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Sábado, Outubro 08, 2005

Coletânea dupla do MPB-4 tem (falsas) jóias raras, mas prima pelo capricho


Resenha de disco
Título: Quarenta Anos Contra a Corrente
Artista: MPB-4
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *

Em 2002, a gravadora Universal repôs parte de seu acervo em catálogo na série Tudo, que, a cada fornada, reeditava todos os álbuns originais gravados na companhia por um determinado artista. Saíram coleções de Zizi Possi, Ângela RoRo e Ivan Lins, entre outros. Infelizmente, a série não teve continuidade e deu lugar às coletâneas como esta do MPB-4. Apesar do capricho da edição, a compilação Quarenta Anos Contra a Corrente vai na contramão dos interesses de consumidores mais exigentes.

Primeiro, porque os 40 anos do título já são 43 (se levado em conta o ano da fundação do grupo, 1962) ou, no mínimo, 41 (se o ponto de partida for a data da gravação do primeiro compacto, gravado em 1964 sem qualquer repercussão). Segundo, porque as 40 faixas abrangem apenas 19 anos, cobrindo o período 1966-1985 - a rigor, o mais expressivo do MPB-4. Terceiro, porque o conceito do álbum duplo - o de reunir sucessos no CD 1 e raridades no CD 2 - omite alguns hits indispensáveis (sobretudo Olê Olá) no primeiro disco e não se sustenta no segundo.

Sim, há muitas faixas raras no disco 2 - casos do samba-enredo Iaiá do Cais Dourado (lançado por Martinho da Vila em 1969 e regravado em 1971 pelo grupo para um disco do Salgueiro) e de Você Abusou e Menina da Ladeira, fonogramas extraídos de compacto de 1971. Vale destacar também a gravação esfuziante do samba A Alegria Continua (Mauro Duarte e Noca da Portela), feita o pelo quarteto para compacto de 1973. O problema é que muitas "raridades" são apenas faixas de discos de carreira do grupo, alguns inéditos em CD e outros até já editados no formato digital, caso de Bons Tempos, Hein?! (1979), álbum do qual foram selecionadas as "raridades" Amigo da Onça e Cebola Cortada.

De qualquer forma, é um deleite poder ouvir a perfeita harmonia vocal do MPB-4 em temas como Ana Luiza (Tom Jobim), em registro de 1975. É instante sublime e mais romântico de um repertório marcado pela firme postura política de lutar contra a opressão da ditadura da época - posição explicada no farto encarte, que detalha a origem de cada faixa e reconstitui a trajetória do quarteto em texto biográfico. A edição é de fato caprichada - apesar do discutível critério do que é raro. Mas o ideal seria reeditar todos os álbuns do grupo. Isso, sim, seria nadar contra a corrente de um mercado fonográfico apático e sem ousadia.

Nova banda de Carl Barat já tem nome

Dirty Pretty Things é o nome da nova banda de Carl Barat (foto). O fundador, guitarrista e vocalista do The Libertines batizou o grupo com o nome de um clube que teve em Londres durante algum tempo. Aliás, o baterista do Libertines, Gary Powell, é um dos integrantes do Dirty Pretty Things ao lado do guitarrista Anthony Rossomando. A banda começa a fazer shows na próxima semana, mas ainda não há previsão de gravação de disco.

Trama reúne elenco em CD de MP3

Coerente com seu perfil de apostar em novas mídias e de utilizar os recursos da internet para divulgar seus discos, a Trama está lançando um CD com 100 músicas de seu elenco compactadas em arquivo MP3. Não é o primeiro do gênero. A iniciativa, no Brasil, coube surpreendentemente à gravadora de música evangélica MK Publicitá, que reuniu toda a obra da cantora Fernanda Brum num disco de MP3.

Sem se ater a credos ou ritmos, MP3 Trama Vol.1 reúne 100 músicas de 34 nomes que pertencem ou já pertenceram ao elenco da gravadora dirigida por João Marcelo Bôscoli. O time inclui Fernanda Porto (foto), Pedro Mariano, Leci Brandão, Tom Zé, Jair Oliveira, Luciana Mello, Otto, Nação Zumbi e DJ Patife, entre outros artistas e grupos. O disco totaliza mais de sete horas de duração.

Djavan recorre ao balanço das pistas

Como o primeiro disco independente de Djavan, Vaidade (2004), não saiu das prateleiras com a rapidez imaginada pelo cantor ao abrir sua própria gravadora, Luanda Records, o astro alagoano recorre aos seus hits e à eletrônica no segundo trabalho de sua companhia. Djavan na Pista, etc (capa à direita) reúne recriaçoes de algumas das músicas mais dançantes e suingadas do repertório do compositor. A seleção inclui Capim, Sina, Asa, Fato Consumado, Azul, Miragem e Tanta Saudade (em duas versões), entre outros hits turbinados com levadas modernas.

Sandy & Junior lançam disco em 2006

Apesar de o último álbum da dupla, Identidade (2003), ter tido desempenho comercial muito aquém do esperado, Sandy & Junior (foto) não vão se separar e arriscam - pelo menos - mais um disco juntos. Os irmãos já selecionam o repertório de inéditas do CD que a gravadora Universal planeja lançar no primeiro semestre de 2006. Seja como for, nunca tinha havido na discografia da dupla um intervalo tão grande entre um CD e outro...
Sexta-feira, Outubro 07, 2005

As vendas do pop nacional - Quem dá mais por Lulu, Titãs, Jota e Paralamas?

As tiragens iniciais dos recém-lançados discos de quatro dos mais expressivos nomes do pop rock nacional - Lulu Santos, Titãs (foto), Paralamas do Sucesso e Jota Quest - são termômetros do potencial comercial destes nomes e indicam há quantas andam as vendas do segmento - um dos mais atingidos pelos downloads ilegais, pois consumido por um público jovem e íntimo das facilidades da internet.

MP3 à parte, o pop rock ainda tem alguma força no mercado fonográfico. De outro modo, os CDs de Titãs (MTV ao Vivo) e Paralamas do Sucesso (Hoje) não sairiam com tiragens iniciais de 70 mil cópias, cada. É um número expressivo porque os dois grupos já não vivem o auge comercial dos anos 80 e da segunda metade dos 90. No caso dos Titãs, o desempenho nas rádios das três inéditas e da releitura hard de O Portão (canção do repertório de Roberto Carlos e provável futura música de trabalho do CD) pode fazer decolar o segundo projeto do grupo com a MTV - ainda que o 1,8 mihão de cópias vendidas pelo Acústico MTV lançado pela banda em 1997 seja cifra impensável no mercado atual. É o símbolo maior do passado de glória do (hoje) quinteto, que tem emplacado baladas em trilhas de novelas, mas não tem vendido disco na mesma proporção da popularidade das músicas.

Se os Titãs investem em regravações em disco de salutar pegada suja, os Paralamas do Sucesso apostam em repertório totalmente novo e transitam entre um pop rock de tonalidade mais sombria e os reggaes tocados com os metais e a latinidade de discos como Bora Bora. Na Pista já foi para as rádios em meados de setembro, mas Hoje guarda faixas de maior apelo radiofônico - caso de Pétalas, uma power balada composta por Nando Reis em parceria com o trio.

Hitmaker em ascensão no mercado, autor de recente sucesso do Jota Quest (Do seu Lado), Nando Reis forneceu a inédita Não Dá (de tom mais roqueiro) para o recém-lançado sétimo disco do quinteto mineiro, Até Onde Vai. A tiragem inicial de 65 mil cópias (já acrescida de um segundo lote de 10 mil unidades) tem tudo para aumentar. Muito. O grupo passa por excelente momento comercial - seu CD MTV ao Vivo, de 2003, ultrapassou as 500 mil cópias vendidas - e lançou álbum de forte apelo radiofônico. Que ninguém se surpreenda se as baladas O Sol (regravação da lavra da banda mineira Tianastácia) e Palavras de um Futuro Bom ganharem as rádios com a força de Amor Maior e outros hits do Jota. Dos quatro discos, Até Onde Vai é o que tem maior chance de realmente estourar nas paradas. E, surpreendentemente, é um bom trabalho do grupo, mais funkeiro e animado, sem afundar em terreno açucarado.

Por fim, há Lulu Santos. A magra tiragem inicial de Letra & Música - 25 mil cópias - é coerente com cifras recentes do genial artesão de pérolas pop. Lulu vem mostrando em sucessivos discos de inéditas (Programa, Bugalu) que nunca lhe falta inspiração como compositor. Mas suas boas músicas não se traduzem em boas vendas. É uma pena, pois Lulu nunca parou no tempo e tem procurado atualizar seu som sem perda da veia melódica rara - que nada fica a dever a de hitmakers como Elton John e Phil Collins. Aliás, ele ultimamente até tem se mostrado mais em forma do que seus colegas estrangeiros. Resta saber se a releitura (equivocada, na opinião do colunista) de Pop Star - hit dos Miquinhos Amestrados nos anos 80 - tem poder para alavancar as vendas de Letra & Música. Seja como for, Lulu já tem assegurado seu lugar de honra na história do pop nacional.

Os dados (ou melhor, os discos) estão lançados. Façam suas apostas! Quem dá mais por Lulu Santos, Jota Quest, Titãs e Paralamas do Sucesso???

Montenegro volta a 'Léo e Bia' em trilha revista por time afinado de convidados


Resenha de disco
Título: Léo e Bia 1973
Artista: Oswaldo Montenegro e convidados
Gravadora: Jam Music
Cotação: * * *

Oswaldo Montenegro tem discografia irregular, mas é fato que sua obra inicial tem momentos inspirados. A trilha de Léo e Bia é um deles. Por conta da remontagem do musical, em cartaz por várias capitais, o compositor se sentiu motivado a regravar as canções do espetáculo com a adesão de convidados. Os incansáveis detratores de Montenegro podem tapar os ouvidos, mas o CD Léo e Bia 1973 é bacana e reabilita o cantor no mercado depois de alguns discos desiguais.

Somente a participação de Ney Matogrosso - abrindo e fechando o CD com gravação delicada do tema que batiza o musical (em andamento mais lento do que o de registro do autor) - já valeria o disco. Mas Léo e Bia 1973 também traz Zé Ramalho (com seu habitual tom apocalíptico caindo muito bem em Anjos e Demônios), Sandra de Sá (melodiosa em Por Descuido ou Displicência e à vontade no tom afro de Vida de Artista), Jorge Vercilo (lírico em Janelas de Brasília) e Moska (que reconstrói Pra Longe do Paranoá com a divisão personalíssima de seu canto).

Montenegro faz dueto com a maioria dos convidados (Ney e Moska são as exceções). E algumas participações têm valor afetivo. Zélia Duncan - que iniciou sua carreira na Capital no início dos anos 80 e transitou na época pelo universo de Montenegro - regrava Coisas de Brasília no espírito folk com o qual tem intimidade. E Glória Pires, que chegou a gravar um disco ao lado do cantor em meados da década de 80, recita e canta (timidamente) os versos do medley que une Release, Éter no Cristal e Trem de Brasília.

No mais, a seleção musical de Léo e Bia ainda esconde canções com pinta de sucesso. É o caso de Sonho Molhado. Outras, como Quem Diria, são menos inspiradas, mas não tiram o brilho desta nova versão da trilha. Oswaldo Montenegro tem - e sempre teve - o seu valor.

Coleção do Rei vai ganhar sexta caixa

A coleção Pra Sempre - que está reeditando a obra de Roberto Carlos (foto) - vai ganhar uma sexta caixa, que se somará às cinco programadas inicialmente pela gravadora Sony & BMG. O sexto box vai reunir os discos editados pelo Rei nos anos 2000 e tem lançamento previsto para o fim da década.

Por ora, o cantor anuncia oficialmente apenas o lançamento, em outubro, da quarta caixa (Anos 90). A quinta caixa - a que vai trazer os álbuns gravados pelo artista para o mercado externo - ficará para meados de 2006, pois tem faltado tempo a Roberto para supervisionar a produção da caixa com os discos internacionais, já que ele tem se dedicado inteiramente à finalização de seu novo álbum.

Marcelo D2 grava quarto disco solo

Novamente produzido por Mario Caldato Jr., Marcelo D2 (foto) já grava seu quarto disco solo - o terceiro de estúdio, já que o rapper vem de um projeto Acústico MTV (2004) que rendeu DVD e CD ao vivo. O sucessor de Eu Tiro É Onda (1998) e À Procura da Batida Perfeita (2003) ainda não tem previsão de lançamento - mesmo porque um álbum de inéditas do grupo Planet Hemp também está nos planos de D2.

Selo revive boleros de Lucho Gatica

Dedicado ao lançamento de gravações históricas de artistas estrangeiros, o selo Again - subdivisão da empresa curitibana Revivendo - está editando compilação do cantor chileno Lucho Gatica, nascido em 1928. Boleros Inolvidables reúne - como o título anuncia - 18 clássicos do gênero. Entre eles, La Barca, Sinceridad, El Reloj e, claro Besame Mucho. Muitas gravações são antigas. Grande hit de Gatica, a supra-citada Sinceridad, por exemplo, aparece na coletânea em gravação de 1954.

Popular no Brasil desde a década de 50, o astro chileno gravou inclusive um disco no País, em 2000. Lucho Gatica & Convidados (Albatroz) trazia duetos do cantor com nomes como Cauby Peixoto, Emílio Santiago e Nana Caymmi.
Quinta-feira, Outubro 06, 2005

EMI explora hits de Rita

Pelo visto, a EMI já desistiu de trabalhar o CD e DVD MTV ao Vivo lançados por Rita Lee no fim de 2004. A gravadora está pondo nas lojas nova coletânea da cantora, Hits Volume 1. Com exceção de Amor e Sexo, faixa do CD Balacobaco (2003), todas os hits são da segunda metade dos anos 70 e primeira dos 80 - período em que a roqueira liderou as paradas com sucessos como Mania de Você, Lança Perfume, Banho de Espuma e Flagra - todos devidamente incluídos na compilação.

Nada contra coletâneas de sucessos, mas elas precisam ter um critério e, no caso de Rita Lee, seu recente MTV ao Vivo - que já abortou as vendas do ótimo Balacobaco, disco que ainda tinha potencial comercial - já cumpria a função de resumir a carreira da cantora com a releitura de alguns de seus hits.

Nereu, do Trio Mocotó, mostra o poder de seu suingue no primeiro CD solo

Resenha de disco
Título: Samba Power
Artista: Nereu, Mocotó e Swing
Gravadora: Yb Music
Cotação: * * * *

Integrante do lendário Trio Mocotó, que acompanhou Jorge Ben Jor nos áureos tempos do Zé Pretinho, o paulista Nereu São José é inspirado compositor de samba-rock e exímio pandeirista. Sob o nome artístico de Nereu, Mocotó e Swing, o músico paulista mostra o poder de seu suingue em seu primeiro disco solo, Samba Power. No CD, o artista une o balanço do samba-rock à cadência do samba produzido nos morros cariocas. Faixas como Balança Menina, Nega Manhosa e Vem Sambar cativam pelo ritmo delicioso. Em essência, Nereu transita pelo samba-rock, mas evoca a descontração dos pagodes em Feijoada do Chilão e ousa fechar o disco com um ponto de umbanda (Santo Antonio na Linha de Umbada) de sotaque jazzístico. No todo, Samba Power nada fica a dever aos melhores discos do Trio Mocotó.

Wonder pode voltar a ver enquanto fãs vão poder enfim ouvir seu novo disco


Enquanto sonha com a possibilidade concreta de voltar a enxergar parcialmente com uma operação que vai inserir um chip em seu cérebro, depois de viver cego por 55 anos, Stevie Wonder dá enfim a chance ao seu público de ouvir seu primeiro álbum de inéditas em 10 anos. Depois de sucessivos adiamentos, A Time 2 Love (capa acima) chega às lojas dos EUA em 18 de outubro. O disco já teve duas músicas trabalhadas nas rádios - So What the Fuss (que traz Prince na guitarra) e From the Bottom of my Heart - e, a partir de terça-feira, 11 de outubro, uma terceira (Shelter in the Rain) estará disponível para download com renda em benefício das vítimas do furacão Katrina.

Gravado com o percussionista brasileiro Paulinho da Costa, A Time 2 Love traz a participação de Paul McCartney na faixa-título. Bonnie Raitt toca guitarra slide em Tell your Heart I Love You. A filha de Wonder, Aisha, é convidada de How Will I Know e Positivity. Já a faixa que abre o CD, If your Love Cannot Be Moved, reúne o rapper Doug E. Fresh e Kim Burrell, intérprete ligado à música gospel.

Morrissey nomeia álbum supostamente feito com famoso produtor de Bowie

Ringleader of the Tormentors é o título do novo álbum de Morrissey (foto), o primeiro de estúdio depois do bem-sucedido You Are the Quarry (2004). Como o primeiro produtor escalado para o CD (Jeff Saltzman) acabou ficando fora do projeto, notícias extra-oficiais sustentam que o cantor do extinto The Smiths gravou o disco sob a batuta de Tony Visconti, produtor responsável por alguns dos melhores trabalhos de David Bowie.

Sucesso na internet, Cansei de Ser Sexy lança primeiro CD sem medo da rede

Exemplo de banda que soube usar a internet como ferramenta de divulgação de seu trabalho, Cansei de Ser Sexy (foto) lança em 15 de outubro seu primeiro disco, via Trama. O CD inclui músicas inéditas (Patins, Alcohol, Alala Is Not your Friend e Computer Heat / Work Disease) e outras já ouvidas pelo público que conheceu a banda no site TramaVirtual - criado justamente para revelar artistas ainda sem projeção.

Formado em São Paulo em outubro de 2003, o grupo disponibilizou ainda naquele ano no TramaVirtual o tema Ódio, Ódio, Sorry C. - com surpreendente êxito. A gravação do Cansei de Ser Sexy permaneceu várias semanas na liderança da parada do site - trajetória seguida por outra música da banda, Meeting Paris Hilton. O sucesso entre os internautas valeu ao sexteto um contrato com a gravadora Trama (prima-irmã do TramaVirtual) para gravar e lançar o primeiro CD de forma convencional.

Pois a banda chega ao disco - intitulado Cansei de Ser Sexy - sem medo da internet. Tanto que o álbum será comercializado em edição simples e também numa dupla que trará, como bônus, um CD-R virgem para que o consumidor possa gravar outras músicas eventualmente disponibilizadas pela banda ou mesmo copiar o álbum para dá-lo de presente a um amigo.

Paralelamente, o Cansei de Ser Sexy ainda lança um EP (com repertório diverso do CD) que, por ora, será vendido apenas nos shows do grupo.
Quarta-feira, Outubro 05, 2005

Jota Quest faz seu baile funk com MC, Lulu e uma discotecagem pop variada


Resenha de disco
Título: Até Onde Vai
Artista: Jota Quest
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *

Depois de dois CDs ao vivo consecutivos (o segundo totalmente dispensável, a ponto de ser omitido pelo grupo em sua discografia oficial), o Jota Quest volta a lançar material inédito e soa coeso como em seu anterior álbum de estúdio, Discotecagem Pop Variada (2002). Houve no caminho um bem-sucedido MTV ao Vivo (2003), com canções melosas como Amor Maior, mas em Até Onde Vai o quinteto mineiro segue novamente a trilha da black music - base de seu som. O baile funk do grupo fica animado em músicas como Libere a Mente e, sobretudo, É Rir para Não Chorar. Ambas as faixas contam com a adesão do rapper mineiro Evandro MC, que, ao incrementar o som do Jota, o MC desempenha no novo disco papel similar ao tido pelo DJ Apollo 9 em Discotecagem Pop Variada.

O produtor Liminha exibe a atual competência ao diluir o funk-soul da banda com instrumental roqueiro e um leve tempero eletrônico. E o fato é que o disco se sustenta bem nas suas 14 faixas e nem precisava da releitura turbinada de Além do Horizonte - soul de Roberto e Erasmo Carlos, lançado pelo Rei em 1975 - para se garantir nas paradas. Bastaria o apelo radiofônico de Palavras de um Futuro Bom, melodiosa balada prejudicada pelas rimas pobres da letra.

As letras, aliás, permanecem como o ponto fraco do Jota Quest. Por isso mesmo, é lamentável que o guitarrista Marco Túlio Lara e o violonista Play tenham musicado com tão pouca inspiração os versos de Absurdo, escritos por ninguém menos do que Lulu Santos com altas doses de picardia e autoreferência. "Sem fubá não tem angu / Só Carniça de Urubu / Quem me disse foi Lulu", debocha a letra, propositalmente absurda.

Há uma ou outra canção mais lenta e enfadonha, caso de Celebração do Inútil Desejo, mas o saldo de Até Onde Vai é positivo. O Jota Quest soube variar a discotecagem pop de seu baile funk com inusitado time de colaboradores. Os DJs e produtores ingleses Layo & Bushwaka são os parceiros de Sunshine in Ipanema, ensolarada mistura de soul e dance. Integrante da banda mineira Tianastácia, Antonio Júlio Nastácia contribui enormemente com a autoria da deliciosa balada pop O Sol (já gravada pela Tianastácia) e - bem menos - com a letra de Vou a Pé. E o disco ainda apresenta um Nando Reis elétrico na autoria de Não Dá.

No todo, o Jota Quest vai até um pouco mais longe do que se poderia esperar de um grupo preso às fórmulas do sucesso radiofônico. Ponto para Rogério Flausino e Cia.

Lennon na voz de Ozzy

Uma releitura de Woman - sucesso de John Lennon em 1980 - na voz de Ozzy Osbourne (foto) é uma das três faixas inéditas da nova edição, no formato de DualDisc, de Under Cover, álbum de regravações de Ozzy, lançado originalmente na caixa Prince of Darkness. Os outros dois fonogramas inéditos são Rocky Mountain Away (de Joe Walsh) e Go Now (cover de Moody Blues). No lado do DVD, há o clipe de In my Life (do repertório dos Beatles) e um vídeo intitulado Dinner with Ozzy and Friends. O lançamento de Under Cover está agendado para 1º de novembro, nos Estados Unidos.

Universal distribui Zizi Possi


O mundo dá voltas... Zizi Possi - que saiu brigada da Universal Music em 2001, quando a filial brasileira da companhia era presidida por Marcelo Castelo Branco - terá seu primeiro projeto ao vivo distribuído pela gravadora, atualmente presidida em escala nacional por José Antonio Éboli. Na foto, tirada durante a assinatura do contrato de distribuição, Éboli está à esquerda, ao lado de Zizi e do novo empresário da cantora, Manoel Poladian, que vai editar o disco pelo seu recém-criado selo.

Os primeiros DVD e CD ao vivo da artista, Pra Inglês Ver e Ouvir, chegarão às lojas em novembro, com o registro do show dirigido por José Possi Neto e gravado em agosto, em temporada no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo (SP).

No recital, Zizi interpreta músicas dos repertórios de Beatles (Come Together, Golden Slumbers, Yesterday), Carpenters (Close to You, We've Only Just Begun), Bob Marley (Redemption Song), Cole Porter (Love for Sale), Ray Charles (Ruby, Unchain my Heart), Johnny Rivers (Do You Wanna Dance?), Frank Sinatra (Moon River), Queen (Love of my Life), Nat King Cole (The Very Thought of You) e Peggy Lee (Fever e Why Don't You Do Right?).

Trata-se do primeiro disco da cantora desde Bossa, editado em 2001 pela Universal. São as voltas que o mundo dá...

Acústico do Rappa sai este mês com duas inéditas e a voz de Maria Rita

Não Perca as Crianças de Vista e Na Frente do Reto são as duas inéditas do Acústico MTV que o Rappa lança neste mês de outubro. O CD (capa à direita) traz 13 faixas e a participação de Maria Rita em Rodo Cotidiano (na gravação, realizada em julho em São Paulo, a cantora aderiu ao grupo também em O Que Sobrou do Céu). O disco reúne músicas como Eu Quero Ver Gol, Papo de Surdo e Mudo, Reza Vela, Pescador de Ilusões, Homem Amarelo, Mar de Gente e Brixton, Bronx ou Baixada. A faixa de trabalho é a supra-citada inédita Na Frente do Reto.

O DVD reúne 19 faixas, seis a mais do que o CD. Bitterusso Champagne, Mitologia Gerimum, Cristo e Oxalá e Se Não Avisar o Bicho Pega são fonogramas exclusivos do vídeo - além de O Que Sobrou do Céu com a adesão de Maria Rita.

O natal jazzístico de Diana Krall

A trilha do Natal vai ter sotaque jazzístico este ano. Pelo menos se a opção for cear ao som do novo disco de Diana Krall, Christmas Songs (capa à esquerda). Produzida por Tommy LiPuma, a cantora de pop jazz entoa clássicos do gênero - como White Christmas Songs e Jingle Bells - acompanhada pela Clayton / Hamilton Jazz Orchestra. O lançamento está agendado para 1º de novembro, nos Estados Unidos.
Terça-feira, Outubro 04, 2005

Bacharach se une a Dr. Dre

Artesão de jóias pop dos anos 60 (a maioria lapidada pela voz de Dionne Warwick), o maestro Burt Bacharach (foto) aderiu ao rap, aos 74 anos. Em seu novo disco, At This Time, o compositor conta com a colaboração em três faixas de ninguém menos do que Dr. Dre, um dos produtores mais conceituados do universo do hip hop americano. O álbum conta com a participação de Elvis Costello na faixa Can't Give It Up. O repertório inclui Please Explain, Where Did It Go, In our Time, Is Love Enough?, Dreams, Danger, Fade Away e Go Ask Shakespeare.

Daniela Mercury inclui releitura de 'Aquarela do Brasil' no seu 'Balé Mulato'

Nas lojas no fim de outubro, o décimo-primeiro disco solo de Daniela Mercury, Balé Mulato, traz no repertório uma regravação de Aquarela do Brasil, o clássico internacional de Ary Barroso. Outra releitura é Meu Pai Oxalá, da lavra da dupla Toquinho & Vinicius. A cantora chegou a cogitar inserir esta faixa como bônus das tiragens recentes de seu último CD, Carnaval Eletrônico, mas acabou desistindo da idéia - até porque o disco teve pouco fôlego no mercado.

Outras faixas de Balé Mulato são Levada Brasileira e Balé Popular, de Pierre Onasis e Edílson. A música de trabalho é Topo do Mundo, de Jauperi e Gigi. A cantora também regrava Pensar em Você - balada de Chico César - e Tonelada de Amor, de Márcio Mello.

Novo do Korn sai em dezembro

See You on the Other Side é o título do novo álbum do Korn (foto). O sucessor de Take a Look in the Mirror (2003) marca a estréia do grupo na gravadora Virgin/EMI e tem lançamento agendado para 6 de dezembro. O primeiro single, Twisted Transistor, já toca nas rádios americanas.

Mercado do disco volta a se retrair - Será que há luz no fim do túnel fonográfico?


E continua grave a crise no mercado fonográfico!!! Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira de Produtores de Discos (a ABPD, formada pelas gravadoras multinacionais), houve no primeiro semestre de 2005 queda de 19,4% nas vendas de CDs e DVDs em relação ao mesmo período de 2004. O faturamento também caiu 12,9%. Presidentes e diretores das principais companhias já desfiam a mesma ladainha e culpam a pirataria de CDs nos camelôs e a onda crescente de downloads ilegais na internet - um tipo de pirataria mais invisível, mas nem por isso menos corrosiva.

É fato que a pirataria agrava a crise. Mas não é menos verdade também que a indústria está apática, refratária. A política parece ser sempre aumentar os preços dos CDs, em vez de apostar corajosamente em repertório inédito e em artistas novos (a independente Deckdisc, por exemplo, investiu em Pitty e colhe os louros de seu bem-sucedido investimento). O DVD - até então a salvação da lavoura - começa a dar lentos sinais de desgaste, pois a indústria também suga o formato com avidez, pondo nas lojas títulos muitas vezes dispensáveis e repetitivos.

No Brasil, os sertanejos - como Bruno & Marrone (foto) e Leonardo - lideraram a lista de CDs mais vendidos, ao lado de Ivete Sangalo, uma das campeãs de 2004 por conta de seu CD e DVD MTV ao Vivo. São indícios claros de que - Maria Rita à parte - a tradicional MPB já tem vendas e atenções reduzidas por parte de um público de perfil majoritariamente jovem e que usa a internet para baixar seus discos preferidos em vez de pagar mais de R$ 30 por um CD nas lojas. Por isso, discos de bandas como Los Hermanos e Titãs não vendem na proporção em que são ouvidos.

É injusto pôr a culpa da crise somente nas gravadoras. Não foram as companhias que inventaram a internet e o MP3. Tampouco cabe culpar o consumidor que, com pouco ou nenhum dinheiro, nem sempre vai querer pagar pelo que pode obter de graça na rede ou por um preço muito mais em conta no camelô. O fato é que a crise é do CD como formato, não da música. Esta será sempre consumida com entusiasmo por públicos de todas as idades. A questão da indústria é como reverter a renda deste consumo para os cofres das companhias. Nesse sentido, parece não haver luz no fim do túnel. E salve-se quem puder...

A canção de Mariana Ximenes

Mariana Ximenes dá uma de cantora na trilha do filme A Máquina. A atriz (na foto, numa cena do longa-metragem de João Falcão, já exibido no Festival do Rio) entoa timidamente a Canção de Começar. A trilha é assinada em trio por Chico Buarque (autor da bela Por que Era Ela, Por que Era Eu, já lançada na compilação Chico no Cinema), DJ Dolores e Robertinho de Recife. Sanidade é um dos temas do filme, que tem estréia no circuito nacional prevista para 2006. Outra curiosidade da trilha é a releitura pop de Dia Branco, canção de Geraldo Azevedo, pelo fictício grupo The Sconhecidos.
Segunda-feira, Outubro 03, 2005

Emilinha foi resistente retrato de sua era

Emilinha Borba sai de cena, aos 82 anos, como um dos mais resistentes retratos de sua época, a era de ouro do rádio no Brasil. Nascida em 31 de agosto de 1923, na Mangueira, a Favorita da Marinha reinou na década de 40. Foi a voz de um Brasil mais ingênuo que vibrava com programas de auditório e jogava nos cassinos - e foi no mais nobre deles, o Cassino da Urca, que Emilinha cantou até ser convidada a ir para a Rádio Nacional, emissora em que permaneceu por 27 anos. Pelas ondas da Nacional, que ditava modas e projetava ídolos, a cantora carioca propagou seu canto, em programas como o de César Alencar. E também em discos. Começou a gravar em 1939, mas foi mesmo a rainha das paradas dos anos 40. Deixou fonogramas nas gravadoras Columbia (a primeira de sua discografia), Odeon (a segunda) e na extinta Continental (a terceira e mais duradoura, na qual Emilinha permaneceria por 14 anos). Terminou gravando CD de forma independente e botou banca. Literalmente. Seu último disco, Emilinha Pinta e Borba, gravado entre 2002 e 2003, foi vendido por ela em bancas armadas em praças públicas.

A eterna Rainha do Rádio morreu associada aos sucessos carnavalescos. De fato, ela fez a alegria dos foliões com a rumba Escandalosa (1947) e com a marcha Chiquita Bacana (1949), entre muitas outras músicas do gênero, mas também cantou as dores de amores nos chamados "discos de meio de ano". Vieram deles dois de seus maiores hits: o samba-canção Se Queres Saber (1947) e o bolero Dez Anos (1951). Entre um e outro, a intérprete ainda incursionou pelo baião de Luiz Gonzaga, gravando Paraíba em registro expressivo de 1951.

O canto de Emilinha pertence à era pré-Bossa Nova. Era um canto mais esfuziante, eventualmente até menos requintado - mas sempre alegre e livre das amarras da modernidade. Era eterno, sabe-se hoje. Mas é fato que, com o surgimento da velha bossa e a consolidação da televisão no Brasil, Emilinha seria destronada a partir dos anos 60 - assim como Ângela Maria, Dalva de Oliveira e sua rival Marlene, vozes propagadas pelo rádio e a ele sempre associadas.

Iniciada por obra dos fãs, a rivalidade com Marlene vez por outra virava realidade. As duas rainhas viveram entre tapas e beijos. Mas, no fundo, eram unidas, pois se sabiam ligadas pelo glamour de um Brasil mais pueril e, por isso, riram da própria rivalidade quando gravaram juntas Entre Tapas e Beijos no último CD de Emilinha.

Emilinha saiu de cena por conta de uma falseta de seu coração. Mas, para seus fãs fiéis, ela será sempre a favorita, a rainha do rádio - e de seus corações.

Convidados não conseguem reviver a magia da festa funk do Kool & the Gang


Resenha de disco
Título: The Hits Reloaded
Artista: Kool & the Gang
Gravadora: Indie Records
Cotação: * *

O grupo Kook & the Gang ajudou a animar a festa nos anos 70 com seu funk suingante. Sucessos como Celebration e Ladies Night encheram muitas pistas e fizeram história. Daí o time estelar de convidados reunidos em The Hits Reloaded, álbum duplo em que a Gang tenta em vão reeditar a magia de seu tempo áureo ao lado de nomes como Angie Stone, Lil Kim, Jamiroquai, Ashanti, Lauryn Hill, Jimmy Cliff, Lisa Stansfield, Youssou N'Dour e outros menos cotados.

A festa não chega a ser chata, mas o disco faz sentir saudade das gravações originais - ainda que os poderosos vocais do London Community Gospel Choir revigorem Celebration, ainda que Cherish soe agradável com a adesão de Ashanti e ainda que Lauryn Hill se una a Youssou N'Dour para refinar Summer Madness. Claro que há a tentativa de modernizar o som da Gang com adição de rap e texturas mais atuais, mas fica a sensação de que o funk da big-band já nasceu clássico e não precisa de retoques. Até porque os vocais de JT Taylor eram imbatíveis.

George Michael revive em filme sua batalha contra a indústria fonográfica

Em cartaz no Festival do Rio, mas ainda sem previsão de estréia no circuito oficial, o documentário George Michael - A Different Story (na tradução em português, George Michael - Uma Outra Versão) revive a batalha jurídica travada pelo cantor contra a Sony Music em meados dos anos 90. A briga é contada pelo próprio artista em detalhes, com depoimentos de colegas como Mariah Carey, que também passou maus momentos na Sony depois de desfazer seu casamento com um manda-chuva da gravadora.

Poucas vezes, um artista ousou desafiar com tanta bravura a indústria do disco. Michael vinha de um primeiro álbum solo (Faith, 1987) coroado de glórias e sucesso comercial. O problema é que ele não quis repetir a fórmula no segundo, Listen without Prejudice (1990), iniciando um processo de luta contra a gravadora que acabaria nos tribunais. Michael acabaria derrotado judicialmente e saldou sua dívida com a Sony com uma coletânea dupla, Ladies & Gentlemen: The Best of George Michael (1988).

No filme, o cantor admite que talvez não tivesse se empenhado tanto na batalha contra a gravadora - ou mesmo iniciado a briga judicial - se não estivesse destroçado na época pela perda de um namorado. Mas chama a atenção para o fato de ter assinado - no início da carreira, quando se lançou no duo Wham! ao lado de Andrew Ridgeley - um contrato tão leonino que o prendeu à multinacional por muitos anos.

A ironia é que, em 2004, Michael acabaria ligado novamente à Sony Music com o lançamento de Patience, seu último álbum. Enfim, a batalha contra a gravadora já é coisa do passado, ambos os lados da guerra já estão pacificados, mas o que o documentário deixa como exemplo (sem querer dar lição de moral) é que contratos devem ser bem analisados antes de assinados - sobretudo por artistas ansiosos pela gravação do primeiro disco. George Michael amargou inferno astral, perdeu a luta, mas ganhou a admiração de seus colegas pelo exemplo de não ter tido medo de enfrentar o leão ainda dentro da jaula.

Orlando Morais canta com filhas em CD que reúne João Donato e Babado Novo

Em seu nono CD, Tempo Bom, Orlando Morais reúne as vozes de suas filhas Ana, Cléo e Antônia na faixa Bento, composta por ele para saudar o nascimento de seu filho homômino. O disco, aliás, vem repleto de tributos aos familiares do artista goiano. A atriz Cléo Pires - a rigor, enteada de Orlando, mas tida como filha pelo cantor - ganhou música em sua homenagem, Cléo. Orlando ainda reverencia o pai (em Lampião) e a avó (em Goiânia).

Tempo Bom conta com as participações de João Donato - em Até Quem Sabe (parceria de Donato com seu irmão Lysias Ênio), faixa gravada ao vivo - e do grupo Babado Novo (em Amor de Carnaval). Orlando regrava Paciência (balada de Lenine e Dudu Falcão), mas o repertório do disco é essencialmente inédito e autoral, incluindo músicas como Diferença, Sertão, Calado e Tanto Faz.

Orlando Morais conciliou a gravação do novo disco com a criação da trilha do novo filme de Fábio Barreto, Nossa Senhora de Caravaggio, composta por ele em parceria com o músico Ricardo Leão. Basicamente instrumental, a trilha destaca temas como Mulher Rosada.

Jota Quest grava Nando Reis de novo


Autor de Do seu Lado, um dos hits do bem-sucedido MTV ao Vivo do Jota Quest (foto), Nando Reis está presente na ficha técnica do sétimo álbum do grupo mineiro, Até Onde Vai. O ex-Titã é autor de Não Dá, uma das faixas do disco, nas lojas esta semana via Sony & BMG. O repertório inclui inéditas como Sunshine in Ipanema, Libere a Mente, É Rir para Não Chorar, Absurdo (letrada por Lulu Santos), Lógica e Vou a Pé. Mas a música de trabalho - como já noticiado neste blog - é Além do Horizonte, o soul de Roberto e Erasmo Carlos, lançado pelo Rei em 1975. O quinteto também regrava O Sol, tema do repertório da banda mineira Tianastácia.

Linkin Park na voz de Jane Duboc

A EMI está lançando coletânea de Jane Duboc, Uma Voz... Uma Paixão (capa à esquerda). A seleção de sucessos (Besame, Manuel o Audaz, Acontece, Todo Azul do Mar, Manhã de Carnaval) revela uma surpresa como faixa-bônus: uma música da lavra do grupo Linkin Park, From the Inside, gravada pela cantora em trio com Zélia Duncan e com seu filho, Jay Vaquer.

Fonograma inédito no Brasil, From the Inside faz parte do disco Glow, gravado por Jane para o mercado japonês com os músicos Arismar do Espírito Santo e Vinicius Dorin. No CD, a cantora recria músicas de Coldplay (Yellow), Sting (If I Ever Lose my Faith), Peter Gabriel (Mercy Street) e Eric Clapton (Tears in Heaven). Jane tem planos de lançar Glow no Brasil.
Domingo, Outubro 02, 2005

Killers revela faixas do segundo álbum

Where White Boys Dance e Higher and Higher são duas das 12 músicas já compostas pela banda The Killers para seu segundo disco. O sucessor de Hot Fuss, editado em 2004, começará a ser gravado em janeiro, com produtor ainda não escolhido.

Marcos Valle voa alto em 'Jet-Samba'


Resenha de disco
Título: Jet-Samba
Artista: Marcos Valle
Gravadora: Dubas Música
Cotação: * * * *

Revigorada nos anos 90 a partir da descoberta de sua música por DJs europeus e da conseqüente gravação de CDs para o selo inglês Far Out, a discografia de Marcos Valle ganha novo embalo com o lançamento de Jet-Samba. Desta vez, o disco foi feito para o Brasil e é um trabalho instrumental - o primeiro do compositor no gênero deste Braziliance, feito em 1968 para o mercado americano. O repertório reúne algumas inéditas e releituras de temas antigos como Previsão do Tempo.

Jet-Samba revela - para quem ainda insiste em associar Valle somente à irregular fase pop de sua carreira nos anos 80 - que o artista (figura de destaque na segunda e mais politizada leva de compositores da Bossa Nova) é arranjador e pianista de talento excepcional. Seu novo CD transita pelo terreno do samba-jazz formatado nos anos 60 - sobretudo na inédita faixa-título e na recriação de Selva de Pedra, tema de abertura da homônima novela de Janete Clair, sucesso da Rede Globo em 1972. Mas Jet-Samba decola em tons variados. Ora impregnado de latinidade (como em Brasil / México), ora mais nordestino (como no baião Campina Grande) e ora até íntimo (como na jobiniana La Petite Valse), Jet-Samba voa muito alto - pelo entrosamento dos músicos e pela criatividade dos arranjos - e reabilita Marcos Valle no mercado brasileiro.

Projetado no disco de Gal, o baiano Péri tenta alçar vôo com 'Samba Passarinho'


Autor de uma das melhores músicas do novo disco de Gal Costa (Voyeur, faixa que tem a cadência do samba do Recôncavo Baiano), Péri (foto) lança seu quarto CD, Samba Passarinho, no embalo da projeção obtida com a inclusão de sua composição no álbum da cantora.

Trata-se de trabalho autoral, em que o compositor baiano (radicado em São Paulo) assina dez das 12 músicas - entre elas, Na Lata, Jurema, Mentiras, Redemoinho, Só Minha, Depressa, O Samba É Bom e, claro, Voyeur. As exceções são Meu Mundo É Hoje (Eu Sou Assim) - samba de Wilson Batista, popularizado nos anos 70 por Paulinho da Viola - e Dos Prazeres das Canções, tema de Péricles Cavalcanti.

Em Samba Passarinho, Péri transita por várias vertentes do samba. A faixa-título ganhou remix do DJ Chamberlain. Antes deste disco, que deverá lhe dar popularidade em caráter nacional, Péri lançou A Cama e a TV (1997), Morda Minha Língua (2000) e Ladainha (2003).

Versões a capella no 'Zoli Clube'

Zoli Clube (capa à direita) é o título do CD em que Cláudio Zoli regrava sucessos do soul nacional como Coleção, Festa Funk, Pra que Vou Recordar o que Chorei? e Na Sombra de uma Árvore. Como bônus, o disco traz versões instrumentais e a capella de quatro faixas (Acenda o Farol, Lábios de Mel, Pensando Nela e A Lua e Eu).

Pitty inclui documentário em dualdisc

O documentário Sessões Anacrônicas é um dos atrativos da versão em dualdisc do segundo CD de Pitty (foto), Anacrônico. O filme - em que o cineasta baiano Ricardo Spencer revela o cotidiano da gravação do álbum - estará no 'lado DVD' do dualdisc que a Deckdisc lança em novembro. Amigo de Pitty, Spencer também é o diretor do clipe de Memórias, a nova música de trabalho do CD.
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