Violão de Becker capta espírito do choro
Resenha de CD
Título: Um Violão na Roda de Choro
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Integrante do Trio Madeira Brasil, o violonista Zé Paulo Becker vem se destacando na carreira individual. Seu terceiro disco solo, Um Violão na Roda de Choro, exibe o mesmo alto nível de Lendas Brasileiras e Sob o Redentor. A idéia - explica o músico no encarte - foi reunir músicas autorais que possam ser tocadas numa roda de choro, com o violão desempenhando o papel melódico normalmente relegado a instrumentos como flauta e clarinete.
Dito e feito. De formação erudita, Becker põe seu exímio violão no centro da roda e toca um repertório que extrapola o universo do choro, incluindo desde um maxixe (Cabritada em Nikiti) até uma valsa brasileira (Serena), letrada por Alfredo Del Penho. A variedade de gêneros acaba realçando o talento do violonista como compositor. Ele mostra inspiração tanto em choros mais tradicionais (basta ouvir Desembestado e Endiabrado, não por acaso dedicado a Jacob do Bandolim) como em temas mais ousados - caso do Choro Bebop, tocado com a liberdade de improviso do jazz. Em qualquer compasso, o violão de Becker capta o espírito do choro.
Título: Um Violão na Roda de Choro
Artista: Zé Paulo Becker
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Integrante do Trio Madeira Brasil, o violonista Zé Paulo Becker vem se destacando na carreira individual. Seu terceiro disco solo, Um Violão na Roda de Choro, exibe o mesmo alto nível de Lendas Brasileiras e Sob o Redentor. A idéia - explica o músico no encarte - foi reunir músicas autorais que possam ser tocadas numa roda de choro, com o violão desempenhando o papel melódico normalmente relegado a instrumentos como flauta e clarinete.
Dito e feito. De formação erudita, Becker põe seu exímio violão no centro da roda e toca um repertório que extrapola o universo do choro, incluindo desde um maxixe (Cabritada em Nikiti) até uma valsa brasileira (Serena), letrada por Alfredo Del Penho. A variedade de gêneros acaba realçando o talento do violonista como compositor. Ele mostra inspiração tanto em choros mais tradicionais (basta ouvir Desembestado e Endiabrado, não por acaso dedicado a Jacob do Bandolim) como em temas mais ousados - caso do Choro Bebop, tocado com a liberdade de improviso do jazz. Em qualquer compasso, o violão de Becker capta o espírito do choro.
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