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Sábado, Setembro 17, 2005

Sobra do CD de Maria Rita cai na rede


Não é boato: uma sobra de Segundo, o recém-lançado disco de Maria Rita (foto), caiu na internet - não se sabe como. Trata-se de Santana, música do compositor pernambucano Junio Barreto que a cantora tinha decidido gravar, mas acabou desistindo ao saber que Gal Costa tinha se interessado pela inclusão de Santana no seu também recém-lançado disco Hoje e que já tinha o aval do compositor. O colunista ouviu a versão-demo de Santana com Maria Rita - cantada em dueto com Lenine. A gravação dura exatos nove minutos e rivaliza com a brilhante releitura de Gal pelo arranjo forte e pelos vocais incisivos de Rita. Pena que ficou fora da seleção final de Segundo, álbum que peca justamente pela irregularidade do repertório.

Até onde vai o Jota Quest?

Até Onde Vai é o título do sétimo disco do Jota Quest - o quinto de inéditas, já que o grupo mineiro vem de dois álbuns ao vivo consecutivos. O CD chega às lojas entre fim de setembro e início de outubro. Apesar de o repertório ser formado por músicas novas, a gravadora Sony & BMG optou por promovê-lo nas rádios e programas de TV com a releitura de Além do Horizonte, soul de Roberto e Erasmo Carlos, lançado pelo Rei em 1975.

Warner reedita no Brasil 'Bleach', o primeiro e furioso álbum do Nirvana

O Nirvana entrou para a história por conta de Nevermind. Mas o trio de Seattle (EUA) já tinha uma curta história quando lançou sua obra-prima de 1991 - e ela, a história, começa em 1989 com o lançamento pelo selo Sub Pop de seu primeiro e furioso álbum, Bleach (capa à esquerda). Pois este disco, pouco ouvido, está sendo reeditado no Brasil pela gravadora Warner Music. Este título do Nirvana não chegava a ser uma raridade no mercado, mas estava fora de catálogo. É a oportunidade de fãs de última hora conhecerem petardos como School, Negative Creep e About a Girl. Bleach volta às prateleiras ainda este mês.

Bocelli regrava hit de Erasmo

O tenor Andrea Bocelli vai regravar L'Apunttamento - a versão italiana de Sentado à Beira do Caminho. A música, lançada por Erasmo Carlos (foto) em compacto de 1969, é um dos maiores sucessos do Tremendão e recentemente ganhou nova projeção ao ser incluída na trilha do filme Doze Homens e Outro Segredo, na voz da cantora Ornella Vanoni. A produção do tenor italiano já pediu autorização à dupla Roberto e Erasmo Carlos para regravar a canção. Os compositores vão autorizar o registro de Bocelli.

Nordeste de Totonho gira pelo mundo


Resenha de disco
Título: Sabotador de Satélite
Artista: Totonho & Os Cabra
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *

Totonho é um cabra da Paraíba que chega ao segundo disco (o primeiro é de 2001) com uma visão cada vez mais cosmopolita do Nordeste. Suas antenas arretadas captam temas do espaço sideral - perceptíveis já nos títulos de faixas como Jaspion do Pandeiro, A Era Espacial, O Homem Pisou na Lua - e os rebobina com as programações da dupla indie Berna & Kassin, produtora deste Sabotador de Satélite. Em bom português, Totonho reprocessa ritmos nordestinos (xote, ciranda, coco, carimbó) com linguagem eletrônica. Funciona, porque há muitas músicas, como o xote Poeira Estrelar, de bom nível. Mas os cabras vão além e também inserem elementos de rap (sobretudo em Argemira, faixa eleita para promover o disco e que evoca a tradição dos repentistas) e até do brega (Você Tá Doida pra me Dar) na sua programação espacial. E ainda se autoexaltam em Totonho, Venha Salvar o Mundo. Sintonize este antenadíssimo Sabotador de Satélite!
Sexta-feira, Setembro 16, 2005

Maria Rita já não sente o peso de Elis, mas seu 'Segundo' é inferior ao primeiro pelo caráter oscilante do repertório




Resenha de disco:
Título: Segundo
Artista: Maria Rita
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *


O peso de Elis Regina parece já não pesar sobre os ombros e a voz de Maria Rita. Segundo, o novo disco da filha da Pimentinha, é mais leve do que o primeiro. Mas também inferior. A leveza está na suavidade do canto da intérprete. Rita já soa menos sisuda, com menor força dramática - o que pode ser visto como um erro ou como um acerto, dependendo do sentimento de quem escuta o CD. Mas a incontestável (??) inferioridade de Segundo em relação ao primeiro está no repertório, mais irregular e com menor número de grandes canções. A melhor delas dentre as inéditas é Despedida, surpreendente ijexá do hermano Marcelo Camelo. A idéia de fazer a percussão a partir de uma batucada no chão do estúdio Toca do Bandido resulta envolvente e redime a cantora de ter regravado Casa Pré-Fabricada (do segundo disco do Los Hermanos) sem o toque sedutor do registro de Roberta Sá.

Camelo confirma a inspiração, mas já não é a bola da vez. Em Segundo, o posto está com o carioca Rodrigo Maranhão, autor de três das 13 faixas do CD. Maranhão também mostra talento autoral na graciosa toada Caminho das Águas, no samba Recado e na hipnótica canção apropriadamente intitulada Mantra - a faixa escondida do disco, composta por ele com Pedro Luís.

O peso de Elis já não oprime Maria Rita, mas é nítida a herança genética na divisão e nos maneirismos com que ela defende os sambas Recado e Conta Outra (do paulista Eduardo Tedeschi) - o segundo em empolgante gravação ao vivo.

Segundo tem produção dividida entre Lenine e a própria Maria Rita. Mas o disco não tem a cara do artista pernambucano. Tivesse tido controle total sobre o processo criativo, Lenine talvez tivesse posto uma camada percussiva na Ciranda do Mundo (tema de Eduardo Krieger, já gravado por Pedro Luís e a Parede). Nesta faixa, o conceito musical do disco - estruturado num trio de piano-baixo-bateria - soa limitador. Mas é o caráter oscilante do repertório o vilão de Segundo. Mal-Intento, por exemplo, é canção menor do uruguaio Jorge Drexler e parece ter entrado na seleção final apenas para fortalecer as vendas do CD na América Latina. A abolerada Sem Aviso, de Fred Martins e Francisco Bosco, também está aquém da produção habitual dos autores (Bosco é letrista que tem mostrado evolução).

Há, claro, grandes momentos quando há grandes músicas - item essencial para grandes cantoras como Maria Rita. Sobre Todas as Coisas - composta por Chico Buarque e Edu Lobo em 1983 para a trilha do balé O Grande Circo Místico - é uma delas e soa arrasadora na leitura voz-e-piano de Rita, que chega a rivalizar com os registros de Zizi Possi (o melhor), Gilberto Gil (o original) e Maria Bethânia (o mais visceral). Hit do grupo O Rappa, A Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero) também soa forte na voz da cantora em gravação mais melódica que valoriza a munição certeira dos versos de Marcelo Yuka.

Enfim, Segundo é bom e confirma que Maria Rita tem futuro certo na música brasileira. Mas que não arrebata como o álbum de estréia da cantora, lá isso não arrebata.

Calcanhotto quer gravar Cazuza e Bebel

Embora ainda envolvida com os projetos de seu heterônimo Adriana Partimpim, que lança DVD e CD ao vivo ainda este ano, Adriana Calcanhotto (foto) já molda o repertório de seu próximo álbum autoral, previsto para 2006. Além de compor com Moreno Veloso (Maré), a cantora tem idéia de regravar Mulher sem Razão, parceria de Bebel Gilberto, Cazuza e Dé Palmeira - lançada por Cazuza em 1989 no disco Burguesia.

Não seria a primeira vez que Calcanhotto gravaria música do trio. Em 1998, ela incluiu Mais Feliz no repertório de seu disco Maritmo. A canção - que tinha passado despercebida em 1986, ao ser lançada por Bebel Gilberto em EP de pouca repercussão - fez sucesso na voz da artista gaúcha.

Rei posa de cowboy em disco sertanejo

Roberto Carlos já tirou as fotos da capa e encarte de seu novo álbum, que - até segunda ordem - deverá chegar mais cedo às lojas este ano, em outubro. Na maior parte das fotos, o Rei posou com um chapéu de cowboy, confirmando o tom sertanejo do disco. Consta inclusive que a música inédita composta por ele com Erasmo Carlos para o CD segue linha country.

Vale lembrar que, em seu álbum de 1991 (foto), o cantor apareceu na capa com um chapéu de cowboy. Neste disco, várias faixas - inclusive o hit Todas as Manhãs - seguiam na direção sertaneja trilhada pelo Rei com êxito já em 1984, quando promoveu seu álbum daquele ano com a música Caminhoneiro.

CD de Kanye lidera vendas nos EUA e mostra que rap vence rock na parada


Lançado esta semana no Brasil, pela Universal Music, o segundo disco solo do rapper americano Kanye West, Late Registration(capa acima), ocupa pela segunda semana consecutiva o topo da parada da revista Billboard. O estouro do disco é confirmado pela liderança da faixa Gold Digger - que traz o ator Jamie Foxx, intérprete de Ray Charles no filme Ray - nas listas de singles das categorias pop e rap. Tudo indica que Late Registration vai consolidar o sucesso de Kanye - iniciado com seu álbum anterior, The College Dropout.

As vendas do álbum do rapper ratificam a força do mercado de hip hop nos Estados Unidos. A propósito, o último disco de 50 Cent, The Massacre, lançado há 28 semanas, voltou com fôlego aos 'dez mais' da Billboard, ocupando o segundo lugar da parada. Mesmo recebido com críticas elogiosas quase unânimes, o novo álbum dos Rolling Stones, A Bigger Bang, por exemplo, não teve fôlego para chegar ao topo da lista, alcançando somente um honroso terceiro posto.

Xuxa tenta reviver sua festa dos 80

À sua maneira, Xuxa também aderiu ao revival dos anos 80. Intitulado Xuxa Festa, o sexto volume da série Xuxa Só Para Baixinhos - nas lojas ainda este mês, via Som Livre, em kit de CD + VHS (ou DVD) - reúne os maiores sucessos da apresentadora da Rede Globo naquela década - época em que ela era uma das líderes de vendas da indústria fonográfica. A seleção inclui Ilariê, Tindolelê e Doce Mel (Bom Estar com Você), entre outros hits, remixados pelo produtor Ary Sperling. A novidade é uma gravação de Festa, o sucesso de Ivete Sangalo, em dueto com a cantora baiana. Os vídeos foram feitos com recursos de computação gráfica.
Quinta-feira, Setembro 15, 2005

O novo single de Pitty

Memórias será a nova música de trabalho do segundo disco de Pitty (foto), Anacrônico. A faixa-título tinha sido eleita para iniciar o esquema de promoção do CD nas rádios e TVs, mas não aconteceu na medida esperada pela gravadora Deckdisc - embora 50 mil cópias do álbum já tenham sido vendidas para os lojistas, na esteira do sucesso do disco anterior da roqueira baiana.

Igor na sombra do primo Garrido

Primo de Toni Garrido (foto), vocalista do grupo Cidade Negra, Igor Garrido grava no estúdio Lontra Music, no Rio, seu primeiro disco. Reggae Brasil Acústico reúne regravações de reggaes nacionais de nomes como Gilberto Gil, Natiruts, Skank e - claro - Cidade Negra, de cujo repertório Igor selecionou A Sombra da Maldade.

Hyldon restaura sua obra-prima de 30 anos com textos, fotos e dois remixes


Resenha de disco
Título: Na Rua, na Chuva, na Fazenda
Artista: Hyldon
Gravadora: Universal
Cotação: * * * * *

Para início de conversa, esta já é - pelo menos - a terceira reedição em CD do primoroso álbum de estréia de Hyldon. Mas é a primeira que, a pretexto de comemorar os 30 anos do disco, restaura a ordem das faixas do LP original e, de quebra, apresenta fotos inéditas da época, textos escritos este ano pelo compositor sobre cada a gênese de cada faixa e dois remixes do grupo BossaCucaNova, que transformou a faixa-título - Na Rua, na Chuva, na Fazenda (Casinha de Sapê) - num reggae e tentou em vão adequar a balada As Dores do Mundo ao balanço das pistas.

Hyldon vinha do grupo Os Diagonais quando gravou e lançou em 1975 este seu primeiro disco. A arrasadora canção que batiza o álbum estourou nas rádios e foi seguida pelas faixas As Dores do Mundo, Na Sombra de uma Árvore e Acontecimento, consolidando o nome do artista na cena soul nacional. Mas Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda é um trabalho que transcende o soul com elementos de pop e um suingue próximo do samba. Tanto que fez sucesso comercial e ainda hoje tem músicas regravadas por artistas de várias tribos (Kid Abelha, Jota Quest, Sandra de Sá e Cláudio Zoli, para citar somente os mais conhecidos).

Ouvido 30 anos depois, resiste bem ao tempo, soa coeso e merece a festiva reedição. É obra-prima de inspiração nunca mais igualada por seu autor e intérprete.

As 257 mil cópias iniciais de Maria Rita

A tiragem inicial de Segundo - o novo disco de Maria Rita, nas lojas a partir desta sexta-feira, 16 de setembro - é de expressivas 257 mil cópias. A edição dupla (capa acima) que reúne o CD e um DVD com o making of do disco sai com 52 mil cópias. Já a edição simples, que traz apenas o CD, contabiliza 205 mil unidades fabricadas num primeiro lote.

Grandiosos em época de pirataria nos camelôs e na internet, estes números são raros no universo atual da MPB e mostram a força da artista no mercado fonográfico e - sobretudo - a expectativa depositada pela gravadora Warner Music no desempenho comercial do álbum. O primeiro disco da cantora, Maria Rita, lançado em setembro de 2003, vendeu cerca de 750 mil cópias em dois anos. O DVD subseqüente atingiu a marca de 150 mil exemplares.

Álbum solo de Marisa é duplo

Com lançamento adiado para o primeiro semestre de 2006 (como o colunista noticiou neste blog na terça-feira, 13 de setembro), o sexto trabalho solo de Marisa Monte sairá no formato de álbum duplo. Um disco reúne sambas de compositores da escola de samba carioca Portela, como Jair do Cavaquinho (à direita na foto, ao lado da cantora e do saudoso Argemiro) e Paulinho da Viola, que deu uma melodia a Marisa, letrada por ela com Arnaldo Antunes. O outro disco segue a linha tribalista e traz parcerias da cantora com Antunes, Carlinhos Brown, Seu Jorge e - comenta-se no meio musical - Adriana Calcanhotto (artista empresariada pelo mesmo manager de Marisa, Leonardo Netto). Todas estas informações são extra-oficiais. Marisa Monte, Leonardo Netto e a gravadora EMI mantém sigilo total sobre o disco.
Quarta-feira, Setembro 14, 2005

Santana com Joss Stone e Mary Blige

Esta é a capa do novo disco do guitarrista Carlos Santana, All That I Am, que tem lançamento agendado para 1º de novembro nos Estados Unidos, via Sony & BMG. No CD, o artista recebe convidados como a cantora Joss Stone (em Cry Baby Cry) e Mary J. Blige (em My Man, faixa que também conta com o rapper Big Boi, da dupla Outkast).

Música de Pernambuco já ganha o mundo e enfrenta o axé baiano


A Trama está lançando no Brasil coletânea idealizada para o exterior, The New Brazilian Music: Pernambuco, que sinaliza o crescimento do prestígio estrangeiro dos sons e artistas de Recife e arredores. Enquanto a Bahia vive da cultura da axé music (gênero que precisa de urgente renovação e de coragem para se livrar das garras da indústria fonográfica, ávida por repetitivos discos ao vivo com o baticum baiano), Pernambuco tem vivido em constante ebulição musical desde a explosão nacional do movimento mangue beat, em 1994. A exposição de Lenine na França é apenas um indício de que há ouvidos estrangeiros interessados na fusão pernambucana - hábil no reprocessamento dos ritmos nordestinos com a linguagem eletrônica contemporânea.

A compilação da Trama reúne fonogramas de Mestre Ambrósio (foto), Selma do Côco, Mundo Livre S/A, Lenine, Nação Zumbi, Quinteto Violado, Otto, Cascabulho, Antonio Nóbrega e da dupla Caju & Castanha, entre outros nomes. Cada artista é apresentado no encarte através de minibiografia. É disco para gringo, mas que poderá contentar consumidores nacionais que ainda não se deram conta da riqueza dos sons do mangue. E, por mais que seja negada, há a rivalidade Pernambuco X Bahia - no momento, com vantagem para o time pernambucano, como atesta a coletânea.

Acompanhado por Caetano e Bosco, Ritenour passeia pela música brasileira


Resenha de disco
Título: World of Brazil
Artista: Lee Ritenour
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *

Lee Ritenour é um guitarrista de jazz que transita pelo pop e tem um caso de amor com a música brasileira desde a consolidação de sua carreira, nos anos 70. Ele conheceu o Brasil em 1973 e, desde então, vem trocando figurinhas com compositores nacionais como Caetano Veloso, Djavan e Ivan Lins. Ritenour chegou a gravar um álbum dedicado à obra de Tom Jobim, Twist of Jobim (1997), do qual foram extraídas três (Water to Drink, Dindi e Stone Flower) das onze faixas desta coletânea editada pela Universal em escala mundial.

World of Brasil reúne encontros em estúdio de Ritenour com João Bosco (Incompatibilidade de Gênios, com o suingue e os vocais percussivos típicos de Bosco), Caetano Veloso (voz na suave leitura de Você É Linda) e Djavan (Asa, com divisão similar à do compositor alagoano). O guitarrista não é do tipo de jazzista que desconstrói os temas. Ao contrário, as 11 músicas podem ser ouvidas em seus ritmos e melodias originais. É pop jazz com sabor nativo- quase sempre mais pop do que jazz. Mas o que conta a favor são os sons dos compositores brasileiros, refinados por natureza.

A morte de Koellreutter

Aos amantes das obras dodecafônicas, uma notícia triste: faleceu na noite desta terça-feira, 13 de setembro, aos 90 anos, o compositor e maestro Hans-Joachin Koellreuttter (foto). Alemão naturalizado brasileiro, Koellreutter foi mestre da música dodecafônica e construiu sua reputação no Brasil, onde chegou em 1937, fugindo do regime nazista. Nos anos 40, ele foi professor de ninguém menos do que Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom Jobim, nosso maestro soberano - como sentenciou Chico Buarque em 1993 na letra de Paratodos. Na sua área dodecafônica, Koellreutter também foi um maestro soberano e merece todas as honras.

KLB verte Robbie Williams

Parceria de Robbie Williams com Guy Chambers, gravada por Williams, Angels virou Um Anjo na versão incluída pelo KLB no disco que marca sua estréia na gravadora Universal. O trio formado pelos irmãos Kiko, Leandro (na foto de Washington Possado, com tatuagem com o nome da música) e Bruno migrou da Sony Music para a Universal, mas continuará defendendo repertório formado por muitas versões de hits estrangeiros. As faixas Já Nem Sei Voltar e Uma Noite ou Muito Mais, por exemplo, são versões em português (escritas por Verônica Sabino e Rosana Ferrão) de músicas dos compositores suecos Henrik Korpi e Mathias Wollo. Na ala nacional, Juno comparece 11 de Setembro e Giuliana.
Terça-feira, Setembro 13, 2005

Gal interpreta Caetano em compilação com os múltiplos matizes de seu cristal


Resenha de disco
Título: Gal Costa Interpreta Caetano Veloso - Divino Maravilhoso
Artista: Gal Costa
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *

A idéia de criar uma compilação em que Gal Costa entoa apenas músicas de Caetano Veloso já foi usada no ano passado pela BMG na coletânea Gal Canta Caetano, produzida por Thiago Marques. Mas não invalida o similar e caprichadíssimo projeto da Universal Music, idealizado por Ricardo Moreira, com seleção de repertório de Rodrigo Faour, para homenagear os 60 anos da cantora em 26 de setembro - mesmo porque Gal Costa Interpreta Caetano Veloso - Divino Maravilhoso abrange o período 1967-1983, enquanto a compilação anterior partia de 1984 até 2001.

A capa psicodélica traduz apenas uma das facetas de Gal ouvidas nas 36 faixas do CD. É quando o cristal da cantora lançou acordes janisjoplianos em faixas como Cinema Olympia (1969). É a Gal mais roqueira e tropicalista dos discos Gal (1969) e LeGal (1970). Mas, antes, em 1967, ela cantou Caetano (o compositor mais presente em seu repertório) com o intimismo e a timidez da menina Gracinha, a fiel discípula bossa-novista de João Gilberto - aqui representada por fonogramas como Coração Vagabundo e Avarandado. Depois, em 1974, com Caetano já de volta do exílio, veio o prenúncio da Gal tropical de fins dos anos 70 e início dos 80 na faixa mais rara da compilação, o frevo Sem Grilos, extraído de compacto obscuro. Outra jóia do baú é o samba Barato Modesto, de compacto de 1973. Ambas as faixas já foram editadas em coletâneas anteriores, mas permanecem desconhecidas.

A excelente qualidade da remasterização irmana sons e músicas tão díspares quanto A Rã (1974), Tigresa (1977), Força Estranha (1979) e a menos inspirada Sutis Diferenças (1983). No momento em que Gal Costa reafirma a atualidade de seu canto com o renovador disco Hoje, recém-lançado pela Trama, ouvir esta compilação é atestar que Gal nunca foi uma, mas muitas.

Cyndi Lauper de volta ao passado

Após lançar classudo álbum com standards americanos, At Last, Cyndi Lauper vai continuar presa ao passado. O próximo disco da cantora, Body Acoustic, sai em novembro com apenas duas músicas inéditas (I'll Be your River é uma delas) e uma penca de hits recriados com as adesões de nomes como Kelly Osbourne (convidada da releitura de Girls Just Wanna Have Fun), Sarah McLachlan (em Time After Time), Shaggy (All Through the Night) e Jeff Beck (guitarra em Above the Clouds). A produção é assinada pela própria Cyndi ao lado de Rich Chertoff - responsável pelo primeiro álbum da cantora, She's So Unusual, de 1984 - e William Wittman, que colaborou em At Last.

Michael reúne time estelar para gravar música em favor das vítimas do Katrina

Babyface, James Brown, Lauryn Hill, Lenny Kravitz, Mariah Carey, Mary J. Blige, Missy Elliott, Snoop Doog, Wyclef Jean e Jay Z são alguns nomes que supostamente já confirmaram presença na gravação da música From the Botton of my Heart, composta por Michael Jackson (foto) em benefício das vítimas do furacão Katrina, que devastou New Orleans. A idéia é lançar a música num single cuja renda reverteria para os desabrigados.
Jackson ainda quer recrutar mais nomes para a gravação que, caso concretizada, tem tudo para ser histórica como a de We Are the World, o hino composto pelo cantor em 1985 para arrecadar fundos para os famintos da África.

O título de Menescal

Vai se chamar Balansamba 2005 - e não apenas Balansamba - o disco instrumental que Roberto Menescal (foto) gravou para o Japão com produção de seu filho, Márcio Menescal. A ligeira mudança foi feita para diferenciar o CD do álbum Balançamba, lançado por Lúcio Alves em 1963 (com repertório centrado na obra de Menescal) e já editado no mercado japonês.

A propósito, a edição nacional de Balansamba 2005 vai inaugurar o selo Bossa 58, da gravadora Albatroz. Pelo mesmo selo, Menescal acabou de gravar outro disco com a cantora Wanda Sá, intitulado Swingueira.

Disco de Marisa fica para 2006

Previsto inicialmente para este ano, o sexto disco solo de Marisa Monte (foto) será lançado somente em 2006. "O CD vai sair quando estiver pronto", disse ao colunista o empresário da cantora, Leonardo Netto. Sem entrar em maiores detalhes, a assessoria da EMI confirma o adiamento do álbum.

Gravado em clima de sigilo, com faixas produzidas por Mário Caldato Jr., o disco traz no repertório músicas de compositores como Jair do Cavaquinho e Paulinho da Viola, que deu a Marisa uma melodia - letrada pela cantora com seu parceiro Arnaldo Antunes. Marisa tem composto também com Seu Jorge e com Carlinhos Brown, mas nenhuma música é confirmada oficialmente no repertório.
Segunda-feira, Setembro 12, 2005

Segundo CD de Ferdinand vaza na rede

Com lançamento programado somente para 3 de outubro, o segundo disco do grupo Franz Ferdinand, You Could Have It so Much Better... with Franz Ferdinand, já vazou na internet. Quem procurar vai achar...

Coletânea celebra 65 anos de Lennon

Os 65 anos que John Lennon (foto) completaria em 9 de outubro são o pretexto para o lançamento de mais uma coletânea do cantor pela EMI. Nas lojas em outubro, Working Class Hero - The Definitive Lennon é uma compilação dupla que resume, em 38 faixas, a obra solo do ex-Beatle. A seleção reúne todos os sucessos do astro - entre eles, Imagine, God, Woman, (Just Like) Starting Over, Give Peace a Chance, Mind Games, Stand by me, Cold Turkey, Jealous Guy e Come Together (em versão ao vivo).

A malandragem de encaixotar a obra sócio-política de Bezerra da Silva

Resenha de disco
Título: O Samba Malandro de Bezerra da Silva
Artista: Bezerra da Silva
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * * *


Morto no início do ano, Bezerra da Silva (1927-2005) tem sua obra áurea compilada em quatro CDs encaixotados pela gravadora Sony & BMG. O Samba Malandro de Bezerra da Silva é o título da caixa - idealizada e dividida pelo pesquisador Rodrigo Faour em quatro discos temáticos. A malandragem, no caso, está em reembalar fonogramas já editados no formato digital com um ar de novidade (a divisão por temas) para faturar com a obra e a saudade do sambista, que gravou na BMG entre 1980 e 1993.

Pernambucano, radicado no Rio na favela do Cantagalo (em Copacabana), Bezerra da Silva construiu obra ímpar, à margem do samba mais comportado produzido em blocos como o Cacique de Ramos. O cantor foi partideiro compromissado com o universo dos morros e favelas, mas com espirituosidade que lhe deu livre trânsito no universo pop. Intitulado Eu Sou Favela, o disco 1, por exemplo, reúne sambas que esmiúçam e exaltam o cotidiano dos trabalhadores do morro.

Bezerra foi a voz do morro, mas, bom malandro, manteve os olhos bem abertos e usou sua verve para enquadrar em seus partidos de alto quilate a população que se desviou do caminho do bem. É deles, os bandidos, que trata o disco 2, Malandro É Malandro, Mané É Mané. O terceiro CD, Cocada Preta e Branca no Terreiro, usa e abusa das metáforas para falar de maconha, cocaína e outras drogas em sambas ligadíssimos - caso do sucesso Malandragem Dá um Tempo, incorporado em seu repertório pelo grupo Barão Vermelho.

Por fim, o disco 4 - do sugestivo título Cornos, Piranhas, Sogras, Pastores e Outros Manés - completa a crônica de costumes das favelas - comunidades repletas de personagens pitorescos que habitaram o mundo e o samba malandríssimo de Bezerra da Silva. Para quem não tem os discos originais, ignorar a caixa é ser muito mané.

Sting no segundo CD de t.A.T.u.

Com lançamento agendado para 11 de outubro, o segundo disco da dupla russa t.A.T.u. (foto), Dangerous and Moving, conta com as participações de Sting e de Richard Carpenter, que formava com a irmã Karen a dupla Os Carpenters. Sting toca baixo em Friend or Foe. Já Carpenter assina o arranjo de cordas de Gomenasai.

All About Us, Loves me Not, Sacrifice, We Shout e Perfect Enemy são algumas das 12 faixas do sucessor de 200 km/h in the Wrong Lane, editado em 2002.

A capa de Lulu

Esta é a capa do novo disco de Lulu Santos, Letra & Música, nas lojas este mês. Apesar de a regravação de Pop Star (sucesso do grupo João Penca e seus Miquinhos Amestrados) ter sido eleita a música de trabalho, o CD tem repertório essencialmente autoral, quase todo assinado pelo compositor sem parceiros. Pela ordem, as 13 faixas são Gambiarra, Roleta (Irresistível), Sinhá e eu (Road Song), Manha e Mumunhas, Vale de Lágrimas, De Cor, Letra e Música, Pop Star, Bonobo Blues, Ele Falava Nisso Todo Dia (música de Gilberto Gil, de 1968), Din Don, Zerodoisum e Circulando.
Domingo, Setembro 11, 2005

Faltou Gal no time de Macalé


Faltou Gal Costa - a indesculpável ausência do recém-lançado CD Real Grandeza, em que Jards Macalé expõe a magnitude de sua parceria com o poeta Waly Salomão em clima denso - mas é inegável que Macalé reuniu time estelar no disco editado esta semana pela Biscoito Fino. À esquerda, um flagrante da participação de Adriana Calcanhotto, intérprete apaixonada e inteligente da faixa Anjo Exterminado, música lançada por Maria Bethânia em 1972 no disco Drama. Acima, um instante da ida de Luiz Melodia ao estúdio. O poeta do Estácio é o apropriado convidado do reggae Negra Melodia, ao qual acrescenta seu suingue característico. E ainda tem Frejat (que pôs sua energia bluesy roqueira em Mal Secreto), Maria Bethânia (íntima e pessoal em Berceuse Criolle, em registro lírico superior ao apresentado pela cantora no show Tempo Tempo Tempo Tempo) e o grupo Vulgue Tostoi, que faz o Vapor Barato deslizar nos eletrônicos trilhos da modernidade.

Mas que faltou Gal (brigada com Macalé, por ter sido publicamente criticada por ele), lá isso faltou!! Afinal, nenhum disco centrado na poesia de Waly pode prescindir da presença da cantora que ele dirigiu em dois shows bem-sucedidos: o antológico Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (marco da resistência cultural ao regime militar em 1971/72) e o impactante Plural, show de 1990 que livrou Gal do estigma de cantora de baladas bregas. Mais do que mero diretor da artista, Waly Salomão foi uma bússola que guiou Gal por mares certeiros numa carreira que várias vezes quase se perdeu no mar da banalidade imposta pela indústria fonográfica.

Echo volta à cena com o álbum 'Siberia', feito pelo produtor de seu segundo disco


Reunido desde 1997, o grupo inglês Echo and the Bunnymen está de volta à cena com Siberia (capa acima), seu nono álbum, já editado na Inglaterra e com lançamento previsto para 19 de setembro nos Estados Unidos. Stormy Wheather é o primeiro single, escolhido entre 11 faixas. Entre elas, What If We Are?, Scissors in the Sand, All Because of You Days, In the Margins, Parthenon Drive, Make us Blind e Of a Life.

Gravado em Liverpool (Inglaterra) este ano, Siberia foi produzido por Hugh Jones, o responsável pelo segundo e incensado álbum da banda inglesa, Heaven Up Here, lançado em 1981 e considerado por muitos fãs o melhor disco do Echo.

Filme do Outkast estréia em 2006

Depois do rap Eminem protagonizar o bem-sucedido filme 8 Mile, outra estrela do hip hop americano estréia nos cinemas. Em 2006, a Universal Pictures vai lançar um filme da dupla Outkast (foto). Dirigido por Bryan Barber, responsável pelos clipes do duo, My Life In Idlewild tem trama situada em 1930, no Sul dos Estados Unidos, numa boate. Os papéis centrais são representados pelos integrantes do Outkast. André 3000 interpreta Percival, o pianista do clube. Já Big Boi encarna o cantor e empresário Rooster. O filme traz músicas do próximo álbum da dupla. O disco é uma espécie de trilha sonora da história e tem lançamento previsto para o fim deste ano.

Aerosmith ao vivo em outubro

Chegam ao mercado nacional em outubro, via Sony BMG, DVD e CD ao vivo do grupo Aerosmith (foto) - gravados em Las Vegas (Los Angeles, EUA), em 11 de janeiro de 2002. Rockin' the Joint - Aerosmith Live at the Hard Rock é o título do projeto.

O DVD de Danni Carlos

Embora seu projeto de covers Rock'n'Road (já no terceiro volume) esteja com as vendas em curva descendente, Danni Carlos (foto) vai lançar em 19 de setembro seu primeiro DVD, gravado em show realizado em São Paulo, em 21 de maio. No roteiro de covers do pop rock internacional(Secret, Purple Rain, Freedom etc), a cantora conseguiu incluir música de sua autoria, Boca. O sonho de Danni é gravar um CD com repertório autoral...
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