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S�bado, Janeiro 07, 2006

Carmen, a biografia, preserva o mito

Resenha de livro
T�tulo: Carmen - Uma Biografia
Autor: Ruy Castro
Editora: Companhia das Letras
Cota��o: * * * *

Se Ruy Castro n�o chega a desconstruir o mito de Carmen Miranda na rec�m-lan�ada biografia da cantora, o escritor consegue a fa�anha de detalhar a vida da artista que nasceu em Portugal, se criou no Brasil e conquistou os Estados Unidos como poucos nomes nascidos fora de terras norte-americanas o fariam depois dela (do Brasil, a exce��o seria Tom Jobim). Como diz o texto da contracapa, todo brasileiro sup�e conhecer Carmen Miranda. Mas poucos conhecem de fato sua trajet�ria - e a� entra o m�rito de Castro. Ele reconstitui a vida e a obra de Carmen com detalhes minuciosos que acabam por formar rico painel do Rio e da Hollywood da primeira metade do s�culo 20.

O mito permanece porque Castro referenda nas 600 p�ginas do livro a imagem de Carmen constru�da superficialmente pelos brasileiros minimamente informados (aos quais, ali�s, se destina a biografia pelo pre�o fixado em R$ 55). No texto afiado do escritor, Carmen permanece a artista exuberante que seduziu o Rio dos anos 30 com seu carisma e que, a partir de 1939, se transformaria progressivamente na figura ex�tica que conquistaria os EUA com os balangand�s de suas baianas estilizadas at� se afundar num mar de comprimidos e de car�ncias n�o-supridas que apressariam sua morte, em 1955.

A import�ncia hist�rica do livro est� nos detalhes. Sem endeusar a biografada, Castro refaz sua trajet�ria passo a passo rumo ao estrelato mundial. � nessa reconstitui��o que reside o valor e a riqueza de Carmen. O livro narra a saga de sua fam�lia para sobreviver no Brasil, a cumplicidade com a irm� Aurora (recentemente falecida, aos 90 anos), a luta para se impor no incipiente mercado fonogr�fico dos anos 30, seus namoricos (bem avan�ados para a �poca), a conquista do Brasil com seus discos e a inesperada ida para os Estados Unidos, pa�s em que Carmen foi mais aproveitada pela ind�stria do cinema com a cria��o e proje��o de uma imagem caricata (com direito a um ingl�s propositalmente errado) em filmes musicais que lhe garantiriam alguns desafetos no Brasil.

Em lances novelescos, Castro narra como o casamento de Carmen com David Alfred Sebastian seria o come�o do fim da artista - mostrada no livro como uma pessoa bastante generosa e desapegada ao dinheiro. Sufocada pelo excesso de trabalho e pelo desamor, ainda que tivesse contado nos Estados Unidos com o apoio da m�e e de Aurora, Carmen aos poucos sucumbiria como mulher e como artista. At� que seu cora��o n�o resistiu e parou de bater. Para eternizar o mito que nem Castro, com sua persegui��o pelo detalhe, consegue desfazer.

O passe de Pitty gera ti-ti-ti na ind�stria

Diretor da Deckdisc, Jo�o Augusto garante que Pitty (foto) est� feliz na sua gravadora e que l� vai continuar. Mas nos bastidores da ind�stria fonogr�fica comenta-se que o empres�rio da cantora, Marcelo Lobato, cogitou negociar o passe da roqueira baiana com a Sony & BMG (major que tem sob contrato Marcelo D2, artista tamb�m empresariado por Lobato) e com a Warner Music. Depois de passar pela banda Inkoma, Pitty ingressou na Deckdisc - companhia por onde j� lan�ou dois CDs, Admir�vel Chip Novo e o recente Anacr�nico.

Badi regrava Cartola, Dolores e Jobim

Em seu oitavo disco solo, Wonderland, a compositora e violonista paulista Badi Assad (foto) regrava duas obras-primas da MPB: O Mundo � um Moinho (Cartola) e Estrada do Sol (uma das bissextas parcerias de Tom Jobim com Dolores Duran). O sucessor de Verde (2004) foi produzido por Jaques Morelenbaum para selo da gravadora alem� Deutsche Grammophon. Irm� dos m�sicos que formam o Duo Assad, Badi - que come�ou carreira fonogr�fica solo em 1989, com o disco Dan�a dos Tons - passou progressivamente a cantar em seus discos.

Leny lan�a simultaneamente dois DVDs

Depois de algumas participa��es em DVDs como o recente Bossa Nova in Concert, Leny Andrade est� estreando no formato para valer - e em dose dupla. Reunindo cl�ssicos da Bossa Nova (Rio, Telefone, Dindi, Voc� e Wave, entre outros), Leny Andrade ao Vivo � um dos dois DVDs da cantora que est�o chegando simultaneamente ao mercado. O outro (capa � esquerda) tamb�m foi gravado ao vivo - em show dividido pela artista com o pianista C�sar Camargo Mariano - e traz temas como Samambaia (cl�ssico do repert�rio do m�sico), Tem D�, A Ilha e 40 Anos.

Gabriel o Pensador � parceiro de L�nox

Integrante do extinto grupo Fibra de Vida, o cantor e compositor L�nox est� lan�ando seu segundo disco solo, Positivo (capa � direita). No repert�rio, temas exclusivamente autorais como Sorriso e Stop Stress. O rapper Gabriel O Pensador � parceiro de L�nox em Na Jogada. O CD foi gravado de forma independente.
Sexta-feira, Janeiro 06, 2006

DVD duplo perpetua pioneiro concerto beneficente organizado por Harrison

Resenha de DVD
T�tulo: The Concert for Bangladesh
Artista: George Harrison and Friends
Gravadora: Apple / Warner Music
Cota��o: * * * *

Em 1971, o Paquist�o passava por aguda crise pol�tica, dividido ao meio, com milh�es de refugiados migrando para �ndia para fugir da fome e da guerra. Foi quando o m�sico indiano Ravi Shankar teve a id�ia de um concerto beneficente que revertesse sua renda para os refugiados. O beatle George Harrison abra�ou a id�ia, arregimentou alguns colegas de peso (Eric Clapton, Bob Dylan, Ringo Starr) e assim nasceu o Concerto para Bangladesh, apresentado num lotado Madison Square Guarden (Nova York, EUA) em 1� de agosto de 1971 e perpetuado em LP duplo. Foi um espet�culo hist�rico que serviria de inspira��o e modelo na d�cada seguinte para eventos beneficentes de propor��es pol�ticas ainda maiores, caso do Live Aid.

O DVD duplo ora lan�ado pela Warner Music recupera no disco 1 a �ntegra do concerto - com �udio remixado em 5.1 - e apresenta no disco 2 document�rio sobre o evento, com imagens da �poca misturadas com depoimentos atuais de Ravi Shankar e Ringo Starr, entre outros. Al�m de extras que lembram, por exemplo, a disputa entre as gravadoras Capitol e CBS para lan�ar o LP duplo da �poca, sem abrir m�o de seus royalties. H� tamb�m imagens in�ditas extra�das da passagem de som.

Se o document�rio � ligeiramente burocr�tico e gorduroso (com desnecess�ria reprodu��o, por exemplo, de boa parte de Something, um dos n�meros de Harrison), o concerto em si permanece antol�gico. Tanto pela presen�a dos m�sicos indianos com os quais o beatle interagia muito na �poca - inspirando o sucesso My Sweet Lord, obviamente inclu�do no roteiro - como pelo encontro de Harrison e Dylan em n�meros como Just Like a Woman.

A luxuosa edi��o do DVD valoriza o conte�do e inclui libreto inspirado no farto encarte do �lbum duplo original. Enfim, The Concert for Bangladesh � documento hist�rico que, pela dimens�o pol�tica, transcende a m�sica em si e merecia mesmo ser restaurado.

Sem combust�vel, Latino tenta emplacar 'Maria Gasolina' e novo disco de in�ditas

Resenha de CD
T�tulo: Latino Apresenta as Novas Aventuras de DJ L
Artista: Latino
Gravadora: EMI
Cota��o: *

Projetado nacionalmente na primeira metade dos anos 90, quando seu irresist�vel hit Me Leva estourou nos bailes da periferia que tocavam funk melody, Latino amargou progressivo ostracismo ao longo da d�cada depois deste impulso inicial. Ele j� era considerado carta fora do jogo da ind�stria do disco quando, em 2004, executivos da gravadora EMI se deixaram seduzir numa conven��o da empresa pelo refr�o apelativo e grudento de Festa no Ap� - a m�sica que puxava o disco que, bancado de forma independente pelo artista, iria apenas ser distribu�do pela companhia. Mas Marcos Maynard, atual presidente da EMI, sentiu cheiro de sucesso e jogou suas fichas em Latino, investindo no marketing do disco e contratando o cantor. Deu no que deu: Festa no Ap� virou sucesso nacional, impulsionou as vendas do disco Latino Apresenta as Aventuras de DJ L e, no embalo, o cantor acabou gravando DVD e CD ao vivo editados no in�cio de 2005 para prolongar a festa e as vendas.

Pouco mais de um ano depois do estouro de Festa no Ap�, o cantor tenta se manter nas paradas com novo disco de in�ditas. Pelo t�tulo, Latino Apresenta as Novas Aventuras de DJ L, j� fica clara a id�ia de reedi��o da f�rmula. E a receita simpl�ria do artista consiste num punhado de m�sicas de refr�es f�ceis com versos de duplos sentidos sexuais. S�o dez in�ditas, nove assinadas por Latino, sozinho ou em parceria (a exce��o � Sacode no Patr�o, de autoria de Andinho).

Falta combust�vel a Latino para bisar o sucesso, a julgar por Maria Gasolina (Mina Quebrete), arremedo de reggaeton que puxa o disco e que aparece na vers�o original e em dois remixes, um feito para as pistas eletr�nicas e outro para os bailes funks. Alguns versos da faixa - "Mina quebrete, toma bolete / ... / Troca o meu �leo, passa a marcha"- j� d�o a pista do conte�do grosseiro do repert�rio. E o que dizer de "N�o mete essa que estava na banheira / Nem bl�-bl�-bl� / Nem choror� / Voc� deu mole / A bola entrou", versos de Meu Gol de Placa, outra faixa de car�ter sexista e machista? Felizmente, nem tudo � duplo sentido no disco. Hipnotizado no Sinal � funk pop de tom rom�ntico.

Musicalmente, o artista procura abrir o leque de ritmos com a pobreza mel�dica que lhe � peculiar. Em C�tia Catcha�a, Latino apela para o instrumental do brega que impera no Norte do Brasil. Em Odalisca, arrisca timbres orientais. Em Biriguidin, experimenta levadas mais impregnadas de latinidade. J� Amigo Fanho, n�o fosse pela letra maliciosa, parece sa�da de um disco de Xuxa ou de um grupo infantil dos anos 80.

No todo, falta espontaneidade - inclusive na produ��o dividida entre Latino e seu parceiro Dalmo Bellotti. Como todo disco idealizado para estourar, Latino Apresenta as Novas Aventuras de DJ L deixa a impress�o de que pode fracassar e apressar o fim da festa popularesca do cantor.

Alfaiate veste a camisa de Mauro Duarte

Walter Alfaiate (foto) est� lan�ando esta semana seu terceiro disco, Tributo a Mauro Duarte, trabalho de alto valor hist�rico por jogar luz sobre a obra do saudoso Mauro Duarte de Oliveira (1930-1989), importante compositor mineiro, radicado no Rio desde garoto e parceiro de Paulo C�sar Pinheiro em v�rios sambas gravados com sucesso por Clara Nunes (1942-1983) - entre eles, Menino Deus (1974), Canto das Tr�s Ra�as (1976), Portela na Avenida (1981) e Serrinha (1982).

Produzido por Ruy Quaresma para a gravadora CPC-Umes, o disco re�ne 12 m�sicas do compositor, militante nos blocos carnavalescos de Botafogo, o bairro carioca onde se criou. Com exce��o de Falsa Euforia, todas s�o in�ditas. Tr�s (Ainda Precisar�s de mim, Jeito do Cachimbo e Vem Ver, Jo�o) s�o de autoria apenas de Duarte. Cinco (Arroz e Feij�o, Bom Jardineiro, Constantemente, Derrotado e a supra-citada Falsa Euforia) s�o parcerias do compositor com o pr�prio Walter Alfaiate. Tr�s (Lenha na Fogueira, Nossos Esfor�os e Vila) s�o da lavra de Duarte com Paulo C�sar Pinheiro. Por fim, Fonte dos Amores leva tamb�m a assinatura de Wilson Moreira, em trio formado por Duarte e Alfaiate.

Mesmo sem gravadora, Luiza Possi inicia a pr�-produ��o de seu terceiro �lbum

Com o afastamento de seu pai (L�ber Gadelha) do comando da Indie Records, Luiza Possi (na foto, num clique de Val�rio Trabanco) ficou sem gravadora. Mas, mesmo com destino incerto no mercado fonogr�fico, a filha de Zizi Possi j� faz a pr�-produ��o de seu terceiro disco. Luiza entra em est�dio ainda este m�s para come�ar a gravar o CD, cujo repert�rio incluir� m�sicas de Ana Carolina, Jorge Vercilo e Vander Lee. Com o aval do pai, a cantora j� lan�ou dois �lbuns pela Indie Records: o insosso Eu Sou Assim (2002) e Pro Mundo Levar (2004), em que mostrou alguma evolu��o na sele��o das m�sicas.

Grupo Timbalada perde o vocalista Ninha

Em comunicado oficial, a assessoria da Timbalada anunciou a sa�da do principal cantor do grupo, Ninha (foto), que vai arriscar carreira solo. Convidado em 1993 por Carlinhos Brown para ser o primeiro vocalista da banda, Ninha deixar� a Timbalada ap�s os shows programados para o Carnaval.

Idealizado por Brown nos anos 90, o grupo Timbalada emplacou sucessos como �gua Mineral e chegou a gravar com cantores como Caetano Veloso e Marisa Monte, mas sua discografia se tornou mais dispersa na d�cada seguinte. O �ltimo disco do grupo, Motumb� Bless, foi lan�ado em 2002.
Quinta-feira, Janeiro 05, 2006

'Cabe�a Dinossauro' completa 20 anos sem uma devida reedi��o remasterizada

A ind�stria fonogr�fica tem l� suas ironias. Uma delas � o fato de o disco Cabe�a Dinossauro (foto) - obra-prima que dividiu �guas na trajet�ria dos Tit�s - completar 20 anos em 2006 sem ter ganhado ainda uma reedi��o remasterizada em CD � altura de sua import�ncia. A ironia vem do fato de o baterista do grupo, Charles Gavin, ter feito primoroso trabalho de pesquisa, recupera��o e reposi��o em cat�logo de discos alheios em todas as gravadoras - inclusive na Warner Music, a companhia que det�m os direitos sobre os �lbuns gravados pelos Tit�s entre 1984 e 1999 - e de nunca ter tido a chance de ver a discografia de sua banda reeditada com o devido capricho.

De todos os grandes grupos do rock nacional dos anos 80, os Tit�s � o �nico que nunca ganhou caixa ou teve sua obra remasterizada em edi��es avulsas. O problema de Cabe�a Dinossauro se agrava porque, pela sua import�ncia, ele foi um dos primeiros CDs fabricados no Brasil pela Warner, ainda nos anos 80. Mas esta edi��o - at� hoje reposta nas prateleiras - era pouco cuidadosa. Foi feita num tempo em que a ind�stria fonogr�fica ainda nem acreditava no potencial do CD no mercado nacional. A ponto de, no caso da Warner, optar-se por padronizar a contracapa externa de qualquer CD. Ou seja, a contracapa externa de Cabe�a Dinossauro tem a mesma arte do disco Gilberto Gil em Concerto, tamb�m editado em CD na mesma �poca (mas depois reeditado com a arte original na caixa que festejou os 60 anos de Gil, em 2002).

� uma tremenda injusti�a com um disco que solidificou a trajet�ria dos Tit�s e deu um perfil � banda - at� ent�o sem identidade no mercado pop nacional dos anos 80. Afinal, Son�fera Ilha - o hit do primeiro disco, lan�ado em 1984 - tinha l� seu charme e fez sucesso nas r�dios, mas bem podia ser enquadrado nas bobagens ef�meras produzidas aos montes no rastro do estouro da Blitz. O segundo disco - Televis�o, produzido por Lulu Santos em 1985 - j� tinha algum peso em faixas como Massacre, mas o que chegou �s r�dios e ao grande p�blico foi a sens�vel e melodiosa can��o Insens�vel. Foi Cabe�a Dinossauro, gravado em abril de 1986 e lan�ado em meados do mesmo ano, que deu literalmente peso ao rock dos Tit�s. A banda finalmente encontrava seu som em azeitada produ��o dividida entre Liminha, V�tor Farias e Pena Schmidt.

O repert�rio do disco � t�o forte que, listado, parece at� extra�do de alguma colet�nea do grupo. Cabe�a Dinossauro, AA UU, Igreja, Pol�cia, Estado Viol�ncia, A Face do Destruidor, Porrada, T� Cansado, Bichos Escrotos, Fam�lia, Homem Primata, D�vidas e O Qu� foram petardos certeiros que mostraram ao Brasil inflacionado e corrompido de 1986 a verdadeira cara da na��o um ano antes de a Legi�o Urbana perguntar: Que Pa�s � Este? (a m�sica do Aborto El�trico era anterior ao Cabe�a Dinossauro, mas permaneceu in�dita em disco at� 1987).

Enfim, que os 20 anos desta obra-prima a fa�am merecer uma justa e digna reedi��o em CD comemorativa da data - com tudo a que tem direito!!!

Gil j� disponibiliza em seu site oficial a grava��o do samba que fez para a Copa

Bal� de Berlim, o samba composto por Gilberto Gil (na foto acima, num clique de ensaio de Mark Leibowitz) para incentivar a sele��o na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, j� pode ser ouvido na �ntegra no site oficial do cantor (http://www.gilbertogil.com.br/berlim/) - basta clicar na bola para escutar a m�sica. A grava��o conta com a voz e o viol�o de Gil, al�m da percuss�o e da bateria de Jorge Gomes, do baixo de Arthur Maia e da guitarra baiana de Sergio Chiavazzoli. O arranjo � assinado por Gil, Gomes e Chiavazzoli.

Por ora, Bal� de Berlim vai ser veiculado apenas na internet, mas � prov�vel que entre no disco de sambas que Gil prepara para o fim do ano. A prop�sito, o compositor acabou de ganhar para o anunciado CD um samba in�dito, Propriedade Particular, de autoria de ningu�m menos do que Lulu Santos. Lulu - vale lembrar - j� comp�s recentemente um samba t�pico sobre letra de Z�lia Duncan, Quisera Eu, gravado pela cantora em seu disco Pr�-P�s-Tudo-Bossa-Band e inclu�do por Lulu no roteiro de seu show Popstar.

Confira a letra de Bal� de Berlim:

Nossa sele��o chega a Berlim / Numa perna s� / Moleque saci/ Uma perna s� jogando por tantos milh�es / De cora��es de curumins/ Uma perna s� pra tantos olhos e pulm�es / Tantos est�magos e rins/ Tantos f�gados / Nossa sele��o chega a Berlim/ Traz um protetor Senhor do Bonfim/ Traz um protetor no amor que integra essa na��o / Amor de pai, de m�e, de irm�o / Traz um protetor no amor ao mar, amor ao sol / Amor aos dias de ver�o / E o carnaval / O carnaval n�o mata a fome / Nem mata a sede o S�o Jo�o / Mas nem s� de p�o vive o homem / Por isso viva a sele��o / Nossa sele��o chega a Berlim / Perder ou ganhar / Ser� sempre assim / Ser� sempre a vibra��o no ar, no ar o ardor / Meu cora��o de torcedor / Guardar� sempre a lembran�a de uma ilus�o / E o nome de um jogador / Beckenbauer / Bauer/ Barbosa / Bobo / Bobby / Charlton / Puskas/ Bellini / Eto�o / Viva Pel�! Viva Man�!

Guitarrista dos Smiths apronta segundo disco solo com sua banda The Healers

Guitarrista fundador do grupo The Smiths, Johnny Marr (foto) j� aprontou o segundo disco de sua atual banda, The Healers. Ainda sem t�tulo e sem selo definido, o sucessor de Boomslang (2003) idealmente sair� entre abril e junho - no que depender da vontade de Marr. Denial Denial, I've Seen More, The Sparks of Life, Reign Down the New Days, Save Ourselves Again, For the True Believers, I'm the One, A Certain Kind e Run in the Dust s�o algumas m�sicas do disco.

Massive Attack vai lan�ar compila��o

Enquanto prepara para 2007 seu quinto �lbum, Weather Underground, o duo eletr�nico Massive Attack (foto) lan�a em mar�o compila��o dupla, Collected, com m�sica in�dita, Live with me, eleita como single. O trabalho anterior do grupo ingl�s foi a trilha do filme Danny the Dog, mas seu �ltimo disco de carreira foi 100th Window, editado em 2003.

A melhor banda da �ltima semana, Arctic Monkeys lan�a seu primeiro disco dia 23

Na virada de 2005 para 2006, a imprensa musical brit�nica j� elegeu a melhor banda de todos os tempos da �ltima semana. A nova eleita vem da Inglaterra, claro, e se chama Arctic Monkeys (foto). O �lbum de estr�ia do grupo, Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, tem seu lan�amento agendado para 23 de janeiro e chega �s lojas j� badalado pelo culto em torno de I Bet You Look Good on the Dancefloor, o primeiro single do CD, editado em dezembro. Um segundo single, When the Sun Goes Down, j� foi extra�do do �lbum e ser� lan�ado no dia 16, com duas m�sicas in�ditas (7 e Stickin' to the Floor) que n�o figuram entre as 13 faixas oficiais do disco.
Quarta-feira, Janeiro 04, 2006

Korn se reinventa ao utilizar sons industriais em seu s�timo �lbum

Resenha de CD
T�tulo: See You on the Other Side
Artista: Korn
Gravadora: EMI / Virgin
Cota��o: * * * *

O Korn n�o � mais o mesmo. Mas isso n�o significa desgaste no metal do grupo americano, formado em 1992 na Calif�rnia. Em seu s�timo �lbum, See You on the Other Side, o quarteto se reinventa e injeta vigor em sua discografia ao temperar seu rock com batidas eletr�nicas em produ��o azeitada dividida entre Jonathan Davis (integrante do Korn), The Matrix e Atticus Ross, que j� trabalhou com o grupo Nine Inch Nails.

Os ru�dos da introdu��o da m�sica funkeada que abre o CD, Twisted Transistor, j� sinalizam as mudan�as por que passa a banda em seu disco mais experimental, marcado pela adi��o de sons industriais ao seu rock pesado - sobretudo em faixas como Coming Undone e Politics. Se bem que a revolu��o � grande, mas tamb�m n�o � radical. D� para reconhecer o t�pico nu metal do Korn em temas como Liar e For No One. E tamb�m em Hypocrites, faixa em que os m�sicos alvejam as institui��es religiosas.

O momento era decisivo para o grupo. Al�m de ter sido reduzido a um quarteto com a sa�da do guitarrista Brian Head Welch, o Korn resolveu mudar de gravadora, migrando da Sony & BMG para a EMI/Virgin. Tudo indica que a troca de ares fez bem � banda e ao seu som.

Bebel j� grava seu terceiro CD no Rio

Bebel Gilberto (foto) j� deu in�cio, no Rio, �s grava��es de seu terceiro CD internacional. O curioso � que houve um intervalo de quatro anos entre o primeiro (Tanto Tempo, 2000) e o segundo (Bebel Gilberto, 2004), enquanto o terceiro j� est� sendo feito menos de dois anos depois do lan�amento do segundo. O motivo � simples: apesar de toda a baba��o em torno da filha de Jo�o Gilberto, o disco Bebel Gilberto n�o reeditou a como��o internacional provocada por seu antecessor. Confiante no seu taco de compositora, a artista arriscou repert�rio majoritariamente autoral. Mas esqueceu que, para ouvidos estrangeiros, muito do encanto de Tanto Tempo vinha de poder ouvir cl�ssicos da Bossa Nova numa ambi�ncia eletr�nica. Em 2000, a receita ainda era relativamente nova. Hoje j� est� desgastada de tanto que foi copiada por dezenas de cantoras aspirantes ao sucesso e ao prest�gio conquistados por Bebel na Europa e nos Estados Unidos. Resta saber como vir� seu terceiro disco - aquele que ir� posicionar a artista definitivamente no mercado internacional. Para o bem ou para o mal.

DVD capta Lisa em atmosfera �ntima

A cantora inglesa Lisa Stansfield j� tem um �timo DVD, Biography, lan�ado no mercado nacional. Mas a Indie Records acaba de editar no Brasil Live at Ronnie Scott's (capa � direita), v�deo que capta a artista em grava��o mais �ntima, de atmosfera quase jazz�stica. Ronnie Scott � um clube de jazz situado em Londres. Foi nesse hist�rico palco de 45 anos que Lisa apresentou releituras de algunas cl�ssicos do jazz (Tenderly, entre eles) e rebobinou hits como Change e, claro, All Around the World - a m�sica que a projetou mundialmente em fins dos anos 80. Pena que o �udio seja 2.0.

Hermanos promovem edi��o lusitana de '4' com turn� de 18 shows por Portugal

Para promover o lan�amento em Portugal de seu �lbum 4 (capa � esquerda), em edi��o fabricada especialmente para o pa�s, o grupo Los Hermanos agendou para mar�o turn� lusitana que totaliza 18 shows. Os tr�s discos anteriores do quarteto tamb�m tinham chegado �s prateleiras portuguesas, mas em edi��es importadas do Brasil.

Forr��acana faz quarto CD em fevereiro

O grupo Forr��acana (foto) entra em est�dio em fevereiro para gravar seu quarto CD. O disco � o terceiro do conjunto de forr� pela Indie Records - gravadora que, ali�s, est� mudando de nome a partir deste ano. Com a sa�da de seu presidente L�ber Gadelha, afastado pelos s�cios por diverg�ncias empresariais, a companhia passa a se chamar Mega Comunica��es (em alus�o ao est�dio Mega, ao qual sempre esteve ligada), mas vai manter sua linha popular.
Ter�a-feira, Janeiro 03, 2006

Vinte anos ap�s o estouro do RPM, Paulo Ricardo e Schiavon tomam tristes rumos

Faz 20 anos em 2006 que o RPM explodiu nacionalmente. Em 1986, o LP R�dio Pirata ao Vivo - registro da pirot�cnica turn� apresentada pelo quarteto naquele ano, com dire��o de Ney Matogrosso - venderia mais de dois milh�es de c�pias e faria o grupo (na foto, em momento �ureo) estabelecer novo patamar comercial para o pop rock nativo, alcan�ando n�meros atingidos at� ent�o somente por astros populares como Roberto Carlos e Xuxa. Ent�o amigos, o baixista e vocalista Paulo Ricardo e o tecladista Luiz Schiavon se impunham como compositores inspirados. Levemente influenciado pelo rock progressivo, o tecnopop do RPM tinha sido uma das boas novidades daqueles tempos modernos e o disco de estr�ia da banda, Revolu��es por Minuto (1985), resiste at� hoje como uma das obras-primas da d�cada de 80.

Por isso mesmo, � triste constatar os rumos seguidos por Ricardo e Schiavon - hoje inimigos mortais - nesses 20 anos. Se o segundo tem a duvidosa honra de ser o arranjador da Banda do Doming�o, o primeiro dever� descer mais um degrau na carreira com o lan�amento do CD e DVD Acoustic Live, projeto em que d� uma de Emmerson Nogueira e regrava hits estrangeiros de nomes como Bob Dylan, Rolling Stones e Rod Stewart. � o cover do cover...

� triste ver que dois compositores t�o talentosos e afins - cuja parceria tinha grife pr�pria e n�o se parecia com nada nem com ningu�m - n�o tenham conseguido conviver em harmonia profissional nesses 20 anos. Mesmo burocr�tica e armada por interesse de gravadora, a recente reuni�o do RPM em 2003 mostrou que a qu�mica ainda funcionava no palco. Porque o som era de verdade. Pena que as egotrips tenham dissolvido (v�rias vezes) um grupo que poderia atualmente estar no mesmo patamar - e com a mesma longevidade - de Tit�s, Kid Abelha ou Paralamas do Sucesso.

Se voc� tem menos de 20 anos, procure ouvir o disco Revolu��es por Minuto. Raras vezes uma banda mostrou tanta inspira��o e tanto talento num �lbum de estr�ia. Pode ser que, se R�dio Pirata ao Vivo n�o tivesse sido o estouro que foi, os m�sicos tivessem conseguido segurar a onda e permanecer unidos. Mas tudo agora est� no terreno das hip�teses. O RPM faz parte de um passado hist�rico, Schiavon cumpre expediente no Doming�o no Faust�o (cuja banda acaba de lan�ar CD em que � imposs�vel reconhecer a maestria do m�sico em tempos idos) e Paulo Ricardo tenta mais uma vez o sucesso comercial na carona de Emmerson Nogueira. � triste...

'Corpo Fechado' puxa quarto CD solo de Nasi e ganha clipe com cenas de sexo

Corpo Fechado � a m�sica que puxa o quarto CD solo de Nasi (foto), Onde os Anjos N�o Ousam Pisar, nas lojas no fim de janeiro. A faixa ganhou clipe produzido e dirigido pelo ator Selton Mello, que j� tinha assinado um v�deo do Ira! - grupo do qual Nasi � vocalista. O clipe original de Corpo Fechado est� sendo veiculado pela MTV somente de madrugada por conter cenas fortes de sexo e viol�ncia. Mas uma vers�o editada j� foi providenciada para passar na programa��o diurna.

O disco solo de Nasi traz regrava��o de � Preciso Dar um Jeito, meu Amigo - lado b da obra de Erasmo Carlos. A m�sica foi lan�ada pelo Tremend�o em 1971, no seu cultuado disco Carlos, Erasmo.

Box re�ne singles de Elvis para lembrar os 50 anos da explos�o mundial do rei

1956 foi ano decisivo na trajet�ria de Elvis Presley. Foi quando, contratado pela RCA, o cantor estourou nos Estados Unidos de Norte a Sul e de Leste a Oeste, em explos�o que espalharia o fogo do rock'n'roll pelos quatro cantos do mundo. Para marcar os 50 anos da conquista planet�ria do rei do rock, a gravadora Sony & BMG preparou caixa, # 1 Singles (capa � direita), com reprodu��es de 21 singles editados pelo astro a partir de 1956. Cada disco � embalado em miniatura da capa original do single, simulando inclusive com selo preto o aspecto do vinil.

Fabricado em tiragem limitada e numerada, o box tem lan�amento programado nos Estados Unidos para 26 de janeiro, mas j� pode ser encontrado no Brasil nas se��es de importados. A sele��o americana de singles inclui sucessos como Heartbreak Hotel, Hound Dog, Love me Tender, It's Now or Never e Suspicious Minds, entre outros.

Biografia de Orestes Barbosa marca 40 anos sem o letrista de 'Ch�o de Estrelas'

Morto h� 40 anos, em 15 de agosto de 1966, o compositor carioca Orestes Barbosa tem reconstitu�dos seus passos na m�sica, na poesia e no jornalismo pelo m�sico Carlos Didier, autor do livro Orestes Barbosa - Rep�rter, Cronista e Poeta (capa � esquerda). Nascido em 1873, Orestes entrou para hist�ria da m�sica popular pela letra de Ch�o de Estrelas, valsa-can��o composta por ele em 1935, em parceria com Silvio Caldas, int�rprete original da m�sica em disco de 1937. O verso "Tu Pisavas os astros, distra�da" mereceu elogios p�blicos do poeta Manuel Bandeira. Mas a milit�ncia de Orestes na m�sica brasileira dos anos 30 transcende seu cl�ssico. Foi parceiro de Noel Rosa e Cust�dio Mesquita, entre outros ilustres compositores. Editada pela Agir, a minuciosa biografia de Didier (autor de Noel Rosa, uma Biografia - escrita em parceria com Jo�o M�ximo) totaliza 684 p�ginas e custa R$ 79,90.

Tabajara registra sua trajet�ria dourada em disco que re�ne Ary, Noel e Jobim

Criada em 1934 em Jo�o Pessoa (PB) e radicada no Rio desde 1945, a longeva Orquestra Tabajara (na foto, num clique de M�rcio Mercante) j� animou mais de 13 mil bailes - a maioria sob o comando de seu maestro Severino Ara�jo, hoje com 88 anos. Parte dessa trajet�ria luminosa foi registrada em dezembro, na grava��o do CD Bodas de Prata Dourada, que tem lan�amento previsto para o primeiro semestre de 2006. Idealizado pelo m�sico Dom Onofre, o disco re�ne 15 temas com os arranjos originais criados por Severino entre 1937 e 1990. Tr�s faixas s�o de autoria do maestro: Espinha de Bacalhau (choro de 1936), Brincando com o Trombone e Um Chorinho em Montevid�u. Completam o repert�rio m�sicas de Ary Barroso (Aquarela do Brasil), Noel Rosa (Feiti�o da Vila), Tom Jobim (Samba do Avi�o e Garota de Ipanema), Benedito Lacerda (Despedida de Mangueira, com Aldo Cabral), Carlos Gomes (O Guarani), Villa-Lobos (Trenzinho Caipira e Bachianas Brasileiras N� 5), Debussy (Clair de Lune), George Gershwin (Rhapsody in Blue), Chopin (Tristesse) e Maurice Ravel (Bolero).
Segunda-feira, Janeiro 02, 2006

Z�lia canta tema da s�rie 'Avassaladoras'

A voz de Z�lia Duncan ser� ouvida simultaneamente nas redes de TV Globo e Record a partir deste m�s de janeiro. No ar na trilha da novela Bel�ssima com o reggae Dor Elegante, faixa de seu incensado �lbum Pr�-P�s-Tudo-Bossa-Band, a cantora (foto) aceitou o convite para gravar o tema de abertura da s�rie Avassaladoras, que estr�ia em 23 de janeiro, na Record, com inspira��o no filme hom�nimo de Mara Mour�o e no seriado americano Sex and the City. Intitulada Se Tiver, a m�sica foi composta por Andr� Moraes.

Caixa revive o 'Rei da Voz' Chico Viola

Grava��es raras de Francisco Alves (1898-1952) - extra�das de programas de r�dio e in�ditas em disco - chegam ao mercado fonogr�fico na caixa de oito CDs O Rei da Voz, que tem lan�amento programado para o primeiro trimestre de 2006 pelo selo curitibano Revivendo. S�o cerca de 40 registros in�ditos - oriundos, em sua maioria, do programa sobre Chico Viola (foto) apresentado pela R�dio Nacional, com locu��o de L�cia Helena.

Sandy & Junior gravam disco nos EUA

Sandy & Junior (na foto, num clique de Andr�a Farias) voltam aos Estados Unidos nos primeiros dias de janeiro para continuar a grava��o do 15� disco da dupla - agendado para abril pela gravadora Universal Music. A pr�-produ��o foi iniciada em dezembro, em Miami (EUA). O produtor do disco � Sebastian Krys, engenheiro de som que j� foi indicado v�rias vezes ao Grammy. Al�m de tocar bateria em todas as faixas, Junior Lima assina a dire��o musical do CD com Ot�vio de Moraes. O repert�rio do sucessor de Identidade (2003) � formado basicamente por m�sicas in�ditas, algumas de autoria da dupla.

Daddy Yankee dueta com Snoop Dogg

Enquanto n�o lan�a seu novo �lbum de est�dio, El Cartel, previsto para abril, o cantor Daddy Yankee - um dos nomes projetados com a onda do reggaeton por conta do hit Gasolina - p�e no mercado um disco ao vivo, Barrio Fino En Directo (capa � esquerda). Gravado em apresenta��es do artista em cidades como Porto Rico e Nova York, o CD traz cinco m�sicas novas. Rompe j� se destaca na parada latina dos EUA. Gangsta Zone conta com ades�o do rapper Snoop Dogg.

CD do Flaming Lips de 1993 � reeditado

Ainda no embalo do sucesso da apresenta��o do grupo The Flaming Lips em festival de rock no Rio (o vocalista rolou sobre a plat�ia dentro de uma bolha de pl�stico), a Warner Music relan�a no mercado nacional no fim de janeiro o �lbum Transmissions from the Satellite Heart (capa � direita). Originalmente editado em junho de 1993, com produ��o de Keith Cleversley, o disco foi o segundo da banda a sair por uma gravadora major e marcou a chegada do guitarrista Ronald Jones e do baterista Steven Drozd.

Aos poucos, a Warner est� reeditando todo o cat�logo da banda americana no Brasil. J� sa�ram dois CDs -The Soft Bulletin (1999) e Yoshimi Battles the Pink Robot (2000) - e o DVD Void, com reuni�o de clipes do per�odo 1992/2005.
Domingo, Janeiro 01, 2006

Beth�nia prepara dois �lbuns em 2006

Maria Beth�nia (foto), que far� 60 anos em 18 de junho, vai preparar nada menos do que dois discos em 2006. Um deles ser� o chamado disco de carreira - o primeiro desde Maricotinha (2001) - e ter� repert�rio basicamente in�dito. O outro � um projeto tem�tico sobre a �gua e sair� por seu selo, Quitanda. Dividido entre tr�s subtemas, este segundo CD reunir� m�sicas que falam do mar da Ba�a de Guanabara, do rio de Santo Amaro da Purifica��o (BA) - terra natal da cantora - e do mar abordado nos textos da poeta portuguesa Sofia de Mello Breyner. � prov�vel que Beth�nia regrave Eu e �gua, m�sica de Caetano Veloso lan�ada pela int�rprete em 1988, em seu disco Maria.

O fato de a cantora preparar dois �lbuns em 2006 n�o significa que ambos ser�o lan�ados este ano. Em 2003, a artista gravou quase simultaneamente Brasileirinho e Que Falta Voc� me Faz, mas o primeiro saiu em meados de 2003 enquanto o segundo, que inicialmente seria editado no fim daquele ano, acabou tendo seu lan�amento adiado sucessivas vezes e chegou ao mercado somente em fevereiro de 2005.

DJ Patife toca Nando Reis e grava com Trio Mocot� em seu disco 'Na Estrada'

DJ Patife (foto) incluiu em seu terceiro disco, Na Estrada, uma releitura de Diariamente, m�sica de Nando Reis, lan�ada por Marisa Monte em 1991 em seu CD Mais. Com 13 faixas, quase todas produzidas pelo pr�prio Patife, o disco do DJ tem lan�amento programado pela gravadora Trama para o primeiro trimestre de 2006. Um dos convidados � o Trio Mocot�, que participa de Que � Isso, Menina? - faixa que traz tamb�m no baixo e nos vocais Skowa (aquele do Skowa e a M�fia, grupo dos anos 80). J� Max Viana, filho de Djavan, canta, toca guitarra e assina o arranjo de Enigma. Parceria de Laura Finnochiaro com Leca Machado, Link tem vocal de Finnochiaro.

Tiso lan�a DVD e CD ao vivo com Gal

O espet�culo sinf�nico Um Som Imagin�rio - apresentado por Wagner Tiso em 10 de dezembro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com as participa��es de Gal Costa e Milton Nascimento (com Tiso na foto, clicada durante ensaio) - vai ser lan�ado em DVD e CD ao vivo agendados para o primeiro semestre de 2006. No show, idealizado para festejar os 60 anos de idade e os 45 de carreira do pianista mineiro, Milton fez dueto com Gal em Solar. O cantor participou ainda de set que incluiu m�sicas como Castigo, Outubro, Aqueles Olhos Verdes, Viola Violar e Cora��o de Estudante. J� Gal regravou Sua Estupidez e Camisa Amarela. Por sua vez, Cauby Peixoto apresentou a in�dita A Flor do Cais, parceria de Tiso com o poeta Geraldo Carneiro.

Banda da Rocinha honra obra de Bosco

Resenha de CD
T�tulo: BanDaCapo Canta Jo�o Bosco
Artista: BanDaCapo
Gravadora: Escola de M�sica da Rocinha
Cota��o: * * *

Entre o funk e o pagode que predominam nas favelas, a BanDaCapo - formada por seis ex-alunos da Escola de M�sica da Rocinha, projeto social criado em 1994 pelo alem�o Hans Ulrich Koch para dar forma��o musical aos jovens da comunidade carioca - preferiu tocar e cantar os sambas e boleros de Jo�o Bosco. O sexteto presta tributo � obra do compositor mineiro em seu primeiro disco. BanDaCapo Canta Jo�o Bosco foi gravado com o aval do autor, que, al�m de ceder os direitos de sua obra para o CD, canta e toca viol�o em Malabaristas do Sinal Vermelho (2003), parceria de Jo�o com seu filho, Francisco Bosco, que aborda na letra dura realidade social pr�xima das viv�ncias de Carlson Barros (baixo), L�o Mendon�a (bateria), Luana Mendon�a (voz e percuss�o), Lucca Correa (teclado), Pedro Evan (viol�o, cavaquinho e voz) e Rodrigo Ribeiro (guitarra e voz).

Os tr�s vocalistas se alternam no canto de boleros - como Jade (1989) e Dois pra L�, Dois pra C� (1974) - e sambas do porte de O Mestre-Sala dos Mares (1974), Incompatibilidade de G�nios (1976), Kid Cavaquinho (1974) e Na��o (1982). A sele��o, irretoc�vel, inclui ainda Mem�ria da Pele (1989), O B�bado e a Equilibrista (1979) e Cors�rio (1975).

H� alguns destaques entre as regrava��es. Papel Mach� (1984) ressurge em atmosfera bluesy, com ritmo ralentado. � a melhor interpreta��o de Pedro Evan - cantor ainda sem verve para encarar o balan�o e os versos espirituosos dos sambas da lavra antiga de Bosco com seu primeiro e mais c�lebre parceiro, Aldir Blanc. Rodrigo Ribeiro e Luana Mendon�a tamb�m acertam o tom no dueto de Siameses (1982).

Dentre os arranjos, vael destacar o do samba Linha de Passe (1979). A batida funkeada do in�cio evolui para t�pica batucada de escola de samba, com Pedro Evan evocando o suingue da Acad�micos da Rocinha. No todo, a BanDaCapo honra a rica na��o musical de Jo�o Bosco.

Boas not�cias e m�sicas em 2006!

J� � 2006!!!! E o colunista aproveita a virada do ano para desejar a seus leitores um 2006 com �timas not�cias e m�sicas (seja em CD, em arquivo MP3 ou em qualquer outro formato), muita liberdade art�stica, discos estupendos... enfim... que a vida no ano novo seja regida com paz e amor pelo maestro soberano! Feliz 2006!!!
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