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Sábado, Outubro 22, 2005

Sai de cena Shirley Horn, cantora e pianista que honrou o jazz americano

E lá se foi mais uma dama do jazz! A morte da cantora e pianista americana Shirley Horn - ocorrida na noite de quinta-feira, mas anunciada há poucas horas em comunicado oficial da gravadora Verve - não chega a ser uma surpresa. Aos 71 anos, a artista vinha enfrentando sérios problemas de saúde nos últimos tempos. Além de um câncer de mama, Horn sofria de diabetes, cujas complicações a obrigaram a amputar um pé. Presa a uma cadeira de rodas, ele não deixava de fazer shows. Veio ao Brasil quatro vezes. A última foi em 2003, em show no Tim Festival visto pelo colunista. Horn já não exibia o vigor dos tempos áureos, pela saúde debilitada, mas encantou a platéia com a leveza do toque de seu piano, o suingue de sua voz e um repertório que incluiu temas de Tom Jobim. Um show de classe!

Aluna de piano desde os quatro anos, a artista já contabilizava cinco décadas de carreira profissional. Formou seu primeiro trio em 1954. Nos anos 60, foi incentivada por Miles Davis a gravar discos. Mas foi somente na segunda metade dos anos 80, quando passou a fazer parte do elenco da Verve, que Horn realmente teve seu talento reconhecido por público e crítica. Foi quando a discografia da artista ficou mais regular, com títulos sucessivos como os aclamados I Thought About You (álbum ao vivo de 1987), Close Enough for Love (1988) e You Won't Forget me (1990). Seu último CD, May the Music Never End, saiu em 2003 e confirmou o talento desta refinada baladista e pianista.

Mestra nos improvisos, Shirley Horn não chegou a ser uma diva tão popular e reverenciada como Sarah Vaughan ou Ella Fitzgerald - damas da era de ouro do jazz. Mas sua obra é página nobre da história do gênero. Por isso mesmo, seria louvável que a artista fosse homenageada pelos jazzistas que se apresentam neste fim de semana na edição 2005 do Tim Festival. Shirley Horn merece todas as honras.

Deep Purple vem ao Brasil promover CD

O lendário grupo Deep Purple vem ao Brasil no início de novembro. Na pauta, shows (no Rio e em São Paulo) e entrevistas promocionais para badalar o lançamento de seu novo CD, Rapture of the Deep (capa à direita). O disco sai dia 1º de novembro nos Estados Unidos, com repertório de inéditas. Back to Back, Before Time Began, MTV, Money Talks e Wrong Man são cinco das 12 faixas do álbum. Rapture of the Deep é o sucessor de Bananas (2003).

Obra de Ray é exumada com segundo e dispensável álbum de duetos virtuais

Resenha de disco
Título: Genius & Friends
Artista: Ray Charles
Gravadora: Atlantic / Rhino
Cotação: * *

Os gênios da música - como Ray Charles - deveriam ter suas obras protegidas da ganância da indústria fonográfica. Mas o apetite das gravadoras por lucros fáceis é incessante e faz nascer subprodutos como este Genius & Friends. Sim, trata-se de um segundo e dispensável álbum de duetos do artista, produzido na cola do sucesso do primeiro, Genius Loves Company, álbum já irregular, editado ainda sob a comoção mundial da morte de Ray, em junho de 2004.

Se o primeiro foi fruto de um desejo real do cantor, este segundo nasceu da esperança da gravadora Rhino de reeditar o êxito do anterior. Os duetos não são reais, mas virtuais. O produtor Phil Ramone mixou (muito bem, diga-se) as vozes de time estelar de intérpretes (Angie Stone, Mary J. Blige, Gladys Knight e os deslocados George Michael e Laura Pausini, entre outros) com os vocais e os arranjos de gravações feitas por Ray em várias épocas. O material original é primoroso. Há blues, soul, gospel e rhythm and blues de primeira linha, mas a qualidade dos originais não impede que o álbum transcorra morno. Falta fervor, por exemplo, na releitura gospel de Imagine (John Lennon), gravada com Ruben Studdard & The Harlem Gospel Singers.

Genius & Friends é ainda mais irregular do que Genius Loves Company. Mas tem lá seus momentos, claro. Patti LaBelle & The Andrae Crouch Singers põem vibração em Shout. Da mesma forma que Alicia Keys enobrece o hino America the Beautiful, que fecha o disco em grande estilo. Mas, no geral, fica uma sensação de que algo se perdeu. Talvez porque, por mais avançada que seja, a tecnologia não consiga ainda produzir verdadeira emoção. A que existe no real encontro de Ray e Willie Nelson em Busted, número extraído de especial de TV filmado em outubro de 1991 em tributo ao Genius. É das poucas faixas que valorizam este disco pequeno diante da grandeza do legado de Ray Charles.

Gringo assina capa de 'Balé Mulato'


Já exibida no site oficial da gravadora EMI, a capa do décimo-primeiro disco solo de Daniela Mercury, Balé Mulato, é assinada por Gringo Cardia, que já tinha criado o projeto gráfico de outros discos da cantora baiana (o último foi Eletrodoméstico - MTV ao Vivo). As fotos - tiradas na quadra da escola de samba Beija-flor de Nilópolis - são de Mário Cravo Neto. A artista posou com integrantes da comissão de frente de recente desfile apresentado pela agremiação no Carnaval carioca.

Rapazolla encara prova do segundo CD

Um dos poucos novos nomes da axé music que conseguiu repercussão nacional nos últimos tempos, o grupo Rapazolla está com seu segundo disco, A Mais de Mil (capa à direita), na boca do forno da gravadora Universal. A música de trabalho é Aqui É o seu Lugar. A banda baiana registrou 14 faixas, entre inéditas e regravações como Sou Como Sou, de autoria de Alex Goés.

O Rapazolla obteve sucesso nacional a partir do Carnaval de 2004. O primeiro disco do grupo, Ao Vivo, estourou a música Coração e projetou o carismático vocalista Tomate.
Sexta-feira, Outubro 21, 2005

Sai CD em que a turma do rock nacional tenta tirar obra de Odair da praia cafona


Esta é a capa deliciosamente kitsch da ode a Odair José idealizada e produzida por Sandro Rogério Lima Belo para tentar mudar no mercado o status da obra do cantor - sempre associada ao cancioneiro brega nacional. Espirituosamente intitulado Vou Tirar Você Desse Lugar - Tributo a Odair José, o CD chega às lojas em novembro com regravações de sucessos do artista nas vozes de nomes do pop rock nacional. A faixa-título, grande hit de Odair em 1972, foi recriada pelo titã Paulo Miklos. O grupo Pato Fu se debruçou sobre Uma Lágrima, música menos conhecida do compositor, lançada em compacto de 1969. Já o grupo carioca Picassos Falsos ficou com Essa Noite Você Vai Ter de Ser minha, hit de LP Assim Sou Eu, de 1972.

O grupo pernambucano Mundo Livre S/A optou por Deixe Essa Vergonha de Lado, música lançada em disco de 1973. Deste mesmo LP, Odair José, Zeca Baleiro pescou Eu, Você e a Praça enquanto a banda carioca Leela escolheu E Ninguém Liga pra Mim. Já o Mombojó preferiu Ela Voltou Diferente, faixa de álbum de 1975.

O disco Vou Tirar Você Desse Lugar tem 20 faixas e reúne muitas bandas da cena indie - casos de Jumbo Elektro (A Noite Mais Linda do Mundo, 1974), Los Pirata (Cotidiano Nº 3, 1974), Shakemakers (Nunca Mais, 1977) e Abimonistas (Minhas Coisas, 1970), entre outros nomes.

Usher abre gravadora em novembro com trilha de filme e divulga seu novo DVD

Um dos campeões de vendas do mercado fonográfico americano no ano passado, com o álbum Confessions, o cantor Usher (foto) está abrindo sua gravadora, US Records. O primeiro lançamento da companhia vai para as lojas já em novembro, com distribuição da J Records, empresa ligada à major Sony & BMG. Trata-se do CD com a trilha do filme In the Mix, comédia romântica estrelada pelo próprio Usher que chega aos cinemas dos EUA em 23 de novembro. O artista canta apenas uma música no disco.

Paralelamente ao lançamento de seu selo, que vai dar oportunidade a novos nomes do rhythm and blues, o cantor também divulga em novembro o DVD Usher: Behind the Truth: Truth Tour - Live.

Há muito caos e pouca lama na viagem futurista do sexto CD da Nação Zumbi

Resenha de disco
Título: Futura
Artista: Nação Zumbi
Gravadora: Trama
Cotação: * *

Imagine o suingue de Jorge Ben imerso em tons psicodélicos e futuristas. Se for difícil imaginar, ouça Memorando ou Voyager, duas das 12 músicas inéditas do sexto disco da Nação Zumbi, Futura, editado esta semana pela Trama. Ao embarcar numa trip psicodélica sem escalas, o grupo põe as guitarras na frente dos tambores do maracatu e se distancia de seu som original. É fato que a viagem começou ainda com o mentor Chico Science (morto precocemente em 1997) no segundo álbum da turma, Afrociberdelia (1996), mas fica difícil reconhecer a Nação pernambucana de Science em Futura.

A escolha do americano Scotty Hard para produzir o disco parece indicar a busca por um som mais contemporâneo, mais cosmopolita. Hard já havia mixado o CD anterior da banda, Nação Zumbi (2002), o primeiro em que o grupo intensificou o uso das guitarras e das texturas psicodélicas. Mas a turma do Mangue Beat parece ter esquecido que valorizar o próprio quintal - sem xenofobias, claro - é a melhor forma de soar universal. Foi assim que Science e cia. saíram de Pernambuco para o mundo em Da Lama ao Caos, o seminal álbum de 1994 que propagou o Mangue Beat e, na seqüência, toda a modernidade da música de Pernambuco daquela época. É essa modernidade que parece ter ido para o ralo quando a Nação Zumbi apresenta fiapos de maracatus como A Ilha e Respirando.

Há, claro, acertos - caso do tema instrumental Nebulosa, de arranjo intrincado, quase apocalíptico. A faixa-título, Futura, contraria seu nome e acerta ao apontar para um passado não muito distante da banda. Mas, no geral, há mais caos do que lama na viagem da Nação Zumbi. E, por isso mesmo, seu futuro no mercado fonográfico já parece incerto a longo prazo.

Caixa recupera raridades gravadas por Fábio Jr. nas décadas de 60 e 70

A Sony & BMG põe em novembro nas lojas uma caixa que vai surpreender até os fãs de Fábio Jr. por conta das raridades tiradas do baú do cantor (na foto, num clique dos anos 70, quando trabalhava na extinta TV Tupi). A caixa Mais de 20 Poucos Anos - alusão ao sucesso 20 Poucos Anos, lançado pelo artista em disco de 1979 - reúne cinco CDs e um DVD. Um dos CDs traz apenas gravações raras feitas por Fábio nos anos 60 e 70, antes de ficar famoso.

Os fonogramas mais antigos datam do fim dos anos 60, quando, ainda adolescente, o cantor foi membro do grupo vocal Os Namorados no programa de TV Mini Guarda. Da discografia efêmera dos Namorados, a caixa recupera músicas como A Saudade que Ficou e Não Mudem minha Canção. Com o grupo Arco-Íris, a coleção tira do baú temas como Vez de Clarear.

Produtor da compilação, o pesquisador Marcelo Fróes também recupera fonogramas da época em que Fábio cantava em inglês com pseudônimos como Uncle Jack (1974, ano em que registrou In my Song e outras músicas) e Mark Davis (representado na caixa por hits como Don't Let me Cry, composto por Pete Dunaway e supostamente dedicado por Fábio a uma namorada morta no trágico incêndio do edifício paulista Joelma, em 1973).

Além das raridades, a caixa Mais de 20 Poucos Anos traz um CD com gravações em castelhano lançadas somente nos países de língua espanhola, nos anos 80, e o DVD Fábio Jr. ao Vivo, editado em 2003.

Os três CDs restantes compilam os hits do cantor em ordem cronológica. O primeiro vai de 1979 a 1984 - fase em que o cantor gravou na Som Livre (com exceção do disco de 1984). O segundo abrange o período 1985-1992, época em que Fábio pertenceu ao elenco da CBS/Sony Music. Por fim, o terceiro CD coleta os sucessos da fase da BMG, indo de 1993 a 2004.

Roberto e Erasmo Carlos liberam sample de 'O Bofe' para disco do rapper Cabal

Roberto e Erasmo Carlos autorizaram o rapper Cabal a usar sample de uma das menos conhecidas músicas da dupla, O Bofe, composta em 1972 para a trilha da novela homônima. Editado somente em LP (capa à direita) na época da novela, este é um dos trabalhos mais obscuros da dupla. Roberto e Erasmo não cantam no disco, mas são os autores de músicas como Grego Só (gravada pela dupla Os Vips) e Rainha da Roda (registrada por Elza Soares). A faixa-título, O Bofe, foi gravada por Osmar Milito e Quarteto Forma.

Recém-contratado pela Universal, o rapper Cabal prepara seu disco de estréia na companhia. Viver Bem é a faixa que utiliza sample de O Bofe - liberado pelos autores porque a letra da música de Cabal propaga valores positivos. Consta que é a primeira vez que Roberto e Erasmo autorizam que uma música da obra da dupla seja sampleada.
Quinta-feira, Outubro 20, 2005

Oasis lançará inédita de Noel Gallagher em single que sairá em CD, DVD e vinil

O Oasis (foto) anunciou ontem em seu site oficial que o terceiro single de seu álbum Don't Believe the Truth, Let There Be Love, será lançado nos formatos de CD, DVD e vinil de dez polegadas com adição da inédita Sittin? Here In Silence (On My Own) - composta por Noel Gallagher e produzida por Dave Sardy - e de uma versão ao vivo de Rock'n'Roll Star, gravada em show no estádio City of Manchester, em 2 de julho.

O DVD vai trazer o vídeo de Let There Be Love, uma versão-demo da música e o registro original do álbum, além de imagens da última turnê do grupo em documentário que é uma espécie de trailer do filme Lord Don't Slow me Down, dirigido por Baillie Walsh. O lançamento do single foi agendado para 28 de novembro.

Vale lembrar que o Oasis anunciou recentemente a criação de outra música inédita - Who Put the Weight of the World on my Shoulders?, também composta por Noel Gallagher - para a trilha do filme Goal! The Movie, ainda sem previsão de lançamento no Brasil.

Martin adere ao reggaeton, experimenta sons orientais e flerta com o rap sem reeditar o ritmo caliente de seu pop

Resenha de disco
Título: Life
Artista: Ricky Martin
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *

Em 1999, ao gravar pela primeira vez um álbum em inglês, Ricky Martin devastou as paradas americanas com a força de um furacão, por conta do megahit Livin' La Vida Loca. Em 2000, o ex-Menudo tentou repetir a dose com o disco Sound Loaded, que não causou tanto furor, apesar de trazer a efervescente She Bangs. Após cinco anos sem gravar em inglês, período em que lançou CDs feitos em espanhol como Almas del Silencio (2003), o astro porto-riquenho reaparece com Life. A julgar pelo repertório, Martin vai ter dificuldade para retomar seu reinado.

Justiça seja feita, o cantor atira para todos os lados. Ele experimenta sons orientais em I Won't Desert You e Til I Get to You (faixa com cordas gravadas na Índia), flerta com o rap em I Don't Care (com adesões de Fat Joe & Amerie), apresenta uma ou outra balada de sotaque radiofônico (como a melosa Stop Time Tonight) e, claro, adere ao ritmo do momento, o reggaeton, gravando Drop It on me com Daddy Yankee, ídolo do gênero.

O problema é que falta em Life uma faixa incendiária como She Bangs. A música-título até tenta evocar a cadência caliente do pop latino de Martin, mas não chega a empolgar. Como, de resto, aliás, o disco também não empolga...

Fernanda Porto vai lançar projeto ao vivo

Depois de dois discos de estúdio, com músicas inéditas, Fernanda Porto (foto à direita) adere à fórmula do DVD + CD ao vivo. A cantora vai inaugurar com seu primeiro projeto ao vivo a série Trama Estúdios, idealizada pela gravadora paulista Trama. Como o título da série já sugere, a idéia da companhia é gravar discos e vídeos no estúdio como se fossem ao vivo, com custos reduzidos.

Bebeto grava DVD com Zélia e Baleiro

Em evidência nos bailes dos anos 70, com diluído suingue captado da obra de Jorge Ben Jor (na época, ainda Jorge Ben), Bebeto (foto) vai regravar em seu primeiro DVD todos seus hits daquela década - entre eles, Menina Carolina, Praia e Sol e A Beleza É Você, Menina. A gravação foi agendada para 9 de novembro, na casa Olimpo, no Rio de Janeiro (RJ). Davi Moraes, Seu Jorge, Zeca Baleiro e Zélia Duncan aceitaram cantar com Bebeto no DVD.

Yahoo volta com CD de versões de rock

No embalo do revival do pop dos anos 80, mais um grupo da década tenta retomar seu lugar no mundo do disco. Sucesso naquela época com Mordida de Amor (versão de Love Bites, hit do grupo de rock Def Leppard), o Yahoo (foto) volta ao mercado fonográfico com CD que reúne 13 versões de baladas e rocks de arena. A faixa Por Amor - versão de Is This Love?, do grupo Whitesnake - já foi enviada às rádios em 18 de outubro.

Sem gravar desde 1995, o Yahoo traduz para o português - com letras de Dudu Falcão, autor de 11 das 13 versões - música do Guns N' Roses (Don't Cry - Não Chores) e baladas que foram hits nas vozes de Bryan Adams (Heaven - Paraíso) e Richard Marx (Right Here Waiting for You - Eu Estarei Pensando em Você).

A exceção no repertório selecionado entre as paradas dos anos 80 e 90 é Eu Não Sou Down, versão de Down Down, hit das pistas da década de 70 na gravação do Bachman Turner Overdrive. O CD do Yahoo é editado pela nova gravadora Independente's Records.
Quarta-feira, Outubro 19, 2005

Mudou a formação, mas Charlie Brown continua o mesmo...até cantando Vandré

Resenha de disco
Título: Imunidade Musical
Artista: Charlie Brown Jr
Gravadora: EMI
Cotação: * * *

No primeiro semestre, o mercado fonográfico foi sacudido com boatos que davam como certo o fim de Charlie Brown Jr, o grupo de Chorão. A rigor, o que foi interpretado como o término da banda era apenas a debandada dos músicos. Permaneceu Chorão, claro, porque Chorão é o Charlie Brown e, por isso, o som do grupo continua praticamente inalterado em seu oitavo álbum, Imunidade Musical, produzido pelo fiel escudeiro Rick Bonadio.

Na prática, isso significa que a banda de Santos (SP) continua fiel ao universo machista e sexista da rapaziada adepta do skate. "Sou viciado em comer gente", brada Chorão no rap funkeado É Quente. O título de uma das 23 faixas, Ela Vai Voltar (Todos os Defeitos de uma Mulher Perfeita), também ajuda a elucidar a visão que Chorão e cia. têm de suas amigas, namoradas e /ou mulheres. Qualquer semelhança com os rappers americanos da linha gangsta não seria mera coincidência... E o fato é que o discurso encontra eco em muitos jovens, a julgar pela expressiva tiragem inicial de 122 mil cópias do CD - maior do que as dos novos discos de Jota Quest, Titãs e Paralamas do Sucesso.

Musicalmente, Charlie Brown transita pelo universo do rap (Parteum e Rappin' Hood comparecem em Cada Cabeça Falante Tem sua Tromba de Elefante) e do rock hardcore (Skate Vibration, No Passo a Passo, Onde Não Existe a Paz Não Existe o Amor) com eventuais incursões pelo reggae. Nessa seara, aliás, aparece a grande surpresa do disco: o cover de Pra Não Dizer que Não Falei das Flores, o hino político de Geraldo Vandré em 1968, aquele conturbado ano que não terminou... Chorão canta os versos de Vandré no compasso calmo do reggae, mas acelera no refrão com pegada roqueira.

Enfim, a faixa que foi para as rádios - Lutar pelo que É Meu - pode sinalizar o redirecionamento de Charlie Brown Jr para um pop rock de tonalidade quase romântica. Mas a pista é falsa. Chorão taí na atividade com o mesmo som, a mesma cara e a mesma coragem de dizer o que pensa.

Coletânea traz faixa inédita de Marley

De acordo com a revista americana Billboard, uma gravação inédita de Bob Marley (foto) - Slogans, canção também tida como inédita, presumivelmente registrada pelo ídolo do reggae em 1979, um ano antes de sua morte - é o maior destaque da nova compilação de Marley, Africa Unite: The Singles Collection. A gravação foi descoberta em 2003 por dois filhos do cantor, Sthephen e Ziggy, que finalizaram a gravação e convidaram Eric Clapton para tocar guitarra na faixa. A coletânea chegará às lojas no início de novembro.

50 Cent lança single de seu filme

Windown Shopper é o single de 50 Cent (foto) que puxa a trilha sonora do filme autobiográfico do marrento rapper, Get Rich or Die Tryin', que estréia nos cinemas americanos em 9 de novembro, com direção de Jim Sheridan. O álbum com a trilha da história chega às lojas no dia anterior, com músicas como Hustla's Ambition. "Eu compus a música da trilha sonora enquanto fazia o filme. Tinha um trailer-estúdio e gravava todo dia, entre um take e outro", contou 50 Cent a jornais e revistas dos EUA. O título do filme é o mesmo do primeiro álbum solo do rapper, ídolo da linha gangsta.

Jack Johnson compõe para filme de animação e lança dois DVDs de uma vez

Enquanto compõe músicas para a trilha sonora do filme de animação Curious George, que tem lançamento previsto para fevereiro de 2006, Jack Johnson (foto) lança simultaneamente dois DVDs com registros de shows, em 22 de novembro. Live at Japan foi filmado em agosto de 2004 em espetáculo centrado nos repertórios dos dois primeiros discos do cantor-surfista, Brushfire Fairytales (2002) e On and On (2003). O outro DVD, A Weekend at the Greek Theatre, foi gravado em 19 e 20 de agosto deste ano, em dois shows cujos roteiros já incluíam músicas do último álbum do astro, In Between Dreams (2005).

Novo clipe do Ludov aposta no humor surreal e mostra cover anão de Elvis

Eis um flagrante (clicado pela fotógrafa Carol Bittencourt) da filmagem do clipe que o grupo paulista Ludov - uma das apostas da DeckDisc no segmento pop rock - vai lançar na terça-feira, 25 de outubro. A música que inspirou o vídeo é Estrelas, a nova música de trabalho do CD da banda. No clipe, dirigido por Maurício Eça e Alemão Junior, o Ludov aposta no humor. Imagens da banda tocando Estrelas ao vivo são intercaladas com cenas de um escritório que tem sua rotina mudada com a chegada de um ninja louco que passa a acompanhar os trabalhos dos funcionários. Personagens surreais, como um cover anão de Elvis Presley, aparecem no decorrer do filme.
Terça-feira, Outubro 18, 2005

Sem voz, Preta acerta ao cair no suingue

Resenha de disco
Título: Preta
Artista: Preta Gil
Gravadora: Geléia Geral
Cotação: * *

Preta Gil sabe que não tem voz suficiente para encarar uma carreira de cantora. Mas debocha de suas próprias limitações vocais e acerta quando cai no suingue. Seu segundo disco, Preta, peca pelo repertório irregular, mas cresce na metade final - justamente quando a artista investe no balanço afro-pop-baiano que deu o tom de seu primeiro álbum, Pret-à Pôrter, editado em 2003 com o hit radiofônico Sinais de Fogo.

Com pouca voz e muita atitude, Preta encara a prova do segundo disco com repertório feito sob medida para seu jeito abusado. Se posou nua no encarte do CD de estréia, ela aparece fantasiada de Mulher Maravilha no novo álbum. "Não gosto de calmaria / Nem dou lugar ao marasmo / Sou o calor da Bahia / Um verdadeiro orgasmo", autodefine-se em Leva Eu pro Samba, inédita de Moraes Moreira arranjada por Rildo hora em clima de batucada carioca. É a partir desta faixa, a de número 6, que o CD começa a decolar. O início é morno, com duas músicas insossas de Gigi (Suave e Muito Perigoso) e composições de Adriana Calcanhotto e Sandra de Sá que nada acrescentam ao disco. A que ostenta versos de Calcanhotto, Vá Lá, tem melodia pouco inspirada do baixista Dé Palmeira. Sandra - que nunca teve produção autoral realmente bacana, à altura de seu caloroso vozeirão - comparece com a banal Estágio do Perigo, parceria com Macal.

É na segunda metade que Preta cresce e aparece. O Beat, tema de Ari Mendes, foi gravada com Lenine, que insere na faixa seu balanço e apropriada citação de Que Baque É Esse?, um de seus sucessos. A releitura suave de Cheiro de Amor - música lançada por Maria Bethânia no LP Mel, de 1979 - também conta pontos a favor, inclusive pela produção do saudoso Tom Capone. Preta entoa a canção na contramão do registro teatral da colega baiana.

A propósito, a produção de Betão Aguiar é um dos trunfos do CD. Aguiar parece conhecer bem o universo musical a que mais bem se ajusta Preta. E o fato é que o disco termina em alto astral. Um dos acertos é o axé Eu e Você, Você e Eu. A levada carnavalesca do hit da folia baiana permanece em Tresloucados, mas ganha tempero afro-roqueiro nesta faixa dividida com Davi Moraes e LanLan, parceiros de Preta no homônimo projeto paralelo do trio. E ainda tem um remix esperto da canção Medida do Amor, produzido pelo DJ Marlboro. Preta cai no funk e mostra que pode ter futuro no mercado fonográfico se continuar driblando suas deficiências vocais com suingue e atitude.

Ivan lança CD dividido com Viáfora

Enquanto grava no Rio álbum duplo (já intitulado Ivan), com parcerias internacionais com nomes como Carole King, o autor de Madalena aguarda o lançamento em novembro, pela Jam Music, do disco Nossas Canções, gravado com Celso Viáfora. Entre releituras de suas obras, os dois parceiros apresentam as inéditas TodoMundo (inicialmente batizada de Esporte Clube Todo Mundo), Duas e Quinze e Encontro dos Rios.

Quase todas as músicas foram gravadas em duetos. Exceções são A Cor do Pôr-do-Sol (cantada originalmente por Ivan no disco homônimo e agora recriada somente por Viáfora) e Deus de Deus (lançada por Viáfora no CD Palavra! e agora registrada apenas na voz de Ivan). O disco sai primeiramente no Japão, em 23 de novembro, e logo em seguida no Brasil.

Disco lançado por Lennon em 1974 volta ao catálogo e ganha três faixas-bônus

A EMI explora o catálogo de John Lennon no mês em que o cantor teria completado 65 anos - em 9 de outubro - se não tivesse sido assassinado há 25 anos, em 8 de dezembro de 1980. Além da coletânea dupla Working Class Hero: The Definitive Lennon, a gravadora está reeditando, com três faixas-bônus, o álbum Walls and Bridges (capa à direita), lançado originalmente em 1974.

Este disco tem sua importância medida pelo fato de trazer o primeiro single da carreira solo de Lennon que atingiu o primeiro lugar da parada americana na época. Trata-se de uma colaboração do ex-Beatle com Elton John (então em seu apogeu comercial). A música se chama Whatever Gets You Thru the Night e aparece na reedição no registro original e numa versão ao vivo gravada em show no Madison Square Garden em 28 de novembro de 1974. As outras duas faixas-bônus são uma versão alternativa de Nobody Loves You (When You're Down and Out) e uma entrevista com o cantor, gravada em Los Angeles (EUA) pela equipe de vendas da EMI.

Television tem reeditado álbum de 1992

Por conta da vinda do Television ao Brasil para uma apresentação no Tim Festival, a EMI está reeditando no Brasil álbum lançado originalmente pelo grupo em outubro de 1992. O disco Television (capa à esquerda) marcou na época a reunião do quarteto formado por Tom Verlaine, Richard Lloyd, Fred Smith e Billy Ficca.

Surgida em Nova York (EUA), na primeira metade dos anos 70, a banda logo chamou a atenção de público e crítica ao fazer um art-rock de clima punk, com direito a muitos solos das guitarras de Verlaine e Lloyd. Antes de se separar, o grupo lançou dois discos clássicos, Marquee Moon (1977) e Adventure (1978).

Entre as 10 faixas do ora reeditado CD de 1992, todas assinadas por Verlaine, há 1880 or So, In World, Rhyme, Beauty Trip e This Tune.

Sete EPs de Belle and Sebastian são compilados com capas em CD duplo

A gravadora Trama está lançando no Brasil uma coletânea dupla com EPs do grupo Belle and Sebastian. Push Barman to Open Old Wounds (capa à direita) compila em 25 faixas os repertórios de sete EPs editados pela banda entre 1997 e 2001. Entram no álbum, com reproduções de suas capas originais, os EPs Dog on Wheels (1997), Lazy Line Painter Jane (1997), 3..6..9 Seconds of Light (1997), This Is Just a Modern Rock Song (1998), Legal Man (2000), Jonathan David (2000) e I'm Waking Up to Us (2001).
Segunda-feira, Outubro 17, 2005

Massive faz CD no estilo 'soul gótico'

O grupo Massive Attack (foto) já pôs voz em cinco faixas de seu novo álbum, o sucessor de 100th Windown (2003). Até o fim do ano, a banda planeja botar voz em pelo menos mais 15 músicas cotadas para o disco, que seguirá o estilo 'soul gótico', na definição de Robert 3-D Del Naja, membro-fundador do grupo inglês. A cantora Beth Orton é uma das vocalistas convidadas do CD, previsto para 2006.

Radiohead grava sétimo CD de estúdio

O grupo Radiohead grava a todo vapor, na Inglaterra, seu sétimo álbum de estúdio. Burn the Witch, Solutions, Last Flowers, Down Is the New Up, House of Cards, Rubbernecks, Pig's Ear e Pay Day são prováveis títulos de faixas já em estágio de finalização. Ainda sem título, o disco é o primeiro da banda de Thom Yorke após o término do contrato do Radiohead com a EMI. O lançamento do sucessor de Hail to the Thief está previsto para 2006, por selo ainda indefinido.

Bethânia guia quinto disco de Mart'nália

Mart'nália iria entrar em estúdio no início de setembro para começar a gravar seu quinto disco, mas o cronograma da gravação atrasou por um bom motivo: Maria Bethânia (foto) deverá ser uma espécie de mentora do novo CD da filha de Martinho da Vila. Se não produzir efetivamente o álbum, Bethânia guiará Mart'nália na busca de repertório e sonoridades. Dependendo da negociação, ainda em curso, o disco poderá inclusive sair pelo selo da cantora baiana, Quitanda, associado à gravadora Biscoito Fino.

Ara Ketu se abriga sob o manto do Rei

Mais um nome se abriga sob o manto do Rei! Em seu novo disco, Ara Ketu (capa à esquerda), o grupo afro-baiano regrava música do repertório de Roberto Carlos, Pergunte pro seu Coração. A canção é de autoria da dupla Michael Sullivan & Paulo Massadas e foi lançada pelo cantor em seu álbum de 1991. Outras faixas do novo CD do Ara Ketu são Flecha de Cupido, Serpente Negra, Um Canto Forte, Trilha Sonora, Dim Dom, Novo Fã, Primeiro Beijo e Até de Manhã. O disco chega às lojas no início de novembro, via Sony & BMG.

Zé Pedro remixa e respeita a MPB

Resenha de disco
Título: Quero Dizer a que Vim
Artista: DJ Zé Pedro
Gravadora: Mega Music
Cotação: * * *

O DJ Zé Pedro chega ao segundo disco, Quero Dizer a que Vim, fiel à sua determinação de remixar fonogramas do universo da MPB sem destruir a melodia das gravações - como fazem nove entre dez CDs de remixes. Na realidade, este DJ gaúcho - radicado no Rio - já tinha dito a que veio no primeiro CD, Música para Dançar (2002), em que pôs respeitosamente na pista ídolos como Alcione, Clara Nunes, Maria Bethânia e Dorival Caymmi.

Pedro, que transita normalmente entre o tecno e o house, reúne novamente um time estelar, com direito a gravações inéditas, feitas especialmente para o CD. É o caso de Cavaleiro de Aruanda, tema afro de Tony Osanah que foi sucesso na voz de Ronnie Von no início dos 70 e que reaparece em registro de Rita Ribeiro. A cantora resgatou a música para seu bem-sucedido show Tecnomacumba, ainda inédito em CD e DVD, apesar dos esforços de Rita para tentar sensibilizar as insensíveis gravadoras.

O DJ também estréia como compositor em Alguma Coisa, parceria com Fernanda Porto e Gui Boratto. Porto pôs voz na música, que passa despercebida entre clássicos dos repertórios de Chico Buarque (Cotidiano), Djavan (Fato Consumado) e Zé Ramalho (Admirável Gado Novo) - todos rebobinados para as pistas a partir das gravações originais dos compositores.

Algumas sacações do repertório valorizam o disco. O pré-rap Deixa Isso pra Lá, gravado por Jair Rodrigues em 1964, é uma delas. Outra é o remix apropriadamente intitulado Capoeira de Vô Batê Pá Tu, hit da efêmera dupla Baiano & Os Novos Caetanos, formada pelos humoristas Chico Anísio e Arnaud Rodrigues nos anos 70.

Pedro ainda põe poesia literalmente na pista. O saudoso Waly Salomão aparece no disco recitando Câmera de Eco. Já o título do CD, Quero Dizer a que Vim, foi extraído do texto Nem 8 Nem 80, gravado por Marina Lima para seu disco O Chamado em 1993. Citando hit das Frenéticas, entre nessa festa e dance sem parar com o DJ que mais admira e respeita a MPB.
Domingo, Outubro 16, 2005

Extras do DVD salvam projeto ao vivo precoce e redundante de Martinho

Resenha de CD / DVD
Título: Brasilatinidade ao Vivo
Artista: Martinho da Vila
Gravadora: EMI / MZA
Cotação: * * (CD) e * * * (DVD)


Martinho da Vila lançou em abril um estupendo disco de estúdio, Brasilatinidade, com inspirado material inédito. Puxado erroneamente por regravação de Feitiço da Vila, por conta da inclusão do clássico de Noel Rosa na trilha da novela América, o álbum ainda poderia ter vida no mercado - pela alta qualidade do repertório inédito e pela idéia bacana de fazer a ligação da obra do compositor com a música de países de língua latina, representados pelos duetos gravados por Martinho na Europa com cantoras como a greco-francesa Nana Moskouri e a espanhola Rosario Flores. Infelizmente, a voracidade da indústria por projetos ao vivo acabou matando o disco, pois, seis meses depois, Martinho já está lançando "novos" DVD e CD, Brasilatinidade ao Vivo.

Se o CD soa redundante na discografia do cantor, o DVD (o segundo do artista) ainda se salva pelo conteúdo expressivo dos extras e pelo ótimo áudio - bem mais satisfatório do que o do primeiro DVD de Martinho, Conexões ao Vivo. O vídeo soa interessante para fãs do sambista porque documenta a gravação dos duetos com as cantoras estrangeiras que aparecem no disco de estúdio. É possível ver e ouvir Martinho unir sua voz à da portuguesa Kátia Guerreiro, por exemplo, em Dar e Receber.

Ainda nos extras, há o encontro do cantor com a Velha Guarda da Vila Isabel em seu Butiquim. A turma revive com a descontração de uma roda de samba clássicos como No Embalo da Vila e Renascer das Cinzas. Quanto ao show propriamente dito, a participação de Paulo Moura em Fibra valoriza o roteiro. O compositor procurou entremear músicas do último disco com sucessos como Devagar Devagarinho, Aquarela Brasileira (o célebre samba-enredo de Silas de Oliveira regravado por Martinho em seu álbum de 1975) e Vai ou Não Vai. Mesmo assim, este projeto ao vivo soa precoce e poderia se restringir ao DVD. O CD é dispensável.

Sai no Brasil disco inédito de Monk e Coltrane, com show histórico de 1957

A EMI está enfim lançando no Brasil um CD muito aguardado por jazzófilos do mundo inteiro. Trata-se de Thelonius Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall (capa à esquerda). O álbum disponibiliza as gravações inéditas encontradas no início do ano na Biblioteca do Congresso Americano, em Washington (EUA). O show realizado no Carnegie Hall em Nova York, em 29 de novembro de 1957, tinha sido gravado para uma transmissão de rádio numa fita achada somente neste ano de 2005. O CD tem alto valor documental porque são poucos e raros os registros do sax de Coltrane com o quarteto do pianista.

A rigor, o disco condensa material de duas sessões realizadas pelo grupo naquele 29 de novembro de 1957. Cinco temas são da primeira sessão (Monk's Mood, Evidence, Crepuscule with Nellie, Nutty e Epistrophy). Os quatro restantes são da segunda apresentação (Bye-ya, Sweet and Lovely, Blue Monk e novamente Epistrophy).

Max descobre disco inédito de Simonal

Por intermédio de um fã, Max de Castro tomou conhecimento de um disco de seu pai Wilson Simonal (foto) ainda inédito no mercado nacional. O álbum se chama México' 70 e foi obviamente gravado no país que sediou a Copa do Mundo de 1970, na qual a Seleção Brasileira se sagrou tricampeã. Mas o disco foi editado apenas no México. Simonal vivia seu auge de popularidade no Brasil e foi contratado a peso de ouro para fazer o LP.

A intenção de Max de Castro é lançar México' 70 no Brasil em CD, pela gravadora Trama, tão logo encontre a fita master original ou mesmo uma cópia do disco - através da qual é possível gerar outra master. A notícia da descoberta do álbum foi dada neste domingo, 16 de outubro, pelo jornal Folha de S. Paulo, em reportagem assinada por Ronaldo Evangelista.

Paul Anka recria hits de Nirvana e Oasis com um suingue típico de Frank Sinatra

Resenha de disco
Título: Rock Swings
Artista: Paul Anka
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *

Imagine Smells Like Teen Spirit - o hino do Nirvana - na voz de Frank Sinatra, nos anos 40 ou 50, época em que o cantor esbanjava suingue. É difícil, mas ficaria parecida com a versão incluída pelo sexagenário Paul Anka em seu surpreendente novo álbum, Rock Swings. Aos 64 anos, o cantor romântico de sucessos como You Are my Destiny (1959) realiza a proeza de recriar clássicos dos repertórios de Nirvana, Oasis (Wonderwall) e Bon Jovi (It's my Life) sem soar ridículo ou modernoso.

À frente de uma big-band, Anka canta estes hits roqueiros como se fosse um crooner dos anos dourados. E o resultado é bacana - especialmente com Wonderwall e It's my Life. É claro que Smells Like Teen Spirit perde a pulsação enérgica que glorificou Kurt Cobain, mas ficou elegante em traje de gala. Da mesma forma que Hello, a balada de Lionel Ritchie, teve sua carga sentimental diluída no balanço da gravação de Anka.

Até os Pet Shop Boys entram na dança! It's a Sin, hit da fase áurea da dupla, foi tirada do universo dance para virar uma canção suave que faria a festa dos casais num baile dos anos 50. Enfim, o rock suinga neste primoroso CD de Anka. Roqueiros radicais poderão enfartar ao ouvir o disco, mas donos de ouvidos sem preconceitos vão embarcar na viagem.

Vinny aciona sua 'Máquina do Dia' para comemorar 10 anos de carreira solo

A Máquina do Dia é o nome do CD que Vinny (na foto, num clique de Adriana Pittigliani) lança ainda este mês. Trata-se do nono título da discografia do artista, que completa em 2005 uma década de carreira solo (seu primeiro álbum individual, Vinny, saiu em 1995 sem nenhuma repercussão). Tudo Será Para Sempre foi a faixa eleita pela gravadora Indie Records para promover o disco nas rádios e programas de TVs.

A produção de A Máquina do Dia foi dividida entre Roberto Lly (habitual produtor dos CDs de Vinny) e Ricardo Cabral, mas o cantor pilota todos os instrumentos e é o autor de todas as músicas. Entre elas, há baladas como Farol do Mar e Pressa de Viver. A faixa-título é um rock. Fernando Magalhães, músico do Barão Vermelho, assina o texto de apresentação do disco - o release, no jargão do jornalismo e da indústria fonográfica.
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