Bethânia 60 Anos - O projeto da água

Maria Bethânia (à direita, em foto de Paulo Jabur) prepara para outubro álbum temático sobre a água. Serão, a rigor, dois CDs. A idéia inicial é entrelaçar músicas que falam da Baía de Guanabara, do Rio que corta Santo Amaro da Purificação (cidade natal da artista) e do mar contido nos versos da poeta portuguesa Sofia de Mello Breyner, uma das paixões literárias da intérprete. O repertório inclui Memória das Águas (Jorge Portugal e Roberto Mendes), provavelmente Eu e Água - música de Caetano Veloso, feita para a própria Bethânia gravar em seu disco Maria, de 1988 - e Eu Não Sei Nada do Mar, inédita parceria de Ana Carolina e Jorge Vercilo. Bethânia também pediu uma música ao compositor gaúcho Totonho Villeroy.

Bethânia 60 Anos - A obra fundamental

Por conta dos 60 anos de Maria Bethânia, completados em 18 de junho, a Universal Music - a gravadora que detém a maior parte da obra fonográfica de Maria Bethânia - vai, enfim, recolocar em catálogo os 22 títulos da cantora pertencentes ao seu acervo. Todos já foram relançados em CD com as capas originais, na primeira metade dos anos 90, mas acabaram desaparecendo das lojas e a maioria nunca mais foi reeditada. Fãs da artista que perderam essas primeiras tiragens conhecem a dificuldade que é encontrar títulos como A Tua Presença... (1971), Rosa dos Ventos (1971), Drama (1972), Drama 3º Ato (1973), Pássaro Proibido (1976), Pássaro da Manhã (1977, capa acima, à esquerda), Talismã (1980), Alteza (1981), Ciclo (1983), A Beira e o Mar (1984) e Olho d'Água (1992).

Outros títulos até são encontráveis com alguma sorte - casos de Edu & Bethânia (1967, relançado recentemente em série dedicada ao acervo da gravadora Elenco), A Cena Muda (1974), Chico Buarque & Maria Bethânia (1975), Maria Bethânia & Caetano Veloso (1978), Álibi (1978, campeão da discografia da cantora, com alegado milhão de cópias vendidas), Mel (1979), Nossos Momentos (1982), Memória da Pele (1989), Maria Bethânia 25 Anos (1990), As Canções que Você Fez pra mim (1993) e Maria Bethânia ao Vivo (1994).

Mais ou menos raros, os álbuns de Bethânia na gravadora Universal são importantes porque sedimentaram o estilo da cantora - inclusive suas performances teatrais, eternizadas em sucessivos discos ao vivo quando ainda não era moda lançar registros de shows - e a tornaram uma grande vendedora de discos. Os anos 70 foram muito profícuos para Maria Bethânia. Enfim, as novas gerações poderão conhecer trabalhos tão fundamentais em sua trajetória.

Bethânia 60 Anos - O tributo da EMI

A gravadora EMI vai relançar os cinco discos gravados por Maria Bethânia na companhia. Como todos estiveram regularmente em catálogo nos últimos anos, a gravadora preparou embalagens no formato digipack e textos sobre cada título para motivar os fãs da artista a comprar as novas reedições da Coleção Maria Bethânia - 60 Anos. Pertence ao acervo da EMI o primeiro disco ao vivo da cantora, Recital na Boite Barroco (capa à direita), lançado originalmente em 1968. Os outros discos de Bethânia na multinacional inglesa são Maria Bethânia (1969), Maria Bethânia ao Vivo (1970), Âmbar (1996) e Imitação da Vida (1997).

Bethânia 60 Anos - O disco mais raro

Apresentado por Vinicius de Moraes em texto escrito para a contracapa, o disco Maria Bethânia Canta Noel Rosa - gravado em 1966 pela RCA - é o título mais raro da obra fonográfica da intérprete. Foi um EP que não teve o status de um LP. Neste trabalho, Bethânia interpreta seis músicas de Noel Rosa. O repertório inclui Três Apitos, Pierrot Apaixonado, Último Desejo, Pra que Mentir?, Silêncio de um Minuto e Meu Barracão. Essas gravações já foram editadas em CD de forma dispersa, em coletâneas, mas o disco permanece inédito no formato digital. Por conta dos 60 anos da cantora, seus fonogramas serão reeditados em compilação que vai reunir as gravações feitas por Bethânia para compactos na RCA. A coletânea faz parte dos sete títulos reeditados pela Sony & BMG. A saber: Maria Bethânia (1965), Dezembros (1986), Maria (1988), A Força que Nunca Seca (1997), Diamante Verdadeiro (1999) e Maricotinha (2001).

Bethânia 60 Anos - O primeiro compacto

Item de colecionador, o disco à direita é o primeiro compacto de Maria Bethânia. Foi lançado em 1965, com as músicas Carcará (João do Vale e José Cândido) e De Manhã (do mano Caetano Veloso). Carcará tem especial importância na carreira da artista. Foi substituindo Nara Leão no musical Opinião - no qual cativou público e crítica, especialmente com sua teatral leitura do tema de João do Vale - que Bethânia, recém-chegada da Bahia, começou a fazer seu nome no Rio de Janeiro de 1965.

Bethânia 60 Anos - A festa da rainha

Parece mentira para quem a vê no palco com a mesma vitalidade e a mesma força dramática de décadas anteriores. Ou para quem ouve nos discos a voz cada vez mais depurada, beneficiada pelo tempo. Mas Maria Bethânia está fazendo 60 anos. O aniversário é no domingo, 18 de junho. Por isso, de hoje a domingo, Maria Bethânia Vianna Telles Veloso - nascida em 18 de junho de 1946, na pequena cidade baiana de Santo Amaro da Purificação - vai ser homenageada nesta coluna com série de comentários e notícias sobre sua obra.

Para os fãs e colecionadores de seus discos, a festa também acontece nas lojas. Por conta da data, a discografia de Bethânia está sendo novamente reeditada em CD. Juntas, em iniciativa inédita no mercado fonográfico brasileiro, as gravadoras Universal, EMI e Sony & BMG vão recolocar em catálogo 34 títulos da obra da cantora, cobrindo o período 1965 - 2001, ano em que a cantora ingressou na Biscoito Fino. Todos já foram reeditados em CD de forma avulsa, com exceção de Maria Bethânia Canta Noel Rosa, disco de 1966, inédito no formato digital por não ter o status de um álbum de carreira. Mas a maioria - sobretudo os álbuns de estúdio dos anos 70 - já estava fora de catálogo, para desespero de admiradores de discos como Pássaro Proibido (1976), Pássaro da Manhã (1977), Ciclo (1983) e A Beira e o Mar (1984).

Paralelamente, Bethânia prepara dois discos para 2006. Será um projeto temático sobre as águas, duplo. Em tese, ambos têm lançamento previsto para outubro. E o fato é que Bethânia chega aos 60 anos em plena produtividade. Tem gravado com regularidade desde que ingressou na Biscoito Fino e ainda se dá ao luxo de produzir discos de colegas queridos, como Mart'nália, por seu selo Quitanda, ligado à Biscoito Fino.

Tão importante quanto a vitalidade produtiva é a coerência. Bethânia chega aos 60 anos de idade - e 41 de carreira, tomando-se como ponto de partida a gravação de seu primeiro compacto e a entrada no elenco do musical Opinião, em 1965 - com integridade rara entre cantoras habitualmente pressionadas por diretores artísticos. Sempre gravou o que quis. Nunca gravou o que lhe impuseram. Fiel a si mesma, a Abelha Rainha - reverente título dado por Gilberto Gil - é tratada no meio musical com respeito e devoção. Não é uma unanimidade. Ao contrário, seu temperamento difícil e reservado a faz ser temida por muitos como a um orixá. Mas esse status de divindade é que, paradoxalmente, a torna única em toda a história da música brasileira. Parabéns, Maria Bethânia!

Iggor Cavalera no acústico de Lenine

O baterista Iggor Cavalera - que anunciou esta semana sua já esperada saída do grupo Sepultura - é um dos convidados do Acústico MTV que Lenine (à direita, em foto de Guto Costa) vai gravar no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, em 24 e 25 de junho. Iggor vai tocar na música Dois Olhos Negros. A harpista Cristina Braga é outra convidada do projeto acústico do compositor, cuja gravação vai render especial na MTV, DVD e CD ao vivo.

Getz foca Sauter em clássico reeditado

Arranjador norte-americano revelado na era do swing, Eddie Sauter (1914 - 1981) era também compositor e teve sua obra autoral gravada pelo saxofonista Stan Getz (1927 - 1991) em disco clássico ora reeditado na série Verve Originals, da gravadora Universal. Produzido por Creed Taylor e arranjado pelo próprio Sauter, Focus (capa à esquerda) reúne sete temas de autoria do compositor, sendo que dois (I Remember When e I'm Late, I'm Late) aparecem em duas versões. Once Upon a Time é um dos destaques do repertório deste disco gravado entre julho e outubro de 1961, um pouco antes de Getz se apropriar da bossa nova e dividir álbuns com João Gilberto.

Quaternaglia toca Jobim raro em DVD

Quarteto de violões formado em São Paulo, na primeira metade dos anos 90, o Quaternaglia está lançando seu primeiro DVD (capa à direita). Editado dentro da série Toca Brasil, o vídeo traz show gravado em 6 de novembro de 2004, na Sala Itaú Cultural (SP). No roteiro, Fábio Ramazzina, Fernando Lima, João Luiz Rezende Lopes e Sidney Molina tocam temas pouco conhecidos de Tom Jobim (Crônica da Casa Assassinada, Trem para Cordisburgo, Jardim Abandonado, Chora Coração e Milagres e Palhaços) e clássicos do repertório de Milton Nascimento (Cais, Ponta de Areia, San Vicente). O violonista Paulo Bellinati é o convidado de A Furiosa, tema de sua autoria. Bellinati toca cavaquinho no número.

Matanza já prepara 'A Arte do Insulto'

Especializado na fusão de country com rock hardcore, o grupo Matanza (foto) já entrou em estúdio - no caso, no AR, no Rio de Janeiro - para gravar seu quarto CD, sob a produção de Rafael Ramos. A Arte do Insulto é o título, dado pelo vocalista Jimmy. Já o guitarrista Donida está cuidando da arte gráfica do álbum, que será lançado pela Deckdisc.

Ivete quer emplacar outro hino na Copa

Intérprete de Festa, um dos espontâneos hinos da Copa de 2002, Ivete Sangalo (foto) acabou não resistindo e tenta o bicampeonato com a promoção de uma nova música - desta vez, feita sob encomenda para animar a torcida e a seleção brasileira na conquista do hexa. Parceria de Gigi com Cláudio Carillo, a composição se chama Vamos N'exa. Se o tema pegar e o Brasil for campeão na Alemanha, a música certamente estará no disco ao vivo que a cantora vai gravar em agosto, em Salvador (BA).

Eis a letra:

Chegou a hora, minha gente
Todo povo brasileiro torcendo
Pela maior e melhor seleção do mundo
É o Brasil!

Vamos n'exa
E agora vamos n'exa, vamos n'exa, vamos n'exa
E agora vamos n'exa, vamos n'exa, campeão
S'imbora, s'imbora, s'imbora.

Começou lá na Suécia, no Chile fez a festa
Saiu bi campeão
Tri no México 70, depois foi tetra e penta
É a nossa seleção!
Agora o que nos resta é repetir a festa em solo alemão
Agora o que nos resta é repetir a festa em solo alemão
Vamos n'exa!

Chegou a hora, minha gente
Todo povo brasileiro torcendo
Pela maior e melhor seleção do mundo
É o Brasil!

Vamos n'exa
E agora vamos n'exa, vamos n'exa, vamos n'exa
E agora vamos n'exa, vamos n'exa, campeão
S'imbora, s'imbora, s'imbora.

PJ Harvey registra última turnê em DVD

Chega ao mercado brasileiro, via Universal Music, o primeiro DVD da cantora e compositora americana PJ Harvey. On Tour - Please Leave Quietly (capa à direita) registra show da turnê promocional do último álbum da artista, Uh-Huh-Her, trabalho sombrio em que a compositora expia desilusões amorosas. O show foi filmado em diversos locais, com direção de Maria Mochnacz. O roteiro de 16 números inclui The Letter, Dress, Big Exit, Harder, Victory, Fool e It's You, entre outras músicas.

Dylan lança em agosto CD com 10 temas

Modern Times é o título do álbum que Bob Dylan (foto) vai lançar em agosto, com 10 músicas. Em seu primeiro CD de inéditas em cinco anos (o anterior, Love and Theft, saiu em 2001), o compositor americano mostra temas como Spirit on the Water, Workingman's Blues, Thunder on the Mountain e When the Deal Goes Down. O 44º disco de Dylan tem lançamento mundial agendado para 28 e 29 de agosto.

Fevers lança o primeiro DVD em agosto

Com mais de 40 anos de carreira, o grupo The Fevers (foto) chega, enfim, ao DVD. O primeiro DVD do conjunto estará nas lojas em agosto, com a gravação de show feito no Clube Português, em Recife (PE). O grupo Pholhas participa de Forever. Já Menina Linda tem intervenção de Renato e seus Blue Caps.

Enquanto finaliza o vídeo, os Fevers se juntam a Erasmo Carlos e Wanderléa, entre outros nomes, para o encerramento da turnê 40 Anos de Rock Brasil - Jovem Guarda. Já editado em CD e em DVD, o show sai de cena no Canecão (RJ), com duas apresentações agendadas para 23 e 24 de junho.

Ratos faz clipe sobre o trabalho escravo

A foto acima, de Mateus Mondini, é do grupo Ratos de Porão em apresentação feita para amigos e fãs no estúdio Espaço Impróprio, em São Paulo (SP). Imagens do show estão inseridas no novo clipe da banda, Expresso da Escravidão. Para montar o vídeo da música, que versa sobre o trabalho escravo, os diretores paulistanos Luciano Valério e André Calvente usaram fotos da exploração de negros no início da colonização brasileira e imagens atuais de casos de escravidão no Brasil. A estréia do clipe será em 21 de junho, na MTV.

Há ecos de Zeca e Bezerra em MV Bill

Resenha de CD
Título: Falcão - O Bagulho É Doido
Artista: MV Bill
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *

MV Bill incorporou um pouco de Zeca Pagodinho e outro tanto de Bezerra da Silva em seu terceiro CD, Falcão - O Bagulho É Doido (capa à esquerda). A associação pode parecer improvável para quem identifica em Bill o cara marrento que mostrou um rap duro, de batidas secas, em seus dois discos anteriores, Traficando Informação (1999) e Declaração de Guerra (2002). Mas o mercado é doido, Bill precisa vender disco e o fato é que o rapper tornou seu discurso mais leve no terceiro trabalho.

Quem ouvir Falso Profeta (Pára de Caô), uma das faixas de O Bagulho É Doido, vai inevitavelmente identificar na letra - uma crítica aos pastores evangélicos que pregam Deus de olho no dinheiro dos fiéis - o universo dos sambas gravados por Bezerra da Silva. Da mesma forma que Estilo Vagabundo, sobre divertida briga de casal, traz muito da irreverência de Zeca Pagodinho. São outras faces da favela que começam a aparecer no trabalho de MV Bill, radicado na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).

A maior surpresa do CD, no entanto, é um samba-rock. Minha Flecha na sua Mira (Me Leva) tem aquela levada cristalizada na virada dos anos 60 para os 70. Há também uma base bossa-novista em 9 da Manhã, o tema que encerra o disco. Mas, verdade seja dita, todas as nuances e variações rítmicas suavizam a obra de Bill sem descaracterizá-la. Falcão - O Bagulho É Doido não é um disco conceitual sobre o envolvimento de menores com o tráfico de drogas da favela - como o documentário e o livro que o antecederam - mas não foge do assunto. Todas as conexões morro-asfalto que sustentam o tráfico são expostas com clareza por Bill na faixa-título do álbum. Cabe ao ouvinte decidir se prefere o discurso contundente sobre a questão das drogas ou a crônica de costumes da favela.

Felipe Dylon tenta pegar direção adulta

Resenha de CD
Título: Em Outra Direção
Artista: Felipe Dylon
Gravadora: EMI
Cotação: * *

"A chuva quase cai / O tempo ameaçou / Eu continuo sendo quem sou / ... / Não vou mudar o mundo / Mas não deixo ele mudar / O que é verdade pra mim". Os versos da faixa-título do terceiro CD de Felipe Dylon, Em Outra Direção, traduzem a turbulência por que passou o astro juvenil. Para fazer valer sua verdade na concepção do disco, o cantor peitou a gravadora EMI na Justiça e obteve o direito de não gravar músicas compostas pelos hitmakers da casa. Dylon quis cantar suas próprias músicas. Acionada judicialmente, a EMI teve que concordar com a nova diretriz do som do rapaz.

Em Outra Direção é álbum de tom roqueiro, dado pela produção padronizada de Marcelo Sussekind. A direção buscada pelo repertório autoral é a do universo adulto. A começar por Acorda Brasil, rap composto por Dylon, em parceria com Helião. A letra é um recado político ao povo brasileiro, habitualmente inerte perante os desmandos e os escândalos vindos de Brasília. Não deixa de ser uma surpresa, logo amenizada pelo pop rock Dona da Praia, em que o cantor surfa na onda teen de CDs anteriores para seduzir as gatinhas que consomem seu som.

Entre o rock (Todo Mundo), o universo do hip hop (Vai Ver o Sol Nascer) e as baladas lacrimosas (Quero Você, o momento brega do CD), Dylon tenta mostrar que já é gente grande. Canta com Lulu Santos (Ano Novo Lunar, música de Lulu lançada pelo autor em 1984) e grava Vinny (Odeio Amar Você, de refrão tão bobinho que faz crescer a produção autoral de Dylon). Cantor deficiente, o rapaz ainda está a anos luz de distância do bom rock produzido no Brasil. Mas é inegável que Em Outra Direção sinaliza salto qualitativo em sua jovem carreira. Não muda o mundo, mas é a verdade ingênua de Felipe Dylon.

Madonna lança seu primeiro CD ao vivo

A capa à esquerda é a de I'm Gonna Tell You a Secret, o novo trabalho de Madonna, nas lojas do Brasil e do mundo ainda este mês. Trata-se de uma edição dupla com CD e DVD que documenta a Re-Invention World Tour, feita pela material girl em 2004. O CD reúne alguns números da turnê e é o primeiro disco ao vivo de Madonna. O DVD traz filme dirigido por Jonas Akerlund sobre os bastidores do show e da vida da diva.

Quarto CD de Virgínia é da Biscoito Fino

Sem gravar disco desde 2003, quando apresentou Mares Profundos, trabalho dedicado aos afro-sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes, a cantora baiana Virgínia Rodrigues (foto) terá seu próximo álbum distribuído pela gravadora Biscoito Fino. Apadrinhada por Caetano Veloso, a artista se lançou no mercado fonográfico em 1997 com o CD Sol Negro. Seus três discos foram muito incensados pela crítica, mas as vendagens foram modestas.

Discos dos Mutantes vão sair nos EUA

Por conta da reunião do grupo Os Mutantes para shows na Inglaterra e nos Estados Unidos, os discos originais da banda serão editados no mercado norte-americano. As lojas dos EUA vão receber em breve os álbuns Os Mutantes (1968), Mutantes (1969), A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970), Technicolor (gravado em 1970 na Europa, mas lançado somente em 2000), Jardim Elétrico (1971), Mutantes e seus Cometas no País dos Baurets (1972) e O A e o Z (gravado em 1973, mas lançado em 1992).

Ivete lança coletânea feita para exterior

Ivete Sangalo está lançando na Europa - mais precisamente, em Espanha, França, Itália e Portugal - uma compilação idealizada para o mercado externo. A coletânea O Melhor de Ivete Sangalo inclui quatro gravações feitas em espanhol. Em castelhano, a cantora pôs voz em Arerê (sucesso dos tempos da Banda Eva), Se Eu Não te Amasse Tanto Assim (balada de Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle que salvou do fracasso o primeiro CD solo da artista), Festa e Sorte Grande. Uma turnê de Ivete pela Europa vai promover o lançamento do disco - por ora, sem previsão de edição no mercado nacional.

Fafá lança CD e grava para TV na Itália

O disco em que Fafá de Belém canta somente músicas de Chico Buarque, Tanto Mar, será editado no mercado italiano em outubro. Com sua primeira turnê pela Itália agendada para julho, a cantora vai gravar especial para a TV de lá no show que fará no Auditorium de Roma, em 10 de julho. Na volta ao Brasil, a artista deverá, enfim, gravar seu primeiro DVD, com os sucessos da carreira. Intitulado Sem Anos de Solidão, por sugestão de Millôr Fernandes, o projeto renderá também CD ao vivo.

Seu Jorge canta Erasmo e Ilê em DVD

Samba-rock de Roberto e Erasmo Carlos, gravado pelo Tremendão em 1970, Coqueiro Verde é uma das músicas cantadas por Seu Jorge em seu segundo DVD, Live at Montreux 2005 (capa à direita), gravado no ano passado no tradicional festival suíço. O lançamento mundial do DVD está agendado para 13 de julho (no mercado nacional, caberá à gravadora ST2 distribuir o vídeo). Outro destaque do repertório é Depois que o Ilê Passar, samba-reggae composto por Miltão em tributo ao bloco afro-baiano Ilê Aiyê e gravado por Caetano Veloso em 1987. O roteiro de Live at Montreux 2005 inclui ainda sucessos de Jorge, como Tive Razão, Mania de Peitão e São Gonça.

Lenine faz 'Acústico MTV' no Ibirapuera

A gravação do Acústico MTV de Lenine (foto) será feita no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), em dois shows agendados para 24 e 25 de junho. As apresentações serão restritas a convidados do artista e da emissora. Trata-se da gravação do segundo projeto ao vivo consecutivo do compositor, que, no primeiro semestre de 2004, registrou na França um show feito no Cité de la Musique que originou o CD e DVD Lenine In Cité.

Baleiro grava quinto DVD em São Paulo

Já com quatro DVDs em sua videografia, Zeca Baleiro (foto) agendou a gravação do quinto para a minitemporada do show Baladas do Asfalto & Outros Blues que vai apresentar de 23 a 25 de junho, no Sesc Pinheiros, em São Paulo (SP). Além das músicas autorais do CD homônimo, o artista maranhense vai cantar sucessos dos repertórios de Benito Di Paula, Roberto Carlos e Secos & Molhados.

Em 2004, o cantor lançou seus dois primeiros DVDs, Pet Shop Mundo Cão e Raimundo Fagner e Zeca Baleiro. Em março de 2005, as lojas receberam o DVD Líricas, com o registro do show de lançamento do terceiro CD de Baleiro. Recentemente, a gravadora MZA editou o DVD Vô Imbolá, com gravação, feita em 2000, da turnê de lançamento do segundo álbum de Baleiro. Apenas seu primeiro CD não teve (ainda) o correspondente registro audivisual.

Marjorie canta Rita Lee com Roupa Nova

Sucesso de Rita Lee em 1982, a música Flagra será regravada pelo grupo Roupa Nova ao lado de Marjorie Estiano (foto). A gravação será feita esta semana, em São Paulo, para o CD e DVD RoupAcústico II. Vocalista do Babado Novo, Cláudia Leite vai participar de Um Sonho a Dois, balada que o sexteto gravou em 1986 em disco de Joanna. Os outros convidados são Toni Garrido (em Sensual) e Pedro Mariano (em É Cedo).

Elza vai estar no cinema em dose dupla

Prestes a completar 76 (não assumidos) anos em 23 de junho, Elza Soares vai aparecer no cinema em dose dupla. A trajetória folhetinesca da cantora, que já rendeu livro e peça, vai virar documentário pela ótica de Izabel Jaguaribe, diretora que revelou um pouco da personalidade de Paulinho da Viola no cultuado Meu Tempo É Hoje.

Além do documentário, Elza aparecerá na trilha sonora do novo filme de Daniel Filho, Muito Gelo, Dois Dedos de Água. A cantora vai gravar versão de Rita Lee para It's oh so Quiet, tema dos anos 40 regravado por Björk em seu álbum Post, de 1995.

Igor Cavalera anuncia saída do Sepultura

Depois de muitos boatos e pistas, o baterista Igor Cavalera anunciou nesta segunda-feira, 12 de junho, em nota oficial, sua saída do grupo Sepultura - dez anos depois de seu irmão, Max, deixar a banda brasileira de heavy metal de maior projeção no exterior. O músico - que, desde o ano passado, já vinha sendo substituído em shows por Roy Mayorga - alegou incompatibilidade com seus colegas de grupo (o guitarrista Andreas Kisser, o vocalisa Derrick Green e o baixista Paulo Jr.). Eis o depoimento de Igor no site oficial do Sepultura:

"Vários motivos me levaram a tomar essa importante decisão em minha vida e gostaria de compartilhar isso com todos. Acredito que a minha missão no Sepultura tenha chegado ao fim. Tenho muito orgulho de tudo o que fizemos, mas hoje sinto que o formato da banda já não atende mais às minhas expectativas como músico e como pessoa. Desde a minha última turnê na Europa, em dezembro de 2004, percebi que as minhas idéias já não batiam com as do resto da banda. Muitos anos de trabalho em conjunto fizeram com que o relacionamento fosse se desgastando cada vez mais, e vejo que hoje não há compatibilidade de idéias entre eu e o resto da banda. Tentei deixar isso claro aos outros membros, propondo que déssemos um tempo. No entanto, a prioridade deles era a de continuar tocando independentemente da minha permanência. Gostaria imensamente de agradecer a todos os fãs que me apoiaram e continuam apoiando a nossa música", declarou Igor Cavalera.

Strokes regrava música de Marvin Gaye com o cantor do Pearl Jam para single

O grupo The Strokes (foto) regravou música do cantor de soul Marvin Gaye, Mercy Mercy me, para o lado B de seu próximo single, You Only Live Once, nas lojas em meados de julho. A gravação conta com as adesões de Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam) e de Josh Hommer (integrante do Queens of the Stone Age). Mercy Mercy me foi lançada por Marvin Gaye em 1971 no álbum What's Going on?, a obra-prima de sua discografia. A música foi pioneira em seu alerta ecológico.

CD oficial da Copa nas lojas esta semana

Várias coletâneas oportunistas já foram despejadas nas lojas pelas gravadoras, mas o CD oficial da Copa 2006, Voices from the Fifa World Cup (capa à direita), chega ao mercado nacional somente esta semana, via Sony & BMG. A cantora Toni Braxton e o grupo Il Divo interpretam o inédito tema da competição, The Time of our Lives. A compilação reúne gravações de Whitney Houston (One Moment in Time), Elton John (Your Song) e Rod Stewart (EveryTime We Say Goodbye), entre outros nomes. O Brasil foi escalado com Sou Ronaldo, samba-rap composto e gravado por Marcelo D2.

D2 quer aquecer vendas com Ronaldinho

Fabricada em formato digipack, a capa à esquerda é a da edição especial do recém-lançado quarto CD solo de Marcelo D2, Meu Samba É Assim. Com chamariz verde e amarelo, a nova tiragem chega às lojas esta semana no embalo da Copa 2006 com estratégica faixa-bônus, Sou Ronaldo, samba-rap composto e gravado por D2 em homenagem ao craque Ronaldinho, o Fenômeno. A intenção, claro, é pegar carona na euforia da torcida brasileira pela conquista do hexa para aquecer as vendas do álbum.

Cyndi Lauper apela para duetos acústicos

Estrela cadente, Cyndi Lauper apela para a fórmula dos duetos acústicos no CD The Body Acoustic (capa à direita), lançado esta semana no Brasil. A própria lista de convidados já deixa entrever o pouco crédito da cantora na indústria fonográfica. Sarah McLachlan participa de duas das doze faixas (Time After Time e Water's Edge). Shaggy é o convidado de All Through the Night. Já o guitarrista Jeff Beck faz intervenção em Above the Clouds.

Cama de Gato grava seu primeiro DVD

Em atividade desde os anos 80, o quinteto Cama de Gato vai gravar seu primeiro DVD na quarta-feira, 14 de junho, em show no Teatro Maison de France, no Rio de Janeiro (RJ). No repertório, temas do baterista Pascoal Meirelles (Simplesmente, Ponta Negra, Amendoim Torrado) e do tecladista Jota Moraes (Gonzaguiando, Havana, Melancia). Além de Meirelles e de Moraes, o grupo é integrado atualmente por Mauro Senise (sax e flauta), André Neiva (baixo) e Mingo Araújo (percussão). O último CD do grupo, Água de Chuva, foi lançado em 2003.

CD traz repertório fashion de 'Belíssima'

Explorando o sucesso da novela Belíssima, a gravadora Som Livre lança coletânea, Fashion B (capa à direita), com músicas que aparecem de forma incidental no núcleo de moda da trama. A seleção muderna inclui fonogramas de Red Carpet (Alright), Ramada (Clap your Hands), Get Star (Shining Star) e Kelly Clarkson (um remix de Because of You). A capa é ilustrada por foto da atriz Letícia Birkheuer, intérprete da modelo Érika na história de Sílvio de Abreu.

Country rock puxa CD do Primal Scream

Country Girl - um rock de acento country, como antecipa o título da música - é a faixa que puxa o novo álbum do grupo escocês Primal Scream, Riot City Blues (capa à esquerda). O CD reúne 10 músicas. Entre elas, Nitty Gritty, Little Death e 99th Floor. O disco tem lançamento no Brasil previsto para 21 de junho.