Parabéns para o setentão Zeca Jagger
Ezequiel Neves completa 70 anos hoje, 29 de novembro. Ótimo pretexto para escrever sobre Zeca Jagger - como ele também é conhecido no meio musical - e para parabenizá-lo por sua vida e obra. Zeca militou na imprensa musical alternativa da década de 70 com críticas e artigos invariavelmente inteligentes, sempre escritos fora dos padrões jornalísticos caretas e, por isso mesmo, repletos de lucidez e de uma visão bem-humorada e sincera dos discos e artistas a que se referiam. Mas sua contribuição mais importante ao pop brasileiro foi a descoberta do Barão Vermelho e, conseqüentemente, de Cazuza (no flagrante acima, de 1984, com seu amigo, em foto do site www.cazuza.com.br).
Muita gente acha até hoje que o Barão estreou em disco, lá nos idos de 1982, porque Cazuza era o filhinho do papai João Araújo, que, por acaso, dirigia a gravadora Som Livre. Ledo engano. Foi Zeca - com o apoio do produtor Guto Graça Mello - que convenceu Araújo a gravar a banda do filho porque viu talento urgente em Cazuza. Dali em diante, Zeca teve papel fundamental na carreira do Barão Vermelho e na produção dos discos do grupo e da obra solo de Cazuza. Ao ponto de ser considerado também um barão.
Com sua fina ironia, sua gargalhada sonora e, sobretudo, sua capacidade de ser sincero e dizer sempre o que pensa, sem nunca fazer média, Ezequiel Neves esteve sintomaticamente ao lado dos artistas outsiders como produtor. Em 1993, tirou a talentosa Ângela RoRo do limbo com caloroso disco ao vivo. Em 1997, ajudou Cássia Eller a reviver a obra de Cazuza no corajoso Veneno Antimonotonia, álbum pesado que contrariou as expectativas da gravadora PolyGram (hoje Universal Music) e até reduziu na ocasião o (razoável) público já conquistado pela cantora com discos anteriores de pegada mais pop. Mas era um disco que Cássia amava e que renderia um registro de show ainda mais pesado, Veneno Vivo (1998). Ezequiel foi fiel à Cássia.
Por tudo isso, e por muito mais, Zeca Jagger - assim apelidado por sua devoção ao rock clássico e aos Rolling Stones, não por acaso a principal fonte na qual bebeu o Barão Vermelho - merece os parabéns pelos 70 anos, boa parte deles de bons serviços prestados à música pop brasileira.
Muita gente acha até hoje que o Barão estreou em disco, lá nos idos de 1982, porque Cazuza era o filhinho do papai João Araújo, que, por acaso, dirigia a gravadora Som Livre. Ledo engano. Foi Zeca - com o apoio do produtor Guto Graça Mello - que convenceu Araújo a gravar a banda do filho porque viu talento urgente em Cazuza. Dali em diante, Zeca teve papel fundamental na carreira do Barão Vermelho e na produção dos discos do grupo e da obra solo de Cazuza. Ao ponto de ser considerado também um barão.
Com sua fina ironia, sua gargalhada sonora e, sobretudo, sua capacidade de ser sincero e dizer sempre o que pensa, sem nunca fazer média, Ezequiel Neves esteve sintomaticamente ao lado dos artistas outsiders como produtor. Em 1993, tirou a talentosa Ângela RoRo do limbo com caloroso disco ao vivo. Em 1997, ajudou Cássia Eller a reviver a obra de Cazuza no corajoso Veneno Antimonotonia, álbum pesado que contrariou as expectativas da gravadora PolyGram (hoje Universal Music) e até reduziu na ocasião o (razoável) público já conquistado pela cantora com discos anteriores de pegada mais pop. Mas era um disco que Cássia amava e que renderia um registro de show ainda mais pesado, Veneno Vivo (1998). Ezequiel foi fiel à Cássia.
Por tudo isso, e por muito mais, Zeca Jagger - assim apelidado por sua devoção ao rock clássico e aos Rolling Stones, não por acaso a principal fonte na qual bebeu o Barão Vermelho - merece os parabéns pelos 70 anos, boa parte deles de bons serviços prestados à música pop brasileira.
4 COMENTÁRIOS:
Pra comemorar ele deveria é tomar coragem pra lança o CD "O tempo não para" do Cazuza de 1988 com as faixas bonus que ficaram de foram do LP. Sete músicas: blues da piedade, completamente blue, Preciso dizer que te amo e várias outras.
Concordo em gênero, número e grau com o anônimo de cima... É uma vergonha que a gravação integral deste show nunca tenha sido lançada. Basta de coletâneas chinfrins...
Seria uma alegria para os fãs !
Mas também não deve-se jogar a responsabilidade de tal lançamento nas costas de Ezequiel
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