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S�bado, Dezembro 10, 2005

Ana tenta renovar sua obra com Jorge, mas n�o consegue perder a aura brega

Resenha de CD e DVD
T�tulo: Ana & Jorge ao Vivo
Artista: Ana Carolina e Seu Jorge
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * *

O encontro de Ana Carolina e Seu Jorge no DVD e CD Ana & Jorge ao Vivo n�o chega a ser surpresa. No disco anterior da cantora, Estampado (2003), Ana apresentou duas parcerias com Jorge, N�o Fale Desse Jeito e O Beat da Beata - gravada com o parceiro em clima eletr�nico. A evolu��o do trabalho culminou com um show dividido pela dupla no projeto Tom Ac�stico, da casa paulista Tom Brasil. O show, que ia durar um fim de semana, ganhou apresenta��o extra na segunda-feira, 15 de agosto, para possibilitar seu registro em DVD que, mais tarde, acabou originando tamb�m um CD.

Afinidades � parte, Ana e Jorge s�o como �gua e vinho no mercado. Contratada pela major Sony & BMG, ela vive estupendo momento comercial. Com toda a pirataria, sua recente colet�nea na s�rie Perfil (da Som Livre) foi grande sucesso de vendas. Inserido no circuito fonogr�fico indie, ele vende pouco disco e acabou de lan�ar um segundo trabalho, Cru, que deixou no ar certa decep��o pela compara��o com o primeiro, Samba Esporte Fino. Mas � reverenciado no Brasil e virou figura requisitada na Europa por conta do sucesso mundial do filme Cidade de Deus - ainda que todo esse culto n�o tenha se traduzido em expressivas vendagens de discos. Em bom portugu�s, Ana tem o sucesso comercial que falta a Jorge. Jorge tem o prest�gio que falta a Ana, cuja obra est� caindo progressivamente numa aura brega refor�ada com o hit radiof�nico de Ana & Jorge, � Isso A�, a controvertida vers�o de Ana para The Blower's Daughter, obra-prima do compositor irland�s Damien Rice.

Esperta, Ana sabe que � hora de renovar sua obra antes que fique definitivamente marcada por can��es sentimentais de cunho passional. Sua inusitada parceria com Tom Z� em Brasil Corrup��o (Unimultiplicidade) - alardeada pela dupla na m�dia, na carona da perplexidade da na��o com o esc�ndalo do mensal�o - foi um primeiro passo nesse sentido. O projeto com Jorge - que traz a m�sica, precedida pela leitura do texto S� de Sacanagem, de Elisa Lucinda - � o prolongamento desse passo com a grava��o de repert�rio que adquire vi�s pol�tico em outra in�dita de Ana (Not�cias Populares, composta pela cantora depois de ter sofrido um assalto) e em temas como Problema Social e Z� do Caro�o (na parte solo de Jorge).

O problema que insiste em rodear Ana � a irregularidade de seu repert�rio. Se a melodiosa Brasil Corrup��o ainda segura um registro ao vivo e deixa boa impress�o, Not�cias Populares (sintomaticamente inclu�da apenas no DVD) mais parece um rascunho de m�sica. O vigor da letra � dilu�do pela fragilidade da melodia. A outra in�dita de Ana - Nega Marrenta, mais pr�xima da brasilidade que permeia a m�sica de Jorge - tamb�m em nada contribui para mudar o panorama irregular da obra autoral da compositora mineira. N�o � � toa que, mesmo in�dita, foi exclu�da da sele��o final do CD. Das novidades, a melhor � Comparsas, embolada em que Ana e Jorge trocam elogios no tom arretado dos repentistas nordestinos. � um n�mero realmente bacana - assim como Vestido Estampado, belo samba do disco anterior da cantora em que Jorge toca clarinete com eleg�ncia.

A prop�sito, o show � fiel ao tom ac�stico do projeto que o originou. A sonoridade � estruturada nos viol�es viris de Ana e Jorge, com eventuais incurs�es do violoncelo de Fl�via Mascare�o. O charme extra � ver Ana trocar o viol�o pelo baixo para acompanhar Jorge em Tanta Saudade, a bissexta parceria de Djavan e Chico Buarque, de 1980. Como int�rprete, Ana � excelente e segura, mas �s vezes carrega demais nas tintas como nas interpreta��es gritadas de Garganta e Chatterton, vers�o de Jorge para o tema de Serge Gainsbourg. J� Jorge parece meio deslocado quando visita com paradoxal eleg�ncia o repert�rio sentimental de Ana, como no dueto de Pra Rua me Levar.

Nos extras do DVD, a dupla canta com mais informalidade sambas de Ivone Lara em roda armada no Bar da Maria (SP). � quando Ana pega o pandeiro que a marcou j� em seu primeiro e melhor disco. Enfim, a cantora est� procurando novos ares e tons para renovar sua m�sica. Essa busca � salutar e merece ter continuidade - ainda que esse Ana & Jorge ao Vivo peque pela irregularidade.

Funk Como Le Gusta em DVD e box

O grupo paulista Funk Como Le Gusta est� lan�ando simultaneamente seu primeiro DVD, Ao Vivo (capa � esquerda), e um box que re�ne seu tr�s CDs. O v�deo foi gravado com c�meras de alta defini��o em 2 e 3 de setembro, em shows no Sesc Pomp�ia, em S�o Paulo. No repert�rio, sucessos do grupo, como 16 Toneladas, e covers dos repert�rios de Tim Maia (O Balan�o, 1973) e Gerson King Combo (Funk Brother Soul, 1978).

J� o box Funk Como Le Gusta - fabricado em edi��o supostamente limitada pela gravadora ST2 - inclui os �lbuns Roda de Funk, Funk Como Le Gusta Remix (com vers�es eletr�nicas das m�sicas do primeiro disco do grupo) e o recente FCLG.

Ruy Faria e Carlinhos Vergueiro caem no samba e no sertanejo em disco irregular

Resenha de CD
T�tulo: S� pra Chatear
Artista: Ruy Faria e Carlinhos Vergueiro
Gravadora: Fina Flor
Cota��o: * *

Ap�s sua sa�da do MPB-4, Ruy Faria formou dupla com Carlinhos Vergueiro e partiu para s�rie de shows que ganha este m�s registro em CD gravado ao vivo no Teatro Rival (RJ). Os dois cantores n�o primam exatamente pelo virtuosismo vocal - e Ruy agora j� n�o conta com o apoio das harmoniza��es vocais que valorizavam as grava��es do MPB-4. O que conta a favor do duo � a exposi��o do rico universo do samba. Ruy e Vergueiro enfileiram sambas mais ou menos conhecidos de Ismael Silva (Se Voc� Jurar, Pe�am Bis), Noel Rosa (o esquecido Seja Breve - a maior contribui��o do repert�rio - e Adeus, parceria com Ismael), Geraldo Pereira (Sem Compromisso, parceria com Nelson Trigueiro) e, claro, do amigo Chico Buarque (Injuriado, Deixa a Menina), entre outros. O disco seria mais homog�neo se a dupla n�o extrapolasse a fronteira do samba, mas Ruy e Vergueiro se aventuram pelo sert�o nordestino (O Canto da Ema, Kalu) e at� pela estrada sertaneja (em insossa interpreta��o da guar�nia Meu Primeiro Amor) com resultado bastante irregular. Ter� sido s� pra chatear?

DVD refaz a trajet�ria dos Beatles

Apesar de os pr�prios Beatles j� terem contado oficialmente sua hist�ria atrav�s dos v�deos da caixa Anthology, editados nos formados de VHS e DVD, h� sempre vers�es extra-oficiais sobre o come�o, meio e fim do grupo ingl�s. Editado este m�s no Brasil, via ST2, o DVD The Beatles - From Liverpool to San Francisco (capa � esquerda) refaz a trajet�ria dos Fab Four em document�rio dividido em dez cap�tulos. Nos extras, o DVD exibe outro document�rio, Beatles Across America. O material promocional promete entrevistas e imagens raras.

A saudade de C�ssia Eller � enorme como a voz e a integridade da cantora

C�ssia Eller faria 43 anos hoje, se n�o tivesse sa�do precocemente de cena em 29 de dezembro de 2001. A data rende homenagens, provoca reflex�es e faz brotar com mais for�a a inevit�vel saudade da cantora (na foto, de 1997, na �poca do lan�amento do disco Veneno Antimonotonia). C�ssia morreu no auge do sucesso. H� at� quem sustente que seu cora��o n�o suportou toda a press�o e stress decorrentes da fama desfrutada por ela naquele 2001 t�o feliz que acabou de forma tr�gica. Pode ser, mas � um fato imposs�vel de ser comprovado e, de todo modo, subjetivo. Certo � que, em 2005, C�ssia teria completado 15 anos de uma carreira fonogr�fica que come�ou estupenda - com aura meio marginal, mas constru�da no mainstream, fora do circuito indie - e que depois foi posta nos trilhos do sucesso pela diretoria da gravadora Universal, mas sem comprometer a integridade art�stica da cantora.

A prop�sito, � dif�cil imaginar o que teria acontecido com C�ssia depois daquele bem-sucedido Ac�stico MTV que a fez ficar conhecida por todas as classes e tribos. Ser� que teria repetido a f�rmula no disco seguinte? Ou - o mais prov�vel - ser� que teria se rebelado e gravado um CD pesado como o citado Veneno Antimonotonia, fruto de decep��o para sua gravadora na �poca? Perguntas que v�o ficar sem respostas. C�ssia n�o est� mais aqui. Resta sua obra - �s vezes pop, �s vezes punk. Mas sempre singular. Ningu�m cantou nem vai cantar como C�ssia Eller. Ela foi �nica, personal�ssima, e soube cruzar a fronteira entre o rock e a MPB. Por isso deixou tanta saudade...
Sexta-feira, Dezembro 09, 2005

Hits do Queen em ritmo de bossa nova

As m�sicas do Queen (foto) v�o virar bossa nova. Produzido no Brasil para o mercado japon�s, o CD Bossa Queen vai reunir releituras dos hits do grupo do saudoso Freddie Mercury em ritmo de samba e, sobretudo, da velha bossa. Parceria dos selos LAB 344 (de S�rgio Martins) e Argus, o projeto conta com as ades�es de nomes como Joyce (Love of my Life), Jane Duboc (Radio Ga Ga), Wanda S� (Friends Will Be Friends), Marcos Valle (You're my Best Friend), Cl�udia Telles (I Was Born to Love You), Cris Delanno (Crazy Little Thing Called Love), Roberto Menescal (Don't Stop me Now), Karla Sabah (A Kind of Magic), Danilo Caymmi (These Are the Days of our Lives), Renata Gebara (Killer Queen), Pery Ribeiro (We are the Champions) e Durval Ferreira (Under Pressure). Em maior ou menor escala, todos os int�rpretes j� s�o conhecidos no mercado fonogr�fico japon�s. O time de produtores do disco � formado por Roberto Menescal, Dudu Viana, Jane Duboc, Raymundo Bittencourt e Alex Moreira.

Grupo da Rocinha canta obra de Bosco

Jo�o Bosco (foto) tem sua obra regravada por um grupo oriundo da Escola de M�sica da Rocinha, projeto social criado em 1994 pelo pelo m�sico e professor alem�o Hans Ulrich Koch. O disco BanDaCapo Canta Jo�o Bosco re�ne 13 m�sicas do compositor mineiro, entre sambas e boleros como Dois pra L� Dois pra C�, Jade, Linha de Passe, Kid Cavaquinho, Cors�rio, Na��o, Papel Mach� e Mem�ria da Pele.

Entusiasta do projeto, Bosco cedeu gentilmente os direitos das m�sicas e participou do disco. Ele p�s voz e tocou viol�o em Malabaristas do Sinal Vermelho, a estupenda faixa-t�tulo de seu �ltimo CD de in�ditas.

F� de MPB, o grupo re�ne seis jovens m�sicos da favela carioca, cujas idades v�o de 19 a 25 anos. A BanDaCapo - que em 2003 fez turn� de 25 shows por 17 cidades da Alemanha - � formada por L�o Mendon�a (bateria), Carlson Barros (baixo), Lucca Correa (teclados), Rodrigo Ribeiro (guitarra e voz), Pedro Evan (viol�o, cavaquinho e voz) e Luana Mendon�a (voz e percuss�o). Todos os seis s�o ex-alunos e monitores da Escola de M�sica da Rocinha.

Artistas j� escolhem as m�sicas que v�o recriar dia 13 no tributo a Renato Russo

Os cantores e grupos que v�o participar da grava��o do tributo a Renato Russo (foto) - agendada para ter�a-feira, 13 de dezembro, na Fundi��o Progresso (RJ) - j� est�o escolhendo as m�sicas que ir�o interpretar no show que vai virar DVD, CD ao vivo e especial do canal Multishow. Banda contempor�nea da Legi�o Urbana na cena punk de Bras�lia do in�cio dos anos 80, a Plebe Rude, por exemplo, vai tocar Qu�mica, m�sica do repert�rio do Aborto El�trico que foi lan�ada pelos Paralamas do Sucesso. J� o Capital Inicial - que acabou de editar CD com m�sicas in�ditas do Aborto, o primeiro grupo de Russo - ficou de reviver Tempo Perdido, um dos hits do segundo �lbum da Legi�o, Dois (1986).

O grupo de reggae Cidade Negra escolheu �ndios, sucesso do mesmo disco. J� o Detonautas Roque Clube optou por Daniel na Cova dos Le�es, outra m�sica do recorrente repert�rio de Dois. O Pato Fu preferiu Eu Sei, hit do terceiro disco da Legi�o, Que Pa�s � Este? 1978 - 1987 (1987). Por sua vez, Toni Plat�o vai reviver o �pico Faroeste Caboclo, tamb�m do terceiro �lbum. Vocalista do Ira!, Nasi ficou com M�sica Urbana 2, enquanto o grupo Autoramas apresentar� releitura de T�dio (com um T Bem Grande pra Voc�).

O tributo conta ainda com as ades�es de nomes como a cantora Vanessa da Mata, o cantor Paulo Ricardo e os grupos Tit�s e Leela.

Gil, Luciana e Freire disputam o Grammy

Mais uma vez, a m�sica brasileira foi enquadrada na principal premia��o do Grammy sob o gen�rico r�tulo de world music contempor�nea. � nesta catetegoria que Gilberto Gil concorre ao trof�u de melhor disco com EletrAc�stico (capa � direita), �lbum ao vivo editado em novembro de 2004 no Brasil.

Al�m de Gil, que j� ganhou um Grammy na mesma categoria em 1999 com outro disco ao vivo (a edi��o americana de Quanta Gente Veio Ver), a cantora paulista Luciana Souza - radicada nos EUA - disputa um Grammy na categoria melhor disco de jazz vocal por Duos II e o pianista erudito Nelson Freire concorre a um trof�u na categoria melhor performance instrumental de m�sica cl�ssica pela execu��o de temas de Chopin (�tudes, Op. 10, Barcarolle, Op. 60, Son. No.2).

Na �rea internacional, Mariah Carey se destaca pelas v�rias indica��es do �lbum que a reabilitou no mercado fonogr�fico, The Emancipation of Mimi. A cerim�nia de entrega dos pr�mios da 48� edi��o do Grammy acontecer� em Los Angeles (EUA), em 8 de fevereiro.

Filha de Beth Carvalho grava em franc�s

Filha de Beth Carvalho, Luana Carvalho fez uma grava��o bem distante do universo do samba propagado por sua m�e. Luana p�s voz em �a Suffit, faixa cantada em franc�s no CD do DJ Levy Gasparian, Caf� 47 (capa � direita). Ela � co-autora do tema, em parceria com o pr�prio Gasparian.

Editado este m�s pelo selo Art Music, com distribui��o da Sony & BMG, o primeiro disco do DJ vem puxado por releitura de Bad Girls, sucesso de Donna Summer nos anos 70. Mas o repert�rio poliglota reunido por Gasparian � essencialmente autoral e inclui temas como Free your Mind, Quase L�, Gazebo, One More Thing e Love Will Come to You.
Quinta-feira, Dezembro 08, 2005

Ao vivo de Simone prima pela eleg�ncia

Resenha de CD / DVD
T�tulo: Simone ao Vivo
Artista: Simone
Gravadora: EMI Music
Cota��o: * * *

Em 1980, Simone gravou seu primeiro disco ao vivo. Sua voz era potente. Sua for�a c�nica, imensa, perdia somente para a de Maria Beth�nia. Vinte cinco anos depois, com mais dois �lbuns ao vivo na discografia (os esquec�veis Brasil e Feminino), a Cigarra lan�a seu quarto registro de show - o primeiro no formato de DVD. A voz j� n�o exibe o vigor de antes. Em cena, sua dramaticidade tamb�m j� n�o � mais a mesma. Mas isso n�o impede que Simone ao Vivo prime pela eleg�ncia. Sem procurar reeditar os registros vocais de tempos �ureos, a cantora buscou tons mais baixos e suaves. E acertou: seu disco ao vivo � bacana, inclusive pela produ��o competente do engenheiro de som Moogie Canazio.

O ponto de partida foi o show Baiana da Gema, captado em duas noites de agosto no mesmo Teatro Jo�o Caetano onde a cantora despontou para a fama, em temporada popular dos anos 70. A presen�a dos convidados (Milton Nascimento, Ivan Lins, Z�lia Duncan) d� charme extra � grava��o, sobretudo pela presen�a de Z�lia - novata na discografia de Simone. Juntas, elas entoam N�o V� Ainda - can��o folk do disco lan�ado por Z�lia em 1994 - e A Idade do C�u, vers�o de Moska do tema hom�nimo do uruguaio Jorge Drexler. Os duetos s�o azeitados.

Com a delicadeza que caracteriza seu canto nos �ltimos anos, Simone quase sussura Jura Secreta (a obra-prima de Sueli Costa que lan�ou em 1977) e apresenta Dia Branco em clima quase et�reo. Lan�ada por Amelinha em 1979, a bela m�sica de Geraldo Azevedo � in�dita na voz da baiana da gema. Assim como N�s, o samba de Ti�o Carvalho que C�ssia Eller j� gravara de forma definitiva e ao qual Simone nada acrescenta.

A produ��o de Canazio garante ao disco um som l�mp�do e aparentemente fiel � grava��o. Tanto que, no CD, sem o apoio da imagem, d� para perceber o pouco vigor de Milton Nascimento nos duetos em Cigarra (1978) e em Encontros e Despedidas, tema lan�ado por Simone em 1981, por�m atualmente mais associado � Maria Rita. Mais em forma, Ivan Lins comparece no samba afro Dandara (j�ia do disco Baiana da Gema) e na can��o Vitoriosa (1985), in�dita na voz de Simone.

No todo, � um CD elegante que n�o merecia ser ofuscado pelo ti-ti-ti em torno da vers�o Ent�o me Diz, inclu�da como faixa-b�nus de est�dio no CD (o DVD traz o �udio da m�sica). Enfim, Simone devia um registro � altura do seu passado. Ei-lo - ainda que gravado em tons baixos.

F�bio tenta fama com in�dita de Vercilo

Vencedor da �ltima edi��o do Fama, o programa de calouros da Rede Globo, F�bio Souza finaliza seu disco de estr�ia no est�dio da gravadora Deckdisc, no Rio (na foto acima, uma pose durante a grava��o). O cantor vai tentar a real fama com repert�rio de estilo rom�ntico. Nas r�dios no fim de janeiro, a prov�vel primeira m�sica de trabalho ser� Preciso de Voc�, de M�rcio Greick. F�bio ganhou in�dita de Jorge Vercilo - a dan�ante Me Transformo em Luar - e regravou Onde Deus Possa me Ouvir, can��o de Vander Lee que j� mereceu registros de Gal Costa (no CD Bossa Tropical, de 2002) e de Leila Pinheiro (a sublime releitura do disco Nos Horizontes do Mundo, de 2005).

C�ssia ter� repert�rio regravado em 2006 por estrelas do pop brasileiro

Criado dentro da s�rie Multishow ao Vivo, o projeto Can��es de C�ssia ser� realizado em 2006 com releituras do repert�rio de C�ssia Eller (foto) por nomes da MPB e do pop nacional. Idealizada pelo Canal Multishow em parceria com a Universal Music, a grava��o render� especial de TV, DVD e CD ao vivo - nos moldes do tributo que vai celebrar a obra de Renato Russo na pr�xima ter�a-feira, 13 de dezembro, em show na Fundi��o Progresso. O lan�amento ser� por volta do dia 10 de dezembro de 2006.

Como 10 de dezembro � a data do anivers�rio da artista, morta em 2001, o Multishow criou o Dia C�ssia Eller. O tributo deste ano � o hom�nimo document�rio in�dito, gravado em novembro, com dire��o de Rosane Svartman e Bruno Levinson. No programa, que re�ne imagens caseiras da cantora, cedidas por sua fam�lia, h� depoimentos de artistas, amigos e do filho de C�ssia, Chic�o. "Aprendi a gostar dos Beatles de tanto ir ao est�dio com ela", revela o menino, que toca bateria. O especial vai ser exibido no s�bado, dia 10, �s 21h.

Paralelamente �s homenagens do Multishow, a cantora � lembrada pelos compositores paulistas Hermelino Neder e Luiz Pinheiro com o lan�amento do CD C�ssia Secreta. O disco re�ne m�sicas dos autores -v�rias gravadas pela artista - que est�o pr�ximas do universo marginal adotado por C�ssia em seus dois primeiros �lbuns.

In�dita do Rei come�a a tocar hoje

�nica m�sica in�dita do disco (capa acima) que Roberto Carlos lan�a na pr�xima semana, a guar�nia Arrasta uma Cadeira - composta com Erasmo Carlos e gravada com a dupla sertaneja Chit�ozinho & Xoror� - come�a a tocar nas r�dios nesta quinta-feira, 8 de dezembro. A letra (confira abaixo) narra uma conversa entre amigos em que o assunto � a mulher amada.

Arrasta uma Cadeira
(Roberto Carlos - Erasmo Carlos)

(Roberto Carlos)
Amigo, arrasta uma cadeira
Chega mais pra perto e fale o que quiser
Fale o que tiver vontade
De amor, de saudade, fale de mulher
Na minha vida existe uma
Que � a coisa mais linda que eu j� conheci
N�o sei se ainda assim t�o jovem
Voc� tem hist�ria pra contar pra mim

(Xoror�)
A� � que voc� se engana
Quando a gente ama o cora��o se aquece
E por amor se faz de tudo
E se faz muito mais quando a mulher merece

(Roberto Carlos)
Amigo, eu penso tanto nela
Mas ela tamb�m vive pensando em mim
O sol da minha vida � ela
Eu n�o pensei que algu�m pudesse amar assim

(Chit�ozinho & Xoror�)
Amigo, eu tamb�m tenho hist�ria
Eu tenho algu�m que um dia entrou no meu caminho
Suave como a flor do campo
Ela me deu amor, ela me deu carinho
Assim � a mulher que eu amo
Minha doce amada amiga e companheira

(Roberto Carlos)
Pois cuide dela muito bem
Porque um grande amor � para a vida inteira

(Todos)
Se a conversa � boa o tempo logo passa
Quando se ama a gente n�o disfar�a
E sempre fala da mulher amada
E a prosa tem mais gra�a
E nessa conversa vai passando a hora
Se algu�m espera a gente n�o demora
E o cora��o no peito bate forte
E a gente vai embora

(Roberto Carlos)
Amigo, arrasta uma cadeira
Chega mais pra perto e fale o que quiser
Fale o que tiver vontade
De amor de saudade, fale de mulher
Eu s� falei da minha amada
Que � tudo pra mim que � o sol da minha vida

(Chit�ozinho & Xoror�)
E eu falei do meu amor
A flor que faz a minha estrada mais florida

(Roberto Carlos)
Amigo, a gente n�o se engana
Quando a gente ama o cora��o se aquece
E por amor se faz de tudo
E se faz muito mais quando a mulher merece

(Todos)
Se a conversa � boa o tempo logo passa
Quando se ama a gente n�o disfar�a
E sempre fala da mulher amada
E a prosa tem mais gra�a
E nessa conversa vai passando a hora
Se algu�m espera a gente n�o demora
E o cora��o no peito bate forte
E a gente vai embora

Se a conversa � boa o tempo logo passa
Quando se ama a gente n�o disfar�a
E sempre fala da mulher amada
E a prosa tem mais gra�a
E nessa conversa vai passando a hora
Se algu�m espera a gente n�o demora
E o cora��o no peito bate forte
E a gente vai embora

Pavilh�o 9 grava clipe com diretor su��o na periferia paulista e perde o baterista

Baterista do Pavilh�o 9, Fernando Schaefer pediu para sair do grupo dias atr�s. No melhor estilo "o show tem que continuar", a banda (foto) aceitou a decis�o de Fernand�o - como o m�sico � chamado no meio musical - e j� partiu para grava��o de seu novo clipe. A m�sica, Guimme tha Power, � vers�o de tema do grupo mexicano Molotov e faz parte do rec�m-lan�ado sexto CD do Pavilh�o 9, P�blico Alvo, explosivo petardo que cruza o discurso do rap com a batida do hardcore. Filmado nas ruas do Centro e da periferia de S�o Paulo, usando tamb�m como loca��o um pr�dio abandonado, o clipe tem dire��o do su��o Luzius Rueddi, que veio ao Brasil esta semana especialmente para a grava��o. Trata-se do primeiro v�deo em que os integrantes da banda interpretam personagens fict�cios, n�o se limitando a tocar a m�sica ao vivo.
Quarta-feira, Dezembro 07, 2005

Especial global flagra Elis em momento antol�gico de uni�o de t�cnica e emo��o

Resenha de DVD
T�tulo: Elis Regina Carvalho Costa
Artista: Elis Regina
Gravadora: Trama
Cota��o: * * * * *

Em que pese sua grande e ineg�vel categoria vocal, Elis Regina gravou muitos discos frios, cerebrais. O �lbum de 1973 � um deles. Quando a emo��o flu�a, sem preju�zo da t�cnica sempre irretoc�vel, a Pimenta era insuper�vel. Ora lan�ado em DVD, num parceira da Trama com a Som Livre, o especial global Elis Regina Carvalho Costa flagra a cantora em momento antol�gico justamente pelo exposi��o de sua emo��o num roteiro primoroso de 15 m�sicas, costuradas por Fascina��o, o cl�ssico que Elis regravou em 1976 e, a partir da�, tomou para si.

�, a rigor, o primeiro DVD com registro de show de Elis, j� que o anterior - tamb�m extra�do do acervo televisivo, no caso da TV Cultura, onde a artista gravou o programa Ensaio em 1973 - mesclava entrevista e n�meros musicais. Exibido pela Rede Globo em 3 de outubro de 1980, dentro da memor�vel s�rie Grandes Nomes, Elis Regina Carvalho Costa reproduz inclusive n�meros do espet�culo Saudade do Brasil, apresentado pela cantora naquele ano. A abertura - n�mero instrumental que culmina em Arrast�o, marco da explos�o nacional da cantora em 1965 - e o bloco final (com a vers�o villa-lobiana de Aquarela do Brasil, O Que Foi Feito Devera e Redescobrir), por exemplo, vieram de Saudade do Brasil - assim como boa parte do repert�rio.

Em 1980, Elis desfilava com imagem mais feminina - fruto do marketing criado para ela pela gravadora Warner, onde ingressara no ano anterior para fazer o disco Essa Mulher. A faixa-t�tulo, de Joyce e Ana Terra, abre o que o diretor do programa, Daniel Filho, chama de "o bloco do amor" na simp�tica entrevista dos extras. � neste set mais intimista que Elis extravasa sua emo��o, que brota inteira e em l�grimas na impag�vel interpreta��o de Atr�s da Porta, n�mero que nunca saiu da mem�ria de quem, como o colunista, assistiu ao especial na televis�o.

Emoldurada por cen�rio que reproduzia a lona de um circo, transformando o palco num picadeiro, Elis exibe seu balan�o nos sambas (Querelas do Brasil), faz caras e bocas em Al� Al� Marciano (seu hit radiof�nico de 1980, presente da comadre Rita Lee) e dramatiza seu canto (na medida certa) em n�meros politizados como Aos Nossos Filhos. Eram tempos de uma ditadura que agonizava, mas ainda cerceava a liberdade de express�o.

O �udio em 2.0 e a qualidade da imagem s�o aceit�veis - levando-se em conta as limita��es t�cnicas da �poca. Mesmo porque o que conta � o privil�gio de poder ver e ouvir Elis Regina no auge da forma, em espet�culo bem conduzido. O n�mero final - Redescobrir, uma das obras-primas de Gonzaguinha - preserva o impacto original com seu criativo arranjo vocal e a op��o por abrir ao fim uma roda em que se misturam Elis, os m�sicos, os bailarinos e o pr�prio p�blico. Antol�gico - como, ali�s, todo o especial.

A nova aventura fonogr�fica de Latino

Esta � a capa do CD Latino Apresenta as Novas Aventuras de DJ L, cuja arte gr�fica e t�tulo j� deixam claro que o disco segue a linha popularesca do anterior, Latino Apresenta as Aventuras de DJ L, que fez o artista voltar � tona por conta do estouro da faixa Festa no Ap�. Com mais versos de duplo sentido, o repert�rio inclui in�ditas como Catia Catchaca, Ins�nia, Biriguidin, Hipnotizado no Sinal e Odalisca, entre outras. A m�sica de trabalho, Maria Gasolina (Mina Quebrete), aparece na vers�o original e em dois remixes.

Warner pega carona nas homenagens a Carmen Miranda com colet�nea simples

Detentoras dos fonogramas registrados por Carmen Miranda (foto) no Brasil, as gravadoras EMI e Sony & BMG j� lan�aram h� alguns anos no mercado nacional caixas com toda a obra da Pequena Not�vel e, talvez por isso, tenham permanecido em discut�vel sil�ncio no momento em que a cantora � reverenciada com exposi��o e biografia por conta dos 50 anos de sua morte. Coube � Warner Music pegar carona nos tributos com a rec�m-lan�ada colet�nea Tico Tico. Editada no formato de CD simples, a compila��o re�ne 20 grava��es feitas por Carmen no per�odo que vai de 1930 a 1945. A sele��o inclui Tah� - Pra Voc� Gostar de mim (1930), Amor! Amor! (1931), Bambol�o (1932), Eu Queria Ser I�i� (1933), Primavera no Rio (1934), Mulatinho Bamba (1935), Polichinelo (1936), Cachorro Vira-Lata (1937), Uva de Caminh�o (1939), Diz que Tem (1940), A Weekend in Havana (1941), Chattanooga Choo Choo (1942) e Tico-Tico no Fub� (1945).

The Cure e Duran Duran recriam Lennon

Nesta quinta-feira, 8 de dezembro, o mundo vai celebrar a vida e a obra de John Lennon (foto) por conta dos 25 anos do assassinato do artista, ocorrido na data, em 1980. Uma das homenagens vai virar disco em 2006 com a reuni�o de regrava��es de m�sicas da fase solo do compositor por um time ecl�tico de int�rpretes que inclui The Cure (Love), The Black Eyed Peas (Power to the People), Snow Patrol (Isolation) e Duran Duran (m�sica ainda n�o escolhida), entre outros que ainda est�o sendo recrutados. Por ora, os covers j� finalizados est�o sendo vendidos apenas pela internet (somente no endere�o http://www.amnesty.org/noise/), ao pre�o de um d�lar cada faixa.

Eminem lan�a colet�nea com in�ditas

Como o �ltimo �lbum de in�ditas de Eminem (Encore, 2004) foi recebido com frieza no mundo todo, sobretudo se sua repercuss�o for comparada com a explos�o de seu antecessor (The Eminem Show, 2002), o pol�mico rapper parte para a f�rmula da colet�nea turbinada com in�ditas. No seu caso, tr�s. Fack, Shake That (com Nate Dogg) e When I'm Gone s�o as novidades entre as 17 faixas de Curtain Call: The Hits (capa � direita). A compila��o cobre o per�odo 1999-2005 e enfileira sucessos como My Name Is, Lose Yourself e Stan (em grava��o ao vivo feita com Elton John, que parece ignorar a faceta homof�bica revelada por Eminem em suas letras e entrevistas).
Ter�a-feira, Dezembro 06, 2005

Partimpim, o show, ganha DVD � altura de sua l�dica magia e est�tica apurada

Resenha de DVD / CD
T�tulo: Adriana Partimpim - O Show
Artista: Adriana Partimpim
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * * *

A ind�stria fonogr�fica tem prolongado a febre dos DVDs com lan�amentos sucessivos e, n�o raro, banais. S�o poucos os shows que merecem ser eternizados num v�deo comercial. O de Adriana Partimpim se enquadra nesse caso pelo car�ter l�dico que reafirma o apuro est�tico da criadora do espet�culo, de natureza infantil, mas degustado por crian�as e adultos de todas as idades. Adriana, a Calcanhotto, � dona de obra pautada pela sofistica��o e pelo flerte com outas formas de arte como o cinema, a literatura e a poesia. Ao criar Partimpim, ela diversificou seu repert�rio e abriu seu leque est�tico, que j� se mostrara um pouco enferrujado no seu �ltimo CD autoral, Cantada (2002). O resultado foi um disco inteligente (como poucos do universo infantil nacional) e um show encantador, que merecia realmente um registro em DVD, editado com CD-b�nus que traz o �udio do espet�culo para quem prefere som sem imagem.

J� pela embalagem graciosa do DVD, percebe-se o capricho da artista. Tudo � um mimo, desde a contracapa (com uma m�scara para ser recortada) at� o libreto com fotos do show e as letras das m�sicas - cuja capa vem com a frase "este livrinho pertence a ......". O encanto continua quando o DVD come�a a rodar. Valorizada pela filmagem em pel�cula, a dire��o primorosa da cineasta Susana de Moraes real�a o visual do show, incrementado com proje��es, malabarismos - Partimpim entra em cena num trap�zio - e adere�os que formam l�dico conjunto c�nico.

Adriana soube driblar a inevit�vel redund�ncia do repert�rio com o acr�scimo de m�sicas ausentes do disco que inspirou o show. Para come�ar, h� O Poeta Aprendiz, can��o de Toquinho sobre versos de Vinicius de Moraes, j� gravada por Calcanhotto em CD encartado em livro, mas agora inserida em contexto ainda mais apropriado. Ainda que um pouco longo, o bloco em que a artista apresenta quatro poemas de Ferreira Gullar sobre gatos - Gato Pensa?, Ron Ron do Gatinho, Dono do Peda�o e O Gato e a Pulga, todos musicados por Adriana - soam como grata novidade. Especialmente O Gato e a Pulga, apresentado sob charmosa base eletr�nica, no momento fashion do show.

De novidade, h� ainda O Mocho e a Gatinha - poema do ingl�s Edward Lear, traduzido por Augusto de Campos e musicado por Cid Campos - e Quando Nara Ri, parceria de Adriana com Kassin. Claro que, pela facilidade da melodia e da letra, as crian�as se deixam seduzir mais com Fico Assim Sem Voc� (o funk melody lan�ado por Claudinho & Buchecha e lapidado por Adriana j� no show Cantada) e com Oito Anos, a m�sica do primeiro e �nico CD solo de Paula Toller que Partimpim livrou do esquecimento.

Nos extras, os m�sicos apresentam seu inusitado arsenal de instrumentos que mais parecem brinquedos. Enfim, luxo s�! Para crian�as de todas as idades...

Discos iniciais do Stooges, o grupo que lan�ou Iggy Pop, voltam com raridades

Grupo que projetou o lend�rio Iggy Pop e foi uma esp�cie de precursor do punk, The Stooges tem seus dois primeiros discos reeditados pela Warner Music - nas lojas esta semana no mercado nacional. As reedi��es s�o fartas de material extra.

Primeiro t�tulo da discografia da banda, produzido por John Cale, The Stooges (1969, capa � direita) volta no formato de CD duplo. O primeiro volume reproduz o conte�do do �lbum original. O segundo traz vers�es alternativas de cl�ssicos como 1969, I Wanna Be your Dog e No Fun, incluindo as mixagens originais feitas por John Cale para estas m�sicas. A reedi��o vem recheada com fotos dos Stooges e com coment�rios sobre as faixas.

Segundo disco do grupo, lan�ado originalmente em 1970, Fun House tamb�m volta ao cat�logo em reedi��o dupla. O CD 2 apresenta remixes de faixas como Down on the Street e 1970, al�m de takes alternativos e de uma demo de Slide (Slidin' the Blues), m�sica que n�o entrou no �lbum original. Biscoitos finos para os f�s de punk rock.

Ver�nica Sabino grava DVD em 2006

Afastada do mercado fonogr�fico desde que lan�ou em 2002 o elegante disco Agora, produzido por Paul Ralphes, Ver�nica Sabino (foto) se prepara para gravar ano que vem seu primeiro DVD, a ser lan�ado simultaneamente com um disco ao vivo.

Agora n�o obteve o sucesso a que fazia jus. Uma das m�sicas - Preciso de Voc�, de autoria de M�rcio Greick, autor e int�rprete de can��es populares dos anos 70 e 80, como Imposs�vel Acreditar que Perdi Voc� - tinha potencial para virar hit radiof�nico, mas o selo Dubas M�sica � inexperiente nesta �rea mais popular e desperdi�ou a faixa.

Esperto, Jo�o Augusto - diretor da DeckDisc - sentiu o faro de sucesso e vai trabalhar a faixa como o primeiro single do CD de estr�ia do cantor F�bio Souza, vencedor da �ltima edi��o do programa Fama e rec�m-contratado pela Deck.

A vers�o de Z�lia para Rice � a melhor

Com o lan�amento esta semana do DVD e CD Ana & Jorge ao Vivo, gravados por Ana Carolina e Seu Jorge com a vers�o de The Blower's Daughter feita pela cantora, cabe ainda um posicionamento em rela��o ao controvertido fato de Z�lia Duncan tamb�m ter vertido a mesma m�sica do irland�s Damien Rice para a grava��o simult�nea de Simone: a letra de Z�lia � a melhor. Ao criar os versos de Ent�o me Diz, Z�lia se aproximou mais da refinada po�tica de Rice. Intitulada � Isso A�, a letra de Ana n�o alcan�a o mesmo grau de sofistica��o atingido por Z�lia - ainda que sua vers�o seja realmente a mais mel�dica, a que mais gruda no ouvido, a que mais tem jeito de hit popular. Por conta do tom visceral da cantora. Mas a grava��o de Simone, delicada e sem tanto apelo, tem mais a ver com o universo da novela Bel�ssima, de cuja trilha � um dos principais destaques. Enfim, aparentemente acalmados os �nimos dos f�s das int�rpretes, cada um que curta a sua vers�o preferida em paz! Ou ent�o que ignore ambas, pois vale ressaltar novamente que nenhuma das duas sequer ro�a o tom sublime do registro original de Rice.

Motir� tenta um passo � frente na EMI

Epis�dio 1 - Um Passo � Frente � o t�tulo do disco (capa � esquerda) que o Motir� lan�a pela EMI ainda este ano. Com a sa�da do rapper Cabal, seduzido pela Universal Music com contrato para gravar CD solo, o grupo de hip hop passou a ser comandado por DJ Hum (um dos pioneiros do rap nacional, em atividade desde os anos 80, inicialmente em dupla com Tha�de) e Lino Crizz. Al�m de Senhorita, j� um hit radiof�nico antes da entrada do grupo na gravadora, o disco traz no repert�rio m�sicas como Isto � Normal (N�o me Leve a Mal), Vamos Nessa (Mira), Ela � Sexy, Vem pra Espa�onave, M�sica no Ar, Este Sonho N�o � s� meu e Vem Curtir o Som.
Segunda-feira, Dezembro 05, 2005

Beth�nia remonta seu teatro em delicado show perpetuado em seu terceiro DVD

Resenha de DVD
T�tulo: Tempo Tempo Tempo Tempo
Artista: Maria Beth�nia
Gravadora: Biscoito Fino
Cota��o: * * *

Int�rprete de cren�as e tradi��es firmes, Maria Beth�nia remonta seu teatro a cada show com n�meros e textos autoreferentes. Dirigido por Bia Lessa, o atual espet�culo da cantora - Tempo Tempo Tempo Tempo, ora lan�ado em DVD pela Biscoito Fino com grava��o realizada em agosto, em minitemporada na casa paulista CIE Music Hall - procura costurar em roteiro de 43 n�meros a homenagem prestada a Vinicius de Moraes no disco Que Falta Voc� me Faz com m�sicas in�ditas e com momentos importantes das quatro d�cadas de carreira da Abelha Rainha. Embora bom, o resultado decepcionou quem esperava um show � altura do grandioso Brasileirinho, tamb�m dirigido por Bia Lessa. Mas o tempo tem sido grato a Beth�nia. Aos 59 anos, no melhor da forma vocal, a cantora compensa a costura nem sempre bem-acabada do roteiro com sua imponente for�a c�nica.

A linguagem teatral de seus shows n�o impede que Beth�nia v� afinando (ou desafinando) o roteiro a cada apresenta��o. O show perpetuado em seu terceiro DVD - o de maior requinte na filmagem e na edi��o - n�o � exatamente o mesmo que estreou (mal) no Canec�o (RJ), em fevereiro. Tampouco � exatamente o espet�culo que est� de volta este m�s ao mesmo Canec�o, em temporada popular. No v�deo, o show conserva a delicadeza do disco Que Falta Voc� me Faz. Em cena, Beth�nia procura tons mais suaves e menos teatrais para dizer os textos e as m�sicas do Poetinha que, na sua leitura, soam como �ntima ode � mulher (uma das maiores paix�es de Vinicius, a prop�sito).

H� quem tenha avaliado injustamente que tem Vinicius de menos no roteiro. Pura implic�ncia! Tem (muito) Vinicius e na medida certa, pois, nas entrevistas em que anunciou o show, antes da estr�ia, Beth�nia j� ressaltou que se tratava do espet�culo comemorativo dos 40 anos de sua explos�o nacional, em 1965, no Opini�o, show celebrizado por sua visceral interpreta��o de Carcar� - m�sica, ali�s, que abre o segundo ato de Tempo Tempo Tempo Tempo. A retrospectiva at� acabou emba�ada pelos temas de Vinicius e pelas in�ditas de safra irregular. Destas, a mais bonita � a can��o Estranho Rapaz, parceria de Roberto Mendes e Capinam. Entre as novidades, h� ainda Plan�cie de Prata (melanc�lica toada de Almir Sater e Paulo Solim�es que n�o resiste � compara��o com obras-primas do g�nero como Tocando em Frente, presente do mesmo Almir para Beth�nia em 1990), o manemolente samba baiano Um Dia pra Vadiar (Totonho Villeroy) e a menos inspirada Foguete (Roque Ferreira / J. Veloso).

O roteiro prioriza Vinicius no primeiro ter�o para depois abrir leque est�tico que vai de Benito Di Paula (Vai Ficar na Saudade, j�ia popular infelizmente reduzida na grava��o do DVD) ao recorrente Chico Buarque (Terezinha, Olhos nos Olhos, Quem te Viu Quem te V�). S�o m�sicas ligadas mais pelos versos do que pela unidade mel�dica. E que acabam montando o habitual mosaico de (res)sentimentos amorosos desfiados pela cantora em seus shows. Em sua praia, Beth�nia sempre reina, com maior ou menor intensidade. Por isso mesmo, soa totalmente deslocado o n�mero roqueiro com Vem Quente que Eu Estou Fervendo (Carlos Imperial e Eduardo Ara�jo), fora do tom delicado do show.

Nos extras, a cantora abre as portas de sua casa e - no aconchego de sua biblioteca - recita poesias e canta no mesmo registro imponente do palco. No set caseiro, entre leituras de versos de seus poetas preferidos, apresentados com alegria infantil, Beth�nia recorda a intimidade de seu pai com os livros e entoa m�sicas como Tocando em Frente, Tristeza do Jeca (n�mero em que explora os agudos de sua voz) e Ciclo, poema de Nestor de Oliveira que, musicado por Caetano Veloso, deu t�tulo ao interiorizado disco lan�ado pela cantora em 1983. S�o nestes n�meros informais que fica ainda mais claro como o tempo tem sido generoso com Maria Beth�nia.

Chico aprova 'feijoada' do Sucata

Sempre generoso com artistas iniciantes, Chico Buarque (na foto, em clique de Bruno Veiga) aprovou a regrava��o de seu samba Feijoada Completa - lan�ado pelo autor em 1978 - pelo grupo Sucata de Luxo. O disco da banda ser� editado pelo novo selo Leke Loko, que pretende baratear o custo final do CD para o consumidor e vai vender seus lan�amentos em sua p�gina na internet (www.lekeloko.com.br) pelo pre�o de R$ 9 - j� inclu�do o frete para qualquer canto do Brasil.

A capa do novo disco de Roberto Carlos

Esta � a capa do novo disco de Roberto Carlos - como se v�, produzida na mesma cor e no mesmo tom das anteriores. O CD chega �s lojas na pr�xima semana, via Sony & BMG. No repert�rio, m�sicas como A Volta, �ndia, Loving You (balada gravada por Elvis Presley em 1957), Promessa (can��o de Roberto e Erasmo Carlos, lan�ada por Wanderley Cardoso em 1966), Cora��o Sertanejo (sucesso de Chit�ozinho & Xoror� em 1996), O Amor � Mais e uma guar�nia in�dita, Arrasta uma Cadeira, composta com Erasmo e gravada em trio com a citada dupla sertaneja. O Rei regrava Meu Pequeno Cachoeiro - saudosa m�sica que apresentou em 1970 com letra sobre sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemerim (ES) - e O Baile da Fazenda, lan�ada em 1998. O disco tem tom ruralista e conta com a participa��o do sanfoneiro Dominguinhos.

Ivete regrava Hyldon no CD do Faust�o

Faixa-t�tulo do primeiro disco de Hyldon, a can��o Na Rua, na Chuva, na Fazenda... (1975) ganha outra regrava��o, a cargo de Ivete Sangalo (foto). A vers�o da cantora est� no CD As Favoritas do Doming�o - Rom�nticas, que chega este m�s �s lojas com grava��es in�ditas de artistas populares que transitam regularmente pelo programa apresentado por Fausto Silva aos domingos, na Rede Globo. Daniel, por exemplo, p�s voz em sucesso de Ivete, Se Eu N�o te Amasse Tanto Assim (1999). Maur�cio Manieri recria Codinome Beija-Flor (1985), balada lan�ada por Cazuza em seu primeiro disco solo. Marjorie Estiano interpreta Esque�a (1966), hit de Roberto Carlos no auge da Jovem Guarda. J� Ivo Pessoa regravou Encontrar Algu�m (1996), sucesso do primeiro �lbum do Jota Quest.

Beck lan�a quatro in�ditas na internet

Poucos dias antes de lan�ar Guerolito: The Remix Album, trabalho eletr�nico que chega dia 12 �s lojas com vers�es para as pistas de faixas de seu recente CD Guero, Beck (foto) lan�ou quatro in�ditas em seu site oficial. As m�sicas Sorrow, Premonition, Day for Night e Untitled 2 (can��o bem pop e mel�dica) j� podem ser ouvidas no endere�o www.beck.com, mas n�o podem ser baixadas.
Domingo, Dezembro 04, 2005

Document�rio revive ascens�o, 'apogeu' e a queda de banda assumidamente gay

A 13� edi��o do festival de cinema Mix Brasil se despediu do Rio, neste domingo, com document�rio sobre a ascens�o, apogeu e queda da primeira banda assumidamente gay do Brasil. Dirigido por Fl�via da Rosa Borges e exibido dentro da mostra competitiva do festival, o curta Text�culos de Mary e Outras Hist�rias narra em 24 minutos a saga do grupo que surgiu em Recife (PE) em 1998 e chocou parte do p�blico por fazer um hardcore glamuroso com letras porn�s, cheias de palavr�es. Por suas apresenta��es teatrais (em que os vocalistas Xupeta, LollyPop e Silene Lapadinha simulavam no palco atos homossexuais), o Text�culos de Mary despertou a ira dos mais conservadores.

Entre outras hist�rias, os m�sicos revelam no filme que a DeckDisc - a gravadora carioca que corajosamente decidiu apostar no grupo com o lan�amento de seu primeiro e �nico CD - tentou em v�o suavizar as letras e enquadrar os clipes da banda dentro do padr�o MTV de qualidade. O document�rio foi feito em 2004, ano marcado pelo fim do Text�culos de Mary.

EMI e Sony j� saturaram o mercado com repetitivas 'homenagens' � Jovem Guarda

Chega de saudade da Jovem Guarda!!! Est� dif�cil aturar as sucessivas e repetitivas homenagens da ind�stria fonogr�fica pelas quatro d�cadas do movimento. At� os calouros de Raul Gil aderiram ao intermin�vel revival. N�o satisfeita em lan�ar o CD / DVD Jovem Guarda - 40 Anos de Rock Brasil ao Vivo e de reeditar 20 �lbuns originais dos anos 60, a EMI ainda explora a nostalgia das velhas tardes de domingo com outro DVD, 40 Anos de Jovem Guarda (capa � esquerda), que re�ne regrava��es in�ditas de sucessos da �poca nas vozes dos discut�veis Jovens Talentos revelados pelo programa de calouros do apresentador de TV, s�cio da gravadora na edi��o do projeto.

S�o tantos tributos e reedi��es por conta dos 40 anos da Jovem Guarda que o mercado ficou saturado de produtos do g�nero, por mais que haja p�blico disposto a embarcar no t�nel do tempo para reviver a �poca. O problema se agrava pelo fato de o repert�rio de hits do movimento n�o ser t�o extenso assim. Na pr�tica, todos os tributos acabam apresentando vers�es requentadas das mesmas m�sicas. S�bio � Roberto Carlos, que ficou distante de tantas comemora��es - exceto por um depoimento prestado no document�rio No Embalo da Jovem Guarda por considera��o ao seu amigo Erasmo Carlos - e nunca autorizou recria��es de seu repert�rio autoral da �poca.

O �nico fator positivo entre tantos tributos mercen�rios � a reedi��o dos discos originais de nomes como Wanderl�a (seis deles reunidos no box A Ternurinha, editado pela Sony & BMG), Jerry Adriani (16 �lbuns do per�odo 1964-1980 em reedi��es avulsas da Sony & BMG), Golden Boys (seus dois primeiros LPs, na cole��o Jovem Guarda, da EMI) Renato e seus Blue Caps (caixa da Sony & BMG com seus discos do per�odo �ureo) e Erasmo Carlos (seis discos da fase da Jovem Guarda relan�ados no box O Tremend�o, tamb�m da Sony & BMG).

Reeditar discos de um artista, com capas e repert�rios originais, � melhor do que lan�ar tributos burocr�ticos. Mas � fato tamb�m que, com exce��o dos �lbuns de Roberto e Erasmo, poucos t�tulos da Jovem Guarda resistiram bem ao tempo. Gravados �s pressas, os �lbuns dos astros do movimento geralmente t�m repert�rio bastante irregular e se sustentam em uma ou duas faixas de sucesso popular. Por isso mesmo, com o cat�logo j� em dia, est� na hora de parar com tanto saudosismo. At� porque as estrelas do movimento est�o na faixa dos 60 anos e, n�o raro, ficam pat�ticas ao tentar ressuscitar um esp�rito jovial que ficou preso �s velhas tardes de domingo...

Pr�ximo CD de Bosco mistura parcerias in�ditas com Aldir e seu filho Francisco

Jo�o Bosco (foto) e Aldir Blanc j� se reconciliaram em 2002 e vem regravando em dupla m�sicas antigas de sua parceria - interrompida em 1982 (por motivo nunca revelado publicamente) e retomada gradativamente nos �ltimos tr�s anos. Mas vai ser preciso esperar pelo pr�ximo disco de Bosco, previsto para 2006, para ouvir todas as in�ditas da dupla. Pelo menos tr�s j� est�o prontas: Mentiras de Verdade (o marco inicial da retomada), Toma L� D� C� (a primeira a ser efetivamente gravada, pois ser� tema do hom�nimo especial de fim de ano da Rede Globo) e Sonho de Caramujo (poema de Blanc musicado por Bosco).

O lan�amento do CD, no entanto, ainda depende de acertos. Bosco e a gravadora Biscoito Fino j� andaram flertando, mas o namoro n�o virou casamento de papel passado. Certo � que, independentemente das parcerias com Blanc, o compositor continua fazendo m�sica com seu filho, Francisco Bosco, que se imp�s progressivamente como letrista nos recentes trabalhos do compositor mineiro. Desossado � uma das novas e ainda in�ditas parcerias de pai e filho. Por motivos �bvios, entre eles seu ineg�vel talento para escrever versos, Francisco n�o perder� seu posto por conta da bem-vinda reaproxima��o profissional de Jo�o Bosco e Aldir Blanc.

Fora de cena, Blink-182 ganha tributo e tem greatest hits reunidos em CD e DVD

Fora de cena por tempo indeterminado, pois seus m�sicos anunciaram no in�cio do ano que o grupo ia dar um tempo para se reciclar o Blink-182 continua presente no mercado fonogr�fico. A gravadora indie Pacific Ridge finaliza tributo � banda de pop hardcore enquanto a Universal Music compila a obra do grupo no CD e DVD Greatest Hits, j� lan�ados no Brasil. O DVD apresenta 13 clipes. J� o CD (capa � direita) re�ne 17 faixas dispostas em ordem cronol�gica, abrangendo material dos quatro �lbuns de est�dio editados pelo grupo entre 1993 e 2003.

O disco abre com Carousel - gravada em 1993 numa demo e posteriormente inclu�da no trabalho de estr�ia do Blink-182, Buddha, editado no mesmo ano apenas em cassete e regravado em 1994 com o t�tulo de Chesire Cat - e fecha com duas grava��es conhecidas somente no mercado brit�nico. Not Now � sobra do �ltimo �lbum da banda (Blink-182, 2003) e saiu apenas como b�nus na edi��o inglesa do CD. J� Another Girl, Another Planetcover do repert�rio da banda brit�nica The Only Ones e foi usada como tema de reality show comandado por Travis Barker, integrante do Blink-182.

Paralelamente ao lan�amento dos Greatest Hits do grupo, nomes da cena indie se reuniram para prestar um tributo ao Blink-182 em CD que dever� sair ainda este ano. O disco re�ne regrava��es do repert�rio do Blink por bandas como Southcott (Apple Shampoo), Park (Obvious), All Time Love (Time to Break Up) e Echo Screen (First Date), entre outras.

470 mil c�pias do DVD de '2 Filhos de Francisco' chegar�o �s lojas no dia 7

As lojas v�o receber em 7 de dezembro, quarta-feira, nada menos do que 470 mil c�pias do DVD do filme 2 Filhos de Francisco (capa � direita) - recorde nacional no g�nero. Al�m da hist�ria sobre a batalha de Zez� Di Camargo & Luciano para vencer no mercado fonogr�fico, vista por mais de cinco milh�es de espectadores, o DVD apresenta document�rio sobre a dupla sertaneja, traz cenas exclu�das na montagem do filme e erros de grava��o. A emocionada volta de Zez� Di Camargo ao casebre onde nasceu e foi criado, no interior de Goi�s, � um dos atrativos dos extras do DVD - j� encontrado h� meses nos camel�s em c�pias piratas (cerca de 500 mil, na avalia��o dos produtores do filme).

Por conta da campanha promocional do lan�amento do DVD, a gravadora Sony & BMG espera vender at� o fim do ano 100 mil c�pias da trilha sonora do filme. O CD - que j� conta com um segundo e espont�neo hit, No Dia em que Sa� de Casa - j� vendeu 70 mil unidades.
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