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S�bado, Outubro 08, 2005

Colet�nea dupla do MPB-4 tem (falsas) j�ias raras, mas prima pelo capricho


Resenha de disco
T�tulo: Quarenta Anos Contra a Corrente
Artista: MPB-4
Gravadora: Universal Music
Cota��o: * *

Em 2002, a gravadora Universal rep�s parte de seu acervo em cat�logo na s�rie Tudo, que, a cada fornada, reeditava todos os �lbuns originais gravados na companhia por um determinado artista. Sa�ram cole��es de Zizi Possi, �ngela RoRo e Ivan Lins, entre outros. Infelizmente, a s�rie n�o teve continuidade e deu lugar �s colet�neas como esta do MPB-4. Apesar do capricho da edi��o, a compila��o Quarenta Anos Contra a Corrente vai na contram�o dos interesses de consumidores mais exigentes.

Primeiro, porque os 40 anos do t�tulo j� s�o 43 (se levado em conta o ano da funda��o do grupo, 1962) ou, no m�nimo, 41 (se o ponto de partida for a data da grava��o do primeiro compacto, gravado em 1964 sem qualquer repercuss�o). Segundo, porque as 40 faixas abrangem apenas 19 anos, cobrindo o per�odo 1966-1985 - a rigor, o mais expressivo do MPB-4. Terceiro, porque o conceito do �lbum duplo - o de reunir sucessos no CD 1 e raridades no CD 2 - omite alguns hits indispens�veis (sobretudo Ol� Ol�) no primeiro disco e n�o se sustenta no segundo.

Sim, h� muitas faixas raras no disco 2 - casos do samba-enredo Iai� do Cais Dourado (lan�ado por Martinho da Vila em 1969 e regravado em 1971 pelo grupo para um disco do Salgueiro) e de Voc� Abusou e Menina da Ladeira, fonogramas extra�dos de compacto de 1971. Vale destacar tamb�m a grava��o esfuziante do samba A Alegria Continua (Mauro Duarte e Noca da Portela), feita o pelo quarteto para compacto de 1973. O problema � que muitas "raridades" s�o apenas faixas de discos de carreira do grupo, alguns in�ditos em CD e outros at� j� editados no formato digital, caso de Bons Tempos, Hein?! (1979), �lbum do qual foram selecionadas as "raridades" Amigo da On�a e Cebola Cortada.

De qualquer forma, � um deleite poder ouvir a perfeita harmonia vocal do MPB-4 em temas como Ana Luiza (Tom Jobim), em registro de 1975. � instante sublime e mais rom�ntico de um repert�rio marcado pela firme postura pol�tica de lutar contra a opress�o da ditadura da �poca - posi��o explicada no farto encarte, que detalha a origem de cada faixa e reconstitui a trajet�ria do quarteto em texto biogr�fico. A edi��o � de fato caprichada - apesar do discut�vel crit�rio do que � raro. Mas o ideal seria reeditar todos os �lbuns do grupo. Isso, sim, seria nadar contra a corrente de um mercado fonogr�fico ap�tico e sem ousadia.

Nova banda de Carl Barat j� tem nome

Dirty Pretty Things � o nome da nova banda de Carl Barat (foto). O fundador, guitarrista e vocalista do The Libertines batizou o grupo com o nome de um clube que teve em Londres durante algum tempo. Ali�s, o baterista do Libertines, Gary Powell, � um dos integrantes do Dirty Pretty Things ao lado do guitarrista Anthony Rossomando. A banda come�a a fazer shows na pr�xima semana, mas ainda n�o h� previs�o de grava��o de disco.

Trama re�ne elenco em CD de MP3

Coerente com seu perfil de apostar em novas m�dias e de utilizar os recursos da internet para divulgar seus discos, a Trama est� lan�ando um CD com 100 m�sicas de seu elenco compactadas em arquivo MP3. N�o � o primeiro do g�nero. A iniciativa, no Brasil, coube surpreendentemente � gravadora de m�sica evang�lica MK Publicit�, que reuniu toda a obra da cantora Fernanda Brum num disco de MP3.

Sem se ater a credos ou ritmos, MP3 Trama Vol.1 re�ne 100 m�sicas de 34 nomes que pertencem ou j� pertenceram ao elenco da gravadora dirigida por Jo�o Marcelo B�scoli. O time inclui Fernanda Porto (foto), Pedro Mariano, Leci Brand�o, Tom Z�, Jair Oliveira, Luciana Mello, Otto, Na��o Zumbi e DJ Patife, entre outros artistas e grupos. O disco totaliza mais de sete horas de dura��o.

Djavan recorre ao balan�o das pistas

Como o primeiro disco independente de Djavan, Vaidade (2004), n�o saiu das prateleiras com a rapidez imaginada pelo cantor ao abrir sua pr�pria gravadora, Luanda Records, o astro alagoano recorre aos seus hits e � eletr�nica no segundo trabalho de sua companhia. Djavan na Pista, etc (capa � direita) re�ne recria�oes de algumas das m�sicas mais dan�antes e suingadas do repert�rio do compositor. A sele��o inclui Capim, Sina, Asa, Fato Consumado, Azul, Miragem e Tanta Saudade (em duas vers�es), entre outros hits turbinados com levadas modernas.

Sandy & Junior lan�am disco em 2006

Apesar de o �ltimo �lbum da dupla, Identidade (2003), ter tido desempenho comercial muito aqu�m do esperado, Sandy & Junior (foto) n�o v�o se separar e arriscam - pelo menos - mais um disco juntos. Os irm�os j� selecionam o repert�rio de in�ditas do CD que a gravadora Universal planeja lan�ar no primeiro semestre de 2006. Seja como for, nunca tinha havido na discografia da dupla um intervalo t�o grande entre um CD e outro...
Sexta-feira, Outubro 07, 2005

As vendas do pop nacional - Quem d� mais por Lulu, Tit�s, Jota e Paralamas?

As tiragens iniciais dos rec�m-lan�ados discos de quatro dos mais expressivos nomes do pop rock nacional - Lulu Santos, Tit�s (foto), Paralamas do Sucesso e Jota Quest - s�o term�metros do potencial comercial destes nomes e indicam h� quantas andam as vendas do segmento - um dos mais atingidos pelos downloads ilegais, pois consumido por um p�blico jovem e �ntimo das facilidades da internet.

MP3 � parte, o pop rock ainda tem alguma for�a no mercado fonogr�fico. De outro modo, os CDs de Tit�s (MTV ao Vivo) e Paralamas do Sucesso (Hoje) n�o sairiam com tiragens iniciais de 70 mil c�pias, cada. � um n�mero expressivo porque os dois grupos j� n�o vivem o auge comercial dos anos 80 e da segunda metade dos 90. No caso dos Tit�s, o desempenho nas r�dios das tr�s in�ditas e da releitura hard de O Port�o (can��o do repert�rio de Roberto Carlos e prov�vel futura m�sica de trabalho do CD) pode fazer decolar o segundo projeto do grupo com a MTV - ainda que o 1,8 mih�o de c�pias vendidas pelo Ac�stico MTV lan�ado pela banda em 1997 seja cifra impens�vel no mercado atual. � o s�mbolo maior do passado de gl�ria do (hoje) quinteto, que tem emplacado baladas em trilhas de novelas, mas n�o tem vendido disco na mesma propor��o da popularidade das m�sicas.

Se os Tit�s investem em regrava��es em disco de salutar pegada suja, os Paralamas do Sucesso apostam em repert�rio totalmente novo e transitam entre um pop rock de tonalidade mais sombria e os reggaes tocados com os metais e a latinidade de discos como Bora Bora. Na Pista j� foi para as r�dios em meados de setembro, mas Hoje guarda faixas de maior apelo radiof�nico - caso de P�talas, uma power balada composta por Nando Reis em parceria com o trio.

Hitmaker em ascens�o no mercado, autor de recente sucesso do Jota Quest (Do seu Lado), Nando Reis forneceu a in�dita N�o D� (de tom mais roqueiro) para o rec�m-lan�ado s�timo disco do quinteto mineiro, At� Onde Vai. A tiragem inicial de 65 mil c�pias (j� acrescida de um segundo lote de 10 mil unidades) tem tudo para aumentar. Muito. O grupo passa por excelente momento comercial - seu CD MTV ao Vivo, de 2003, ultrapassou as 500 mil c�pias vendidas - e lan�ou �lbum de forte apelo radiof�nico. Que ningu�m se surpreenda se as baladas O Sol (regrava��o da lavra da banda mineira Tianast�cia) e Palavras de um Futuro Bom ganharem as r�dios com a for�a de Amor Maior e outros hits do Jota. Dos quatro discos, At� Onde Vai � o que tem maior chance de realmente estourar nas paradas. E, surpreendentemente, � um bom trabalho do grupo, mais funkeiro e animado, sem afundar em terreno a�ucarado.

Por fim, h� Lulu Santos. A magra tiragem inicial de Letra & M�sica - 25 mil c�pias - � coerente com cifras recentes do genial artes�o de p�rolas pop. Lulu vem mostrando em sucessivos discos de in�ditas (Programa, Bugalu) que nunca lhe falta inspira��o como compositor. Mas suas boas m�sicas n�o se traduzem em boas vendas. � uma pena, pois Lulu nunca parou no tempo e tem procurado atualizar seu som sem perda da veia mel�dica rara - que nada fica a dever a de hitmakers como Elton John e Phil Collins. Ali�s, ele ultimamente at� tem se mostrado mais em forma do que seus colegas estrangeiros. Resta saber se a releitura (equivocada, na opini�o do colunista) de Pop Star - hit dos Miquinhos Amestrados nos anos 80 - tem poder para alavancar as vendas de Letra & M�sica. Seja como for, Lulu j� tem assegurado seu lugar de honra na hist�ria do pop nacional.

Os dados (ou melhor, os discos) est�o lan�ados. Fa�am suas apostas! Quem d� mais por Lulu Santos, Jota Quest, Tit�s e Paralamas do Sucesso???

Montenegro volta a 'L�o e Bia' em trilha revista por time afinado de convidados


Resenha de disco
T�tulo: L�o e Bia 1973
Artista: Oswaldo Montenegro e convidados
Gravadora: Jam Music
Cota��o: * * *

Oswaldo Montenegro tem discografia irregular, mas � fato que sua obra inicial tem momentos inspirados. A trilha de L�o e Bia � um deles. Por conta da remontagem do musical, em cartaz por v�rias capitais, o compositor se sentiu motivado a regravar as can��es do espet�culo com a ades�o de convidados. Os incans�veis detratores de Montenegro podem tapar os ouvidos, mas o CD L�o e Bia 1973 � bacana e reabilita o cantor no mercado depois de alguns discos desiguais.

Somente a participa��o de Ney Matogrosso - abrindo e fechando o CD com grava��o delicada do tema que batiza o musical (em andamento mais lento do que o de registro do autor) - j� valeria o disco. Mas L�o e Bia 1973 tamb�m traz Z� Ramalho (com seu habitual tom apocal�ptico caindo muito bem em Anjos e Dem�nios), Sandra de S� (melodiosa em Por Descuido ou Displic�ncia e � vontade no tom afro de Vida de Artista), Jorge Vercilo (l�rico em Janelas de Bras�lia) e Moska (que reconstr�i Pra Longe do Parano� com a divis�o personal�ssima de seu canto).

Montenegro faz dueto com a maioria dos convidados (Ney e Moska s�o as exce��es). E algumas participa��es t�m valor afetivo. Z�lia Duncan - que iniciou sua carreira na Capital no in�cio dos anos 80 e transitou na �poca pelo universo de Montenegro - regrava Coisas de Bras�lia no esp�rito folk com o qual tem intimidade. E Gl�ria Pires, que chegou a gravar um disco ao lado do cantor em meados da d�cada de 80, recita e canta (timidamente) os versos do medley que une Release, �ter no Cristal e Trem de Bras�lia.

No mais, a sele��o musical de L�o e Bia ainda esconde can��es com pinta de sucesso. � o caso de Sonho Molhado. Outras, como Quem Diria, s�o menos inspiradas, mas n�o tiram o brilho desta nova vers�o da trilha. Oswaldo Montenegro tem - e sempre teve - o seu valor.

Cole��o do Rei vai ganhar sexta caixa

A cole��o Pra Sempre - que est� reeditando a obra de Roberto Carlos (foto) - vai ganhar uma sexta caixa, que se somar� �s cinco programadas inicialmente pela gravadora Sony & BMG. O sexto box vai reunir os discos editados pelo Rei nos anos 2000 e tem lan�amento previsto para o fim da d�cada.

Por ora, o cantor anuncia oficialmente apenas o lan�amento, em outubro, da quarta caixa (Anos 90). A quinta caixa - a que vai trazer os �lbuns gravados pelo artista para o mercado externo - ficar� para meados de 2006, pois tem faltado tempo a Roberto para supervisionar a produ��o da caixa com os discos internacionais, j� que ele tem se dedicado inteiramente � finaliza��o de seu novo �lbum.

Marcelo D2 grava quarto disco solo

Novamente produzido por Mario Caldato Jr., Marcelo D2 (foto) j� grava seu quarto disco solo - o terceiro de est�dio, j� que o rapper vem de um projeto Ac�stico MTV (2004) que rendeu DVD e CD ao vivo. O sucessor de Eu Tiro � Onda (1998) e � Procura da Batida Perfeita (2003) ainda n�o tem previs�o de lan�amento - mesmo porque um �lbum de in�ditas do grupo Planet Hemp tamb�m est� nos planos de D2.

Selo revive boleros de Lucho Gatica

Dedicado ao lan�amento de grava��es hist�ricas de artistas estrangeiros, o selo Again - subdivis�o da empresa curitibana Revivendo - est� editando compila��o do cantor chileno Lucho Gatica, nascido em 1928. Boleros Inolvidables re�ne - como o t�tulo anuncia - 18 cl�ssicos do g�nero. Entre eles, La Barca, Sinceridad, El Reloj e, claro Besame Mucho. Muitas grava��es s�o antigas. Grande hit de Gatica, a supra-citada Sinceridad, por exemplo, aparece na colet�nea em grava��o de 1954.

Popular no Brasil desde a d�cada de 50, o astro chileno gravou inclusive um disco no Pa�s, em 2000. Lucho Gatica & Convidados (Albatroz) trazia duetos do cantor com nomes como Cauby Peixoto, Em�lio Santiago e Nana Caymmi.
Quinta-feira, Outubro 06, 2005

EMI explora hits de Rita

Pelo visto, a EMI j� desistiu de trabalhar o CD e DVD MTV ao Vivo lan�ados por Rita Lee no fim de 2004. A gravadora est� pondo nas lojas nova colet�nea da cantora, Hits Volume 1. Com exce��o de Amor e Sexo, faixa do CD Balacobaco (2003), todas os hits s�o da segunda metade dos anos 70 e primeira dos 80 - per�odo em que a roqueira liderou as paradas com sucessos como Mania de Voc�, Lan�a Perfume, Banho de Espuma e Flagra - todos devidamente inclu�dos na compila��o.

Nada contra colet�neas de sucessos, mas elas precisam ter um crit�rio e, no caso de Rita Lee, seu recente MTV ao Vivo - que j� abortou as vendas do �timo Balacobaco, disco que ainda tinha potencial comercial - j� cumpria a fun��o de resumir a carreira da cantora com a releitura de alguns de seus hits.

Nereu, do Trio Mocot�, mostra o poder de seu suingue no primeiro CD solo

Resenha de disco
T�tulo: Samba Power
Artista: Nereu, Mocot� e Swing
Gravadora: Yb Music
Cota��o: * * * *

Integrante do lend�rio Trio Mocot�, que acompanhou Jorge Ben Jor nos �ureos tempos do Z� Pretinho, o paulista Nereu S�o Jos� � inspirado compositor de samba-rock e ex�mio pandeirista. Sob o nome art�stico de Nereu, Mocot� e Swing, o m�sico paulista mostra o poder de seu suingue em seu primeiro disco solo, Samba Power. No CD, o artista une o balan�o do samba-rock � cad�ncia do samba produzido nos morros cariocas. Faixas como Balan�a Menina, Nega Manhosa e Vem Sambar cativam pelo ritmo delicioso. Em ess�ncia, Nereu transita pelo samba-rock, mas evoca a descontra��o dos pagodes em Feijoada do Chil�o e ousa fechar o disco com um ponto de umbanda (Santo Antonio na Linha de Umbada) de sotaque jazz�stico. No todo, Samba Power nada fica a dever aos melhores discos do Trio Mocot�.

Wonder pode voltar a ver enquanto f�s v�o poder enfim ouvir seu novo disco


Enquanto sonha com a possibilidade concreta de voltar a enxergar parcialmente com uma opera��o que vai inserir um chip em seu c�rebro, depois de viver cego por 55 anos, Stevie Wonder d� enfim a chance ao seu p�blico de ouvir seu primeiro �lbum de in�ditas em 10 anos. Depois de sucessivos adiamentos, A Time 2 Love (capa acima) chega �s lojas dos EUA em 18 de outubro. O disco j� teve duas m�sicas trabalhadas nas r�dios - So What the Fuss (que traz Prince na guitarra) e From the Bottom of my Heart - e, a partir de ter�a-feira, 11 de outubro, uma terceira (Shelter in the Rain) estar� dispon�vel para download com renda em benef�cio das v�timas do furac�o Katrina.

Gravado com o percussionista brasileiro Paulinho da Costa, A Time 2 Love traz a participa��o de Paul McCartney na faixa-t�tulo. Bonnie Raitt toca guitarra slide em Tell your Heart I Love You. A filha de Wonder, Aisha, � convidada de How Will I Know e Positivity. J� a faixa que abre o CD, If your Love Cannot Be Moved, re�ne o rapper Doug E. Fresh e Kim Burrell, int�rprete ligado � m�sica gospel.

Morrissey nomeia �lbum supostamente feito com famoso produtor de Bowie

Ringleader of the Tormentors � o t�tulo do novo �lbum de Morrissey (foto), o primeiro de est�dio depois do bem-sucedido You Are the Quarry (2004). Como o primeiro produtor escalado para o CD (Jeff Saltzman) acabou ficando fora do projeto, not�cias extra-oficiais sustentam que o cantor do extinto The Smiths gravou o disco sob a batuta de Tony Visconti, produtor respons�vel por alguns dos melhores trabalhos de David Bowie.

Sucesso na internet, Cansei de Ser Sexy lan�a primeiro CD sem medo da rede

Exemplo de banda que soube usar a internet como ferramenta de divulga��o de seu trabalho, Cansei de Ser Sexy (foto) lan�a em 15 de outubro seu primeiro disco, via Trama. O CD inclui m�sicas in�ditas (Patins, Alcohol, Alala Is Not your Friend e Computer Heat / Work Disease) e outras j� ouvidas pelo p�blico que conheceu a banda no site TramaVirtual - criado justamente para revelar artistas ainda sem proje��o.

Formado em S�o Paulo em outubro de 2003, o grupo disponibilizou ainda naquele ano no TramaVirtual o tema �dio, �dio, Sorry C. - com surpreendente �xito. A grava��o do Cansei de Ser Sexy permaneceu v�rias semanas na lideran�a da parada do site - trajet�ria seguida por outra m�sica da banda, Meeting Paris Hilton. O sucesso entre os internautas valeu ao sexteto um contrato com a gravadora Trama (prima-irm� do TramaVirtual) para gravar e lan�ar o primeiro CD de forma convencional.

Pois a banda chega ao disco - intitulado Cansei de Ser Sexy - sem medo da internet. Tanto que o �lbum ser� comercializado em edi��o simples e tamb�m numa dupla que trar�, como b�nus, um CD-R virgem para que o consumidor possa gravar outras m�sicas eventualmente disponibilizadas pela banda ou mesmo copiar o �lbum para d�-lo de presente a um amigo.

Paralelamente, o Cansei de Ser Sexy ainda lan�a um EP (com repert�rio diverso do CD) que, por ora, ser� vendido apenas nos shows do grupo.
Quarta-feira, Outubro 05, 2005

Jota Quest faz seu baile funk com MC, Lulu e uma discotecagem pop variada


Resenha de disco
T�tulo: At� Onde Vai
Artista: Jota Quest
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * *

Depois de dois CDs ao vivo consecutivos (o segundo totalmente dispens�vel, a ponto de ser omitido pelo grupo em sua discografia oficial), o Jota Quest volta a lan�ar material in�dito e soa coeso como em seu anterior �lbum de est�dio, Discotecagem Pop Variada (2002). Houve no caminho um bem-sucedido MTV ao Vivo (2003), com can��es melosas como Amor Maior, mas em At� Onde Vai o quinteto mineiro segue novamente a trilha da black music - base de seu som. O baile funk do grupo fica animado em m�sicas como Libere a Mente e, sobretudo, � Rir para N�o Chorar. Ambas as faixas contam com a ades�o do rapper mineiro Evandro MC, que, ao incrementar o som do Jota, o MC desempenha no novo disco papel similar ao tido pelo DJ Apollo 9 em Discotecagem Pop Variada.

O produtor Liminha exibe a atual compet�ncia ao diluir o funk-soul da banda com instrumental roqueiro e um leve tempero eletr�nico. E o fato � que o disco se sustenta bem nas suas 14 faixas e nem precisava da releitura turbinada de Al�m do Horizonte - soul de Roberto e Erasmo Carlos, lan�ado pelo Rei em 1975 - para se garantir nas paradas. Bastaria o apelo radiof�nico de Palavras de um Futuro Bom, melodiosa balada prejudicada pelas rimas pobres da letra.

As letras, ali�s, permanecem como o ponto fraco do Jota Quest. Por isso mesmo, � lament�vel que o guitarrista Marco T�lio Lara e o violonista Play tenham musicado com t�o pouca inspira��o os versos de Absurdo, escritos por ningu�m menos do que Lulu Santos com altas doses de picardia e autorefer�ncia. "Sem fub� n�o tem angu / S� Carni�a de Urubu / Quem me disse foi Lulu", debocha a letra, propositalmente absurda.

H� uma ou outra can��o mais lenta e enfadonha, caso de Celebra��o do In�til Desejo, mas o saldo de At� Onde Vai � positivo. O Jota Quest soube variar a discotecagem pop de seu baile funk com inusitado time de colaboradores. Os DJs e produtores ingleses Layo & Bushwaka s�o os parceiros de Sunshine in Ipanema, ensolarada mistura de soul e dance. Integrante da banda mineira Tianast�cia, Antonio J�lio Nast�cia contribui enormemente com a autoria da deliciosa balada pop O Sol (j� gravada pela Tianast�cia) e - bem menos - com a letra de Vou a P�. E o disco ainda apresenta um Nando Reis el�trico na autoria de N�o D�.

No todo, o Jota Quest vai at� um pouco mais longe do que se poderia esperar de um grupo preso �s f�rmulas do sucesso radiof�nico. Ponto para Rog�rio Flausino e Cia.

Lennon na voz de Ozzy

Uma releitura de Woman - sucesso de John Lennon em 1980 - na voz de Ozzy Osbourne (foto) � uma das tr�s faixas in�ditas da nova edi��o, no formato de DualDisc, de Under Cover, �lbum de regrava��es de Ozzy, lan�ado originalmente na caixa Prince of Darkness. Os outros dois fonogramas in�ditos s�o Rocky Mountain Away (de Joe Walsh) e Go Now (cover de Moody Blues). No lado do DVD, h� o clipe de In my Life (do repert�rio dos Beatles) e um v�deo intitulado Dinner with Ozzy and Friends. O lan�amento de Under Cover est� agendado para 1� de novembro, nos Estados Unidos.

Universal distribui Zizi Possi


O mundo d� voltas... Zizi Possi - que saiu brigada da Universal Music em 2001, quando a filial brasileira da companhia era presidida por Marcelo Castelo Branco - ter� seu primeiro projeto ao vivo distribu�do pela gravadora, atualmente presidida em escala nacional por Jos� Antonio �boli. Na foto, tirada durante a assinatura do contrato de distribui��o, �boli est� � esquerda, ao lado de Zizi e do novo empres�rio da cantora, Manoel Poladian, que vai editar o disco pelo seu rec�m-criado selo.

Os primeiros DVD e CD ao vivo da artista, Pra Ingl�s Ver e Ouvir, chegar�o �s lojas em novembro, com o registro do show dirigido por Jos� Possi Neto e gravado em agosto, em temporada no Teatro Shopping Frei Caneca, em S�o Paulo (SP).

No recital, Zizi interpreta m�sicas dos repert�rios de Beatles (Come Together, Golden Slumbers, Yesterday), Carpenters (Close to You, We've Only Just Begun), Bob Marley (Redemption Song), Cole Porter (Love for Sale), Ray Charles (Ruby, Unchain my Heart), Johnny Rivers (Do You Wanna Dance?), Frank Sinatra (Moon River), Queen (Love of my Life), Nat King Cole (The Very Thought of You) e Peggy Lee (Fever e Why Don't You Do Right?).

Trata-se do primeiro disco da cantora desde Bossa, editado em 2001 pela Universal. S�o as voltas que o mundo d�...

Ac�stico do Rappa sai este m�s com duas in�ditas e a voz de Maria Rita

N�o Perca as Crian�as de Vista e Na Frente do Reto s�o as duas in�ditas do Ac�stico MTV que o Rappa lan�a neste m�s de outubro. O CD (capa � direita) traz 13 faixas e a participa��o de Maria Rita em Rodo Cotidiano (na grava��o, realizada em julho em S�o Paulo, a cantora aderiu ao grupo tamb�m em O Que Sobrou do C�u). O disco re�ne m�sicas como Eu Quero Ver Gol, Papo de Surdo e Mudo, Reza Vela, Pescador de Ilus�es, Homem Amarelo, Mar de Gente e Brixton, Bronx ou Baixada. A faixa de trabalho � a supra-citada in�dita Na Frente do Reto.

O DVD re�ne 19 faixas, seis a mais do que o CD. Bitterusso Champagne, Mitologia Gerimum, Cristo e Oxal� e Se N�o Avisar o Bicho Pega s�o fonogramas exclusivos do v�deo - al�m de O Que Sobrou do C�u com a ades�o de Maria Rita.

O natal jazz�stico de Diana Krall

A trilha do Natal vai ter sotaque jazz�stico este ano. Pelo menos se a op��o for cear ao som do novo disco de Diana Krall, Christmas Songs (capa � esquerda). Produzida por Tommy LiPuma, a cantora de pop jazz entoa cl�ssicos do g�nero - como White Christmas Songs e Jingle Bells - acompanhada pela Clayton / Hamilton Jazz Orchestra. O lan�amento est� agendado para 1� de novembro, nos Estados Unidos.
Ter�a-feira, Outubro 04, 2005

Bacharach se une a Dr. Dre

Artes�o de j�ias pop dos anos 60 (a maioria lapidada pela voz de Dionne Warwick), o maestro Burt Bacharach (foto) aderiu ao rap, aos 74 anos. Em seu novo disco, At This Time, o compositor conta com a colabora��o em tr�s faixas de ningu�m menos do que Dr. Dre, um dos produtores mais conceituados do universo do hip hop americano. O �lbum conta com a participa��o de Elvis Costello na faixa Can't Give It Up. O repert�rio inclui Please Explain, Where Did It Go, In our Time, Is Love Enough?, Dreams, Danger, Fade Away e Go Ask Shakespeare.

Daniela Mercury inclui releitura de 'Aquarela do Brasil' no seu 'Bal� Mulato'

Nas lojas no fim de outubro, o d�cimo-primeiro disco solo de Daniela Mercury, Bal� Mulato, traz no repert�rio uma regrava��o de Aquarela do Brasil, o cl�ssico internacional de Ary Barroso. Outra releitura � Meu Pai Oxal�, da lavra da dupla Toquinho & Vinicius. A cantora chegou a cogitar inserir esta faixa como b�nus das tiragens recentes de seu �ltimo CD, Carnaval Eletr�nico, mas acabou desistindo da id�ia - at� porque o disco teve pouco f�lego no mercado.

Outras faixas de Bal� Mulato s�o Levada Brasileira e Bal� Popular, de Pierre Onasis e Ed�lson. A m�sica de trabalho � Topo do Mundo, de Jauperi e Gigi. A cantora tamb�m regrava Pensar em Voc� - balada de Chico C�sar - e Tonelada de Amor, de M�rcio Mello.

Novo do Korn sai em dezembro

See You on the Other Side � o t�tulo do novo �lbum do Korn (foto). O sucessor de Take a Look in the Mirror (2003) marca a estr�ia do grupo na gravadora Virgin/EMI e tem lan�amento agendado para 6 de dezembro. O primeiro single, Twisted Transistor, j� toca nas r�dios americanas.

Mercado do disco volta a se retrair - Ser� que h� luz no fim do t�nel fonogr�fico?


E continua grave a crise no mercado fonogr�fico!!! Segundo relat�rio divulgado pela Associa��o Brasileira de Produtores de Discos (a ABPD, formada pelas gravadoras multinacionais), houve no primeiro semestre de 2005 queda de 19,4% nas vendas de CDs e DVDs em rela��o ao mesmo per�odo de 2004. O faturamento tamb�m caiu 12,9%. Presidentes e diretores das principais companhias j� desfiam a mesma ladainha e culpam a pirataria de CDs nos camel�s e a onda crescente de downloads ilegais na internet - um tipo de pirataria mais invis�vel, mas nem por isso menos corrosiva.

� fato que a pirataria agrava a crise. Mas n�o � menos verdade tamb�m que a ind�stria est� ap�tica, refrat�ria. A pol�tica parece ser sempre aumentar os pre�os dos CDs, em vez de apostar corajosamente em repert�rio in�dito e em artistas novos (a independente Deckdisc, por exemplo, investiu em Pitty e colhe os louros de seu bem-sucedido investimento). O DVD - at� ent�o a salva��o da lavoura - come�a a dar lentos sinais de desgaste, pois a ind�stria tamb�m suga o formato com avidez, pondo nas lojas t�tulos muitas vezes dispens�veis e repetitivos.

No Brasil, os sertanejos - como Bruno & Marrone (foto) e Leonardo - lideraram a lista de CDs mais vendidos, ao lado de Ivete Sangalo, uma das campe�s de 2004 por conta de seu CD e DVD MTV ao Vivo. S�o ind�cios claros de que - Maria Rita � parte - a tradicional MPB j� tem vendas e aten��es reduzidas por parte de um p�blico de perfil majoritariamente jovem e que usa a internet para baixar seus discos preferidos em vez de pagar mais de R$ 30 por um CD nas lojas. Por isso, discos de bandas como Los Hermanos e Tit�s n�o vendem na propor��o em que s�o ouvidos.

� injusto p�r a culpa da crise somente nas gravadoras. N�o foram as companhias que inventaram a internet e o MP3. Tampouco cabe culpar o consumidor que, com pouco ou nenhum dinheiro, nem sempre vai querer pagar pelo que pode obter de gra�a na rede ou por um pre�o muito mais em conta no camel�. O fato � que a crise � do CD como formato, n�o da m�sica. Esta ser� sempre consumida com entusiasmo por p�blicos de todas as idades. A quest�o da ind�stria � como reverter a renda deste consumo para os cofres das companhias. Nesse sentido, parece n�o haver luz no fim do t�nel. E salve-se quem puder...

A can��o de Mariana Ximenes

Mariana Ximenes d� uma de cantora na trilha do filme A M�quina. A atriz (na foto, numa cena do longa-metragem de Jo�o Falc�o, j� exibido no Festival do Rio) entoa timidamente a Can��o de Come�ar. A trilha � assinada em trio por Chico Buarque (autor da bela Por que Era Ela, Por que Era Eu, j� lan�ada na compila��o Chico no Cinema), DJ Dolores e Robertinho de Recife. Sanidade � um dos temas do filme, que tem estr�ia no circuito nacional prevista para 2006. Outra curiosidade da trilha � a releitura pop de Dia Branco, can��o de Geraldo Azevedo, pelo fict�cio grupo The Sconhecidos.
Segunda-feira, Outubro 03, 2005

Emilinha foi resistente retrato de sua era

Emilinha Borba sai de cena, aos 82 anos, como um dos mais resistentes retratos de sua �poca, a era de ouro do r�dio no Brasil. Nascida em 31 de agosto de 1923, na Mangueira, a Favorita da Marinha reinou na d�cada de 40. Foi a voz de um Brasil mais ing�nuo que vibrava com programas de audit�rio e jogava nos cassinos - e foi no mais nobre deles, o Cassino da Urca, que Emilinha cantou at� ser convidada a ir para a R�dio Nacional, emissora em que permaneceu por 27 anos. Pelas ondas da Nacional, que ditava modas e projetava �dolos, a cantora carioca propagou seu canto, em programas como o de C�sar Alencar. E tamb�m em discos. Come�ou a gravar em 1939, mas foi mesmo a rainha das paradas dos anos 40. Deixou fonogramas nas gravadoras Columbia (a primeira de sua discografia), Odeon (a segunda) e na extinta Continental (a terceira e mais duradoura, na qual Emilinha permaneceria por 14 anos). Terminou gravando CD de forma independente e botou banca. Literalmente. Seu �ltimo disco, Emilinha Pinta e Borba, gravado entre 2002 e 2003, foi vendido por ela em bancas armadas em pra�as p�blicas.

A eterna Rainha do R�dio morreu associada aos sucessos carnavalescos. De fato, ela fez a alegria dos foli�es com a rumba Escandalosa (1947) e com a marcha Chiquita Bacana (1949), entre muitas outras m�sicas do g�nero, mas tamb�m cantou as dores de amores nos chamados "discos de meio de ano". Vieram deles dois de seus maiores hits: o samba-can��o Se Queres Saber (1947) e o bolero Dez Anos (1951). Entre um e outro, a int�rprete ainda incursionou pelo bai�o de Luiz Gonzaga, gravando Para�ba em registro expressivo de 1951.

O canto de Emilinha pertence � era pr�-Bossa Nova. Era um canto mais esfuziante, eventualmente at� menos requintado - mas sempre alegre e livre das amarras da modernidade. Era eterno, sabe-se hoje. Mas � fato que, com o surgimento da velha bossa e a consolida��o da televis�o no Brasil, Emilinha seria destronada a partir dos anos 60 - assim como �ngela Maria, Dalva de Oliveira e sua rival Marlene, vozes propagadas pelo r�dio e a ele sempre associadas.

Iniciada por obra dos f�s, a rivalidade com Marlene vez por outra virava realidade. As duas rainhas viveram entre tapas e beijos. Mas, no fundo, eram unidas, pois se sabiam ligadas pelo glamour de um Brasil mais pueril e, por isso, riram da pr�pria rivalidade quando gravaram juntas Entre Tapas e Beijos no �ltimo CD de Emilinha.

Emilinha saiu de cena por conta de uma falseta de seu cora��o. Mas, para seus f�s fi�is, ela ser� sempre a favorita, a rainha do r�dio - e de seus cora��es.

Convidados n�o conseguem reviver a magia da festa funk do Kool & the Gang


Resenha de disco
T�tulo: The Hits Reloaded
Artista: Kool & the Gang
Gravadora: Indie Records
Cota��o: * *

O grupo Kook & the Gang ajudou a animar a festa nos anos 70 com seu funk suingante. Sucessos como Celebration e Ladies Night encheram muitas pistas e fizeram hist�ria. Da� o time estelar de convidados reunidos em The Hits Reloaded, �lbum duplo em que a Gang tenta em v�o reeditar a magia de seu tempo �ureo ao lado de nomes como Angie Stone, Lil Kim, Jamiroquai, Ashanti, Lauryn Hill, Jimmy Cliff, Lisa Stansfield, Youssou N'Dour e outros menos cotados.

A festa n�o chega a ser chata, mas o disco faz sentir saudade das grava��es originais - ainda que os poderosos vocais do London Community Gospel Choir revigorem Celebration, ainda que Cherish soe agrad�vel com a ades�o de Ashanti e ainda que Lauryn Hill se una a Youssou N'Dour para refinar Summer Madness. Claro que h� a tentativa de modernizar o som da Gang com adi��o de rap e texturas mais atuais, mas fica a sensa��o de que o funk da big-band j� nasceu cl�ssico e n�o precisa de retoques. At� porque os vocais de JT Taylor eram imbat�veis.

George Michael revive em filme sua batalha contra a ind�stria fonogr�fica

Em cartaz no Festival do Rio, mas ainda sem previs�o de estr�ia no circuito oficial, o document�rio George Michael - A Different Story (na tradu��o em portugu�s, George Michael - Uma Outra Vers�o) revive a batalha jur�dica travada pelo cantor contra a Sony Music em meados dos anos 90. A briga � contada pelo pr�prio artista em detalhes, com depoimentos de colegas como Mariah Carey, que tamb�m passou maus momentos na Sony depois de desfazer seu casamento com um manda-chuva da gravadora.

Poucas vezes, um artista ousou desafiar com tanta bravura a ind�stria do disco. Michael vinha de um primeiro �lbum solo (Faith, 1987) coroado de gl�rias e sucesso comercial. O problema � que ele n�o quis repetir a f�rmula no segundo, Listen without Prejudice (1990), iniciando um processo de luta contra a gravadora que acabaria nos tribunais. Michael acabaria derrotado judicialmente e saldou sua d�vida com a Sony com uma colet�nea dupla, Ladies & Gentlemen: The Best of George Michael (1988).

No filme, o cantor admite que talvez n�o tivesse se empenhado tanto na batalha contra a gravadora - ou mesmo iniciado a briga judicial - se n�o estivesse destro�ado na �poca pela perda de um namorado. Mas chama a aten��o para o fato de ter assinado - no in�cio da carreira, quando se lan�ou no duo Wham! ao lado de Andrew Ridgeley - um contrato t�o leonino que o prendeu � multinacional por muitos anos.

A ironia � que, em 2004, Michael acabaria ligado novamente � Sony Music com o lan�amento de Patience, seu �ltimo �lbum. Enfim, a batalha contra a gravadora j� � coisa do passado, ambos os lados da guerra j� est�o pacificados, mas o que o document�rio deixa como exemplo (sem querer dar li��o de moral) � que contratos devem ser bem analisados antes de assinados - sobretudo por artistas ansiosos pela grava��o do primeiro disco. George Michael amargou inferno astral, perdeu a luta, mas ganhou a admira��o de seus colegas pelo exemplo de n�o ter tido medo de enfrentar o le�o ainda dentro da jaula.

Orlando Morais canta com filhas em CD que re�ne Jo�o Donato e Babado Novo

Em seu nono CD, Tempo Bom, Orlando Morais re�ne as vozes de suas filhas Ana, Cl�o e Ant�nia na faixa Bento, composta por ele para saudar o nascimento de seu filho hom�mino. O disco, ali�s, vem repleto de tributos aos familiares do artista goiano. A atriz Cl�o Pires - a rigor, enteada de Orlando, mas tida como filha pelo cantor - ganhou m�sica em sua homenagem, Cl�o. Orlando ainda reverencia o pai (em Lampi�o) e a av� (em Goi�nia).

Tempo Bom conta com as participa��es de Jo�o Donato - em At� Quem Sabe (parceria de Donato com seu irm�o Lysias �nio), faixa gravada ao vivo - e do grupo Babado Novo (em Amor de Carnaval). Orlando regrava Paci�ncia (balada de Lenine e Dudu Falc�o), mas o repert�rio do disco � essencialmente in�dito e autoral, incluindo m�sicas como Diferen�a, Sert�o, Calado e Tanto Faz.

Orlando Morais conciliou a grava��o do novo disco com a cria��o da trilha do novo filme de F�bio Barreto, Nossa Senhora de Caravaggio, composta por ele em parceria com o m�sico Ricardo Le�o. Basicamente instrumental, a trilha destaca temas como Mulher Rosada.

Jota Quest grava Nando Reis de novo


Autor de Do seu Lado, um dos hits do bem-sucedido MTV ao Vivo do Jota Quest (foto), Nando Reis est� presente na ficha t�cnica do s�timo �lbum do grupo mineiro, At� Onde Vai. O ex-Tit� � autor de N�o D�, uma das faixas do disco, nas lojas esta semana via Sony & BMG. O repert�rio inclui in�ditas como Sunshine in Ipanema, Libere a Mente, � Rir para N�o Chorar, Absurdo (letrada por Lulu Santos), L�gica e Vou a P�. Mas a m�sica de trabalho - como j� noticiado neste blog - � Al�m do Horizonte, o soul de Roberto e Erasmo Carlos, lan�ado pelo Rei em 1975. O quinteto tamb�m regrava O Sol, tema do repert�rio da banda mineira Tianast�cia.

Linkin Park na voz de Jane Duboc

A EMI est� lan�ando colet�nea de Jane Duboc, Uma Voz... Uma Paix�o (capa � esquerda). A sele��o de sucessos (Besame, Manuel o Audaz, Acontece, Todo Azul do Mar, Manh� de Carnaval) revela uma surpresa como faixa-b�nus: uma m�sica da lavra do grupo Linkin Park, From the Inside, gravada pela cantora em trio com Z�lia Duncan e com seu filho, Jay Vaquer.

Fonograma in�dito no Brasil, From the Inside faz parte do disco Glow, gravado por Jane para o mercado japon�s com os m�sicos Arismar do Esp�rito Santo e Vinicius Dorin. No CD, a cantora recria m�sicas de Coldplay (Yellow), Sting (If I Ever Lose my Faith), Peter Gabriel (Mercy Street) e Eric Clapton (Tears in Heaven). Jane tem planos de lan�ar Glow no Brasil.
Domingo, Outubro 02, 2005

Killers revela faixas do segundo �lbum

Where White Boys Dance e Higher and Higher s�o duas das 12 m�sicas j� compostas pela banda The Killers para seu segundo disco. O sucessor de Hot Fuss, editado em 2004, come�ar� a ser gravado em janeiro, com produtor ainda n�o escolhido.

Marcos Valle voa alto em 'Jet-Samba'


Resenha de disco
T�tulo: Jet-Samba
Artista: Marcos Valle
Gravadora: Dubas M�sica
Cota��o: * * * *

Revigorada nos anos 90 a partir da descoberta de sua m�sica por DJs europeus e da conseq�ente grava��o de CDs para o selo ingl�s Far Out, a discografia de Marcos Valle ganha novo embalo com o lan�amento de Jet-Samba. Desta vez, o disco foi feito para o Brasil e � um trabalho instrumental - o primeiro do compositor no g�nero deste Braziliance, feito em 1968 para o mercado americano. O repert�rio re�ne algumas in�ditas e releituras de temas antigos como Previs�o do Tempo.

Jet-Samba revela - para quem ainda insiste em associar Valle somente � irregular fase pop de sua carreira nos anos 80 - que o artista (figura de destaque na segunda e mais politizada leva de compositores da Bossa Nova) � arranjador e pianista de talento excepcional. Seu novo CD transita pelo terreno do samba-jazz formatado nos anos 60 - sobretudo na in�dita faixa-t�tulo e na recria��o de Selva de Pedra, tema de abertura da hom�nima novela de Janete Clair, sucesso da Rede Globo em 1972. Mas Jet-Samba decola em tons variados. Ora impregnado de latinidade (como em Brasil / M�xico), ora mais nordestino (como no bai�o Campina Grande) e ora at� �ntimo (como na jobiniana La Petite Valse), Jet-Samba voa muito alto - pelo entrosamento dos m�sicos e pela criatividade dos arranjos - e reabilita Marcos Valle no mercado brasileiro.

Projetado no disco de Gal, o baiano P�ri tenta al�ar v�o com 'Samba Passarinho'


Autor de uma das melhores m�sicas do novo disco de Gal Costa (Voyeur, faixa que tem a cad�ncia do samba do Rec�ncavo Baiano), P�ri (foto) lan�a seu quarto CD, Samba Passarinho, no embalo da proje��o obtida com a inclus�o de sua composi��o no �lbum da cantora.

Trata-se de trabalho autoral, em que o compositor baiano (radicado em S�o Paulo) assina dez das 12 m�sicas - entre elas, Na Lata, Jurema, Mentiras, Redemoinho, S� Minha, Depressa, O Samba � Bom e, claro, Voyeur. As exce��es s�o Meu Mundo � Hoje (Eu Sou Assim) - samba de Wilson Batista, popularizado nos anos 70 por Paulinho da Viola - e Dos Prazeres das Can��es, tema de P�ricles Cavalcanti.

Em Samba Passarinho, P�ri transita por v�rias vertentes do samba. A faixa-t�tulo ganhou remix do DJ Chamberlain. Antes deste disco, que dever� lhe dar popularidade em car�ter nacional, P�ri lan�ou A Cama e a TV (1997), Morda Minha L�ngua (2000) e Ladainha (2003).

Vers�es a capella no 'Zoli Clube'

Zoli Clube (capa � direita) � o t�tulo do CD em que Cl�udio Zoli regrava sucessos do soul nacional como Cole��o, Festa Funk, Pra que Vou Recordar o que Chorei? e Na Sombra de uma �rvore. Como b�nus, o disco traz vers�es instrumentais e a capella de quatro faixas (Acenda o Farol, L�bios de Mel, Pensando Nela e A Lua e Eu).

Pitty inclui document�rio em dualdisc

O document�rio Sess�es Anacr�nicas � um dos atrativos da vers�o em dualdisc do segundo CD de Pitty (foto), Anacr�nico. O filme - em que o cineasta baiano Ricardo Spencer revela o cotidiano da grava��o do �lbum - estar� no 'lado DVD' do dualdisc que a Deckdisc lan�a em novembro. Amigo de Pitty, Spencer tamb�m � o diretor do clipe de Mem�rias, a nova m�sica de trabalho do CD.
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