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Sábado, Setembro 16, 2006

Skank faz 'Carrossel' girar no palco em rotação que equilibra presente e passado

Resenha de show
Título:
Carrossel
Artista:
Skank
Local:
Canecão (RJ)
Data:
15 de setembro de 2006
Em cartaz: Até domingo, 17 de setembro
Cotação:
* * * *

O carrossel do Skank gira no palco com perfeito equilíbrio entre o passado e o presente de um grupo que soube se metamorfosear ao longo de seus 15 anos de vida sem perder a identidade e o público. Emoldurado por centenas de lâmpadas ligadas em estrutura metálica, num dos mais belos e funcionais cenários já criados por Gringo Cardia, o quarteto estreou a turnê nacional do CD Carrossel com a habitual energia roqueira. Porque no palco, em essência, o Skank faz show de rock - com peso instrumental e pegada firme que amenizam as diferenças entre o repertório antigo (mais voltado para as batidas do reggae e do dancehall) e o atual (um mix pop de baladas de eventual tom psicodélico que remete tanto a Beatles quanto ao BritPop).

"Essa estréia é um momento de celebração. Começamos mais uma história dentro da história de 15 anos do Skank", festejou o vocalista e guitarrista Samuel Rosa, com pique invejável, no palco do Canecão, na noite de sexta-feira, 15 de setembro. Foi a primeira das três apresentações de Carrossel agendadas na casa carioca. E o Rio foi mais uma vez seduzido pelo carisma do grupo - integrado pelo tecladista Henrique Portugal, o baixista Lelo Zanetti (autor de Garrafas, um dos temas mais instigantes do novo disco) e o baterista Haroldo Ferretti. A aura mágica não se desfez nem com a briga que explodiu na pista no meio de É Proibido Fumar (os seguranças retiraram da platéia os espectadores exaltados e a confusão se transferiu para a porta do Canecão).

Um duo de metais encorpou o som em números como Jackie Tequila, remetendo ao início da banda com sons de reggae e dub. E as "pequenas pérolas do passado" - como caracterizou Samuel - garantiram a resposta esfuziante do público, que ainda não teve tempo de assimilar o cancioneiro requintado do CD Carrossel, com exceção de Uma Canção É pra Isso, mais um exemplo da capacidade do quarteto de roçar o pop perfeito (habilidade já atestada em hits como Vou Deixar, número que incendiou o Canecão).

Se É uma Partida de Futebol é garantia de bola na rede pela explosiva voltagem rítmica, a nova Balada para João e Joana surge azeitada no palco, com pinta de provável futuro single de Carrossel (assim como Mil Acasos). Entre inédita pesada (Saturação) e canções mais leves (Dois Rios, Resposta), o Skank equaciona levadas aparentemente díspares e roda seu Carrossel em engrenagem azeitada que prepara o fim apoteótico com a releitura roqueira do reggae Vamos Fugir, da lavra de Gilberto Gil, e - já no bis - com a irresistível Saideira. A maquinarama musical e hi-tech do Skank está em perfeita ação.

Alcione, Frejat e Luiz no DVD de RoRo

Alcione, Frejat e Luiz Melodia são os convidados da gravação do primeiro DVD de Ângela RoRo - agendada para quarta-feira, 20 de setembro, no Circo Voador (RJ). Alcione vai cantar Joana Francesa (1973), música de Chico Buarque que RoRo (acima, em foto de Levindo Carneiro) já gravou em disco ao vivo de 1993. Frejat - que interpretou Amor, meu Grande Amor em CD de covers do Barão Vermelho - vai fazer dueto em A Mim e a Mais Ninguém, música do álbum de estréia da artista, editado em 1979. Já Luiz Melodia vai participar de Tola Foi Você, outra composição do primeiro LP de RoRo. O lançamento do DVD está previsto para novembro. E, como de praxe, as lojas também receberão um CD ao vivo com a correspondente gravação.

RoRo grava seu primeiro DVD dias depois de ter lançado Compasso, seu primeiro disco de inéditas em seis anos. No CD, a compositora apresenta seu primeiro reggae (Da Pé!), experimenta levada nordestina em Não Adianta, retoma a parceria com Ana Terra em Paixão, investe na bossa nova em Menti pra Você e volta ao rock em Contagem Regressiva, entre outras inéditas como Bater Não Dói e Dorme, Sonha.

CD de Caetano chega dia 25 a Portugal

Recém-lançado no mercado brasileiro, - o primeiro disco de inéditas de Caetano Veloso em seis anos - já tem lançamento agendado em Portugal. O polêmico CD (capa acima) chegará às lojas da Terrinha a partir de 25 de setembro. Vale lembrar que, em uma das faixas do álbum, Por Quê?, o cantor adota sotaque lusitano para cantar, num português de Portugal, versos com a expressão "estar a vir", que, naquele país, significa gozar, atingir o orgasmo.

Três títulos do Thievery saem no Brasil

A gravadora Deckdisc está lançando no mercado nacional três títulos da discografia do duo de música eletrônica Thievery Corporation, incluindo o mais recente álbum de Rob Garza e Eric Hilton. Editado em fevereiro no exterior, The Cosmic Games (capa à esquerda) integra o pacote ao lado de The Richest Man in Babylon (reedição do disco de 2002, com som remasterizado e versão ao vivo da faixa-título, gravada em clube de Washington) e Babylon Rewound (coletânea com oito remixes do repertório de The Richest Man in Babylon e a rara Truth and Rights).

'Dia Branco' entra no 'Balé' de Daniela

Sucesso de autoria de Geraldo Azevedo, lançado por Amelinha nos anos 70, Dia Branco vai ganhar mais uma regravação. Daniela Mercury (à direita) incluiu a canção no roteiro de seu show Balé Mulato, que será gravado neste domingo, 17 de setembro, na Bahia, para posterior edição em DVD e CD ao vivo. Gil (ex-Banda Beijo) vai fazer dueto com a cantora no frevo Água do Céu. Já a banda Didá e Marienne Castro participarão de Dona Canô.
Sexta-feira, Setembro 15, 2006

DVD de Lee é para chorar com baladas...

Resenha de CD / DVD
Título:
Pensei que Fosse o Céu - Ao Vivo
Artista:
Vander Lee
Gravadora: Indie Records
Cotação:
* *

Com seu cancioneiro progressivamente projetado nas vozes de cantoras como Rita Ribeiro e Gal Costa ao longo dos últimos anos, o compositor mineiro Vander Lee começou a sedimentar sua carreira de cantor, iniciada nos bares de Belo Horizonte (MG), cidade onde, em 14 de junho de 2006, gravou no Palácio das Artes este seu segundo registro de show - o primeiro com banda. O lançamento de Pensei que Fosse o Céu - Ao Vivo se justifica por marcar a estréia de Lee em DVD, ainda que o CD homônimo, lançado simultaneamente, escape da redundância por apresentar repertório diverso da gravação ao vivo de 2003.

Se o CD dribla os hits, o DVD (capa à esquerda) reúne todas as músicas que fazem a festa do público romântico de Lee. Românticos, aliás, é o título de um dos maiores hits do autor, que sempre se dividiu entre os sambas e as canções melódicas, mas obteve êxito popular com elas, cativando os 'que choram com baladas' - como diz sintomático verso de Românticos.

Para estes corações derramados, ávidos por melodias envolventes e letras comunicativas, o primeiro DVD do artista agrupa baladas como Contra o Tempo (do primeiro e raro CD do cantor, Vanderly, editado em 1997 de forma independente) e as recentes Breu (de certo peso roqueiro em algumas passagens instrumentais) e Iluminado, ambas do álbum anterior de Lee, Naquele Verbo Agora (2005).

As poucas novidades do requentado repertório sinalizam que Lee pode estar em fase de entressafra criativa no terreno das baladas - impressão confirmada pela inédita faixa-título, Pensei que Fosse o Céu (DVD e CD trazem ainda de bônus inédita gravada em estúdio, O Dedo do Tempo do Barro da Vida, de letra filosófica). Já na área do samba, bem representada no roteiro, Lee exibe suingue até certo ponto inesperado para um mineiro. Galo e Cruzeiro (do disco No Balanço do Balaio, de 1999) tem balanço de gafieira. Tô em Liquidação (outra música do CD de 1999) incorpora compassos de rap na sua levada de samba-rock. Já Passional (mais um samba do álbum de 1999!) conta com a intervenção de Zeca Baleiro.

Baleiro, a propósito, colabora como cantor e compositor em uma das poucas surpresas do repertório. Ele inaugura parceria com Lee em Bangalô, samba inexplicavelmente incluído somente nos extras do DVD (o dueto dos autores reforçaria o apelo comercial do CD). Seja como for, o melhor deste segundo registro de show do artista mineiro é o alto padrão de produção do DVD - fato inédito na Indie Records, gravadora até então muito desleixada na confecção de seus vídeos digitais. Em Pensei que Fosse o Céu - Ao Vivo, o áudio 5.1 é ótimo e a captação das imagens procura mostrar a interação do cantor com seu público, que acompanha com palmas o ritmo de Pra Ela Passar, faz coro em baladas como Esperando Aviões e parece ignorar que a leitura de Vander Lee para Onde Deus Possa me Ouvir - sua obra-prima, lançada por Gal Costa em 2002 - é infinitamente inferior à gravação definitiva feita por Leila Pinheiro em 2005 para o CD Nos Horizontes do Mundo.

Aos 40 anos de idade e 20 de luta para se firmar como compositor, Vander Lee ganha DVD à altura de sua biografia. É trabalho de caráter forçosamente retrospectivo, moldado para seduzir seus fãs muito, muito românticos.

Mundo Livre põe EP na loja em outubro

Até então disponível para venda somente na internet ou nos shows do grupo, o EP Bebadogroove Vol. 1 (Garage Samba Transmachine) - a rigor, o sexto disco do grupo Mundo Livre S/A - chegará, enfim, às lojas de forma tradicional. A banda assinou contrato com o selo Monstro Discos, que vai reprensar o EP e lançá-lo no mercado em outubro, com distribuição da Tratore. Bebadogroove tem sete músicas, todas com letras de Fred 04, líder do Mundo Livre. Pela ordem, as faixas são Nêga Ivete, Laura Bush Tem um Senhor Problema, Tentando Entender os Cabras, Carnaval Inesquecível na Cidade Alta, Abrindo o Coração para uma Cadela Chapada e Bêbada, Dogvilles, Coleiras e Bombeiros e Soy Loco por Sol.

Estréia de Mariana Baltar é bela diversão

Resenha de CD
Título: Uma Dama Também Quer se Divertir
Artista:
Mariana Baltar
Gravadora: Zambo Discos
Cotação:
* * * *

Surge nova dama na MPB, com ênfase no samba que ela, a dama, Mariana Baltar, tem cantado em casas do Centro do Rio de Janeiro. Em seu primeiro disco, a impressão que fica é boa, a despeito de inevitável comparação com Roberta Sá, que, tal como Baltar, estreou em disco (Braseiro, 2005) com voz cheia de balanço e frescor a serviço de sambas. Baltar impressiona logo de cara com primorosa leitura de Pressentimento (1968), a obra-prima de Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho que já andava exaurida por conta de tantas gravações burocráticas. A de Baltar é das melhores.

E o fato é que a dama tem suingue - exibido num raro samba de Assis Valente (Deixa Comigo, do repertório obscuro de Carmen Miranda) e na divisão manemolente de Bala com Bala (1972), petardo típico da obra de João Bosco e Aldir Blanc nos anos 70. Mas a maior surpresa é Zumbi, jóia da lavra de Jorge Ben Jor, lançada em 1974 no disco A Tábua de Esmeraldas. É difícil cantar Jorge bem, com perdão do trocadilho. Mas, sem procurar imitar o inimitável suingue do artista, Baltar - com a experiência de ter sido vocalista da Banda do Zé Pretinho - dá novo fôlego a Zumbi, em prova de personalidade artística.

Menos à vontade na divisão baiana de Ralador (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro) e no forçado trio formado com Miltinho e Pedro Miranda para cantar pot-pourri de clássicos como Obsessão e Me Deixa em Paz, Baltar se redime com samba inédito de Teresa Cristina (Vai com Deus, com intervenção vocal da autora) e com o belo tom seresteiro do choro-canção Insensatez, tributo ao autor Dino 7 Cordas.

O acerto se renova quando a cantora pisa em terreno nordestino. Dona Biu é inédito e delicioso coco de Adryana BB, compositora de Recife (PE). Já Seção 32 é bom baião de Vander Lee que vai soar como novo, embora já tenha sido gravado pelo autor e pela cantora Ana Cristina em 2000. No fim, em clima de gafieira, há inédita de Billy Blanco (O Piston do Barriquinha, vã tentativa de reeditar o êxito de Piston de Gafieira) e Samba da Zona, tema de Joyce de cuja letra foi extraído o título do disco. Enfim, uma estréia promissora. Em parte por conta da produção arejada de Alfredo Galhões, autor de boa parte dos arranjos, a diversão do ouvinte com este primeiro CD de Mariana Baltar é garantida.

Katrina inspira o terceiro do Audioslave

Sound of a Gun, Until We Fall, Broken City, Somedays e Jewel of the Summertime são cinco das 12 músicas do terceiro CD do grupo Audioslave, Revelations (capa à direita), lançado em 5 de setembro nos Estados Unidos e programado para sair no Brasil nos próximos dias, via Sony & BMG. Produzido por Brendan O' Brien, que já trabalhou com nomes como Bob Dylan, o álbum tem música, Wide Awake, inspirada na tragédia provocada pelo furacão Katrina. O primeiro single é Original Fire.

Formado em 2001, a partir da reunião de dissidentes da banda Rage Against The Machine com o vocalista Chris Cornell (do Soundgarden), o grupo já lançou os álbuns Audioslave e Out of Exile.

Trama lança no Brasil novo de Morrissey

Até que enfim o último disco de Morrissey, Ringleader of the Tormentors (capa à esquerda), estará disponível no mercado nacional. A gravadora Trama assinou contrato de licenciamento com o selo Sanctuary para editar o álbum no Brasil e já programou o lançamento para outubro. Produzido por Tony Visconti, que assinou alguns dos melhores álbuns de David Bowie nos anos 70, o CD tem a faixa Dear God Please Help Me arranjada pelo compositor italiano Ennio Morricone.
Quinta-feira, Setembro 14, 2006

Cullum cativa o Rio com show elétrico

Resenha de show
Título:
Jamie Cullum
Artista:
Jamie Cullum
Local:
Sala Cecília Meireles (RJ)
Data:
13 de setembro de 2006
Cotação:
* * * *

"Não, eu prometo que não vou cantar Garota de Ipanema", avisou, maroto, Jamie Cullum à platéia carioca que lotou a sala Cecília Meireles na noite de quarta-feira, 13 de setembro. Em seguida, o jovem astro - que já tem 26 anos, mas aparenta ser um moleque de 16 - atacou, num português honesto, com versão comportada de Dindi, outro clássico internacional do maestro soberano Tom Jobim, apresentado com direito a improvisos jazzísticos no piano. Mas bom comportamento é tudo que não se pode esperar de Cullum em cima de um palco. O rapaz é elétrico, performático e, com energia aparentemente inesgotável, cativou o público no último dos cinco shows de sua primeira turnê pelo Brasil.

Projetado mundialmente em 2003 com seu álbum Twenty Something, no embalo do sucesso de Norah Jones, Cullum transita por pop jazz que pode irritar os puristas, mas que seduz um público jovem justamente pela postura roqueira do artista. Nas duas horas e meia da apresentação carioca (patrocinada pelo projeto Vivo na Música), Cullum subiu no piano - usado impiedosamente como instrumento de percussão no medley que reúne So Sick, Dontcha e Bringing Sexy Back - e desceu na platéia para fazer número a capella.

Jamie Cullum (acima, em cena na apresentação carioca, em foto de Felipe Dana) é um verdadeiro entertainer. Mas seu show vai além do mero exibicionismo porque o rapaz tem inegável talento. Canta bem e, quando leva o piano a sério, como no solo de Dindi, mostra que entende de música. Eclético, Cullum ainda arriscou um violão em London Skies - depois de breve discurso sobre o permanente bom tempo carioca e o insistente mau tempo inglês - e, no momento mais exótico, estilo macumba para turista, tentou uma batucada enquanto os afiados músicos da banda entoavam o refrão de Mas que Nada, o samba torto de Jorge Ben que ganhou o mundo em 1966 na regravação de Sérgio Mendes.

Entre clássicos da canção americana (What a Diff'rence a Day Makes e I've Got You Under my Skin) e temas de sua autoria (Mind Trick, All at Sea), Cullum ainda incluiu música do grupo Radiohead, High and Dry, gravada por ele em seu segundo álbum, Pointless Nostalgic, lançado esta semana no mercado brasileiro em edição da Deckdisc. Tudo a ver com um artista que, pela postura alucinada, soa mais como roqueiro do que como um jazzista ortodoxo que, caso quisesse, Cullum poderia muito bem ser.

A participação de Maria Rita deu a impressão de que não rendeu tudo o que poderia. Sóbria e correta em Oh God, a cantora parecia perdida no tom equivocadamente esmaecido de Singin' in the Rain. Mas Rita foi mero detalhe no show de Jamie Cullum, cuja vivacidade, simpatia e espontaneidade fizeram por merece a ovação recebida da platéia carioca em sucessivos números. Cullum fez a festa do jazz pop como irrepreensível anfitrião. Todos estavam à vontade. Sobretudo o dono da festa.

Fábio Jr. vai gravar DVD com convidados

Mal acabou de lançar seu primeiro disco como intérprete (Minhas Canções, puxado nas rádios por releitura de A Cúmplice, música lançada pelo autor Juca Chaves em 1974), Fábio Jr. (foto) já pensa em seu próximo DVD. A idéia é repetir no DVD a fórmula de regravações de sucessos alheios, mas com a presença de diversos convidados, ainda não escolhidos.

Noel e Xuxa no terceiro DVD do Inimigos

Grupo de pagode pop, muito popular em São Paulo, Inimigos da HP lança seu segundo DVD, Ao Vivo (capa à esquerda). O repertório é um saco de gatos que mistura samba de Noel Rosa (Gago Apaixonado), sucessos infantis (como Tindolelê, hit da fase áurea de Xuxa) e inéditas autorais como Toca um Samba Aí (Marcelo Marrom), Vem Buscar o Que É Teu (Sebá e Valtinho Jota), Nosso Filme (Marcelo Marrom, Glauco Lima, Guto Rodrigues eGustavo Gusmão), O Dia do Nosso Amor (Sebá e Tito), Precisando de Você (Sebá, Elvis, Elton e Renato) e Não Demore (Andréa Amadeu e Valtinho Jota). A gravação ao vivo também está sendo editado no formato de CD, o terceiro da discografia do Inimigos da HP.

Sem pressa, Ana grava quarto CD solo

Ana Carolina já está em estúdio há algumas semanas. Sem pressa, a cantora está preparando seu quinto disco - o quarto CD solo, já que o anterior Ana & Jorge foi dividido com Seu Jorge. A artista burila o repertório inédito sem prazos de gravação. Mas, como Ana Carolina é uma das maiores vendedoras do elenco da Sony & BMG, é possível que a gravadora faça uma pressão para o álbum ficar pronto a tempo de ser vendido em dezembro, mês em que o mercado fonográfico fica aquecido por conta das festas de fim de ano.

Skank encarna banda punk no 'Casseta'

Convidado do próximo programa Casseta & Planeta, exibido às terças-feiras pela Rede Globo após a novela Páginas da Vida, o quarteto Skank aceitou a brincadeira dos humoristas e se transformou numa agressiva banda punk, Spank. Na foto acima, de Rafael França, um flagrante da gravação. No ar na terça-feira, 19 de setembro.
Quarta-feira, Setembro 13, 2006

Aguilera se agiganta na 'volta ao básico'

Resenha de CD
Título:
Back to Basics
Artista:
Christina Aguilera
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * * *

A pose à moda de Marilyn Monroe da capa até pode ser mera jogada de marketing, mas está em sintonia com este primeiro álbum de Christina Aguilera em quatro anos. Back to Basics é a surpresa do ano! Porque - acreditem - é um discaço. Se em Stripped (2002) Aguilera parecia afundada na lama da vulgaridade, tentando em vão soar sexy como Madonna, ela ressurge luminosa como nunca neste álbum duplo que presta tributo às velhas escolas do soul, do blues, do r & b e até do jazz. Com produção luxuosa que envolve orquestra, coro e quarteto de cordas.

O disco é duplo porque são dois trabalhos complementares, mas ligeiramente diferentes. O CD 1 apresenta sonoridade mais contemporânea, ainda que Understand possa figurar em qualquer álbum da fase áurea de Aretha Franklin. É a batida do rap que permeia faixas como Back in the Day, Ain't no Other Man (o primeiro single) e a envolvente Slow Down Baby. Mas é um rap classudo, envolto em sonoridades grandiosas que evocam os velhos tempos. E somente o gospel Makes me Wanna Pray é capaz de converter até o mais incrédulo detrator de Aguilera.

No CD 2, cujo repertório inclui parcerias da artista com Linda Perry, há a volta propriamente dita e anunciada no título Back to Basics. Se Mercy on me é gospel de leve tom jazzístico, Hurt é balada demolidora e a sussurrante Nasty Naughty Boy exala a sensualidade que Aguilera buscou em vão em discos anteriores. Já Candy Man tem suingue à moda dos anos 30 e 40. Parece música de outra era, de algum cabaré ou salão da primeira metade do século 20. E é justamente a habilidade de Christina Aguilera de conjugar sonoridades e tempos distintos que agiganta Back to Basics.

'Qualquer' na ótica de Arnaldo Antunes

Hábil com as palavras, não fosse ele um poeta, Arnaldo Antunes assina o texto de apresentação de seu sétimo disco solo, Qualquer, nas lojas esta semana com tiragem inicial de sete mil cópias e distribuição da gravadora Biscoito Fino. No texto, Antunes detalha o processo de criação do álbum e historia a origem do repertório.

"Esse disco foi criado a partir de dois desejos. O primeiro era o de gravar com os músicos tocando juntos, ao mesmo tempo. Diferentemente dos meus últimos discos, em que as gravações aconteciam por etapas e as camadas de instrumentos iam aos poucos se somando e compondo os arranjos, aqui o resultado foi se formando antes, em dois meses de ensaios entre São Paulo e Rio de Janeiro, para ser registrado em apenas três dias, ao vivo, no estúdio Mega (RJ). Os arranjos já estavam prontos, muitos poucos overdubs foram feitos. E o disco todo foi gravado com a mesma formação, o que lhe deu uma identidade sonora muito coesa.

O segundo desejo era o de ressaltar um lado que vem aos poucos aparecendo mais em meu trabalho - o canto grave, apoiado por um contexto musical mais sereno. Com os Titãs aprendi a cantar berrado. Para soar potente com o peso daquele som, os tons escolhidos para as músicas tinham que ser altos, para serem alcançados com mais volume de voz. O desejo era cantar sujo, rasgado, incorporando ruído à voz. Ao mesmo tempo, sempre norteei meu canto para uma adequação à intenção do que diziam as letras das canções. Como se tentasse expressar com o máximo de clareza o que a canção dizia (lição de João Gilberto).

Nos meus discos solo, passei a me sentir mais livre para experimentar outros gêneros, outras formações instrumentais e outros registros de canto. Comecei a explorar, em algumas faixas, os graves de minha voz, numa tonalidade mais próxima de como a uso na fala. Com os Tribalistas senti que devia cantar com mais suavidade, para timbrar junto com as vozes de Marisa e Carlinhos. Ouvir minha voz junto com a deles era muito diferente de me ouvir cantando sozinho e isso me fez aprender muito mais sobre meu próprio canto. Saiba (meu último CD, de 2004) já trazia alguns frutos dessa experiência, na colocação mais tranqüila da voz, assim como nos arranjos mais intimistas. Fiquei então com vontade de ir ainda mais fundo nessa direção. A primeira coisa que pensei foi gravar um disco todo sem bateria nem percussão. Parecia um tanto radical, mas isso me fez gostar ainda mais da idéia. Queria que soasse com a leveza de um acústico, mas sem a necessidade de usar apenas instrumentos acústicos.

Pude experimentar uma formação parecida com essa no início de 2005, quando recebi o convite do diretor José Joffily para compor uma canção-tema para o seu longa-metragem Achados e Perdidos, que estava em fase de montagem. Musiquei Hotel Fraternité, poema de Hans Magnus Enzensberger, traduzido por Aldo Fortes e convidei para a gravação Paulo Tatit (baixo e violão), Edgard Scandurra (guitarra) e Daniel Jobim (piano elétrico). Quando ouvi o resultado, já sabia que era bem o que eu queria fazer no meu próximo disco. Comecei então a pensar num repertório. Com Chico Salem, que toca comigo há alguns anos e fazia parte da banda que me acompanhava no show do Saiba, iniciei uma pré-produção registrando, só com voz e um ou dois violões, músicas que eu gostaria de gravar com esse tipo de instrumentação; estudando as levadas e os tons mais apropriados. Passamos então para a fase dos ensaios. Queria apenas instrumentos de cordas (violões, guitarras, baixo, bandolim, banjo, etc.) e piano. Chamei, além do Chico, Dadi e Cezar Mendes, que haviam participado das gravações dos Tribalistas; Edgard Scandurra, que vem tocando nas gravações de todos meus discos solo até hoje e Daniel Jobim, que já havia participado do Saiba. Essa formação era para mim como um sonho que estava se realizando.

As surpresas que cada um trazia, os improvisos que resultavam em frases marcantes, a liga entre os timbres, a precisão ao mapear as partes das canções, a delicadeza e sensibilidade ao definir as dinâmicas; tudo me encantava. Para produzir convidei o Alê Siqueira, com quem já havia trabalhado em Paradeiro, Tribalistas e na trilha que compus para o Grupo Corpo e que consegue unir um grande conhecimento técnico dos recursos de estúdio com apurados toques musicais. Chico Salem e Cezar Mendes, nos violões de aço e de nylon, montaram a estrutura básica de onde partiram os arranjos. Os primeiros ensaios foram feitos só com nós três. Edgard levou uma talk-box (uma espécie de aparelho que filtra o som da guitarra para um tubo, leva-o até a boca que, como uma caixa de ressonância, devolve o som a um microfone, algumas vezes junto com a voz), que contribuiu para dar uma personalidade original ao som da guitarra, e que acabou sendo marca da sonoridade desse disco. Daniel Jobim colocava cada nota ou acorde com tamanha precisão e economia, que conseguia valorizar todos os silêncios que os cercavam.

Dadi, atacando ora no baixo, ora no bandolim, na guitarra sitar ou no okulele, explorava variações timbrísticas que iam ocupando espaços e profundidades imprevistas no resultado sonoro. No repertório, além de Hotel Fraternité, lançada no filme do Joffily, que regravamos para o disco, composições inéditas como Para Lá (primeira parceria minha com Adriana Calcanhotto), O Que Você Quer Saber de Verdade e Contato Imediato (duas parcerias pós-Tribalistas com Marisa e Carlinhos), Qualquer e Num Dia (parcerias com os portugueses Helder Gonçalves e Manuela Azevedo, integrantes da banda Clã, a última também com Chico Salem).

Duas parcerias com Dadi - 2 Perdidos, que eu havia gravado anteriormente para outro filme de José Joffily (2 Perdidos Numa Noite Suja), relida agora com outro arranjo e Da Aurora Até o Luar - gravadas também por ele em seu CD solo, que foi lançado apenas no Japão, mas deve sair em breve também por aqui. Algumas canções minhas que foram gravadas por outros intérpretes e que sempre tive vontade de cantar, como Lua Vermelha (parceria com Carlinhos Brown, gravada por Maria Bethânia em Âmbar, 1996), Eu Não Sou da Sua Rua (parceria com Branco Mello, gravada por Marisa Monte em Mais, 1990) e As Coisas (parceria com Gilberto Gil, gravada por ele e Caetano Veloso em Tropicália 2, 1993).

Sem Você, outra parceria com Brown, gravada por ele em 1998 no CD Omelete Man, que já havia sido gravada no mesmo ano também por mim, junto com Arto Lindsay e Davi Moraes, para a coletânea Red Hot Lisbon, recebeu aqui uma nova versão. E duas músicas de outros autores: Acabou Chorare, de Moraes e Galvão, gravada no disco dos Novos Baianos, que cresci ouvindo e canto há anos no violão em casa, mas só agora tive coragem de gravá-la e Nossa Bagdá, de Péricles Cavalcanti, que ouvi no seu último disco, Blues 55, de 2004, e que me encantou por conseguir tratar com doçura um tema tão cercado de intolerância por todos os lados. Algumas vezes acho que atingi uma certa maturidade nesse disco. Em outras, penso que ele é fruto de minha ansiedade artística nesse momento, sem que isso signifique um lugar definitivo a que eu tenha chegado. Posso vir a fazer um disco berrado de som pesado, ou qualquer outra coisa, no futuro, se tiver vontade. Mas por enquanto é isso. É talvez o meu disco menos ligado ao universo do rock'n' roll. Ao mesmo tempo tem uma identidade sonora de banda. De qualquer forma, eu toda vez acho o último disco o melhor".

Arnaldo Antunes

Grupo Mombojó lança seu primeiro DVD

Uma das revelações da cena pop nacional, o grupo Mombojó lança ainda este mês seu primeiro DVD (capa à direita). Editado dentro da série Toca Brasil, do selo Itaú Cultural, o DVD registra show feito em São Paulo, em setembro de 2004, com roteiro baseado no repertório do álbum de estréia da banda, Nada de Novo, lançado naquele mesmo ano. No momento, o Mombojó já divulga seu segundo CD, Homem-Espuma.

Daniela grava Balé em DVD e CD ao vivo

Daniela Mercury vai gravar seu belo show Balé Mulato - em apresentação gratuita agendada para domingo, 17 de setembro, no Farol da Barra, em Salvador (BA) - para lançar ainda este ano DVD e CD ao vivo, pela gravadora EMI. A banda Didá e as cantoras Gil e Mariene de Castro farão participações no espetáculo, cujo roteiro terá o acréscimo de músicas ainda mantidas em sigilo. Caberá ao cineasta pernambucano Lírio Ferreira (de filmes como Baile Perfumado e Árido Movie) dirigir a captação de imagens. Na foto à esquerda, clicada por Mila Maluhy, Daniela aparece em cena no show, que remete ao histórico Canto da Cidade (1992) pela forte camada percussiva e pelo tom esfuziante do repertório.

Tom Zé lança CD em outubro via Tratore

Artista integrado ao elenco da gravadora Trama desde seu ressurgimento no mercado fonográfico nacional, em fins dos anos 90, Tom Zé fechou com a distribuidora Tratore o lançamento de seu novo disco, Danç-Êh-Sá, previsto para chegar às lojas em outubro. No CD, Zé apresenta parcerias com Paulinho LePetit.
Terça-feira, Setembro 12, 2006

Daft ganha coletânea no embalo do Tim

No embalo da vinda do duo Daft Punk ao Brasil no fim de outubro, para apresentações no Tim Festival, a EMI está lançando no mercado nacional uma coletânea da dupla francesa de música eletrônica. Musique Vol. 1 (1993-2005) estará disponível em duas versões - em CD e em edição dupla que junta CD e DVD - com reunião de sucessos da carreira de Thomas Bangalter & Guy Manuel De Homem-Cristo.

No DVD, há clipes do duo, animações do projeto Interstella 5555 e vídeo ao vivo de Rollin' & Scratchin', captado em Los Angeles (EUA). Já o CD (capa à esquerda) apresenta três remixes a cargo de Scott Grooves, Ian Pooley e Gabrielle, além de hits como Da Funk, Around the World, One More Time, Harder Better Faster Stronger, Something About Us e Robot Rock.

Kid e Lulu no disco de duetos de Erasmo

Vinte e seis anos depois de lançar um disco de duetos (Erasmo Carlos Convida, 1980), quando ainda não era prática corriqueira no mercado fonográfico reunir convidados em estúdio, o Tremendão (foto) prepara novo CD de duetos. Lulu Santos e Kid Abelha já gravaram suas participações. Milton Nascimento ficou de pôr em outubro sua voz na faixa Emoções. Produzido por Mu Carvalho, o álbum tem lançamento programado pela Indie Records para 2007.

Leila Maria planeja CD sobre o amor gay

Abortada a idéia de um segundo volume do disco Off Key, com mais gravações de versões em inglês de músicas brasileiras, a cantora Leila Maria (foto) planeja entrar em estúdio em outubro para fazer um disco com canções sobre amores homossexuais. A idéia é reunir músicas que abordaram o assunto, explicita ou implicitamente.

Ainda em fase de seleção de repertório, o CD deverá reunir temas como Nature Boy (o clássico de Eden Ahbez que já mereceu versão de Caetano Veloso, intitulada Encantado e gravada por Ney Matogrosso), Seu Tipo (parceria de Eduardo Dussek e Luiz Carlos Góes que batizou um disco menos popular do mesmo Ney), Um Certo Alguém (música de Lulu Santos com letra de Ronaldo Bastos) e Ilusão à Toa (Johnny Alf).

Leila - vale lembrar- é autora de música, Bom É Beijar, que tem sido propagada nos últimos anos na parada do orgulho gay do Rio de Janeiro, geralmente com a presença da artista.

U2 prepara disco e grava com Green Day

O U2 (foto) já entrou em estúdio para começar a trabalhar em novo álbum de inéditas. O sucessor de How to Dismantle an Atomic Bomb (2004) será produzido por Rick Rubin, que já trabalhou com grupos como Aerosmith e Red Hot Chili Peppers.

Paralelamente, a banda irlandesa prepara gravação dividida como o trio americano Green Day. Os dois grupos vão registrar um cover de The Saints Are Coming, música lançada nos anos 70 pelo grupo escocês The Skids. A renda da regravação será revertida para as vítimas do furacão Katrina através da instituição Music Rising, fundada pelo guitarrista do U2, The Edge.

'Cê', que sairá em vinil, já está nas lojas

Depois de ter sido vendido somente na internet durante cinco dias, em atitude arrojada como o tom do CD, - o 40º álbum de Caetano Veloso - chega nesta terça-feira, 12 de setembro, às lojas convencionais, ao preço médio de R$ 40. Em breve, o disco vai ganhar edição em vinil.
Segunda-feira, Setembro 11, 2006

Três de estúdio no CD ao vivo do Cidade

Três músicas gravadas em estúdio - O Paraíso Tem um Tempo Bom, O Tempo Tá Passando e Negro Rei, faixa registrada originalmente para a trilha da novela Sinhá Moça - foram incluídas no novo disco ao vivo do Cidade Negra (acima, em foto de divulgação usada na capa do álbum). Uma quarta faixa feita em estúdio, Camuflagem, entrou somente no DVD que será lançado simultaneamente com o CD.

Gravado em show na Fundição Progresso (RJ), Cidade Negra Direto apresenta inéditas como BBoys, Hoje, Bamba, Vacilão e Você que Não Acredita. A também inédita Ninguém Merece conta com a intervenção do autor Lulu Santos, convidado também de Sábado à Noite. Já o trio Paralamas do Sucesso toca em Selvagem (fonograma exclusivo do DVD) e no medley que reúne Soldado da Paz e La Bela Luna, com citação de A Novidade.

Com produção de Liminha e direção imagem de Oscar Rodrigues Alves, Cidade Negra Direto chega às lojas nos próximos dias, via Sony & BMG, e já tem eleito um primeiro single: O Paraíso tem um Tempo Bom, reggae de Liminha, Toni Garrido, Lazão e Bino Farias. Em tempo: Estrelar, música de Marcos Valle regravada pelo grupo para um comercial, ficou fora do disco.

Outkast abaixo do esperado em 'Idlewild'

Resenha de CD
Título:
Idlewild
Artista:
Outkast
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * *

Depois de uma obra-prima como Speakerboxx / The Love Below (2003), era natural a expectativa - não cumprida totalmente - em torno de Idlewild, sexto CD da dupla de rap Outkast, formada por Andre 3000 e Big Boi. A julgar pelo título, parece a trilha do filme homônimo estrelado pelo duo e ainda inédito nos cinemas. Mas, a rigor, trata-se mesmo do novo álbum da dupla, apenas inspirado pela atmosfera da trama. Idlewild é bom, mas perde coesão ao longo de suas 25 faixas e vinhetas. Como seu antecessor, prima pela mistura rítmica. É um disco de rap, mas com elementos de funk, blues e um suingue à moda dos anos 30. Embora Big Boi responda por um dos melhores momentos do álbum, The Train, a superioridade de Andre 3000 (o de Hey Ya!, megahit da obra-prima anterior) novamente é atestada em faixas como Morris Brown e Idlewild Blue (Don't Chu Worry 'Bout me). Sim, porque Andre e Boi formam duo esquizofrênico e, quase sempre, trabalham separadamente. A poderosa Mighty O é um dos pontos de interseção que unem os dois em Idlewild. Enfim, um trabalho interessante, mas não tão genial quanto era de se esperar.

Estréia de Theo chega ao CD em coleção

Estréia do compositor e arranjador Theo de Barros no mercado fonográfico, Primeiro Disco (capa à esquerda) chega ao CD na Coleção Eldorado. Foi gravado originalmente em 1979 e contou com as participações especiais de Elis Regina e Jair Rodrigues, que, nos anos 60, ajudaram a propagar a obra autoral de Barros com suas respectivas gravações de Menino das Laranjas e Disparada.

Outro raro título que chega ao CD na mesma coleção que recupera o acervo da gravadora Eldorado - em reedições produzidas pelo jornalista Eduardo Magossi com o pesquisador pernambucano Wilson Menezes da Hora - é Água Branca, disco lançado pelo violonista Paulinho Nogueira em 1983. Reúne parcerias de Nogueira com Paulo César Pinheiro, Eduardo Gudin e Paulo Vanzolini.

'Mil Acasos' pode fazer 'Carrossel' girar...

Como o Skank já sinalizou ontem ao cantar Mil Acasos em sua apresentação no programa Domingão do Faustão, a música deverá ser o provável segundo single do CD Carrossel, depois que a faixa Uma Canção É pra Isso tiver esgotadas suas possibilidades radiofônicas. Mas o martelo ainda não foi batido pelo quarteto e pela gravadora Sony & BMG.

E por falar em Skank, a estréia oficial da turnê promocional de Carrossel será nesta sexta-feira, 15 de setembro, em show no Canecão (RJ).

Sax de Caio já sopra um Disco de Platina

Por conta da exposição contínua no programa do apresentador Raul Gil, o primeiro CD do saxofonista Caio Mesquita - Jovem Brazilidade, cujo título já alude ao fato de o músico ter apenas 16 anos - já faz jus a um Disco de Platina pelas 125 mil cópias vendidas em três meses -marca fenomenal num mercado fonográfico cada vez mais apático. O disco (capa à esquerda) foi editado pela EMI em parceria com a Luar Music, a gravadora administrada por Raul Gil Júnior, filho do apresentador de TV. No repertório, sucessos da MPB e da bossa nova como Wave, Flor de Lis, Lilás, Carinhoso, Samba de Verão e Arrastão.
Domingo, Setembro 10, 2006

Elza volta ao passado seguro do samba

Depois de ousada e consistente incursão pelo universo da música eletrônica em disco (Vivo Feliz, 2003) de pouca repercussão comercial, Elza Soares faz o caminho de volta e se refugia na segurança do samba mais tradicional. O próximo projeto fonográfico da cantora deverá ser um registro ao vivo, em CD e DVD, de seu novo show, Beba-me, recém-estreado em São Paulo. Estruturado com base em pesquisa de Rodrigo Faour, o roteiro reúne sambas gravados pela artista ao longo da carreira. Será a estréia da intérprete no formato do DVD. O lançamento deverá acontecer em 2007, ano em que chegará aos cinemas o documentário de Izabel Jaguaribe sobre Elza.

Grammy Latino premia obra de Mariano

Os indicados das 43 categorias da 7ª edição do Grammy Latino serão anunciados em 26 de setembro. A cerimônia de entrega dos prêmios - agendada para 2 de novembro - acontecerá pela primeira vez em Nova York, no Madison Square Garden. O pianista e arranjador brasileiro César Camargo Mariano deverá receber um troféu honorário pelo conjunto da obra. Em 1º de novembro, o cantor Ricky Martin será homenageado como Personalidade do Ano.

Carly segue a receita gasta dos clássicos

Resenha de CD
Título:
Moonlight Serenade
Artista:
Carly Simon
Cotação:
* *
Gravadora:
Sony & BMG

Não dá para acusar Carly Simon de oportunista pelo fato de estar lançando um disco com regravações de clássicos americanos. Antes do investimento em standards se transformar em bote salva-vidas para nomes que já tinham afundado no mercado fonográfico (Rod Stewart e Barry Manilow, entre eles), a compositora já tinha se aventurado pioneiramente por essa seara em discos interessantes como Torch (1981), My Romance (1990) e Film Noir (1997). Mas o fato é que, talvez querendo seguir à risca a receita dos álbuns que salvaram a carreira de Rod Stewart, o produtor Richard Perry criou um disco sem alma, o pior dos quatro trabalhos de Simon no terreno dos standards (o primeiro, Torch, continua insuperável no estilo).

Apesar de reunir alguns temas já exauridos por tantas regravações (Moonlight Serenade, I've Got You Under my Skin, All the Things You Are, The More I See You), o repertório ainda apresenta leves surpresas. Como um Cole Porter menos batido (In the Still of the Night) ou uma jóia menos conhecida da dupla George & Ira Gershwin (How Long Has This Been Going on). Mas o fato é que, batidos ou não, Carly Simon nada acrescenta a estes clássicos por conta da padronização dos arranjos e da produção. O que é uma pena, pois a artista sempre pôs na sua obra uma assinatura pessoal, sobretudo como compositora em seus profícuos anos 70.

Sai nova trilha internacional de Malhação

Chega às lojas esta semana a nova trilha internacional de Malhação. A seleção estrangeira da temporada de 2006 inclui sucessos de Kelly Clarkson (Breakaway), Ben Harper (Waiting for You), Matisyahu (Youth, o hit mundial do judeu que canta reggae), Yellowcard (Lights and Sounds), P!nk (Stupid Girl) e Panic! at the Disco (The Only Difference Between Martyrdom and Suicide Is Press Coverage), entre outros nomes. O CD (capa à esquerda) sai pela Som Livre.

Arranco regrava o repertório de Martinho

Dez anos depois de Simone dedicar um de seus mais belos discos (Café com Leite, 1996) ao repertório de Martinho da Vila, o compositor ganha outro tributo fonográfico. O grupo Arranco de Varsóvia vai gravar somente músicas do autor de Casa de Bamba em seu quarto CD. Se o lançamento acontecer em 2007, vai coincidir com os 40 anos de carreira de Martinho da Vila, revelado em festival de 1967 ao defender Menina Moça.
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