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S�bado, Dezembro 24, 2005

Ent�o � Natal, como diria Simone...

Ent�o � Natal. H� dez anos, a pol�mica vers�o gravada por Simone do cl�ssico de John Lennon Happy Xmas (War Is Over) tocava direto nas r�dios. Para deleite de muitos. Para desgosto de outros muitos. N�o importa. O que importa � que, como diz o cart�o a� ao lado, o som do Natal toque e ecoe em todos os cora��es. Seja ouvindo o controvertido disco de Simone de 1995, o rec�m-lan�ado songbook natalino da cantora Diana Krall, o �lbum anual do Roberto Carlos ou qualquer outro CD! Feliz Natal!

Retr� 2005 - Pega Vida � um grande Kid

H� discos que crescem com o tempo e adquirem grandeza n�o percept�vel nas primeiras audi��es. Pega Vida (capa � direita), o CD de in�ditas do Kid Abelha, hoje delicioso, � um deles. Foi lan�ado no meio de 2005 e era o primeiro trabalho do trio depois de seu bem-sucedido Ac�stico MTV, editado em fins de 2002 com retumbante sucesso. O produtor, inclusive, era o mesmo Paul Ralphes. J� na primeira audi��o deu para perceber que a pegada pop do grupo estava l�. Mas havia tamb�m certa estranheza pelos toques levemente indies da azeitada produ��o de Ralphes que renovaram o som da banda ao mesmo tempo em que impediram a compreens�o imediata de que Pega Vida era, sim, um grande disco - e n�o apenas um bom disco. Cheio de hits que, de in�cio, at� pareciam ausentes.

Com o tempo e posteriores audi��es, isso foi ficando mais claro. Mais uma vez, Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato mostraram que s�o mestres do pop nacional. Pega Vida sai de 2005 como um dos melhores CDs do ano. A faixa-t�tulo, Peito Aberto (que foi merecidamente grande hit radiof�nico depois da promo��o inicial com Poligamia), Fala meu Nome, Eu Tou Tentando, Por que Eu N�o Desisto de Vc, M�e Natureza (Quer�ncia)... O que n�o falta � m�sica bacana que d� vontade de cantar junto e celebrar a felicidade do pop do Kid Abelha. At� o ruralista hino hippie Ser� que Eu Pus um Grilo na sua Cabe�a? - lan�ado por Guilherme Lamounier em 1973 - se integrou bem � pegada do repert�rio autoral do grupo. Pegue a vida que insiste em pulsar com for�a pop no Kid Abelha... E, se tiver oportunidade, v� ver o novo show do trio. Nunca o grupo esteve t�o sedutor no palco. Grande banda, grande ano!

Selo revive raras de Dalva de Oliveira

N�o haver� em 2006 nenhuma efem�ride em rela��o a Dalva de Oliveira (1917 - 1972), mas o selo curitibano Revivendo vai recordar o legado da cantora com a colet�nea dupla Canta Dalva, prevista para o primeiro trimestre do ano. Al�m de sucessos como as marchas-ranchos M�scara Negra (1967) e Bandeira Branca (1970), a compila��o re�ne, em 42 faixas, m�sicas pouco associadas � int�rprete. S�o os casos de Maria Escandalosa (marcha de Armando Cavalcanti e Kl�cius Caldas, sucesso em 1955 na voz de Blecaute), Porta Estandarte (Geraldo Vandr� e Fernando Lona, 1966), Marcha da Quarta-Feira de Cinzas (tema da fase mais engajada da obra de Carlos Lyra, composto com Vinicius de Moraes e lan�ado por Jorge Goulart em 1963) e Primavera no Rio (marcha de Jo�o de Barro, o Braguinha, gravada por Carmen Miranda em 1934).

Aurora Miranda brilhou com luz pr�pria

Irm� de Carmen Miranda, Aurora Miranda (foto) saiu de cena discretamente por volta das 15h da �ltima quinta-feira, 22 de dezembro, aos 90 anos. Morreu em casa, no Rio, v�tima de um ataque card�aco. Seu desaparecimento trouxe � tona o clich� de que a cantora teve seu brilho ofuscado pela luz da mana famosa. Mas isso �, quando muito, meia-verdade. Carmen foi de fato a estrela maior dos anos 30 na cena musical brasileira (em 1939, partiria para os Estados Unidos). Mas outras cantoras - Aracy de Almeida e Aurora, entre elas - tamb�m fizeram sucesso. Aurora, ali�s, mais do que Aracy - embora esta hoje seja mais reverenciada por ter seu nome associado � obra magistral de Noel Rosa.

Nascida em abril de 1915, Aurora j� cantava desde 1929 - quando tinha, portanto, 14 anos - e foi lan�ada profissionalmente aos 18. Primeiramente, nas r�dios. Logo depois, em disco. Estreou no mercado fonogr�fico em 1933, na Odeon, gravando a marcha junina Cai, Cai Bal�o em dueto com ningu�m menos do que Francisco Alves - j� um �dolo na �poca. Ainda em 1933, gravou, em outubro, a marcha que seria um de seus maiores sucessos: Se a Lua Contasse..., de Cust�dio Mesquita. Em 1934, teve o privil�gio de fazer o primeiro registro de Cidade Maravilhosa, a marcha de Andr� Filho que se tornaria ao longo dos anos o hino extra-oficial do Rio de Janeiro.

Nos anos 40, com Carmen nos Estados Unidos, Aurora poderia ter continuado sua carreira de cantora. Ela fazia sucesso nos shows, nas r�dios e era admirada pelo p�blico, chegando a obter algum reconhecimento nos EUA. Mas trocou a luz dos refletores pela discri��o de um casamento. Foi op��o da pr�pria Aurora - n�o imposi��o da fam�lia ou do marido. E tampouco uma decis�o decorrente do sucesso retumbante de Carmen. Aurora Miranda brilhou com luz pr�pria.

Ivan Lins grava duas com L�dica M�sica

Com produ��o fonogr�fica incessante, Ivan Lins (foto) - que acabou de lan�ar no Jap�o disco dividido com Celso Vi�fora e prepara no Rio �lbum duplo com parcerias internacionais - ainda encontrou tempo para participar do novo CD do grupo mineiro L�dica M�sica. O compositor canta em duas faixas de sua autoria. � Ouro em P� j� tinha sido registrada pelo artista em 1999 no CD Live at MCG. J� Enquanto a Gente Batuca, parceria bissexta da dupla Ivan Lins e V�tor Martins com o sambista Nei Lopes, foi lan�ada em 1982 por Beth Carvalho no LP Tra�o de Uni�o. O disco do L�dica M�sica se chama Ent�o Eu Canto... e Nem me Lembro para Onde as Coisas V�o.
Sexta-feira, Dezembro 23, 2005

Orlandivo volta � cena com 'Sambaflex'


Um dos mestres do sambalan�o (revelado em fins dos anos 50, mas projetado nos 60), o cantor, compositor e percussionista Orlandivo (foto) volta ao mercado fonogr�fico em janeiro, aos 68 anos, com o lan�amento do CD Sambaflex. Editado pela Deckdisc, o disco tem projeto gr�fico criado por Luiz Stein com inspira��o no molho de chaves, j� que uma das habilidades do artista sempre foi transformar chaves em inusitados instrumentos de percuss�o.

Nos primeiros dias de 2006, a gravadora vai distribuir para radialistas, jornalistas e DJs o single (capa acima) com a vers�o remixada da faixa Vou Bat� P� Tu - sucesso nos anos 70 na grava��o da dupla Baiano e os Novos Caetanos (formada pelos humoristas Chico Anysio e Arnaud Rodrigues). O remix feito pelo DJ Marcelinho Da Lua puxa o disco Sambaflex, que - al�m da faixa-t�tulo, parceria de Orlandivo com Beto Cazes - traz no repert�rio m�sicas como Eu Vendo um Samba, tema de autoria de Orlandivo em que Jovi Joviano insere um trecho falado no compasso do rap. H� ainda pot-pourri com Chavinha (Orlandivo e Roberto Jorge) e Bolinha de Sab�o (Orlandivo e Adilson Azevedo) - dois sucessos do cantor, nascido em Santa Catarina, mas criado no Rio de Janeiro.

Filme su��o sobre Beth�nia � po�tico, s� que n�o documenta vida e obra da diva

Resenha de filme
T�tulo: Maria Beth�nia - M�sica � Perfume
Diretor:
Georges Gachot
Cinemas: Circuito Esta��o

Cota��o: * * *

Sucesso de p�blico e cr�tica, o document�rio Vinicius deleita tanto os admiradores de Vinicius de Moraes como informa f�s de �ltima hora do Poetinha sobre a import�ncia, o pioneirismo e as paix�es de sua vida e obra. Em cartaz nos cinemas a partir desta sexta-feira, 23 de dezembro, Maria Beth�nia - M�sica � Perfume - filme dirigido pelo su��o Georges Gachot - � mel para os s�ditos da Abelha Rainha, mas falha na parte documental.

Gachot teve acesso � intimidade dos ensaios do show Brasileirinho e da grava��o do tributo de Beth�nia a Vinicius de Moraes que resultou no CD Que Falta Voc� me Faz, editado em fevereiro de 2005, mas gravado desde 2003. S� que, na falta de um roteiro mais profissional, o diretor se limita a mostrar flagrantes do processo de trabalho da cantora. Com poesia nas imagens colhidas nas cidades do Rio de Janeiro e de Santo Amaro da Purifica��o (BA), terra natal da cantora, mas pouco documento hist�rico - em que pesem os graciosos depoimentos de Dona Can�, Chico Buarque ("As cantoras t�m seus mist�rios") e Nana Caymmi.

Claro que os f�s de Beth�nia v�o adorar v�-la ouvindo e cantando em casa a Melodia Sentimental de Villa-Lobos (gravada para o CD Brasileirinho). Ou ent�o discutindo com os m�sicos o arranjo de Bom Dia Tristeza, a parceria de Vinicius de Moraes e Adoniran Barbosa que fez parte de seu tributo ao poeta. "Se n�o gostar do arranjo, eu canto a capella", amea�a a int�rprete, em tom levemente jocoso que ameniza a for�a de seu temperamento.

O problema � que, para os menos �ntimos do universo dram�tico e po�tico da artista, o document�rio nunca mostra como a t�mida menina interiorana que queria ser atriz em Santo Amaro da Purifica��o se tornou cantora admirada no Brasil por suas interpreta��es teatrais - refer�ncia e at� padr�o para muitas int�rpretes reveladas posteriormente. O depoimento do mano Caetano Veloso at� tenta contextualizar o surgimento de Beth�nia na cena nacional p�s-Bossa Nova, em 1965, no palco do show Opini�o, mas Gachot n�o desenvolve o lado biogr�fico.

A boa entrevista de Beth�nia procura elucidar sua rela��o sensorial com a m�sica - da� o t�tulo do filme. H� lindos n�meros musicais e imagens raras, como trechos de show popular realizado na Concha Ac�stica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), em junho de 2004. S� que a costura de takes, embora por vezes emocione pelo rica tessitura musical e po�tica da obra da artista, fica solta sem a aus�ncia de um fio condutor que amarre a narrativa. � mesmo para f�s.

Retr� 2005 - Dudu fez samba mais nobre

Na �rea do samba mais tradicional, Dudu Nobre (foto) lan�ou em 2005 o grande disco, Festa em meu Cora��o, que seu padrinho Zeca Pagodinho ficou devendo com seu mediano � Vera. Martinho da Vila tamb�m apresentou material in�dito de excelente qualidade em Brasilatinidade - inspirado e ousado disco de est�dio que teve sua vida abreviada em poucos meses pela MZA com o lan�amento precoce dos redundantes DVD e CD Brasilatinidade ao Vivo. Mas quem fez a festa foi mesmo Dudu, que misturou em seu melhor CD partidos do mais alto quilate (entre eles, Pega Geral e Vem pra C� pra Sambar) com sambas melodiosos que evocam as tradi��es da velha guarda (Pra Amenizar teu Cora��o). Sem falar em suas felizes releituras de j�ias das lavras dos pioneiros bambas Pixinguinha (Ya�) e Sinh� (Gosto que me Enrosco). Pena que Festa em meu Cora��o n�o tenha alcan�ado o sucesso comercial a que fazia jus num ano em que o samba foi sufocado nas paradas pela supremacia do sertanejo e, em menor escala, do ax�.

Simply Red recicla hits com classe

Resenha de CD
T�tulo: Simplified
Artista: Simply Red
Gravadora: Universal
Cota��o: * * *

O t�tulo do disco � engenhoso. A id�ia de reciclar sucessos, nem tanto. Mas o fato � que o Simply Red n�o perde a classe e a pose ao rebobinar seu repert�rio neste Simplified. Ainda que o CD soe como falta do que fazer na hist�ria de um grupo que empilhou alguns hits nos anos 80 (If You Don't Know me by Now, Holding Back the Years), atingiu seu auge comercial em 1991 com o lan�amento do �lbum Stars e, de l� para c�, nunca mais reviveu seu passado de gl�ria.

A maior novidade aqui � o molho de latinidade que tempera algumas faixas, sobretudo as duas primeiras: a in�dita Perfect Love e Something Got me Started. O balan�o latino � fruto da visita de Mick Hucknall e cia a Cuba no in�cio de 2005. Mas, como nenhum artista se d� ao luxo de perder dinheiro, os principais sucessos do Simply Red (For your Babies, Holding Back the Years e o cover de Ev'ry Time We Say Goodbye) reaparecem com suas formas e harmonias quase originais. No todo, Simplified � at� sofisticado. O tom jazzy de More � exemplo do refinamento buscado pelo grupo ingl�s neste ac�stico metido a besta.

Chico Neves faz o segundo de Seu Cuca

Chico Neves assina a produ��o do segundo CD do grupo carioca Seu Cuca (foto), Daqui pra Frente. A Som Livre vai lan�ar o disco em janeiro, mas duas faixas j� podem ser ouvidas na programa��o da televis�o. J� que Voc� N�o me Quer Mais toca na trilha do seriado juvenil Malha��o e ganhou clipe, em rota��o no canal Multishow. J� Rol� � o tema de abertura do programa hom�nimo do Sportv, canal da Globosat/Net. Outro destaque do repert�rio � Pecado Capital. A banda j� tem um CD lan�ado, Onde Voc� Estiver, cuja faixa-t�tulo obteve alguma repercuss�o no circuito indie carioca.
Quinta-feira, Dezembro 22, 2005

Capital Inicial n�o aprofunda hist�ria do Aborto El�trico em document�rio de DVD

Resenha de DVD
T�tulo: MTV Especial - Capital Inicial - Aborto El�trico
Artista: Capital Inicial
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * *

"Adolescente em Bras�lia vivia uma rela��o de amor e �dio. Era dif�cil ver um filme, um show. Se voc� n�o criasse o seu entretenimento, n�o ia ter o que fazer". A frase de Dinho Ouro Preto tenta situar o aparecimento do Aborto El�trico na tediosa cena brasiliense de 1978, ano que foi formado o primeiro grupo de Renato Russo. Depois de dois discos de in�ditas, o Capital Inicial revirou o ba� do Aborto e gravou 18 m�sicas da banda - metade in�dita e at� ent�o dispersa em cassetes empoeirados - em vigoroso CD que procurou captar o esp�rito punk da �poca. Com caprichado libreto que imita a arte de um fanzine, por excel�ncia o meio de comunica��o dos punks, o hom�nimo DVD ora lan�ado insere os registros destas m�sicas (em bem mixado �udio 5.1) em contexto narrativo que n�o chega a ter a consist�ncia de um document�rio.

O filme foi montado a partir de um passeio de Dinho com F� (bateria) e Fl�vio Lemos (baixo) - irm�os que fizeram parte do Aborto El�trico e, com o fim do grupo, passaram a integrar o Capital Inicial - por pontos de Bras�lia onde a lend�ria banda nasceu, cresceu e se dissolveu (no ver�o de 1982, quando acabara de fazer seu show de maior p�blico e repercuss�o). � curioso saber que o nome Aborto El�trico foi sugerido pelo n�o menos lend�rio guitarrista Andr� Pretorius (j� falecido) a partir da id�ia de batizar o grupo de Tijolo El�trico. � curioso tamb�m ver o breve depoimento de Pedro Ribeiro (irm�o do paralama Bi) - rara testemunha ocular do primeiro show do Aborto, realizado em 11 de janeiro de 1980 no bar S� Cana.

F� e Fl�vio Lemos revelam bem-humorados detalhes do cotidiano punk da �poca, como a mania de Renato Russo de enfrentar os policiais nas duras com perguntas do tipo "Qual o seu signo?". Mas o pretenso document�rio n�o vai al�m de uma colagem de depoimentos curiosos e da exposi��o de algumas raras fotos da �poca. Faltou um roteiro que aprofundasse mais a hist�ria do Aborto e que revelasse fatos que os pr�prios m�sicos j� n�o tenham contado nas entrevistas promocionais do CD.

Muita gente fala no filme - casos de Carmem Teresa Manfredini (irm� de Renato), Philippe Seabra (mentor da incendi�ria Plebe Rude, banda contempor�nea da cena brasiliense dos anos 80), Dado Villa-Lobos, Chris Benner (apresentada como "a primeira garota punk de Bras�lia") e Herbert Vianna, entre outros. Mas ningu�m vai al�m do superficial. O que salva o DVD s�o os n�meros musicais. Sem imitar o Aborto El�trico, o Capital Inicial soube recuperar as m�sicas do grupo no tom adequado e fez um dos melhores CDs de sua irregular discografia.

Selo Dubas revisita a Beth�nia dos 70

Depois de Elis Regina e Gal Costa, entre outros nomes, chegou a vez de Maria Beth�nia ganhar colet�nea na criteriosa s�rie Revisitada, do selo Dubas M�sica. Compila��es da cantora existem aos montes, mas Beth�nia Revisitada � especialmente interessante por abranger apenas os �lbuns de est�dio lan�ados pela artista na antiga gravadora Philips / Phonogram durante os anos 70. A sele��o vai do disco A Tua Presen�a... (1971) at� Mel (1979).

H� algumas obviedades no repert�rio (como Teresinha e Sonho Meu), mas, em sua maioria, as 13 faixas s�o lados b da discografia da Abelha Rainha, normalmente esquecidos nas s�ries de colet�neas periodicamente lan�adas pela Universal, a gravadora que det�m os direitos sobre a obra da cantora no per�odo.

Tr�s faixas - Folha Morta (Ary Barroso), A Tua Presen�a Morena (Caetano Veloso) e Olha o Tempo Passando (Dolores Duran e Edson Borges) - s�o do disco A Tua Presen�a..., j� reeditado em CD, mas fora de cat�logo h� anos. De Drama, �lbum de 1972 que tamb�m j� sumiu das prateleiras, Leonel Pereda e Ronaldo Bastos extra�ram Yans� (Gilberto Gil e Caetano Veloso), Anjo Exterminado (Jards Macal� e Waly Salom�o), a faixa-t�tulo e o medley que une Esse Cara (Caetano Veloso) e Bodas de Prata (M�rio Rossi e Roberto Martins).

De P�ssaro Proibido (1976), tamb�m fora de cat�logo, Beth�nia Revisitada inclui Festa (Gonzaguinha) e Amor, Amor (Sueli Costa e Cacaso). Mesmo para quem conseguiu comprar as reedi��es em CD desses discos, vale ressaltar que a cuidadosa remasteriza��o do selo Dubas - sempre feita a partir das fitas originais - melhora a qualidade do som. At� porque os discos de Beth�nia nunca foram reeditados com a devida remasteriza��o. Resta torcer para que, em 2006, a prometida caixa da Universal com os �lbuns dos per�odos 1971/1984 e 1989/1994. saia do papel e chegue �s lojas como um presente pelos 60 anos da int�rprete.

Retr� 2005 - A renova��o de Gal

A partir de hoje, e at� o dia 31, o colunista come�a uma retrospectiva com fatos e discos importantes que agitaram o mercado fonogr�fico em 2005. Para come�ar, a renova��o de Gal Costa (foto) com sua ida para a gravadora Trama e o lan�amento do �lbum muito apropriadamente intitulado Hoje. J� caminhando para as 40 mil c�pias vendidas (n�mero expressivo se levado em conta que o disco n�o teve um hit radiof�nico popular e que sua execu��o na televis�o se limita por ora � inclus�o da faixa Mar e Sol na trilha da novela Prova de Amor, da Rede Record), o CD trouxe frescor para a discografia da cantora. N�o que Gal estivesse fazendo �lbuns exatamente ruins. O distanciamento que somente o tempo proporciona ainda h� de mostrar no futuro que Todas as Coisas e Eu (2003) tinha seus muitos encantos. O problema � que Gal vinha de uma s�rie de discos com regrava��es. J� estava mais do que na hora de renovar seu repert�rio com in�ditas. Hoje cumpriu esse papel com brilho ao reunir um time de compositores n�o exatamente jovem, mas � margem do mercado. Na voz de Gal, estes autores come�aram a perder o carimbo de underground que insistia em esconder suas m�sicas do chamado grande p�blico. Foi um presente que a diva deu ao seu p�blico no ano em que festejou, com discri��o, seis d�cadas de vida.

CPM 22 chega ao segundo DVD

O quinteto CPM 22 lan�ou seu segundo DVD neste fim de ano. O sucessor de CPM 22 - O V�deo 1995 / 2003 se chama Felicidade Instant�nea DVD e traz vers�es de est�dio, com �udio 5.1, das m�sicas do CD hom�nimo, lan�ado pelo grupo no primeiro semestre. Al�m dos clipes dos hits Irrevers�vel e Um Minuto para o Fim do Mundo, o DVD traz imagens de bastidores da turn� promocional do �ltimo disco da banda.

Tiragem do Rei dimensiona a crise

A tiragem do novo �lbum de Roberto Carlos mostra a exata dimens�o da queda das vendas de CDs no Brasil e, em particular, do desgaste da obra do Rei junto aos seus s�ditos. O disco de 2005 (capa � direita) chegou �s lojas nos �ltimos dias com tiragem inicial de 260 mil c�pias. Nos �ureos tempos do mercado fonogr�fico, um �lbum do artista teria sa�do com tiragem m�nima de 500 mil unidades, podendo chegar a um milh�o - cifra em muitos anos alardeada pela gravadora Sony Music.

Talvez por isso mesmo, o atual diretor da Sony & BMG, Alexandre Schiavo, fez quest�o de revelar de antem�o - aos jornalistas presentes na entrevista coletiva concedida por Roberto Carlos para promover o CD - os expressivos n�meros de vendas das quatro primeiras caixas da cole��o Pra Sempre, que, de acordo com a Sony & BMG, j� est�o na casa dos 80 mil exemplares, totalizando 812 mil discos vendidos.
Quarta-feira, Dezembro 21, 2005

B Neg�o, a voz da 'Injusti�a' do Firebug

O rapper B Neg�o (foto) responde pelos vocais de Injusti�a, �nica faixa cantada em portugu�s do CD On the Move, gravado pela banda paulista de reggae Firebug, com produ��o do multi-instrumentista americano Victor Rice. O disco integra um pacote de reggae que a Deckdisc vai lan�ar em janeiro. Com exce��o de Injusti�a, todas as m�sicas t�m letras em ingl�s. Embora calcado no reggae, o som do grupo � um mix de ritmos e variantes jamaicanos como ska, dub e rocksteady. Al�m de produzir, Victor Rice tocou baixo e teclados em algumas faixas. O vocalista do Firebug, Felipe Machado, assina os versos de temas como Bad Trip e Keep the Rhythm. Gravado em S�o Paulo, On the Move foi idealizado basicamente para o mercado internacional, mas sai no Brasil.

Plebe disponibiliza in�dita em seu site

O sexto disco da Plebe Rude, R ao Contr�rio, j� foi inteiramente gravado e mixado. O grupo brasiliense atualmente finaliza a capa e negocia o lan�amento do CD para o primeiro trimestre de 2006. O repert�rio re�ne 11 in�ditas. Voto em Branco, m�sica composta pelo baixista Andr� X em 1980, � a preciosidade arqueol�gica do �lbum. "As negocia��es terminam em janeiro. O disco sai depois do Carnaval", avisa Philippe Seabra, l�der da Plebe.

Por ora, o quarteto - que conta desde o in�cio do ano com a adi��o de Clemente, dos Inocentes, nos vocais - disponibilizou em seu site oficial (www.pleberude.com.br), em arquivo mp3, a in�dita Mil Gatos no Telhado, de autoria de Philippe. Confira a letra:

Mil Gatos no Telhado
(Philipe Seabra)

�, mil gatos no telhado
Para o desavisado deveria bastar
Quem � que duvidaria
Da bandeira la de cima

Mas pra voc� n�o h� nada de errado, acorrentado sem saber

�, mil ratos no sobrado
Roendo aqui do lado, n�o ouve, n�o v�?
Ja vi essa hist�ria antes
Muda a data e os nomes e s� resta voc�

Sempre de bra�os cruzados, anestesiado pela f�

Veja voc�, o medo que ningu�m precisa ter
Se h� o que temer, que venha
Que algu�m foi antes de voc�

Condicionado pela vida
Enfrentando todo dia mesmo sem poder
Acostumado a rotina
De ser julgado a revelia por quem n�o te v�

Sempre estacion�rio
E o resultado sabe de cor

Mil gatos no telhado perante voc�
Mil ratos no sobrado perante voc�

Tom Z� no segundo disco do Momboj�

Tom Z� � um dos convidados do segundo disco do Momboj� (foto) - o septeto pernambucano que se destacou na cena pop de 2004 com o lan�amento de seu primeiro CD, Nada de Novo, que, ao contr�rio do t�tulo, trazia um original pop rock embebido em MPB. Contratado pela gravadora Trama, o grupo finaliza seu novo trabalho, cujo lan�amento est� previsto para mar�o ou abril. Tom Z� participa de Realismo Convincente, faixa que cita versos de seu samba T�, recentemente regravado por Z�lia Duncan. Outro destaque do repert�rio � Swinga, que traz na co-autoria Fernando Catatau, guitarrista do grupo Cidad�o Instigado. A produ��o do disco est� dividida entre L�cio Maia (m�sico da Na��o Zumbi) e Ganja Man (do coletivo Instituto). Na foto acima, clicada por Dagoberto Donato, um flagrante do Momboj� em est�dio.

Show filmado em Londres, em 1994, mostra o Radiohead antes da (r)evolu��o

Resenha de DVD
T�tulo: The Astoria London Live - 27 5 94
Artista: Radiohead
Gravadora: EMI
Cota��o: * * *

Em 27 de maio de 1994, quando subiu a um palco alternativo de Londres para fazer um show que seria gravado e editado em VHS, o quinteto ingl�s Radiohead contabilizava apenas dois anos de carreira e um �lbum lan�ado, Pablo Honey, que fez algum sucesso em 1993 por conta da faixa Creep. Tratava-se de um grupo ainda na cola do Nirvana, sem a identidade e o som pr�prios que gerariam em 1997 um dos mais emblem�ticos discos da d�cada de 90, Ok, Computer. � esse Radiohead ainda em est�gio inicial, mas n�o exatamente embrion�rio, que aparece neste DVD ora lan�ado pela EMI com a transposi��o do VHS da �poca para a tecnologia do v�deo digital.

Para come�o de conversa, o �udio em PCM Stereo � apenas aceit�vel. Mas o que conta aqui � o documento de fase do grupo quase obscura para incont�veis f�s que vieram depois da (r)evolu��o de 1997, quando a banda, j� distanciada da heran�a grunge, incursionou por um rock mais experimental. Filmado com c�meras excessivamente fren�ticas, que n�o se fixam por longo tempo num determinado �ngulo da cena, o show tem sua import�ncia porque apresentou no repert�rio m�sicas ent�o in�ditas que entrariam no segundo disco do grupo, The Bends, editado em 1995 com j�ias melanc�licas como a balada Fake Plastic Trees, obviamente inclu�da no roteiro da apresenta��o.

Conv�m questionar a raz�o de a EMI n�o editar um DVD com show mais recente cujo repert�rio abrangesse toda a discografia do Radiohead. Este v�deo vale como registro de momento espec�fico da trajet�ria dos m�sicos e se sustenta na energia mostrada por eles no palco - especialmente pelo carism�tico vocalista Thom Yorke. Nada mais.

Rei vai filmar seu terceiro DVD em navio

O terceiro DVD de Roberto Carlos ser� filmado durante os shows que o cantor far�, de 11 a 18 de fevereiro, no Transatl�ntico Costa Victoria, dentro da edi��o 2006 do projeto Emo��es pra Sempre em Alto Mar. O lan�amento do v�deo dever� ocorrer pr�ximo do Dia das M�es - data em que normalmente aumenta a procura por CDs e DVDs do cantor. O Rei j� tem dois DVDs editados: o primeiro trouxe a grava��o de seu Ac�stico MTV. O segundo registrou apresenta��o do artista no est�dio do Pacaembu (SP).
Ter�a-feira, Dezembro 20, 2005

Banda do ex-baixista de Charlie Brown lan�a seu primeiro CD no in�cio do ano

Nova Era de Aquarius � uma das m�sicas do primeiro CD da banda Revolucionn�rios (foto), formada por Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Jr. - grupo que abandonou por discord�ncias com seu l�der Chor�o. Produzido por Tadeu Patolla, que lan�ou o Charlie Brown no mercado fonogr�fico na segunda metade dos anos 90, o disco se chama Retratos da Humanidade e vai sair no in�cio de 2006. Al�m de Champignon, que acumula baixo e vocal, o quinteto � formado por Diego Righi (percuss�o), F�bio Caveira (guitarra), Nando Martins (guitarra) e Pablo Silva (bateria). O som � um rock pesado misturado com reggae e rap - nada assim t�o diferente do antigo grupo de Champignon. Na foto, F�bio n�o aparece porque ainda n�o havia entrado na banda.

Grupo Franz Ferdinand j� contabiliza 14 m�sicas novas para seu terceiro disco

A produ��o autoral do grupo Franz Ferdinand (foto) continua incessante. Revela��o de 2004, com o incensado �lbum Franz Ferdinand, o quarteto escoc�s j� tem 14 m�sicas prontas (ou quase) para seu terceiro disco e dever� entrar em est�dio j� em janeiro para come�ar a formatar o sucessor de You Could Have It so Much Better - um dos CDs mais elogiados pela cr�tica internacional em 2005. Cinco dessas 14 novas m�sicas j� est�o sendo buriladas pela banda nas passagens de som de seus shows.

Constru��o de Faf� vaza na internet

No disco Tanto Mar, em que interpreta somente m�sicas de Chico Buarque, Faf� de Bel�m acabou n�o incluindo releitura de Constru��o (1971), mas o registro ao vivo do tema, apresentado no show de lan�amento do CD, j� foi disponibilizado extra-oficialmente na internet, em sites que oferecem arquivos mp3 de forma ilegal. Faf� (na foto com Chico, durante a grava��o do �lbum) ficou surpresa, mas atribuiu o vazamento ao car�ter ousado do registro da m�sica - (des)arranjada pelo maestro Jo�o Rebou�as.

Por ora, � a �nica forma de os f�s da cantora ouvirem sua interpreta��o desse cl�ssico da obra do compositor, j� que Faf� ainda n�o concretizou seu plano de lan�ar um DVD com a grava��o do show Tanto Mar.

Flausino e Sideral no disco do Motir�

Formado por DJ Hum e Lino Crizz, o duo de rap Motir� (foto) conta com a participa��o dos irm�os Rog�rio Flausino (o vocalista do Jota Quest) e Wilson Sideral no seu primeiro disco, na faixa Malandragem, Se Segure (Booty Ooty). Produzido por DJ Hum com mix de elementos de reggaeton, rhythm and blues e at� jazz em seu rap, o CD Um Passo � Frente - Epis�dio 1 traz tamb�m a voz do dissidente Cabal - que deixou o grupo seduzido por contrato solo oferecido pela Universal Music - em Senhorita, hit dos bailes e r�dios que impulsionou a carreira fonogr�fica do Motir�.

As raridades n�o t�o raras dos Stones

Resenha de CD
T�tulo: Rarities 1971 - 2003
Artista: Rolling Stones
Gravadora: EMI
Cota��o: * * *

Fi�is devotos do rock'n'roll, os Rolling Stones prestaram tributo ao pioneiro Chuck Berry em 1971 quando regravaram Let It Rock e inclu�ram o cover ao vivo no lado B do single de Brown Sugar. O guitarrista Mick Taylor ainda integrava o grupo. A faixa � um dos destaques da colet�nea Rarities 1971 - 2003, idealizada e vendida nos EUA por uma loja de departamentos, mas editada pela EMI no mercado nacional de forma convencional por conta da expectativa pela vinda do quarteto ao Brasil para show gratuito agendado para 18 de fevereiro, na praia de Copacabana, no Rio.

A compila��o re�ne 16 fonogramas extra�dos de registros de shows e de lados b de singles, al�m de alguns remixes como a vers�o estendida de Miss You, lan�ada em vinil em 1978, em pleno apogeu da disco music. Por aqui, as faixas s�o realmente raras, em sua maioria, j� que a ind�stria fonogr�fica brasileira nunca se habituou a lan�ar singles de forma regular, sobretudo os estrangeiros. Mas o disco n�o parece esvaziar o ba� dos Stones. Mesmo porque inclui embustes como a vers�o ac�stica de Wild Horses, dispon�vel no �lbum Stripped, de 1995.

Se voc� � f� dos Stones, mas n�o tem todos seus �lbuns originais e tampouco se importa com o fato de as grava��es serem mais ou menos raras, vai reverenciar o CD com raz�o. Primeiro, porque os registros ao vivo - em especial Beast of Burden, captado em show de 1981 - mostram que o grupo sempre deu conta do recado no palco. Segundo, porque tem um ou outro lado b que merecia estar no lado a - casos do Fancy Man Blues (lan�ado em single de 1989) e de outro blues da pesada, Wish I'd Never Meet You.

Pelo conjunto da obra, os Stones merecem uma caixa com as verdadeiras j�ias de seu ba�. Por ora, este Rarities 1971 - 2003 cumpre seu papel de aumentar ainda mais a ansiedade dos f�s enquanto 18 de fevereiro n�o chega.
Segunda-feira, Dezembro 19, 2005

Baleiro vai gravar can��es portuguesas

Al�m de um CD infantil e de outro com m�sicas de letras pornogr�ficas, Zeca Baleiro (foto) tem engatilhado mais um projeto fonogr�fico. O cantor planeja gravar disco com m�sicas de compositores portugueses. A id�ia do artista � unir no repert�rio fados tradicionais ao pop lusitano contempor�neo. Idealizado para o mercado de Portugal, o �lbum tem lan�amento previsto para o segundo semestre de 2006 e poder� vir a ser lan�ado tamb�m no Brasil.

A prop�sito, Baleiro lan�ou seu �ltimo CD, Baladas do Asfalto & Outros Blues, primeiramente em Portugal, com faixa-b�nus exclusiva para a edi��o lusitana. Trata-se de Fr�gil, m�sica de autoria do compositor portugu�s Jorge Palma.

Chico finaliza disco e s�rie de TV

Chico Buarque (� direita num flagrante no est�dio da Biscoito Fino, durante as sess�es de grava��o de seu disco de in�ditas) concilia a finaliza��o do CD com a filmagem dos tr�s �ltimos epis�dios da s�rie dirigida por Roberto de Oliveira para o canal DirecTV. O 10� programa focar� sua obra cinematogr�fica. O epis�dio seguinte ter� como tema a vertente infantil da m�sica do compositor. J� o 12� e �ltimo programa recordar� os primeiros passos do artista na vida profissional.

J� o disco - com lan�amento j� confirmado para 2006 - traz a participa��o da cantora M�nica Salmaso na faixa Sempre. Al�m de can��es como Outros Sonhos, Embebedado (parceria inaugural com Jos� Miguel Wisnik), As Atrizes, Risotto Nero (com S�rgio Bardotti), Fora de Hora (tema composto com Dori Caymmi para o filme Lara) e Renata Maria (sua primeira m�sica com Ivan Lins, lan�ada por Leila Pinheiro em dueto com o pr�prio Chico), o artista fez parcerias com o baterista Wilson das Neves e com o violonista Luiz Cl�udio Ramos.

CD lembra Gardel, morto h� 70 anos

Carlos Gardel - Uma Paix�o Argentina � a colet�nea (capa � esquerda) da Warner Music que lembra os 70 anos da morte do cantor de tangos Carlos Gardel - desaparecido precocemente aos 44 anos, em 24 de junho de 1935, quando o avi�o que o levaria da Col�mbia � Argentina explodiu na decolagem. A compila��o re�ne 20 grava��es feitas por Gardel entre dezembro de 1927 (Mano a Mano e La Cumparsita, sucessos registrados na cidade espanhola de Barcelona) e mar�o de 1935 (Volver, El Dia que me Quieras, Lejana Terra M�a, Guitarra M�a e Sus Ojos se Cerraron - fonogramas gravados em Nova York). Apesar da proje��o internacional conquistada nos anos 20 e 30, Gardel era de fato a paix�o argentina da �poca, mas vale lembrar que nascera na Fran�a, em Toulouse, em 11 de dezembro de 1890.

Jorge Vercilo produz tia e lan�a ao vivo

O �ltimo disco de Jorge Vercilo (foto), Signo de Ar (2005), n�o reeditou o sucesso do anterior Livre (2004) e, sobretudo, do campe�o de vendas Elo (2002), mas o cantor continua com produ��o fonogr�fica regular e em alta na gravadora EMI. Al�m de dar os �ltimos retoques em DVD e CD ao vivo, previstos para 2006, Vercilo produz o disco independente que marcar� a volta � cena de sua tia, Leda Barbosa, cantora em atividade nos tempos da R�dio Nacional. Para o �lbum, ele comp�s o samba Trov�es e Vendavais. A faixa traz um dueto do sobrinho com sua tia.

Ser ou n�o ser o primeiro DVD de Zizi Possi: eis a quest�o do v�deo 'Per Amore'

V�rios leitores deste blog comentaram a resenha do DVD Pra Ingl�s Ver... e Ouvir - rec�m-lan�ado por Zizi Possi - e chamaram a aten��o para o fato de a cantora j� ter um DVD no mercado, Per Amore (capa � esquerda), omitido pelo colunista ao se referir ao novo v�deo digital como o primeiro de Zizi. De fato, o registro do show em italiano da int�rprete j� foi lan�ado no formato de DVD pela gravadora Universal, trazendo inclusive nos extras os clipes de L'Aurora e Per Amore. Mas, no caso, houve apenas a transposi��o do v�deo em VHS para a tecnologia digital. Por isso, o colunista entende que Pra Ingl�s Ver... e Ouvir � o primeiro DVD realmente gravado e idealizado por Zizi para tal formato. Seja como for, fica o registro para quem pensa diferente e considera o atual DVD o segundo na videografia da artista.
Domingo, Dezembro 18, 2005

Ouvir Zizi Possi em ingl�s � puro prazer

Resenha de CD / DVD
T�tulo: Para Ingl�s Ver... e Ouvir
Artista: Zizi Possi
Gravadora: TBM Records
Cota��o do CD: * * * *
Cota��o do DVD: * * * * *


H� quem ou�a discos de Zizi Possi buscando a cantora especialmemte iluminada dos CDs Sobre Todas as Coisas (1990) e Valsa Brasileira (1993). Estes dois antol�gicos trabalhos marcam o estabelecimento de um padr�o est�tico na discografia da artista que, a rigor, come�ara a ser esbo�ado em Estrebucha Baby (1989) e foi desenvolvido em trabalhos seguintes como Mais Simples (1996) e o injusti�ado Bossa, disco de 2001 nunca aplaudido na medida de sua sofistica��o. � este refinamento est�tico minimalista que Zizi reedita neste primoroso Para Ingl�s Ver...e Ouvir, ora lan�ado nos formatos de CD (o 18� de carreira fonogr�fica iniciada em 1978) e DVD (o primeiro da artista).

Sem lan�ar disco desde 2001, Zizi volta cantando somente em ingl�s na sua primeira grava��o ao vivo. No caso da cantora, vale logo dizer que seu registro no palco � normalmente id�ntico ao do est�dio tamanho seu dom�nio e virtuosismo vocal. "O show de Zizi escorre como mel em cima da gente. Ela faz o que quer da voz", resume nos extras o ator Paulo Autran, um dos convidados da grava��o realizada em 6 de agosto no Teatro Shopping Frei Caneca, em S�o Paulo (SP).

Por ser a reprodu��o de show idealizado no ano passado para apresenta��o na casa paulista Bourbon Street, o projeto ao vivo de Zizi Possi foge do car�ter retrospectivo de discos do g�nero. Todos os 18 n�meros do DVD (13 no CD) s�o in�ditos na voz da cantora, que j� interpretava repert�rio poliglota em seu primeiro show profissiomal, Ta�, apresentado em 1976 em Salvador (BA) - como lembra nos extras do DVD seu irm�o Jos� Possi Neto, diretor de Para Ingl�s Ver...e Ouvir.

Al�m de trazer o registro quase integral do recital (as m�sicas Yesterday e Close to You foram suprimidas da sele��o final), o DVD supera o CD por proporcionar ao espectador a observa��o do gestual da cantora. Como tamb�m observa Possi Neto com muita propriedade, a m�scara facial de Zizi no palco � elemento fundamental de seu trabalho. � atrav�s dela - acrescenta o colunista - que ficam mais evidentes as inten��es e as nuances de cada n�mero.

Zizi � detalhista. E � na observa��o do detalhe que consiste muito do puro prazer de v�-la e ouvi-la entoar classudo repert�rio de standards como The Man I Love, Moon River, Ruby, Fever e Love for Sale. Seja o tom et�reo do refr�o de Fly me to the Moon, introduzido pela atmosfera a�rea criada pelo arranjo do maestro Jether. Seja o clima de cabar� que permeia Dream a Little Dream of me, n�mero de apropriadas caras e bocas. Ou ainda a divis�o inusitada de Do You Wanna Dance? - sucesso de Johnny Rivers.

A perfeita emiss�o vocal de Zizi enobrece baladas como Love of my Life e I Don't Wanna Talk about It - lan�adas por Queen e Rod Stewart, respectivamente - e at� um reggae como o politizado Redemption Song, que reaparece incrivelmente fora do universo jamaicano. Como verdadeira diva da can��o, Zizi tem a capacidade de uniformizar autores d�spares como Bob Marley e Cole Porter.

H� quem acuse nos �ltimos trabalhos da cantora um tom excessivamente cool. Para Ingl�s Ver... e Ouvir segue essa linha no in�cio e vai ganhando peso e calor � medida que avan�a. A ponto de ferver no soul Unchain my Heart e na releitura roqueira de Come Together. Mas a parte cool nunca soa inferior ao bloco hot. Em qualquer clima, ouvir Zizi Possi cantar em ingl�s � puro prazer. Um deleite para quem entende seu apuro est�tico.

Gravadora dos Beatles processa EMI

Dona do acervo fonogr�fico dos Beatles (foto), a gravadora Apple Corps Ltd - criada pelo grupo nos anos 60 - est� processando a EMI Music e a Capitol Records, companhia ligada ao grupo EMI. O processo foi aberto na Justi�a de Londres, mas vai tramitar tamb�m pelos tribunais de Nova York. Os dois Beatles remanescentes, Paul McCartney e Ringo Starr, reivindicam 30 milh�es de euros, por conta de royalties supostamente n�o pagos pela EMI � Apple. � a EMI que, atrav�s de acordo com a Apple, reedita no mundo inteiro os discos dos Fab Four.

Humberto Barros une rock e instrumental brasileiro no CD que vai lan�ar em mar�o

Pianista admirado na cena pop nacional, j� tendo tocado com nomes como Kid Abelha e Lob�o, o cantor e compositor Humberto Barros vai lan�ar em mar�o, pelo selo carioca Psicotr�nica, seu segundo disco, O Mundo Est� Fervendo (capa � direita). No sucessor de Do Nada ao Tudo (Net Records, 2001), Barros procura conciliar a linguagem do rock com a m�sica instrumental brasileira. Um trio formado por Marcelo Linhares (baixo), Cristiano Crochemore (guitarra) e Juliano Zanoni (bateria) acompanha o pianista no CD.

A 'caipirinha' de Bebel e Mike Patton

Tem lan�amento previsto para o primeiro semestre de 2006 o disco - provisioriamente intitulado Peeping Songs - em que o ex-vocalista do grupo Faith no More, Mike Patton, faz duetos com cantoras como Bj�rk, Bebel Gilberto (foto) e Norah Jones. A faixa da qual participa Bebel se chama Caipirinha.

Catedral profana sucesso da Blitz

Grupo que migrou da seara evang�lica para a m�sica dita secular, o Catedral (foto) incluiu como faixa-b�nus de seu novo CD, Atemporal, a recria��o de um sucesso da Blitz, A Dois Passos do Para�so. A grava��o foi feita para a trilha da novela Prova de Amor, da Rede Record.

O disco Atemporal traz essencialmente no repert�rio m�sicas j� gravadas pela banda no per�odo 1994/1998 - al�m de algumas in�ditas como Chegou a Hora de Dizer a Verdade, Em Outro Pa�s, Cidade e o tema que batiza o CD.

Paralelamente, o vocalista do Catedral, Kim, lan�a mais um disco solo, Meu Destino � Voc�, cujo track-list inclui covers dos repert�rios de Michael Jackson (Music and me), Charles Aznavour (She) e Nat King Cole (Quizas, Quizas, Quizas).
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