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Sábado, Agosto 20, 2005

Clássico de Patti Smith ganha edição dupla comemorativa de seus 30 anos

Clássico da discografia pré-punk, Horses - o primeiro álbum de Patti Smith, lançado em 1975 - ganha em novembro edição comemorativa de seus 30 anos. Intitulada Horses Horses, a reedição chegará às lojas no formato de álbum duplo. O disco 1 traz os fonogramas originais e o cover de My Generation, clássico do The Who, recriado por Smith como lado b de um single. O disco 2 traz as versões ao vivo das músicas de Horses, gravadas em show feito pela artista em Londres, em junho.

A Universal e o universo de Zélia


Recebido por unânimes críticas elogiosas, o oitavo disco de Zélia Duncan (na foto, num clique atual de Nana Moraes), Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band, saiu com minguada tiragem inicial de cinco mil cópias - número incompatível com a trajetória da cantora, mesmo levando-se em conta a crise que asfixia a indústria fonográfica nacional. Nova tiragem suplementar de cinco mil exemplares foi fabricada e já foi para as lojas, no embalo da turnê de lançamento do CD, mas o fato é que já circulam nos bastidores notícias de que o caminho trilhado por Zélia desde o disco Sortimento (2001) - e radicalizado no primoroso novo álbum - teria descontentado a gravadora Universal. A própria cantora já estaria consciente de que a companhia não vai investir tanto em Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band como seria de esperar.

Se o disse-me-disse tiver algum fundo de verdade, é uma pena. Zélia correu sério risco de ficar presa ao formato pop folk de seu (bom) início de carreira e já estava dando sinais de cansaço como compositora, mas soube fazer a transição rumo a um pop de sotaque mais brasileiro e variado. Sua música se revigorou. E sua platéia tem se renovado e não se limita mais às moças fiéis dos tempos de hits como Catedral. Seria sensato que a Universal apoiasse a artista nessa renovadora fase. As vendas poderão não ser incríveis num primeiro momento, mas, a médio prazo, a companhia teria um catálogo de peso e poderia lucrar com ele como a EMI, por exemplo, atualmente lucra com a obra gravada nos anos 70 por Paulinho da Viola. Além do mais, Tudo ou Nada - uma das faixas deliciosas do disco de Zélia - é hit nato. Resta saber trabalhar nas rádios a pérola de Itamar Assumpção e Alice Ruiz.

Paulinho destila sentimentos com elegância em coletânea de intérprete


Resenha de disco
Título: Intérprete
Artista: Paulinho da Viola
Gravadora: EMI
Cotação: * * * * *

"Sentimentos / Em meu peito eu tenho demais", canta Paulinho da Viola nos versos iniciais de Sentimentos. A obra-prima de Miginha é uma das 14 faixas de Intérprete, caso raro de coletânea com conceito. O compositor sempre lapidava uma ou duas jóias alheias em seus discos autorais. O produtor José Milton reuniu as mais expressivas em compilação chique como o artista. E o luxo não se limita à embalagem em digipack. Paulinho sempre teve nobreza ao destilar os sentimentos contidos nos versos que canta. A dor interiorizada na sua releitura de Nervos de Aço (lançada no disco homônimo de 1973) é exemplo tão magistral de interpretação que o tema de Lupicínio Rodrigues abre a coletânea. Com a mesma elegância e intimismo, o cantor transmite a alegria lírica de Nova Ilusão (Pedro Caetano e Claudionor Cruz) e a amargura contida em Duas Horas da Manhã (Nelson Cavaquinho e Ary Monteiro) e em Não Quero Mais Amar a Ninguém (Zé da Zilda, Cartola e Carlos Cachaça). De quebra, ainda põe densidade num samba-canção de Noel Rosa e Vadico, Pra que Mentir? - outro destaque de compilação obrigatória para quem não tem os álbuns originais de Paulinho da Viola, hábil artesão das palavras próprias e alheias.

Gêmeos Keops & Raony formam a dupla Medulla para lançar seu primeiro CD

Contratados pela Sony Music ainda em 2003, os gêmeos adolescentes Keops & Raony - que fazem um rap temperado com ingredientes de rock e letras de cunho sócio-político - finalmente vão lançar em setembro seu primeiro disco, O Fim da Trégua. Hoje com 17 anos, os gêmeos pernambucanos tiveram que adotar um nome artístico para a dupla, Medulla. Eles assinam nove das dez faixas do CD, inclusive Munição na Mamadeira, eleita a música de trabalho. A exceção é O Velho, do repertório de Chico Buarque. Parceiro de Keops & Raony em alguns temas, o guitarrisa Peu produziu oito faixas.

O disco de Keops & Raony começou a ser gravado no início de 2004. Mas a dupla amargou período de geladeira por conta da reestruturação da companhia em virtude da fusão com a BMG.
Sexta-feira, Agosto 19, 2005

O novo de McCartney


Esta é a capa do 20º álbum de estúdio da carreira solo de Paul McCartney, Chaos and Creation in the Backyard. Com lançamento mundial agendado para 12 de setembro, o disco reúne 13 músicas produzidas por Nigel Godrich nos últimos dois anos, entre Los Angeles e Londres. Godrich já trabalhou com nomes como Radiohead e Travis. Pela ordem, as faixas são Fine Line, How Kind of You, Jenny Wren, At the Mercy, Friends to Go, English Tea, Too Much Rain, Certain Softness, Riding to Vanity Fair, Follow me, Promisse me to your Girl, This Never Happened Before e Anyway.

Morrissey grava álbum em Roma

No embalo da boa receptividade de seu último disco de estúdio (You Are the Quarry, lançado em 2004 após hiato fonográfico de sete anos), Morrissey pretende começar a gravar um novo álbum já em setembro. A novidade é que o CD será feito em Roma.

'Hoje', o CD de Gal, já toca nas rádios


Parceria de Lokua Kanza com Carlos Rennó que abre o novo CD de Gal Costa, Hoje (capa acima), Mar e Sol começa a tocar oficialmente nas rádios a partir desta sexta-feira, 19 de agosto. O disco marca a estréia da cantora na gravadora independente Trama e chega às lojas no dia 31. Produzido por César Camargo Mariano, o álbum traz 14 faixas - a maioria de compositores da cena alternativa. Pela ordem, as faixas são Mar e Sol, Voyeur (Péri), Pra que Cantar (Nuno Ramos), Te Adorar (Lokua Kanza e Carlos Rennó), Santana (Junio Barreto), Hoje (Moreno Veloso), Jurei (Nuno Ramos e Clima), Logus-Pe (Tito Bahiense), Luto (Caetano Veloso), Nada a Ver (Hilton Haw, Lenora de Barros e Marcos Augusto), Os Dois (Moisés Santana), Sexo e Luz (Lokua Kanza e Carlos Rennó, com a participação de Lokua), Embebedado (Chico Buarque e José Miguel Wisnik) e Um Passo à Frente (Moreno Veloso e Quito Ribeiro).

Leonardo incorpora Ramalho, Roberto e Beto Guedes ao seu cancioneiro brega


Resenha de disco
Título: Leonardo Canta Grandes Sucessos Vol. 2
Artista: Leonardo
Gravadora: Sony BMG
Cotação: * *

As mais de 600 mil cópias vendidas em 2004 do CD Leonardo Canta Grandes Sucessos motivaram um segundo volume do projeto em que o astro sertanejo rebobina o cancioneiro brega nacional. A novidade é a incorporação de compositores como Beto Guedes (Sol de Primavera) e Zé Ramalho (através da surpreendente regravação de Garoto de Aluguel, tema sobre a prostituição masculina) em seleção popularesca que inclui sucessos de Nelson Ned (Tudo Passará), Amado Batista (Serenata) e Julio Iglesias (Hey e Me Esqueci de Viver, nas versões em português gravadas por José Augusto). O fato é que os arranjos cafonas (vários com adição dos inevitáveis corinhos) harmonizam todos os autores. Até uma pérola soul do repertório de Roberto Carlos (Eu Só Tenho um Caminho, de autoria de Getúlio Cortes) tem sua força diluída na carga sentimental do disco.

Menescal cultua a bossa original de 1958 no novo disco 'Balansamba' e cria selo

Roberto Menescal (foto) acabou de gravar o disco Balansamba, que vai inaugurar o selo Bossa58, da gravadora Albatroz. A idéia do compositor é reviver a bossa nova como ela era no início. Produzido por Márcio Menescal, filho do artista, o CD entrelaça no repertório músicas novas (Swingueira, Há Controvérsias) com clássicos do porte de Nanã (Moacir Santos), Mas que Nada (Jorge Ben Jor) e Tem Dó (Baden Powell e Vinicius de Moraes). A arte da capa é assinada por César Vilela, o designer que criava os célebres lay-outs dos discos da gravadora Elenco, nos anos 60. Previsto para outubro, o novo álbum de Menescal sairá no Brasil e no Japão. Entre os convidados, há Oscar Castro Neves.
Quinta-feira, Agosto 18, 2005

A capa dos Stones


Esta é a capa do novo álbum dos Rolling Stones, A Bigger Bang, que tem lançamento mundial programado para 5 de setembro. Pela ordem, as 16 faixas do disco são Rough Justice, Let me Down Slow, It Won't Take Long, Rain Fall Down, Streets of Love, Back of my Hand, She Saw me Coming, Biggest Mistake, This Place Is Empty, Oh no Not You Again, Dangerous Beauty, Laugh I Nearly Died, Sweet Neo Con, Look What the Cat Dragged in, Driving Too Fasty e Infamy.

EMI grava DVD de show que festeja com Erasmo os 40 anos da Jovem Guarda

A gravadora EMI decidiu registrar em DVD e CD ao vivo o show com que Erasmo Carlos, Wanderléa, The Fevers e Golden Boys vem percorrendo o Brasil para festejar os 40 anos da Jovem Guarda. O projeto foi intitulado 40 Anos de Rock Brasil - Jovem Guarda. A gravação foi agendada para 26 e 27 de agosto, na casa Tom Brasil, em São Paulo (SP). O repertório inclui obviamente os clássicos das velhas tardes de domingo (Alguém na Multidão, Erva Venenosa, Eu Sou Terrível, Pare o Casamento, Gatinha Manhosa, O Calhambeque), mas os Fevers extrapolam a época da Jovem Guarda com hits dos anos 70 como Vem me Ajudar e Mar de Rosas. Afinal, embora tenha surgido nos anos 60, o grupo somente fez sucesso mesmo na década seguinte. Enfim, vem aí mais um projeto revisionista bem ao gosto da indústria fonográfica.

Charlie Brown grava oitavo CD


A banda Charlie Brown Jr. sobreviveu ao racha do primeiro semestre e já grava seu oitavo disco no estúdio Midas, em São Paulo (SP). Sempre liderado pelo vocalista Chorão, o grupo conta com nova formação. Entraram o baixista Heitor e o baterista Pinguim. Voltou o guitarrista Thiago Castanho, integrante da formação original da banda. O lançamento do CD está previsto pela EMI para fim de setembro. A primeira música de trabalho será Lutar pelo que É Meu. O último álbum do grupo, Tamo Aí na Atividade, saiu no fim de 2004.

Ultraje repete piada em 'Acústico MTV'


Resenha de disco
Título: Acústico MTV Ultraje a Rigor
Artista: Ultraje a Rigor
Gravadora: DeckDisc
Cotação: * * *

A piada é velha, mas ainda faz rir. Embora Roger Moreira esteja cantando mal, até que o Acústico MTV do Ultraje a Rigor desce bem. Não tanto pela inédita Cada Um por Si e tampouco pelos arranjos padronizados que seguem a fórmula dos acústicos da MTV, mas pelo repertório. Ouvir o CD é constatar que o Ultraje criou um grande e imbatível primeiro álbum - Nós Vamos Invadir sua Praia, lançado em 1985, há exatos 20 anos - e nunca mais conseguiu reeditar a proeza da sua estréia. O melhor do seu acústico vem daquele disco clássico. A faixa-título ganhou orquestra. Ciúme ficou mais lenta, mas no refrão a banda pisa no acelerador. Inútil nunca esteve tão atual em tempos de mensalão e papos de impeachment. E ainda tem Rebelde sem Causa, Independente Futebol Clube... Entre no time do Ultraje e reviva um momento áureo que não volta mais.

Daniela canta Beatles, Bosco, Roberto, Djavan, Gil e Tom em 'Clássica'


Daniela Mercury já gravou disco de inéditas de forma independente e prepara o lançamento para este semestre. Mas, antes, a cantora volta às lojas via Som Livre através do CD e DVD Clássica, que trazem a gravação ao vivo feita pela cantora, no ano passado, no projeto Credicard Vozes, na casa Bourbon Street, em São Paulo (SP). No repertório, a ex-diva do axé se aproxima do universo da MPB e entoa músicas de autoria de Gilberto Gil (Se Eu Quiser Falar com Deus, Divino Maravilhoso), Roberto Carlos (Sua Estupidez), Djavan (Serrado), João Bosco (Corsário), Tom Jobim (Derradeira Primavera, Brigas Nunca Mais) e Chico Buarque (Atrás da Porta), além de um clássico dos Beatles (And I Love Her). Daniela assina Maria Clara e Aeromoça.

E por falar em Daniela Mercury, a artista virou dona de sua obra fonográfica. Com a rescisão do contrato com a Sony BMG, a cantora ficou com as matrizes de seus discos e tem o direito de reeditá-los no Brasil e no exterior. Aliás, Daniela acabou de lançar Carnaval Eletrônico na Espanha.

Filha de Joyce recria o nobre repertório de Nara no CD 'Samba Sincopado'

O repertório visionário de Nara Leão (1942-1989) foi recriado por Ana Martins, filha de Joyce, no CD Samba Sincopado, gravado para o mercado japonês e lançado no Brasil este mês pela Biscoito Fino. Ana já editou três discos no Japão, mas Samba Sincopado é o primeiro a sair no mercado nacional. A seleção inclui músicas de Paulinho da Viola (Recado e Coisas do Mundo, Minha Nega), Zé Kétti (Nega Dina e Diz que Fui por Aí), Francis Hime (Anoiteceu), Sidney Miller (um dos compositores preferidos de Nara, representado no disco por Maria e por Maria Joana), Assis Valente (Fez Bobagem), Chico Buarque (Morena dos Olhos d'Água, Homenagem ao Malandro e Madalena Foi pro Mar) e Nelson Cavaquinho (Pranto de Poeta), entre outros autores do primeiro time da música brasileira.
Quarta-feira, Agosto 17, 2005

Em 'Cru', Seu Jorge dilui suingue de sambista em baladas doloridas


Resenha de disco
Título: Cru
Artista: Seu Jorge
Gravadora: ST2
Cotação: * * *

Editado na Europa, este segundo CD solo de Seu Jorge sai enfim no Brasil. Aquém da estréia do artista, Samba Esporte Fino, o disco poderá decepcionar quem tem em mente aquele cantor cheio de manemolência e suingue do grupo Favela Carioca. O samba está no início do álbum (Tive Razão, Mania de Peitão) e no fim (Eu Sou Favela, faixa em que o artista expõe sua origem humilde e as injustiças sociais que cercam os moradores das comunidades pobres), mas Jorge dilui seu balanço entre doloridas e apaixonadas baladas de tom bluesy (Bola de Meia, São Gonça) e até uma bossa nova cantada em italiano (Fiore de la Città). Com doses fartas de melancolia, o repertório é embalado por violão, cavaquinho, percussão e discretos efeitos eletrônicos. Funciona - mesmo porque nada é mais preconceituoso do que esperar forçosamente de um artista negro brasileiro doses fartas de samba, suingue e alegria. Salve, Jorge!

Até Ivete cultua os anos 80

O culto aos anos 80 extrapola o território do pop e invade o terreno do axé. Ivete Sangalo decidiu batizar seu novo disco - com lançamento programado para novembro, pela gravadora Universal - de As Supernovas, numa alusão à série de compilações da década de 80, cujas capas traziam mulheres bonitas, geralmente em poses sensuais feitas em cima de motocicletas.

Multishow exibe no dia 26 o especial 'Anos 80', que será lançado em DVD e em CD ao vivo em setembro


O canal Multishow agendou para 26 de agosto, às 21h45m, a exibição do especial Anos 80, gravado em show na casa Olympia (SP) em 13 de junho, com a reunião de nomes emblemáticos da década, como Leo Jaime, Leoni, Ritchie, Nasi (do Ira!), Kid Vinil e Dinho Ouro Preto (do Capital Inicial). O programa será lançado em setembro nos formatos de DVD e CD ao vivo. Na foto, um flagrante de Leo Jaime durante a gravação do projeto da série Multishow ao Vivo. Leo canta As Sete Vampiras, Sou Boy (com Kid Vinil) e Should I Stay or Should I Go (com Nasi e Dinho Ouro Preto).

Trama disponibiliza o clipe da nova banda do ex-Libertines Pete Doherty

Expulso do The Libertines, pelo uso e abuso de drogas, Pete Doherty já formou nova banda, Babyshambles. O grupo britânico ainda não lançou seu primeiro álbum, previsto para outubro, mas já vem causando alguma repercussão na Inglaterra com o single Fuck Forever - cujo clipe já está disponível em streaming no site da Trama (www.trama.com.br). A gravadora vai editar no Brasil os discos do Babyshambles. O single sai em setembro no exterior.

Moacyr Luz lança CD no Japão

Em outubro, será editado no Japão o recém-lançado CD Violão & Voz - em que Moacyr Luz regrava músicas de sua autoria, como Coração do Agreste e Medalha de São Jorge, além de clássicos como Acontece, de Cartola. A brasileira DeckDisc acertou com a gravadora Tokuma a exportação do disco para o mercado japonês.
Terça-feira, Agosto 16, 2005

Magic Numbers habita o tempo da delicadeza com pop melódico e retrô


Resenha de disco
Título: The Magic Numbers
Artista:The Magic Numbers
Gravadora: EMI
Cotação: * * * *

Quase todo mês, um grupo (geralmente da Inglaterra) é apontado como a melhor banda de todos os tempos da última semana - como já ironizaram Os Titãs no título de seu disco de 2001. A bola da vez é o quarteto britânico The Magic Numbers, surgido em 2004 com dois integrantes ingleses e os outros dois de Trinidad. Não se trata da salvação da lavoura, mas o CD do grupo (editado este mês no Brasil) está bem acima da média da cena pop. O som retrô do Magic Numbers é melódico, meio folk e habita o tempo da delicadeza. Tem até algo de Beach Boys em faixas como Try. Os vocais melódicos de Love's a Game e o violino lírico de This Love não deixam dúvidas de que o quarteto cultua a harmonia como nos anos 50 e 60. Qualquer semelhança com The Mamas & the Papas, aliás, é uma mera e bem-vinda influência.

Biscoito Fino lança hoje três CDs dedicados à obra de Beethoven para inaugurar parceria com a Osesp

A Biscoito Fino lança nesta terça-feira, 16 de agosto, os três primeiros CDs da parceria firmada pela gravadora com a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). O evento acontece na livraria Argumento, no Leblon (RJ), a partir das 19h, com entrada franca. Os três discos são dedicados à obra de Beethoven. Dois - Abertura Coriolano Sinfonias nºs 1 e 4 e Abertura Egmont Sinfonias nºs 2 e 8 - são regidos pelo maestro John Neschling. O terceiro, Sinfonia nº 9, traz Roberto Minczuk como regente.

Milton vai aos EUA em outubro gravar com astros internacionais para DVD

Assim que terminar a turnê promocional do CD da trilha do filme O Coronel e o Lobisomem, composta com Caetano Veloso, Milton Nascimento vai embarcar para Nova York (EUA), em outubro, para fazer números com astros internacionais para complementar o DVD do show Pietá, já parcialmente gravado no Brasil. A idéia de Milton é documentar encontros com nomes como Paul Simon, Peter Gabriel, Wayne Shorter (saxofonista com quem o cantor dividiu o disco Native Dancer, de 1975), Joni Mitchell e o pianista de jazz Herbie Hancock.

Cream perpetua sua reunião em DVD e CD ao vivo previstos para outubro

Emblemático power trio dos anos 60, embora tenha durado apenas dois anos e gravado somente três álbuns, o Cream vai perpetuar em DVD e CD ao vivo - previstos para outubro - a reunião ocorrida em maio deste ano, em show no Royal Albert Hall. Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce reviveram os velhos tempos através de temas como Crossroads e Sunshine of your Love.
Segunda-feira, Agosto 15, 2005

Barbra Streisand se reúne com Barry Gibb 25 anos depois de 'Guilty'

Come Tomorrow e Above the Law são as faixas que puxam Guilty Pleasures, o álbum que reúne Barbra Streisand e o bee gee Barry Gibb, 25 anos depois do lançamento do primeiro e até então único disco da dupla, Guilty, editado em 1980. O lançamento está agendado para 20 de setembro, nos Estados Unidos, no formato de dualdisc. Gravado parcialmente no estúdio de Gibb, em Miami (EUA), o disco traz no repertório músicas como Night of my Life, Hideaway e Golden Dawn.

Caixa celebra os 80 anos de Nelson Sargento com quatro CDs do sambista

Completados em 2004, os 80 anos de Nelson Sargento - nascido em 25 de julho de 1924 com o nome de Nelson Mattos, segundo pesquisadores como Jairo Severiano e Ricardo Cravo Albin - estão sendo celebrados com um ano de atraso pela Rob Digital. A gravadora põe nas lojas em breve a caixa Nelson Sargento 80 Anos, que reúne os discos Sonho de um Sambista (lançado em 1979 pela Kuarup e reeditado em CD em 1995), Encanto da Paisagem (gravado em 1986 e relançado em 1996 no formato digital), Só Cartola (gravado ao vivo em 1998 ao lado de Elton Medeiros) e Flores em Vida (gravado em 2001, mas lançado em janeiro de 2002). Um belo presente para os fãs do samba poético de Sargento! Com ou sem atraso, que as flores sejam entregues em vida ao nobre sambista!

Menos é mais no CD do The Kills



Resenha de disco
No Wow
The Kills
Trama
Cotação: * * *

De passagem pelo Brasil na semana passada para shows em São Paulo e Pernambuco, The Kills é uma dupla formada por Alison Mosshart (a VV) e Jamie Hince (o Hotel) que - tal qual o White Stripes - alicerça seu som apenas na guitarra e na bateria (no caso, programada), com adição de ruídos eletrônicos. Neste seu segundo álbum, lançado no Brasil pela Trama, o duo mostra que menos é mais. Ecos de Patti Smith (sobretudo por conta da voz de VV) e do som pós-punk podem ser ouvidos em faixas como Love Is a Deserter e Mudermile. É um rock meio sujo que eventualmente alcança grande grau de beleza quando aposta na suavidade melódica, como na balada Rodeo Town. Vale conferir!

Marcha de Noel é tema de curta

Marcha de Noel Rosa, lançada em 1936 por Orlando Silva, Cidade Mulher é a música-tema do curta-metragem Tabu Totem, de Bruno Safadi. No filme (com exibição agendada para esta quarta-feira, 17 de agosto, às 20h30m, no Cine Odeon, no Centro do Rio), a marcha é interpretada pela cantora Clarice Prieto. Detalhe: Noel compôs a música para o cinema. Foi tema do filme homônimo.

Cor do Som grava DVD dia 24 no Rio com inéditas e hit dos Novos Baianos

Fora do mercado fonográfico desde 1996, quando lançou disco ao vivo com registro de show no Circo Voador, o grupo A Cor do Som vai gravar seu primeiro DVD em apresentação agendada para 24 de agosto, no Canecão. No show, dirigido por Jorge Fernando, o grupo recebe convidados como Moraes Moreira e Davi Moraes. No repertório, sucessos como Zanzibar, Abri a Porta e Menino Deus, além das inéditas Pela Beira do Mar (de Mu e Márcio Tucunduva), Oxalá (Armandinho e Fausto Nilo) e O Mundo Já Passou do Fim do Mundo (Dadi e Arnaldo Antunes). Outra novidade é a regravação de Os Pingo da Chuva, música lançada em 1973 no disco Novos Baianos F.C. - um dos mais importantes do grupo de Moraes Moreira.

Aliás, vale lembrar que A Cor do Som foi um grupo criado pelos integrantes que acompanhavam os Novos Baianos, nos anos 70, e que inovou ao tocar MPB e choro com sonoridade roqueira. O quinteto volta à cena com sua formação original. A saber: Armandinho (guitarra baiana e bandolim), Mu (teclados), Dadi (baixo), Ary Dias (percussão) e Gustavo Schroeter (bateria). O DVD e o CD ao vivo sairão pelo selo Performance Be Records, com distribuição da Som Livre.
Domingo, Agosto 14, 2005

Segundo álbum de Pitty tem mais peso, mas ainda não justifica tanto oba-oba em torno da roqueira baiana


Resenha de disco
Anacrônico
Pitty
DeckDisc
Cotação: * *
Muito oba-oba foi feito em torno de Pitty por conta do inquestionável sucesso de seu primeiro disco, Admirável Chip Novo, que emplacou várias faixas, teve clipes premiados e vendeu mais de 150 mil cópias desde o lançamento, em 2003. O CD não justificava tanta babação. Tinha um som anêmico indigno de uma artista que flerta com o hard rock. Cria da DeckDisc, adotada pela MTV, a roqueira baiana foi e continua sendo superestimada. O lançamento de seu segundo álbum, Anacrônico, sinaliza alguma evolução, mas confirma que Pitty ainda tem muita estrada pela frente. O som está mais pesado, roqueiro, com boa mixagem que prioriza as guitarras. Valeu realmente a pena ter masterizado o álbum em Los Angeles (EUA) com o técnico Brian Gardner, que trabalha com bandas como Foo Fighters e Queens of the Stone Age. As letras, meio urgentes, estão bem acima da média do universo adolescente, com destaque para Quem Vai Queimar?, Memórias e Na sua Estante. Merece também registro a hard balada Ignorin' You, cantada em inglês. Mas ainda falta a Pitty inspiração para compor músicas que reforçem sua identidade melódica no universo do rock pesado. Por ora, o maior peso de seu trabalho é o do marketing.

Dois discos do grupo de reggae Steel Pulse são reeditados com bônus

A Warner Music está reeditando no Brasil dois discos do grupo britânico Steel Pulse, com faixas-bônus. A politizada banda de reggae - que lançou em 1978 seu primeiro álbum, Handsworth Revolution - esteve em evidência nos anos 80. Os títulos reeditados são True Democracy (1982) e Earth Crisis (1984). Cada álbum volta ao catálogo com quatro faixas-bônus - na realidade, versões estendidas, remixadas ou em dub das músicas que mais se destacaram em seus respectivos repertórios.

Depeche Mode sai em outubro

Playing the Angel é o título do novo álbum do Depeche Mode, o primeiro desde Exciter, de 2001. O lançamento foi agendado para 17 de outubro. Antes, em 3 de outubro, sai o primeiro single, Precious. O disco terá 12 faixas. Pela ordem, as músicas são A Pain that I'm Used to, John the Revelator, Suffer Well, The Sinner in me, Precious, Macrovision, I Want It All, Nothing's Impossible, Introspectre, Damaged People, Lilian e The Darkest Star.

Caixa com oito CDs traz gravações inéditas de Ray Charles nos anos 50

Chega às lojas dos EUA em setembro uma caixa com oito CDs que reúne a obra gravada por Ray Charles na Atlantic Records nos anos 50, em seu início de carreira. Ray Charles Pure Genius: The Complete Atlantic Recordings (1952-1959) contabiliza 165 fonogramas, sendo que 27 são gravações raras ou mesmo inéditas. Trata-se de takes não aproveitados nos discos, diálogos de estúdio e algumas sessões registradas num quarto de hotel, em 1959. Um libreto de 80 páginas recupera os textos dos álbuns originais e apresenta um ensaio histórico de autoria do biógrafo de Charles, David Ritz. De quebra, a caixa ainda traz DVD com o registro inédito da apresentação do cantor no Newport Jazz Festival, em 1960.
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