A EMI e a maquiagem de lucros no Brasil
A indústria fonográfica brasileira praticamente parou na tarde de quarta-feira, 25 de outubro, para comentar e especular sobre a notícia de que a filial brasileira da gravadora inglesa EMI Music maquiava números para divulgar lucros operacionais que, na realidade, são bem menores. O espanto maior veio do fato de a fraude ter sido anunciada oficialmente pela matriz da major em comunicado que fez as ações da EMI despencarem cerca de 3,74% na bolsa de Londres (há quem, como a BBC, afirme que a queda das ações foi de 8,8%).
Pela maquiagem dos números, a EMI brasileira teria inflado seu lucro operacional em cerca de nove milhões de libras - algo em torno de 17,5 milhões de dólares ou 36 milhões de reais. O vice-presidente financeiro da companhia nacional já foi demitido. A especulação seria sobre o futuro imediato do presidente, Marcos Maynard, que já poderia estar suspenso de acordo com fontes extra-oficiais.
Com a denúncia pública da inflação de lucros, o fato concreto é que a EMI perde - até se prove o contrário - credibilidade para alardear uma suposta liderança no mercado fonográfico nacional, o que, diga-se, já vinha sendo feito informalmente nos bastidores por Maynard, irritando a concorrência. Tradicionalmente, a disputa por essa liderança sempre foi travada no Brasil entre a Universal Music e a Sony Music, hoje agregada a BMG sob o nome Sony BMG. Com o convite a Maynard para comandar a EMI no Brasil, a major inglesa entrou no páreo. Só que - como detectou sua própria matriz - os números alardeados pela filial brasileira não são reais, o que provavelmente vai pôr novamente a Universal e a Sony na briga pelo ambicionado primeiro lugar no ranking fonográfico nativo.
Pela maquiagem dos números, a EMI brasileira teria inflado seu lucro operacional em cerca de nove milhões de libras - algo em torno de 17,5 milhões de dólares ou 36 milhões de reais. O vice-presidente financeiro da companhia nacional já foi demitido. A especulação seria sobre o futuro imediato do presidente, Marcos Maynard, que já poderia estar suspenso de acordo com fontes extra-oficiais.
Com a denúncia pública da inflação de lucros, o fato concreto é que a EMI perde - até se prove o contrário - credibilidade para alardear uma suposta liderança no mercado fonográfico nacional, o que, diga-se, já vinha sendo feito informalmente nos bastidores por Maynard, irritando a concorrência. Tradicionalmente, a disputa por essa liderança sempre foi travada no Brasil entre a Universal Music e a Sony Music, hoje agregada a BMG sob o nome Sony BMG. Com o convite a Maynard para comandar a EMI no Brasil, a major inglesa entrou no páreo. Só que - como detectou sua própria matriz - os números alardeados pela filial brasileira não são reais, o que provavelmente vai pôr novamente a Universal e a Sony na briga pelo ambicionado primeiro lugar no ranking fonográfico nativo.
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