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Segunda-feira, Outubro 03, 2005

Emilinha foi resistente retrato de sua era

Emilinha Borba sai de cena, aos 82 anos, como um dos mais resistentes retratos de sua �poca, a era de ouro do r�dio no Brasil. Nascida em 31 de agosto de 1923, na Mangueira, a Favorita da Marinha reinou na d�cada de 40. Foi a voz de um Brasil mais ing�nuo que vibrava com programas de audit�rio e jogava nos cassinos - e foi no mais nobre deles, o Cassino da Urca, que Emilinha cantou at� ser convidada a ir para a R�dio Nacional, emissora em que permaneceu por 27 anos. Pelas ondas da Nacional, que ditava modas e projetava �dolos, a cantora carioca propagou seu canto, em programas como o de C�sar Alencar. E tamb�m em discos. Come�ou a gravar em 1939, mas foi mesmo a rainha das paradas dos anos 40. Deixou fonogramas nas gravadoras Columbia (a primeira de sua discografia), Odeon (a segunda) e na extinta Continental (a terceira e mais duradoura, na qual Emilinha permaneceria por 14 anos). Terminou gravando CD de forma independente e botou banca. Literalmente. Seu �ltimo disco, Emilinha Pinta e Borba, gravado entre 2002 e 2003, foi vendido por ela em bancas armadas em pra�as p�blicas.

A eterna Rainha do R�dio morreu associada aos sucessos carnavalescos. De fato, ela fez a alegria dos foli�es com a rumba Escandalosa (1947) e com a marcha Chiquita Bacana (1949), entre muitas outras m�sicas do g�nero, mas tamb�m cantou as dores de amores nos chamados "discos de meio de ano". Vieram deles dois de seus maiores hits: o samba-can��o Se Queres Saber (1947) e o bolero Dez Anos (1951). Entre um e outro, a int�rprete ainda incursionou pelo bai�o de Luiz Gonzaga, gravando Para�ba em registro expressivo de 1951.

O canto de Emilinha pertence � era pr�-Bossa Nova. Era um canto mais esfuziante, eventualmente at� menos requintado - mas sempre alegre e livre das amarras da modernidade. Era eterno, sabe-se hoje. Mas � fato que, com o surgimento da velha bossa e a consolida��o da televis�o no Brasil, Emilinha seria destronada a partir dos anos 60 - assim como �ngela Maria, Dalva de Oliveira e sua rival Marlene, vozes propagadas pelo r�dio e a ele sempre associadas.

Iniciada por obra dos f�s, a rivalidade com Marlene vez por outra virava realidade. As duas rainhas viveram entre tapas e beijos. Mas, no fundo, eram unidas, pois se sabiam ligadas pelo glamour de um Brasil mais pueril e, por isso, riram da pr�pria rivalidade quando gravaram juntas Entre Tapas e Beijos no �ltimo CD de Emilinha.

Emilinha saiu de cena por conta de uma falseta de seu cora��o. Mas, para seus f�s fi�is, ela ser� sempre a favorita, a rainha do r�dio - e de seus cora��es.

15 COMENTÁRIOS:

Marcelo said...

O Rio de Janeiro, o Brasil fica mais triste e menos musical com essa terr�vel perda. Emilinha era a representante de uma �poca maravilhosa, aonde a m�sica era melhor, e n�s, mais felizes...
Que Deus tenha um lugar muito especial pra ela!

Marcelo

20:08  
carlos almeida said...

Tristeza saber da ida de uma cantora t�o especial e hoje t�o esquecida...
Pena que o Brasil seja sempre t�o ingrato com seus �dolos.
Vai em paz Emilinha...

22:01  
Anonymous said...

Que Deus a tenha e que ela jamais seja esquecida por n�s! Essa sim era uma rainha... que agora virou estrela...

23:19  
Almir Fran�a said...

Sinto a perda de Emilinha, n�o a conheci e n�o vivenciei a sua arte, mas fico triste pois marcou muito a �poca de meus pais, os quais sempre falavam com muita admira��o, que Deus a tenha em um bom lugar.

07:49  
Anonymous said...

Mauro,

Que beleza de defini��o e paralelo com a Bossa Nova! Simples e perfeita, menos requintada, por�m, mais esfuziante. Parab�ns.
Fabio Ferreira

10:51  
Anonymous said...

Fico pensando se um artista n�o deve saber a hora de parar. Por que gravar um disco aos 80 anos ? Por que viver fazendo pl�sticas e mais pl�sticas querendo preservar uma beleza que j� foi embora ? A velhice � cruel, principalmente para aqueles que vivem sob a luz dos refletores.
Espero que a cantora descanse em paz.

15:36  
Julio Cezar do Amaral said...

Emilinha foi uma m�quina de alegria.Meu consolo � saber que as estrelas n�o morrem; elas simplesmente mudam de lugar.
Eu te amo minha rainha.

03:12  
Fabienne Fernandes said...

Um an�nimo oculto pela falta de coragem e personalidade,questiona o fato de Emilinha Borba,gravar um disco aos oitenta anos e de fazer pl�sticas para se manter jovem.. O motivo � que ela n�o pertencia s� a si pr�pria..Era idolatrada por uma imensa legi�o de f�s que a queriam jovem e em evid�ncia. Era a estrela do Brasil..Essas preocupa��es voc� jamais ter� ,an�nimo..por n�o ser ningu�m. N�o ter nem identidade.

Fabienne Fernandes
fabiennefernandes@yahoo.com

03:21  
Martha dos Santos Moraes said...

Emilinha foi a estrela mais glamurosa..mais coquete desse Brasil.Querer reconstru�-la seria preciso misturar a Marinha do Brasil,o frenesi dos audit�rios,muitos vestidos de tulle e pailettes,a Pra�a Mau�,muito perfume franc�s e o amor intenso e fiel de todos n�s.
Ela era esses ingredientes m�gicos.
Martha dos santos Moraes
martha_moraes@yahoo.com

03:28  
Sgt.Emerson Aparecido Dejaro dos Reis said...

Adeus minha favorita. Em cada gaivota eu verei o seu rosto e ouvirei o seu canto. A Marinha do Brasil est� de luto.
O meu cora��o brasileiro tamb�m.

Sgt.Emerson Aparecido Dejaro dos Reis
Fortaleza Cear�
fink39@hotmail.com

04:08  
Anonymous said...

Meu Deus...

09:57  
Junia Claudia said...

Fico triste por ver que a terra ficou mais vazia, e fico muito feliz por saber que tem mais uma etrela nos iluminados l� do alto, que descanse em paz a nossa eterna estrela.

11:20  
Dulce Maria do Nascimento said...

Emilinha,
Voc� foi a maior popularidade feminina que o Brasil j� conheceu.Seu sorriso,sua simpatia,sua alegria faziam a gente esquecer os problemas e ir em frente com otimismo.
Voc� foi a grande rainha dessa gente pobre que anda de trem..fica na fila no INSS..que vive de sal�rio m�nimo.. Me lembro dos presentes loucos que a gente sempre lhe dava...de Pirex e galinhas vivas a piano e unhas de ouro..
Ah..Emilinha que saudade de voc� meu amor..

06:11  
Alceu P.Romero (Recife PE) said...

Can��o das F�s(grava��o de Emilinha em agradecimento aos seus f�s)

A voc�s..guias da minha jornada
Degraus seguros da escada
Que pouco a pouco eu subi
A voc�s..
Pertence o meu cora��o
Minha maior gratid�o
Por tudo o que eu consegui.
Oh minhas f�s adoradas
Flores que brotam na estrada
Que Deus me f�z caminhar
Se eu pudesse estaria
Junto a voc�s todo dia
As suas m�os a beijar
O seu aplauso sincero
� tudo,tudo o que eu quero
� minha vida talvez..
Estrelas do meu sucesso..
Em minhas preces eu pe�o
A Deus do c�u por voc�s..

06:25  
Anonymous said...

ROSEMBERG:
QUE SAUDADE DE UM TEMPO QUE N�O VIVI, DE UMA CANTORA QUE NUNCA OUVI NUM CD, MAIS QUE TODOS OS ANOS NA �POCA DO CARNAVAL EU ESPERAVA ANSIOSAMENTE PARA V�-LA CANTAR NOS BAILES POPULARES DA CINEL�NDIA.

PODIA VER AQUELAS PESSOAS DE CABELOS BRANCOS APLAUDINDO FRENETICAMENTE AQUELA SENHORA BONITA E VISTOSA.
ELES DAN�AVAM, RIAM , SE ALEGRAVAM E EU FICAVA ALI PARALIZADO OBSERVANDO AQUELA DEVO��O.
E PENSAVA: MEU DEUS QUE TEMPO � ESSE, QUE SAUDADE DE UM TEMPO QUE N�O VIVI.
EU ERA UM INTRUSO NO MEIO DAQUELA GENTE DE CABELOS BRANCOS.
FICAVA EMOCIONADO.
EMILINHA ME TROUXE ISSO. COMO DIZ A MUSICA DO CHICO,ME TROUXE DE VOLTA "O TEMPO DA DELICADEZA"
E HOJE EU QUERO IMAGINAR QUE TEM FESTA NO CEU.
E VOU MERRER DE INVEJA POR N�O EST� NESSE BAILE.
QUE DEUS ILUMINE.
BERGRJ@HOTMAIL.COM

07:27  

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