web page hit counter
Sábado, Novembro 12, 2005

Já é hora de Rod mudar o disco...

Resenha de disco
Título: Thanks for the Memory... The Great American Songbook Volume IV
Artista: Rod Stewart
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *

Rod Stewart já era carta fora do jogo da indústria fonográfica quando, produzido por Phil Ramone, lançou em 2002 It Had to Be You... The Great American Songbook. Sua releitura dos standards americanos - gravados exaustivamente por vozes mais brilhantes como a de Ella Fitzgerald, para citar somente um exemplo - já começou irregular, a despeito de uma ou outra faixa mais feliz, caso de The Way You Look Tonight, propagada no Brasil na trilha da novela Mulheres Apaixonadas. Mas o fato é que o projeto deu certo, vendeu milhões de cópias e tirou Rod do limbo a que ele esteve confinado durante a década de 90. Só que nada justifica o lançamento deste quarto volume, Thanks for the Memory..., o pior da série.

O que era para ser uma prometida trilogia - continuada com As Time Goes By... (2003) e suspostamente encerrada com o bom Stardust... (2004) - já chega ao quarto título com o argumento cínico de que o disco foi gravado para atender os pedidos do público. Desta vez, Rod jura que se trata do último songbook da coleção - e é bom que seja mesmo, pois pouco se salva neste novo álbum. Felizmente, o cantor ainda insere o soul em seu cancioneiro americano gravando You Send me (tema do lendário Sam Cooke) em dueto com Chaka Kan. A participação de Elton John na suingante Makin? Whoopee também ajuda a dar algum frescor ao repertório.

A produção é grandiosa, como nos volumes anteriores. Mas de nada adiantam cordas, pompas e circunstância se a sensualidade esboçada pelo cantor com Diana Ross em I've Got a Crush on You soa forçada. Melhor resultado o ex-roqueiro alcança, sozinho, quanto entoa com leveza a balada Long Ago and Far Away, de Ira Gershwin e Jerome Kern. Mas é pouco. Rod Stewart já deu o que tinha que dar como crooner. É hora de mudar o disco...

Cantoras dominam trilha de 'Belíssima'

As cantoras dominam a trilha da nova novela das oito da Rede Globo, Belíssima. Em suas 18 faixas, o CD (capa à esquerda, com foto da atriz Glória Pires, protagonista da trama) reúne fonogramas de Daniela Mercury (Pensar em Você, do recém-lançado disco Balé Mulato), Elis Regina (As Aparências Enganam, gravação de 1979 do álbum Essa Mulher), Gal Costa (Coisa Mais Linda, gravada nos anos 90 para o songbook de Carlos Lyra), Maria Bethânia (Encantado, tema de Que Falta Você me Faz), Maria Rita (Feliz, do repertório de Segundo), Simone (Então me Diz, a já polêmica versão de Zélia Duncan para The Blower's Daughter, de Damien Rice), Vanessa da Mata (Ai, Ai, Ai... - faixa de seu segundo disco que acabou de ganhar cinco remixes para as pistas), Zélia Duncan (o reggae Dor Elegante, do elogiado Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band) e Zizi Possi (Love for Sale, do projeto Pra Inglês Ver... e Ouvir).

Adriana Calcanhotto não canta no disco, mas está representada pela autoria da composição que batiza a novela, Belíssima, feita por ela especialmente para a trilha. Coube a Ney Matogrosso gravar a música.

Rob Thomas canta no DVD de Santana

Nem bem acabou de apresentar seu novo CD (All That I Am, o terceiro de uma trilogia de álbuns com convidados que começou em 1999 com o aclamado Supernatural e teve continuidade em 2002 com Shaman), Santana lança oficialmente nos Estados Unidos nesta terça-feira, 15 de novembro, um novo DVD, Live by Request (capa à esquerda), editado quase simultaneamente no Brasil pela Sony & BMG.

O vídeo conta com a participação de Rob Thomas - o cantor do grupo Matchbox Twenty, atualmente em carreira solo - no número que abre o show com Smooth / Dame tu Amor. Já The Game of Love tem a adesão de Michelle Branch. O DVD reúne alguns sucessos do guitarrista, destacando no roteiro Oye como Va, Black Magic Woman e Soul Sacrifice.

Britney reúne cenas do casamento em DVD e lança remixes e inéditas em CD

Atualmente em licença-maternidade para cuidar do primeiro filho, Sean Preston, Britney Spears (foto) lança novos DVD e CD ainda este ano. Intitulado Britney & Kevin ? Chaotic, o DVD reúne flagrantes do cotidiano da união da cantora com o dançarino Kevin Federline em cinco episódios feitos para a TV, aos quais foram adicionados 30 minutos de cenas inéditas extraídas de vídeos caseiros, fotos do álbum de casamento e os clipes de Someday (I Will Understand) e Do Somethin' - nunca lançados oficialmente.

Já o CD The Remixes reúne - como o título já anuncia - versões para as pistas dos maiores sucessos da artista, além de duas faixas inéditas, And Then We Kiss e a supra-citada Someday (I Will Understand). Entre os sucessos remixados, há Toxic, Me Against the Music, I'm Slave 4U e Baby One More Time.

Elymar grava hoje DVD no Canecão, no palco que projetou seu nome há 20 anos

Em cartaz no Canecão com o show Procura-se uma Pessoa que Ainda Tenha Tempo para Ser Feliz, dirigido por Chico Anysio, Elymar Santos (foto) planeja aproveitar a apresentação deste sábado, 12 de novembro, para gravar seu primeiro DVD. A veterana cantora Carmen Costa participa do espetáculo, revivendo seu sucesso Quase em dueto com o cantor.

A data e o local da gravação são especiais para o artista. Foi há exatos 20 anos, em 12 de novembro de 1985, que Elymar Santos - então com 33 anos - saiu do anonimato ao alugar o Canecão por 80 mil cruzeiros (a moeda da época) para fazer seu primeiro grande show, depois cantar na noite, em bares e churrascarias, durante anos. A estratégia deu certo. O aluguel da casa por um artista desconhecido - prática inédita na ocasião - teve repercussão na mídia e, como conseqüência, o cantor logo ingressou no mercado fonográfico, numa carreira que teve seu ápice durante a passagem de Elymar pela EMI.
Sexta-feira, Novembro 11, 2005

Elétrica, Daniela refaz em 'Balé Mulato' seu saboroso e pop 'Feijão com Arroz'

Resenha de disco
Título: Balé Mulato
Artista: Daniela Mercury
Gravadora: EMI
Cotação: * * * *

Com a carreira em ascensão no exterior, e já consolidada em países da Europa como Portugal e Espanha, Daniela Mercury parte para a reconquista do território nacional. Elétrica, a cantora retoma em seu décimo-primeiro CD solo, Balé Mulato, a mistura pop baiana que caracteriza seu trabalho desde sua explosão no início dos anos 90. Depois de salutar disco totalmente dedicado ao bate-estaca dos DJs (Carnaval Eletrônico, ápice de uma experiência com os beats programados iniciada em 2000 no álbum Sol da Liberdade) e de recente CD de MPB que tangenciava o universo do jazz (Clássica), a cantora refaz seu saboroso feijão com arroz em requintada produção dividida entre Ramiro Musotto, Alê Siqueira e a própria Daniela.

Balé Mulato sinaliza a retomada por Daniela de um axé mais tradicional e básico, mas nem por isso totalmente orgânico. Só que, neste disco, a eletrônica não é o elemento predominante, mas, sim, um ingrediente a mais no molho afro-pop-baiano da artista. O resultado é um disco delicioso, dos melhores da artista, e comparável ao cultuado Feijão com Arroz (1996). Ambos trazem até baladas de Chico César. À Primeira vista foi sucesso na trilha da novela O Rei do Gado em 1996. Pensar em Você - recriada de forma intimista e sublime com piano e cordas arranjadas com maestria por Lincoln Olivetti - tem tudo para bisar esse êxito na trilha da recém-estreada Belíssima.

Daniela combina timbres, ritmos e romantismo num disco que não perde o pique em suas 14 faixas. Se os beats ficam acelerados em Levada Brasileira (eletrocapoeira turbinada com batida pop e a batucada típica do samba carioca) e nos sambas-reggaes Eu Queria e Balé Popular (obra-prima do gênero, urdida com berimbaus percutidos por Ramiro Musotto), o clima acalma na melodiosa Topo do Mundo, faixa eleita para as rádios, e no xote-canção Toneladas de Amor, de Márcio Mello, compositor presente também em Feijão com Arroz com o hit Nobre Vagabundo. O autor toca guitarra na faixa e recita, quase em compasso de rap, seu poema O Amor Santo.

Como compositora, Daniela continua irregular, mas acertou ao dosar sua produção autoral. Se soa insossa na etérea canção Quase sem Querer (quase um rhythm and blues), a intérprete-autora convence em Quero Ver o Mundo Sambar (pérola do CD Carnaval Eletrônico recriada em formato mais acústico) e no frevo Água do Céu. Aliás, o que não falta em Balé Mulato são petardos carnavalescos. Um deles, Olha o Gandhy Aí, é ijexá que já animou os trios eletrônicos de Salvador em 2005. Outro é o velho Meu Pai Oxalá. Daniela turbinou para a folia baiana, com programações, o hit da dupla Toquinho & Vinicius - composto em 1973 para a trilha da novela O Bem-Amado. Da mesma forma que ousou recriar, com resultado estupendo, o clássico Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, no ritmo do samba-de-roda marcado com palmas e incrementado com coro de cantadeiras.

Entre um reggae zen como Amor de Ninguém (O Amor) e um tema pop cheio de guitarras quase roqueiras (Nem Tudo Funciona de Verdade), Daniela mostra que seu som sempre foi miscigenado. Faltava é acertar o tom, perdido em discos confusos como Sou de Qualquer Lugar (2001), mas reencontrado de forma primorosa neste Balé Mulato de cor brasileira.

Clássico do Queen completa 30 anos e volta remasterizado com DVD de clipes

Lançado originalmente em 1975, o quarto álbum do Queen - A Nigth at the Opera, título emblemático que consolidou a carreira e o formato grandioso dos shows do grupo inglês - ganha edição comemorativa de seus 30 anos. Foi o disco que trouxe a balada Love of my Life.

Intitulada A Night at the Opera: 30th Anniversary, a reedição tem seu lançamento agendado para 21 de novembro e traz de bônus um DVD com vídeos de todas as 12 músicas do álbum, incluindo clipe inédito de Good Company, filmado especialmente para a nova versão do disco. O DVD apresenta ainda comentários dos quatro remanescentes da formação clássica do Queen. Já o CD foi remasterizado e preserva a capa e o encarte do LP original.

Remixes de Beck ficam para janeiro

Inicialmente previsto para dezembro, o lançamento do disco de remixes de Beck (foto) - Guerolito, com versões para as pistas das músicas do último álbum do artista, Guero - teve seu lançamento adiado para 23 de janeiro. Até a arte do CD original foi refeita dentro do espírito eletrônico por Marcel Dzama, o idealizador do conceito gráfico de Guero.

O time de produtores e artistas que assinam os remixes inclui o beastie boy Ad Rock - responsável pela faixa Shake Shake Tambourine (Black Tambourine) - e a dupla Air, que remixou Heaven Hammer (Missing). Outros nomes que aderiram ao projeto são Homelife, Mario C e Octet.

Leporace grava Baden para Japão com aval e adesões dos filhos do violonista

Produtor japonês ligado à música brasileira, Kazuo Yoshida voltou esta semana ao Brasil para cuidar da gravação do disco Mariana Leporace Canta Baden Powell. Idealizado para o Japão, o CD conta com o aval e as participações dos dois filhos do violonista, morto em 2000. O também violonista Louis Marcel Powell, de 23 anos, toca em Apelo e em Lapinha - faixas arranjadas somente com violão e percussão. Já o pianista Philippe Baden divide os arranjos do disco com Alain Pierre.

Além de Apelo e Lapinha, Mariana Leporace (foto à direita) canta músicas como Tempo Feliz, Samba da Bênção, Cidade Vazia, Berimbau, Pra que Chorar, Tem Dó e Refém da solidão.

Especial de Elis de 1980 vira DVD

Idealizado e dirigido por Daniel Filho em 1980 para a série de especiais musicais Grandes Nomes, exibida pela Rede Globo, o programa Elis Regina Carvalho Costa será editado em DVD (capa à esquerda) ainda este mês, numa parceria das gravadoras Trama e Som Livre. Em antológica gravação, a Pimentinha chorou ao interpretar Atrás da Porta, música de Chico Buarque e Francis Hime lançada pela própria cantora em 1972 no LP Elis.

O roteiro de 15 músicas inclui a faixa-título do disco Essa Mulher - lançado por Elis em 1979 - e o sucesso O Bêbado e a Equilibrista (obra-prima de João Bosco e Aldir Blanc, gravada por Elis no mesmo LP de 1979), mas está centrado nos números do show Saudade do Brasil, apresentado pela cantora em 1980 e editado em álbum duplo naquele ano. Do repertório deste trabalho, a intérprete mostrou em Grandes Nomes temas como Agora Tá! (Tunai e Sérgio Natureza), Alô Alô Marciano (Rita Lee e Roberto de Carvalho), Aos Nossos Filhos (Ivan Lins e Vítor Martins), Aquarela do Brasil (Ary Barroso) e Conversando no Bar (Milton Nascimento e Fernando Brant).

O programa abre com versão instrumental de Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) - o primeiro grande sucesso de Elis - e fecha com Redescobrir (Luiz Gonzaga Jr.), número em que a platéia de convidados (entre eles, o novelista Gilberto Braga e o saudoso ator Lauro Corona) faz uma roda no palco. No fim, a cantora cita verso de Fascinação.

Um dos destaques é Modinha, cantada por Elis de forma intimista com o pianista César Camargo Mariano, convidado especial do programa. O DVD Elis Regina Carvalho Costa traz nos extras comentários do diretor do especial, Daniel Filho.
Quinta-feira, Novembro 10, 2005

DVD histórico recupera imagens da tensão, loucura e união do Phono 73



Resenha de DVD
Título: Phono 73 - O Canto de um Povo
Artista: Vários
Gravadora: Universal
Cotação: * * * * *

Com exceção de Milton Nascimento e Roberto Carlos, os principais nomes da música brasileira em 1973 estavam no elenco da gravadora Phonogram/Philips - hoje absorvida pelo major Universal Music. Esse time estelar foi reunido em três shows realizados de 11 a 13 de maio daquele conturbado ano no auditório do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo (SP).

Intitulado Phono 73, o evento entrou para a história não somente por aglutinar tantas estrelas, mas por retratar a atmosfera de tensão, loucura e união que imperava naqueles tempos de rígida censura imposta pela ditadura militar instaurada no Brasil a partir de 1964. O áudio dos espetáculos já tinha sido lançado em três LPs reeditados em CD em 1997. Mas as imagens nunca tinham estado disponíveis - até agora. Lançado esta semana, o DVD Phono 73 - O Canto de um Povo recupera 35 preciosos minutos de imagens coloridas filmadas por Guga Oliveira. De quebra, o vídeo traz dois CDs com o áudio remixado e remasterizado dos shows.

Houve dois grandes momentos de tensão no evento. Um deles - o corte do som de Chico Buarque quando ele apresentava Cálice com Gilberto Gil, seu parceiro na música composta para o Phono 73 - pode ser visto no DVD. Chico vai ficando irritado com o silêncio repentino de seu microfone, improvisa versos como "arroz à grega" (alusão às receitas publicadas pelos jornais no lugar de reportagens censuradas) e termina como pode a música, com raiva que transparece no seu número seguinte, o medley que junta Cotidiano e Baioque. Nas fotos acima, de Mário Thompson, ambos podem ser vistos durante suas apresentações no evento.

O outro momento de tensão - o encontro de Caetano Veloso e Odair José para cantar Vou Tirar Você desse Lugar, sucesso popular de Odair - tem o áudio do número incluído no CD, mas está ausente do DVD. Formada basicamente por universitários, a platéia não gostou de ver seu politizado ídolo baiano em comunhão com um artista popular. Caetano, irritado, fez discurso com frase lapidares como 'Não existe nada mais Z do que a classe A'. Essa imagem se perdeu e não está no DVD, mas a ausência desse take não tira o mérito do vídeo, que abre com flagrantes dos artistas nos camarins. É possível ver Elis Regina se maquiando no espelho antes de cantar Cabaré em clima denso e teatral.

As imagens do DVD são tão raras quanto tradutoras fiéis do espírito de uma época de censura e paradoxal desbunde. Raul Seixas, endiabrado e alucinado, desenha no corpo o símbolo da Sociedade Alternativa enquanto apresenta medley roqueiro e funkeado com Tutti Frutti, As Minas do Rei Salomão e Let me Sing, Let me Sing. De cabelos longos, Toquinho e seu parceiro Vinicius animam a platéia em clima afro-baiano com Meu Pai Oxalá, música que era sucesso na trilha da novela O Bem Amado. Numa de suas únicas imagens em cena, talvez mesmo a única, Sérgio Sampaio defende Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua.

Com visual riponga, Gal rodopia pelo palco enquanto canta Sebastiana, em número formado por um mix de imagens de sua apresentação e de seu ensaio. Maria Bethânia - cuja voz era então um diamante em estado bruto - dramatiza cada verso de Rosa dos Ventos antes de fazer afetuoso dueto com Gal na Oração de Mãe Menininha.

Prenunciando o disco que gravariam juntos em 1975, Gil e Jorge Ben unem forças e balanços em medley que aglutina Jazz Potatoes (Ben) e Filhos de Gandhi (Gil). Por fim, Caetano Veloso deita e rola pelo palco, literalmente, em atitude pioneiramente punk, enquanto reforça o sotaque nordestino para entoar músicas de Luiz Gonzaga (A Volta da Asa Branca, Baião) e Dominguinhos (Eu Só Quero um Xodó, xote lançado por Gil naquele ano).

Enfim, um documento histórico. Phono 73 registra o canto de um povo que, em meio a muita loucura, apertava os laços de união para sobreviver a tempos difíceis, mas, talvez por isso mesmo, de intensa efervescência musical.

DVD e CD de Zizi já estão no forno

Já estão na boca do forno o CD e o DVD (capa à direita) Pra Inglês Ver... e Ouvir, o novo trabalho de Zizi Possi. Em sua primeira gravação desde o disco Bossa, de 2001, a cantora reúne somente músicas compostas em inglês.

Pela ordem, as 18 faixas do DVD são The Man I Love, Fly me to the Moon, Moon River, The Very Thought of You, That Old Feeling, Dream a Little Dream of me, Do You Wanna Dance?, I Don't Wanna Talk About It, We've Only Just Begun, Redemption Song, Ruby, You Don't Know me, Love for Sale, Why Don't You Do It Right?, Fever, Come Together, Unchain my Heart e o medley final que une Love of my Life, Golden Slumbers, Carry That Weight e The End. O CD reúne apenas 13 faixas. Yesterday (já gravada por Zizi em Bossa) e Close to You faziam parte do roteiro original, mas foram excluídas da seleção final.

Nascido de um show idealizado pela cantora para a casa Bourbon Street, o projeto Pra Inglês Ver... e Ouvir foi gravado ao vivo em São Paulo, em minitemporada no Teatro Shopping Frei Caneca. O recital cool tem direção de José Possi Neto, irmão de Zizi, co-produtora do DVD em parceria com seu novo empresário, Manoel Poladian.

Pegada do Barão no palco é forte, mas Cazuza ressurge em música equivocada

Resenha de disco
Título: MTV ao Vivo
Artista: Barão Vermelho
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * *

A pretexto de gravar seu primeiro DVD, o Barão Vermelho revisa seu repertório e sua jornada de duas décadas (já descontados os anos em que a banda ficou paralisada para Frejat experimentar carreira solo) em disco duplo da série MTV ao Vivo, gravado em agosto, em dois shows no Circo Voador - o palco que ajudou a implantar e a propagar o rock carioca a partir de 1982. Trata-se do quarto e melhor registro de show do grupo.

Faltava uma gravação ao vivo que reproduzisse a pegada forte do Barão no palco e que captasse toda a energia que vazou no primeiro registro de show - feito em 1989 na casa paulista DamaXoc, com qualidade técnica deficiente que resultou num disco de som abafado. Em cena, a banda tem força a la Stones que também havia sido diluída no calmo Balada MTV, gravado em 1999, e que não transpareceu inteiramente no CD Ao Vivo no Rock in Rio, editado em 1992 por iniciativa da gravadora Som Livre para manter vivo o culto a Cazuza e perpetuar o show do Barão no célebre festival de 1985. Foi um flagrante de uma banda em estágio inicial, já com carisma, mas sem a segurança e a técnica que esbanja neste MTV ao Vivo, editado também em dois CDs simples vendidos separadamente.

Pela maturidade, pelo roteiro equilibrado que evidencia todas as fases da banda e pela pegada tão genuninamente roqueira (com aquele eventual toque de blues em temas como Down em Mim), nem era preciso ter apelado para um dueto virtual de Frejat com Cazuza em Codinome Beija-flor, balada do repertório solo do Exagerado. Sim, Cazuza deveria estar representado de alguma forma na retrospectiva do Barão, mas com uma música que simbolizasse sua passagem pela banda - como, por exemplo, Todo Amor que Houver Nessa Vida, ausente do repertório dos CDs. Codinome Beija-flor tem lá seus encantos sentimentais, mas a idéia do duo virtual nesta canção já tinha sido inclusive utilizada por Joanna, com aval da família de Cazuza.

Apelações à parte, o MTV ao Vivo do Barão Vermelho bomba. Seja pelo coro da platéia em O Poeta Está Vivo, pelos abundantes solos de guitarra ou por petardos como Por que a Gente É Assim?, Declare Guerra, Política Voz e Pense e Dance. É um repertório tão bom que a melódica inédita O Nosso Mundo (Guto Goffi e Maurício Barros) até passa despercebida. Que venha o DVD!

Enya revela as 12 faixas de 'Amarantine'

Amarantine, o novo álbum de Enya, tem lançamento programado para 22 de novembro. A cantora revelou esta semana as 12 faixas do sucessor de A Day Without Rain, que saiu em 2000 e vendeu 6,8 milhões de cópias somente nos Estados Unidos. Less than a Pearl, The River Sings, Long Long Journey, Drifting e A Moment Lost são algumas músicas do novo CD da diva da new age. Como de praxe, Enya trabalhou em parceria com o produtor Nicky Ryan e com a letrista Roma Ryan. O disco foi gravado durante dois anos.

Daniela canta 'Frevo Mulher' em DVD que registra a folia baiana em alta definição

Nem bem lançou seu décimo-primeiro disco solo (Balé Mulato, nas lojas esta semana com tiragem inicial de 55 mil cópias), Daniela Mercury (à direita em foto de Mário Cravo Neto) já cuida dos detalhes de seu próximo DVD. O lançamento está previsto para janeiro. Ainda sem título, o DVD documenta a participação da cantora na folia baiana de 2005.

Oito câmeras de alta definição captaram imagens da artista em seu trio elétrico e em seu camarote. O repertório inclui os últimos hits carnavalescos de Daniela (Maimbê Dandá, Olha o Gandhy Aí e Meu Pai Oxalá) e uma inédita interpretação de Frevo Mulher, fiel ao arranjo original da música de Zé Ramalho. "Há muito tempo que eu tento registrar de forma bonita o Carnaval da Bahia", contou Daniela ao colunista durante a entrevista promocional do CD Balé Mulato.
Quarta-feira, Novembro 09, 2005

Jay Vaquer vende a si mesmo e merece ser mais conhecido por seu terceiro CD

Resenha de disco
Título: Você Não me Conhece
Artista: Jay Vaquer
Gravadora: EMI
Cotação: * * *

"Ele guarda no H.D. / Fotos de crianças nuas, pra tirar um lazer / Curte ver aquilo quando fica só /Ela conta os passos que dá no trajeto / Entre a terapia e a boca do pó". Os versos de Cotidiano de um Casal Feliz radiografam a podridão silenciosa que rege muitas uniões sob o olhar complacente da sociedade hipócrita e atestam a tentativa bem-sucedida de Jay Vaquer de escapar do lugares comuns do pop rock nacional. A música é destaque do repertório autoral de Você Não me Conhece, o terceiro CD do cantor e compositor, filho de Jane Duboc.

Vaquer vem de dois discos - Nem Tão São (1998) e Vendo a mim Mesmo (2004) - que renderam clipes de alta rotação na MTV, mas que não aconteceram entre o chamado grande público. Contratado pela EMI no ano passado, o cantor luta para que sua música extrapole o universo da emissora. Difícil vai ser enquadrar seu som no universo limitado das rádios. Em essência, Você Não me Conhece é um disco de pop rock, mas fecha com balada de arranjo camerístico, Paredes, que poderia estar num álbum de MPB.

A safra de canções autorais é superior a de Vendo a mim Mesmo, mas este disco (de marketing equivocado, a começar pela capa de visual andrógino) trazia alguns covers que o tornavam mais palatável ao público que não digere facilmente novos artistas. No novo CD, produzido com requinte pelo baixista Dunga, Jay vende somente a si mesmo. Por isso mesmo, merece ser mais conhecido. Para que outros ouvintes possam identificar um quê de Lulu Santos pulsando na veia pop de faixas como A Falta que a Falta Faz e Quando Fui Fred Astaire.

Entre baladas como Tal do Amor (8 e 80) e rocks como Campo Minado, Jay se revela um letrista acima da média, uma cabeça pensante preocupada em construir um discurso, e não somente em encaixar versos nas métricas das melodias. Estas é que ainda precisam de um aprimoramento maior para que fiquem à altura dos versos. Você Não me Conhece tem bons momentos como a faixa-título. Ainda não é o grande disco que Jay Vaquer pode vir a fazer, mas, por ele, o jovem cantor já merece ser mais conhecido.

Universal distribui selo de MV Bill para consolidar investimento no rap nacional

Em parceria com a marca Hutúz, o rapper MV Bill está lançando seu próprio selo, Chapa Preta Entretenimento. O cantor assinou esta semana um contrato de distribuição com a Universal, a major que vai pôr nas lojas os CDs de rap do Chapa Preta e de outro selo ligado à gravadora Hutúz, o Dum Dum Records, pelo qual grava a rapper Nega Gizza. O primeiro disco de Bill por seu selo tem lançamento previsto para abril de 2006.

Com o contrato, Bill traz automaticamente Gizza para a Universal, companhia que vem reforçando seu elenco de hip hop nos últimos anos. Além de recrutar Negra Li & Helião, dupla que já editou um disco pela multinacional, a Universal contratou o rapper Cabal, que vai lançar em breve seu novo CD.

Na foto de Luciana Tancredo, aparecem MV Bill (à esquerda), Nega Gizza, Max Pierre (Vice-presidente artístico da Universal, ao centro), José Éboli (Presidente da Universal) e o empresário do cantor, Celso Athaíde (à direita, em pé).

Mombojó grava segundo CD pela Trama

A Trama anunciou hoje a contratação do Mombojó (foto). O grupo pernambucano entra ainda este mês no estúdio da gravadora para começar a gravar seu segundo CD, o sucessor do elogiado Nada de Novo, editado em 2004 de forma independente e, mais tarde, encartado na revista Outra Coisa. "Para nós, o contrato com a Trama é um passo importante que reafirma nossa condição de banda independente. Vamos continuar trabalhando como estamos acostumados, inclusive liberando músicas na internet", ressaltou o vocalista da banda, Felipe S., em nota oficial da Trama.

A ressalva do cantor sobre a internet não veio à toa. Vale lembrar que todas as faixas de Nada de Novo já estão disponíveis na rede, em arquivos MP3 que podem ser baixados gratuitamente. Por ora, o lançamento do segundo disco do Mombojó está previsto para o fim do primeiro semestre de 2006.

Cancioneiro do poeta Salgado Maranhão é reunido em disco que traz Elba, Ivan Lins, Alcione, Zeca Baleiro e Zé Renato

Segundo título dos doze previstos na série Poetas da Canção, do selo Sesc Rio.Som, o disco Amorágio apresenta o cancioneiro do poeta Salgado Maranhão (natural de Caxias, cidade do Estado que lhe empresta o sobrenome) nas vozes de intérpretes como Alcione, Paulinho da Viola, Elba Ramalho (na foto, com Dominguinhos, também presente no CD), Ivan Lins, Zeca Baleiro, Zé Renato, Rita Ribeiro e Selma Reis.

Das 13 músicas do álbum, seis são inéditas. Trata-se de Rapsódia (gravada por Elba), Revela (parceria com Moacyr Luz, registrada por Selma Reis), Vôo Livre (parceria com Ivan Lins, cantada por Zé Renato), Diamante Bruto (parceria com Zé Américo, ouvida na voz de Alcione), Do Princípio ao Fim (outra composta com Zé Américo e entoada por Sandra Duailibi) e a faixa-título, Amorágio, musicada e gravada por Ivan Lins.

Dominguinhos canta Ave Cigana, já gravada por sua comadre Elba Ramalho. Paulinho da Viola defende Recato, parceria com Elton Medeiros. Rita Ribeiro é a intérprete de Caminhos do Sol, sucesso na voz de Zizi Possi e na posterior regravação do grupo Yahoo. Já Zeca Baleiro pôs voz em Trem da Consciência, parceria de Maranhão com Vital Farias.

Livro e CD com 10 gravações inéditas saem do baú sem fundo de Raul Seixas

O baú de Raul Seixas parece não ter fundo - pelo menos enquanto o culto ao cantor baiano estiver dando lucro para as gravadoras, as editoras e os herdeiros do cantor. O novo produto lançado no mercado é o livro O Baú do Raul Revirado (capa à direita) que apresenta fotos e manuscritos do artista e, de bônus, traz um CD com 10 inéditas gravações caseiras do Maluco Beleza.

Entre as preciosidades do CD, há duas músicas inéditas, Lena e Angel - registradas em 1988 em fita cassete - e uma versão caseira de Eu Sou Egoísta, datada de 1975. Há também números extraídos de show feito em 1981 no Teatro Pixinguinha, em São Paulo (SP).

Organizado pelo jornalista Silvio Essinger, que analisa a obra e a discografia do autor de Ouro de Tolo, o livro O Baú do Raul Revirado está sendo lançado pela Ediouro nos moldes do Almanaque Anos 80, o best-seller do ano passado que gerou coletâneas e um DVD com clipes de astros da década - editado esta semana pela EMI.
Terça-feira, Novembro 08, 2005

Francis documenta novas parcerias em DVD que traz partituras de 14 músicas

Resenha de DVD
Título: Brasil Lua Cheia
Artista: Francis Hime
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Pelo vidro da janela da porta do estúdio, eis um flagrante de Lenine pondo voz em Corpo Feliz, parceria de Francis Hime com o saudoso poeta Cacaso. Em outro instante, a câmera do diretor Ricardo Nauenberg flagra as expressões atentas e um pouco tensas de Adriana Calcanhotto antes de gravar Um Sequestrador, sua colaboração com Vinicius de Moraes (póstuma, no caso do Poetinha) e com Hime. Momentos depois, é a vez de observar o perfeccionismo de Paulinho da Viola antes de registrar sua parte em Choro Incontido, sua primeira parceria com Hime.

Estes flagrantes de estúdio são o supra-sumo do DVD Brasil Lua Cheia, recém-lançado pela Biscoito Fino. O vídeo documenta as gravações do homônimo disco de estúdio de Francis Hime - trabalho inspirado em que o parceiro de Chico Buarque em Atrás da Porta (1972) renova seu time de colaboradores. Além dos já citados, há Joyce e Moraes Moreira, letrista da faixa-título, um sambão musicado na linha melódica do célebre Vai Passar (1984) e gravado com toda pompa num arranjo polifônico.

Descontraído, Hime abre o DVD explicando o conceito do disco e contando breve passagem de sua infância musical. Mas o documentário abre pouco espaço para as entrevistas. O prato principal são as músicas do disco, que podem ser ouvidas em áudio 5.1 e DTS - ou mesmo em 2.0, se o aparelho de DVD não estiver acoplado a um home-theater.

Fãs de Hime encontrarão ainda as partituras em arquivos pdf, que podem ser acessados através da inserção do disco no drive de DVD-rom do computador. Enfim, o DVD Brasil Lua cheia é indicado para fãs de making of que gostam de testemunhar um pouco (somente um pouco) a intimidade e cumplicidade dos cantores e compositores no momento da gravação de um disco. No gênero, o vídeo é um dos melhores.

Magal grava DVD com Zoli e Frenéticas

Aproveitando a repercussão do uso simultâneo de seus sucessos em dois comerciais de TV, Sidney Magal (foto) grava DVD e CD ao vivo neste sábado, 12 de novembro, em show na casa Garden Hall (RJ) restrito a convidados. A gravação contará com as participações do grupo As Frenéticas e do cantor e guitarrista Cláudio Zoli. Em seu primeiro DVD, Magal vai reviver seus hits dos anos 70 (Tenho, Meu Sangue Ferve por Você, Sandra Rosa Madalena e Amante Latino, entre outros) e recordar alguns raros sucessos conquistados após o seu apogeu como cantor - caso da lambada Me Chama que Eu Vou (1990), tema de abertura da novela A Rainha da Sucata.

Universal relança no Brasil a edição americana do primeiro álbum de Jobim

A Universal repõe em catálogo no mercado nacional uma preciosidade para os fãs de Tom Jobim. Trata-se da edição americana do primeiro álbum do maestro, Antonio Carlos Jobim - The Composer of Desafinado, Plays, gravado em 9 e 10 de maio de 1963, em Nova York, e lançado originalmente nos Estados Unidos naquele mesmo ano, pela gravadora Verve, no embalo do estouro da velha bossa na terra do Tio Sam.

Cinco anos depois de João Gilberto ter revolucionado a música brasileira com o compacto de sua obra-prima Chega de Saudade, Jobim, que nunca havia gravado um LP no mercado nacional, teve enfim a chance de mostrar em disco seus próprios registros de clássicos de sua autoria como Garota de Ipanema, Insensatez, Corcovado, Samba de uma Nota Só, Água de Beber e Desafinado.

Na seqüência da edição americana da Verve, produzida por Creed Taylor ainda sob a repercussão do polêmico concerto de 1962 do Carnegie Hall, o disco foi lançado no Brasil pela gravadora Elenco, mas com outra capa e outro título (apenas Antonio Carlos Jobim). A presente reedição da Universal recupera a capa da edição original. E preserva até a vírgula posta erroneamente no título americano...

Casé compila sucessos do 'mercadão'

No embalo do quadro apresentado por Regina Casé no programa Fantástico, com artistas e músicas que estouram nas periferias à margem da indústria fonográfica, a Som Livre está lançando a compilação Brasil Total Apresenta as 20 Mais - Mercadão de Sucessos (capa à direita). Entre as 20 faixas do disco, há hits populares como Patricinha (na voz do cantor baiano Moisés Moreno), C.I.D.A.D.E.D.E.D.E.U.S. (defendido pela dupla carioca formada por MC Cidinho e MC Doca) e Telefone Ocupado (da Banda Balança Neném, do Ceará).

Assim como o programa de Casé, a coletânea projeta nomes como o paraense DJ Iran (autor de Espaçonave do Som - O Novo Rubi), a dupla gaúcha Enzo & Rodrigo (intérprete de Esse Tal de Vanerão) e o grupo pernambucano Vício Louco (defensor do Rap Tecno). Da turma do funk carioca, o CD traz Deize Tigrona e seu hit Injeção.

Caixa de Wanderléa encerra festejos pelos 40 anos da Jovem Guarda

Inicialmente intitulada Ternurinha, a caixa que reúne os seis primeiros discos de Wanderléa, gravados entre 1963 e 1968 na CBS / Columbia, ganhou o óbvio nome de Jovem Guarda (capa à esquerda). Marcelo Fróes - que cuidou das recentes caixas de Erasmo Carlos e Renato e seus Blues Caps - assina também a produção da coleção da cantora.

Nas lojas no início de dezembro, encerrando os festejos da indústria fonográfica pelos 40 anos da explosão do movimento pop comandado por Roberto Carlos, a caixa reúne os discos Wanderléa (1963, reeditado em CD com as faixas-bônus Tell me How Long e Ao Nascer do Sol), Quero Você (1964, com os bônus Rei da Brotolândia e Dê o Fora), É Tempo do Amor (1965, acrescido de Meu Desencanto e Ela É meu Bem, faixas de compacto de 1967), A Ternura de Wanderléa (1966, com os bônus Finalmente Encontrei Você e Foi Assim, extraídos de compacto de 1968), Wanderléa (1967, acrescido de Vou Conseguir e Vou lhe Deixar, faixas gravadas para a série As 14 Mais) e Pra Ganhar meu Coração (1968, que traz as faixas-bônus Nunca Mais Vou Repetir que te Amo e Chegou, Sorriu, Gostei).

É a primeira vez que a gravadora Sony & BMG encaixota os seis discos gravados por Wanderléa nos anos 60 para a CBS / Columbia. Mas todos os títulos já haviam sido reeditados em CD, de forma avulsa em 1988 e, mais tarde, no formato 'dois LPs em um CD', com as mesmas faixas-bônus. A exceção é o disco de 1968, Pra Ganhar meu Coração, cujos bônus são diferentes das reedições anteriores.

Wanderléa, a propósito, aderiu ao elenco que revive os maiores hits da Jovem Guarda em show perpetuado no CD e DVD 40 Anos de Rock brasil, editados este mês pela EMI.
Segunda-feira, Novembro 07, 2005

Roberto Carlos recria hit de Chitãozinho & Xororó em álbum de tom sertanejo

Grande sucesso de Chitãozinho & Xororó (foto) em 1996, Coração Sertanejo (Neuma Morais e Neon Morais) é uma das surpresas do álbum de tom caipira que Roberto Carlos lança entre o fim de novembro e o início de dezembro. A gravação da dupla foi muito tocada nas rádios de todo o Brasil por conta de sua inclusão na trilha da novela O Rei do Gado.

Simone e Ana Carolina divulgam versões da mesma música do autor Damien Rice

Desde 1979, quando Simone e Fafá de Belém gravaram e lançaram simultaneamente suas leituras de Sob Medida (Chico Buarque), duas cantoras não divulgavam ao mesmo tempo gravações de uma mesma música. E o curioso é que tal fato se repete novamente com a Cigarra. A faixa que puxa seu disco Simone ao Vivo, Então me Diz, é versão assinada por Zélia Duncan (na foto de Vera Donato, com Simone, durante a gravação do CD/DVD no Teatro João Caetano) da mesma música do compositor irlandês Damien Rice, The Blower's Daughter, vertida por Ana Carolina para seu CD e DVD Ana & Jorge, gravado ao vivo em show dividido com Seu Jorge na casa Tom Brasil.

A briga vai ser boa. A versão de Ana - cantora que atualmente tem popularidade e vendas maiores do que a de Simone - já foi mandada para as rádios pela gravadora Sony & BMG e vem tocando bem em algumas emissoras. Mas Marcos Maynard, presidente da EMI, emplacou a versão de Simone na trilha da nova novela da Rede Globo, Belíssima. Então me Diz é o tema do casal de protagonistas André e Júlia, encarnado pelos atores Marcelo Antony & Glória Pires.

Coincidentemente, os dois discos foram gravados ao vivo em agosto. Mas a versão de Ana - cantada por ela em dueto com Seu Jorge - já estava no roteiro original do show. A de Simone não constava do repertório apresentado no Teatro João Caetano.

Confira as letras das duas versões:

É Isso Aí (Damien Rice / Ana Carolina)

É ISSO AÍ
COMO A GENTE ACHOU QUE IA SER
A VIDA TÃO SIMPLES É BOA
QUASE SEMPRE
É ISSO AÍ
OS PASSOS VÃO PELAS RUAS
NINGUÉM REPAROU NA LUA
A VIDA SEMPRE CONTINUA
E EU NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR
EU NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR
NÃO VOU PARAR DE OLHAR
EU NÃO ME CANSO DE OLHAR
NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR

É ISSO AÍ
HÁ QUEM ACREDITE EM MILAGRES
HÁ QUEM COMETA MALDADES
HÁ QUEM NÃO SAIBA DIZER A VERDADE
É ISSO AÍ

UM VENDEDOR DE FLORES ENSINA SEUS FILHOS
A ESCOLHER SEUS AMORES
E EU NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR
EU NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR
NÃO VOU PARAR DE TE OLHAR
EU NÃO ME CANSO DE OLHAR
NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR

Então me Diz (Damien Rice / Zélia Duncan)

ENTÃO ME DIZ
NADA É TÃO TRISTE ASSIM
A VIDA É BOA PRA MIM
MAIS QUE O NORMAL
ENTÃO ME DIZ

QUALQUER ESTÓRIA
DE AMOR E GLÓRIA, EU SEI
NÃO DÁ MAIS PRA VOAR
NÃO SEI OLHAR SEM VOCÊ
EU SÓ TENHO OLHAR PRA VOCÊ
EU SÓ SEI OLHAR PRA VOCÊ
EU SÓ SEI OLHAR PRA VOCÊ
SÓ SEI OLHAR PRA VOCÊ
EU NÃO SEI OLHAR...

ENTÃO ME DIZ
FRASES FEITAS COMUNS
JÁ SEI, FICAMOS NO AR
MAIS QUE O NORMAL
ENTÃO ME DIZ
FAZ FRIO AGORA
A MUSA INGLÓRIA PARTIU
NEGANDO SEU PAPEL

E EU NEM SEI OLHAR SEM VOCÊ
EU NÃO SEI OLHAR SEM VOCÊ
EU NÃO SEI OLHAR SEM VOCÊ
EU SÓ SEI OLHAR PRA VOCÊ
SÓ SEI OLHAR PRA VOCÊ
EU SÓ SEI OLHAR...

UH...NUNCA DISSE, TE AMO
NUNCA DISSE, TE ESTRANHO
NEM IMPORTA MAIS

E EU SÓ SEI PENSAR EM VOCÊ
EU SÓ SEI PENSAR EM VOCÊ
EU SÓ SEI PENSAR COM VOCÊ
EU SÓ SEI PENSAR COM VOCÊ
SÓ SEI PENSAR EM VOCÊ
SÓ SEI PENSAR...PENSAR...

'Ana & Jorge' sai também em CD com a inédita e politizada 'Notícias Populares'

Gravado no projeto Tom Acústico em 15 de agosto, em apresentação extra na casa Tom Brasil (SP), o show dividido por Ana Carolina com Seu Jorge sairá também no formato de CD - além do DVD previsto inicialmente pelos dois artistas. Ana & Jorge será o primeiro disco ao vivo da cantora, que incluiu no repertório a inédita Notícias Populares, música de sua autoria, de tom politizado. Outra canção que ganha seu primeiro registro no projeto e que também aborda fatos políticos é Unimultiplicidade, parceria de Ana com Tom Zé.

A faixa que já foi para as rádios, no entanto, é a versão feita por Ana da canção do compositor irlandês Damien Rice The Blower's Daughter, popularizada na trilha do filme Closer. Intitulada É Isso Aí na letra em português da cantora, a versão já é uma das músicas mais tocadas em rádios de perfil adulto.

Além de cantarem Carolina, música de Seu Jorge, os dois artistas musicaram também dois textos da poeta Elisa Lucinda, Só de Sacanagem e Alfredo É Gisele.

Luiz Carlos da Vila lança CD gravado ao vivo em 2001 em show no Teatro Rival

Gravado ao vivo em 2001, em show no Teatro Rival, o oitavo CD de Luiz Carlos da Vila (foto), Um Cantar à Vontade, chega este mês às lojas. Produzido por Milton Manhães, o disco reúne os principais sambas do compositor. Entre eles, O Show Tem que Continuar, O Sonho Não Acabou, Doce Refúgio, Por Um Dia de Graça e Kizomba, A Festa da Raça.

Liberado do contrato com a EMI, Felipe Dylon lança inédita em kit de CD e DVD

Felipe Dylon (foto) não perdeu tempo. Mal obteve na Justiça a liberação para gravar discos fora do contrato com a EMI, do qual pediu rescisão em processo aberto contra a gravadora, o cantor prepara kit com CD e DVD para lançar no fim do ano. O DVD, Felipe de A a Z por Diana Bouth, traz imagens do artista compondo, tocando e praticando esportes, além de cenas da sua última turnê. O CD contém a inédita Em Outra Direção, parceria de Dylon com Dudu Falcão. A nova música já teve direito a um clipe e em breve será enviada às rádios e à MTV.
Domingo, Novembro 06, 2005

Madonna faz dance com ecos de disco music para apagar fiasco do CD anterior

Resenha de disco
Título: Confessions on a Dance Floor
Artista: Madonna
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

A bela capa, com estética que remete aos frenéticos dancin' days, já dera a pista - corroborada no primeiro single, Hung Up. Depois do fracasso comercial de American Life (2003), um dos piores álbuns de sua carreira, Madonna acena intensa e desesperadamente para as pistas com Confessions on a Dance Floor, disco totalmente dance, mas com ecos de disco music. Se a radiofônica Hung Up (quase tão poderosa quanto Music, o hit do álbum homônimo de 2000) apela para sample de Gimme Gimme Gimme, do seminal quarteto Abba, Future Lovers reprocessa a batida pioneira de I Feel Love, mostrando como Donna Summer e seu produtor Giorgio Moroder foram visionários em meados dos anos 70. A faixa é parceria de Madonna com o produtor Mirwais Ahmadzai, responsável por seu último bom álbum, o supra-citado Music.

Mirwais saiu do primeiro plano da cena para que o inglês Stuart Price (ligado à cena eletrônica de Londres) produzisse Confessions on a Dance Floor- nas lojas dia 14, em lançamento mundial, mas já com suas 12 faixas disponíveis na internet. Tudo indica que as pistas e as bibas vão ferver ao som de petardos como Sorry, que tem sample de Can You Feel It?, hit do The Jacksons em 1981. É uma das melhores faixas de um disco que começa bem com Hung Up e alterna momentos menos inspirados como Get Together (faixa que rebobina o som dance dos anos 90) e How High (em que Madonna lança mão do vocoder para soar como uma subBritney Spears) com outros mais interessantes. São os casos de Forbidden Love (sexy faixa retrô com ecos de Kraftwerk e muito vocoder), Jump (de batida próxima do pop feito por Madonna nos anos 80) e sobretudo da já polêmica Isaac, em que a artista insere cânticos judaicos na sua dance pop com resultado sedutor.

Entre flertes com o eletro e o trance, Madonna apresenta um disco de espírito eletrônico que se sustenta pelas múltiplas referências. Se I Love New York é trivial tributo à metrópole americana, Let It Will Be se diferencia pelo arranjo de cordas da introdução. Penúltima faixa, Push é legal, mas seria mais sedutora se tivesse tido acentuada sua latinidade, que lembra La Isla Bonita, sucesso da cantora no disco True Blue (1986). E tudo termina com o egocêntrico autoretrato esboçado pela diva em Like It or Not. "Você pode me amar ou me ignorar, mas eu nunca vou parar", avisa Madonna na letra. Há quem a ignore, de fato, mas seu público cativo vai amá-la ainda mais por este novo disco quase tão coeso quanto Ray of Light(1998), o álbum que inseriu Madonna definitivamente na cena eletrônica contemporânea.

Violonista realça maestria dos choros e valsas elegantes de Paulinho da Viola

Resenha de disco
Título: Choros de Paulinho da Viola
Artista: Marcia Taborda
Gravadora: Acari Records
Cotação: * * * *

Paulinho da Viola sempre cultuou as tradições do choro - apreendidas inclusive pelo contato com seu pai, o violonista César Faria, integrante do conjunto Época de Ouro. Em 1976, ele reafirmou sua intimidade com o universo do choro ao dedicar sublime álbum instrumental ao gênero, Memórias Chorando. E, mesmo quando o compositor priorizou o samba, são raros os seus discos que não trouxeram pelo menos um choro feito para violão. Marcia Taborda reúne 13 deles no CD Choros de Paulinho da Viola, produzido por Luciana Rabello.

A rigor, o disco abrange valsas (como Lila, feita pelo compositor em homenagem à sua mulher) e choros. Violonista de grande proximidade com o gênero, autora de tese de doutorado sobre o surgimento do violão no Rio de Janeiro, Taborda realça com técnica exemplar a maestria da obra instrumental de Paulinho da Viola, tocada com rara delicadeza. Mesmo em choros de formato mais tradicional, como Escapulindo, não se ouve o toque frenético do violão comumente usado para apresentar peças do gênero. Taborda segue por trilha mais calma e lírica - como já anuncia Itanhangá, a faixa que abre o disco.

Entre homenagens a Rosinha de Valença (Rosinha, Essa Menina) e João Pernambuco (Relembrando Pernambuco), o tributo a Canhoto da Paraíba, Abrançando Chico Soares, seja talvez o tema que melhor capte o espírito de uma roda de choro. Na faixa, Taborda recebe convidados como Maurício Carrilho (violão de sete cordas), Kiko Horta (acordeom) e a produtora Luciana Rabello (cavaquinho).

Uma outra faixa em especial deverá fazer a alegria dos chorões: a faixa multimídia que encerra o CD com as partituras dos 13 temas, revisadas pelo próprio Paulinho da Viola, um chorão da maior elegância e competência.

Trilha internacional de 'Alma Gêmea' inclui cantor brasileiro do CD nacional

Intérprete de Uma Vez Mais, o maior sucesso da trilha nacional de Alma Gêmea, o cantor Ivo Pessoa está presente também no CD internacional da novela de Walcyr Carrasco. Revelado no programa Fama da Rede Globo e uma das apostas da Som Livre (gravadora ligada à emissora), Pessoa foi recrutado para regravar Misty, clássico da música americana.

Aliás, o CD Alma Gêmea Internacional (capa à esquerda) reúne vários standards da era de ouro da canção americana. Entre eles, My Funny Valentine (com Rod Stewart), Moonlight Serenade (na voz de Carly Simon) e Fly me to the Moon (em gravação de Peter Jones). A trilha chega às lojas este mês, no embalo do sucesso da trama.

Partimpim chega ao mercado francês e retorna ao Brasil em DVD e CD ao vivo

O disco Adriana Partimpim - primeiro projeto infantil do heterônimo adotado por Adriana Calcanhotto - vai ser lançado na França. Assim como no Brasil, o trabalho promocional deverá ser iniciado em Paris com a música Fico Assim Sem Você, gravada originalmente pela extinta dupla Claudinho & Buchecha.

Paralelamente ao lançamento do disco no mercado francês, Adriana (na foto, caracterizada como seu heterônimo infantil) lança este mês no Brasil a versão ao vivo de Adriana Partimpim em DVD gravado em show no Teatro Carlos Gomes (RJ), em 20 de agosto. O DVD traz o CD ao vivo como bônus. Ao repertório original, a artista adicionou temas como Quando Nara Ri (parceria de Adriana com Kassin), O Poeta Aprendiz (poema de Vinicius de Moraes musicado por Toquinho) e três poemas sobre gatos de Ferreira Gullar (Gato Pensa?, Ron-Ron do Gatinho e O Gato e a Pulga) - todos musicados pela própria cantora e compositora.

CD de Black Alien ganha faixa-bônus

O primeiro disco solo de Gustavo Black Alien (foto), Babylon by Gus Volume I - O Ano do Macaco, ganha reedição com faixa-bônus. A música que entra na nova tiragem do disco é Coração do meu Mundo, composta e gravada pelo rapper (ex-integrante do grupo Planet Hemp) para a trilha sonora da novela Bang Bang.
ARQUIVOS
07/31/2005 - 08/06/2005
08/07/2005 - 08/13/2005
08/14/2005 - 08/20/2005
08/21/2005 - 08/27/2005
08/28/2005 - 09/03/2005
09/04/2005 - 09/10/2005
09/11/2005 - 09/17/2005
09/18/2005 - 09/24/2005
09/25/2005 - 10/01/2005
10/02/2005 - 10/08/2005
10/09/2005 - 10/15/2005
10/16/2005 - 10/22/2005
10/23/2005 - 10/29/2005
10/30/2005 - 11/05/2005
11/06/2005 - 11/12/2005
11/13/2005 - 11/19/2005
11/20/2005 - 11/26/2005
11/27/2005 - 12/03/2005
12/04/2005 - 12/10/2005
12/11/2005 - 12/17/2005
12/18/2005 - 12/24/2005
12/25/2005 - 12/31/2005
01/01/2006 - 01/07/2006
01/08/2006 - 01/14/2006
01/15/2006 - 01/21/2006
01/22/2006 - 01/28/2006
01/29/2006 - 02/04/2006
02/05/2006 - 02/11/2006
02/12/2006 - 02/18/2006
02/19/2006 - 02/25/2006
02/26/2006 - 03/04/2006
03/05/2006 - 03/11/2006
03/12/2006 - 03/18/2006
03/19/2006 - 03/25/2006
03/26/2006 - 04/01/2006
04/02/2006 - 04/08/2006
04/09/2006 - 04/15/2006
04/16/2006 - 04/22/2006
04/23/2006 - 04/29/2006
04/30/2006 - 05/06/2006
05/07/2006 - 05/13/2006
05/14/2006 - 05/20/2006
05/21/2006 - 05/27/2006
05/28/2006 - 06/03/2006
06/04/2006 - 06/10/2006
06/11/2006 - 06/17/2006
06/18/2006 - 06/24/2006
06/25/2006 - 07/01/2006
07/02/2006 - 07/08/2006
07/09/2006 - 07/15/2006
07/16/2006 - 07/22/2006
07/23/2006 - 07/29/2006
07/30/2006 - 08/05/2006
08/06/2006 - 08/12/2006
08/13/2006 - 08/19/2006
08/20/2006 - 08/26/2006
08/27/2006 - 09/02/2006
09/03/2006 - 09/09/2006
09/10/2006 - 09/16/2006
09/17/2006 - 09/23/2006
09/24/2006 - 09/30/2006
10/01/2006 - 10/07/2006
10/08/2006 - 10/14/2006
10/15/2006 - 10/21/2006
10/22/2006 - 10/28/2006
10/29/2006 - 11/04/2006
11/05/2006 - 11/11/2006