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S�bado, Fevereiro 11, 2006

Ana Carolina cai muito bem no samba

Ana Carolina (na foto, em clique de Adriana Pittigliani) at� j� pode ter uma aura brega por conta de m�sicas como � Isso A�, mas a compositora tem mostrado que sabe cair no samba. A desenvoltura da mineira com o mais carioca dos ritmos � reafirmada em Cabide, m�sica dada por Ana para o quinto disco de Mart'n�lia, o rec�m-lan�ado Menino do Rio. O samba � bom, tem um tom deliciosamente abusado e valoriza o CD da filha de Martinho da Vila. E - da mesma forma que Vestido Estampado, samba que inspirou o t�tulo do �ltimo disco de est�dio de Ana, Estampado - Cabide indica que a compositora bebeu nas fontes mel�dicas dos sambas dos anos 30 e 40, e n�o da turma mais recente revelada a partir da d�cada de 70 nos pagodes do Cacique de Ramos. � isso a�...

Assistir ao DVD do Monobloco � como brincar Carnaval diante da televis�o

Resenha de CD / DVD
T�tulo: Monobloco ao Vivo
Artista: Monobloco
Gravadora: Som Livre
Cota��o: * *

Discos que procuram registrar shows e bailes carnavalescos quase nunca conseguem captar a energia e a anima��o dos foli�es. Da� que n�o chega a ser surpresa a falta de pique do CD e DVD Monobloco ao Vivo, gravados em ensaio do bloco carioca no Circo Voador, em outubro. Assistir ao DVD em especial � como ver Carnaval pela televis�o e constatar que a anima��o � dos outros.

Reunida desde 2000, a turma de percussionistas fez hist�ria na folia do Rio ao incorporar levadas de funk e rap ao tradicional baticum do samba. Seus animados ensaios viraram points de foli�es moderninhos nos �ltimos anos. Para tentar botar seu disco ao vivo na rua com o mesmo entusiasmo, o Monobloco convocou nomes como Fernanda Abreu e Lenine para participar do show. Antenada com o som black dos morros e periferias cariocas, ela rebobina seu hit Baile da Pesada. Ele brilha mais ao reviver em compasso samba-funkeado Eu Quero � Botar meu Bloco na Rua. Lan�ado no in�cio dos anos 70, quando os festivais j� agonizavam, o hino inconformado de S�rgio Sampaio � a melhor sacada do previs�vel repert�rio.

Entre excesso de hits geralmente infal�veis de Tim Maia (Primavera, Do Leme ao Pontal, O Descobridor dos Sete Mares, Que Beleza) e de Jorge Ben Jor (Taj Mahal, Fio Maravilha, Pa�s Tropical), o Monobloco apela para as batidas do bailes funks (em medley que conta com as ades�es dos MCs Junior e Leonardo) e para sambas-enredos irresist�veis como � Hoje. A prop�sito, outro samba-enredo cl�ssico, Aquarela Brasileira, j� foi revitalizado com mais empolga��o em grava��es como a feita por Martinho da Vila para seu disco ao vivo 3.0 Turbinado. No fim, quando batuqueiros e convidados se unem para cantar antigas marchas carnavalescas, fica evidente que algo se perdeu entre o palco, a plat�ia e a capta��o da energia do Monobloco para estes mornos CD e DVD. E n�o foi pouco...

No auge do sucesso com sua fus�o rala, Banda Calypso filma terceiro DVD no Rio

A vinda da Banda Calypso ao Rio - para captar imagens para seu terceiro DVD em show agendado para este s�bado, 11 de fevereiro, na casa Claro Hall (RJ) - for�ou a m�dia carioca a enfocar o atual fen�meno comercial do mercado fonogr�fico independente, cujo sucesso e popularidade n�o se restringem ao eixo Norte-Nordeste, como comprovou a intensa procura por ingressos para a apresenta��o carioca da banda paraense.

Os n�meros referentes �s vendagens dos discos da Banda Calypso s�o superlativos e se situam entre cinco e sete milh�es de c�pias em meros seis anos de carreira, de acordo com cada reportagem feita sobre o grupo, liderado pela cantora Joelma e pelo guitarrista e produtor Chimbinha. Quaisquer que sejam os n�meros reais, � fato incontest�vel que a mistura rala de sons caribenhos com ingredientes de forr� e rock caiu no gosto popular em escala nacional (o novo DVD do grupo ter� imagens de shows feitos em cinco capitais). Mas o ef�mero pique de sucesso (nos anos 90) de grupos de forr� pop como Mastruz com Leite - que j� comercializava na �poca seus discos da forma independente seguida pela Banda Calypso - sugere que a febre n�o dever� ser duradoura.

"Sei que isso n�o vai durar para sempre e que podemos encher as pessoas mais tarde. Meu sonho era chegar nesse ponto e estou aproveitando. O resto � lucro", declarou uma consciente Joelma ao rep�rter Zean Bravo, do DIA. A mo�a parece saber o que diz. Outros outubros (e fen�menos) vir�o...

Bosco festeja 60 anos com DVD e Aldir

No embalo da retomada de sua parceria com Aldir Blanc, interrompida em 1983, Jo�o Bosco (foto) inicia as comemora��es pelos 60 anos que vai completar em 2006 - mais precisamente, em 13 de julho - com a grava��o de seu primeiro DVD em shows agendados para 15 e 16 de fevereiro, no Audit�rio Ibirapuera (SP). A grava��o vai contar com as ades�es de Djavan e dos violonistas Guinga e Yamandu Costa. O roteiro inclui apenas sucessos colecionados pelo compositor desde 1972, ano em que foi lan�ado no mercado fonogr�fico no Disco de Bolso, do jornal O Pasquim.

J� as m�sicas in�ditas compostas recentemente com Aldir - Mentiras de Verdade, Sonho de Caramujo e Toma L�, D� C� (samba gravado para a abertura do hom�nimo programa exibido pela Rede Globo em dezembro) - dever�o ficar para o disco de in�ditas que Bosco come�ar� a gravar em meados do ano para lan�amento no segundo semestre.

Warner � a l�der do mercado portugu�s

Segundo dados da Associa��o Fonogr�fica Portuguesa (A.F.P.), a Warner Music � a gravadora que lidera atualmente o ranking de vendas de discos na Terrinha, dominando 26,27% do mercado lusitano. A Sony & BMG vem em segundo (com 19,86%), seguida pela EMI (com 17,51%) e pela Universal (com 11,91%).

S�o n�meros curiosos se levado em conta que, no Brasil, a disputa pela maior fatia do mercado fica sempre entre a Universal e a Sony & BMG (com ligeira recupera��o da EMI nos �ltimos dois anos). Seja como for, mesmo com toda a pirataria, o Brasil ainda � (e sempre ser�) um mercado fonogr�fico muito mais importante do que Portugal por conta de suas dimens�es continentais.
Sexta-feira, Fevereiro 10, 2006

Arantes reflete sobre a id�ia de sucesso: 'Hoje sou exatamente o que sonhei ser'

Motivado por recente artigo do colunista sobre os (des)caminhos de sua carreira fonogr�fica, no ano em que ele completa tr�s d�cadas de obra solo pioneira no pop nacional e que prepara disco de in�ditas em Salvador (BA), Guilherme Arantes (foto) mandou para o blog de Est�dio um texto em que reflete sobre quest�es relativas ao conceito de sucesso, � ind�stria do disco, � m�dia, � m�sica e ao jogo de poder que envolve tudo isso. O texto questiona o conceito de injusti�a atribu�do � trajet�ria de Arantes pelo colunista e merece ser lido por conta da riqueza de id�ias expostas pelo compositor.
L� vai:

"O significado da palavra 'limbo' tem muitas variantes. Pode ser a aus�ncia de lembran�a que sucede fase de superexposi��o, pode ser o castigo que o sistema reserva para quem teve o espa�o t�o cobi�ado, mas tamb�m pode ser "o sil�ncio que precede o esporro" ..., o que n�o configura obriga��o nenhuma de voltas triunfais, de resgate, tudo isso pode ser um grande engano.

Viver � melhor que sonhar, como diz o mestre Belchior, e a vida � infinitamente maior do que o �xito, o mercado, o senso comum e a opini�o que as pessoas possam ter a respeito da gente... A verdade � que s� pode "sumir" quem um dia "apareceu" ... e nisso fico tranq�ilo, pois a minha "miss�o de aparecer" foi sobejamente cumprida nos anos da mocidade (e a�, sim, havia "obriga��o" em conseguir brilhar) nas priscas e long�nquas eras da beleza f�sica... E como me fartei desse brilho!!! E acho que foi um brilho bonito, porque estranho.

O brilho pelo brilho n�o � nada, s� vale pelo estranhamento que possa ter deixado. A ind�stria cultural, como qualquer outra, privilegia claramente o mito da juventude - empresas estabelecem at� idade-limite para contrata��es no mercado, o que � uma injusti�a enorme com a m�o de obra madura e experiente. Mas isso � uma outra discuss�o - os mitos da juventude, do esplendor e decad�ncia, da finitude da vida, ascens�es e quedas, gl�ria e ocaso, fazem parte da dial�tica mais rasteira e miser�vel que a humanidade construiu para, ela sim, perenizar-se no limbo. O mundo est� no limbo. O mundo se esqueceu de si mesmo.

Eu n�o me esqueci jamais da m�sica que eu amo, dos colegas que adoro, da bel�ssima hist�ria da m�sica popular do Brasil, muito menos de mim, e nada tenho do que reclamar. Ali�s, o estado de reclama��o � o pior caminho para qualquer pessoa, especialmente o artista. Assim, o adjetivo "injusti�ado" eu queria ver desde j� banido de qualquer conversa a meu respeito. Quem? Logo eu?

� uma pecha cruel e aprisionante, assim como � o t�tulo de "maldito" aposto aos nomes de Mautner, Macal�, Walter Franco, Melodia, Itamar, Arrigo, a lista � longa .... Mas como o sistema � insidioso, delimita um nicho para cada pessoa ficar ali, quietinha, santificada e adorada em seu silencio petrificado. E hoje em dia, qual � o significado da palavra "sucesso"? Francamente... � s� olhar a TV aberta ...

O fato � que o Brasil tamb�m se esqueceu de si mesmo. � hoje um espectro do que foi, um fracasso, uma decad�ncia deprimente, que vive do passado e no passado, mas tamb�m n�o adianta ficar reclamando. Como parte desse passado, tenho (e sou grat�ssimo) tantas execu��es em r�dios do segmento "adulto-contempor�neo" quanto os meus maiores �dolos, e me sinto em muit�ssimo boa companhia nesse "esquecimento", junto com o que h� de melhor de nossa m�sica. � tanta gente, e de tal qualidade, que nem sei se mere�o tamanha companhia.

N�o vou aqui citar nomes de quem est� realmente "esquecido", porque teria muita gente dos escal�es principais, at� mesmo gente que est� "aparecendo" a toda hora, tentando de tudo pra aparecer, mas que est� mortinha-da-silva e que se esqueceu de deitar.

S� para exemplificar, sem medo de interpreta��es controversas e repres�lias, cito alguns internacionais que fazem parte da "nossa turma" : Elton John, Phil Collins, James Taylor, Peter Gabriel, Stevie Winwood, Christopher Cross, Al Stewart, Suzanne Vega, Tears for Fears, Everything But the Girl, Tracy Chapman, Cindy Lauper, Mark Knopfler... S�o s� alguns que lembro agora, que amo, e que tocam muito, ali, juntinho com a gente...

As apar�ncias enganam, o sistema � um engodo, e a ind�stria cultural � uma farsa - e j� foi desmascarada incont�veis vezes. A ind�stria do sucesso adora mesmo � quando o artista morre. Esse � o artista perfeito. Ou quando deliberadamente desaparece. N�o fica em p�blico expondo seu "apodrecimento f�sico e moral", n�o fica tentando voltar � baila, enchendo o saco da m�dia, vira santo e ergue um mito, pronto. Mas n�o � assim que funciona.

Teimamos em viver, porque (digo de novo) a vida � infinitamente maior do que tudo isso.

Quanto a um novo CD "comemorativo" dos 30 anos de carreira, com participa��es estelares, podem deixar isso pra l�... Foi uma id�ia natimorta. N�o vou angariar nenhum "tributo a Guilherme Arantes", usando meu prest�gio para somar nomes de peso, criando artificialmente ganchos de marketing para me tornar mais palat�vel, seria rid�culo. E digo mais : h� �lguns meses me propuseram fazer um CD de int�rprete, com regrava��es de grandes sucessos de outros artistas, um "projeto especial", que recusei peremptoriamente, o tal "cover do cover" que est� t�o na moda.

Digo claro: estou e estarei sempre fora. Chega de "projetos". O Brasil virou a p�tria dos "projetos", j� perceberam?

O brasileiro hoje � um sujeito que est� sempre precisando "sentar pra fazer um projeto", � toda uma na��o que roda bolsinha com um "projeto na m�o", memoriais descritivos e planilhas de viabilidade. Nada sai do papel, morre tudo na praia. No meu caso, isso seria na verdade "fazer um projeto para sentar "...

Se hoje estou fora do mercado, sem gravadora, � porque sempre tive personalidade demais, ningu�m jamais me curvou a gravar o que eu n�o queria, de um jeito que eu n�o quisesse, minha profiss�o � de compositor, eventualmente e circunstancialmente um hitmaker. Sim, gravei coisas (uns meros 5 %) para as quais hoje eu tor�o o nariz, mas foram erros meus. 95 % do que gravei, eu adoro. Ah, como � bom estar nesta situa��o... Principalmente as mais desconhecidas, os chamados "Lado B" que dariam pra fazer uma caixa com 15 CDs, que eu chamaria orgulhosamente de "Os 100 Maiores Insucessos de Guilherme Arantes".

Dos "20 Maiores Sucessos", eu j� estou de saco cheio, embora muitas dessas m�sicas eu ainda goste muito e cante nos shows, porque o que eu vendo � a minha vida, sentimentos, e � uma del�cia compartilhar isso. Cansei � do senso comum. Pra mim, ele n�o vale nada.

Se, mesmo sem m�dia alguma, fa�o uma m�dia de 15 shows por m�s (quem faz?) � porque s� tem um jeito do p�blico curtir minha m�sica: ao vivo . E eu agrade�o muito isso, pois vivo do que sonhei viver: da m�sica, e nada mais. Minha profiss�o � de m�sico, n�o de celebridade. Sucesso, qualquer coisa faz.

Sucesso � esquema, � kit modernidade - personal trainer, web-designer, fashion-designer, assessoria de imprensa, assessoria de marketing e outros ap�ndices que fogem de minha fun��o no mundo. Estou pouco me lixando para a modernidade, para o ser moderno, seja l� o que isso significa. Certo est� Jo�o Gilberto em suas esquisitices. E como � ador�vel, moderno, atemporal. � apenas um homem e um viol�o. Esse � o Mestre, sem nenhum kit modernidade.

Vem a� um disco novo, sim, mas vai ser "apenas" um disco de carreira, com m�sicas novas. Em qualquer circunst�ncia, digo do fundo da minha experi�ncia que vale infinitamente mais um trabalho novo do que qualquer "jogada pra levantar", mais do que qualquer "projeto" esp�rio de canibaliza��o, de reprocessamento ou releitura.

O mercado est� covarde. Resta a n�s gerarmos o milagre - mas n�o foi sempre assim? Se fosse pra abaixar as cal�as, em 1976, h� 30 anos, eu teria gravado em ingl�s, pois era isso que o "mercado" exigia. Somos teimosos. Somos tinhosos e perigosos. Estamos vivos, e podemos fazer um estrago que ningu�m imagina.

Quero estar junto com os artistas desconhecidos, em come�o de carreira sim, (re)come�ando sempre da estaca zero sem o menor problema. Em outubro de 1980 eu estava acabadinho e esquecidinho, sem gravadora, como manda o figurino do mercado, quando recebi em minha casa na Vila Mariana uma surpreendente liga��o da Elis, pedindo uma m�sica, ela havia se encantado com um disco meu (fracassad�ssimo), Cora��o Paulista. Pois me lembro bem hoje, eu estava a 3 meses (!!!) de me tornar o n�mero 1 dos FMs, "gl�ria" essa que duraria 12 longos anos ... quem � que diria, �quelas alturas, que isso estava pra acontecer?

Durante aqueles 12 anos, jamais me enganei com o sucesso. Sa�a todos os dias dos gin�sios lotados com 8.000 pessoas (pagantes, s� pra me ver) e ia caminhar pela madrugada, no sil�ncio das ruas desertas, para ouvir os meus pr�prios passos marcando o tempo real no ch�o da realidade. Ainda bem que antes dessa carreira tresloucada e enganosa eu havia feito Arquitetura na USP, j� era cabe�a-feita, o pensamento andava longe, bem longe de toda aquela confus�o das "paradas", do ass�dio...

Hoje, sou exatamente o que sonhei ser. Envelhecer, pra mim, � um objetivo, e eu juro pelo que h� de mais sagrado que eu vou conseguir, e j� estou conseguindo. Deus me livre de ficar eternamente jovem, e prefiro mil vezes ser bem esquecido do que mal lembrado. Sei que hoje o "mercado" � completamente previs�vel, as cartas est�o muito mais marcadas. Mas estou muito mais com as surpresas, com as periferias. Enquanto houver sonhos vitoriosos, e n�o programados nas mesas de reuni�es da ABPD, de artistas de verdade como Racionais MC's, O Rappa, Chico Science... O sonho existe e o que eu gosto mesmo � do novo. O resto, a poeira do tempo vai soterrar, sem o menor problema."

CD do Afrodis�aco traz hit de Chico C�sar

Atual sensa��o da ax� music, o Afrodis�aco dribla as diverg�ncias entre os dois l�deres do grupo - Pierre Onassis (� esquerda) e Jauperi, compositores revelados no Olodum - e chega ao primeiro disco. Nas lojas ainda em fevereiro, via Universal Music, o CD traz regrava��o de Mama �frica, sucesso de Chico C�sar, lan�ado pelo autor em 1995, mas estourado em 1996, h� dez anos. O repert�rio inclui tamb�m, claro, as duas m�sicas j� popularizadas pelo Afrodis�aco na Bahia: J� � e Caf� com P�o (gravada anteriormente por Davi Moraes no disco Orix� Mutante).

Lenine produz CD de Elba - fora da Sony

Elba Ramalho (foto) j� n�o pertence mais ao cast da Sony & BMG - gravadora que est� passando por processo de reestrutura��o e redu��o de elenco. Mas a cantora vai concretizar este ano o plano de ter um disco produzido por Lenine - anunciado por Elba desde 2004. A pr�-sele��o de repert�rio feita pela artista inclui m�sicas de Lula Queiroga (Concei��o dos Coqueiros), Br�ulio Tavares, Z� Ramalho (A Dan�a das Borboletas, parceria de Z� com Alceu Valen�a, gravada pelos autores nos anos 70), Jorge Vercilo (Boas Novas, dada para Elba pelo compositor) e Jorge Ben Jor - de quem a int�rprete pensa em regravar Anjo Azul, m�sica de 1964.

O �ltimo trabalho de Elba na Sony & BMG foi um disco dividido com Dominguinhos. O repert�rio destacou Chama, in�dita feita para a cantora por Tato, vocalista do grupo Falamansa. Havia a id�ia de lan�ar um DVD com o registro do show apresentado pela artista com o sanfoneiro, mas o projeto foi abortado.

Gal vai cantar no DVD de Ricardo Chaves

Pouca gente sabe do parentesco, mas Gal Costa (foto) � prima de Ricardo Chaves - o cantor baiano de ax� que ficou conhecido pelo hit � o Bicho - e ficou de participar da grava��o do primeiro DVD do artista. Gal e Daniela Mercury ser�o as convidadas do show ac�stico que Chaves apresentar� em Salvador (BA) para registro do DVD. Mas trata-se da segunda etapa da grava��o. O cantor vai come�ar a filmar o v�deo em Natal (RN) durante a festa Aratu do Facho - agendada para 18 de fevereiro, na praia de Barra de Tabatinga.

Gil revela prefer�ncia por CDs ao vivo

Ao comentar em nota oficial o pr�mio de Melhor �lbum de World Music que recebeu na 48� edi��o do Grammy, pelo �lbum Eletrac�stico (2004), Gilberto Gil (foto) lembrou a coincid�ncia de ter sido premiado em 1999 na mesma categoria com outro �lbum ao vivo - Quanta Live, a vers�o americana de Quanta Gente Veio Ver - e revelou sua prefer�ncia pelos registros de shows. "A mim interessa muito que os dois pr�mios tenham sido dados a discos ao vivo. S�o os (discos de) que mais gosto, em que mais percebo minha integridade e integralidade musical", declarou o cantor e atual Ministro da Cultura.
Quinta-feira, Fevereiro 09, 2006

U2 ganha o Grammy de �lbum do Ano e � o grande vencedor do Oscar musical

O rapper Kanye West chegou a rezar na hora em que seria anunciado o vencedor do Grammy de �lbum do Ano, categoria na qual concorria com Late Registration (eleito o Melhor �lbum de Rap), mas sua prece n�o evitou que o trof�u mais cobi�ado da noite fosse parar nas m�os do U2 (em foto da Ag�ncia Reuters) por How to Dismantle an Atomic Bomb. Com cinco pr�mios ao todo, o grupo irland�s acabou sendo o grande vencedor da 48� edi��o do Oscar da m�sica em cerim�nia que teve performances de Madonna, Paul McCartney (surpreendendo ao reviver Yesterday na companhia de Jay-Z e do grupo Linkin Park) e Mariah Carey.

"Este � o nosso segundo �lbum do ano, mas j� perdemos dois. Kanye, voc� � o pr�ximo", disse Bono Vox no palco, se dirigindo ao rapper que ansiava pelo pr�mio. O l�der do U2 tamb�m se derramou em elogios para a voz de Mariah Carey, cantora que tinha expressivo n�mero de indica��es, mas perdeu nas categorias principais - como o colunista tinha previsto ontem.

Enfim, foi a noite do U2 e - mais do que isso - do rock politizado. Ao premiar o U2 e o Green Day, o 48� Grammy premiou tamb�m a m�sica que n�o se restringe � mera fun��o de entretenimento e procura conscientizar o mundo do que acontece ao seu redor. Ainda que Kelly Clarkson tenha levado dois trof�us aos quais n�o fazia jus...

Grava��o do Ano � do trio Green Day e mostra valoriza��o do rock no Grammy

Outra derrota para a favorita Mariah Carey na 48� edi��o do Grammy: o fundamental pr�mio de Grava��o do Ano foi para o trio americano Green Day (em foto da Ag�ncia AFP). A m�sica, Boulevard of Broken Dreams, fez parte do �ltimo �lbum do grupo, American Idiot, lan�ado em 2004 com composi��es de alto teor pol�tico.

Aliada � premia��o do U2 em categorias importantes, a vit�ria do Green Day em Grava��o do Ano sinaliza surpreendente tend�ncia do Grammy de valorizar mais as bandas de rock. N�o deixa de ser uma surpresa, j� que o mercado fonogr�fico americano � atualmente dominado pelo rap e pelo rhythm and blues feito por cantoras como a pr�pria Mariah Carey. No caso do Green Day, cujo rock tem raiz punk, o pr�mio foi dado a um grupo que ironizou j� no t�tulo de seu disco, American Idiot, a arrog�ncia do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

No Grammy, Can��o do Ano � do U2

O U2 (ao lado, em foto da ag�ncia AFP) acaba de ganhar outro pr�mio importante no 48� Grammy. O grupo irland�s levou o trof�u de Can��o do Ano por Sometimes You Can't Make It on your Own - faixa do �lbum How to Dismantle an Atomic Bomb, laureado na cerim�nia como o Melhor de �lbum de Rock. Pela mesma m�sica, ali�s, a banda de Bono Vox tamb�m foi agraciada com o trof�u de Melhor Performance de Rock.

"Se voc� pensa que isso vai subir � nossa cabe�a... tarde demais!", ironizou Bono Vox ao receber o Grammy de Can��o do Ano. A voz do U2 dedicou o disco a seu falecido pai - segundo Bono, a personifica��o da bomba at�mica que inspirou o t�tulo do �ltimo CD do grupo. "Quero agradecer este pr�mio ao meu pai por ter me dado voz e um pouco de atitude", arrematou.

Ao levar o Grammy de Can��o do Ano, o U2 derrota Mariah Carey, uma das indicadas na categoria por We Belong Together, m�sica agraciada com o trof�u de Melhor Can��o R & B. A prop�sito, seu disco The Emancipation of Mimi faturou o pr�mio de Melhor �lbum de Rhythm and Blues Contempor�neo. Em bom portugu�s, isso significa que Mariah foi ignorada nas categorias principais e premiada nas perif�ricas - ainda que o r & b tenha peso no mercado americano.

Kelly Clarkson, a zebra do 48� Grammy

Aos 23 anos, a cantora e eventual atriz Kelly Clarkson (em foto da Ag�ncia Reuters) se transformou na zebra da 48� edi��o do Grammy ao faturar os trof�us nas duas categorias importantes a que concorria. Al�m de levar o pr�mio de Melhor �lbum Pop Vocal por Breakway, derrotando nomes como Paul McCartney, Clarkson venceu a favorita Mariah Carey na disputa do trof�u de Melhor Interpreta��o Pop Feminina. Carey concorria com It's Like That, mas o Grammy foi parar nas m�os de Clarkson por conta de sua grava��o de Since U Been Gone - um dos singles de Breakway.

Projetada em 2002 ao vencer o programa American Idol, Clarkson � uma estrela em ascens�o no mercado fonogr�fico americano. Mas ningu�m esperava sua consagra��o no 48� Grammy. Seu primeiro �lbum foi Thankful. O premiado Breakway � o segundo e foi lan�ado nos Estados Unidos em 30 de novembro de 2004, alcan�ando vendas expressivas. Ainda assim, Kelly Clarkson � a zebra do Oscar da M�sica e, a partir de agora, sua m�sica for�osamente dever� receber mais aten��o fora dos Estados Unidos.

U2 leva o Grammy de '�lbum de Rock'

Derrotando fortes concorrentes como Foo Fighters, Neil Young e Rolling Stones, o grupo U2 faturou o Grammy de Melhor �lbum de Rock na 48� edi��o do Oscar da m�sica. O disco, How to Dismantle an Atomic Bomb (capa � esquerda), saiu no primeiro semestre de 2005 e foi saudado com entusiasmo por ter sedimentado a volta da banda �s suas origens irlandesas, iniciada no �lbum anterior All That You Can Leave Behind.

"Estar numa banda de rock � como viajar num circo. Voc� pensa que vai ser o mestre de cerim�nias e, de vez em quando, acaba sendo o palha�o e termina limpando os elefantes. Mas tudo bem... A gente faz algo mais do que entretenimento e � bacana poder divulgar pensamentos maravilhosos", discursou Bono Vox.

Gil ganha Grammy com 'Eletrac�stico'

Gilberto Gil ganhou seu segundo Grammy na categoria Melhor �lbum de World Music por Eletrac�stico (capa � direita) - disco gravado ao vivo em setembro de 2004, em show no Canec�o (RJ), com produ��o de Liminha. O pr�mio de Gil na 48� edi��o do Grammy foi anunciado no fim da noite desta quarta-feira, 8 de fevereiro. Em 1999, o cantor levou o trof�u na mesma categoria com outro �lbum ao vivo, Quanta Live, a vers�o americana de Quanta Gente Veio Ver.

Apesar de a categoria world music ser gen�rica demais e, a rigor, cumprir apenas o objetivo de englobar no Grammy toda e qualquer m�sica produzida fora do padr�o do eixo Estados Unidos-Inglaterra, o pr�mio obtido por Gil � sempre uma refer�ncia no cen�rio musical e acaba tendo repercuss�o mundial - como declarou certa vez Milton Nascimento, o vencedor de 1998 na mesma categoria, com o �lbum Nascimento.

Lan�ado no Brasil em novembro de 2004, simultaneamente nos formatos de CD e DVD, Eletrac�stico re�ne azeitadas releituras de m�sicas do repert�rio de Gil. O repert�rio inclui Refavela, Andar com F�, A Linha e o Linho e Aquele Abra�o - al�m de m�sicas at� ent�o in�ditas na voz de Gil como Imagine (o hino pacifista de John Lennon), A Rita (samba da fase inicial de Chico Buarque) e o tango Cambalache.

Trata-se de um dos melhores �lbuns ao vivo de Gil, pelo azeitado mix de timbres ac�sticos e eletr�nicos que inspirou o t�tulo e tamb�m pela integra��o da banda, formada por Marcos Suzano (percuss�o), S�rgio Chiavazzoli (cordas), C�cero Assis (teclado) e Gustavo Di Palma (percuss�o). Eletrac�stico foi o �ltimo disco editado por Gil, �s voltas nos �ltimos anos com as fun��es pol�ticas adquiridas com o cargo de Ministro da Cultura.
Quarta-feira, Fevereiro 08, 2006

Cobras se aninham na receita do samba

Resenha de CD
T�tulo: Ninho de Cobras
Artista: V�rios
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * *

Nos anos 90, a gravadora Universal criou bem-sucedida s�rie intitulada Casa de Samba, na qual reunia inusitadas duplas de cantores em regrava��es ao vivo de cl�ssicos do g�nero. Exceto pela forma��o das duplas, a f�rmula � a mesma usada neste CD ora lan�ado pela Sony & BMG. Sob a batuta afetiva do produtor Jos� Milton, cobras como Monarco (Cora��o em Desalinho), Moacyr Luz (Saudades da Guanabara) e Dona Ivone Lara (Acreditar) se aninham na receita do samba gravado ao vivo em est�dio e cantam sozinhos sucessos de lavra pr�pria ou alheia.

Embora as grava��es supra-citadas sejam previs�veis, o resultado � bom. Por conta de suas boas rela��es no meio musical, Jos� Milton recrutou alguns dos melhores arranjadores de samba do momento(Ivan Paulo, Paul�o Sete Cordas, Mauro Diniz, Maur�cio Carrilho e Crist�v�o Bastos, estranho no ninho, onde nota-se a aus�ncia de Rildo Hora) e convocou um time de int�rpretes de respeito. Da impon�ncia vocal de Jamel�o (que abre o CD com o samba Esta Melodia) � descontra��o de Zeca Pagodinho (que revive um samba de Chico Buarque, Quem te Viu Quem te V�, sem sair de seu estilo e sem querer impressionar), passando pela afina��o absoluta de Em�lio Santiago em Pressentimento, a sele��o de bambas faz jus ao t�tulo.

Entre os int�rpretes, a �nica estranha no ninho do samba � Nana Caymmi - mesmo assim � vontade na regrava��o de Quantas L�grimas, cl�ssico da Velha Guarda da Portela que tem a melancolia ideal para o canto visceral de Nana. Se a cantora at� surpreende, Roberto Silva confirma o habitual suingue em Alegria, j�ia de Assis Valente.

Samba que lan�ou Zeca Pagodinho no mercado fonogr�fico, em disco de Beth Carvalho, Camar�o que Dorme a Onda Leva volta � tona pela alegria contagiante de seu co-autor, Arlindo Cruz. Tamb�m � uma del�cia ouvir Mart'n�lia entrar na Casa de Bamba inaugurada por seu pai, Martinho da Vila, em fins dos anos 60.

Nem todos ainda t�m o mesmo veneno. O cansa�o de Almir Guineto transparece em Pedi ao C�u. Da mesma forma que o compositor Paulo C�sar Pinheiro, de quem n�o se pode exigir afina��o de um cantor, mostra em A Paix�o e a Jura que j� esteve em melhor forma vocal.

A capa � simples, mas graciosa por conta da ilustra��o que remete tanto a um par de cobras quanto aos p�s de um sambista com o t�pico figurino de uma gafieira. Ou de um pagode - como queira.

Kanye, Paul e at� U2 poder�o impedir consagra��o de Mariah no 48� Grammy

Os trof�us da 48� edi��o do Grammy ser�o entregues nesta quarta-feira, em Los Angeles (EUA). O SBT transmite para o Brasil, a partir das 23h, a cerim�nia de entrega do pr�mio mais cobi�ado da ind�stria fonogr�fica americana, com coment�rios de Jo�o Marcelo B�scoli, diretor da gravadora Trama. A onipresen�a de Mariah Carey nas principais categorias reflete o ano estupendo vivido pela cantora em 2005. Com The Emancipation of Mimi, �lbum que j� vendeu mais de cinco milh�es de c�pias somente nos Estados Unidos, a artista renasceu das cinzas e deu uma das mais espetaculares volta por cima do mundo do disco, quando ningu�m dava mais nada por ela.

Os n�meros de Mariah s�o superlativos, mas ela vai enfrentar forte concorr�ncia nas categorias mais importantes. Em �lbum do Ano, por exemplo, The Emancipation of Mimi pode perder para Late Registration (o aclamado disco do rapper Kanye West) ou mesmo para Chaos and Creation in the Backyard, o CD de Paul McCartney que a cr�tica estrangeira saudou com entusiasmo - como h� muito n�o acontecia com um disco do ex-Beatle.

Em Grava��o do Ano, Mariah concorre com We Belong Together, mas novamente tem em Kanye West (na disputa com Gold Digger) um forte concorrente. Com alguma chance, h� ainda o Green Day (com Boulevard of Broken Dreams) e o Gorillaz (com Feel Good Inc, grava��o feita com De La Soul). Em Can��o do Ano, categoria em que tamb�m concorre com We Belong Together, Mariah tem mais chances de levar o trof�u, mas n�o ser� surpresa se o U2 papar o pr�mio por Sometimes You Can't Make It on your Own. Ou mesmo o veterano Bruce Springsteen, no p�reo com a faixa-t�tulo de seu �ltimo �lbum, Devils and Dust.

Entre os trof�us principais, o que tem mais chances reais de acabar nas m�os de Mariah � o da categoria Melhor Intepreta��o Pop Feminina, na qual ela concorre com It's Like That. Entre os brasileiros, Gilberto Gil concorre com o CD EletrAc�stico na categoria Melhor �lbum de World Music, o gen�rico r�tulo onde a ind�stria fonogr�fica americana p�e toda e qualquer m�sica produzida fora de seus padr�es e formatos.

Belle and Sebastian lan�a sexto �lbum

Foi lan�ado esta semana, no exterior, The Life Pursuit by Belle and Sebastian (capa � esquerda), o sexto �lbum da banda escocesa, formada em 1995. O disco chegou �s lojas no formato de CD simples e numa edi��o dupla que traz tamb�m um DVD. Em m�sicas como Another Sunny Day e White Collar Boy, o grupo moderninho tritura ingredientes de rock dos anos 60, blues, lounge jazz, glam rock e ritmos da Motown em coquetel pop de sabor indie. Com lan�amento j� programado no Brasil pela Trama, o �lbum re�ne 13 faixas compostas e tocadas pela banda.

Hist�rias do violonista t�mido e genial

Resenha de DVD
T�tulo: Programa Ensaio - 1990
Artista: Baden Powell
Gravadora: Trama
Cota��o: * * *

Dando continuidade � cole��o de v�deos extra�dos do acervo do programa Ensaio, dirigido por Fernando Faro para a TV Cultura, a Trama est� lan�ando os DVDs de Tom Z� e Baden Powell (1937-2000). O programa de Baden foi gravado em 1990 e ressurge digitalizado com imagens n�tidas e coloridas. Menos articulado do que o compositor baiano, o violonista fluminense at� que supera sua timidez - admitida durante a entrevista a Faro, a quem chama de Baixinho - e conta hist�rias curiosas como a da noite em que foi mostrar a melodia de Samba em Prel�dio ao parceiro Vinicius de Moraes e este, cismado com a suposi��o de a m�sica ser pl�gio de tema de Chopin, relutou em fazer a letra. At� que sua mulher na �poca, pianista erudita, foi acordada na madrugada e deu parecer favor�vel a Baden. "Ent�o Chopin esqueceu de fazer essa", disparou Vinicius, com a espirituosidade que lhe era peculiar.

Baden narra essas e outras hist�rias com a voz mi�da com que se arrisca a cantar no programa temas como Voltei (dele com Paulo C�sar Pinheiro), Samba Triste (sua primeira parceria com Billy Blanco) e Palha�o, sucesso de Nelson Cavaquinho que entra no roteiro de 16 n�meros para simbolizar a proximidade geogr�fica do morro e dos compositores de Mangueira com o violonista, nascido na pequena cidade de Varre-e-Sai (RJ), mas criado no bairro carioca de S�o Crist�v�o, perto da escola de samba verde-e-rosa.

No habitual tom retrospectivo do programa Ensaio, Baden sa�da a modernidade pioneira de Johnny Alf (de quem canta Rapaz de Bem para lembrar os tempos da boate Plaza) e recorda as aulas com Meira, o professor de viol�o cuja casa era freq�entada por g�nios como Pixinguinha (evocado com a execu��o de Naquele Tempo, parceria com Benedito Lacerda) e Jacob do Bandolim. "Meira me ensinou tudo de viol�o. Ele foi professor de um tio meu que estudou 50 anos e n�o conseguiu sair do l� menor", diz Baden, refor�ando de forma sutil a id�ia de que j� tinha o dom para tocar o instrumento.

De fato, tinha mesmo o tal dom. Pois � tocando no seu viol�o sambas como Tem D�, Formosa, Lapinha e Samba da B�n��o que o artista de voz pequena se agiganta. � uma b�n��o poder ver e ouvir Baden Powell no melhor da forma!

The Vines apronta terceiro CD para abril

J� est� pronto o terceiro �lbum do grupo The Vines. A informa��o foi dada pela pr�pria banda australiana em seu site oficial, no qual j� � poss�vel ouvir faixas como Don't Listen to the Radio. O lan�amento est� agendado para abril. Gross Out foi a m�sica eleita para ser o primeiro single do sucessor de Winning Days (2004). O novo disco foi gravado, mixado e masterizado em Sidney, na Austr�lia. Aos f�s interessados, o endere�o do site oficial do quarteto � http://www.thevines.com - basta um clique para ouvir as duas m�sicas novas do grupo.
Ter�a-feira, Fevereiro 07, 2006

D�lcio entra em est�dio por novo selo

Principal parceiro de Ivone Lara, D�lcio Carvalho (foto) voltou aos est�dios ap�s hiato de quatro anos. O compositor prepara CD pelo mais novo selo do mercado fonogr�fico, Olho do Tempo, que tem como s�cios o cantor e compositor Agenor de Oliveira, o m�sico Eduardo Neves (do grupo Pagode Jazz Sardinha's Club), o violonista Rog�rio Souza (do grupo N� em Pingo D'�gua) e o pianista e compositor Carlos Fuchs, engenheiro de som e dono do est�dio Tenda da Raposa.

Al�m do disco de D�lcio Carvalho, j� est� em produ��o um tributo ao violonista Carlinhos Leite, hoje com 82 anos. Um dos fundadores do conjunto �poca de Ouro, Leite vai tocar em sete faixas do CD. Mas o primeiro pacote de lan�amentos do selo re�ne discos de seus s�cios Agenor de Oliveira (� Banto), Carlos Fuchs (Fossa Nova, gravado com o cantor Marcos Sacramento) e Eduardo Neves (Gafieira de Bolso, o primeiro trabalho solo de Edu, que tem arranjos e produ��o musical de Rog�rio Souza).

'Matrizes' reergue a ponte �frica-Brasil

Resenha de CD
T�tulo: Matrizes
Artista: Cl�udio Jorge & Luiz Carlos da Vila
Gravadora: Selo R�dio MEC
Cota��o: * * * *

"Este CD � a nossa amizade em forma de arte", versa bonito Cl�udio Jorge num dos improvisos do partido alto Das Origens, de autoria de Luiz Carlos da Vila, seu amigo e parceiro neste primoroso Matrizes, disco lan�ado comercialmente esta semana depois de ter sido distribu�do como brinde de uma empresa no fim do ano passado. No caso, as matrizes s�o os ritmos afros que serviram de molde para a formata��o da m�sica brasileira. "Salve as nossas ra�zes africanas", canta a dupla no belo samba que abre o CD, O Daqui, o Dali e o de L�, em que a dupla de bambas cariocas pede passagem para montar seu mosaico de ritmos nacionais, j� citados no criativo arranjo.

Matrizes tem o samba como base, mas exp�e as diferentes matizes da m�sica negra brasileira, do maracatu (num pot-pourri que conta com a ades�o do grupo Rio Maracatu) � congada (Congada de S�o Benedito, de Cl�udio Jorge e Nei Lopes), passando pelo jongo (Jongo da Serra) e pelo toque da capoeira em Camafeu, faixa que traz o vocal orgulhoso de seu autor, Martinho da Vila.

Numa esp�cie de viagem musical pela diversidade dos sons brasileiros, a dupla de compositores cariocas - ambos ligados ao samba e ao partido alto - transita ainda por ritmos como samba-de-roda (Camisa Molhada, do baiano Riach�o), bai�o (Pau-de-Arara), boi do Maranh�o (na inventiva releitura de O Canto da Ema que real�a a origem maranhense do compositor Jo�o do Vale) e ijex� (Negrume da Noite, normalmente cantado no compasso do samba-reggae por int�rpretes como Margareth Menezes e Virg�nia Rodrigues).

A emocionante recria��o de Negrume da Noite em ritmo de ijex� exemplifica a espiritualidade ancestral que exala das 14 faixas deste disco t�o oportuno que fecha em grande estilo com Singrando em Mares Navios, samba-enredo que ajuda o disco a reerguer a ponte �frica-Brasil - essencial para a devida compreens�o das origens da m�sica do nosso pa�s.

Mayer quer estreitar la�os com o blues

No disco que lan�ou no ano passado com seu trio (Try, rec�m-editado no Brasil pela Sony & BMG), John Mayer (foto) se aproximou do blues e se distanciou da can��o pop mais tradicional. � este caminho menos comercial que o compositor e int�rprete do hit Your Body Is a Wonderland vai seguir em seu terceiro disco solo, Continuum.

A op��o do guitarrista por uma m�sica menos radiof�nica j� se reflete nas vendagens dos discos de Mayer. Enquanto Heavier Things (2003) contabilizou mais de 2,6 milh�es de c�pias nos Estados Unidos, Try (2005) estacionou em 228 mil unidades.

CD re�ne as can��es de Ivan e Vi�fora

Editado no Jap�o no ano passado, o CD Nossas Can��es - A Parceria de Ivan Lins & Celso Vi�fora (capa � direita) est� sendo lan�ado esta semana no Brasil, com distribui��o da EMI. Os parceiros apresentam tr�s m�sicas in�ditas. As novidades s�o Duas e Quinze (samba feito em tributo a S�o Paulo), Encontro dos Rios (tema feito por Ivan para a trilha do filme Dois C�rregos e letrado posteriormente por Vi�fora) e Todomundo, m�sica inicialmente intitulada Esporte Clube Todomundo. H� tamb�m regrava��es in�ditas de A Cor do P�r-do-Sol (lan�ada por Ivan e recriada no CD em dueto pelos autores) e Deus de Deus (m�sica apenas de Vi�fora, solada por Ivan). Completam o repert�rio fonogramas (Emoldurada, Diploma��o, Veneziana, Atl�ntida, Rio de Maio, Nada sem Voc�) extra�dos dos dois �ltimos �lbuns de Vi�fora.

Estr�ia solo de Antunes volta em kit

Primeiro trabalho solo de Arnaldo Antunes, lan�ado em 1993, Nome volta ao mercado em kit de CD e DVD. Editado originalmente no formato de VHS, o v�deo foi remixado, remasterizado e teve restauradas as imagens de seus 30 clipes. Nos extras, h� as letras (em portugu�s, ingl�s e espanhol) dos 30 poemas que inspiraram os clipes.

Nome foi o trabalho mais experimental da discografia solo de Antunes e, na �poca, rendeu tamb�m um livro. Tinha fortes liga��es com a poesia concreta. Aos poucos, o som do cantor foi adquirindo um tom pop que ainda n�o existia em Nome. Ent�o iniciando uma parceria com Antunes que iria se solidificar ao longo dos anos, Marisa Monte participa de Alta Noite, Carnaval, Cultura e Direitinho.
Segunda-feira, Fevereiro 06, 2006

DVD de Ferdinand sai no Brasil em abril

A gravadora Trama anunciou hoje o lan�amento, em abril, do primeiro DVD do Franz Ferdinand, Live (capa � direita). Fora os extras, que incluem karok�s e document�rio sobre a turn� do grupo escoc�s, o DVD duplo re�ne 45 n�meros de shows feitos pela banda em cidades de pa�ses como B�lgica, Esc�cia, Estados Unidos (Los Angeles e S�o Francisco) e Inglaterra. No repert�rio, m�sicas como Your Diary, Take me out, Auf Achse, Michael, This Fire e Jacqueline.

Vida de Marvin Gaye vai virar filme

A vida atribulada de Marvin Gaye (1939 - 1984) daria um filme. E Hollywood -que tem apostado em cinebiografias de falecidos �dolos da m�sica depois do sucesso de Ray, longa-metragem sobre a trajet�ria folhetinesca de Ray Charles - percebeu isso. Enquanto o cantor de country Johnny Cash tem sua carreira e seu casamento com a cantora June Carter retratados em Walk the Line (Johnny & June, no t�tulo brasileiro), a capital mundial do cinema se prepara para p�r na tela os anos finais de Gaye, assassinado em 1984 por seu pr�prio pai.

Ainda sem previs�o de estr�ia, o filme vai se chamar Sexual Healing - nome do �ltimo grande sucesso do cantor, de 1982 - e ser� protagonizado pelo ator Jesse L Martin, escolhido para encarnar o lend�rio e temperamental astro do soul. Outro projeto cinematogr�fico envolvendo biografias musicais � o filme sobre a vida de Nina Simone, que ser� interpretada na tela por Mary J. Blige.

DVD de �udio insatisfat�rio apresenta Santana em programa de TV de 2002

Resenha de DVD
T�tulo: Live by Request
Artista: Carlos Santana
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * *

A gravadora Sony & BMG est� editando no Brasil um DVD de Carlos Santana, Live by Request (capa � esquerda), no embalo da vinda do guitarrista mexicano ao Brasil, em mar�o, para tr�s shows agendados em Porto Alegre (dia 15, no gin�sio do Gigantinho), S�o Paulo (dia 17, no est�dio do Anhembi) e Rio de Janeiro (dia 18, na Pra�a da Apoteose). A grava��o faz parte de cole��o captada em programa de TV - no caso do v�deo do m�sico, em outubro de 2002. Mas o DVD n�o est� � altura do artista. Primeiro, pela qualidade do som. N�o h� �udio 5.1, o que reduz sensivelmente o valor do DVD para quem tem um home theather. Segundo, pela edi��o econ�mica, sem extras. O conte�do se resume aos 11 n�meros apresentados por Santana no programa. Sim, alguns de seus grandes sucessos - Smooth (com ades�o de Rob Thomas, o cantor do grupo Matchbox Twenty), Black Magic Woman e Oye Como Va - est�o l�. Mesmo com �udio insatisfat�rio, o som que se ouve � azeitado. A banda mostra entrosamento. Mas Santana merece um DVD de edi��o mais caprichada.

Skank grava sexta parceria de Samuel e Nando em CD que ter� pegada roqueira

O Skank (foto) incluiu no repert�rio de seu s�timo disco de in�ditas - em fase de grava��o, em Belo Horizonte (BH) - nova parceria de Samuel Rosa com Nando Reis. � a sexta vez que o grupo grava uma m�sica feita por seu vocalista e guitarrista com o ex-tit�. A parceria de Samuel e Nando j� rendeu m�sicas como � uma Partida de Futebol (hit do CD Samba Pocon�), Resposta (a balada de Siderado que sinalizou a virada do quarteto rumo a um som mais mel�dico), Ali (faixa do disco Maquinarama), Dois Rios (um dos sucessos de Cosmotron, criado pela dupla com L� Borges) e Onde Est�o? (faixa in�dita da primeira compila��o da banda, Radiola). Em tempo: o novo disco do Skank ter� forte pegada roqueira.

Coldplay disponibiliza remixes de 'Talk'

O grupo ingl�s Coldplay j� disponibilizou para download em seu site oficial dois remixes de Talk, m�sica do �ltimo �lbum da banda, X & Y. Os dois remixes, Thin White Duke Remix (feito pelo produtor Stuart Price) e Francois K Dub, foram lan�ados no novo single (� direita) do grupo, � venda somente no exterior, com capa similar � de X & Y. O endere�o do site oficial do Coldplay �: http://www.coldplay.com
Domingo, Fevereiro 05, 2006

CD orquestral de Costello ganha b�nus

Uma reedi��o turbinada do �lbum The Juliet Letters (capa � esquerda) - lan�ado originalmente em 1993 por Elvis Costello em parceria com o The Brodsky Quartet - chegar� �s lojas dos Estados Unidos e da Europa entre 2o e 21 de mar�o. Este trabalho orquestral de Costello com o quarteto de cordas voltar� ao cat�logo em formato de disco duplo. O primeiro CD traz a vers�o remasterizada do �lbum original. O segundo vem com faixas-b�nus raras e/ou in�ditas. Entre os b�nus, h� releituras de m�sicas de Tom Waits (More than Rain) e Beach Boys (God Only Knows) - extra�das dos shows promocionais do disco. Outro b�nus, in�dito, � uma regrava��o de Pills and Soap, tema do pr�prio Costello, captada em 1995 num festival de Londres.

James Taylor comp�e para novo �lbum

�dolo popular nos anos 70 por conta de suas can��es agridoces, o cantor e compositor James Taylor (foto) j� come�ou a criar o repert�rio de seu novo �lbum. O autor e int�rprete de sucessos como You've Got a Friend e Fire and Rain j� trabalha na finaliza��o de cinco m�sicas. O disco ser� seu primeiro trabalho desde October Road, t�tulo de 2002 que encerrou seu contrato com o selo Columbia, ligado � major Sony & BMG.

Sony colhe frutos da aposta em Vanessa

A volta consagradora do show Essa Boneca Tem Manual ao Rio de Janeiro - em festiva e lotada apresenta��o �nica no Canec�o (RJ), na sexta-feira, 3 de fevereiro - ratificou o momento especial por que passa Vanessa da Mata (na foto, em clique de Leonardo Aversa) e provou que um bom remix, aliado ao poder de uma gravadora major, ainda tem bala na agulha para projetar uma artista em escala nacional.

Justi�a seja feita: a Sony & BMG n�o desistiu da cantora mato-grossense e colhe merecidamente os frutos por seu investimento e por sua aposta dedicada. O CD Essa Boneca Tem Manual foi lan�ado em meados de 2004. Foram precisos dois anos e quatro faixas trabalhadas pela gravadora - Ainda Bem, M�sica, Eu Sou Neguinha? e Ai, Ai, Ai... - para que Vanessa realmente virasse um sucesso popular: amplo, geral e irrestrito.

Cr�ticos de m�sica (como o colunista) tendem a endeusar os selos independentes e a "demonizar" as gravadoras multinacionais. Mas � ineg�vel o trabalho persistente da equipe da Sony para estourar Vanessa. A primeira m�sica de trabalho, Ainda Bem, tocou bem, mas n�o chegou a ser de fato um hit. Bola na trave. A segunda, M�sica, tamb�m n�o empolgou nas r�dios. Bola na trave. A terceira - a excelente releitura de Eu Sou Neguinha?, m�sica lan�ada por seu autor Caetano Veloso em 1987 - ganhou clipe caprichado, mas tampouco chegou a acontecer fora do circuito que j� conhecia e consumia o som de Vanessa. Bola na trave. A� vieram os remixes de Ai, Ai, Ai... - cinco, no total. Um deles, Deep Lick R�dio Mix, foi parar na trilha da novela Bel�ssima com expressiva execu��o e, logo em seguida, invadiu as r�dios. Gol!!!!!!!!!! Gol de placa!!!!!!!!!!!! Vanessa � um sucesso. Como ela sempre sonhou - e como chegou a admitir no palco do Canec�o diante de uma plat�ia absolutante seduzida por sua alegre e jovial presen�a de palco - desde seu primeiro disco, Vanessa da Mata, obra-prima de 2002 que rendeu um hit tardio, N�o me Deixe S�, hoje obrigat�rio nas apresenta��es da artista.

Tudo isso � para dizer que o sucesso de Vanessa da Mata � fruto de seu talento, mas tamb�m da persist�ncia e dos m�todos de uma gravadora multinacional - no caso, a Sony & BMG. Talento sem marketing costuma ser admirado por poucos. E isso � regra desde o come�o da ind�stria fonogr�fica, quando a palavra marketing ainda nem constava dos dicion�rios.

P.S. O disco Essa Boneca Tem Manual tem Liminha demais. Mas o show Essa Boneca Tem Manual tem Fernando Catatau demais. E o guitarrista do grupo Cidad�o Instigado fez um bem danado ao som de Vanessa da Mata...

Lisa Ono canta boleros em bossa nova

Cantora brasileira criada em Tokyo, Lisa Ono (foto) re�ne alguns boleros cl�ssicos em s�rie de tr�s CDs intitulada Romance Latino e gravada para o Jap�o. O primeiro volume, Los Boleros al Estilo de Bossanova, sai este no mercado nacional, licenciado pela Deckdisc. O subt�tulo j� d� a pista do conte�do do disco, cujo repert�rio inclui boleros do quilate de Frenes� e Quiz�s, Quiz�s, Quiz�s, al�m de uma composi��o de Ono, Sue�o Cristalino. Os outros dois volumes ser�o lan�ados no Brasil ao longo do ano. O segundo, apesar do subt�tulo Baladas Rom�nticas al Ritmo de Bossanova, traz tamb�m standards do bolero como Tu mi Delirio, Eclipse e Solamente una Vez. O volume tr�s se chama Cuba Caliente y su Ritmo Sabroso.

Fernanda Porto entra na roda viva da folia baiana para reler Chico Buarque

Fernanda Porto sobe no trio el�trico de Daniela Mercury para mostrar sua releitura eletr�nica de Roda Viva (Chico Buarque, 1968) � multid�o que brinca o Carnaval nas ruas de Salvador (BA). A imagem est� no extra Trio Eletr�nico do terceiro DVD de Daniela, Baile Barroco (capa � direita), gravado na folia baiana de 2005 com c�meras de alta defini��o e rec�m-lan�ado com tiragem inicial de 20 mil c�pias. O curioso � que, em algumas faixas de seu primeiro disco, Fernanda j� evocava o estilo de Daniela.
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