No Brasil e no exterior, o rap reafirmou sua força em 2005. Nos Estados Unidos, terra natal do hip hop, Kanye West (foto) fez o melhor disco do ano no gênero,
Late Registration, e se consagrou um dos campeões de vendas. Seu álbum vendeu 2 milhões e 360 mil unidades até 29 de dezembro - perdendo, por pouco, para o último disco do grupo Black Eyed Peas,
Monkey Business, que já vendeu 2 milhões e 940 mil exemplares e está prestes a conquistar um triplo
Disco de Platina.
O grande campeão foi 50 Cent. O discípulo de Eminem, da linha
gangsta, realmente massacrou as paradas. Primeiro com seu segundo álbum solo,
The Massacre, que contabilizou quatro milhões e 830 mil cópias vendidas. Depois, com a recente trilha de seu filme
Get Rich or Dye Tryin', que fecha o ano com 1 milhão e 48 mil cópias vendidas somente nos EUA. E Eminem, mesmo sem reinar absoluto como em anos anteriores, ainda é carta dentro do jogo da indústria do hip hop: sua recém-lançada primeira coletânea,
Curtain Call, já vendeu 1 milhão e 196 mil cópias.
No Brasil, o rap ainda viveu quase à margem do mercado, sem dominar as paradas, mas com público vasto e fiel. Parteum fez bonito com seu
Raciocínio Quebrado, CD cheio de cadências inusitadas, e Rappin' Hood continuou à procura da batida perfeita da mistura de samba e rap em seu ótimo
Sujeito Homem 2, que trouxe entre os convidados os tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil. Já Gabriel O Pensador procurou renovar seu som em
Cavaleiro Andante, ótimo álbum que não obteve a merecida repercussão comercial.
Para 2006, a aposta é o Motirô, contratado pela EMI depois do estouro de
Senhorita nos bailes. Seu CD
Episódio 1 - Um Passo à Frente acaba de chegar às lojas. Mas Cabal, um dos integrantes do grupo, foi seduzido por proposta da Universal, caiu fora do grupo (agora reduzido a uma dupla formada por DJ Hum e Lino Crizz) e vai lançar disco solo.