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S�bado, Dezembro 03, 2005

Renata Arruda requenta repert�rio em CD marcado pela pegada firme dos viol�es

Resenha de CD / DVD
T�tulo: Ac�stico - Pegada
Artista: Renata Arruda
Gravadora: CID
Cota��o: * *

A ordem revisionista que continua a imperar sem tr�guas na ind�stria fonogr�fica acaba fazendo com que int�rpretes ainda com pouca bagagem cometam o erro de fazer retrospectivas precoces. � o caso de Renata Arruda. Cantora segura, ainda que eventualmente carregue nas tintas em algumas interpreta��es, a artista paraibana requenta o repert�rio de seus tr�s primeiros discos neste Ac�stico - Pegada. O r�tulo ac�stico (im)posto no t�tulo j� d� bandeira... A rigor, trata-se do quinto �lbum da artista, j� que Arruda excluiu da revis�o seu elegante CD anterior, Por Elas e Outras, em que regravou apenas sucessos de cantoras.

A pegada do t�tulo � a do trio de viol�es pilotados por Walter Villa�a, Z� Filho e pela pr�pria cantora. Por conta dessa levada firme, o CD remete at� ao show Viol�es, apresentado por C�ssia Eller em 1995 e gravado em disco ao vivo editado em 1996 - talvez pelo fato do virtuoso Villa�a ter tocado tamb�m nesse trabalho da saudosa C�ssia. Mas, pegada � parte, o disco sucumbe ao fato de a artista ter gravado bobagens como Libera, in�dita parceria sua com Sandra de S�. As duas excelentes cantoras nunca exibiram o mesmo talento como compositoras, mas volta e meia insistem na grava��o de repert�rio autoral.

Arruda n�o foi feliz nas m�sicas in�ditas em sua voz. Ela cai mal no compasso do forr� em Roendo Unha (Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho), nada acrescenta a Hoje Eu Quero Sair S� (Lenine) e d� a impress�o de estar fora do tom em Espumas ao Vento, o hit de Accioly Neto j� gravado com mais �xito por nomes como Elza Soares e Fagner. A int�rprete fica mais � vontade quando repisa repert�rio j� cantado em discos anteriores - metade das 14 m�sicas, a prop�sito.

Faixa que abria o segundo CD da cantora, Porta do Sol at� ganha nova luz e merece a chance de abrir tamb�m Pegada. Sucesso de Roberto Carlos nos anos 60, Ningu�m Vai Tirar Voc� de mim � outro tema que resiste bem a um novo registro. Mas v�rias m�sicas (� Ouro pra mim, Sangue Latino, Cidade de Isopor, Mundos Diferentes, Canudinho) j� tinham sido gravadas com maior requinte por Renata Arruda e fazem com que seu quinto �lbum soe irregular. Apesar da boa pegada - documentada em imagens no DVD hom�nimo que apresenta o making of do CD.

Bom melodista, Orlando Morais brilha como int�rprete em CD autoral e pop

Resenha de CD
T�tulo: Tempo Bom
Artista: Orlando Morais
Gravadora: CultPar
Cota��o: * * *

Orlando Morais � bom melodista, dono de obra personal�ssima, poucas vezes noticiada pela m�dia do eixo Rio-S�o Paulo na medida de seu valor. Alheio a essa injusti�a, o cantor vem pavimentando nos �ltimos anos vitoriosa carreira independente e j� contabiliza nove �lbuns. O atual, Tempo Bom, assusta de in�cio quando a faixa-t�tulo abre o CD com batida meio funkeada. O disco � o mais pop e ecl�tico do artista, indo do ax� ao eletr�nico, mas, felizmente, as programa��es pilotadas por Ramiro Musotto e Linconl Olivetti nem sempre ofuscam as melodias do compositor - especialmente inspirado em Tanto Faz, em Calado e em Esque�a.

A cargo do pr�prio Orlando, a produ��o do CD � azeitada e re�ne m�sicos virtuosos como o baixista Dunga, o violoncelista Lui Coimbra, o tecladista Sacha Amback, o guitarrista Billy Brand�o e o percussionista Chocolate. �s vezes, o resultado � ruim quando Orlando exagera na eletr�nica - como em Bento (tributo ao filho rec�m-nascido, que junta o homenageado com as irm�s Cl�o, Ant�nia e Ana) e em Cl�o (m�sica feita para a enteada/filha Cl�o Pires, hoje badalada atriz). Mas o saldo � positivo quando o cantor envereda pelas levadas nordestinas em Lampi�o - tema dedicado a seu pai - e em Sert�o, de po�ticos versos lindamente recitados no in�cio da m�sica. S�o duas faixas mais arretadas que contrastam com o ritmo ralentado de Goi�nia.

A inusitada incurs�o pelo ax�, no samba Amor de Carnaval, traz a cantora do grupo Babado Novo, mas a voz de Cl�udia Leite soa sem sua habitual energia. J� as minimalistas investidas de Orlando em repert�rio alheio revelam um int�rprete sempre afinado e incrivelmente envolvente. A balada Paci�ncia, de Lenine, cantada ao vivo apenas na companhia do violoncelo de Lui Coimbra, ganha frescor em seu melhor registro. At� Quem Sabe - can��o de Jo�o Donato e Lysias �nio, tamb�m gravada ao vivo, com luxuoso aux�lio do piano de Donato - reaparece mel�dica, linda, sinalizando que o suingue habitualmente imposto aos temas de Donato por vezes podem emba�ar a beleza de suas melodias.

No todo, mais um bom disco de Orlando Morais. Um artista que ainda precisa ser ouvido com mais aten��o pela cr�tica.

Emmerson continua no clube de covers

Esgotada a f�rmula de covers de hits internacionais, que lhe projetou na s�rie Vers�o Ac�stica e que rendeu tamb�m CD com regrava��es do repert�rio dos Beatles, o mineiro Emmerson Nogueira parte para uma volta �s origens sem abandonar o mercado de covers. O cantor regrava sucessos do Clube da Esquina em seu novo disco, Miltons, Minas e Mais (capa � direita). A sele��o inclui Paisagem da Janela, Um Girassol da Cor do seu Cabelo, Lumiar, Ra�a, Maria Solid�ria, Nada Ser� Como Antes, Maria Maria, F� Cega Faca Amolada e Paula e Bebeto, entre outras m�sicas lan�adas nos anos 70 por Milton Nascimento, Beto Guedes, L� Borges e Cia.

Colet�nea do Cypress Hill sai no dia 13

A primeira colet�nea do grupo Cypress Hill em 13 anos de carreira, Greatest Hits From the Bong (capa � direita), tem seu lan�amento agendado para 13 de dezembro, nos Estados Unidos. No Brasil, a gravadora Sony & BMG j� programou para janeiro a distribui��o da compila��o, que destaca a faixa How I Culd Just Kill a Man - um lado B da discografia da banda de hip hop - e apresenta um remix, em ritmo de reggaeton, de Latin Thugs.

Como de praxe em lan�amentos do g�nero, o Cypress Hill apresenta duas in�ditas (The Only Way e EZ Come EZ Go) entre hits como Insane in the Brain, (Rock) Superstar, Hand on the Pump e Throw your Set in the Air.

Swing & Simpatia estr�ia na Deckdisc com grava��o de DVD e CD ao vivo

Depois de passar pela Sony Music, o grupo de pagode Swing & Simpatia (foto) migrou para a Deckdisc e estr�ia na nova gravadora com a habitual dobradinha DVD / CD ao vivo. A grava��o est� agendada para 8 de dezembro em show na casa Rio Sampa, na Baixada Fluminense (RJ). Al�m de reviver sucessos como Felina, o grupo apresenta novidades como Incendeia o Nosso Amor (Umberto Tavares e Gustavo Lins), N�o Encontrei Outra Op��o (de Luciano Becker, vocalista do grupo), Sem Parar (Tha�s Nascimento e Arnaldo Saccomani) e Outra Vez (Rosyl, Rafael Delgado e Carlos Miranda). O lan�amento est� previsto para mar�o.
Sexta-feira, Dezembro 02, 2005

Tributo a Renato Russo vira CD, DVD, especial de TV e abre as homenagens pelos 10 anos da morte do compositor

A ind�stria fonogr�fica adora cultuar os mortos que lhe rendem dividendos com suas obras. Renato Russo (1960-1996) � um deles. Agendado para dia 13, na Fundi��o Progresso, o show A M�sica Urbana de Renato Russo vai reunir nomes como Capital Inicial, Chor�o, Cidade Negra, Detonautas, Fernanda Takai, Leela, Nasi, Paulo Ricardo, Plebe Rude Tit�s, Toni Plat�o e Vanessa da Mata, entre outros. O tributo vai ser filmado para virar CD, DVD e especial de TV provisoriamente intitulados Renato Russo: Uma Celebra��o e gravados dentro da s�rie Multishow ao Vivo.

O programa de TV vai ser exibido no Multishow em data pr�xima ao anivers�rio do artista - nascido em 27 de mar�o - e abre as homenagens pelos 10 anos de sua morte, ocorrida em outubro de 1996. No repert�rio, todos os sucessos imortalizados por Renato Russo (foto) na banda Legi�o Urbana. Entre eles, Gera��o Coca-Cola, Tempo Perdido, M�sica Urbana 2, Qu�mica, Eu Sei, �ndios, Eduardo & M�nica, Faroeste Caboclo e Por Enquanto. O tributo foi idealizado por Marcelo Fr�es e aprovado pela fam�lia do cantor.

O disco de ouro pop de Vanessa da Mata

A gravadora Sony & BMG vai anunciar em breve a conquista do primeiro Disco de Ouro de Vanessa da Mata, pelas 50 mil c�pias vendidas do segundo CD da cantora, Essa Boneca Tem Manual. Mesmo n�o sendo poss�vel confiar cegamente em dados de vendas fornecidos por gravadoras, � fato incontest�vel que o disco - j� na sexta tiragem - tem sa�do bem das prateleiras e ampliado a fatia da int�rprete mato-grossense no mercado fonogr�fico.

A produ��o de Liminha, parceiro da compositora em cinco das 12 faixas, diluiu o sotaque regionalista da obra da artista - mais evidente em seu primeiro e estupendo CD, Vanessa da Mata (2002) - e imprimiu um tom pop que ficou mais diger�vel para o grande p�blico. Embora em m�sicas como Ainda Bem tenha ficado clara uma tentativa de clonar a m�sica de Marisa Monte...

Seja como for, o disco faz sucesso, Vanessa da Matta vem crescendo a cada show e os remixes da faixa Ai, Ai, Ai... est�o projetando a cantora no universo eletr�nico como N�o me Deixe S�, a j�ia do seu primeiro CD, j� fizera quando o p�blico ainda n�o sabia bem quem era Vanessa da Mata. Agora ele, o p�blico, j� est� conhecendo melhor esta compositora cujo ineg�vel talento independe de Disco de Ouro. E da busca por um sotaque pop...

A atrasada trilha de Bang Bang traz in�ditas de Blitz, Miklos e Melodia

Com atraso, j� que a hist�ria est� no ar h� dois meses, a Som Livre p�e nas lojas a trilha da novela Bang Bang. O CD (capa � direita) apresenta grava��es in�ditas da Blitz (Tempos de Cowboy), Paulo Miklos (Os Dois no Ar), Luiz Melodia (N�s Dois) e Gustavo Black Alien (Cora��o do meu Mundo). Vale ressaltar que Miklos, Melodia e Evandro Mesquita (l�der da Blitz) integram o elenco da trama idealizada por M�rio Prata.

Al�m das grava��es in�ditas, o disco re�ne fonogramas recentes de Paralamas do Sucesso (De Perto), Zeca Baleiro (Balada do C�u Negro) e Z� Ramalho (Can��o Agalopada), entre outros nomes.

Ed mixa no Rio disco de grupo ingl�s

De volta de Londres, onde produziu o disco do grupo ingl�s Jazzinho, Ed Motta (foto) supervisiona no Rio a mixagem do CD. A masteriza��o dever� ser feita ainda este ano, em S�o Paulo. O �lbum tem a participa��o de Hamish Stuart, o guitarrista que tocou com Paul McCartney no show feito pelo ex-Beatle no Maracan� (RJ). Uma das faixas, Look Inside, j� toca na BBC inglesa.

Teresa busca lugar no mundo japon�s

Gravado em show no Teatro Municipal de Niter�i, o terceiro disco de Teresa Cristina (foto), O Mundo � meu Lugar - Ao Vivo, ser� lan�ado no Jap�o em fevereiro, pela gravadora NRT. A edi��o japonesa ter� faixa-b�nus, Sorri (Elton Medeiros e Z� K�ti), lan�ada no Brasil somente no DVD editado simultaneamente ao CD. Em janeiro, a cantora j� estar� no Jap�o para come�ar a promover o lan�amento do disco na m�dia local.
Quinta-feira, Dezembro 01, 2005

Fam�lias Caymmi e Jobim entram no tom do maestro em CD de refinada suavidade

Resenha de CD
T�tulo: Falando de Amor - Fam�lias Caymmi e Jobim Cantam Antonio Carlos Jobim
Artista: Fam�lias Caymmi e Jobim
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * * *

� imposs�vel n�o remeter Falando de Amor a um dos t�tulos mais especiais do acervo da Elenco: Caymmi Visita Tom (e Leva seus Filhos, Nana, Dori e Danilo) - editado em 1964 com at� ent�o in�dito entrela�amento das obras dos mestres Dorival e Jobim. Quatro d�cadas depois, as fam�lias se reencontram sem seus patriarcas. Tom saiu de cena em 1994. Aos 91 anos, Dorival saboreia o conv�vio familiar ap�s ter encerrado suas atividades profissionais. Mas, em ess�ncia, o disco atual pouco tem a ver com o dos anos 60. Falando de Amor � um tributo � obra de Jobim, no tom do maestro. Se remete ao seu antecessor, � somente pela reuni�o dos dois cl�s.

O produtor Jos� Milton concebeu um disco que vai soar familiar para os amantes da obra de Jobim por evocar suas harmonias refinadas e a delicadeza de sua m�sica. At� Nana Caymmi - int�rprete que geralmente prima pela intensidade de seu canto - baixou o tom para entoar suavamente p�rolas escondidas no ba� jobiniano como Outra Vez (1954), Esquecendo Voc� (1959) e Esperan�as Perdidas (1965).

O CD marca a in�dita reuni�o dos irm�os Nana, Dori e Danilo Caymmi com o filho violonista (Paulo) e o neto pianista (Daniel) de Jobim. A rigor, h� apenas dois n�meros coletivos, Samba do Avi�o (1962) e Piano na Mangueira (1992), que abrem e fecham o �lbum. O repert�rio de Falando de Amor � reembalado basicamente com solos e duetos vocais. Nana obviamente responde por mais interpreta��es por ser a cantora estupenda que sempre foi. Mas coube a Daniel Jobim - cujo timbre da voz mi�da, impr�pria para o canto, lembra muito o de seu av� - entoar Bonita Demais, faixa quase in�dita por trazer os versos (nunca gravados) feitos por Vinicius de Moraes para a melodia de Bonita, letrada em ingl�s por Gene Lees e Ray Gilbert, em 1964, e assim conhecida pelo mundo afora, inclusive no Brasil.

Outra letra in�dita - esta feita especialmente para o disco por Ronaldo Bastos, a pedido de Nana - � a de Can��o para Michelle, cuja melodia vem do tema instrumental hom�nimo (mas batizado em franc�s) criado por Jobim em 1985 para a rec�m-relan�ada trilha da miniss�rie O Tempo e o Vento. A faixa tem acento um pouco mais carregado que destoa do restante das regrava��es.

Justi�a seja feita: os arranjos de Dori, Paulo e Daniel conseguem evocar a atmosfera da obra do homenageado em temas como Foi a Noite (1956), As Praias Desertas (1958), Anos Dourados (1986), Desafinado (1958) e Eu Sei que Vou te Amar (1958) - todos recriados no sofisticado tom de Jobim. Parece simples, mas � muito sofisticado.

Paulo Ricardo mistura Dylan, Stones, Rod, Elton e McCartney em CD em ingl�s

Paulo Ricardo regrava m�sicas de Bob Dylan (Like a Rolling Stone), Elton John (Your Song), Paul McCartney (My Love), Stevie Wonder (Isn't She Lovely?), James Taylor (Fire and Rain), Rod Stewart (Tonight's the Night) e Rolling Stones (Honk Tonk Women), entre outros nomes, em seu CD e DVD Acoustic Live (capa � esquerda) - editados este m�s pela EMI.

Em seu primeiro trabalho em ingl�s, o cantor tenta nova investida para voltar �s paradas depois de atacar de cantor rom�ntico (faceta, ali�s, revivida na maioria das 14 faixas do CD), de ressuscitar e matar o RPM diversas vezes e de criar nova banda, PR.5, de triste mem�ria.

Disco flagra Ella em Berlim em 1960

Sai no mercado nacional este m�s, via Universal Music, disco que perpetua apresenta��o de Ella Fitzgerald (1917-1996) em Berlim, em 1960. Mack the Knife - Ella in Berlim (capa � direita) traz a �ntegra do show em 17 faixas. Habitual na voz da cantora, o repert�rio � formado basicamente por standards da can��o americana como Love for Sale, The Man I Love, Summertime, Misty, The Lady Is a Tramp e Just One of Those Things.

Roberto fala no dia 14 sobre novo CD

Acabou n�o se concretizando a id�ia de Roberto Carlos (foto) de lan�ar seu disco anual mais cedo em 2005. De in�cio, o Rei chegou a cogitar apresentar o CD em setembro, mas o �lbum chegar� efetivamente �s lojas entre os dias 10 e 15 de dezembro. Por ora, a tradicional entrevista coletiva para promover o disco est� agendada para dia 14, no (tamb�m tradicional) hotel carioca Copacabana Palace. Como j� noticiado com orgulho no site oficial do cantor (www.robertocarlos.com), o �lbum conta com a participa��o da dupla sertaneja Chit�ozinho & Xoror� em guar�nia in�dita composta por Roberto com Erasmo Carlos.

Gravado ao vivo, projeto ac�stico da Cor do Som � puxado por in�dita de est�dio

A grava��o de est�dio da in�dita Pela Beira do Mar (parceria do tecladista Mu Carvalho com M�rcio Tucunduva) puxa o CD e DVD (capa � esquerda) Ac�stico, do grupo A Cor do Som, gravados ao vivo em show no Canec�o com ades�es de Caetano Veloso (em Menino Deus), Daniela Mercury (em Beleza Pura), Moraes Moreira (em Davilicen�a), Davi Moraes (no tema instrumental Taiane, do pioneiro Osmar Macedo) e do coral Canarinhos de Petr�polis (na in�dita Tocar, parceria de Ary Dias com Carlinhos Brown).

O roteiro de 20 m�sicas (16 no CD) inclui ainda as in�ditas O Dia de Amanh�, parceria do baixista Dadi com Arnaldo Antunes, e Amor Inteiro (Oxal�), de autoria de Armandinho com Fausto Nilo. Cria dos Novos Baianos, A Cor do Som regrava Os 'pingo' da Chuva, do repert�rio do pioneiro grupo de Moraes Moreira.
Quarta-feira, Novembro 30, 2005

DVD tenta historiar Jovem Guarda com document�rio redundante e enfadonho

Resenha de DVD / CD
T�tulo: Jovem Guarda - 40 Anos de Rock Brasil ao Vivo
Artista: Erasmo Carlos, Wanderl�a, Golden Boys e Fevers
Gravadora: EMI
Cota��o: * *

Incans�vel, a ind�stria fonogr�fica n�o p�ra de fabricar produtos na carona dos 40 anos da estr�ia do programa Jovem Guarda. S�o caixas, compila��es, reedi��es de discos da �poca e, claro, DVDs. Este v�deo duplo Jovem Guarda - 40 Anos de Rock Brasil ao Vivo tem ao menos o m�rito de trazer show com Erasmo Carlos e Wanderl�a, gravado em S�o Paulo, em agosto, e editado tamb�m no formato de CD duplo. O Tremend�o e a Ternurinha foram, afinal, dois dos tr�s principais integrantes do movimento. O terceiro v�rtice do tri�ngulo, o arisco Roberto Carlos, tamb�m est� presente na forma de um depoimento prestado para o document�rio No Embalo da Jovem Guarda, o extra do DVD.

Al�m de Erasmo e Wanderl�a, o show re�ne Golden Boys, Fevers e um punhado de hits j� exaustivamente regravados ao longo das quatro d�cadas. O segundo grupo atuou na Jovem Guarda, mas fez sucesso mesmo nos anos 70. O roteiro do espet�culo, ali�s, extrapola o universo do pop cantado naquelas velhas tardes de domingo da d�cada de 60. Poderia ter sido condensado num DVD simples, por reunir apenas quatro nomes, mas a op��o foi uma edi��o dupla que resulta gordurosa.

A principal gordura est� no document�rio. Justi�a seja feita: a produ��o teve o cuidado de colher dezenas de depoimentos. Todos os nomes do movimento - at� os menos importantes - foram ouvidos. Assim como v�rias estrelas da gera��o 80, a que abriu e consolidou de fato o mercado brasileiro de pop rock. O problema � que o document�rio resultou em redudante colagem de depoimentos. Faltou a m�o firme de um roteirista que costurasse as entrevistas com mais consist�ncia e desse maior abrang�ncia hist�rica ao filme. O que se v� e ouve - em duas longas horas - s�o sentimentos saudosistas de quem viveu a �poca. Ou ent�o elogios repetitivos da turma dos 80.

O pr�prio Roberto Carlos - que abre e fecha o document�rio - deu depoimento burocr�tico. "A Jovem Guarda � algo maravilhoso que n�s tivemos o privil�gio de participar e desfrutar na d�cada de 60. Foi um programa de TV que virou um movimento jovem que influenciou de forma positiva a juventude daquela �poca, com uma m�sica alegre, descontra�da e rom�ntica", tenta conceituar o Rei.

"Fui o cara certo no momento certo. E gostava de sair na capa de revista, de ser gal�. Na �poca, era uma brincadeira s�ria", admite, com mais informalidade, Erasmo. Wanderl�a lembra que a Jovem Guarda tamb�m teve seu lado mercadol�gico, gerando produtos consumidos de imediato pelos f�s dos programas. "Houve uma expans�o da moda jovem", avalia a Ternurinha.

A gera��o dos anos 80 prefere jogar confetes (aparentemente sinceras) na galera dos 60. "Era uma esp�cie de Beatlemania brasileira. A forma��o de uma linguagem brasileira de rock come�a na Jovem Guarda", enfatiza Frejat. "Ela mostrou que o rock podia ser divertido", pondera Rog�rio Flausino. "Foi determinante para todo o rumo da m�sica brasileira", completa Nando Reis. "Sempre adorei os cabelos da Wanderl�a", confessa Paula Toller. E por a� vai o document�rio. Falam Dinho Ouro Preto, Lulu Santos e at� os mais contempor�neos Chor�o e Pitty.

E o pior � que, no fim, aparecem at� elogios para o diretor do projeto. Que pecou por n�o chamar um roteirista para amarrar o rico material bruto que tinha em m�os. Do jeito que ficou, No Embalo da Jovem Guarda � um document�rio enfadonho que tem tudo - menos a alegria e a descontra��o das velhas tardes dominicais.

Disco resume 35 anos de Supertramp

A Universal Music est� lan�ando esta semana no mercado nacional colet�nea dupla que resume de forma caprichada os 35 anos de carreira fonogr�fica do grupo Supertramp. Retrospectable - The Supertramp Anthology (capa � esquerda) � daquelas compila��es completas que rastreiam toda a obra do artista enfocado. S�o 32 m�sicas dispostas em ordem cronol�gica, com direito �s capas do �lbuns dos quais as faixas foram extra�das. Antes da ficha t�cnica, um texto biogr�fico de Scott Schinder reconstitui a trajet�ria da banda brit�nica.

Formado em fins dos anos 60, o Supertramp gravou seu primeiro disco em 1970. Foi o t�tulo inicial de um contrato com o selo A & M que duraria at� 1987. O LP de estr�ia, Supertramp, obteve pouca repercuss�o - assim como o segundo, Indelibly Stamped (1971). O grupo somente come�aria a acontecer em 1974, com o lan�amento de Crime of the Century. O auge comercial viria cinco anos depois, quando o �lbum Breakfast in America (1979) emplacou megahits como The Logical Song e Goodbye Stranger - duas gemas pop obviamente inclu�das na colet�nea.

O decl�nio come�aria ao longo dos anos 80. Mas, entre altos e baixos, a banda resistiu ao tempo. Seu �ltimo �lbum, Slow Motion, saiu em 2002. Retrospectabe chega a trazer uma faixa deste CD, Over You, abrangendo competente e luxuosamente o per�odo (1970-2002) em que o Supertramp gravou discos com seu som pop.

Los Hermanos grava clipes simult�neos

Dias depois de anunciar oficialmente a escolha de Condicional como a segunda m�sica de trabalho do CD 4 (no caso, bisando tema de Rodrigo Amarante, autor do primeiro hit do disco, O Vento), o grupo Los Hermanos come�ou a divulgar que outra faixa, Morena, tamb�m virou m�sica de trabalho simult�nea. Condicional iria para as r�dios de perfil pop, enquanto Morena seria direcionada �s emissoras do segmento rotulado como adulto.

O fato � que o quarteto acaba de gravar no Rio clipes simult�neos das duas composi��es (na foto acima, de Caroline Bittencourt, um flagrante de Amarante com o cineasta Eduardo Valente, diretor dos dois v�deos, durante a grava��o). Filmados em pel�cula, os clipes mostram a banda tocando ambas as m�sicas ao vivo em um casar�o no Humait�, bairro da Zona Sul carioca, e contam com a participa��o de dois f�s, sorteados no site oficial do quarteto (http://www.loshermanos.com.br).

A quest�o a levantar � se a escolha de Condicional teria mexido com o ego de Marcelo Camelo, o outro compositor do quarteto - at� ent�o sempre em vantagem na escolha das m�sicas trabalhadas em r�dio. Sempre se comentou nos bastidores sobre um suposto ci�me de Camelo em rela��o a Amarante, que seria mais low profile e n�o alimentaria a rivalidade do colega. Oficialmente, nunca houve rusga ou briga entre os dois. Mas que o an�ncio da divulga��o de Morena como m�sica de trabalho, dias depois do de Condicional, � estranho, l� isso �... Com as duas m�sicas nas r�dios e os dois clipes simult�neos gravados num �nico dia, fato in�dito na ind�stria, os dois compositores ficam momentaneamente em evid�ncia no mesmo plano.

Flaming Lips apronta CD, lan�a DVD � a banda numa propaganda de refrigerante

O engenheiro hawaiano Humberto Gessinger tinha l� sua raz�o quando afirmou num verso de Terra de Gigantes que "a juventude � uma banda numa propaganda de refrigerante". No momento, a tal banda � The Flaming Lips, que comp�s m�sica, You Gotta Hold on, para anunciar a chegada ao mercado da embalagem de alum�nio de uma marca de refrigerante. A campanha ser� veiculada a partir de janeiro.

O grupo - que j� aprontou novo �lbum, At War with the Mystics, previsto para abril - est� lan�ando o DVD Void, com 19 clipes que cobrem sua videografia desde 1982. O DVD j� inclui v�deo de uma das m�sicas do pr�ximo disco, Mr. Ambulance Driver.

Na foto acima, de L�o Correa, um flagrante da banda em sua recente apresenta��o carioca no festival Claro que � Rock, quando o vocalista, Wayne Coyne, andou pelo palco e pela plat�ia numa bolha de pl�stico.

Aldir Blanc desfia ros�rio de p�rolas de fossa em seu l�rico primeiro disco solo

Resenha de CD
T�tulo: Vida Noturna
Artista: Aldir Blanc
Gravadora: Lua Music
Cota��o: * * * *

Em seu primeiro disco solo (houve um dividido com Maur�cio Tapaj�s nos anos 80 e outro de duetos nos 90), Vida Noturna, Aldir Blanc se revela bom cantor, de voz bem modulada e timbre sereno. Como int�rprete do�do, daqueles de fundo de boate, h�beis ao remoer paix�es sombreadas pela melancolia ou pela desilus�o, Blanc desfia suas dores de amores em repert�rio formado majoritariamente por in�ditas de tom l�rico, t�pico de grandes poetas como ele. Entre as regrava��es, h� duas parcerias com Jo�o Bosco dos anos 70. A faixa-t�tulo (lan�ada no disco Galos de Briga, de 1976) e o samba Me D� a Pen�ltima (do LP Tiro de Miseric�rdia, de 1977) contam com a ades�o do parceiro na voz e no viol�o, ratificando a retomada dos la�os fraternos e profissionais.

Vida Noturna � um ros�rio de p�rolas contadas por um amante dos bares e da madrugada. "Todo bo�mio � feliz porque, quanto mais triste, mais se ilude", conceitua Blanc em verso de Me D� a Pen�ltima. � nesse clima de boate - de elegante e econ�mico instrumental urdido pelo piano de Crist�v�o Bastos e pelo viol�o de Jo�o Lyra - que Blanc tece suas teias em versos sempre milimetricamente constru�dos. Em Dry (parceria com Moacyr Luz), ele at� recebe um Chico Buarque de frente e incorpora a mulher abandonada pelo amante. "Eu me sentia um cinzeiro / Repleto das pontas que voc� deixava / E que ironia essa imagem: / A guimba apagando � quando mais queimava...", resume de forma lapidar. Em Lupic�nica, parceria com Jayme Vignoli, Blanc reverencia o compositor ga�cho que inspirou o genial t�tulo da m�sica, cujo foco � a paix�o por uma enfermeira. "Aquela mulher que dosava o soro nas veias dos agonizantes / N�o teve sequer um calmante pra dor sem rem�dio que atinge os amantes", sofre o poeta.

E � assim - com seu peculiar romantismo crepuscular - que Aldir canta, conta e lembra seus amores noturnos. Quase sempre com um trago amargo na boca, como em Velhas Ruas (em que assina letra e m�sica, evocando melancolicamente amor vivido na Vila Isabel idealizada de sua inf�ncia) e como em Flores de Lapela (parceria com Maur�cio Tapaj�s), pungente e sint�tica cr�nica sobre solid�o e m�goas provocadas pela separa��o. Espa�o para a felicidade solar h� apenas em Recreio das Meninas II (outra parceria com Moacyr Luz em que entra um acordeom tocado por Crist�v�o Bastos). Na faixa, a ida ao samba, cen�rio de poss�vel nova paix�o, � o rem�dio infal�vel para a dor do amor. A exce��o confirma a regra: Vida Noturna � disco de fossa, de madrugada, com direito ao viol�o estupendo de H�lio Delmiro em Constela��o Maior (parceria com Delmiro) e ao (n�o menos virtuoso) de Guinga em Cordas.

Como resume Heloisa Seixas em texto feito para o encarte, � "puro Aldir Blanc, sem gelo". E - acrescenta o colunista - sem direito � ressaca musical, pois a po�tica obra de Aldir � refinada como o melhor u�sque escoc�s.
Ter�a-feira, Novembro 29, 2005

Parab�ns para o setent�o Zeca Jagger

Ezequiel Neves completa 70 anos hoje, 29 de novembro. �timo pretexto para escrever sobre Zeca Jagger - como ele tamb�m � conhecido no meio musical - e para parabeniz�-lo por sua vida e obra. Zeca militou na imprensa musical alternativa da d�cada de 70 com cr�ticas e artigos invariavelmente inteligentes, sempre escritos fora dos padr�es jornal�sticos caretas e, por isso mesmo, repletos de lucidez e de uma vis�o bem-humorada e sincera dos discos e artistas a que se referiam. Mas sua contribui��o mais importante ao pop brasileiro foi a descoberta do Bar�o Vermelho e, conseq�entemente, de Cazuza (no flagrante acima, de 1984, com seu amigo, em foto do site www.cazuza.com.br).

Muita gente acha at� hoje que o Bar�o estreou em disco, l� nos idos de 1982, porque Cazuza era o filhinho do papai Jo�o Ara�jo, que, por acaso, dirigia a gravadora Som Livre. Ledo engano. Foi Zeca - com o apoio do produtor Guto Gra�a Mello - que convenceu Ara�jo a gravar a banda do filho porque viu talento urgente em Cazuza. Dali em diante, Zeca teve papel fundamental na carreira do Bar�o Vermelho e na produ��o dos discos do grupo e da obra solo de Cazuza. Ao ponto de ser considerado tamb�m um bar�o.

Com sua fina ironia, sua gargalhada sonora e, sobretudo, sua capacidade de ser sincero e dizer sempre o que pensa, sem nunca fazer m�dia, Ezequiel Neves esteve sintomaticamente ao lado dos artistas outsiders como produtor. Em 1993, tirou a talentosa �ngela RoRo do limbo com caloroso disco ao vivo. Em 1997, ajudou C�ssia Eller a reviver a obra de Cazuza no corajoso Veneno Antimonotonia, �lbum pesado que contrariou as expectativas da gravadora PolyGram (hoje Universal Music) e at� reduziu na ocasi�o o (razo�vel) p�blico j� conquistado pela cantora com discos anteriores de pegada mais pop. Mas era um disco que C�ssia amava e que renderia um registro de show ainda mais pesado, Veneno Vivo (1998). Ezequiel foi fiel � C�ssia.

Por tudo isso, e por muito mais, Zeca Jagger - assim apelidado por sua devo��o ao rock cl�ssico e aos Rolling Stones, n�o por acaso a principal fonte na qual bebeu o Bar�o Vermelho - merece os parab�ns pelos 70 anos, boa parte deles de bons servi�os prestados � m�sica pop brasileira.

Pet Shop Boys finalizam CD de in�ditas

Mal acabou de lan�ar CD com nova trilha feita sob encomenda para o filme russo O Encoura�ado Potemkin, a dupla Pet Shop Boys (foto) anunciou que concluiu a grava��o, em est�dio de Londres, de �lbum produzido por Trevor Horne. Previsto para abril, o disco re�ne onze temas (incluindo a intro de abertura) compostos por Chris Lowe e Neil Tennant, al�m de Numb, can��o da hitmaker Diane Warren gravada originalmente pelo duo ingl�s para sua �ltima compila��o, PopArt, editada em 2003.

O repert�rio do novo disco foi composto desde janeiro, mas as grava��es propriamente ditas come�aram em maio. O �ltimo �lbum de material in�dito da dupla, Release, saiu em 2002 e desapontou a cr�tica e os f�s dos Pet Shop Boys. Lowe e Tennant est�o confiantes na restaura��o de seu prest�gio com o CD produzido por Trevor Horne.

Marjorie cresce e aparece como cantora em DVD em que recria Chico e Madonna

Resenha de DVD
T�tulo: Marjorie Estiano & Banda ao Vivo
Artista: Marjorie Estiano
Gravadora: Universal Music
Cota��o: * * *

Se o primeiro CD de Marjorie Estiano deixou a p�ssima impress�o de que a atriz do seriado global Malha��o era mais uma cantora fabricada pela ind�stria fonogr�fica, sobretudo por conta do insosso repert�rio de linha juvenil, o rec�m-lan�ado primeiro DVD da artista, Marjorie Estiano & Banda ao Vivo, sinaliza que pode haver, sim, uma int�rprete de verdade nessa roda-viva do mercado. O DVD est� saindo porque o CD foi um dos maiores sucessos comerciais do ano. No embalo de forte propaganda veiculada pela Rede Globo e da boa execu��o radiof�nica da faixa Voc� Sempre Ser�, a Universal vendeu mais de 125 mil CDs e j� trabalha uma segunda m�sica, Por Mais que Eu Tente.

No DVD, filmado com requinte pela diretora Joana Mazzuchelli em dois shows realizados pela cantora no Espa�o Locall (SP) em 5 e 6 de setembro, Marjorie cresce e aparece como cantora. E mostra seguran�a incomum para sua pouca estrada. Logo no primeiro n�mero, ela j� surpreende com charmosa interpreta��o de Miss Celie's Blues (Sister), o tema do filme A Cor P�rpura. Escorada numa banda de pegada afiada, merecidamente valorizada j� no t�tulo do DVD, a cantora n�o deixa obviamente de repisar as bobagens gravadas em seu CD. Mas extrapola um pouco o universo juvenil. Em clima voz-e-piano, com afina��o, Marjorie canta em ingl�s a balada You're So Beautiful - hit de Joe Cocker que Simone chegou a gravar em seu rec�m-lan�ado disco ao vivo, em pavarosa vers�o em portugu�s de Z�lia Duncan, felizmente exclu�da da sele��o final do CD/DVD.

Um pouco antes de You're So Beautiful, Marjorie arrisca reviver, sentada, um sucesso de Madonna, Cherish, com o aux�lio luxuoso de seu guitarrista. Funciona. Tanto que, l� pelo meio da m�sica, a plat�ia come�a a marcar com palmas o ritmo da m�sica. Ali�s, das releituras, a �nica que n�o funciona � a vers�o pop roqueira de At� o Fim, de Chico Buarque, com vocal meio bluesy de Marjorie. Resulta apenas modernosa, mas nem por isso tira o brilho deste surpreendentemente caprichado DVD da artista. Marjorie Estiano pode ter futuro como cantora se conseguir se afastar progressivamente do nicho adolescente a que foi confinada no mercado.

Morricone faz arranjo para Morrissey

Com lan�amento previsto para mar�o, o novo disco de Morrissey (foto), Ringleaders of the Tormentors, trar� faixa arranjada por Ennio Morricone. C�lebre pelas trilhas de filmes como Era Uma Vez no Oeste, o compositor italiano arranjou as cordas de Dear God Please Help me, uma das 12 m�sicas do �lbum.

Produzido por Tony Visconti, que esteve � frente de alguns cl�ssicos lan�ados por David Bowie nos anos 70, o CD re�ne as faixas I Will See You in Far-Off Places, You Have Killed me, The Youngest Was the Most Loved, In The Future When All's Well, The Father Who Must Be Killed, Life Is a Pigsty, I'll Never Be Anybody's Hero Now, On the Streets I Ran, To me You Are a Work of Art, I Just Want to See the Boy Happy, At Last I Am Born e a supra-citada Dear God Please Help me.

Veto do Papa refor�a m�dia de Daniela

Verdade seja dita: ter sido vetada pelo Vaticano no Concerto de Natal que aconteceria em 3 de dezembro - por ter participado de campanhas que propagam o uso da camisinha para evitar a contamina��o pelo v�rus da Aids - tem rendido a Daniela Mercury uma m�dia extraordin�ria que obviamente tem refor�ado a divulga��o de seu rec�m-lan�ado disco Bal� Mulato.

O �timo CD j� tinha sido bem recebido pela cr�tica - at� por colegas que normalmente fecham os ouvidos para o ax� globalizante da cantora - mas o fato � que toda a inevit�vel celeuma em torno da proibi��o tem proporcionado � cantora generosos espa�os nos programas de TV. E Daniela, inteligente, est� conciliando suas declara��es sobre o veto com a divulga��o do repert�rio do �lbum. Somente no �ltimo Doming�o do Faust�o a artista apresentou v�rias m�sicas do disco - seis ou sete, segundo telespectadores do programa (n�o visto pelo colunista).

Bal� Mulato tem tudo para acontecer e tornar sua int�rprete novamente boa vendedora de discos. A faixa Topo do Mundo n�o chegou a estourar realmente nas r�dios, mas a balada Pensar em Voc� - o n�mero mais aplaudido pelo p�blico do Doming�o, de acordo com telespectadores do programa de Fausto Silva - tem �bvio potencial para ser o grande hit do CD assim que come�ar a tocar na novela Bel�ssima. Escorada em lindo arranjo de cordas de Lincoln Olivetti, a cantora soube valorizar a melodia de Chico C�sar - coisa que Rita Ribeiro, a int�rprete original da can��o, n�o soube fazer em seu disco P�rolas aos Povos, de 1999.

Enfim, � fato que Daniela Mercury foi injusti�ada e desrespeitada pelo Vaticano ao ser vetada para o Concerto de Natal. Mas que a cantora tem obtido vantagens com a proibi��o, l� isso tem. Sua romaria por programas de TV est� popularizando novamente sua imagem fora do circuito baiano. J� houve at� quem dissesse que o grande milagre do Papa foi ter trazido a cantora de volta � m�dia...
Segunda-feira, Novembro 28, 2005

Maria Rita pode - e deve - gravar disco de samba com Falc�o, cantor do Rappa

Em entrevista � edi��o 195 da revista Bizz, Falc�o - o cantor do grupo O Rappa - revelou que existe o projeto de um disco de sambas que seria gravado por ele com Maria Rita (foto). A grava��o do CD depende ainda de uma s�rie de fatores para ser concretizada. O Rappa acabou de iniciar a turn� promocional de seu Ac�stico MTV - com a qual pretende rodar o Brasil em 2006 - e Maria Rita continua na estrada com o show de lan�amento de seu Segundo.

Agendas � parte, um projeto como esse poderia fazer muito bem para a carreira da cantora. Seu Segundo vai bem nas lojas, mas, definitivamente, n�o � o estouro projetado pela gravadora Warner Music. Um dos motivos � a repeti��o da f�rmula usada no primeiro, mas com menos rigor na sele��o do repert�rio. Por isso mesmo, um disco de sambas com Falc�o seria interessante para tirar a cantora da receita piano-baixo-bateria que, em Segundo, j� se mostrou redutora. At� porque a participa��o de Maria Rita no ac�stico do Rappa - em O Que Sobrou do C�u (faixa exclusiva do DVD) e na empolgante releitura de Rodo Cotidiano - j� mostrou que seu encontro com Falc�o d� samba...

CD do Carnaval de 2006 j� est� no forno

Chega �s lojas nos primeiros dias de dezembro o CD Sambas de Enredo 2006 (capa � direita). Distribu�do pela gravadora Sony & BMG, o disco re�ne os sambas das 14 escolas do Grupo Especial do carnaval carioca. A novidade entre as agremia��es do primeiro time � a Acad�micos da Rocinha, que vai defender o enredo Felicidade N�o Tem Pre�o. O samba da Rocinha encerra o disco.

Ode � parceria de Elton John e Bernie Taupin chega ao DVD com bom extra

Resenha de DVD
T�tulo: Two Rooms
Artista: Elton John & Bernie Taupin
Gravadora: Universal Music
Cota��o: * * * *

Em 1991, um CD e um VHS, intitulados Two Rooms, celebraram a s�lida e longa parceria de Elton John com seu letrista, Bernie Taupin, com ades�es de nomes como Phil Collins, Sting e Eric Clapton. O v�deo est� sendo reeditado em DVD e - apesar da videografia de Elton no formato j� ser extensa no mercado brasileiro - merece ser conferido por f�s dos autores de Daniel e de muitos outros hits. Assistindo ao v�deo, ali�s, fica-se sabendo que Elton cortou alguns versos de Daniel - com receio de que a m�sica resultasse longa demais - e que, na �poca, poucos entenderam a letra, inspirada em reportagem sobre soldado americano que voltou aleijado da guerra do Vietnam, mas recusou o t�tulo de her�i.

Os depoimentos s�o entremeados com n�meros musicais, filmados em est�dio, em que estrelas da �poca recriam os sucessos da dupla de compositores. Somente a pungente releitura de Sacrifice por Sin�ad O' Connor j� vale o investimento em Two Rooms. A cantora supera o registro de Elton com grava��o de esp�rito mais et�reo que enobrece a balada.

"Ele � o maior letrista que j� existiu na terra", exagera Axl Rose a respeito de Bernie Taupin. Bem, o v�deo foi filmado em 1991 e, na �poca, qualquer opini�o do l�der do Guns 'N Roses era importante. "� uma parceria invej�vel", corrobora Sting, com maior equil�brio, antes de Elton contar no document�rio que come�ou a compor com o parceiro sem sequer conhec�-lo, pois um outros candidato a letrista lhe mostrou versos de Taupin - prontamente musicados por Elton antes de qualquer contato com o autor.

Foi o in�cio de uma parceria que, depois de in�cio incipiente, renderia p�rolas como Skyline Pigeon, apresentada no v�deo na voz de Elton, em show feito em 1976 na Esc�cia. "Tem uma pretens�o juvenil na m�sica", avalia Bernie. "Mas todo mundo era pretensioso em 1967", pondera, em seguida.

Ao material do VHS original, foi adicionado um bom extra: um trecho de 25 minutos do programa de TV Aquarius, do in�cio dos anos 70. � curioso ver o apresentador saudar a parceria de Elton e Taupin como a mais importante desde o aparecimento de Lennon & McCartney. Bem, f�s de m�sica pop n�o devem ter opini�o muito diferente...

Cantora do 'Fama' regrava repert�rio de Elis e ganha in�ditas de Vanessa da Mata

N�o deixa de ser uma ousadia! Projetada no Fama (o programa de calouros da Rede Globo) e j� contratada pela gravadora Sony & BMG, Shirle de Moraes lan�a este m�s seu primeiro CD, Nada Ser� Como Antes (capa � direita), com v�rias m�sicas extra�das do repert�rio de Elis Regina. Entre outras, Shirle entoa � com Esse que Eu Vou, Ladeira da Pregui�a, Aprendendo a Jogar, Vecchio Novo (um lado b da Pimentinha, gravado em disco de 1977, o que trouxe Romaria), Rancho da Goiabada e a faixa-t�tulo. H� ainda Boneca de Cera, do Ira!. A novidade s�o duas in�ditas de Vanessa da Mata, Acode e Sem Sa�da.

Kleiton & Kledir revivem m�sicas dos Alm�ndegas em DVD e em CD ao vivo

M�sica do primeiro disco do Alm�ndegas, o grupo integrado por Kleiton & Kledir antes de os irm�os seguirem carreira como dupla, Vento Negro � uma das surpresas do DVD (capa � esquerda) e CD ao vivo que o duo ga�cho lan�a esta semana, pela Orbeat Music, com produ��o de Paul Ralphes, o gal�s que trabalha com grupos como Kid Abelha e Cidade Negra.

Gravado em setembro, em show em Porto Alegre (RS), o projeto revive tamb�m o maior sucesso do Alm�ndegas (Can��o da Meia-Noite), apresenta duas in�ditas (Capaz e Ent�o T�) e re�ne hits como Maria Fuma�a, T� que T�, Paix�o, Deu pra Ti, Corpo e Alma (sens�vel vers�o de Bridge Over Troubled Water, de Simon & Garfunkel). Em Estrela Estrela, a dupla vira trio com a ades�o do outro mano, V�tor Ramil.
Domingo, Novembro 27, 2005

Bocelli convida 'Rei' para dueto em CD

O tenor italiano Andrea Bocelli convidou Roberto Carlos (foto) para participar de seu pr�ximo �lbum. O dueto seria na vers�o em italiano de Sentado � Beira do Caminho, can��o de Roberto e Erasmo Carlos lan�ada pelo Tremend�o, com grande e imediato sucesso, em compacto de 1969. Mesmo �s voltas com a finaliza��o de seu �lbum sertanejo, nas lojas em dezembro, o Rei aceitou o convite.

Neil Young reafirma a vitalidade de sua m�sica em �lbum que questiona a morte

Resenha de CD
T�tulo: Prairie Wind
Artista: Neil Young
Gravadora: Warner Music
Cota��o: * * * *

Dono de obra quase t�o camale�nica quanto a de Elvis Costello, Neil Young volta � cena com disco em que retoma suas origens caipiras e que soa como o terceiro volume de trilogia ac�stica formada pelos �lbuns Harvest (1972) e Harvest Moon (1992). Buscar a veia caipira, no caso de Young, significa incursionar pelo folk e sobretudo pelo country rock no qual ele sempre esteve imerso. Prairie Wind foi inclusive gravado em Nashville, a meca do sertanejo americano.

Mais do que o sotaque country,o que norteia o CD s�o reflex�es sobre a vida esbo�adas por Young em 10 refinadas can��es. Para entender o contexto das letras, � preciso saber que o artista recentemente perdeu o pai e quase ficou sem a pr�pria vida, por conta de um aneurisma cerebral diagnosticado a tempo de ser operado. � por isso que os versos da bela Falling Off the Face of the Earth parecem formar carta de despedida da vida. � por isso tamb�m que a pueril When God Made me - adornada com coro gospel - questiona o senso de mortalidade rec�m-descoberto por Young.

Entre reverente homenagem a Elvis Presley em He Was the King e lindas melodias como as de It's a Dream e The Painter, Young reafirma a vitalidade de sua obra num de seus melhores e mais confessionais �lbuns.

Quarteto baiano segue trilha aberta por Raul e toca rock em seu primeiro disco

Seguindo trilha aberta por Raul Seixas em fins dos anos 60, e posteriormente seguida por nomes como a banda Camisa de V�nus e a cantora Pitty, o quarteto baiano Meteora (foto) desafia o reinado do ax� na sua terra natal, toca rock e se prepara para lan�ar em janeiro seu primeiro disco, O Antes e o Depois. O clipe da m�sica de trabalho, T� pra Nascer, j� roda no programa Central MTV desde 17 de novembro.

Dois discos de Jacob voltam ao mercado

Dois discos hist�ricos de Jacob do Bandolim (1918-1969) - Chorinhos e Chor�es (1961) e Primas e Bord�es (1962), gravados com o Conjunto �poca de Ouro - ser�o reeditados em fevereiro. Os dois �lbuns j� est�o em fase de remasteriza��o. Os relan�amentos fazem parte de Tocando com Jacob, projeto do Instituto Jacob do Bandolim que inclui tamb�m a restaura��o de 48 partituras escritas pelo m�sico.

Gil domina show do DVD 'Viva Brasil'

Gilberto Gil participa de 11 das 21 faixas do DVD que sai no in�cio de dezembro com o registro do show Viva Brasil em Paris (capa � esquerda), gravado em julho, na capital francesa, dentro das comemora��es do Ano do Brasil na Fran�a. O Ministro da Cultura aparece em duetos com Jorge Ben Jor (em Filho Maravilha, sucesso de Ben no in�cio dos anos 70), Gal Costa (em Falsa Baiana, samba de Geraldo Pereira), Daniela Mercury (em Toda Menina Baiana, m�sica do pr�prio Gil) e Henri Salvador (cantor da Guiana Francesa, com quem Gil dueta em Jardim D'Hiver).

Sozinho, o cantor baiano interpreta Filhos de Gandhy, La Siene, Touche Pas � Mon Pote e Nos Barracos da Cidade. Com o elenco do show, Gil canta Aquarela do Brasil (n�mero coletivo que abre o show), o hino A Marselhesa e Pa�s Tropical, a m�sica que encerrou o evento.

Fora Gil, Lenine canta a in�dita Sob o Mesmo C�u (Brasis Brasis) - composta por ele especialmente para o evento - e faz dueto com Seu Jorge em Jack Soul Brasileiro. Jorge Ben Jor revive sozinho suas m�sicas Umbabarauma, Taj Mahal e A Banda do Z� Pretinho. Gal Costa interpreta Garota de Ipanema. Al�m de se encontrar com o bloco afro Il� Aiy� no medley que une Por Amor ao Il� e O Mais Belo dos Belos, Daniela Mercury entoa sozinha Rapunzel e Maimb� Dand�. O DVD foi gravado pela Europa Filmes.
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