Em 'Cru', Seu Jorge dilui suingue de sambista em baladas doloridas
Resenha de disco
Título: Cru
Artista: Seu Jorge
Gravadora: ST2
Cotação: * * *
Editado na Europa, este segundo CD solo de Seu Jorge sai enfim no Brasil. Aquém da estréia do artista, Samba Esporte Fino, o disco poderá decepcionar quem tem em mente aquele cantor cheio de manemolência e suingue do grupo Favela Carioca. O samba está no início do álbum (Tive Razão, Mania de Peitão) e no fim (Eu Sou Favela, faixa em que o artista expõe sua origem humilde e as injustiças sociais que cercam os moradores das comunidades pobres), mas Jorge dilui seu balanço entre doloridas e apaixonadas baladas de tom bluesy (Bola de Meia, São Gonça) e até uma bossa nova cantada em italiano (Fiore de la Città). Com doses fartas de melancolia, o repertório é embalado por violão, cavaquinho, percussão e discretos efeitos eletrônicos. Funciona - mesmo porque nada é mais preconceituoso do que esperar forçosamente de um artista negro brasileiro doses fartas de samba, suingue e alegria. Salve, Jorge!
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