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S�bado, Agosto 26, 2006

'Elis', de 1980, ganha reedi��o da Trama

Ao negociar a libera��o da cantora Fernanda Porto para a EMI, a gravadora Trama acabou ficando com o direito de reeditar Elis (capa � esquerda), o �nico t�tulo feito por Elis Regina na extinta Odeon. Foi seu �ltimo �lbum, gravado em fins de 1980. Diretor da Trama e filho da cantora, Jo�o Marcelo B�scoli vai preparar uma reedi��o cuidadosa do disco, com direito � nova remasteriza��o e novo tratamento da arte gr�fica.

Toda a obra de Elis Regina merece cuidado especial. Mas n�o deixa de ser uma pena que t�tulos mais importantes da discografia da cantora - como, por exemplo, os �lbuns de 1972 e 1974, ambos intitulados Elis - n�o tenham tido prioridade nesse processo de restaura��o iniciado por B�scoli. Ele n�o tem culpa, pois a parte mais expressiva da obra da Pimentinha pertence ao acervo da Universal Music e, at� o momento, n�o foi licenciada para a Trama (com exce��o do cl�ssico Elis & Tom, remixado em som 5.1 para edi��o em DVD-�udio). Por ora, aguardemos a reedi��o de Elis, disco que j� tinha sido recentemente reposto em cat�logo pela EMI, com capa e repert�rio originais, al�m de faixas-b�nus.

Colet�nea re�ne o lixo luxuoso dos 80

Resenha de CD
T�tulo:
Trash 80's - Volume 1: Edi��o Nacional
Artista:
V�rios
Gravadora:
Lua Music
Cota��o:
* *

� t�o ruim que quase chega a ser bom. Se o Rio cultua os anos 80 com a festa Ploc's, que j� rendeu dois DVDs (o segundo ainda n�o foi lan�ado), S�o Paulo festeja aquela d�cada pop de forma mais conceitual. Criada pelos DJs Eneas Neto e Tonny, a festa Trash 80's propaga - como seu nome j� diz - o lixo produzido pela ind�stria fonogr�fica da �poca. Esse repert�rio realmente trash chega ao CD pela gravadora Lua Music para fazer a alegria de quem curte - sem hipocrisia - ouvir bobagens gravadas por Domin� (Companheiro, 1985), Paquitas (Fada Madrinha, 1989), Luan & Vanessa (Quatro Semanas de Amor, 1989), Ang�lica (Vou de T�xi, 1988), Genghis Khan (Comer, Comer, 1984), Grafite (Mamma Maria, 1983) e at� Rita Cadillac (� Bom para o Moral, 1984). No meio de tanto lixo, h� o luxo do saudoso Ronaldo Resed�, representado com a grava��o de Marrom Glac�, a rigor feita e tocada em 1979. O tema da novela hom�nima de Cassiano Gabus Mendes nunca tinha sido lan�ado em CD (assim como a faixa de Rita Cadillac). Tamb�m n�o d� para colocar no mesmo saco de lixo o registro de Amigos do Peito (Somos Amigos), feito em 1984 por F�bio Jr. com A Turma do Bal�o M�gico em sua forma��o cl�ssica. Ali�s, a colet�nea prima por trazer somente grava��es originais e apresentar uma ficha t�cnica que identifica a origem de cada faixa. Somente por isso j� mereceria cr�dito, inclusive por n�o esconder que a lambada Me Chama que Eu Vou foi gravada por Sidney Magal em 1990 para a abertura da novela A Rainha da Sucata. E o fato � que o trash tamb�m tem o seu valor porque brega, afinal, � tudo o que a gente n�o gosta, mas o vizinho curte. Dependendo do clima, o lixo pode ser o luxo de uma festa...

Grupo Gram se abriga sob guarda-chuva

Depois de usar um gato como s�mbolo, o grupo paulista Gram adotar� o guarda-chuva como o �cone que identificar� todos os produtos promocionais relacionados ao seu novo disco, incluindo a capa, as fotos de divulga��o (como a imagem acima, de Rui Mendes), os banners e o clipe da m�sica Antes do Fim. O guarda-chuva � cria��o do designer S�rgio Filho, vocalista da banda.

Intitulado Seu Minuto, meu Segundo, o CD ser� lan�ado em setembro pela Deckdisc diretamente no formato de dualdisc. O lado do DVD trar� clipes com imagens da grava��o das m�sicas, captadas por Dante Belluti e editadas por L�gia Ramos. Haver� ainda inser��es de anima��o, a cargo do guitarrista do Gram, Marco Loschiavo, parceiro de S�rgio Filho em m�sicas como O Rei do Sol e a supra-citada Antes do Fim. Outras faixas do �lbum s�o Voc� Tem, Vivo de Novo, Me Trai Comigo e Em Nome do Filho.

'Carrossel' do Skank j� roda com 70 mil

Carrossel, o �lbum que o Skank (foto) lan�ou esta semana, j� foi para as lojas com tiragem inicial de 70 mil c�pias - n�mero expressivo porque o p�blico de pop rock cada vez baixa mais m�sicas na internet e compra menos disco. J� o CD Ac�stico MTV de Lenine, por exemplo, est� saindo com 30 mil exemplares - marca tamb�m significativa para um artista de vendas tradicionalmente modestas e que espera galgar novo patamar comercial no mercado fonogr�fico com a parceria com a MTV.

Wanderley faz festa over e sentimental

Resenha de DVD
T�tulo:
40 Anos de Sucesso do Bom Rapaz - Ao Vivo
Artista: Wanderley Cardoso
Gravadora:
EMI
Cota��o:
*

Reuni�es de artistas que ficaram eternamente associados � Jovem Guarda geralmente exalam nostalgia constrangedora pela tentativa v� de evocar uma magia que ficou l�, naquelas velhas tardes de domingo. Wanderley Cardoso se permitiu fazer sua festa sozinho, com alguns poucos convidados como Jerry Adriani (em Lado a Lado, m�sica em que a nostalgia adquire tonalidade sentimental) e Martinha. Cardoso tem todo o direito de registrar um show em DVD (o primeiro de sua carreira) e em CD ao vivo. Mas o fato � que - exceto por alguns hits sessentistas como O Bom Rapaz e Doce de Coco - ele n�o tem muito o que lembrar. Seu repert�rio n�o resistiu ao tempo. E n�o h� como festejar uma carreira que n�o evoluiu com o fim da Jovem Guarda. O que se v� � um show ruim, com bailarinos e arranjos cafonas que apenas acentuam a pobreza do roteiro. No meio de tantas m�sicas inexpressivas (Vem Ficar Comigo, Socorro Nosso Amor Est� Morrendo e outras do g�nero), h� um sucesso italiano (Il Mondo, em interpreta��o constrangedora) e bela modinha de Chico Buarque (At� Pensei) que n�o bastam para tornar o repert�rio ao menos diger�vel. Wanderley Cardoso pode at� ser um bom rapaz, mas essa grava��o ao vivo � over e desnecess�ria. Somente alguns f�s muitos dedicados ao cantor ter�o algum prazer em assistir a um show esmaecido. Teria sido melhor esperar 2010 para se juntar aos colegas na festa pelos 45 anos da Jovem Guarda...
Sexta-feira, Agosto 25, 2006

Zeca monta sua gafieira em CD e DVD

Zeca Pagodinho gravou nas noites de quarta (23 de agosto) e quinta-feira seu DVD e CD Ac�stico MTV Zeca Pagodinho II - Gafieira. A id�ia foi recriar o clima dos bailes de gafieira que agitavam a noite carioca nos anos 40 e 50. Uma orquestra de 39 m�sicos se aliou � banda do cantor - sob a batuta dos maestros Rildo Hora, Leonardo Bruno, Jota Moraes, Lincoln Olivetti, Vitor Santos, Crist�v�o Bastos, Julinho Teixeira e Paul�o 7 Cordas - para tocar cl�ssicos do g�nero como Piston de Gafieira (Billy Blanco, o n�mero de abertura), Beija-me (Roberto Martins e M�rio Rossi - com Rildo Hora na gaita), Pisei num Despacho (Geraldo Pereira e Elpidio Viana) e Se Voc� Visse (Dino 7 Cordas e Del loro - com a interven��o de Miltinho).

Al�m dos hits da gafieira, o repert�rio inclui in�ditas como Sururu Na Feira (Luiz Grande, Marcos Diniz e Barbeirinho), Quando a Gira Girou (Serginho Meriti e Cl�udio Guimar�es), Exaustino (Roberto Lopes e Can�rio) e Ratat�ia (Alamir, Roberto Lopes e Can�rio), al�m de m�sicas nunca gravadas por Zeca, casos de Tive Sim (Cartola), O Filho do Alfaiate (Cartola e Vadico), Dono das Cal�adas (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), Cab� Meu Pai (Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz e Aldir Blanc) e Inocente Fui Eu (Z� Luiz e Ney Lopes).

O roteiro alinhavou ainda sambas popularizados por Zeca. Entre eles, Quem � Ela? (de autoria do pr�prio Zeca), Judia de Mim (parceria de Zeca com Wilson Moreira), Ai Que Saudade do meu Amor (com Arlindo Cruz), Em Nome da Alegria (com Almir Guineto e Carlos Sena), Quintal do C�u (Jorge Arag�o e Wilson Moreira), Casal Sem Vergonha (Arlindo Cruz e Acyr Marques), Dona Esponja (Luiz Grande, Marcos Diniz e Barbeirinho), O Pai Coruja (Z� Roberto) e Minta meu Sonho (Jorge Arag�o).

Realizada no est�dio Frank Acker do P�lo de Cine e V�deo, no Rio de Janeiro, a grava��o contou com as participa��es de Paulo Moura (clarinete em Inocente Fui Eu), Monarco e Velha Guarda da Portela (em Len�o, de Chico Santana e Monarco) e Tereza Cristina (Cora��o em Desalinho, que tamb�m contou com as vozes de Nilze Carvalho, Dorina e Juliana Diniz). Verdade e Deixa a Vida Me Levar encerraram a grava��o.

O programa Ac�stico MTV Zeca Pagodinho II - Gafieira ser� exibido pela MTV em 22 de outubro. O CD chegar� �s lojas no dia seguinte. J� o DVD ser� editado apenas em novembro.

'C�', de Caetano, nas lojas em setembro

A capa � esquerda � a de C�, o primeiro disco solo de in�ditas de Caetano Veloso desde Noites do Norte, de 2000. Nas lojas no in�cio de setembro, pela Universal Music, o CD j� tem uma faixa tocando nas r�dios, N�o me Arrependo, cujos versos confessionais ("Fiz voc� crescer / Vi voc� me fazer crescer tamb�m para al�m de mim") sugerem que se trata de uma letra dirigida pelo compositor a Paula Lavigne, sua ex-mulher.

Skank concilia requinte e popularidade

Resenha de CD
T�tulo: Carrossel
Artista: Skank
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * *

Com o lan�amento do CD Carrossel, o Skank completa 15 anos de vida. Para bandas de rock, essa idade pode representar cansa�o e repeti��o. Mas o quarteto mineiro (� direita, em foto de Weber P�dua) ainda soa jovial como na sua forma��o, em 1991, em Belo Horizonte. Em 15 in�ditas, baladas em sua maioria, Carrossel confirma o acerto do grupo ao mudar, antes do desgaste, a receita de seu som - hoje j� bem distante da festividade r�tmica dos primeiros discos, voltados para o reggae.

Em giro por sonoridades de folk e do rock dos anos 60 e 70, com refer�ncias que v�o de Beatles ao lend�rio Clube da Esquina, Carrossel concilia requinte e popularidade. Se Uma Can��o � pra Isso representa o pop perfeito, o refr�o da Balada para Jo�o e Joana e a pegada pegajosa de Mil Acasos sinalizam que o CD tem mais muni��o radiof�nica - ainda que sem a forma redonda de Uma Can��o � pra Isso, pop em estado puro que j� celebra na letra ensolarada e feliz a vontade do Skank de fazer m�sica para as massas - fato que muitas bandas (re)negam porque o conceito de popularidade, no Brasil, est� erroneamente associado a algo prim�rio e pueril.

Carrossel roda longe da banalidade imperante na m�sica populista. A evolu��o harm�nica do som do grupo � sedimentada com o uso de instrumentos como banjo e trompa. H� arranjos de cordas e sopros - a cargo de Artur Andr�s - que apenas refinam a camada pop das m�sicas sem dar ao disco um tom camer�stico pouco condizente com o esp�rito jovial das m�sicas. Carrossel gira cheio de sutilezas. Que pode ser a altera��o do andamento de Not�cia, parceria de Samuel Rosa com Humberto Effe cujo arranjo conjuga elementos de rock, folk e country. Ou o tom garageiro de At� o Amor Virar Poeira. Ou ainda os versos de Arnaldo Antunes para Trancoso, balada litor�nea com letra que mais parece poesia.

Esp�cie de quinto Skank, Chico Amaral � o letrista de oito das 15 in�ditas, com destaque para O Som da sua Voz. Mas o melodista Samuel Rosa soube abrir seu leque de parceiros. L�der do extinto grupo mineiro Virna Lisi, C�sar Maur�cio colabora na balada psicod�lica Lugar, em Um Homem Solit�rio e em Seus Passos, can��o que segue o pl�cido curso mel�dico de Dois Rios, o hit do Skank em 2003. O supra-citado Humberto Effe assina ainda a letra de Cara Nua. E Nando Reis volta a dar o ar da gra�a em disco do Skank com Eu e a Felicidade, pop rock urdido com viol�es que tem mais a cara de Nando do que de Samuel. E, na ficha t�cnica, h� ainda a boa surpresa da presen�a do baixista Lelo Zaneti, co-autor de Garrafas, melodia de estranha beleza e sensualidade.

No todo, apesar de sutilezas pr�prias, Carrossel segue a trilha de seus antecessores Maquinarama (2000) e Cosmotron (2003) ao unir psicodelia, folk, rock dos anos 60, Beatles, BritPop e Clube da Esquina em coquetel de sabor pop. Uma banda, afinal, � para isso: ser pop, sem medo de ser popular, sem medo de ser feliz.

Dionne revive pop perfeito dos anos 60

Resenha de show
T�tulo:
Dionne Warwick
Artista:
Dionne Warwick
Local:
Canec�o (RJ)
Data:
24 de agosto
Cota��o:
* * *

Desenvolta no palco do Canec�o, na primeira de suas duas apresenta��es programadas na casa carioca, Dionne Warwick arranhou um portugu�s para cantar Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e juntou tr�s standards de Tom Jobim (Corcovado, Wave e �guas de Mar�o) nas vers�es em ingl�s. Mas nem eram necess�rios tais afagos no p�blico brasileiro. Quem superlotou o Canec�o queria ouvir, na voz (ainda em satisfat�ria forma) da cantora americana, os cl�ssicos com que o maestro Burt Bacharach e o letrista Hal David ajudaram a formatar a m�sica pop a partir de 1962. Foi Dionne a lan�adora da quase totalidade deles na d�cada de 60. E ela os enfileirou com orgulho no roteiro: Close to You, Don't Make me Over, A House Is Not a Home (n�mero em que mostra registro similar ao da grava��o orginal) e Anyone Who Had a Heart, entre outros.

Aos alegados 65 anos, Dionne j� n�o possui a voz volumosa que fez dela a int�rprete ideal para o pop perfeito de Bacharach - atualmente valorizado na medida de sua grande import�ncia. Mas ela ainda d� conta do recado com afina��o e senso r�tmico impec�veis. No enxuto show que passou pelo Rio (e que voltar� ao cartaz na ter�a-feira, 29 de agosto, no mesmo Canec�o, por conta da lota��o esgotada da apresenta��o de 24 de agosto), a diva se mostra sedutora e arrisca outra divis�o para I Say a Little Prayer, que termina em clima jazzy, e rebobina Do You Know the Way to San Jose? no compasso da salsa, evocando o dueto que gravou com a saudosa cantora cubana C�lia Cruz em recente CD. Alfie � o momento intimista, com Dionne sentada perto do piano, na mesma posi��o em que, j� no fim do show, apresenta I'll Never Love This Way Again, a balada de 1978 que fez muito sucesso no Brasil no ano seguinte, na trilha da novela Os Gigantes. Um pouco antes, Heartbreaker, o hit de 1982, dado pelos Bee Gees, tem seu ritmo acompanhado pelas palmas da plat�ia.

Simp�tica, a cantora sai de cena ao som de That's What Friends Are for, seu �ltimo grande hit, de 1986. L� se v�o 20 anos, mas quem tem uma trajet�ria de sucesso como Dionne Warwick pode se dar ao luxo de reviver no palco somente o seu passado de gl�ria. E que gl�ria ter sido a voz das can��es imortais de Burt Bacharach!

Gordurinha nas vozes de Beth e Daniela

Eis outro flagrante da grava��o do CD e DVD Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia: a sambista carioca faz dueto com Daniela Mercury em Chiclete com Banana, cl�ssico do repert�rio de Gordurinha, lan�ado em 1959. A foto � de Guto Costa.
Quinta-feira, Agosto 24, 2006

'Compasso' de RoRo chega em setembro

Compasso � o nome do novo disco de �ngela RoRo, o primeiro de in�ditas em seis anos. A faixa-t�tulo foi escolhida para puxar o �lbum, nas lojas em setembro via Indie Records. No �lbum, RoRo retoma parceria com Ana Terra (em Paix�o) e assina sozinha m�sicas como N�o Adianta, Bater N�o D�i e Dorme, Sonha. A id�ia da companhia � lan�ar o CD pouco antes da grava��o do primeiro DVD da cantora, prevista para fins de setembro. Produzido pela pr�pria RoRo, Compasso � o sucessor de Acertei no Mil�nio, disco editado pela artista em 2000, com alguns sambas no irregular repert�rio.

Beth forma trio com Caetano e Beth�nia

A foto acima, de Guto Costa, registra um dos n�meros mais especiais da grava��o do CD e DVD Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia, feita nas noites de ter�a (22 de agosto) e quarta-feira no Teatro Castro Alves, o palco mais nobre de Salvador (BA). Beth formou trio com Caetano Veloso e com Maria Beth�nia para reviver o samba De Manh�, composto por Caetano e lan�ado por Beth�nia em seu primeiro disco, em 1965. Caetano participou ainda de Desde que o Samba � Samba, outro tema de sua autoria, lan�ado em 1993.

Bel� compila uma d�cada com in�ditas

Bel� Velloso vai lan�ar em meados de setembro uma compila��o comemorativa de seus dez anos de carreira fonogr�fica. Al�m de rebobinar m�sicas que alcan�aram alguma proje��o na voz da cantora, caso de Por te Querer, a colet�nea Bel�, Samba! (capa � esquerda) inclui tr�s grava��es in�ditas feitas para um programa virtual de r�dio. As m�sicas - Lama (samba de Mauro Duarte, lan�ado por Clara Nunes em 1976), Entre N�s (sucesso de Sandra de S� em 1986) e N�o Tem Sa�da (outro hit de Sandra, gravado em 1991 em dueto com Tim Maia) - foram sugeridas pelos internautas que ouvem o programa apresentado na rede pela sobrinha de Caetano Veloso e Maria Beth�nia.

Duas novas em colet�nea do Aerosmith

Enquanto apronta o �lbum de est�dio que ir� lan�ar em 2007, o grupo Aerosmith d� os �ltimos retoques em colet�nea de sucessos. Com lan�amento previsto para 10 de outubro, Devil's Got a New Disguise ter� duas m�sicas in�ditas - Sedona Sunrise e a faixa-t�tulo - para motivar os f�s da banda a comprar a nova compila��o (a �ltima, Oh, Yeah! Ultimate Aerosmith Hits, � recente e saiu em 2002 no formato de CD duplo).

A capa g�tica do �lbum do Evanescence

Esta � a capa - em estilo g�tico - do segundo �lbum do grupo Evanescence. The Open Door tem lan�amento mundial agendado para 3 de outubro. Pela ordem, as 13 m�sicas s�o Sweet Sacrifice, Call me When You're Sober, Weight of the World, Lithium, Cloud Nine, Snow White Queen, Lacrymosa, Like You, Lose Control, The Only One, Your Star, All That I'm Living For e Good Enough. O primeiro disco da banda da vocalista Amy Lee, Fallen, vendeu cerca de 14 milh�es de c�pias em todo o mundo por conta dos hits Bring me to Life e My Immortal.
Quarta-feira, Agosto 23, 2006

Nem Gil faz Asa al�ar v�o em DVD...

Resenha de CD / DVD
T�tulo:
Asa de �guia ao Vivo
Artista:
Asa de �guia
Gravadora:
Som Livre
Cota��o:
* *

Um dos grupos preferidos pelo p�blico que freq�enta as micaretas, o Asa de �guia resiste e chega ao DVD a reboque do carisma de seu vocalista e principal compositor, Durval Lelys. Mas nem a participa��o de Gilberto Gil - em dois n�meros, Na Bahia Ai� e Toda Menina Baiana - faz o v�o do Asa ser menos raso nesta grava��o ao vivo, editada simultaneamente em CD pela Som Livre. A participa��o de Gil soa burocr�tica. E o DVD - gravado no Carnaval de Salvador de 2006 e em show realizado em 18 de mar�o na Est�ncia Alto da Serra (SP), com dire��o de Joana Mazucchelli - n�o capta a anima��o de um show de ax�. As imagens n�o deixam d�vidas de que o imenso p�blico (tanto o da Bahia quanto o de Sampa) se esbaldou com m�sicas como Cocobambu e Me Abra�a, me Beija. Mas a divers�o n�o chega at� a casa do ouvinte deste Asa de �guia ao Vivo. E, para piorar, o repert�rio do grupo � dos mais populistas da ax� music. Salva-se Porto Seguro, m�sica bonita que j� mereceu melhores registros em shows. Mas a tribo do Asa de �guia � capaz de gostar do DVD e, para esses f�s, a primeira tiragem oferece de brinde um adesivo do grupo.

Caio Mesquita � fen�meno passageiro

Muito se tem falado em Caio Mesquita, o jovem saxofonista que se tornou o atual fen�meno do mercado fonogr�fico brasileiro por conta das 100 mil c�pias rapidamente vendidas de seu primeiro CD, Jovem Brazilidade. Euf�rica, a gravadora EMI at� j� programa para outubro a grava��o de um DVD do astro teen - provavelmente em S�o Paulo.

Meloso como Kenny G, Mesquita est� vendendo de fato muito disco em �poca em que ningu�m vende nada. Mas tudo leva a crer que o fen�meno � passageiro, pois a fonte do sucesso � a propaga��o do m�sico pelo apresentador Raul Gil. A ass�dua perman�ncia do rapaz no programa de Raul Gil � que impulsionou as vendas do CD instrumental - propaganda aliada, claro, ao fato de Caio ser bonitinho e agradar ao p�blico teen.

Apesar da proeza de ter posto um disco instrumental no topo das paradas, Caio Mesquita n�o deve ser levado t�o a s�rio. Basta lembrar de Robinson Monteiro, o Anjinho. Atra��o de Raul Gil h� alguns anos, o rapaz tamb�m lan�ou um disco de vendagens astron�micas pela Warner Music. Falou-se em 500 mil c�pias na �poca. Cifras e eventuais exageros � parte, os CDs posteriores de Robinson tiveram repercuss�o p�fia e o Anjinho logo sumiu das paradas e das gravadoras. Com Caio Mesquita, o processo dever� ser o mesmo. Sua Jovem Brazilidade � febre passageira, ainda que dure alguns meses...

CD registra reuni�o de Coltrane e Monk

Mais um t�tulo de jazz chega ao mercado nacional pela gravadora Universal. Trata-se do �lbum duplo The Complete Riverside Recordings (capa � direita), que perpetua todas as sess�es de grava��o realizadas pelo pianista Thelonious Monk (1917 - 1982) com o saxofonista John Coltrane (1926 - 1967) para a gravadora Riverside, entre abril e julho de 1957. H� fonogramas in�ditos como o take 1 de Abide with me e o take 2 de Crepuscule with Nellie. Numa das duas grava��es do tema Ruby, my Dear, h� a presen�a do saxofonista Coleman Hawkins (1904 - 1969).

Tr�s CDs festejam os 30 anos de Cazes

Tr�s CDs j� raros de Henrique Cazes est�o sendo reeditados pela Kuarup para festejar os 30 anos de carreira do cavaquinista, arranjador, compositor e produtor carioca - bem como as duas d�cadas de parceria do m�sico com a pioneira gravadora independente, na qual Cazes j� produziu mais de 20 t�tulos.

Os tr�s discos reeditados s�o Henrique Cazes (capa � esquerda, o primeiro trabalho solo de Cazes, lan�ado originalmente em 1988), Tocando Waldir Azevedo (1990) e Desde que o Choro � Choro (1995). Os discos est�o � venda no site da gravadora (www.kuarup.com.br), com pre�o promocional de R$ 22.

Tit�s e Maria Rita gravam com Drexler


Maria Rita e o grupo Os Tit�s participam do disco que o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler vai lan�ar em 19 de setembro. Intitulado 12 Segundos de Oscuridad, nome de parceria de Drexler com Vitor Ramil, o CD (capa acima) re�ne m�sicas como Desvelo, Disneyl�ndia (a faixa que conta com a interven��o dos Tit�s e que � de autoria do grupo brasileiro, tendo sido gravada em 1993 no �lbum Titanomaquia), Hermana Duda, High and Dry (do repert�rio do grupo Radiohead), Soledad, (a m�sica de que participa Maria Rita), Transoceanica e La Vida �s mas Compleja do que Parece. Em seu �ltimo CD, Segundo, Maria Rita gravou in�dita de Drexler, Mal Intento.
Ter�a-feira, Agosto 22, 2006

Oitavo solo de Dogg sai em novembro

Previsto originalmente para outubro, o oitavo disco solo do rapper americano Snoop Dogg (foto), Tha Blue Carpet Treatment, teve seu lan�amento adiado para 21 de novembro. A produ��o � assinada por nomes de peso no universo do hip hop - casos de Dr. Dre, Timbaland e The Neptunes. Ali�s, The Neptunes responde pelo primeiro single, Vato, m�sica composta por Dogg para promover a uni�o entre negros e latinos na Calif�rnia. As 16 faixas do �lbum foram selecionadas entre cerca de 300 m�sicas.

MPB-4 revisa obra com frieza e sem Ruy

Resenha de CD / DVD
T�tulo:
40 Anos ao Vivo
Artista:
MPB-4
Gravadora:
EMI
Cota��o:
* * *

Um dos s�lidos �cones da resist�ncia musical contra o regime militar imposto no Brasil em 1964, o grupo MPB-4 entrela�ou sua biografia com a de compositores como Chico Buarque e Milton Nascimento - n�o por acaso, dois dos convidados deste projeto retrospectivo do quarteto. Quis o destino que o dissidente Ruy Faria j� n�o fizesse parte do conjunto em 16 e 17 de maio de 2006, quando o MPB-4 fez em S�o Paulo mais uma grava��o ao vivo para possibilitar sua estr�ia no formato do DVD. O v�deo comemora 40 anos - que, a rigor, j� s�o 44 (o grupo foi formado em 1962) - em show dirigido e roteirizado por T�lio Feliciano. A voz do substituto de Faria, Dalmo Medeiros, soa harmoniosa e integrada ao grupo. Ainda assim, paira a sensa��o de que tudo j� foi cantado de forma mais vigorosa em tempos �ureos.

A filmagem convencional esfria o que, ao vivo, deve ter tido mais calor pela beleza das melodias e dos arranjos vocais. Entre os convidados, chama a aten��o o nome de Cauby Peixoto. Mesmo distante da hist�ria do grupo, o cantor � tio de Dalmo Medeiros. Pe�a de resist�ncia do septuagen�rio Cauby, Concei��o at� soa elegante, harmonizada em cinco vozes. Cauby ainda se junta ao quarteto em �ltima Forma, samba de Baden Powell e Vinicius de Moraes que j� ganhou registros mais envolventes.

Ainda assim, o roteiro de 19 n�meros � passeio sem riscos pela trajet�ria do MPB-4. Tem Lamentos, tema de Pixinguinha, que, letrado por Vinicius, foi a primeira m�sica do grupo a tocar em r�dio, l� pelos idos de 1966. Tem o hit Amigo � pra Essas Coisas, tocado at� hoje em FMs voltadas para o flashback. Tem tamb�m Pesadelo, a composi��o corajosa de Maur�cio Tapaj�s e Paulo C�sar Pinheiro que desafiava a censura a cada verso lapidar. E tem ainda Ref�m da Solid�o, das poucas m�sicas in�ditas nas vozes dos quatro. E, de novidade mesmo, h� o pouco inspirado Samba Antigo, que cita Mascarada.

Nos anos 60 e 70, o MPB-4 esteve pr�ximo da melhor m�sica produzida no Brasil. O roteiro traduz esse bom gosto na forma de n�meros como Cebola Cortada (com a ades�o de Milton Nascimento, de quem o grupo canta San Vicente em momento reverente) e Falando de Amor (com as colegas do Quarteto em Cy). Zeca Pagodinho - espirituoso como sempre - se junta � turma em Ol�, Ol�. "Aqui s� tem cantor", brinca Pagodinho, que surpreende e canta o samba de Chico Buarque com afina��o nem t�o habitual. J� a afinad�ssima Roberta S� � a convidada de Cicatrizes, faixa-t�tulo de �lbum de 1972 que ela j� gravara em seu disco Braseiro com a participa��o do pr�prio MPB-4.

Chico Buarque, o amigo onipresente dos primeiros anos, gravou em est�dio participa��es em Roda Viva - m�sica t�o associada ao compositor quanto ao quarteto - e Quem Acreditou na Vida Como Eu, in�dita de Sidney Miller. Enfim, o MPB-4 tem hist�ria. Parte dela est� neste CD e DVD que ratificam a falta de Ruy Faria, mas, por outro lado, mostram o valor de seus 40 e poucos anos e lembram que o show tem que continuar...

Plebe Rude encarta CD em 'Outra Coisa'

A Plebe Rude (foto) j� tem por onde editar R ao Contr�rio, seu primeiro disco de in�ditas em 13 anos. O sucessor de Mais Raiva do que Medo (1993) ser� encartado na 16� edi��o da revista Outra Coisa, nas bancas a partir de 11 de setembro. O disco re�ne 12 m�sicas, todas in�ditas, com exce��o de Voto em Branco, composta em 1980 e gravada pela Plebe com a participa��o de F� Lemos, m�sico das bandas Aborto El�trico e Capital Inicial. Entre as m�sicas novas, h� Mil Gatos no Telhado e Katarina. A forma��o da banda brasiliense tamb�m � in�dita. Clemente, l�der do lend�rio grupo punk Inocentes, foi incorporado � Plebe em 2004.

Sem lan�ar CD desde 2000, quando ensaiou retorno ao mercado fonogr�fico com o ao vivo Enquanto a Tr�gua N�o Vem, a Plebe Rude volta � cena com in�ditas vinte anos depois do lan�amento de seu primeiro �lbum, O Concreto J� Rachou, considerado com justi�a um dos trabalhos mais emblem�ticos do rock brasileiro dos anos 80.

Filho de Z� Renato estr�ia como cantor

Mais informa��es sobre Forr� para Crian�as, o disco infantil que Z� Renato (foto) produz para a Biscoito Fino com sucessos de Jackson do Pandeiro: o filho de Z� - Benjamim, de apenas tr�s anos - debuta como cantor em Amor de Mentirinha, faixa interpretada somente por crian�as. Roberta S� canta Tum Tum Tum, de Ary Monteiro e Crist�v�o de Alencar. Elba Ramalho ficou com Forr� em Campina, do pr�prio Jackson. J� Alceu Valen�a participa de Quadro Negro, de Jackson e Rosil Cavalcanti. Severo, sanfoneiro que acompanhou o artista, toca seu acordeom em Cajueiro (Jackson e Raimundo Baima), acompanhando um coro de crian�as. Todos os arranjos s�o assinados por Z� Renato, que ainda canta Cantiga do Sapo, de Jackson e Buco do Pandeiro.

Como j� informado anteriormente, Maria Rita canta Sina de Cigarra, de Jackson e Delmiro Ramos, e Chico Buarque � o int�rprete de Morena Bela.

Grupo de pagode grava balada de Lenine

Balada composta por Lenine, em parceria com Dudu Falc�o, Meu Plano ganha regrava��o do grupo de pagode Sorriso Maroto (foto). A faixa entra no disco que est� sendo produzido por Leandro Sapucahy. Meu Plano foi lan�ada em 2003 por Daniela Mercury em seu CD e DVD Eletrodom�stico, gravados na s�rie MTV ao Vivo.
Segunda-feira, Agosto 21, 2006

Zeca grava esta semana CD de gafieira

Zeca Pagodinho vai gravar nesta semana seu projeto de gafieira. Dois shows restritos a convidados - agendados para quarta (23 de agosto) e quinta-feira (24 de agosto), no P�lo Rio de Cinema & V�deo - ser�o registrados para possibilitar ainda este ano o lan�amento de CD e DVD.

Dominguinhos canta seus conterr�neos

Com bela capa assinada pelo artista pl�stico Elifas Andreato, Conterr�neos � o primeiro trabalho solo de Dominguinhos em cinco anos (o �ltimo CD do artista foi dividido com Elba Ramalho). Editado pela gravadora Eldorado, o disco vai chegar �s lojas nos pr�ximos dias, pela Distribuidora Independente, com repert�rio que mistura in�ditas (Vivendo a Brincar, Cai Fora, Oi que Balan�o Bom) e regrava��es como Ac�cia Amarela, parceria obscura de Luiz Gonzaga com Orlando Silveira. Carece de Explica��o, Tempo Menino, Gavi�o Peneirador e Feito Mandacaru s�o outras m�sicas do CD. A faixa-t�tulo, Conterr�neos, conta com a participa��o da cantora Guadalupe.

Som Livre vai reeditar �lbum de Marlene

Cantora cuja obra em CD se limita �s colet�neas de sucessos, Marlene ter�, enfim, reeditado um t�tulo oficial de sua discografia. A Som Livre vai rep�r em cat�logo � a Maior! (capa � direita), �lbum de 1970 em que a artista interpreta m�sicas de Luiz Gonzaga (Qui nem Jil�), Caetano Veloso (Cora��o Vagabundo) e Milton Nascimento (Beco do Mota), entre outros sucessos mais antigos. O disco foi editado originalmente pelo extinto selo Fermata.

'Almanaque Anos 70' sai em disco duplo

O rec�m-lan�ado livro Almanaque Anos 70, da jornalista Ana Maria Bahiana, j� ganhou a sua edi��o em CD, nas lojas pela Universal Music. O �lbum duplo (capa � esquerda) re�ne 28 hits da d�cada. A sele��o inclui Azul da Cor do Mar (Tim Maia), Ouro de Tolo (Raul Seixas), Vou Bat� P� Tu (Baiano e os Novos Caetanos), Quantas L�grimas (Cristina Buarque), Modinha para Gabriela (Gal Costa), N�o Deixe o Samba Morrer (Alcione), Dancin' Days (Fren�ticas), Cole��o (Cassiano), Meu Mundo e Nada Mais (Guilherme Arantes), Sonhos (Peninha), O Vira (Secos & Molhados), Avohai (Z� Ramalho), Expresso 2222 (Gilberto Gil), Explode Cora��o (Maria Beth�nia), Linha do Horizonte (Azymuth) e Apenas um Rapaz Latino Americano (Belchior), entre outras m�sicas que marcaram os anos 70.

Djavan ganha colet�nea na s�rie 'Perfil'

Chegou a vez de Djavan ter seus principais sucessos reunidos em colet�nea da s�rie Perfil, da Som Livre. A compila��o do cantor e compositor inclui hits como Fato Consumado (1975), Flor de Lis (1976), A�a� (1981), Sina (1982), Lil�s (1984) e Oceano (1988). O CD (capa � direita) estar� nas lojas ainda em agosto.
Domingo, Agosto 20, 2006

Biscoito Fino compila a m�sica da Lapa

Da Lapa � o nome da compila��o que a Biscoito Fino lan�a ainda em agosto com grava��es de artistas projetados na Lapa, bairro do Centro do Rio de Janeiro que teve revitalizada sua cena musical nos �ltimos anos. A releitura do grupo Casuarina para Swing de Campo Grande - m�sica do repert�rio do grupo Novos Baianos, regravada pelo Casuarina com Teresa Cristina (foto), cantora revelada em shows feitos em casa da Lapa - � uma das faixas da colet�nea. O CD inclui tamb�m fonogramas do grupo Tira Poeira (Caminhando, de Nelson Cavaquinho), Garrafieira (Bananeira, parceria bissexta de Jo�o Donato com Gilberto Gil), Marcos Sacramento (Mulato Bamba, de Noel Rosa) e da dupla Dois Bicudos, formada por Alfredo Del Penho e Pedro Paulo Malta (Baile no Bola, de Mauricio Carrilho e Paulo C�sar Pinheiro).

Supla reitera clich�s no oitavo disco solo

Resenha de CD
T�tulo: Vicious
Artista:
Supla
Gravadora: Arsenal Music
Cota��o: * *

A reboque do ef�mero grupo Tokyo, Supla j� surgiu no efervescente mercado fonogr�fico dos anos 80 como um clich� - no caso, do punk de butique. Saiu logo de cena, mas sua carreira musical ganhou sobrevida nos �ltimos anos por conta de sua participa��o carism�tica em reality show do SBT (Casa dos Artistas, cujo sucesso faria a Rede Globo aposta no Big Brother Brasil). Vicious � seu oitavo disco solo. A produ��o de Rick Bonadio e Rodrigo Castanho repisa os clich�s do rock pesado. E as letras s�o de uma pobreza �mpar quando assinadas somente pelo cantor (parceiros como Tadeu Hermano melhoram um pouco o n�vel em faixas como Badalam os Sinos). Mas, se voc� n�o levar Supla a s�rio, e a impress�o � a de que nem o pr�prio Supla se leva a s�rio, d� para achar alguma (pouca) gra�a em temas como Chat-o-log (sobre relacionamentos virtuais na internet), Porque Eu S� Quero Comer Voc� (uma p�rola de machismo que soa como um rascunho dos hits dos �ureos tempos de Leo Jaime) e Arrasa Bi, um afago nos gays. Cheio de clich�s, evidentemente...

Sivuca rege os grupos de sua f�rtil terra

Resenha de CD
T�tulo:
Terra Esperan�a
Artista:
Sivuca
Gravadora:
Kuarup
Cota��o:
* * *

O Estado da Para�ba � f�rtil celeiro de orquestras e de grupos de diversas forma��es camer�sticas. O grande achado deste �lbum do paraibano Sivuca � apresentar um diferente grupo instrumental de sua terra natal em cada uma das onze faixas. Terra Esperan�a � disco em que Sivuca brilha como arranjador. E o sanfoneiro sempre foi maestro dos mais inventivos. O repert�rio do CD nem � dos mais inspirados de sua discografia, mas as orquestra��es e os luxuosos acompanhamentos de grupos como Quinteto da Para�ba (em Amoroso Cora��o), Camerata Bras�lica (em A Doce Can��o de N�lida), JP-Sax (em A Chama do Amor), Sexteto Brasil (em M�e-�frica), Quinteto Uirapuru (em Comigo S�) e Metal�rgica Filip�ia (na imponente faixa-t�tulo, Terra Esperan�a). Mulher de Sivuca, Gl�ria Gadelha assina a produ��o e a autoria da maior parte dos temas, muitos de tom l�rico. O leque de ritmos extrapola os ritmos nordestinos, indo da valsa ao samba-choro. Mas o brilho maior, vale repetir, � do arranjador Sivuca e dos grupos instrumentais que se deixam guiar sob a batuta do mestre.

Gandelman sopra o legado de Radam�s

A improv�vel associa��o de Leo Gandelman - saxofonista que transita em �rea mais pop - com a obra do genial compositor e maestro Radam�s Gnattali (1906 - 1988) j� pode ser ouvida no CD Radam�s e o Sax (capa � direita), rec�m-lan�ado pela gravadora Biscoito Fino no ano em que se festeja o centen�rio de nascimento de Gnattali. Gandelman toca o legado de Radam�s para sopros. O repert�rio inclui temas como Brasiliana n� 7 e os choros Remexendo, A Fuma�a do meu Cachimbo e Assim � Melhor, compostos originalmente para saxofone. A maior surpresa � o in�dito samba-can��o Saudade de Algu�m, letrado por Paulo C�sar Pinheiro e cantado no disco pela onipresente Z�lia Duncan.

Belo cantor no meio de um CD irregular

Resenha de CD
T�tulo:
No Meio da Banda
Artista:
Augusto Martins
Gravadora:
Fina Flor
Cota��o:
* *

Ainda em busca de um merecido reconhecimento popular, o carioca Augusto Martins � dos melhores cantores surgidos nos anos 90. Como compositor, n�o � t�o talentoso. Neste terceiro CD, Martins brilha mais quando acerta na escolha do repert�rio - inteiramente in�dito, mas selecionado sem o devido rigor (sobretudo nas m�sicas autorais). Mas h� momentos que est�o � altura do canto do artista. Bolero dos Anjos, por exemplo. � parceria de Jo�o Donato com Francisco Bosco, arranjada pelo pr�prio Donato, que ainda toca seu piano luxuoso na faixa. J� o sax soprano de M�rio S�ve acentua o lirismo de Cavaleiro das Mar�s, obra-prima de Moacyr Luz e Paulo C�sar Pinheiro que conta com o arranjo e o viol�o do pr�prio Luz. O mesmo Pinheiro � o autor dos versos melanc�licos da Carta de Adeus, parceria com Ivan Lins.

A banda de Augusto Martins passa irregular porque nem sempre h� a aposta em compositores t�o talentosos quanto o cantor. H� bons sambas de Fred Martins (A Lei, com o viol�o do autor) e de Eduardo Gudin com F�tima Guedes (Sublime), mas a segunda metade do CD � bem inferior � primeira. E gravar duas m�sicas de Elisa Lucinda � um exagero, ainda que o refr�o da faixa-t�tulo, No Meio da Banda, seja gracioso. Cantor exemplarmente afinado e de grande senso r�tmico (percept�vel em temas como Lagamar, Trem e Ott'eut�), Augusto Martins poderia ter feito um disco mais homog�neo, com menos temas autorais. Mas tem seu m�rito por n�o ter ca�do na tenta��o de regravar sucessos.
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