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Sábado, Abril 29, 2006

'Universo Particular' é show ousado na iluminação, no roteiro e no instrumental

Resenha de show
Nome: Universo Particular
Artista: Marisa Monte
Local: Teatro Guaíra, Curitiba (PR)
Data: 28 de abril
Cotação: * * * *

O palco está nu e deixa entrever a estrutura imponente do Teatro Guaíra. Apenas uma plataforma abriga a cantora e sua banda. A iluminação, cinematográfica, não vem dos habituais refletores, mas das torres laterais que circundam o palco. O roteiro não está baseado nos hits. Universo Particular, o novo show que Marisa Monte já está apresentando em turnê nacional, é ousado e surpreendente na luz, no repertório e no instrumental refinado. É quase um recital camerístico com seu arsenal de cordas e sopros. Uma estética inovadora para uma cantora que faz uso inteligente da voz.

A surpresa já começa na abertura. Infinito Particular, a primeira música, é apresentada no escuro, com eventuais focos de luz no rosto de Marisa. A cantora está sentada, tocando ukelele, um parente do cavaquinho. Quando à luz entra em cena, em Universo ao meu Redor, ela vem da caixa que se projeta do alto, sobre os músicos. E, aos poucos, o palco vai sendo preenchido. Ora pelas torres que se movimentam pelo palco, com luzes climáticas. Ora pelas imagens projetadas nos telões. Ora pelos adereços cênicos que vão ilustrando as músicas e formando um cenário todo especial a cada número.

A atmosfera de delicadeza cool que tempera os discos Infinito Particular e Universo ao meu Redor são traduzidas no palco com requinte e se expandem para músicas de outras fases e faces de Marisa. É quando ela revive Eu Não Sou da sua Rua (1991) tocando gaita e abrindo uma caixinha de música.

O show é repleto de detalhes e sutilezas que criam um universo inebriante. O detalhe pode ser o aspirador de pó que é acionado em Passe em Casa (2002). Ou a imagem da borboleta que identifica nos telões Maria de Verdade (1994), número em que Marisa levanta da cadeira e vai para a frente do palco. Ou ainda a citação do tema de Branca de Neve no samba Satisfeito.

Entre um momento de maior densidade (Carnalismo, da safra do CD Tribalistas) e sambas de melodias tradicionais (Para Mais Ninguém, Meu Canário), Marisa vai tecendo teia envolvente que, não por acaso, revive músicas de um de seus discos mais brasileiros, Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carvão, de 1994. Ao meu Redor, por exemplo, ganha instrumental que concilia simultaneamente tons camerísticos com a pegada do pop rock.

Aliás, o bloco final, com músicas como Até Parece e Pra Ser Sincero, evoca a explosão pop do show anterior, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. Mas, no último número, vem outra surpresa: Velha Infância com direito a improvisos, novas divisões e orquestração da platéia. O universo de Marisa Monte é particularmente belo e infinitamente rico de detalhes que não cabem em mera resenha.

Marisa lança inédita dançante em show

Pela reação calorosa do público, que se levantou das cadeiras do Teatro Guaíra (PR) para dançar, tudo leva a crer que Marisa Monte vai ganhar mais um sucesso de show. E o curioso é que se trata de música inédita, Não É Proibido, lançada na turnê Universo Particular. A música de Dadi tem balanço que evoca o suingue funk de Tim Maia. A partir da melodia, Marisa e Seu Jorge fizeram letra hilária em que chama o público para uma festa (na casa de Dadi, como brinca a cantora no palco) em que os convidados são convocados a trazer doces jujuba, cocada, bananada, manjar e, de forma cifrada, outras cositas más. "Manda e-mail para a Joana vir", diz um verso de duplo sentido. Na foto acima, um flagrante da primeira apresentação do show, na quinta-feira, 27 de abril.

Marisa se instala em foyer de teatro

Cantora e compositora cuja música sempre dialogou com as artes plásticas, Marisa Monte pôs algumas instalações no foyer do Teatro Guaíra, em Curitiba (PR), onde a turnê Universo Particular estreou na noite de quinta-feira (27 de abril) e fica em cartaz até hoje, sábado. A foto acima é de uma das instalações, na qual frascos coloridos são identificados com nomes de músicas do repertório da artista. Tudo a ver com um espetáculo que prima pelo requinte visual.

O roteiro da estréia da turnê de Marisa

Universo Particular, o surpreendente novo show de Marisa Monte, estreou em Curitiba (PR) na quinta-feira, 29 de abril, com um roteiro de 23 músicas, incluindo o bis. Na foto acima, a cantora pode ser vista em cena na segunda apresentação.

Eis o roteiro formado a partir de uma seleção das cerca de 30 músicas ensaiadas pela artista e sua banda no Rio de Janeiro:

1) Infinito Particular
2) Universo ao meu Redor
3) Carnavália
4) Vilarejo
5) Eu Não Sou da sua Rua
6) Aconteceu
7) Passe em Casa
8) Maria de Verdade
9) Carnalismo
10) Alta Noite
11) Satisfeito
12) Para Mais Ninguém
13) Meu Canário
14) Pernambucobucolismo
15) Segue o Seco
16) Ao meu Redor
17) Vai Saber
18) Até Parece
19) Pra Ser Sincero
20) Não É Proibido (inédita)
21) Velha Infância

Bis:

22) Mais uma Vez
23) Não Vá Embora

Ivete forma trio com Zezé & Luciano

Além de Chico Buarque, convidado da regravação de sua música Minha História, o próximo álbum de Zezé Di Camargo & Luciano terá outra participação especial de peso: Ivete Sangalo. O lançamento está previsto para o segundo semestre, via Sony & BMG. Na foto acima, clicada por Daniela Dacorso, um flagrante do dueto de Chico com Zezé em Minha História.
Sexta-feira, Abril 28, 2006

Veja Marisa em seu 'Universo Particular'

A foto acima mostra Marisa Monte na estréia de seu novo show, Universo Particular. A primeira apresentação da turnê aconteceu na noite de quinta-feira, 27 de abril, no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR), onde o show fica em cartaz até sábado. O colunista já está na cidade para ver o espetáculo na apresentação de sexta-feira. Aguardem a crítica no sábado!

Disco de Sandy & Junior tem produção rica, mas a qualidade da música é pobre

Resenha de CD
Título: Sandy & Junior
Artista: Sandy & Junior
Gravadora: Universal
Cotação: *

Há duas formas de se avaliar este 15º álbum de Sandy & Junior. Se o parâmetro for a qualidade da produção, Sandy & Junior é o melhor título da discografia da dupla. O argentino Sebastian Krys - secundado por Otávio de Moraes e pelo próprio Junior - inseriu os irmãos no universo do pop rock internacional com produção grandiosa e azeitada. O CD é muito bem tocado, os arranjos são bacanas e as vozes estão harmonizadas com requinte, especialmente em Você Não Banca o meu Sim. Todas as faixas têm instrumental à altura dos melhores trabalhos do gênero.

Se o parâmetro, contudo, for a qualidade das composições, o disco pode ser encarado como o pior da dupla. Afinal, a ambição foi grande e a intenção é tirar os irmãos do universo infanto-juvenil a que eles parecem confinados mesmo depois de adultos. E o álbum não cumpre esse objetivo - como o anterior Identidade (editado em 2003 e recebido com certa frieza pelo público) também não cumpriu. Falta repertório para tal. Em bom português: a produção é rica, mas a música é pobre. Sandy & Junior não são compositores inspirados. Um dos erros é o expressivo número de músicas assinadas pela dupla, sozinha ou em parceria. Teria sido salutar experimentar outros autores, outras levadas.

De nada, então, adianta Sandy ensaiar em Discutível Perfeição uma revolta contra sua imagem de princesa certinha. Até sua letra-desabafo parece concebida numa sala de marketing. De nada adianta gravar um rock razoável de Frejat e Mauro Santa Cecília (O Preço). E de nada adiantar juntar Milton Nascimento e Black Eyed Peas em Nas Mãos da Sorte, um samba-rap de sotaque gringo em que Milton chega a constranger ao dizer um punhado de versos-clichês de Gabriel O Pensador sobre a injustiça social. Alguma coisa continua soando fora da ordem...

"Me olho no espelho e já nem sei mais quem sou", canta Sandy em Estranho Jeito de Amar, a balada que abre o CD. Sim, há baladas (Nós Dois no Abismo, Ida nem Volta), há versões (Replay, eleita a primeira música de trabalho) e há faixas de batida mais pop (Tudo pra Você). São 12 músicas em 42 minutos. Findas as sucessivas audições do CD, fica difícil apontar uma melodia realmente bonita, uma letra que fuja dos lugares-comuns, enfim, algo que soe realmente verdadeiro. Sandy está cantando bem. Junior não faz feio como baterista no meio de músicos mais tarimbados. Mas paira no ar a sensação de que não será com este CD Sandy & Junior que os carismáticos irmãos irão ultrapassar a barreira infanto-juvenil e encontrar sua identidade musical.

Arnaldo Antunes assina tema de policial

Em cartaz no circuito nacional a partir desta sexta-feira, 28 de abril, o filme Achados e Perdidos, de José Joffily, conta na trilha sonora com música inédita de Arnaldo Antunes (foto), Hotel Fraternité, composta com inspiração em poema do alemão Magnus Hans Enzensberger. A gravação foi feita pelo próprio Antunes, mas quem assina a trilha do policial é André Abujamra. A primeira opção de Joffily para compor toda a trilha era o ex-titã, mas, por questões de agenda, Antunes não pôde aceitar o trabalho e indicou Abujamra - como já fizera em outro filme de trilha bem-sucedida, Bicho de Sete Cabeças.

Marisa na trilha de 'Cobras e Lagartos'

Admiradores de Marisa Monte (à esquerda em foto de Isabela Kassow) que assistiram ao quarto capítulo da novela Cobras e Lagartos, exibido na noite de quinta-feira, tiveram grata surpresa ao fim do episódio: a cena em que Bel (Mariana Ximenes) finalmente encontra Duda (Daniel Oliveira) foi sonorizada com Pra Ser Sincero, faixa do CD Infinito Particular. A inclusão da música na trilha da novela deve transformar naturalmente a composição no segundo single do álbum. Até porque Vilarejo já dá sinais de desgaste nas rádios e precisa ser substituída para manter o pique de vendas do disco.

E por falar em Marisa, a cantora está estreando esta semana a turnê Universo Particular, no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR). Na próxima semana, o show segue para Porto Alegre (RS), vai para São Paulo (SP) em meados de maio e chega ao Rio de Janeiro em julho, depois da Copa do Mundo.

Evanescence apronta segundo álbum

The Open Door é o título do segundo álbum de estúdio do grupo Evanescence (foto). O disco foi gravado no início do ano, em Los Angeles (EUA), com produção de Dave Fortman. O primeiro CD da banda, Fallen, saiu em 2003 e vendeu nada menos do que 6,5 milhões de cópias somente nos Estados Unidos.
Quinta-feira, Abril 27, 2006

Gravadora obriga festival trocar de nome

Uma pequena gravadora de São Paulo, Amplitude, ameaçou entrar na Justiça contra o produtor Bruno Levinson caso ele insistisse em batizar com o mesmo nome o festival de artistas da cena indie que será apresentado em todas as segundas-feiras de maio na cervejaria carioca Melt. Como a gravadora detém o registro do nome e não chegou a um acordo com Levinson, o produtor teve que mudar o nome do festival para Ampli. À esquerda, a nova filipeta do evento, já com o novo nome.

P!nk abre o verbo com autenticidade

Resenha de CD
Título: I'm not Dead
Artista: P!nk
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *

P!nk nunca fez pose de boa moça. Em seu quarto disco, o primeiro desde 2003, ela abre o verbo com a autencidade que caracteriza seu trabalho. Já no rock que inicia o disco, Stupid Girls, ela investe contra as garotas que se submetem à ditadura da magreza. Não, P!nk não morreu. Ao contrário: está vivíssima e fez um álbum coeso. Com bons rocks (Long Away to Happy), baladas de alto teor emocional (Nobody Knows), um pop dançante ('Cuz I Can) e até uma canção acústica de pegada folk (The One that Got Away). Uma das faixas mais bacanas é Dear Mr. President, em que ela convida George W. Bush para uma caminhada pelas ruas norte-americanas para que ele possa observar a injustiça social que também assola os EUA. P!nk consegue ser mais mordaz que dez entre dez bandas de rock que atacam Bush. Em outra música, I Got Money Now, o alvo é o consumismo desenfreado. P!nk sabe o que diz.

Frank apela para Wando e para 'baterão'

Com um elenco cada vez mais populista, a EMI vai continuar investindo em Frank Aguiar. O novo CD de inéditas do cantor, Sou Brasileiro (capa à esquerda), chega às lojas no começo de maio, apostando em novo modismo: o baterão. Trata-se de um mix de xote, vanerão e samba. Entre músicas novas (Ouça a Minha Voz, Dois Tum, Mulher Poderosa, Pense!, Morrendo de Saudade e Anjinho de Luz), há recriação de Gosto de Maçã - sucesso de Wando nos anos 80 - em ritmo de xote.

Leonardo faz duo com Zeca Pagodinho

Presença assídua nos discos dos colegas (prática em que rivaliza somente com Zélia Duncan, outra figurinha fácil entre as chamadas participações especiais), Zeca Pagodinho gravou improvável dueto com Leonardo. A faixa, Latinha na Mão, faz parte do CD que vai marcar em junho a estréia de Leonardo (foto) na gravadora Universal. Trata-se de um disco de inéditas. Sinhá Moça, o tema de abertura da novela homônima exibida pela Rede Globo, também está no repertório. Ao todo, são 15 músicas. O álbum - que será vendido em versão simples e em versão dupla que agrega CD e DVD com clipes e versões acústicas de seis das 15 faixas - foi gravado entre janeiro e fevereiro de 2006. Depois de pronto, o décimo título da carreira solo do cantor teve seu lançamento negociado pela Universal com a Sony & BMG, a gravadora que tinha Leonardo sob contrato.

Lulu vai gravar CD de inéditas em maio

Com incessante produção autoral, Lulu Santos (foto) já conta com um punhado de novas músicas para o CD de inéditas que começa a gravar em maio, em estúdio. Olhos de Jabuticaba, Seu Aniversário, Propriedade Particular, Domingo Maldito, Dopamina e Contatos são as novidades no repertório do artista. Sem falar em Ninguém Merece, samba dado ao Cidade Negra que ficou obviamente próximo do universo do reggae na versão do grupo (gravada no Rio para DVD e CD ao vivo). No momento, Lulu divulga a música Vale de Lágrimas, de seu disco anterior, Letra & Música.

Em tempo: há rumores de que Lulu gravaria seu terceiro DVD em maio, na nova temporada paulista da turnê Popstar. Mas a notícia não é confirmada pela assessoria do cantor.
Quarta-feira, Abril 26, 2006

Guilherme de Brito já se chama saudade

Guilherme de Brito (foto) já se chama saudade. O principal parceiro de Nelson Cavaquinho morreu na noite desta quarta-feira, 26 de abril, aos 84 anos. Estava hospitalizado há quase um mês, em coma induzido, na clínica Mayer Saúde, no Maracanã, bairro próximo de Vila Isabel, onde nasceu em 3 de janeiro de 1922. Foi vítima de problemas respiratórios agravados por um enfarte.

Brito, que também era pintor, começou sua carreira de compositor antes de conhecer Nelson Cavaquinho. Em 1955, o cantor Augusto Calheiros lançou um disco de 78 rotações por minuto com duas composições suas, Meu Dilema e Audiência Divina. Mas foi ao iniciar parceria com Nelson, ainda na década de 50, que sua obra alcançou o justo reconhecimento popular. Da rara inspiração da dupla, surgiram obras-primas como Pranto de Poeta, Folhas Secas, A Flor e o Espinho (do célebre verso "Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor") e Quando Eu me Chamar Saudade. Jóias cravadas de melancolia e amargura.

Os clássicos da obra de Brito foram recriados pelo autor em seu último disco, A Flor e o Espinho, gravado em 2003 com o Trio Madeira Brasil, responsável pelos arranjos. Dois anos antes, contratado pela gravadora Lua, o compositor conseguiu desovar parte de sua produção inédita no CD Samba Guardado. Mas sua discografia - assim como a de todo sambista da Velha Guarda - foi irregular pelo descaso da indústria fonográfica. Basta dizer que Guilherme de Brito somente conseguiu chegar ao disco em 1977, em LP dividido com Candeia, Elton Medeiros e o parceiro Nelson Cavaquinho. O título, apropriado, era Quatro Grandes do Samba. Em 1980, gravou enfim o primeiro de seus cinco discos solos, Guilherme de Brito, editado pela gravadora Eldorado. Um deles foi idealizado para o Japão. Títulos que merecem voltar ao catálogo e permanecer nas prateleiras para que o público possa sempre matar a saudade de Guilherme de Brito.

Ouça Roberto e Erasmo na voz de Belô

Depois de Lama (música de Mauro Duarte, gravada por Clara Nunes em 1976), Os Sertões (samba-enredo de Edeor de Paula defendido pela escola carioca Em Cima da Hora no Carnaval de 1976) e Não Tem Saída (balada de Marcos e Paulo Sergio Valle, lançada em 1991, em dueto de Sandra de Sá com Tim Maia), Belô Velloso (na foto acima, em clique de Débora 70) disponibiliza uma quarta regravação exclusiva para a internet: Eu te amo, te Amo, te Amo. De autoria de Roberto e Erasmo Carlos, a canção foi lançada pelo Rei em seu álbum de 1968 e, desde então, vem sendo uma das mais regravadas da obra da dupla. Marisa Monte, por exemplo, incluiu em 2000 a música no roteiro do show Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. O número foi um dos pontos altos da turnê.

Clique no endereço abaixo para ouvir e deixar sua opinião sobre a releitura em voz e violão feita por Belô Velloso: http://www.belovelloso.com.br/audios/euteamo-euteamo.asf

Gal Costa faz temporada no Blue Note

Antes de retomar a turnê nacional do show Hoje, que deverá ser registrado em DVD nas apresentações agendadas para fim de maio na casa paulista Citibank Hall, Gal Costa (na foto acima, clicada por Isabela Kassow) vai fazer temporada na prestigiada casa Blue Note, de Nova York (EUA). Gal Costa in Concert é o nome do show que a cantora vai mostrar aos americanos. Serão somente seis apresentações, de 16 a 21 de maio.

CD de 'Sinhá Moça' repete Dori e Walter

A trilha sonora do remake de Sinhá Moça guarda pouca semelhança com a seleção musical da versão original da novela. Apenas duas músicas - Na Ribeira deste Rio (com Dori Caymmi) e Camará (com Walter Queiroz) - estiveram no disco de 1986. Com a protagonista Débora Falabella na capa, o CD (capa à direita) do remake chega às lojas nos próximos dias com reunião de fonogramas de artistas como Cidade Negra (Negro Rei), Fagner (Custe o que Custar), Batacotô (Esse Negro Não se Enxerga), Chico César (Ser um Só), Guarabyra (Manhãs tão Bonitas), Oswaldo Montenegro (Quando a Gente Ama), Maria Bethânia (Minha Namorada) e Chitãozinho & Xororó (É Amor, É Paixão).

Baixe a faixa-título do quarto CD de Max

Em fase de masterização, o quarto disco solo de Max de Castro (na foto, clicado por André Passos) tem lançamento previsto para junho. Mas a faixa-título, Balanço das Horas, já está disponível para download no site da TramaVirtual (www.tramavirtual.com.br). Gravado com repertório inteiramente autoral, em que Max reflete sobre o conceito de tempo, o CD conta com a adesão de João Donato. O compositor e músico toca piano em Programa.
Terça-feira, Abril 25, 2006

Alcione lança 'Uma Nova Paixão ao Vivo'


Uma Nova Paixão - Ao Vivo é o título do DVD e CD que Alcione vai lançar entre fim de abril e início de maio. A capa acima é a do CD. Mas a Indie Records idealizou também uma edição especial dupla (à esquerda) que reúne CD e DVD envolvidos por uma luva com espaço para dedicatória - estratégia para impulsionar as vendas para o Dia das Mães.

Neste projeto, gravado ao vivo em show na casa RioSampa, na Baixada Fluminense (RJ), a Marrom recebe convidados como Marcelo D2 (Menor Abandonado), Leci Brandão (Quero Sim), Jefferson Jr. (Sábado à Noite, hit do grupo Cidade Negra) e a dupla angola Os Gênesis (Angola Brasil). O ator Aílton Graça participa de Meu Ébano, música que fez sucesso na trilha da novela América e impulsionou as vendas do último álbum de inéditas da cantora, Uma Nova Paixão.

Zélia Duncan vai fazer show com Simone

Zélia Duncan continua diversificando sua obra. Além de ter ficado com o posto de vocalista dos Mutantes na reunião do grupo, em Londres, a cantora vai fazer show com Simone. O encontro das duas - ocorrido pela primeira vez quando Zélia participou da gravação de recente projeto ao vivo da Cigarra, como mostra acima a foto de Vera Donato - vai ser repetido em show do projeto Tom Acústico, agendado para 12 de agosto, na casa paulista Tom Brasil Nações Unidas. Foi nesse mesmo projeto que, em agosto do ano passado, Ana Carolina se uniu a Seu Jorge em show que acabou registrado em DVD e CD ao vivo...

Marcelo D2 tira onda da 'batida perfeita' nos versos de seu quarto trabalho solo

Marcelo D2 está tirando onda com sua 'batida perfeita'. O título afirmativo do quarto disco solo do rapper carioca - Meu Samba É Assim, nas lojas na primeira semana de maio, via Sony & BMG - já anuncia o orgulho do artista pela sua mistura de samba e rap. E a pista é verdadeira. D2 adota elogioso discurso auto-referente em boa parte das letras do álbum. Gravado no Rio e mixado em Los Angeles (EUA), com produção de Mario Caldato, o CD integra em suas 15 faixas sambistas (Alcione, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho) e rappers como a dupla Marechal e Aori, convidada de Lapa.

"Meu samba é assim: aliado da rima perfeita", sentencia D2 em Sinistro, rap cujo discurso é norteado pela citada auto-referência, que já começa na faixa-título, que abre o disco com letra que fala em 'um DJ e um tamborim'. D2 vai além em outra faixa, É Assim que se Faz, tema de clima erótico em que o rapper joga conversa para cima da mina falando justamente na tal 'batida perfeita'. A mesma levada exaltada repetitivamente no rap É Preciso Lutar.

Alcione é a convidada de Pra que Amor? (a Marrom retribuiu o convite e chamou D2 para cantar no DVD que lança nos próximos dias). Já Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho marcam presença em Dor de Verdade. D2 apresenta os bambas com versos ditos no compasso do rap. Zeca entra em seguida para cantar a música no ritmo do samba mais tradicional.

Uma trilogia de espírito carioca começa com Lapa e prossegue com Malandragem, faixa aberta com a voz do apresentador Jorge Perlingeiro, que saúda aparição de D2 no programa Samba de Primeira. É a deixa para, em seguida, o rapper traçar em Um Filme Malandragem o perfil do novo malandro carioca. "O que era calça branca agora virou bermudão / Mas continuam o anel, a pulseira e o cordão", caracteriza a letra.

Em Falador, D2 critica, à moda dos pagodeiros, o gosto pela fofoca. Em That's What I Get, o artista dá a pista de que sua ideologia ainda é a mesma dos tempos do Planet Hemp: "Continuo queimando tudo até a última ponta". O convidado Charli Tuna versa em inglês.

Meu Samba É Assim termina em tom politizado com Carta ao Presidente. E a faixa de refrão incendiário que já está nas rádios, Gueto, sinaliza que a batida de Marcelo D2 continua perto da perfeição. Sobretudo quando ele consegue versar e olhar além do próprio umbigo...

Aos 60, Beth canta o samba da Bahia

Em 1993, Beth Carvalho (foto) cruzou a fronteira carioca e mapeou a produção paulista no CD Beth Carvalho Canta o Samba de São Paulo. Treze anos depois, a intérprete vai mais além e prepara o CD Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia. O repertório deverá conter músicas de Dorival Caymmi, Riachão e alguns sambas-de-roda. Estão previstas as participações de nomes como Caetano Veloso, Carlinhos Brown e Gal Costa.

Em tempo: Beth está prestes a entrar para o clube de sessentões da MPB. Em 5 de maio, a sambista completará 60 anos de vida.

Young sopra seu sax em pérola de 1952

Dando continuidade ao relançamento de títulos importantes do catálogo da Verve, a Universal Music repõe em catálogo no Brasil o disco Lester Young with The Oscar Peterson Trio (capa à esquerda). Um dos mestres do cool jazz, por conta de seu fraseado etéreo, Young gravou em 1952 este álbum ora reeditado na série Verve Originals. Acompanhado pelo piano de Peterson, seu sax tenor sopra divinamente melodias clássicas como as de There Will Never Be Another You, Star Dust e These Foolish Things.
Segunda-feira, Abril 24, 2006

A nova e definitiva capa de 'Carioca'

A foto acima é a da nova e definitiva capa de Carioca, o CD que Chico Buarque lança na primeira semana de maio, com repertório majoritariamente inédito. A capa da direita é a antiga, que chegou a ser exibida no site oficial da gravadora Biscoito Fino antes de ser substituída pela nova. Em ambas as versões, um mapa antigo do Rio passa pelo retrato do artista. Carioca é o primeiro CD de inéditas de Chico Buarque em oito anos.

Fernanda canta Caetano com Daniela

Desde que o Samba É Samba - a música mais festejada do álbum Tropicália 2, lançado por Caetano Veloso e Gilberto em 1993 - ganha mais uma regravação: Fernanda Porto (foto) recriou o samba em dueto com Daniela Mercury para o projeto ao vivo que vai marcar sua estréia na EMI. Daniela também participou da faixa Tudo de Bom. O DVD e o CD ao vivo de Fernanda chegam às lojas ainda neste semestre.

Nando Reis adere ao romantismo popular sem cair na banalidade (típica) do brega

Resenha de CD
Título: Sim e Não
Artista: Nando Reis
Gravadora: Universal
Cotação: * * *

Sim, o romantismo popular brota no sexto disco solo de Nando Reis. Não, o cantor não patina em terreno brega como sinalizara ao iniciar, orgulhoso, parceria com Wando. Em Sim e Não, o ex-titã se debate entre a firme pegada roqueira de sua banda - Os Infernais, que assina o disco juntamente com Nando - e a opção por um repertório mais acessível para manter o público conquistado com seu trabalho anterior, um precoce MTV ao Vivo que lhe deu enfim a popularidade buscada em vão em discos mais refinados como A Letra A.

Intérprete deficiente que vem melhorando a cada trabalho, Nando consegue a manutenção de seu padrão estético. Sim - a melodiosa canção que abre o disco - e N são temas belos que atingem o equilíbrio delicado entre a sofisticação de trabalhos anteriores e o romantismo popular, semeado em letras diretas que exaltam a mulher amada. O corinho de Sou Dela, música mais dançante que roça o pop perfeito, é elemento referencial do cancioneiro cafona que Nando rodeia, mas não abraça.

Sim e Não alterna rocks moderadamente pesados (Santa Maria, Monóico - em que o artista propõe inversão de papéis sexuais que o distancia do amor conservador explicitado nas canções de amor - e o estradeiro Caneco 70) com músicas melodiosas que destilam o tal romantismo que permeia o disco até sua última faixa oficial, a valsinha Ti Amo - há faixa escondida que nada acrescenta ao repertório.

Há músicas menores. Pra Ela Voltar rebobina - sem a mesma inspiração - a declaração de amor feita em Sim. A letra de Para Luzir o Dia parece feita na cola de Diariamente (a música de Nando gravada por Marisa Monte em 1991, em seu álbum Mais) ainda que sua melodia envolvente siga a receita palatável do disco. É faixa repleta de cordas que flerta com o instrumental progressivo. Em clima mais cool, Nando declara amor à filha em Espatódea.

Não, Nando Reis não ficou brega. O cantor deixa brotar o Roberto Carlos (dos anos 70) que existe nele sem aderir à banalidade do romantismo popular. Sim, seu sexto solo tem munição certeira para ampliar o público conquistado com o MTV ao Vivo.

DVD perpetua reunião morna do Velvet

Um dos grupos mais cultuados dos anos 60, The Velvet Underground - extinto em 1970 - se reuniu em 1993 para show que rendeu disco ao vivo e um VHS. O registro visual da turnê chega ao DVD. Recém-lançado no Brasil pela Warner, Velvet Redux Live MCMXCIII (capa à direita) condensa 15 números em pouco mais de meia hora de música. Fica a sensação de que algo se perdeu quando Lou Reed, John Cale, Moe Tucker e Sterling Morrison (morto de câncer antes da turnê aportar nos Estados Unidos) se reagruparam para reviver músicas como Venus in Furs, Heroin e Pale Blue Eyes. Ainda assim, o DVD tem valor documental que poderia ser maior se a Warner Music tivesse tido o cuidado de providenciar alguns extras.

Uma luxuosa visão tripla do The Who

Enquanto o prometido disco de inéditas do The Who não se materializa nas lojas, os fãs do grupo já têm à disposição no mercado nacional o DVD triplo Tommy and Quadrophenia Live (capa à esquerda), que totaliza quase sete horas de imagens da banda de Roger Daltrey e Pete Townshend. O DVD reúne show da turnê de lançamento do álbum Quadrophenia (realizada entre 1996 e 1997), versão ao vivo da ópera-rock Tommy (gravada em 1989, em Los Angeles, com intervenções de Billy Idol, Elton John e Phil Collins) e diversos registros ao vivo do grupo. A bossa do DVD são os comentários audiovisuais de Daltrey e Townshend. Luxo só!
Domingo, Abril 23, 2006

Prince de novo à altura do velho Prince

Resenha de CD
Título: 3121
Artista: Prince
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *

Prince voltou a ser Prince em 2004 com o lançamento de Musicology, álbum à altura de sua produção áurea dos anos 80. Dois anos depois, 3121 - editado esta semana no mercado nacional - confirma o retorno à forma. Trata-se de um disco exuberante e consistente que põe Prince novamente no mesmo patamar artístico alcançado por ele na década em que lançou petardos como Sign o' Times. Get on the Boat - o funkaço à moda antiga que fecha o CD - é apenas um exemplo da capacidade de Prince de aglutinar rock, funk e soul em grooves incendiários e antenados com a modernidade. A novidade está no breve e cool toque de latinidade de faixas como Te Amo Corazón. Há muitos exemplos em 3121 de que a velha chama voltou a acender: o rock funkeado Fury, a balada Satisfied, a incursão pelo rap em Beautiful, Loved & Blessed... Ouça o funk Black Sweat e constate que ele não destoaria do repertório de qualquer álbum editado pelo cantor nos anos 80. Para variar, Prince toca vários instrumentos, exibe vocais luminosos e se firma novamente como um dos grandes criadores da música americana. Que assim seja!

Haverá salvação para Michael Jackson?

Michael Jackson anunciou há dias que pretende lançar um álbum em 2007 - o primeiro desde o vencido Invincible, editado em 2001. Excêntrico como sempre, o cantor abriu gravadora, Two Seas Records, em parceria com a família real de um país do Golfo Pérsico, onde o artista reside atualmente. "Estou curtindo muito a volta aos estúdios para fazer música", disse Jackson em declaração oficial.

Como todo artista genuinamente talentoso, Michael Jackson pode surpreender e gravar um belo álbum. A questão a levantar é se há salvação para ele fora da grande indústria fonográfica. Prince - vale lembrar - somente voltou a ser Prince depois que se reconciliou com as multinacionais do disco. Em sua fase indie, em que sequer assinava seu nome artístico e ainda brigava publicamente com a Warner Music, o Artista perdeu tempo e dinheiro com álbuns irregulares. Jackson sempre teve o poderoso marketing da Sony & BMG a seu favor. Gravou discos antológicos e produziu clipes históricos. Mas a máquina trabalhava para ele...

Somente o tempo e o novo disco dirão se o mundo ainda vai poder admirar novamente o artista genial que Michael Jackson foi um dia. Que venha 2007!

FatBoy lança CD idealizado para o Brasil

Na capa, imagem da camisa 10 da seleção brasileira em destaque num estádio lotado em que o craque é o DJ. No título, uma expressão informal do vocabulário nacional. Fala Aí! (capa acima) é o nome do CD que FatBoy Slim idealizou para o mercado brasileiro a partir de sua vinda ao país. O disco sai em breve, via ST2. Mas a seleção musical do DJ não é tão nacionalista quanto a embalagem do álbum, apesar de temas como Everyone Needs a Carnival.

Perdidos na Selva culta os 80 em DVD

Pioneiro no culto aos som dos anos 80 que se alastrou nos últimos tempos, o grupo carioca Perdidos na Selva (foto) vai gravar seu primeiro DVD em show no Canecão (RJ), no próximo domingo, 30 de abril. Formada em 1998, a banda afirma aceitar sugestões de repertório através de seu site oficial (www.perdidosnaselva.com.br).

Caixa festeja 15 anos de Zezé & Luciano

Lá se vão 15 anos desde que É o Amor tomou de assalto as rádios, em 1991. Uma caixa com três CDs e um DVD festeja os 15 anos de sucesso de Zezé Di Camargo & Luciano - com uma gravação inédita, Tempo Perdido, como chamariz para os fãs. O CD 1, 15 Anos de Sucesso, reúne 14 hits da dupla sertaneja em ordem cronologicamente inversa. Além da inédita, o CD 2, Raridades, traz gravações avulsas da discografia da dupla, incluindo participações em discos de Ângela Maria (Falhaste Coração) e Fafá de Belém (Águas Passadas). O CD 3 é a trilha do filme 2 Filhos de Francisco. Completa a caixa o DVD Ao Vivo na Estrada, editado em 2003.
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