Felipe Dylon tenta pegar direção adulta
Resenha de CD
Título: Em Outra Direção
Artista: Felipe Dylon
Gravadora: EMI
Cotação: * *
"A chuva quase cai / O tempo ameaçou / Eu continuo sendo quem sou / ... / Não vou mudar o mundo / Mas não deixo ele mudar / O que é verdade pra mim". Os versos da faixa-título do terceiro CD de Felipe Dylon, Em Outra Direção, traduzem a turbulência por que passou o astro juvenil. Para fazer valer sua verdade na concepção do disco, o cantor peitou a gravadora EMI na Justiça e obteve o direito de não gravar músicas compostas pelos hitmakers da casa. Dylon quis cantar suas próprias músicas. Acionada judicialmente, a EMI teve que concordar com a nova diretriz do som do rapaz.
Em Outra Direção é álbum de tom roqueiro, dado pela produção padronizada de Marcelo Sussekind. A direção buscada pelo repertório autoral é a do universo adulto. A começar por Acorda Brasil, rap composto por Dylon, em parceria com Helião. A letra é um recado político ao povo brasileiro, habitualmente inerte perante os desmandos e os escândalos vindos de Brasília. Não deixa de ser uma surpresa, logo amenizada pelo pop rock Dona da Praia, em que o cantor surfa na onda teen de CDs anteriores para seduzir as gatinhas que consomem seu som.
Entre o rock (Todo Mundo), o universo do hip hop (Vai Ver o Sol Nascer) e as baladas lacrimosas (Quero Você, o momento brega do CD), Dylon tenta mostrar que já é gente grande. Canta com Lulu Santos (Ano Novo Lunar, música de Lulu lançada pelo autor em 1984) e grava Vinny (Odeio Amar Você, de refrão tão bobinho que faz crescer a produção autoral de Dylon). Cantor deficiente, o rapaz ainda está a anos luz de distância do bom rock produzido no Brasil. Mas é inegável que Em Outra Direção sinaliza salto qualitativo em sua jovem carreira. Não muda o mundo, mas é a verdade ingênua de Felipe Dylon.
Título: Em Outra Direção
Artista: Felipe Dylon
Gravadora: EMI
Cotação: * *
"A chuva quase cai / O tempo ameaçou / Eu continuo sendo quem sou / ... / Não vou mudar o mundo / Mas não deixo ele mudar / O que é verdade pra mim". Os versos da faixa-título do terceiro CD de Felipe Dylon, Em Outra Direção, traduzem a turbulência por que passou o astro juvenil. Para fazer valer sua verdade na concepção do disco, o cantor peitou a gravadora EMI na Justiça e obteve o direito de não gravar músicas compostas pelos hitmakers da casa. Dylon quis cantar suas próprias músicas. Acionada judicialmente, a EMI teve que concordar com a nova diretriz do som do rapaz.
Em Outra Direção é álbum de tom roqueiro, dado pela produção padronizada de Marcelo Sussekind. A direção buscada pelo repertório autoral é a do universo adulto. A começar por Acorda Brasil, rap composto por Dylon, em parceria com Helião. A letra é um recado político ao povo brasileiro, habitualmente inerte perante os desmandos e os escândalos vindos de Brasília. Não deixa de ser uma surpresa, logo amenizada pelo pop rock Dona da Praia, em que o cantor surfa na onda teen de CDs anteriores para seduzir as gatinhas que consomem seu som.
Entre o rock (Todo Mundo), o universo do hip hop (Vai Ver o Sol Nascer) e as baladas lacrimosas (Quero Você, o momento brega do CD), Dylon tenta mostrar que já é gente grande. Canta com Lulu Santos (Ano Novo Lunar, música de Lulu lançada pelo autor em 1984) e grava Vinny (Odeio Amar Você, de refrão tão bobinho que faz crescer a produção autoral de Dylon). Cantor deficiente, o rapaz ainda está a anos luz de distância do bom rock produzido no Brasil. Mas é inegável que Em Outra Direção sinaliza salto qualitativo em sua jovem carreira. Não muda o mundo, mas é a verdade ingênua de Felipe Dylon.
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