Detonautas é o trabalho mais ambicioso da banda e representa corajosa opção estética para quem despontou no mercado fonográfico, em 2002, com um hit no seriado juvenil Malhação, Quando o Sol se For, música que impulsionou as vendas do primeiro CD do sexteto, Detonautas Roque Clube, editado naquele ano pela Warner Music.
O segundo disco, Roque Marciano, lançado em 2004, marcou o início da virada. O grupo começava a romper com o universo juvenil - como mostrava a faixa eleita para puxar o álbum nas rádios, O Dia que Não Terminou, cuja letra relatava a agonia de um cara preso entre as ferragens de um carro.
Com a morte estúpida de Rodrigo Netto, cuja guitarra teve importância decisiva para a formatação do som encorpado do terceiro disco do Detonautas, o sexteto vira quinteto, por ora. Tomara que, vencido o período de luto e desânimo, Tico Santa Cruz (voz), Tchello (baixo), Fábio Brasil (bateria), DJ Cleston (pickups e percussão) e Renato Rocha (violão e guitarra) encontrem forças para prosseguir na cena musical e consolidar o processo de evolução e maturação do som do grupo.
Roupa Nova grava 'Acústico II' em SP
O grupo Roupa Nova (foto) vai continuar investindo na fórmula dos sucessos regravados em formato acústico. No caso do sexteto, a receita deu tão certo com o lançamento do CD e DVD RoupAcústico - gravados e editados em 2004 - que o segundo volume já está formatado e ensaiado. A gravação vai acontecer em São Paulo, na casa Tom Brasil, em 14 e 15 de junho. Era para ter sido realizada em maio, mas foi adiada por problemas de saúde do tecladista Cleberson Horsth. Entre hits e uma releitura de Amor de Índio, de Beto Guedes, o repertório apresentará inéditas como É Cedo, música que contará com a participação do cantor Pedro Mariano. Toni Garrido, outro convidado, soltará a voz em Sensual.
Samba de Gil para Copa sai em dois CDs
Na tentativa de emplacar Balé de Berlim, o samba feito por Gilberto Gil para a Copa do Mundo da Alemanha, a Warner Music está lançando a música - gravada por Gil em dueto com Zeca Pagodinho - simultaneamente em dois CDs. Um é a coletânea Play Brasil. Balé de Berlim abre a compilação, que reúne gravações de Leandro Sapucahy (Pedala Brasil), Molejo (Camisa 10), Grupo Raça (Na Cadência do Samba) e Maria Alcina (Filho Maravilha), entre outros nomes. Paralelamente, o samba de Gil está sendo lançado também em CD-single (capa à esquerda). Será que a torcida brasileira vai festejar no passo do balé de Gil?
Daniel lança 'Amor Absoluto' em junho
Amor Absoluto é o título do novo disco do cantor Daniel (à direita), nas lojas neste mês de junho pela Warner Music. Manoel Nenzinho Pinto - que trabalha com o cantor há anos - divide a produção do CD com Luiz Carlos Maluly. Bruno, da dupla Bruno & Marrone, é um dos autores de Quem Diria Hein?, a primeira música de trabalho do álbum, já enviada às rádios.
Samuel Rosa canta no CD do Originals
Além de Lobão e de Paulo Ricardo, o segundo disco do grupo The Originals conta com intervenção de Samuel Rosa (à esquerda). O guitarrista e vocalista do Skank abriu brecha na gravação do novo CD do quarteto mineiro para registrar sua participação na faixa Você Não Sabe Amar. Já pronto, o CD The Originals 2 será lançado pela Indie Records. A música Areia pro meu Caminhão faz parte da trilha da novela Cobras & Lagartos.