Sábado, Outubro 28, 2006
Dois remixes de Chico de graça na rede
Em seu reformulado site oficial (
www.biscoitofino.com.br), a gravadora Biscoito Fino disponibiliza gratuitamente dos remixes criados por DJ Dolores em cima da regravação de
Ode aos Ratos, feita por Chico Buarque para seu CD
Carioca, editado em maio. Parceria de Chico com Edu Lobo, Ode aos Ratos foi lançada em disco na trilha do musical
Cambaio. DJ Dolores rebobinou o baião-rap em duas versões: uma para as rádios e outra para as pistas.
A estratégia obviamente visa aproximar Chico Buarque de um público jovem que, em sua maioria, permanece distante da obra do compositor - em que pese o leve flerte com o rap e com a linguagem eletrônica esboçado pelo artista em
Carioca, álbum pautado sobretudo pelo requinte harmônico dos arranjos que embalam um repertório irregular e pouco sedutor.
DVD capta Clapton no Montreux de 1986
A gravadora ST2 lança no mercado brasileiro mais um título da série de DVDs
Live at Montreux. Trata-se da gravação do show feito por Eric Clapton no festival suíço em 1986. Na companhia de um trio que incluía Phil Collins na bateria (um luxo, pois Collins já era na época um dos maiores vendedores de discos do mundo),
Deus cantou e tocou sua guitarra. O roteiro de 16 números que empilha hits de Clapton. Entre eles,
Cocaine,
Layla,
I Shot the Sheriff e
Tearing Us Apart. Detalhe:
White Room aparece no DVD em dois momentos distintos: no show de 1986 e, nos extras, em take da apresentação de Clapton na edição de 1992 do Festival de Montreux.
Musical 'Floribella' já nas lojas em DVD
Novela infanto-juvenil exibida pela Band,
Floribella não chegou a ser um fenômeno de audiência como
Rebelde - a atração similar do SBT que projetou no Brasil o grupo mexicano RBD. Mas
Floribella também tem seu público cativo, que consome produtos como os CDs com a trilha da história e o DVD (
capa à esquerda) recém-editado pela gravadora Universal.
Floribella - O Musical traz o registro do show inspirado na trama. Juliana Silveira, Mário Frias e outros integrantes do elenco da novela entoam as músicas da trilha nas peles de seus personagens. Além do espetáculo, o DVD traz galeria de fotos e clipes de músicas como
Te Sinto (cantada em dueto pelo casal Flor e Conde, o principal par romântico da história). Ame-os ou deixe-os!
Sexta-feira, Outubro 27, 2006
Luz e Marçalzinho gravam ode a Marçal
Moacyr Luz
(à esquerda na foto de Márcio Mercante) e Marçalzinho vão registrar em CD o show que o duo vem fazendo no Rio de Janeiro em tributo ao Mestre Marçal. O disco está sendo gravado no estúdio da Deckdisc e - fiel à linha econômica adotada pela gravadora - será um trabalho somente de voz, violão e percussão. Filho do mestre, Marçalzinho responde pela percussão. Luz toca violão e canta músicas como
Agora É Cinza (Bide e Marçal),
Não Diga a Ela Minha Residência (Bide) e
Zuela de Oxum (Martinho da Vila e Moacyr Luz).
Quinta-feira, Outubro 26, 2006
Adeus, Duprat, o maestro genial da MPB
Um dos arranjadores mais importantes da música brasileira, figura-chave na orquestração do movimento tropicalista arquitetado por Caetano Veloso e Gilberto Gil em 1968, o maestro Rogério Duprat
(à direita) saiu de cena nesta quinta-feira, 26 de outubro, aos 74 anos. Carioca, Duprat morreu em hospital de São Paulo, vítima de complicações decorrentes de um câncer na bexiga e do mal de alzheimer.
Somente os antológicos arranjos de
Domingo no Parque (Gilberto Gil, 1967) e de
Construção (Chico Buarque, 1971) bastam para atestar a genialidade e a inventividade de Rogério Duprat como orquestrador. Igualmente importantes e revolucionários, os arranjos do histórico álbum
Tropicália ou Panis et Circensis - o disco-manifesto de 1968 que reuniu Caetano, Gil, Gal Costa e Nara Leão, entre outros nomes - levaram sua assinatura inconfundível. Duprat soube atravessar a tênue fronteira entre música popular e erudita. Em 1968, lançou o disco
A Banda Tropicalista do Duprat, recentemente reeditado em CD. Depois de um período afastado da música, voltou à cena nos anos 90, arranjando discos de Kid Abelha e Lulu Santos. Mas seu legado essencial para a música pop(ular) brasileira se concentra entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos 70.
A EMI e a maquiagem de lucros no Brasil
A indústria fonográfica brasileira praticamente parou na tarde de quarta-feira, 25 de outubro, para comentar e especular sobre a notícia de que a filial brasileira da gravadora inglesa EMI Music
maquiava números para divulgar lucros operacionais que, na realidade, são bem menores. O espanto maior veio do fato de a fraude ter sido anunciada oficialmente pela matriz da
major em comunicado que fez as ações da EMI despencarem cerca de 3,74% na bolsa de Londres (há quem, como a BBC, afirme que a queda das ações foi de 8,8%).
Pela
maquiagem dos números, a EMI brasileira teria inflado seu lucro operacional em cerca de nove milhões de libras - algo em torno de 17,5 milhões de dólares ou 36 milhões de reais. O vice-presidente financeiro da companhia nacional já foi demitido. A especulação seria sobre o futuro imediato do presidente, Marcos Maynard, que já poderia estar
suspenso de acordo com fontes extra-oficiais.
Com a denúncia pública da inflação de lucros, o fato concreto é que a EMI perde - até se prove o contrário - credibilidade para alardear uma suposta liderança no mercado fonográfico nacional, o que, diga-se, já vinha sendo feito informalmente nos bastidores por Maynard, irritando a concorrência. Tradicionalmente, a disputa por essa liderança sempre foi travada no Brasil entre a Universal Music e a Sony Music, hoje agregada a BMG sob o nome Sony BMG. Com o convite a Maynard para comandar a EMI no Brasil, a
major inglesa entrou no páreo. Só que - como detectou sua própria matriz - os números alardeados pela filial brasileira não são reais, o que provavelmente vai pôr novamente a Universal e a Sony na briga pelo ambicionado primeiro lugar no
ranking fonográfico nativo.
Quarta-feira, Outubro 25, 2006
Zeca põe 'Cama e Mesa' para Erasmo...
Sucesso de Roberto Carlos em seu disco de 1981,
Cama e Mesa ganha releitura de Zeca Pagodinho. A gravação foi feita para o disco de duetos de Erasmo Carlos (foto), parceiro do
Rei na música. A seqüência do álbum
Erasmo Carlos Convida, de 1980, sai ano que vem pela Indie Records. O projeto do
Tremendão já conta com adesões de Adriana Calcanhotto, Chico Buarque, Kid Abelha, Lulu Santos, Marisa Monte e Milton Nascimento (dueto em
Emoções, o clássico lançado por Roberto Carlos em 1982).
Artesanato de rio inspira capa de 'Pirata'
O disco
Pirata - que será lançado por Maria Bethânia na próxima semana, em mais uma parceria do selo da cantora, Quitanda, com a gravadora Biscoito Fino - reproduz em sua bela capa
(à esquerda) um trabalho de artesanato feito por uma família de bordadeiras que vive nas proximidades do Rio São Francisco. Apesar do título que remete ao mar,
Pirata é o álbum em que Bethânia canta as águas doces dos rios. Uma das faixas é a inédita
Sereia de Água Doce, de Vanessa da Mata.
Terça-feira, Outubro 24, 2006
Volta a compilação dupla do Pink Floyd
Editada originalmente em 2001, a coletânea dupla
Echoes - que tem a intenção de passar em revista a carreira do grupo Pink Floyd através de 26 gravações - está sendo relançada. Nos Estados Unidos, a compilação
(capa acima) já está à venda desde o início de outubro. A seleção enfatiza o período 1973 / 1983 e inclui clássicos como
Time e
Wish You Were Here.
Segunda-feira, Outubro 23, 2006
Detectado erro no CD de Zezé & Luciano
A gravadora Sony & BMG detectou um erro na primeira tiragem do novo CD de Zezé Di Camargo & Luciano,
Diferente. A faixa
Minha História, gravada pela dupla sertaneja (foto) com participação de Chico Buarque, foi erroneamente creditada como sendo de autoria de João do Valle e Raymundo Evangelista. Na realidade, trata-se da versão de Chico para
Gesubambino, de autoria de Lucio Dalla e Paola Pallottino. De acordo com a gravadora, os nomes dos compositores da música serão creditados de forma correta nas futuras prensagens do disco.
CD reúne a trilha incidental de 'Malhação'
Explorando a bem-sucedida grife de
Malhação, a gravadora Som Livre está lançando mais um produto relacionado ao seriado
teen exibido pela Rede Globo. O CD
Malhação Riffs (capa à direita) reúne 20 temas instrumentais usados incidentalmente na trama. Todos os
riffs - termo também usado para denominar bases instrumentais do gênero - foram compostos e tocados na guitarra por Vitor Pozas. De acordo com a Som Livre, todas as trilhas sonoras de
Malhação já venderam, juntas, mais de 1,6 milhão de discos.
Domingo, Outubro 22, 2006
Edição especial de Elis em forma de DVD
A capa à direita é a da edição especial de
Elis, o último disco de Elis Regina, restaurado e remixado pela gravadora Trama. Nas lojas em meados de novembro, a edição será lançada em formato de DVD, pois, ao álbum original de 1980, agrega um DVD com a entrevista concedida pela cantora em janeiro de 1982 - dias antes de morrer - ao programa
Jogo da Verdade, da TV Cultura. O DVD é o chamariz para fãs da
Pimentinha que já tinham comprado a recente reedição de
Elis produzida pela EMI, companhia dona dos fonogramas do disco.
Robbie lança CD 'Rudebox' em novembro
No embalo da vinda de Robbie Williams ao Brasil, a EMI lança no mercado nacional, em 25 de novembro, o novo álbum do artista britânico.
Rudebox já tem até um primeiro
single,
The 80's, que inspirou o cantor
(à direita) a convidar sete jovens cineastas a criar um curta-metragem sobre a década. Um oitavo filme será escolhido através de concurso.