Obra de Ray é exumada com segundo e dispensável álbum de duetos virtuais
Resenha de disco
Título: Genius & Friends
Artista: Ray Charles
Gravadora: Atlantic / Rhino
Cotação: * *
Os gênios da música - como Ray Charles - deveriam ter suas obras protegidas da ganância da indústria fonográfica. Mas o apetite das gravadoras por lucros fáceis é incessante e faz nascer subprodutos como este Genius & Friends. Sim, trata-se de um segundo e dispensável álbum de duetos do artista, produzido na cola do sucesso do primeiro, Genius Loves Company, álbum já irregular, editado ainda sob a comoção mundial da morte de Ray, em junho de 2004.
Se o primeiro foi fruto de um desejo real do cantor, este segundo nasceu da esperança da gravadora Rhino de reeditar o êxito do anterior. Os duetos não são reais, mas virtuais. O produtor Phil Ramone mixou (muito bem, diga-se) as vozes de time estelar de intérpretes (Angie Stone, Mary J. Blige, Gladys Knight e os deslocados George Michael e Laura Pausini, entre outros) com os vocais e os arranjos de gravações feitas por Ray em várias épocas. O material original é primoroso. Há blues, soul, gospel e rhythm and blues de primeira linha, mas a qualidade dos originais não impede que o álbum transcorra morno. Falta fervor, por exemplo, na releitura gospel de Imagine (John Lennon), gravada com Ruben Studdard & The Harlem Gospel Singers.
Genius & Friends é ainda mais irregular do que Genius Loves Company. Mas tem lá seus momentos, claro. Patti LaBelle & The Andrae Crouch Singers põem vibração em Shout. Da mesma forma que Alicia Keys enobrece o hino America the Beautiful, que fecha o disco em grande estilo. Mas, no geral, fica uma sensação de que algo se perdeu. Talvez porque, por mais avançada que seja, a tecnologia não consiga ainda produzir verdadeira emoção. A que existe no real encontro de Ray e Willie Nelson em Busted, número extraído de especial de TV filmado em outubro de 1991 em tributo ao Genius. É das poucas faixas que valorizam este disco pequeno diante da grandeza do legado de Ray Charles.
Título: Genius & Friends
Artista: Ray Charles
Gravadora: Atlantic / Rhino
Cotação: * *
Os gênios da música - como Ray Charles - deveriam ter suas obras protegidas da ganância da indústria fonográfica. Mas o apetite das gravadoras por lucros fáceis é incessante e faz nascer subprodutos como este Genius & Friends. Sim, trata-se de um segundo e dispensável álbum de duetos do artista, produzido na cola do sucesso do primeiro, Genius Loves Company, álbum já irregular, editado ainda sob a comoção mundial da morte de Ray, em junho de 2004.
Se o primeiro foi fruto de um desejo real do cantor, este segundo nasceu da esperança da gravadora Rhino de reeditar o êxito do anterior. Os duetos não são reais, mas virtuais. O produtor Phil Ramone mixou (muito bem, diga-se) as vozes de time estelar de intérpretes (Angie Stone, Mary J. Blige, Gladys Knight e os deslocados George Michael e Laura Pausini, entre outros) com os vocais e os arranjos de gravações feitas por Ray em várias épocas. O material original é primoroso. Há blues, soul, gospel e rhythm and blues de primeira linha, mas a qualidade dos originais não impede que o álbum transcorra morno. Falta fervor, por exemplo, na releitura gospel de Imagine (John Lennon), gravada com Ruben Studdard & The Harlem Gospel Singers.
Genius & Friends é ainda mais irregular do que Genius Loves Company. Mas tem lá seus momentos, claro. Patti LaBelle & The Andrae Crouch Singers põem vibração em Shout. Da mesma forma que Alicia Keys enobrece o hino America the Beautiful, que fecha o disco em grande estilo. Mas, no geral, fica uma sensação de que algo se perdeu. Talvez porque, por mais avançada que seja, a tecnologia não consiga ainda produzir verdadeira emoção. A que existe no real encontro de Ray e Willie Nelson em Busted, número extraído de especial de TV filmado em outubro de 1991 em tributo ao Genius. É das poucas faixas que valorizam este disco pequeno diante da grandeza do legado de Ray Charles.
2 COMENTÁRIOS:
Antes um disco virtual do que não ter mais lançamentos do grande e inesquecível Ray Charles!
Ray já é grandioso sozinho. não precisa de duetos virtuais.
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