Sábado, Abril 22, 2006
Sexta-feira, Abril 21, 2006
Quinta-feira, Abril 20, 2006
Quarta-feira, Abril 19, 2006
Terça-feira, Abril 18, 2006
Segunda-feira, Abril 17, 2006
Domingo, Abril 16, 2006
A informação é extra-oficial, mas Encontro das Águas é o provável título do disco conceitual que Maria Bethânia (foto) está gravando no estúdio da Biscoito Fino e que tem a água como fio condutor. Certa é a inclusão no repertório de Eu e Água, a música que Caetano Veloso deu para a cantora gravar em seu disco Maria, de 1988. Certo também é o pedido de Bethânia ao compositor Totonho Villeroy - autor de vários sucessos de Ana Carolina - para que ele faça música sobre o tema.
Universal contrata grupo carioca Moptop
Sucesso no circuito indie, o quarteto carioca Moptop (na foto, em clique de Hendrik-Jan Monshower) acaba de ser contratado pela gravadora Universal. Depois de algumas demos, o grupo gravou seu primeiro CD oficial no estúdio Lontra Music, no Rio, com músicas como O Rock Já Acabou (cujo clipe já roda na MTV), Paris, Moon Rock e Adeus.
Criado em 2003, o Moptop é formado por Gabriel Marques (voz e guitarra), Daniel Campos (baixo), Rodrigo Curi (guitarra) e Mário Mamede (bateria). A voz de Gabriel - também o principal compositor da banda - lembra a do hermano Rodrigo Amarante. Já o rock indie do grupo evoca por vezes o som do Strokes.
A contratação do Moptop pela Universal acontece poucos meses depois de a concorrente Sony & BMG ter adquirido o passe do grupo paulista Luxúria, que acaba de lançar seu primeiro CD.
Criado em 2003, o Moptop é formado por Gabriel Marques (voz e guitarra), Daniel Campos (baixo), Rodrigo Curi (guitarra) e Mário Mamede (bateria). A voz de Gabriel - também o principal compositor da banda - lembra a do hermano Rodrigo Amarante. Já o rock indie do grupo evoca por vezes o som do Strokes.
A contratação do Moptop pela Universal acontece poucos meses depois de a concorrente Sony & BMG ter adquirido o passe do grupo paulista Luxúria, que acaba de lançar seu primeiro CD.
Trilha de 'Noviça Rebelde' volta às lojas
Com um ano de atraso, a gravadora Sony & BMG vai lançar no mercado nacional, em maio, a edição comemorativa dos 40 anos da trilha do filme A Noviça Rebelde, estreado em 1965. Turbinado com faixas-bônus, inclusive com entrevistas, o CD Música no Coração (capa à esquerda) traz na capa a clássica foto da atriz Julie Andrews na montanha onde a personagem-título canta temas como The Sound of Music. A trilha de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein rendeu obras-primas como Edelweiss, Do-Re-Mi e My Favourite Things.
Coletânea reúne 18 hits de Roberta Flack
A Warner Music lança, ainda em abril, bem-vinda coletânea de uma das cantoras americanas mais inspiradas dentre as reveladas nos anos 70. The Very Best of Roberta Flack (capa à direita) reúne 18 sucessos da artista. Os mais importantes são Killing me Softly with his Song, First Time I Ever Saw your Face, The Closer I Get to You (grande hit das FMs nacionais em fins dos anos 70) e Tonight I Celebrate my Love (popularizada no Brasil em 1983 na trilha internacional da novela Eu Prometo). Uma compilação de Roberta Flack fazia falta no mercado.
Quinto de Bruno & Marrone é reeditado
Dupla sertaneja que mais vende CDs no Brasil nos últimos três anos, Bruno & Marrone tem reeditado pela gravadora Sony & BMG o quinto álbum de sua discografia, Cilada de Amor (capa à esquerda), lançado originalmente em 1998. O repertório inclui músicas como Agarrada em mim, Bar Solidão e Vida Vazia.
Em tempo: a dupla grava novo projeto ao vivo na próxima quinta-feira, 27 de abril, em Goiânia (GO), com a adesão de Cláudia Leite. O repertório é majoritariamente inédito.
Em tempo: a dupla grava novo projeto ao vivo na próxima quinta-feira, 27 de abril, em Goiânia (GO), com a adesão de Cláudia Leite. O repertório é majoritariamente inédito.
Whitney Houston foi do céu ao inferno
Quem conhece a trajetória fulminante de Whitney Houston rumo ao estrelato, iniciada em 1985 com o lançamento de seu primeiro álbum, fica inevitavelmente triste e chocado com a decadência da cantora - visível já nas fotos que circulam atualmente pela internet e que atestam o estado lamentável a que a artista chegou por conta da dependência de drogas. Sobrinha de Dionne Warwick, cantora essencial para a consolidação da música pop radiofônica nos anos 60, Whitney foi dona de uma das vozes mais potentes do século 20. Seu início de carreira foi impactante, tendo vendido milhões de discos para um público que adora ouvir baladas cantadas por intérpretes de vozes extensas. The Greatest Love of All, Didn't We Almost Have It All?, I Will Always Love You, Run to You... Foram muitas as canções enobrecidas pelo vozeirão de Whitney, entronizada imediatamente no olimpo das grandes cantoras norte-americanas.
Como ela pôde ter ido tão rapidamente do céu ao inferno? É difícil identificar e julgar as razões que levam um artista a mergulhar nas drogas de forma tão suicida. Pressões do sucesso? Todos sofrem e muitos passam ao largo de drogas. Problemas pessoais? Todos têm e nem por isso começam a se drogar. O fato é que, profissionalmente, poucos subiram ao céu como Whitney Houston. Ela não precisou esperar para fazer sucesso. Dominou as paradas americanas - e, por tabela, as mundiais - logo com seu primeiro álbum. O segundo foi igualmente bem-sucedido. E a trilha de O Guarda-Costas - filme no qual despontou como atriz - foi recorde de vendas no gênero. Nada parecia deter sua trajetória sempre ascendente. Mas, ao longo dos anos 90, ela começou progressivamente a emplacar menos hits e a vender menos discos. Aos poucos, a mídia foi revelando seus problemas com as drogas e, quase com a mesma rapidez com que subiu aos céus, Whitney Houston desceu ao inferno da dependência química pesada. É triste! A perda já é grande, mas é preciso torcer para que sua voz imensa não se cale para sempre...
Como ela pôde ter ido tão rapidamente do céu ao inferno? É difícil identificar e julgar as razões que levam um artista a mergulhar nas drogas de forma tão suicida. Pressões do sucesso? Todos sofrem e muitos passam ao largo de drogas. Problemas pessoais? Todos têm e nem por isso começam a se drogar. O fato é que, profissionalmente, poucos subiram ao céu como Whitney Houston. Ela não precisou esperar para fazer sucesso. Dominou as paradas americanas - e, por tabela, as mundiais - logo com seu primeiro álbum. O segundo foi igualmente bem-sucedido. E a trilha de O Guarda-Costas - filme no qual despontou como atriz - foi recorde de vendas no gênero. Nada parecia deter sua trajetória sempre ascendente. Mas, ao longo dos anos 90, ela começou progressivamente a emplacar menos hits e a vender menos discos. Aos poucos, a mídia foi revelando seus problemas com as drogas e, quase com a mesma rapidez com que subiu aos céus, Whitney Houston desceu ao inferno da dependência química pesada. É triste! A perda já é grande, mas é preciso torcer para que sua voz imensa não se cale para sempre...
'Samba do Trabalhador' chega ao DVD
No embalo das comemorações pelo Dia do Trabalho, em 1º de maio, a gravadora Lua vai pôr nas lojas o DVD Samba do Trabalhador, com o registro da gravação ao vivo do CD homônimo, editado no ano passado. A foto acima capta o clima da gravação da popular roda de samba armada às segunda-feiras e aos sábados no Clube Renascença, no Andaraí, bairro da Zona Norte do Rio. Além de trazer depoimentos de participantes como Luiz Carlos da Vila e Moacyr Luz, o DVD apresenta artistas que ficaram de fora do CD - casos de Diogo Nogueira (o filho de João Nogueira revive seu pai com O Poder da Criação) e de Tia Surica (intérprete de Traíra Comeu Parente).
Joyce explica sua harmonia com Dori
Produzido em 2005 sob encomenda para dois selos estrangeiros (o inglês FarOut e o japonês JVC), o CD Rio-Bahia - o primeiro gravado por Joyce com Dori Caymmi - está sendo editado no Brasil pela Biscoito Fino. A faixa-título, composta por Joyce, brinca com estereótipos dos dois pólos musicais brasileiros que inspiraram o repertório. Entre as novidades, E Era Copacabana (a primeira parceria de Joyce com Carlos Lyra, de versos masculinos cantados por Dori) e Fora de Hora (a primeira parceria de Dori com Chico Buarque, de versos femininos cantados por Joyce).
Há ainda parcerias de Dori com Paulo César Pinheiro (Jogo de Cintura, Mercador de Siri, Saudade do Rio, Flor da Bahia), temas de autoria de Joyce (Demorô), um clássico de Dorival Caymmi (Saudade da Bahia) e outro de Baden Powell e Vinicius de Moraes (Pra que Chorar?). O encarte do CD traz um texto assinado por Joyce em que a artista explica com orgulho suas afinidades com Dori Caymmi, o arranjador de seu primeiro disco.
Eis o texto, na íntegra:
"Loucos por harmonia, somos irmãos na música, sonhamos na juventude os mesmos sonhos, ouvimos os mesmos discos e aqui estamos reunidos outra vez, anos e anos depois do meu primeiro disco (Joyce, de 1968), para o qual ele escreveu os arranjos de cordas.
Daí pra frente nasceu uma amizade regada a Bill Evans, Johnny Mandel, Tom Jobim, Ravel, Debussy e muitos, mas muitos mesmo, acordes. Fazemos parte de um clube invisível de gente que ama harmonia. Nesse ponto, Dori foi e é um dos meus mestres, mesmo que às vezes não se dê conta disso. Foi ele quem me ensinou a ouvir uma orquestração nos mínimos detalhes, a brincar com as inversões nas regiões mais altas do violão, a gostar ainda mais do que eu já gostava - só que, desta vez, gostar compreendendo.
Eu, nos meus 20 anos, feito uma esponja, absorvendo e aprendendo, nas reuniões na casa dele no Jardim Botânico ou nas casas de nossos mestres comuns, Tom, Vinicius e Luizinho Eça. Belo Rio de Janeiro, belo anos 60 / 70. A mistura das nossas vozes já havia sido testada antes em meu CD Astronauta, de 1998. Como é bom saber tocar um instrumento... e como é bom cantar com alguém com quem a gente se entende na música quase por telepatia.
Quando surgiu a sugestão de gravarmos juntos, não havia ainda um "conceito" para o CD. O conceito seria simplesmente o encontro da gente. Aos poucos, a idéia "Rio-Bahia" foi tomando forma, pela cara e temática das canções: somos ambos apaixonadamente cariocas, que vivemos com nossa geração a fase mais esplendorosa do Rio. Mas também temos, cada um de nós, um pé na Bahia - eu por ser casada com um baiano, Tutty Moreno; Dori (que nossa turma chamava de "baiano" nos anos 60 e que agora é baiano de verdade, rebocado e certificado por decreto), por ser filho de Dorival Caymmi, o homem que, com Jorge Amado, inventou a Bahia. As canções falam destes lugares amados, berços da música brasileira, aquarelas do Brasil".
Joyce
Há ainda parcerias de Dori com Paulo César Pinheiro (Jogo de Cintura, Mercador de Siri, Saudade do Rio, Flor da Bahia), temas de autoria de Joyce (Demorô), um clássico de Dorival Caymmi (Saudade da Bahia) e outro de Baden Powell e Vinicius de Moraes (Pra que Chorar?). O encarte do CD traz um texto assinado por Joyce em que a artista explica com orgulho suas afinidades com Dori Caymmi, o arranjador de seu primeiro disco.
Eis o texto, na íntegra:
"Loucos por harmonia, somos irmãos na música, sonhamos na juventude os mesmos sonhos, ouvimos os mesmos discos e aqui estamos reunidos outra vez, anos e anos depois do meu primeiro disco (Joyce, de 1968), para o qual ele escreveu os arranjos de cordas.
Daí pra frente nasceu uma amizade regada a Bill Evans, Johnny Mandel, Tom Jobim, Ravel, Debussy e muitos, mas muitos mesmo, acordes. Fazemos parte de um clube invisível de gente que ama harmonia. Nesse ponto, Dori foi e é um dos meus mestres, mesmo que às vezes não se dê conta disso. Foi ele quem me ensinou a ouvir uma orquestração nos mínimos detalhes, a brincar com as inversões nas regiões mais altas do violão, a gostar ainda mais do que eu já gostava - só que, desta vez, gostar compreendendo.
Eu, nos meus 20 anos, feito uma esponja, absorvendo e aprendendo, nas reuniões na casa dele no Jardim Botânico ou nas casas de nossos mestres comuns, Tom, Vinicius e Luizinho Eça. Belo Rio de Janeiro, belo anos 60 / 70. A mistura das nossas vozes já havia sido testada antes em meu CD Astronauta, de 1998. Como é bom saber tocar um instrumento... e como é bom cantar com alguém com quem a gente se entende na música quase por telepatia.
Quando surgiu a sugestão de gravarmos juntos, não havia ainda um "conceito" para o CD. O conceito seria simplesmente o encontro da gente. Aos poucos, a idéia "Rio-Bahia" foi tomando forma, pela cara e temática das canções: somos ambos apaixonadamente cariocas, que vivemos com nossa geração a fase mais esplendorosa do Rio. Mas também temos, cada um de nós, um pé na Bahia - eu por ser casada com um baiano, Tutty Moreno; Dori (que nossa turma chamava de "baiano" nos anos 60 e que agora é baiano de verdade, rebocado e certificado por decreto), por ser filho de Dorival Caymmi, o homem que, com Jorge Amado, inventou a Bahia. As canções falam destes lugares amados, berços da música brasileira, aquarelas do Brasil".
Joyce
Chico César grava DVD em São Paulo
Contratado da Biscoito Fino, Chico César (foto) vai gravar, enfim, seu primeiro DVD. O registro em vídeo será feito nos três shows que o cantor e compositor vai apresentar no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, de hoje (sexta-feira, 21 de abril) a domingo. O recital tem roteiro baseado no repertório do sexto CD do artista, De Uns Tempos pra Cá, gravado com o Quinteto da Paraíba e produzido por Lenine em parceria com o próprio Chico. O Quinteto da Paraíba, aliás, estará acompanhando o cantor na minitemporada paulista.
Cambada Mineira vai de Milton a Skank
Formado em 1998 por mineiros radicados no Rio de Janeiro, o grupo Cambada Mineira gira em torno da produção musical das Geraes em seu novo disco, Meu Recado (capa à direita). Produzido por Luis Filipe de Lima, o CD reúne convidados como Wagner Tiso, Toninho Horta, Zé Renato, Victor Biglione e Simone Guimarães. O repertório vai de sucessos de Milton Nascimento (Clube da Esquina II, Canção da América, Cavaleiros do Céu, Caçador de mim) a hit do Skank (Resposta), passando por temas de autoria de músicos do grupo (São João Del Rey, Cateretê). A curiosidade é Cachorro Urubu, lado B da obra do baiano Raul Seixas.
Ângela RoRo assina com a Indie Records
Sem gravar desde 2000, quando lançou o disco Acertei no Milênio pela Jam Music, Ângela RoRo (foto) vai voltar ao mercado fonográfico ainda este ano. A cantora e compositora vai assinar contrato com a Indie Records na próxima semana. O projeto da companhia é lançar um álbum de inéditas de RoRo e - logo em seguida - um DVD (o primeiro da artista) com o registro de um show da autora de Só nos Resta Viver e Fogueira, entre outros sucessos.
Fafá realça a dramaticidade de Chico
Resenha de Show
Título: Tanto Mar
Artista: Fafá de Belém
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: De 20 a 22 de abril, às 19h30m
Cotação: * * *
O CD Tanto Mar - Fafá de Belém Canta Chico Buarque representou um upgrade na discografia da artista. Nem o lançamento de um álbum classudo como Maria de Fátima Palha de Figueiredo (2000), na frustrante passagem da cantora pela Warner Music, conseguira tirar o ranço brega do repertório de Fafá. Afinal, foram anos de dedicação a um cancioneiro de cunho mais popularesco. Em que pese o horrendo projeto gráfico, Tanto Mar se impôs pelo repertório irretocável e por uma produção de bom gosto que reuniu músicos do primeiro time em arranjos que fugiram do som padronizado da música romântica.
No show da turnê nacional que promove o disco há um ano, em cartaz no Teatro Rival (RJ) de hoje a sábado, Fafá realça a dramaticidade natural das músicas de Chico. Suas interpretações, mais intensas que as registradas no CD, cresceram ao longo da estrada - como ficou claro em recente apresentação no Canecão (RJ), em 4 de abril (na foto de Cristina Granato, Fafá em cena no show). É visível o entrosamento da cantora com a banda formada por, entre outros, João Rebouças (piano), Bruce Henry (baixo) e Ricardo Costa (bateria).
Curiosamente, dois grandes momentos do show não vieram do CD. Construção (1971), em arranjo jazzy, é descontruída pela artista em interpretação demolidora. Eu te Amo (1980) foi gravada posteriormente para a trilha da novela Prova de Amor, mas teria valorizado - e muito - o disco, pois a canção de Chico e Tom Jobim cai perfeitamente bem no tom derramado de Fafá. Assim como o set português com Tanto Mar (1976/1978) e Fado Tropical (1972/1973) - perfeitamente coerente com a trajetória de uma artista famosa na Terrinha a ponto de ter gravado um disco de fados. É o momento em que se destaca o virtuoso Pedro Jóia no violão e no alaúde.
Sob Medida (1979), já no bis, peca pelo excesso de caras e bocas. Já o medley que une Angélica (1977) e Mulheres de Atena (1976) ganha no palco a força apenas ensaiada no disco. Quanto mais teatrais são as músicas, casos de Gota d'Água (1975) e Bastidores (1980), mais Fafá arrebata seu público - habituado a canções sentimentais. Até porque a cantora continua em forma vocal. Ela ainda não precisa baixar o tom como umas e outras...
Título: Tanto Mar
Artista: Fafá de Belém
Local: Teatro Rival (RJ)
Data: De 20 a 22 de abril, às 19h30m
Cotação: * * *
O CD Tanto Mar - Fafá de Belém Canta Chico Buarque representou um upgrade na discografia da artista. Nem o lançamento de um álbum classudo como Maria de Fátima Palha de Figueiredo (2000), na frustrante passagem da cantora pela Warner Music, conseguira tirar o ranço brega do repertório de Fafá. Afinal, foram anos de dedicação a um cancioneiro de cunho mais popularesco. Em que pese o horrendo projeto gráfico, Tanto Mar se impôs pelo repertório irretocável e por uma produção de bom gosto que reuniu músicos do primeiro time em arranjos que fugiram do som padronizado da música romântica.
No show da turnê nacional que promove o disco há um ano, em cartaz no Teatro Rival (RJ) de hoje a sábado, Fafá realça a dramaticidade natural das músicas de Chico. Suas interpretações, mais intensas que as registradas no CD, cresceram ao longo da estrada - como ficou claro em recente apresentação no Canecão (RJ), em 4 de abril (na foto de Cristina Granato, Fafá em cena no show). É visível o entrosamento da cantora com a banda formada por, entre outros, João Rebouças (piano), Bruce Henry (baixo) e Ricardo Costa (bateria).
Curiosamente, dois grandes momentos do show não vieram do CD. Construção (1971), em arranjo jazzy, é descontruída pela artista em interpretação demolidora. Eu te Amo (1980) foi gravada posteriormente para a trilha da novela Prova de Amor, mas teria valorizado - e muito - o disco, pois a canção de Chico e Tom Jobim cai perfeitamente bem no tom derramado de Fafá. Assim como o set português com Tanto Mar (1976/1978) e Fado Tropical (1972/1973) - perfeitamente coerente com a trajetória de uma artista famosa na Terrinha a ponto de ter gravado um disco de fados. É o momento em que se destaca o virtuoso Pedro Jóia no violão e no alaúde.
Sob Medida (1979), já no bis, peca pelo excesso de caras e bocas. Já o medley que une Angélica (1977) e Mulheres de Atena (1976) ganha no palco a força apenas ensaiada no disco. Quanto mais teatrais são as músicas, casos de Gota d'Água (1975) e Bastidores (1980), mais Fafá arrebata seu público - habituado a canções sentimentais. Até porque a cantora continua em forma vocal. Ela ainda não precisa baixar o tom como umas e outras...
Céu canta no segundo CD do Mombojó
O segundo álbum do grupo pernambucano Mombojó (foto), Homem-Espuma, tem lançamento previsto para maio pela gravadora Trama. A cantora Céu participa de Tempo de Carne e Osso, uma das 14 músicas inéditas do disco, produzido por Daniel Ganjaman e Lúcio Maia (da Nação Zumbi). O sucessor de Nada de Novo (2004) traz também Tom Zé na faixa Realismo Convincente. Já DJ Marcelinho da Lua e Fernando Catatau são os convidados de Swinga.
Violão de Becker capta espírito do choro
Resenha de CD
Título: Um Violão na Roda de Choro
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Integrante do Trio Madeira Brasil, o violonista Zé Paulo Becker vem se destacando na carreira individual. Seu terceiro disco solo, Um Violão na Roda de Choro, exibe o mesmo alto nível de Lendas Brasileiras e Sob o Redentor. A idéia - explica o músico no encarte - foi reunir músicas autorais que possam ser tocadas numa roda de choro, com o violão desempenhando o papel melódico normalmente relegado a instrumentos como flauta e clarinete.
Dito e feito. De formação erudita, Becker põe seu exímio violão no centro da roda e toca um repertório que extrapola o universo do choro, incluindo desde um maxixe (Cabritada em Nikiti) até uma valsa brasileira (Serena), letrada por Alfredo Del Penho. A variedade de gêneros acaba realçando o talento do violonista como compositor. Ele mostra inspiração tanto em choros mais tradicionais (basta ouvir Desembestado e Endiabrado, não por acaso dedicado a Jacob do Bandolim) como em temas mais ousados - caso do Choro Bebop, tocado com a liberdade de improviso do jazz. Em qualquer compasso, o violão de Becker capta o espírito do choro.
Título: Um Violão na Roda de Choro
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Integrante do Trio Madeira Brasil, o violonista Zé Paulo Becker vem se destacando na carreira individual. Seu terceiro disco solo, Um Violão na Roda de Choro, exibe o mesmo alto nível de Lendas Brasileiras e Sob o Redentor. A idéia - explica o músico no encarte - foi reunir músicas autorais que possam ser tocadas numa roda de choro, com o violão desempenhando o papel melódico normalmente relegado a instrumentos como flauta e clarinete.
Dito e feito. De formação erudita, Becker põe seu exímio violão no centro da roda e toca um repertório que extrapola o universo do choro, incluindo desde um maxixe (Cabritada em Nikiti) até uma valsa brasileira (Serena), letrada por Alfredo Del Penho. A variedade de gêneros acaba realçando o talento do violonista como compositor. Ele mostra inspiração tanto em choros mais tradicionais (basta ouvir Desembestado e Endiabrado, não por acaso dedicado a Jacob do Bandolim) como em temas mais ousados - caso do Choro Bebop, tocado com a liberdade de improviso do jazz. Em qualquer compasso, o violão de Becker capta o espírito do choro.
Repertório delicioso e produção azeitada sustentam disco solo de Pedro Miranda
Resenha de CD
Título: Coisa com Coisa
Artista: Pedro Miranda
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Integrante do Cordão do Boitatá e do Grupo Semente, Pedro Miranda não é um cantor especialmente imponente. Ao contrário. Sua voz é até trivial. Mas conseguiu fazer um excelente primeiro disco solo, Coisa com Coisa, graças a uma inspirada pesquisa de repertório que lhe possibilitou tirar do baú jóias do alto quilate de Caixa Econômica, parceria de Nássara com Orestes Barbosa.
Escorado na produção eficiente de Paulão Sete Cordas, Miranda passeia por diversas vertentes do samba. Do Recôncavo Baiano, vem a deliciosa e inédita Chula Cortada, de autoria de Roque Ferreira, craque na cadência da região. Das ruas carnavalescas do Rio, o artista pescou a marcha Vírgula, gravada afetivamente com o Cordão do Boitatá.
As surpresas vão se sucedendo. Ora é um Chico Buarque desconhecido (Doze Anos, samba da triha da Ópera do Malandro), ora é uma valsa de Alberto Ribeiro e João de Barro (Ciúme sem Razão), ora é um samba irreverente de Ary Monteiro Zé da Zilda (Dona Joaninha, em dueto afetivo com Teresa Cristina, co-autora de Cumplicidade, um samba amaxixado à moda dos anos 20). Tem até embolada (O Sapo no Caco, de Jararaca).
O samba é o dom de Pedro Miranda, como ele reafirma ao regravar a obra-prima de Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro, O Samba É meu Dom. Daí que o manifesto radicalmente nacionalista de Heitor dos Prazeres em Nada de Rock Rock caiu muito bem em sua voz simpática. É por essas e outras que vale correr atrás de Coisa com Coisa.
Título: Coisa com Coisa
Artista: Pedro Miranda
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Integrante do Cordão do Boitatá e do Grupo Semente, Pedro Miranda não é um cantor especialmente imponente. Ao contrário. Sua voz é até trivial. Mas conseguiu fazer um excelente primeiro disco solo, Coisa com Coisa, graças a uma inspirada pesquisa de repertório que lhe possibilitou tirar do baú jóias do alto quilate de Caixa Econômica, parceria de Nássara com Orestes Barbosa.
Escorado na produção eficiente de Paulão Sete Cordas, Miranda passeia por diversas vertentes do samba. Do Recôncavo Baiano, vem a deliciosa e inédita Chula Cortada, de autoria de Roque Ferreira, craque na cadência da região. Das ruas carnavalescas do Rio, o artista pescou a marcha Vírgula, gravada afetivamente com o Cordão do Boitatá.
As surpresas vão se sucedendo. Ora é um Chico Buarque desconhecido (Doze Anos, samba da triha da Ópera do Malandro), ora é uma valsa de Alberto Ribeiro e João de Barro (Ciúme sem Razão), ora é um samba irreverente de Ary Monteiro Zé da Zilda (Dona Joaninha, em dueto afetivo com Teresa Cristina, co-autora de Cumplicidade, um samba amaxixado à moda dos anos 20). Tem até embolada (O Sapo no Caco, de Jararaca).
O samba é o dom de Pedro Miranda, como ele reafirma ao regravar a obra-prima de Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro, O Samba É meu Dom. Daí que o manifesto radicalmente nacionalista de Heitor dos Prazeres em Nada de Rock Rock caiu muito bem em sua voz simpática. É por essas e outras que vale correr atrás de Coisa com Coisa.
Mesmo com toda aura mítica, 'Tim Maia Racional' resiste a uma audição racional
Resenha de CD
Título: Tim Maia Racional Vol. 1
Artista: Tim Maia
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *
Lançados originalmente em 1975, os dois volumes de Tim Maia Racional são discos mais comentados do que propriamente ouvidos. A aura mítica criada em torno destes álbuns - ambos disputados em sebos em suas versões em vinil e pirateados em CDs - vem do fato de o cantor ter renegado posteriormente este trabalho, idealizado e gravado quando ele pertencia à seita Universo em Desencanto, então comandada pelo guru Manuel Jachinto na Baixada Fluminense (RJ). Tim vivia seu auge artístico ao se tornar adepto da doutrina, em 1974. Ao se desligar da seita, desencantado, o artista destruiu as matrizes dos discos.
Ora reeditado pela Trama com a capa original encoberta por uma luva (foto), o primeiro volume de Tim Maia Racional resiste a uma audição... racional. Então em sua melhor forma vocal, o cantor fez sua pregação em ritmo de muito soul e funk da melhor qualidade. Na época, a obra de Tim ainda não havia sido contaminada pelo vírus brega que a enfraqueceria progressivamente a partir dos anos 80.
É preciso separar letra e música em Tim Maia Racional. O discurso é meio pirado porque construído unicamente para propagar a supremacia do tal "mundo racional" idealizado por Manuel Jachinto. A devoção de Tim era tamanha que ele se dignou a fazer uma música, O Grão Mestre Varonil, somente para exaltar seu guru. Felizmente, algumas letras - em especial, as de Imunização Racional (Que Beleza) e Bom Senso - conseguiram extrapolar o universo da seita e, por isso mesmo, se tornaram mais populares.
Fé cega, instrumental amolado. O funkaço Rational Culture, de quase 12 minutos, é exemplo de que, mesmo dentro da seita, Tim Maia não se desencantou com a soul music que tão bem soube traduzir para o idioma nacional. A oportuna reedição da Trama - produzida a partir da restauração do áudio extraído de uma cópia de vinil - credencia Tim Maia Racional a enfim ser mais ouvido do que comentado.
Título: Tim Maia Racional Vol. 1
Artista: Tim Maia
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *
Lançados originalmente em 1975, os dois volumes de Tim Maia Racional são discos mais comentados do que propriamente ouvidos. A aura mítica criada em torno destes álbuns - ambos disputados em sebos em suas versões em vinil e pirateados em CDs - vem do fato de o cantor ter renegado posteriormente este trabalho, idealizado e gravado quando ele pertencia à seita Universo em Desencanto, então comandada pelo guru Manuel Jachinto na Baixada Fluminense (RJ). Tim vivia seu auge artístico ao se tornar adepto da doutrina, em 1974. Ao se desligar da seita, desencantado, o artista destruiu as matrizes dos discos.
Ora reeditado pela Trama com a capa original encoberta por uma luva (foto), o primeiro volume de Tim Maia Racional resiste a uma audição... racional. Então em sua melhor forma vocal, o cantor fez sua pregação em ritmo de muito soul e funk da melhor qualidade. Na época, a obra de Tim ainda não havia sido contaminada pelo vírus brega que a enfraqueceria progressivamente a partir dos anos 80.
É preciso separar letra e música em Tim Maia Racional. O discurso é meio pirado porque construído unicamente para propagar a supremacia do tal "mundo racional" idealizado por Manuel Jachinto. A devoção de Tim era tamanha que ele se dignou a fazer uma música, O Grão Mestre Varonil, somente para exaltar seu guru. Felizmente, algumas letras - em especial, as de Imunização Racional (Que Beleza) e Bom Senso - conseguiram extrapolar o universo da seita e, por isso mesmo, se tornaram mais populares.
Fé cega, instrumental amolado. O funkaço Rational Culture, de quase 12 minutos, é exemplo de que, mesmo dentro da seita, Tim Maia não se desencantou com a soul music que tão bem soube traduzir para o idioma nacional. A oportuna reedição da Trama - produzida a partir da restauração do áudio extraído de uma cópia de vinil - credencia Tim Maia Racional a enfim ser mais ouvido do que comentado.
Seu Jorge planeja disco para os EUA
Seu Jorge (foto) quer conquistar os Estados Unidos. Já conhecido na Europa, por conta de discos como Cru (feito para o mercado francês) e sobretudo por sua atuação em filmes como Cidade de Deus e A Vida Marinha com Steve Zissou, o cantor planeja gravar em 2006 um CD para o mercado americano. No Brasil, o artista vem ocupando os primeiros lugares das paradas desde dezembro com É Isso Aí, a versão de The Blower's Daughter que gravou ao vivo com Ana Carolina no CD e DVD Ana & Jorge, campeões de vendagem.
Caixa reúne DVD, camiseta e imã de Elis
A gravadora Trama criou novo produto a partir do DVD Elis Regina Carvalho Costa, editado no ano passado com a gravação do programa da cantora na série Grandes Nomes, exibido em 1980 pela Rede Globo. Trata-se de uma caixa (capa à esquerda) que reúne o DVD, uma camiseta e uma cartela de imãs com imagens da Pimentinha. É para quem veste realmente a camisa de Elis Regina...
As 12 músicas novas de Sandy & Junior
Nas lojas no início de maio, o novo álbum de Sandy & Junior vai se chamar... Sandy & Junior. O CD reúne 12 músicas novas da dupla. Pela ordem, as faixas são Estranho Jeito de Amar (balada em que Sandy canta o verso 'Olho no espelho e já não sei mais quem sou'), Replay (versão de Slip Away com pegada roqueira, já em rotação nas rádios desde 12 de abril), Tudo pra Você, Dessa Vez, Discutível Perfeição (com letra em que Sandy - na foto, em clique de Priscila Prade - tenta destruir a aura angelical que ainda paira sobre ela), Ida nem Volta (outra versão), Você Não Banca o meu Sim, Nós Dois no Abismo, O Preço (parceria de Frejat com Mauro Santa Cecília), Destinos, Nas Mãos da Sorte (faixa que junta Black Eyed Peas e Milton Nascimento) e Último. Os irmãos assinam boa parte do repertório inédito.
Sony explora seu catálogo de Leonardo
Como acaba de perder Leonardo para a concorrente Universal, a Sony & BMG já começa a explorar o catálogo do cantor. O primeiro produto a chegar às lojas é Sucessos (capa à esquerda), coletânea que reúne 13 sucessos e uma gravação inédita, Sinhá Moça. A música foi registrada especialmente para ser tema de abertura da novela homônima.
Considerações sobre o Prêmio Multishow
A edição 2006 do Prêmio Multishow de Música Brasileira já entrou na segunda fase. Os finalistas foram anunciados e o público já pode votar para eleger os vitoriosos nas categorias Melhor Cantor, Melhor Cantora, Melhor Grupo, Melhor Clipe, Melhor DVD de Música, Melhor CD, Melhor Instrumentista, Melhor Música, Melhor Show e Revelação. A entrega dos troféus será feita ao vivo, em 16 de maio, em cerimônia restrita a convidados no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Longe de alterar o status de um artista, o Prêmio Multishow apenas mostra a força dos fãs-clubes de cada indicado. Não é à toa que Sandy, Rouge e Wanessa Camargo já faturaram vários prêmios em votações anteriores... Mas, mesmo sabendo que a eleição atesta somente o apelo popular do artista vitorioso, e não seu valor artístico, cabem algumas considerações sobre os indicados:
1) Cultuado na Europa, Seu Jorge atinge pico de popularidade no Brasil por conta de seu trabalho com Ana Carolina. Foi indicado como Melhor Cantor. Enquanto É Isso Aí está na disputa de Melhor Música (mesmo sendo uma versão...) e o projeto ao vivo Ana & Jorge concorre nas categorias Melhor CD e Melhor DVD. No Brasil, Jorge era mais conhecido como ator do que como cantor. Ao formar dupla com Ana, ele inverteu a situação.
2) Marisa Monte tem público numeroso e fiel. Infinito Particular já é um dos cinco títulos indicados ao troféu de Melhor CD e enfrenta Ana & Jorge, 4 (Los Hermanos), Anacrônico (Pitty) e Imunidade Musical (Charlie Brown Jr.). Mas Universo ao meu Redor não aparece nas indicações, reafirmando que seu público não concorda com os críticos, que preferem o disco de sambas ao álbum pop.
3) Em alta nas paradas, Vanessa da Mata entrou firme no páreo por conta de Ai, Ai, Ai... (indicada a Melhor Música) e concorre ao prêmio de melhor cantora. Mas seus fãs vão precisar enfrentar as torcidas organizadas das outras quatro forte indicadas: Ana Carolina, Ivete Sangalo, Marisa Monte e Pitty. Mesmo que perca, o fato é que Mata já faz parte do seleto time de cantoras populares. Para ela, essa é a maior vitória.
4) O Jota Quest (foto) continua com poder de fogo no mercado. Sobretudo agora que O Sol (uma das faixas mais fortes do último CD da banda) vem tocando bem nas rádios. Não bastasse a balada estar entre as cinco indicadas ao prêmio de Melhor Música, o Jota Quest concorre a Melhor Show e a Melhor Grupo. E seus fãs ainda puseram o guitarrista Marco Túlio entre os indicados a Melhor Instrumentista. Só faltou Rogério Flausino disputar o prêmio de Melhor Cantor...
5) Los Hermanos continuam com fãs-clubes fervorosos. O quarteto é sério candidato ao troféu de Melhor Grupo. Rodrigo Amarante está entre os cincos indicados a Melhor Instrumentista. Mas a banda vai ter que enfrentar a torcida de Ana Carolina para faturar os prêmios de Melhor Show (que pode parar até nas mãos de Ivete Sangalo...) e Melhor CD.
6) Jay Vaquer colhe os frutos pelo alto investimento em seus vídeos. O de Cotidiano de um Casal Feliz concorre ao prêmio de Melhor Clipe. Vai disputar com Paralamas do Sucesso (Na Pista), Pitty (Memórias), Babado Novo (Bola de Sabão) e o azarão Hateen (1997).
7) A banda Luxúria, que acabou de lançar seu primeiro álbum pela Sony & BMG, já concorre ao troféu de Revelação (que provavelmente vai ser de Marjorie Estiano). Será que no circuito indie há fãs-clubes fiéis???!!!
Que vença quem tiver mais fãs...
Longe de alterar o status de um artista, o Prêmio Multishow apenas mostra a força dos fãs-clubes de cada indicado. Não é à toa que Sandy, Rouge e Wanessa Camargo já faturaram vários prêmios em votações anteriores... Mas, mesmo sabendo que a eleição atesta somente o apelo popular do artista vitorioso, e não seu valor artístico, cabem algumas considerações sobre os indicados:
1) Cultuado na Europa, Seu Jorge atinge pico de popularidade no Brasil por conta de seu trabalho com Ana Carolina. Foi indicado como Melhor Cantor. Enquanto É Isso Aí está na disputa de Melhor Música (mesmo sendo uma versão...) e o projeto ao vivo Ana & Jorge concorre nas categorias Melhor CD e Melhor DVD. No Brasil, Jorge era mais conhecido como ator do que como cantor. Ao formar dupla com Ana, ele inverteu a situação.
2) Marisa Monte tem público numeroso e fiel. Infinito Particular já é um dos cinco títulos indicados ao troféu de Melhor CD e enfrenta Ana & Jorge, 4 (Los Hermanos), Anacrônico (Pitty) e Imunidade Musical (Charlie Brown Jr.). Mas Universo ao meu Redor não aparece nas indicações, reafirmando que seu público não concorda com os críticos, que preferem o disco de sambas ao álbum pop.
3) Em alta nas paradas, Vanessa da Mata entrou firme no páreo por conta de Ai, Ai, Ai... (indicada a Melhor Música) e concorre ao prêmio de melhor cantora. Mas seus fãs vão precisar enfrentar as torcidas organizadas das outras quatro forte indicadas: Ana Carolina, Ivete Sangalo, Marisa Monte e Pitty. Mesmo que perca, o fato é que Mata já faz parte do seleto time de cantoras populares. Para ela, essa é a maior vitória.
4) O Jota Quest (foto) continua com poder de fogo no mercado. Sobretudo agora que O Sol (uma das faixas mais fortes do último CD da banda) vem tocando bem nas rádios. Não bastasse a balada estar entre as cinco indicadas ao prêmio de Melhor Música, o Jota Quest concorre a Melhor Show e a Melhor Grupo. E seus fãs ainda puseram o guitarrista Marco Túlio entre os indicados a Melhor Instrumentista. Só faltou Rogério Flausino disputar o prêmio de Melhor Cantor...
5) Los Hermanos continuam com fãs-clubes fervorosos. O quarteto é sério candidato ao troféu de Melhor Grupo. Rodrigo Amarante está entre os cincos indicados a Melhor Instrumentista. Mas a banda vai ter que enfrentar a torcida de Ana Carolina para faturar os prêmios de Melhor Show (que pode parar até nas mãos de Ivete Sangalo...) e Melhor CD.
6) Jay Vaquer colhe os frutos pelo alto investimento em seus vídeos. O de Cotidiano de um Casal Feliz concorre ao prêmio de Melhor Clipe. Vai disputar com Paralamas do Sucesso (Na Pista), Pitty (Memórias), Babado Novo (Bola de Sabão) e o azarão Hateen (1997).
7) A banda Luxúria, que acabou de lançar seu primeiro álbum pela Sony & BMG, já concorre ao troféu de Revelação (que provavelmente vai ser de Marjorie Estiano). Será que no circuito indie há fãs-clubes fiéis???!!!
Que vença quem tiver mais fãs...
Gilmour festeja 60 anos com outro solo
Lançado mundialmente em 6 de março, data em que David Gilmour completou 60 anos, o terceiro álbum solo do vocalista e guitarrista do Pink Floyd, On a Island (capa à esquerda), sairá no Brasil ainda em abril. Chris Thomas, do grupo INXS, é um dos nomes envolvidos na produção. Editado em formato digipack, o CD reúne dez músicas inéditas. Entre elas, Castellorizon, Take a Breath, Red Sky at Night, This Heaven, Where We Start, The Blue, Then I Close My Eyes e a faixa-título.
Vercilo adere ao funk e ao samba de Nei
Funk da Vela é uma das músicas inéditas do DVD e CD que Jorge Vercilo (foto) vai gravar ao vivo em 28 e 29 de abril, em shows no Canecão (RJ). "É um flerte momentâneo com o funk, com uma certa malícia na letra, ou não seria funk. Fala de um garotão apaixonado que não quer mais andar com a galera que fica doida", adianta Vercilo. Outra surpresa do roteiro do show Signo de Ar é um poema musicado pelo artista. O samba Senhora Liberdade, inédito na voz do cantor, também estará presente no repertório. É de autoria de Wilson Moreira e Nei Lopes, tendo sido lançado nos anos 70 por Zezé Motta.
Imagens sagradas de Ellington em DVD
Não são muitas as imagens em vídeo de Duke Ellington. O que somente aumenta o valor documental de DVD recém-lançado pela ST2. Duke Ellington - Love You Madly + A Concert of Sacred Music at Grace Cathedral (capa à direita) flagra o célebre compositor americano em 1965. O DVD reúne dois programas produzidos pelo crítico de jazz Ralph J. Gleason. Love You Madly é um documentário sobre o artista que costura entrevistas, depoimentos e imagens de shows como a apresentação de Ellington no Festival de Jazz de Monterey, em 1965. Já A Concert of Sacred Music at Grace Cathedral é um registro do primeiro dos três concertos sacros feitos pelo compositor entre 1965 e 1973. Os temas são um mix de jazz, música erudita, blues e gospel.
Neil Young ataca Bush em novo álbum
O rock folk de Neil Young (foto) ganha peso. Menos de um ano após lançar o álbum Prairie Wind, seu primeiro trabalho após ter se recuperado de um aneurisma cerebral, o artista canadense anunciou em seu site oficial a gravação de novo disco de inéditas, Living with War, produzido no último mês com um som de power trio. O peso maior, contudo, estará no teor altamente politizado das letras.
Em uma das faixas, Let's Impeach the President, Young conclama a nação norte-americana a tirar o presidente George W. Bush do poder. Outra música protestaria contra a guerra no Iraque. Enfim, nada muito diferente do conteúdo de álbuns recentes de bandas como Green Day. Mas, vindo de um veterano como Neil Young, o protesto adquire maior peso. Em todos os sentidos.
Em uma das faixas, Let's Impeach the President, Young conclama a nação norte-americana a tirar o presidente George W. Bush do poder. Outra música protestaria contra a guerra no Iraque. Enfim, nada muito diferente do conteúdo de álbuns recentes de bandas como Green Day. Mas, vindo de um veterano como Neil Young, o protesto adquire maior peso. Em todos os sentidos.
Joanna lança disco ao vivo via Som Livre
Joanna lança esta semana, pela Som Livre, o CD (capa à direita) e DVD Ao Vivo em Portugal. O fado Estranha Forma de Vida - já gravado por Maria Bethânia - integra o repertório, formado por músicas portuguesas (A Paixão, Barco Negro, Olhos Castanhos) e por sucessos da cantora como Amanhã Talvez, Momentos e Sozinha.
Massive coleta sucessos, inédita e vídeos
Com álbum de inéditas prometido para 2007, o grupo Massive Attack está lançando compilação dupla, Collected (capa à esquerda), que reúne 23 sucessos, uma inédita (Live with me, que fecha o CD 1 com Terry Callier nos vocais) e três vídeos (os de Special Cases, Butterfly Caught e da nova Live with me) de brinde no disco 2.
MC Leozinho põe Simonal no baile funk
Estourado no circuito do funk com o hit Ela Só Pensa em Beijar, MC Leozinho lança ainda em abril o disco Se Ela Dança, Eu Danço (capa à direita). A curiosidade é a releitura de Sá Marina, sucesso de Wilson Simonal nos anos 60. Outras faixas são O Show, Delírio Tropical, Oportunidade, Esse Balanço Dela e Nosso Sonho.
Universal lança série dedicada ao axé
Gravadora que investe pesado em axé music desde o início dos anos 90, a Universal Music está lançando uma série econômica de coletâneas voltadas exclusivamente para a música afro pop baiana. A coleção Axé Bahia tem compilações dedicadas a nomes como Margareth Menezes (capa à esquerda), É o Tchan, Terra Samba, Timbalada, Banda Beijo, Banda Eva e Cheiro de Amor, entre outros astros do gênero.
A seleção musical de Ronaldinho Gaúcho
A gravadora Universal Music vai anunciar esta semana a adesão de Ronaldinho Gaúcho (à direita, em foto da agência AP) ao projeto de um disco temático que a companhia prepara para a Copa de 2006. O craque da Seleção Brasileira vai emprestar seu nome e sua imagem ao projeto, intitulado Samba Goal. Uma das faixas do CD (a rigor, uma coletânea) será Ela Só Pensa em Beijar (Se Ela Dança, Eu Danço), hit de MC Leozinho, mas Ronaldinho não gravou dueto com o funkeiro carioca - como chegou a ser noticiado. Sozinho, o craque gravou somente a faixa O Goleador. O acordo do jogador com a major já está em fase final de negociação.
Little Willies toca country com prazer
Resenha de CD
Título: The Little Willies
Artista: The Little Willies
Gravadora: EMI
Cotação: * *
O grupo foi formado em Nova York por cinco músicos amigos, em 2003, e seria mais um a tocar country sem extrapolar as fronteiras dos EUA se não contasse nos vocais com ninguém menos do que Norah Jones, também responsável pelo piano. Neste primeiro CD, o quinteto mistura clássicos do country and western (Roly Poly, Tennesse Stud) com temas originais e covers dos repertórios de nomes como Elvis Presley (Love me) e Willie Nelson (I Gotta Get Drunk). O nome do grupo, a propósito, foi escolhido em tributo a Willie, lenda viva do country. Norah - que já realçara a influência country em seu segundo álbum - divide os vocais com Richard Julian. Em I'll Never Get Out of This World Alive, sucesso de Hank Williams, a dupla de cantores apresenta a levada country com atmosfera de blues. No geral, The Little Willies canta e toca o country com prazer e com paixão - ainda que não empolgue quem não admirar o gênero com fervor.
Título: The Little Willies
Artista: The Little Willies
Gravadora: EMI
Cotação: * *
O grupo foi formado em Nova York por cinco músicos amigos, em 2003, e seria mais um a tocar country sem extrapolar as fronteiras dos EUA se não contasse nos vocais com ninguém menos do que Norah Jones, também responsável pelo piano. Neste primeiro CD, o quinteto mistura clássicos do country and western (Roly Poly, Tennesse Stud) com temas originais e covers dos repertórios de nomes como Elvis Presley (Love me) e Willie Nelson (I Gotta Get Drunk). O nome do grupo, a propósito, foi escolhido em tributo a Willie, lenda viva do country. Norah - que já realçara a influência country em seu segundo álbum - divide os vocais com Richard Julian. Em I'll Never Get Out of This World Alive, sucesso de Hank Williams, a dupla de cantores apresenta a levada country com atmosfera de blues. No geral, The Little Willies canta e toca o country com prazer e com paixão - ainda que não empolgue quem não admirar o gênero com fervor.
Voz de Mano Wladimir no CD de Marisa
A quantidade de informação apresentada nos dois novos CDs de Marisa Monte, Infinito Particular e Universo ao meu Redor, foi tanta que praticamente passou despercebida na faixa Levante, de Infinito Particular, o diálogo da cantora (na foto, em clique de Isabella Kassow) com uma voz de criança que, provavelmente, é a de seu filho, Mano Wladimir. O diálogo aparece ao fundo. Mas a ficha técnica não faz referência à criança.
Em tempo: já está no ar a nova versão do site de Marisa Monte (www.marisamonte.com.br), com informações atualizadas e a agenda da turnê Universo Particular, que estréia em Curitiba (PR), em 27 de abril.
Em tempo: já está no ar a nova versão do site de Marisa Monte (www.marisamonte.com.br), com informações atualizadas e a agenda da turnê Universo Particular, que estréia em Curitiba (PR), em 27 de abril.
Dualdisc do Cachorro Grande na pista
Firme na intenção de apostar nos dualdiscs, formato ainda inexplorado pela indústria fonográfica brasileira, a gravadora Deckdisc já prepara a edição em dualdisc do último álbum do grupo gaúcho Cachorro Grande (foto), Pista Livre. No lado do DVD, haverá faixas com áudio 5.1, clipes antigos da banda e documentário sobre a gravação do álbum. Em tempo: o Cachorro Grande lança ainda este mês seu novo clipe, filmado a partir da balada Desentoa.
Tigrona compõe rap para CD de Casarini
Conhecida pelo sucesso Injeção, a funkeira Deyse Tigrona compôs rap para o segundo CD do cantor Hugo Casarini (na foto, com Tigrona no estúdio em que grava o disco). A artista - que participa da faixa - criou os versos para serem inseridos na regravação de Totalmente Demais, música dos anos 80 conhecida na gravação de Caetano Veloso. Tigrona fez o rap com inspiração na letra original de Tavinho Paes. Eis os versos:
"Eu sei que sou demais
Adoro seu jeito louco
Fico toda excitada
Quando tu beija meu pescoço
Com você não tem interesse
Com você só quero sexo
Eu me faço até de boba
E voce pensa que é esperto
Quero ouvir você gemer
Quero ver você seguro
Gritando, sussurrando
Que isso tudo é um absurdo!"
Produzido pelo próprio Casarini, em parceria com Gigi Magno e Ruben Feffer, o disco traz ainda regravação de Até o Fim, de Chico Buarque. Ramilson Maia participa da produção da faixa.
"Eu sei que sou demais
Adoro seu jeito louco
Fico toda excitada
Quando tu beija meu pescoço
Com você não tem interesse
Com você só quero sexo
Eu me faço até de boba
E voce pensa que é esperto
Quero ouvir você gemer
Quero ver você seguro
Gritando, sussurrando
Que isso tudo é um absurdo!"
Produzido pelo próprio Casarini, em parceria com Gigi Magno e Ruben Feffer, o disco traz ainda regravação de Até o Fim, de Chico Buarque. Ramilson Maia participa da produção da faixa.
Gláucia Nasser no balanço de Tito Madi
Depois de um belo CD editado em 2003 e dedicado ao cancioneiro do ainda desconhecido compositor Anísio Dias, a cantora Gláucia Nasser (foto) abre o leque estético em seu segundo disco, Bem Demais, nas lojas em maio, com produção de Sérgio Carvalho. A música de trabalho é um clássico de Tito Madi, Balanço Zona Sul, arranjada por Marcelo Rocha. A faixa já foi remixada por DJ Marcelinho da Lua. O repertório, mais variado, traz também Canção para um Grande Amor, de Isabella Taviani. Já a dupla Alexandre Leão e Manuca Almeida assina Verdadeiro Amor e Depois Daquele Olhar.