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Sábado, Outubro 21, 2006

Zizi não confirma presença em DVD que presta tributo aos 80 anos de Tom Jobim

Em e-mail ao colunista, a respeito da nota "DVD, CD e especial para os 80 de Jobim", publicada em 18 de outubro neste blog/coluna, Zizi Possi esclarece que sua participação na homenagem aos 80 anos de Tom Jobim se restringe, por ora, aos shows. Isso signifca que a anunciada gravação do DVD - confirmada oficialmente pela empresa produtora do espetáculo, a Sarau, a partir da entrada no projeto da gravadora Biscoito Fino - poderá ser feita sem a presença de Zizi. Com a palavra, a cantora:

"Esta foto (clicada por Mila Maluhy, publicada na nota de quarta-feira e reproduzida acima) foi tirada após o primeiro dos quatro shows para os quais fomos contratados: Roberta Sá, Zé Renato, Ney Matogrosso e eu. Os shows, sim, têm como foco músicas do Tom Jobim arranjadas para orquestra de câmera. Mas os tais CD e DVD são apenas uma idéia que a empresa de produção teve e que resolveu, mesmo sem ter qualquer tipo de concordância, articular com seus contatos. Não há, nem nunca houve, esse objetivo misturado ou atrelado ao contrato dos shows. Mesmo porque um CD/DVD deste porte merece ser gravado no momento em que o show apresenta sua maturidade assegurada - coisa impossível de acontecer em quatro apresentações, em três locais diferentes. Fiquei pasma com a notícia e resolvi lhe escrever para não deixarmos o leitor esperando pelo que, muito provavelmente, não virá!".

Zizi Possi

Arquivos da RGE maltratados pela Trama

Resenha de série
Título:
Arquivos RGE
Artista:
Vários
Gravadora:
Trama
Cotação:
*

Decidida a explorar o catálogo da RGE, herdado em 1999 com a extinção da gravadora criada em 1954 em São Paulo, a Som Livre acaba de lançar a série RGE Clássicos (com 15 títulos irregulares) no momento em que começa a licenciar reedições de discos da companhia para outras empresas. Se a Deckdisc vai repor nas lojas entre novembro e março 22 títulos do acervo sertanejo da RGE (incluindo discos de João Mulato & Pardinho e Pena Branca & Xavantinho), a Trama acaba de relançar 18 álbuns em coleção que, embora intitulada Arquivos RGE, abrange também alguns títulos da Som Livre.

Em que pese o cuidadoso processo de remasterização dos álbuns, a série representa um retrocesso na forma como a indústria fonográfica vem tratando as reedições de seus acervos. A Trama - que sempre primou pelo requinte na parte visual de seus lançamentos - criou padronizada arte gráfica que faz a coleção parecer aquelas séries de compilações econômicas. Exceto pela reprodução da capa original (em escala bem reduzida) nas contracapas das reedições, nada no magro encarte remete à arte das edições originais.

Para piorar, a grande maioria dos títulos já foi editada recentemente em CD - casos dos quatro discos do Fundo de Quintal incluídos na série. Seja Sambista Também (1984), Divina Luz (1985, capa acima à esquerda), O Mapa da Mina (1986) e A Batucada dos Nossos Tantãs (1993) já tinham sido remasterizados e transpostos para o formato digital pela própria Som Livre, em 2000, na coleção Bambas do Samba. O mesmo podendo ser dito dos dois CDs de Jorge Aragão, A Seu Favor (1990) e Chorando Estrelas (1992). É fato que a remasterização em 24 bits da Trama depura um pouco mais o som original, mas o ganho é pequeno e não justifica a substituição dos álbuns no caso de consumidores que já tinham adquirido as reedições anteriores.

O valor é maior nas reedições de discos realmente raros de César Camargo Mariano (Octeto de César Camargo Mariano, 1966) e Pena Branca & Xavantinho (Uma Dupla Brasileira, 1982). Em compensação, nada justifica a seleção de seis discos da dupla Teodoro & Sampaio, incluindo uma coletânea (As 14 Mais de Teodoro & Sampaio, 1998) que repete os fonogramas dos outros cinco CDs. Sobretudo porque a obra de Teodoro & Sampaio, a despeito da popularidade da dupla no interior do Brasil, não tem o peso do acervo de nomes como Pena Branca & Xavantinho, para ficar somente no universo da RGE.

A seu favor, a coleção Arquivos RGE tem o mérito de repor em catálogo discos de Luiz Melodia (Mico de Circo, 1978), Azimuth (Azimuth, 1975) e Robson Jorge & Lincoln Olivetti (Robson Jorge & Lincoln Olivetti, 1982), que, embora já reeditados em CD, tinham sumido das lojas. Mas é pouco para série produzida por gravadora tão criteriosa como a Trama.
Sexta-feira, Outubro 20, 2006

Show de Cássia Eller no 'Rock in Rio 3', que vira CD e DVD, é bem fiel à artista

Já exumaram demais a obra de Cássia Eller (1962 - 2001), mas, justiça seja feita, de todas as gravações que vieram à tona postumamente, a apresentação da cantora no Rock in Rio 3 é o retrato mais fiel e vigoroso da artista, com a vantagem de flagrar Cássia no auge artístico. O registro do show da cantora no festival será editado em CD (nas lojas ainda em outubro) e, na seqüência, em DVD. É o primeiro produto de série de gravações do festival, criada pela gravadora MZA em parceria com a Artplan, a empresa de Roberto Medina, produtor do evento.

Cássia Eller não sabia, mas ao subir no Palco Mundo do Rock in Rio 3, em 13 de janeiro de 2001, teria menos de um ano de vida. Pela maneira visceral com que apresentou o roteiro de 11 músicas, até parece que Cássia (à esquerda no show, em foto de Leo Correa) intuía que, em 29 de dezembro daquele mesmo trágico ano, ela sairia precocemente de cena, depois de alcançar explosivo sucesso comercial com o lançamento de CD e DVD na série Acústico MTV.

A releitura demolidora de Partido Alto - música do repertório de Chico Buarque que Cássia gravaria em seguida no seu acústico - já exemplifica a energia da artista no show. Intérprete exata, Cássia sabia valorizar as letras que cantava com pequenos detalhes como o riso de descrença na providência divina que ela deixa escapar após o verso "Diz que Deus dará". O registro igualmente nervoso de E.C.T. - mais pesado do que o da gravação original e com forte camada percussiva - corrobora a potência da cantora no consagrador show.

"Vamos tocar uma música do Cazuza", anunciou Cássia antes de iniciar Obrigado (Por Ter se Mandado) em andamento meio hardcore. A ironia dos versos desta parceria de Cazuza e Zé Luiz - gravada pela cantora no álbum Veneno Antimonotonia (1997) - foi perfeita para Cássia mostrar sua sabedoria de intérprete. "Vamos fazer uma música do Nando Reis", emendou a artista para, então, apresentar O Segundo Sol, número zen de um roteiro endiabrado que inclui ainda Infernal, outra música de Nando, turbinada com diabólicos solos de guitarra.

"Cássia Eller é a maior cantora do Brasil", saudou, não sem razão naquele momento, Fábio Allman, o Fabão, depois de dividir com a artista Faça o que Quiser Fazer, música do grupo carioca A Bruxa, integrado na época pelo cantor, e que já tinha sido gravada pela roqueira no disco Veneno Vivo (1998). O dueto começa meio bluesy e descamba para o hardcore. Da mesma forma que Malandragem começa suave, com pegada quase folk, e vai ganhando peso.

Ao se apresentar no Rock in Rio 3, Cássia Eller já formatava seu Acústico MTV. Por isso, Quando a Maré Encher, do repertório da Nação Zumbi, foi anunciada como "uma música do disco novo" depois da releitura - cheia de improvisos e citações - de Coroné Antonio Bento, dividida com Márcio Mello, anunciado por Cássia como "um roqueiro baiano da pesada". A Nação Zumbi - que dá depoimento no DVD sobre seu encontro com Cássia - encheu a Maré com seus tambores depois de tocar em Come Together, dos Beatles.

O fim apoteótico foi com Smells Like Teen Spirit, o hino do Nirvana. O público já estava totalmente nas mãos da garotinha. E ela deu show naquele 13 de janeiro de 2001, sem o tom mais comportado de seu show seguinte, Acústico MTV, com o qual a artista rodaria o Brasil naquele ano em turnê nacional. A apresentação do Rock in Rio 3, de certa forma, é o último registro em que Cássia Eller foi realmente Cássia Eller.

Três singles saem das águas de Bethânia

A exemplo do que aconteceu quando Marisa Monte editou simultaneamente os discos Infinito Particular e Universo ao meu Redor, em março, os dois CDs que Maria Bethânia vai lançar no início de novembro terão músicas de trabalho distintas. E serão três, ao todo. Pirata (capa à direita) será puxado por Eu que Não Sei Quase Nada do Mar, parceria de Ana Carolina com Jorge Vercilo. Já Mar de Sophia terá nada menos do que dois singles: a faixa Memórias do Mar, de Vevé Calazans e Jorge Portugal, e Debaixo d'Água, tema de Arnaldo Antunes ao qual Bethânia agregou a letra de música dos Titãs, Agora.

Astros parecem pouco à vontade na festa e nos duetos de 80 anos de Tony Bennett

Resenha de CD
Título:
Duets - An American Classic
Artista:
Tony Bennett
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* *

Aos 80 anos, Tony Bennett já não exibe a voz e o fraseado impecáveis que impressionavam até Frank Sinatra. Mas, considerando sua idade, Bennett até que ainda dá conta do recado como cantor. De qualquer forma, mais do que virtuosismos vocais, o que conta neste Duets é a celebração de sua trajetória. A fórmula é a mais batida possível: reunir estrelas de universos musicais distintos para regravar com o astro standards igualmente batidos da canção americana, com arranjos orquestrais típicos de uma big-band.

O time, estelar, inclui Bono Vox (I Wanna Be Around), Paul McCartney (The Very Thought of You), Michael Bublé (Just in Time), Elton John (Rags to Riches) Elvis Costello (Are You Havin' Any Fun?), Sting (The Boulevard of Broken Dreams), Diana Krall (The Best Is Yet to Come) e James Taylor (Put on a Happy Face), entre outros nomes. A lista de convidados atesta o prestígio de Bennett. Mas o fato é que, por vezes, o cantor soa como um clone de si mesmo ao regravar músicas que já mereceram melhores registros. Até Stevie Wonder parece fora do tom em For Once in my Life. Da mesma maneira que Barbra Streisand dá a impressão de estar forçada em Smile. O único dueto que evoca a classe e a magia de tempos idos é o feito com k.d. Lang em Because of You. Paira a sensação de que os convidados, em sua maioria, estão pouco à vontade na festa do octagenário Tony Bennett.

Alcione e Ney no segundo solo de Jerrell

Segundo álbum solo de Jerrell Lamar (integrante da última formação do Magic Platters, conjunto que tentava evocar a aura do grupo The Platters), Don't Stop traz as inusitadas participações de Alcione e Ney Matogrosso em músicas compostas por Jerrell para os intérpretes brasileiros. A suingada Get This Party Started conta com a voz da Marrom. Já Ney canta See You in Rio, tema de tom mais cool. O CD (capa à esquerda) está sendo editado no mercado nacional pela Indie Records.
Quinta-feira, Outubro 19, 2006

Coleção 'RGE Clássicos' peca pela falta...

Reedições de 15 discos do acervo da RGE
Resenha de série
Título:
RGE Clássicos
Artista:
Vários
Gravadora:
Som Livre
Cotação:
* *

Antes de se projetar como parceiro de Vinicius de Moraes, a partir dos anos 70, Toquinho despontou no mercado fonográfico em 1966 com A Bossa do Toquinho (capa à direita), LP que trazia bissexta parceria de Elis Regina com o radialista Walter Silva, Triste Amor que Vai Morrer. O disco de Toquinho é um dos poucos acertos da série RGE Clássicos, produzida por Carlos Alberto Sion com a reunião de 15 títulos garimpados no baú da extinta RGE, gravadora brasileira aberta em 1954 que resistiu até 1999, ano em que foi extinta e teve seu acervo incorporado ao arquivo da Som Livre.

A coleção traz para o formato digital alguns outros títulos valiosos - casos do álbum de estréia do grupo Novos Baianos (É Ferro na Boneca, 1970, capa à esquerda) e de um disco ao vivo de Marlene (É a Maior, registro de 1970 do show roteirizado e dirigido por Fauzi Arap e Hermínio Bello de Carvalho). Infelizmente, as reedições produzidas por Sion não primam pelo requinte das coleções idealizadas por pesquisadores mais atentos à preservação das informações como, por exemplo, Charles Gavin (criador da série Som Livre Masters) e Rodrigo Faour (responsável pela criteriosa reedição da obra de Maria Bethânia).

Há lapsos indesculpáveis na série RGE Clássicos. O mais grave é a omissão da data de lançamento das edições originais. Econômicas, as atuais reedições se limitam a reproduzir a capa e a contracapa dos LPs. Não há sequer um mínimo texto que contextualize para o consumidor a gravação e a importância de álbuns como A Música de Jobim e Vinicius (Elza Laranjeira, 1962), Ana Lúcia Canta Triste (1964), Uma Noite no Cangaceiro (Helena de Lima, 1964) e Caminhos Cruzados - Caymmis, Lobos & Jobins (Quarteto em Cy, 1981).

A seleção de títulos também denuncia o pouco rigor do pesquisador. Não havia razão para relançar discos que já haviam ganhado recentes e alentadas reedições do selo Dubas. Casos de Afinal... (Alaíde Costa, 1963), Wanda Vagamente (Wanda Sá, 1964) e Embalo (Tenório Jr., 1964). Reedições - justiça seja feita - com encartes fartos de textos antigos e atuais sobre os discos, além de ficha técnica completa. Tudo o que faltou na série RGE Clássicos. Que venha a série Som Livre Masters 2!

Atriz Scarlett Johanson canta Tom Waits

Atriz de filmes como Match Point e Dália Negra, Scarlett Johanson (foto) vai arriscar seu crescente prestígio na indústria fonográfica com uma investida no mercado fonográfico. A artista já teria entrado em estúdio para começar a gravar um álbum em que interpreta somente músicas do compositor norte-americano Tom Waits. O CD já tem até título, Scarlett Sings Tom Waits, mas ainda não tem previsão de lançamento.

Queens of Stone Age em alta definição

Editado em janeiro nos Estados Unidos, o kit de DVD + CD Over the Years and Through the Woods (capa à esquerda), do grupo Queens of the Stone Age, está sendo lançado este mês no mercado brasileiro, pela Universal Music. Dirigido por Chapman Baehler, o DVD capta 28 números em câmeras de alta definição. Já o CD, subintitulado Live in London 2005, reúne 14 músicas gravadas ao vivo. Entre elas, Song for the Dead, Little Sister e Long Slow Goodbye.

Gustavo Lins tenta de novo na Sony BMG

Dispensado pela Warner Music depois de dois discos de estúdio e um projeto ao vivo desmembrado em CD e DVD, o pagodeiro teen Gustavo Lins - fornecedor de músicas para intérpretes como Alcione e Kelly Key - encontrou abrigo na gravadora Sony & BMG, por onde lança ainda em outubro seu quarto álbum, Impossível te Esquecer. O disco reúne 15 músicas inéditas de autoria de Lins (à direita), compostas com parceiros como Umberto Tavares (Qual É?, Esqueça Tudo) e Cacá Nunes (Minha Namorada). Na seqüência do CD, produzido por Prateado, Lins lança o DVD homônimo, com mais quatro músicas e o registro da gravação em estúdio.
Quarta-feira, Outubro 18, 2006

DVD, CD e especial para os 80 de Jobim

Dando partida nas comemorações pelos 80 anos que Tom Jobim (1927 - 1994) completaria em 25 de janeiro de 2007, a gravadora Biscoito Fino vai gravar o show Homenagem a Tom Jobim - que reúne os cantores Ney Matogrosso, Roberta Sá, Zé Renato e Zizi Possi (na foto acima, em clique Mila Maluhy) - em parceria com o Canal Brasil. Além de ser exibido na televisão, em janeiro, o espetáculo será editado em DVD e em CD ao vivo. A estréia é nesta quarta-feira, 18 de outubro, na casa Credicard Hall (SP). Na terça-feira, 24 de outubro, uma segunda apresentação será feita no Rio de Janeiro, na casa Claro Hall.

Diretor musical do projeto, Mario Adnet criou novos arranjos para alguns clássicos do repertório de Tom Jobim. Zé Renato interpretará Insensatez e A Felicidade, fazendo em seguida dueto com Zizi Possi em Eu te Amo. Zizi reviverá Luiza e Wave. Já Ney Matogrosso cantará Retrato em Branco e Preto e Falando de Amor. Em seguida, Ney divide os vocais de Modinha e Desafinado com Roberta Sá, que, sem Ney, recordará Chovendo na Roseira e Por Causa de Você. Todos na companhia luxuosa de uma orquestra formada por 21 músicos e que inclui o próprio Mario Adnet ao violão.

Da Lua revive Geraldo em segundo solo

O DJ carioca Marcelinho da Lua já entrou em estúdio para gravar seu segundo disco solo. O sucessor de Tranqüilo tem lançamento previsto para 2007 pela gravadora Deckdisc. No CD, que será finalizado até dezembro, Da Lua rebobina um samba de Geraldo Pereira e Nelson Trigueiros datado de 1943 - Sem Compromisso, regravado no álbum por Pedro Quental - e se apresenta como compositor na faixa Papo de Ya Ya, feita por Da Lua em parceria com Marlon Sette, trompetista da Orquestra Imperial.

Amor e morte nos temas de Uns e Outros

Projetado nos anos 80 com o hit Carta aos Missionários, o grupo Uns e Outros (acima, em clique de Fotonautas) tenta nova investida no mercado fonográfico com disco de inéditas, Canções de Amor e Morte, nas lojas no fim de outubro com selo da gravadora Performance e distribuição da Universal Music. Marcelo Hayena (voz), Nilo Nunes (guitarra) e os irmãos André (guitarra) e Zarmo Mainieri (bateria) apresentam 12 novas músicas, com arranjos vocais de Bruno Gouveia, o cantor do Biquini Cavadão. Entre as faixas, Eu Matei o Amor, Um Dia de Cada Vez, Depois do Temporal e Pra Cada Amor um Adeus. O último disco do Uns e Outros, Tão Longe do Fim, foi editado em 2002.

Sai Caetano e entra Chico na ode a Lago

Caetano Veloso já tinha aceitado gravar participação no projeto produzido em tributo a Mario Lago (à direita em foto de Paulo Alvadia), mas desistiu, alegando agenda cheia. Para compensar a ausência do compositor baiano, outro peso-pesado da MPB foi convocado - e aceitou imediatamente o convite - para engrossar o elenco que revive músicas de Lago para os três CDs previstos no tributo. Chico Buarque vai regravar Aurora, marcha composta por Lago em 1940, em parceria com Roberto Roberti. Lançada em disco pela dupla Joel e Gaúcho, Aurora foi um dos maiores sucessos do Carnaval de 1941.
Terça-feira, Outubro 17, 2006

Obra de Elis ainda dá fôlego ao mercado 25 anos depois da morte da 'Pimentinha'

Morta há quase 25 anos, em 19 de janeiro de 1982, Elis Regina vive. Ao menos, sua obra está sendo cada vez mais revitalizada pela indústria fonográfica para dar fôlego a um mercado carente de produtos de peso. Enquanto a EMI aguarda as últimas autorizações para pôr nas lojas caixa com três DVDs com registros de três especiais (Doce de Pimenta, Falso Brilhante e Na Batucada da Vida) feitos pela cantora na televisão nos anos 70, com direção de Roberto de Oliveira, a Trama anuncia a restauração de um clássico da discografia de Elis, Falso Brilhante, álbum de estúdio lançado em 1976 com base no show apresentado pela cantora entre 1975 e 1977.

Dois meses de a Universal lançar reedição do disco Elis & Tom (1974), com primorosa remasterização de Luigi Hoffer, a mesma Trama vai pôr nas lojas em novembro a reedição alentada do último álbum da cantora, Elis, de 1980. A reedição agrega ao repertório original versões instrumentais (de Vento de Maio, Calcanhar de Aquiles e Só Deus É Quem Sabe) e versões a capella (de Trem Azul e Se Eu Quiser Falar com Deus), além de DVD com o registro da última entrevista da artista, concedida em janeiro de 1982 ao programa Jogo da Verdade, da TV Cultura. A apresentação é de Salomão Esper, com intervenções de Mauricio Kubrusly e Zuza Homem de Mello, entre outros.

Grupo Madredeus termina em dezembro

Criado em Lisboa, em 1985, o grupo Madredeus (foto) teve seu fim anunciado esta semana em Portugal e na Espanha. Até segunda ordem, a banda vai se dissolver em dezembro, depois de cumprir os últimos shows agendados para 2006. A filial portuguesa da gravadora EMI, que edita os discos do Madredeus, já está ciente da dissolução do quinteto, mas ainda acredita num reagrupamento a médio ou longo prazo. Por ora, Teresa Salgueiro, Pedro Ayres Magalhães e Cia. vão partir para projetos individuais.

Chico César lança hoje o DVD em que se encontra com Elba, Bethânia e Carolina

Chico César lança oficialmente seu primeiro DVD, Contos e Encontros de uns Tempos pra Cá (capa à esquerda), com bate-papo mediado pelo jornalista Lázaro de Oliveira na loja Fnac Pinheiros (SP) a partir das 17h desta terça-feira, 17 de outubro. Gravado no Auditório Ibirapuera (SP), na turnê do álbum De uns Tempos pra Cá, o show perpetuado no DVD conta com intervenção de Elba Ramalho (em Por Causa de um Ingresso do Festival Matou Roqueira de 15 Anos e no medley que une A Prosa Impúrpura do Caicó a Asa Branca).

Nos extras, o DVD apresenta encontros de Chico no estúdio da gravadora Biscoito Fino com Maria Bethânia (que canta Onde Estará o meu Amor? e A Força que Nunca Seca, músicas do compositor lançadas pela intérprete em 1996 e em 1999, respectivamente), Ana Carolina (em novos registros de Mulher Eu Sei e Mais que Isso, primeira parceria de Ana com o artista paraibano) e Chico Pinheiro (em 1 Valsa P/ 3, parceria do violonista com o compositor), além de minidocumentário sobre o show e do clipe da faixa-título do CD De uns Tempos pra Cá. A direção do DVD é de Douglas Costa Kuruhma, que já trabalhou com bandas como White Stripes, Jamiroquai e U2.

Aydar dá tratamento moderno ao samba

Resenha de CD
Título:
Kavita 1
Artista:
Mariana Aydar
Gravadora:
Universal Music
Cotação:
* * * *

Mais uma ótima cantora chega ao mercado fonográfico com repertório voltado para o samba. Se a carioca Mariana Baltar ofereceu abordagem mais tradicional do gênero em seu recém-lançado primeiro CD, Uma Dama Também Quer se Divertir, sua colega paulista de nome semelhante, Mariana Aydar, dá tom mais contemporâneo ao samba em Kavita 1, sem exagerar na dose eletrônica. Kavita 1 lembra a irretocável estréia de Roberta Sá em 2005 com Braseiro, pela combinação harmônica de canto, arranjos e repertório. Filha do compositor Mário Manga, Aydar se revela cantora segura, de gosto apurado e fraseado impecável, como pode ser comprovado na sua interpretação de Deixa o Verão, tema do hermano Rodrigo Amarante.

É fato que muito do mérito do CD repousa nas mãos do produtor BiD, responsável pela excelência dos arranjos. Em Vento no Canavial, música de João Donato regravada com a presença do autor ao piano e ao trombone, BiD consegue simular ventania com seus efeitos. Zé do Caroço é outro exemplo do feliz tratamento dado ao repertório. Com percussão mais econômica, o samba de Leci Brandão tem realçada a mensagem social da letra, cantada por Aydar em dueto com a autora. Zé do Caroço ganha banho de loja e parece outra pessoa. Felizmente, a inspiração dos arranjos não empana o canto de Aydar, que esbanja suingue em Menino das Laranjas, samba de Théo de Barros popularizado por Elis Regina nos anos 60, e evoca a vertente afro da obra de Clara Nunes em Candomblé (Edmundo Souto, Danilo Caymmi e Paulo Antônio).

O disco seria perfeito se Aydar tivesse resistido à tentação de se apresentar como compositora. Festança - parceria da artista com Duani, multiinstrumentista que assina a produção de três das 11 faixas - é a música mais fraca de um repertório aberto esplendidamente com releitura de Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e fechado de forma igualmente primorosa com Maior É Deus, outro samba letrado por Paulo César Pinheiro, no caso sobre melodia de Eduardo Gudin. Entre as duas obras-primas, um refrescante tema litorâneo de Chico César, Prainha.

Como Roberta Sá em Braseiro, Mariana Aydar exala frescor em Kavita 1. Se entender que sua área de atuação é o canto, e não a composição, tem tudo para se firmar em escala nacional.
Segunda-feira, Outubro 16, 2006

Novo CD de Ana Carolina deve ser duplo

O CD que Ana Carolina (foto) está gravando no Rio - e que chegará às lojas até o fim do ano - deverá ser um álbum duplo. A idéia da cantora e compositora era lançar o disco somente em 2007, mas, pelo cronograma da gravadora Sony & BMG, o CD sai entre novembro e dezembro. Trata-se do primeiro trabalho solo da artista desde Estampado, editado em 2003.

Arantes e Alceu na 'Som Livre Masters 2'

Emblemático álbum ao vivo gravado e lançado por Alceu Valença há 30 anos, Vivo! (1976, capa à direita) ganha sua primeira reedição em CD na série Som Livre Masters 2. Entre os títulos da nova fornada da coleção, produzida por Charles Gavin, há discos de Guilherme Arantes (Guilherme Arantes, 1976, capa à esquerda), Cláudia (Cláudia, 1967), Maysa (Canção do Amor Mais Triste, 1962), Moraes Moreira (Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira, 1979), Marcos Valle (Marcos Valle, 1983), Francis Hime (Passaredo, 1977), Toquinho (Boca da Noite, 1974), Dom Beto (Nossa Imaginação, 1978), Casa das Máquinas (Casa das Máquinas, 1974), Trio Mocotó (Trio Mocotó, 1973), Joelho de Porco (Joelho de Porco, 1978), Hector Costita Sexteto (Impacto, 1964), Agostinho dos Santos (Vanguarda, 1963) e Guiomar Novaes (Guiomar Novaes, 1974), entre outros nomes.

Biscoito distribui Rita e negocia com Zizi

Rita Ribeiro acertou com a gravadora Biscoito Fino a distribuição do CD Tecnomacumba, gravado pela cantora em estúdio com o repertório do bem-sucedido show homônimo. O disco deverá chegar às lojas no fim de novembro. Por conta do acerto, Rita (acima, em cena do show, clicada por Márcio Vasconcelos) encerrou na sexta-feira, 13 de outubro, a venda particular do CD feita em seu site oficial (www.ritaribeiro.com.br).

E por falar em Biscoito Fino, Olivia Hime - diretora artística da gravadora - esteve almoçando com Zizi Possi e um dos assuntos foi uma futura parceria da companhia com a artista. Por ora, no entanto, tudo não passa ainda de uma conversa informal. Mas pode ser que Zizi acabe engrossando um elenco que já conta com nomes como Chico Buarque, Leila Pinheiro e Maria Bethânia. O último trabalho da cantora, Pra Inglês Ver e Ouvir, foi gravado ao vivo e teve distribuição da Universal Music.

'Botinada' foca punk com olhar imparcial

Resenha de DVD
Título:
Botinada - A Origem do Punk no Brasil
Artista:
Vários
Gravadora:
ST2
Cotação:
* * * *

Em 1982, quando entraram num sonhado estúdio de oito canais para registrar as músicas da seminal coletânea Grito Suburbano, músicos das bandas Cólera, Inocentes e Olho Seco se depararam com a ignorância do técnico de som sobre o rock que já explodia nas periferias de São Paulo sob a ideologia punk. O técnico implicou com chiado que, a rigor, era o som distorcido das guitarras dos grupos. O episódio é relembrado com bom humor em Botinada - A Origem do Punk no Brasil, documentário produzido e dirigido por Gastão Moreira sobre a geração punk que se formou (sobretudo) em São Paulo na virada dos anos 70 para os 80.

Com entrevistas inéditas e farto material de arquivo, o filme - editado em DVD pela gravadora ST2 - rebobina a (des)articulação de um movimento que precisou aparar as próprias arestas para se firmar. "A maioria queria saber de farra e treta", dispara João Gordo, pioneiro militante punk que migraria para o metal ao ingressar no grupo Ratos de Porão. "No começo, punk rock não era movimento. Era gangue. Que era contra o sistema e até o cara do outro bairro", corrobora Clemente, líder do Inocentes que atualmente se reveza entre seu grupo mais famoso e o posto recém-adquirido de vocalista da Plebe Rude, banda nascida em Brasília também sob a influência do punk.

A propósito, a primazia de ter semeado o punk em solo brasileiro é reivindicada no filme tanto por paulistas quanto por brasilienses. Botinada foca seu olhar terno e imparcial sobre a geração de São Paulo, mas sem deixar de citar a desgarrada Banda do Lixo, nascida em Minas Gerais, e a cena gaúcha, representada no filme por Wander Wildner, líder do grupo Os Replicantes. Entre imagens inéditas (como a apresentação do Cólera no Olimpop, programa da TV Tupi) e depoimentos reveladores, o documentário historia a aglutinação dos punks no Metrô de São Bento e a rivalidade com as gangues do ABC que resultaria em conflitos sangrentos e acabaria triunfando no emblemático festival O Começo do Fim do Mundo, que deu em 1982 repercussão internacional a um movimento ainda desconhecido pelo próprio Brasil.

A riqueza do material de arquivo - que inclui trechos de documentários da época como Garoto de Subúrbio e Punks - contribui para atestar a veracidade dos depoimentos e para a edição quase frenética do filme atual. É possível ver a banda Lixomania em show feito no Circo Voador (RJ) em 1983 e imagens da apresentação nada amistosa de grupos punks na boate Gallery (SP), reduto da elite burguesa, um dos alvos preferenciais da revolta disseminada no repertório das bandas.

Impulsionada pela violência que insistia em se alastrar no universo punk, a incompreensão da mídia elitizada a respeito da ideologia dos grupos geraria desfocadas reportagens no jornal Estado de São Paulo e no programa Fantástico (da Rede Globo) que, em maior ou menor grau, contribuiriam para a diluição do movimento, cuja semente ainda germina em corações e mentes como a de Pádua. "Sou punk e vou morrer punk", diz o músico, que perdeu uma mão ao manusear bomba caseira em conflito com gangues rivais. O depoimento firme de Pádua encerra o filme, sinalizando que a história continua...
Domingo, Outubro 15, 2006

Caymmi e Calcanhotto no mar de Jussara

Embora já tenha dedicado um álbum inteiramente à obra de Dorival Caymmi (Canções de Caymmi, 1998), Jussara Silveira (à esquerda) incluiu música do compositor baiano, Morena do Mar, em seu quinto CD, Entre o Amor e o Mar, nas lojas em novembro. A faixa-título é parceria inédita de Luiz Tatit e Ná Ozzetti. Adriana Calcanhotto assina outra inédita do repertório, Meu Coração Só. Do compositor baiano Paquito, Jussara canta Sonhei que Eu Era Feliz. O disco tem produção e arranjos do violonista Luiz Brasil, com quem a cantora dividiu seu último trabalho, Nobreza.

Bebel e Leila na trilha lounge de Páginas

A releitura do Samba da Benção na voz de Bebel Gilberto é um dos destaques da trilha lounge da novela Páginas da Vida. Editado pela Som Livre, o CD (capa à direita) chega às lojas simultaneamente com o disco que traz a seleção internacional da trama de Manoel Carlos. Sob o vago rótulo de lounge, a terceira trilha da história harmoniza gravações de Leila Maria (Dindi, fonograma do CD Off Key), Paula Fernandes (Dust in the Wind, regravação de sucesso do grupo Kansas) e da dupla Celso Fonseca & Ronaldo Bastos (La Più Bella del Mondo). Vale ressaltar que várias músicas dessa trilha tocam até mais na novela do que muitos temas do repertório internacional oficial.

Ator Rafael Almeida grava CD pela EMI

Intérprete do pianista adolescente Luciano na novela Páginas da Vida, o ator Rafael Almeida vai gravar um disco - como cantor - pela EMI, a mesma gravadora que acabou de lançar o CD de sua irmã, a cantora Tânia Mara, intérprete de Se Quiser, uma das músicas mais tocadas nas rádios atualmente por conta de sua execução quase diária na trama. Obviamente, a idéia da EMI é editar o disco de Almeida (acima, em foto de Renato Rocha Miranda) ainda com a novela no ar, para faturar com a popularidade do artista entre o público juvenil.

Pop gótico do Evanescence abre portas

Resenha de CD
Título:
The Open Door
Artista:
Evanescence
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * * *

Mesmo sem o dissidente guitarrista Ben Moody, o grupo americano mantém o alto nível de seu pop gótico e passa no teste deste que pode ser considerado seu segundo disco, já que foi a partir do anterior Fallen (2003) - este, sim, o segundo álbum do Evanescence, mas o primeiro a ser editado por uma gravadora major - que a vocalista Amy Lee e Cia. ganharam projeção mundial graças a hits como Bring me to Life e My Immortal (música, a rigor, lançada no álbum de estréia da banda, Origin).

Pela capa, já é possível detectar o tom dark de faixas como Snow White Queen. The Open Door exibe repertório coeso que impressiona especialmente em Lacrymosa, faixa urdida com mix de guitarra, piano e coro. A voz de Amy Lee continua em plano especial, sobretudo quando o seu piano se destaca no arranjo, como na balada Lithium. Enfim, não é o segundo disco do grupo, mas é como se fosse. E músicas como Call me When You're Sober prenunciam que as portas da indústria fonográfica continuarão abertas para o Evanescence.

Caixa flagra três fases do Barão na MTV

A Warner Music está lançando a caixa MTV Barão Vermelho - 1991 . 2005, que reúne três DVDs com os registros de três programas gravados pelo grupo carioca na MTV, em fases distintas de sua trajetória. O box fecha mais um ciclo na carreira da banda, que entrará em novo recesso em 2007.

Inédito em DVD e em CD, o Acústico MTV da banda inaugurou a série no Brasil em 1991. Também inédito em DVD, mas lançado em CD, o Balada MTV foi gravado pelo Barão em 1999, um ano depois de o grupo experimentar sons eletrônicos no álbum Puro Êxtase e um pouco antes da dissolução anunciada como um recesso pelos músicos. Já o terceiro DVD, gravado em 2005 na série MTV ao Vivo, sedimentou a volta do quinteto após o lançamento de um disco de inéditas.

A única música recorrente no roteiro dos três shows é O Poeta Está Vivo. Como houve um erro na contracapa do box, que troca o nome da última música do Acústico MTV (Ponto Fraco, erroneamente creditada como Rock'n'Geral), a Warner Music divulgou comunicado oficial em que promete corrigir o erro na próxima tiragem da caixa. A propósito, a tiragem inicial do box é de seis mil cópias.
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