Sábado, Março 18, 2006
Sexta-feira, Março 17, 2006
Quinta-feira, Março 16, 2006
Quarta-feira, Março 15, 2006
Terça-feira, Março 14, 2006
Segunda-feira, Março 13, 2006
Três anos depois de lançar bem-sucedidos CD e DVD na série Acústico MTV, Zeca Pagodinho (foto) prepara outro projeto pela emissora, desta vez dentro do selo MTV ao Vivo. A idéia é gravar sambas de gafieira. Será o 18º disco do sambista. O anterior, À Vera, saiu em março de 2005 e não obteve a repercussão e o sucesso dos últimos trabalhos do artista na gravadora Universal.
Domingo, Março 12, 2006
Paula tem contrato para segundo solo
Embora o grupo Kid Abelha (foto) pertença ao elenco da gravadora Universal Music (por onde já lançou os CDs Surf, Acústico MTV e Pega Vida), antigo contrato assinado por Paula Toller com a Warner Music - a anterior gravadora do trio - prevê o lançamento do segundo disco solo da cantora. Mas, pelo contrato, não há prazo para a gravação do CD. O primeiro trabalho individual da artista foi editado em 1998, com músicas como Derretendo Satélites e Fly me to the Moon.
Ratos de Porão festeja 25 anos com o CD de inéditas 'Homem Inimigo do Homem'
Criado por punks de São Paulo em novembro de 1981, o grupo Ratos de Porão (foto) vai festejar seus 25 anos de vida com o lançamento do CD de inéditas Homem Inimigo do Homem. O disco marca a estréia da banda na gravadora Deckdisc. Daniel Ganja Man é o produtor do disco. Uma das músicas é Expresso da Escravidão, cuja letra de João Gordo já traduz o tom politizado do álbum.
Francis desenha 'Arquitetura da Flor' com Zélia e a parceria póstuma com Cartola
Francis Hime (foto) lança no fim de março disco de inéditas pela Biscoito Fino. O álbum se chama Arquitetura da Flor. Entre as novidades, o destaque é Sem Saudades, parceria póstuma do compositor com Cartola. A letra da música foi dada a Francis pela neta do bamba mangueirense. Zélia Duncan canta na faixa.
Ao todo, Arquitetura da Flor reúne 10 inéditas. Seis foram compostas por Francis em parceria com o poeta Geraldo Carneiro. Uma delas, História de Amor, traz a participação da cantora Nina Becker.
Ao todo, Arquitetura da Flor reúne 10 inéditas. Seis foram compostas por Francis em parceria com o poeta Geraldo Carneiro. Uma delas, História de Amor, traz a participação da cantora Nina Becker.
Multinacionais disputam passe de Céu
Como a indústria fonográfica é muito movida a modismos, três gravadoras multinacionais - Sony & BMG, Universal e Warner Music - já estão disputando o passe de Céu (foto), a cantora paulista incensada pela crítica. Mas a moça tem personalidade e, se fechar com alguma major, será por um contrato que respeite integralmente sua liberdade artística.
Daniela celebra negritude com a dança colorida e percussiva de 'Balé Mulato'
Resenha de show
Título: Balé Mulato
Artista: Daniela Mercury
Local: Canecão (RJ)
Data: 16 de março de 2006
Cotação: * * * *
"O Rio de Janeiro continua lindo". Ao som do improvisado verso do samba Aquele Abraço, Daniela Mercury saiu do palco do Canecão ao fim da calorosa estréia carioca da turnê do CD Balé Mulato. Fazia seis anos que uma turnê da cantora não passava pela cidade que consolidou sua consagração no início dos anos 90. Feliz com a boa acolhida, Daniela expressou sua saudade em diversos momentos do show. E o público, também saudoso, se mostrou receptivo ao baticum miscigenado da artista. Se o disco Balé Mulato sedimentou o vitorioso retorno da cantora às origens afro-baianas (sem a eletrônica usada em trabalhos anteriores), o show evoca os momentos áureos de Daniela no palco com azeitada mistura de música e dança que celebra a negritude. A cantora (na foto, em cena do show, clicada por Mila Maluhy) voltou a usar e valorizar um corpo de bailarinos em cena - e o resultado é um espetáculo esfuziante, com muita cor, percussão e axé (em todos os sentidos do termo).
Na abertura da cortina, a idéia de iluminar um músico de cada vez - todos com a cara pintada de branco - já anunciou o tom festivo e percussivo do show. Aos breves acordes iniciais de Aquarela do Brasil, Daniela já preparou o público para ver e ouvir um roteiro coeso. Se Levada Brasileira (séria candidata a hit da Copa 2006) se impõe pela batida suingante, com direito a passos de capoeira exibidos por uma desenvolta Daniela, Ilê Pérola Negra encanta por conta da coreografia especialmente bonita. A cantora interage com os bailarinos de forma impressionante, sem perder o pique vocal.
A guitarra roqueira de Que Bloco É Esse? - tributo ao Ilê Ayiê de sotaque soul - prenuncia a jam session que possibilita a apresentação da banda e é emendada com o samba-reggae O Mais Belo dos Belos. O balé é mulato, mas cada número tem seu colorido especial. Se as dançarinas percutem bacias em Só no Balanço do Mar, de Lenine, Baianidade Nagô tem clima acústico, no estilo voz & teclado, que realça a beleza da melodia desta obra-prima do repertório da Banda Mel, do qual Daniela pesca também a sempre infalível Prefixo de Verão.
É um show de axé, mas não faltam lindas melodias. "Belíssima! Belíssima!", saudou a galera da pista ao fim de Pensar em Você, balada de Chico César que é o ápice do bloco mais intimista. A música tem tudo para ser um hit radiofônico. Pena que, no mesmo set, o arranjo de Nem Tudo Funciona de Verdade não consiga reeditar a pulsação do registro do disco.
O baticum de panelas exibido entre a primeira e a segunda parte do show é o indício de números mais quentes. Antecedida pelo frevo Água do Céu, Maimbê Dandá faz o público pular e sair do chão - ainda que as inadequadas mesas postas em frente ao palco dificultem o movimento da platéia.
Balé Mulato não chega a ser um show antológico como O Canto da Cidade - o explosivo espetáculo de 1992 lembrado por Daniela com a inclusão da releitura em samba-reggae de Você Não Entende Nada (tema de Chico Buarque, com direito à citação de Cotidiano). Mas é grande momento da cantora nos palcos. A artista reencontrou o eixo de sua carreira e de sua música ao priorizar de novo o som rotulado vagamente como axé music. Sintomaticamente, não há no roteiro uma música sequer de Sou de Qualquer Lugar (2001), o disco em que Daniela pareceu mais perdida em meio a experimentações eletrônicas que esfriaram seu som (o salutar Carnaval Eletrônico, de 2004, alcançaria resultado mais feliz ao unir a batida dos DJs à percussão afro-baiana).
No bis, dado com o samba Vide Gal e Camisinha (música da Timbalada que é hit no Nordeste e que entrou no roteiro em alusão ao veto do Vaticano à participação da artista em concerto católico), cantora e músicos aparecem com máscaras carnavalescas. O clima é de euforia. No palco e na platéia. Daniela Mercury estava fazendo falta na cena carioca.
Título: Balé Mulato
Artista: Daniela Mercury
Local: Canecão (RJ)
Data: 16 de março de 2006
Cotação: * * * *
"O Rio de Janeiro continua lindo". Ao som do improvisado verso do samba Aquele Abraço, Daniela Mercury saiu do palco do Canecão ao fim da calorosa estréia carioca da turnê do CD Balé Mulato. Fazia seis anos que uma turnê da cantora não passava pela cidade que consolidou sua consagração no início dos anos 90. Feliz com a boa acolhida, Daniela expressou sua saudade em diversos momentos do show. E o público, também saudoso, se mostrou receptivo ao baticum miscigenado da artista. Se o disco Balé Mulato sedimentou o vitorioso retorno da cantora às origens afro-baianas (sem a eletrônica usada em trabalhos anteriores), o show evoca os momentos áureos de Daniela no palco com azeitada mistura de música e dança que celebra a negritude. A cantora (na foto, em cena do show, clicada por Mila Maluhy) voltou a usar e valorizar um corpo de bailarinos em cena - e o resultado é um espetáculo esfuziante, com muita cor, percussão e axé (em todos os sentidos do termo).
Na abertura da cortina, a idéia de iluminar um músico de cada vez - todos com a cara pintada de branco - já anunciou o tom festivo e percussivo do show. Aos breves acordes iniciais de Aquarela do Brasil, Daniela já preparou o público para ver e ouvir um roteiro coeso. Se Levada Brasileira (séria candidata a hit da Copa 2006) se impõe pela batida suingante, com direito a passos de capoeira exibidos por uma desenvolta Daniela, Ilê Pérola Negra encanta por conta da coreografia especialmente bonita. A cantora interage com os bailarinos de forma impressionante, sem perder o pique vocal.
A guitarra roqueira de Que Bloco É Esse? - tributo ao Ilê Ayiê de sotaque soul - prenuncia a jam session que possibilita a apresentação da banda e é emendada com o samba-reggae O Mais Belo dos Belos. O balé é mulato, mas cada número tem seu colorido especial. Se as dançarinas percutem bacias em Só no Balanço do Mar, de Lenine, Baianidade Nagô tem clima acústico, no estilo voz & teclado, que realça a beleza da melodia desta obra-prima do repertório da Banda Mel, do qual Daniela pesca também a sempre infalível Prefixo de Verão.
É um show de axé, mas não faltam lindas melodias. "Belíssima! Belíssima!", saudou a galera da pista ao fim de Pensar em Você, balada de Chico César que é o ápice do bloco mais intimista. A música tem tudo para ser um hit radiofônico. Pena que, no mesmo set, o arranjo de Nem Tudo Funciona de Verdade não consiga reeditar a pulsação do registro do disco.
O baticum de panelas exibido entre a primeira e a segunda parte do show é o indício de números mais quentes. Antecedida pelo frevo Água do Céu, Maimbê Dandá faz o público pular e sair do chão - ainda que as inadequadas mesas postas em frente ao palco dificultem o movimento da platéia.
Balé Mulato não chega a ser um show antológico como O Canto da Cidade - o explosivo espetáculo de 1992 lembrado por Daniela com a inclusão da releitura em samba-reggae de Você Não Entende Nada (tema de Chico Buarque, com direito à citação de Cotidiano). Mas é grande momento da cantora nos palcos. A artista reencontrou o eixo de sua carreira e de sua música ao priorizar de novo o som rotulado vagamente como axé music. Sintomaticamente, não há no roteiro uma música sequer de Sou de Qualquer Lugar (2001), o disco em que Daniela pareceu mais perdida em meio a experimentações eletrônicas que esfriaram seu som (o salutar Carnaval Eletrônico, de 2004, alcançaria resultado mais feliz ao unir a batida dos DJs à percussão afro-baiana).
No bis, dado com o samba Vide Gal e Camisinha (música da Timbalada que é hit no Nordeste e que entrou no roteiro em alusão ao veto do Vaticano à participação da artista em concerto católico), cantora e músicos aparecem com máscaras carnavalescas. O clima é de euforia. No palco e na platéia. Daniela Mercury estava fazendo falta na cena carioca.
Lenine vai lançar compilação nos EUA
Uma compilação com 15 sucessos - preparada especialmente para os Estados Unidos e Canadá - é o primeiro lançamento do contrato assinado por Lenine (na foto, num clique de Guto Costa) com o selo americano Six Degree. A coletânea Lenine chega ainda em março às lojas dos EUA. Pela ordem, as 15 faixas do CD são Jack Soul Brasileiro, O Dia em que Faremos Contato, Rosebud (O Verbo e a Verba), Na Pressão, O Marco Marciano, Tubi Tupy, Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu, O Homem dos Olhos de Raio X, A Rede, Lavadeira do Rio, Alzira e a Torre, Hoje Eu Quero Sair Só, Distantes Demais, Sonhei e Paciência.
Luva envolve reedição de 'Tim Racional'
Nas lojas em abril, pela gravadora Trama, a primeira reedição oficial em CD do primeiro dos dois volumes do disco Tim Maia Racional - lançado originalmente em 1975, quando o Síndico pertencia à seita Universo em Desencanto - vai ser embalada por uma luva (foto à esquerda). Retirada a luva, o ouvinte encontrará a capa original do mítico álbum de Tim.
Além de obviamente remasterizado, o áudio do disco foi restaurado. Mas, para evitar queixas dos puristas, a Trama incluiu na reedição, como bônus, o áudio original (sem o processo de recuperação).
Além de obviamente remasterizado, o áudio do disco foi restaurado. Mas, para evitar queixas dos puristas, a Trama incluiu na reedição, como bônus, o áudio original (sem o processo de recuperação).
'CrazyNegersSambaFunk' na Alemanha
CrazyNegersSambaFunk é o título do novo CD do Funk'n'Lata. O lançamento está previsto para este semestre. O grupo (foto) tem alcançado alguma projeção na Europa, especialmente na Alemanha, onde os batuqueiros vão promover o álbum em junho com série de shows realizados durante a Copa do Mundo. No Brasil, a carreira do grupo não decolou - apesar dos esforços de seu mentor, Ivo Meirelles, que entrará em estúdio no segundo semestre para finalizar a gravação de seu quarto disco solo.
Som da Rua procura vocalista em teste
The Show Must Go on... Mesmo inconformados com a morte de seu vocalista (Liô Mariz, em dezembro, num acidente de carro em Ipanema), os integrantes do grupo carioca Som da Rua (foto) sabem que o show não pode parar e, por isso, abriram testes para encontrar um cantor para que a banda possa dar continuidade à carreira.
Para participar, os interessados podem entrar no site do grupo (www.fcsomdarua.mus.br) e encaminhar aos músicos o material solicitado (release, foto ou vídeo, gravações de duas músicas próprias ou covers e duas musicas do Som da Rua), por email (somdarua.producao@gmail.com) ou para o endereco Praça Vereador Rocha Leão, 74/501 Copacabana, CEP 22.031-060.
Para participar, os interessados podem entrar no site do grupo (www.fcsomdarua.mus.br) e encaminhar aos músicos o material solicitado (release, foto ou vídeo, gravações de duas músicas próprias ou covers e duas musicas do Som da Rua), por email (somdarua.producao@gmail.com) ou para o endereco Praça Vereador Rocha Leão, 74/501 Copacabana, CEP 22.031-060.
Leila Maria segue a linha de 'Off Key'
A carreira fonográfica de Leila Maria (foto) começa a ficar regular. O produtor José Milton já seleciona o repertório do terceiro disco da excelente cantora carioca. O CD seguirá a mesma linha do anterior, Off Key, trabalho em que Leila cantou versões em inglês de sucessos da música brasileira popularizados no exterior.
Alcione interpreta (até) Raul Seixas em coletânea que traduz seus altos e baixos
Resenha de CD
Título: Novelas
Artista: Alcione
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
A coletânea de Alcione na série Novelas, da gravadora Som Livre, traduz com perfeição o caráter multifacetado da obra da Marrom através de 13 músicas propagadas em trilhas de novelas e minisséries da Rede Globo. Para colecionadores, a compilação tem valor documental por trazer gravação raríssima e desconhecida até por fãs da cantora: Planos de Papel, fonograma extraído da trilha da novela O Rebu, inteiramente composta em 1975 por ninguém menos do que Raul Seixas. Fica até difícil reconhecer a intérprete habitualmente arrebatada na voz contida da canção pouco inspirada de Raulzito.
A voz de Alcione cresceu ao longo dessas três décadas que separam sua estréia em trilhas globais e a gravação do manemolente samba Meu Ébano, hit da novela América (2005). A Marrom viveu altos e baixos que transparecem na compilação. Sambas de autores como Wilson Moreira e Nei Lopes (Gostoso Veneno, 1979, novela Os Gigantes) deram progressivamente lugar a baladas de hitmakers como Michael Sullivan & Paulo Massadas. Algumas até bacanas dentro do estilo sentimental e padronizado dos autores - caso de Estranha Loucura (1987, novela Sassaricando). Outras bem pobres e rasteiras - caso de Melhores Momentos (1991, novela Araponga).
A Marrom brilhou mais quando foi à fonte do samba mais genuíno. Vendaval da Vida (1983, novela Louco Amor), tema melancólico de Délcio Carvalho e Noca da Portela, é de um tempo em que sua obra ainda não tinha adquirido as cores fortes do brega. Aliás, sempre que driblou as imposições da indústria e teve a oportunidade de gravar bom repertório, a artista impôs o poderio vocal que a coloca entre as melhores cantoras do Brasil de todos os tempos. Foi assim com O Poder da Criação (2000, minissérie Aquarela do Brasil) e com Cordão Carnavalesco (Forrobodó), tema cheio de piruetas vocais, gravado em 1999 especialmente para a trilha da minissérie Chiquinha Gonzaga.
Coerente com as mutações cameleônicas da Marrom, Novelas sobe e desce na gangorra estética que caracteriza a discografia de Alcione.
Título: Novelas
Artista: Alcione
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *
A coletânea de Alcione na série Novelas, da gravadora Som Livre, traduz com perfeição o caráter multifacetado da obra da Marrom através de 13 músicas propagadas em trilhas de novelas e minisséries da Rede Globo. Para colecionadores, a compilação tem valor documental por trazer gravação raríssima e desconhecida até por fãs da cantora: Planos de Papel, fonograma extraído da trilha da novela O Rebu, inteiramente composta em 1975 por ninguém menos do que Raul Seixas. Fica até difícil reconhecer a intérprete habitualmente arrebatada na voz contida da canção pouco inspirada de Raulzito.
A voz de Alcione cresceu ao longo dessas três décadas que separam sua estréia em trilhas globais e a gravação do manemolente samba Meu Ébano, hit da novela América (2005). A Marrom viveu altos e baixos que transparecem na compilação. Sambas de autores como Wilson Moreira e Nei Lopes (Gostoso Veneno, 1979, novela Os Gigantes) deram progressivamente lugar a baladas de hitmakers como Michael Sullivan & Paulo Massadas. Algumas até bacanas dentro do estilo sentimental e padronizado dos autores - caso de Estranha Loucura (1987, novela Sassaricando). Outras bem pobres e rasteiras - caso de Melhores Momentos (1991, novela Araponga).
A Marrom brilhou mais quando foi à fonte do samba mais genuíno. Vendaval da Vida (1983, novela Louco Amor), tema melancólico de Délcio Carvalho e Noca da Portela, é de um tempo em que sua obra ainda não tinha adquirido as cores fortes do brega. Aliás, sempre que driblou as imposições da indústria e teve a oportunidade de gravar bom repertório, a artista impôs o poderio vocal que a coloca entre as melhores cantoras do Brasil de todos os tempos. Foi assim com O Poder da Criação (2000, minissérie Aquarela do Brasil) e com Cordão Carnavalesco (Forrobodó), tema cheio de piruetas vocais, gravado em 1999 especialmente para a trilha da minissérie Chiquinha Gonzaga.
Coerente com as mutações cameleônicas da Marrom, Novelas sobe e desce na gangorra estética que caracteriza a discografia de Alcione.
À altura de Sérgio Sampaio, 'Cruel' bota na rua seu bloco e sua poesia corrosiva
Resenha de CD
Título: Cruel
Artista: Sérgio Sampaio
Gravadora: Saravá Discos
Cotação: * * * *
Ninguém ousaria dizer que o bloco de Sérgio Sampaio (1947 - 1994) seguiria por ruas marginais depois do estouro nacional obtido em 1972 pela explosiva marcha-rancho Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua, carro-chefe da obra do cantor e compositor capixaba, natural da mesma Cachoeiro de Itapemirim que viu o nascimento de Roberto Carlos. Empurrado cruel e erroneamente para o vácuo reservado aos malditos da MPB, Sampaio teve trajetória errante que Zeca Baleiro procura encerrar com dignidade com a edição de Cruel, o disco que o compositor se preparava para gravar, em 1994, quando morreu sem a chance de retomar uma discografia que, até então, compreendia apenas os álbuns Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (1973), Tem que Acontecer (1976) e Sinceramente (1982).
Doze anos depois da gestação de Cruel, o selo de Baleiro - Saravá Discos - dá à luz o álbum que acabou tendo caráter póstumo por força do destino. A partir de registros caseiros de voz e violão, deixados por Sampaio em fita dada a Baleiro por iniciativa da família do artista capixaba, seu colega maranhense produziu, finalizou e editou aquele que, em 1994, deveria ter sido o primeiro CD de Sampaio.
Dono de poesia pungente, Sampaio foi enquadrado na marginália, mas Cruel reafirma que ele tinha tudo para ter militado no mainstream. Das 14 músicas, 12 são inéditas. A faixa-título foi gravada por Luiz Melodia, em 1997, no CD 14 Quilates. Já o samba Rosa Púrpura de Cubatão entrou no Balaio do Sampaio, o tributo produzido por Baleiro em 1998. No mais, é tudo novidade. E o impressionante é que a coleção de sambas e canções de Cruel está à altura da obra anterior de Sampaio. Não é uma raspa do tacho, a sobra requentada do almoço. Roda Morta (Reflexões de um Executivo) exemplifica a mordacidade atemporal de Sampaio (no caso específico, com letra de seu parceiro Sérgio Natureza). "O triste nisso tudo é tudo isso / Quer dizer tirando nada / Só me resta o compromisso / Com os dentes cariados da alegria / Com o desgosto e a agonia / Da manada dos normais", alfinetam os versos iniciais. Outro destaque entre as canções é Pavio Curto, bela canção pontuada pelo violoncelo de Lui Coimbra.
A música de Sampaio conserva o frescor e continua saudavelmente corrosiva. Basta ouvir os sambas Polícia Bandido Cachorro Dentista (de versos atualíssimos) e Rosa Púrpura de Cubatão para comprovar que seu bloco não poderia ter seguido os desvios impostos pela indústria da música aos inconformados - como este inquieto e saudoso capixaba.
Título: Cruel
Artista: Sérgio Sampaio
Gravadora: Saravá Discos
Cotação: * * * *
Ninguém ousaria dizer que o bloco de Sérgio Sampaio (1947 - 1994) seguiria por ruas marginais depois do estouro nacional obtido em 1972 pela explosiva marcha-rancho Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua, carro-chefe da obra do cantor e compositor capixaba, natural da mesma Cachoeiro de Itapemirim que viu o nascimento de Roberto Carlos. Empurrado cruel e erroneamente para o vácuo reservado aos malditos da MPB, Sampaio teve trajetória errante que Zeca Baleiro procura encerrar com dignidade com a edição de Cruel, o disco que o compositor se preparava para gravar, em 1994, quando morreu sem a chance de retomar uma discografia que, até então, compreendia apenas os álbuns Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (1973), Tem que Acontecer (1976) e Sinceramente (1982).
Doze anos depois da gestação de Cruel, o selo de Baleiro - Saravá Discos - dá à luz o álbum que acabou tendo caráter póstumo por força do destino. A partir de registros caseiros de voz e violão, deixados por Sampaio em fita dada a Baleiro por iniciativa da família do artista capixaba, seu colega maranhense produziu, finalizou e editou aquele que, em 1994, deveria ter sido o primeiro CD de Sampaio.
Dono de poesia pungente, Sampaio foi enquadrado na marginália, mas Cruel reafirma que ele tinha tudo para ter militado no mainstream. Das 14 músicas, 12 são inéditas. A faixa-título foi gravada por Luiz Melodia, em 1997, no CD 14 Quilates. Já o samba Rosa Púrpura de Cubatão entrou no Balaio do Sampaio, o tributo produzido por Baleiro em 1998. No mais, é tudo novidade. E o impressionante é que a coleção de sambas e canções de Cruel está à altura da obra anterior de Sampaio. Não é uma raspa do tacho, a sobra requentada do almoço. Roda Morta (Reflexões de um Executivo) exemplifica a mordacidade atemporal de Sampaio (no caso específico, com letra de seu parceiro Sérgio Natureza). "O triste nisso tudo é tudo isso / Quer dizer tirando nada / Só me resta o compromisso / Com os dentes cariados da alegria / Com o desgosto e a agonia / Da manada dos normais", alfinetam os versos iniciais. Outro destaque entre as canções é Pavio Curto, bela canção pontuada pelo violoncelo de Lui Coimbra.
A música de Sampaio conserva o frescor e continua saudavelmente corrosiva. Basta ouvir os sambas Polícia Bandido Cachorro Dentista (de versos atualíssimos) e Rosa Púrpura de Cubatão para comprovar que seu bloco não poderia ter seguido os desvios impostos pela indústria da música aos inconformados - como este inquieto e saudoso capixaba.
Índios do Acre virão ao Rio lançar CDs
Doze índios da tribo Katukina, do Acre, desembarcam no Rio na sexta-feira, 24 de março, para lançar dois discos gravados paralelamente às filmagens do documentário Noke Haweti. O CD Txiriti Katukina reúne 20 músicas que embalam brincadeiras e rituais do grupo indígena. Mais de 60 vozes da trilho entoam os temas. Já o outro CD, Shoiti: Canto de Cura, tem caráter terapêutico. Foi gravado pelo rezador Raimundo Macário Katukina para pedir a cura de uma criança doente.
Para mostrar suas danças e sua música, os representantes da tribo do Acre lançam oficialmente os discos em três apresentações no Museu da República, no Catete (RJ), em 24, 25 e 26 de março. Na foto acima, crianças katukinas que participaram da gracação do CD Txiriti Katukina.
Para mostrar suas danças e sua música, os representantes da tribo do Acre lançam oficialmente os discos em três apresentações no Museu da República, no Catete (RJ), em 24, 25 e 26 de março. Na foto acima, crianças katukinas que participaram da gracação do CD Txiriti Katukina.
Irmã de Daniela Mercury, Vânia Abreu mostra em CD seu carnaval intimista
Enquanto Daniela Mercury promove seu DVD Baile Barroco, que traz a filmagem em alta definição de sua participação na folia baiana de 2005, sua irmã Vânia Abreu brinca o Carnaval em outro clima em Pierrot & Colombina (capa à esquerda), CD dividido com Marcelo Quintanilha, autor da faixa Além da Brincadeira.
Já posta em prática por Alaíde Costa em disco produzido por Hermínio Bello de Carvalho, Rasguei a minha Fantasia, a idéia de Pierrot & Colombina é reembalar músicas associadas à folia com arranjos mais intimistas e vocais menos esfuziantes. O repertório inclui Máscara Negra (marcha-rancho de Zé Kétti), Camisa Amarela (Ary Barroso), Noite dos Mascarados (Chico Buarque), Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria), Retalhos de Cetim (Benito Di Paula), Quem te Viu Quem te Vê (Chico Buarque), Marcha da Quarta-feira de Cinzas (Carlos Lyra), Não Deixe o Samba Morrer (sucesso do primeiro disco de Alcione) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
Já posta em prática por Alaíde Costa em disco produzido por Hermínio Bello de Carvalho, Rasguei a minha Fantasia, a idéia de Pierrot & Colombina é reembalar músicas associadas à folia com arranjos mais intimistas e vocais menos esfuziantes. O repertório inclui Máscara Negra (marcha-rancho de Zé Kétti), Camisa Amarela (Ary Barroso), Noite dos Mascarados (Chico Buarque), Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antonio Maria), Retalhos de Cetim (Benito Di Paula), Quem te Viu Quem te Vê (Chico Buarque), Marcha da Quarta-feira de Cinzas (Carlos Lyra), Não Deixe o Samba Morrer (sucesso do primeiro disco de Alcione) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
Hermeto lança 'Chimarrão com Rapadura'
Hermeto Pascoal (foto) está lançando o CD Chimarrão com Rapadura, gravado de forma independente em Curitiba (PR). O músico assina sozinho 12 das 13 faixas do disco. Entre elas, Divina na Milonga, Batucando nas Matas, Xote Cavaco e Garrote. A exceção é a música Salada à Brasileira, que tem letra de Aline Morena. Aliás, Aline divide os créditos do disco com Hermeto, atuando como vocalista e tocando piano, viola caipira, violão e triângulo. Ela ainda é homenageada pelo artista com o tema Aline Frevando.
Música de Baleiro cai bem na poesia de Hilst em disco de sonoridade medieval
Resenha de CD
Título: Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio
Artista: Vários
Gravadora: Saravá Discos
Cotação: * * *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 - 2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética. A história é contada com orgulho por Baleiro no encarte do CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio, recém-lançado pelo selo do cantor, Saravá Discos, em dupla com um disco póstumo de Sérgio Sampaio, Cruel.
Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco. Concluído o trabalho, ele começou a gravar o CD em abril de 2003 e o terminou dois anos depois. Com aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base, o cantor buscou uma sonoridade medieval que sed encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima.
O charme do álbum é que ele conta com a adesão de dez cantoras na interpretação das dez canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela RoRo, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria. Com exceção da Sapoti, deslocada por conta de seu estilo naturalmente empostado, as intérpretes estão à vontade no despudorado universo poético de Hilst.
O repertório tem tom linear que garante a uniformidade das canções. Uma - a Canção V, interpretada por RoRo - é especialmente inspirada, mas, no todo, o trabalho tem bom acabamento melódico. A poesia apaixonada de Hilda Hilst caiu muito bem na música de Zeca Baleiro, compositor que já provou transitar com desenvoltura por diversos gêneros e estilos musicais.
Título: Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio
Artista: Vários
Gravadora: Saravá Discos
Cotação: * * *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 - 2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma cópia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andará Stephen Fry? (1997), enviada pelo próprio artista, Hilst ligou, propôs a parceria e mandou um disquete com sua obra poética. A história é contada com orgulho por Baleiro no encarte do CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio, recém-lançado pelo selo do cantor, Saravá Discos, em dupla com um disco póstumo de Sérgio Sampaio, Cruel.
Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão e decidiu musicar os versos do capítulo que dá título ao disco. Concluído o trabalho, ele começou a gravar o CD em abril de 2003 e o terminou dois anos depois. Com aval da escritora e a colaboração do violonista Swami Jr. nos arranjos de base, o cantor buscou uma sonoridade medieval que sed encaixasse nos poemas já em essência muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, oboé e fagote ajudaram a criar o clima.
O charme do álbum é que ele conta com a adesão de dez cantoras na interpretação das dez canções. Pela ordem de entrada no CD, o time é formado por Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Maria Bethânia, Jussara Silveira, Ângela RoRo, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Olívia Byington, Mônica Salmaso e Ângela Maria. Com exceção da Sapoti, deslocada por conta de seu estilo naturalmente empostado, as intérpretes estão à vontade no despudorado universo poético de Hilst.
O repertório tem tom linear que garante a uniformidade das canções. Uma - a Canção V, interpretada por RoRo - é especialmente inspirada, mas, no todo, o trabalho tem bom acabamento melódico. A poesia apaixonada de Hilda Hilst caiu muito bem na música de Zeca Baleiro, compositor que já provou transitar com desenvoltura por diversos gêneros e estilos musicais.
Courtney pré-produz seu segundo solo
Courtney Love (foto) já entrou em estúdio, em Los Angeles (EUA), para fazer a pré-produção de seu segundo disco solo com a produtora Linda Perry. As gravações propriamente ditas começarão em abril, com a colaboração de Billy Corgan na produção. O novo álbum da viúva de Kurt Cobain ainda não tem título e tampouco data de lançamento.
Oswaldo Montenegro faz hoje 50 anos
Oswaldo Montenegro faz 50 anos hoje, quarta-feira, 15 de março de 2006. São 50 anos de idade e 31 de carreira fonográfica iniciada com compacto, em 1975, e projetada nacionalmente a partir de 1979, com a repercussão de Bandolins num festival da extinta TV Tupi. Poucos artistas são tão polêmicos quanto o menestrel. Muitos o amam. Muitos o odeiam. Paixões à parte, o certo é que a obra de Oswaldo Montenegro guarda bons momentos. Com um estilo próximo dos trovadores medievais, ele lançou alguns clássicos das rodinhas de violão. Agonia, Léo e Bia, Intuição, Bandolins, Lua e Flor... Atire a primeira flor que não ouviu uma dessas músicas na praia, na rua, na chuva, na fazenda...
O mais importante é que Oswaldo Montenegro driblou as rejeições, o preconceito de quem o considera um chato de plantão e, sobretudo, o vaivém da indústria fonográfica. Se a década de 80 foi farta em hits e musicais com platéias lotadas, os anos 90 empurraram o artista carioca (com passagens por Brasília) para a margem do mercado. Mas, como todo artista dono de obra personalíssima, Oswaldo Montenegro sobreviveu por conta de seus numerosos fãs. Os admiradores cariocas certamente cantarão Parabéns para Você na platéia do Canecão, onde o menestrel festeja seus 50 anos de vida em show agendado para a noite de 15 de março. Parabéns para ele!!!
O mais importante é que Oswaldo Montenegro driblou as rejeições, o preconceito de quem o considera um chato de plantão e, sobretudo, o vaivém da indústria fonográfica. Se a década de 80 foi farta em hits e musicais com platéias lotadas, os anos 90 empurraram o artista carioca (com passagens por Brasília) para a margem do mercado. Mas, como todo artista dono de obra personalíssima, Oswaldo Montenegro sobreviveu por conta de seus numerosos fãs. Os admiradores cariocas certamente cantarão Parabéns para Você na platéia do Canecão, onde o menestrel festeja seus 50 anos de vida em show agendado para a noite de 15 de março. Parabéns para ele!!!
Leonardo canta tema de 'Sinhá Moça'
Recém-contratado pela gravadora Universal Music, Leonardo (foto) gravou o tema de abertura do remake da novela Sinhá Moça. Filho do autor Benedito Ruy Barbosa, Marcelo Barbosa assina a produção musical da trilha sonora. Na versão original da trama, exibida em 1986, quem cantava o tema de abertura, Pra Não Mais Voltar, era Fafá de Belém.
Caixa esvazia o baú dos Pretenders
É possível que não saia no Brasil, mas fãs dos Pretenders já podem importar a caixa Pirate Radio (capa à direita), lançada esta semana no exterior. A caixa inclui quatro CDs e um DVD. Enquanto o vídeo alinha 19 apresentações dos Pretenders na televisão, os discos compilam raridades - 15 nunca lançadas nem em vinil, além de lados B de singles e fonogramas editados somente em EPs dos anos 80.
Coletânea de Ana Carolina foi o CD mais vendido no mercado brasileiro em 2005
É sintomático que uma coletânea de sucessos tenha sido o CD mais vendido no mercado fonográfico brasileiro em 2005 - de acordo com lista divulgada esta semana pela Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD). Mas foi. A compilação da cantora na série Perfil, da Som Livre, desafiou o reinado do sertanejo e foi a campeã de vendas, com mais de 700 mil cópias comercializadas ao longo do ano.
Em segundo lugar, vem o sexto disco solo de Ivete Sangalo, As Super Novas Vol. 01, já na casa das 650 mil cópias vendidas por conta das 500 mil unidades comercializadas pela gravadora Universal em ação de marketing feita em parceria com uma empresa de cosméticos. Depois, em ordem decrescente, os CDs mais vendidos foram Meu Presente É Você (Bruno & Marrone), Zezé Di Camargo & Luciano, Segundo (Maria Rita), América (trilha sonora da novela), Festa - Só pra Baixinhos Vol. 6 (Xuxa), Roberto Carlos, Summer Eletrohits Vol. 02 e Leonardo Canta Grandes Sucessos Vol. 02.
Conclusões:
1) Os sertanejos continuam em alta no mercado oficial, mesmo sendo vítimas preferenciais dos fabricantes de CDs piratas.
2) Roberto Carlos já não domina o mercado, mas ainda mobiliza seu público (o mesmo podendo ser dito de Xuxa). A propósito, seu DVD Pra Sempre - Ao Vivo no Pacaembu foi o mais vendido no formato.
3) Trilhas de novelas e coletâneas da Som Livre são sempre títulos de forte apelo popular por conta da propaganda veiculada na Rede Globo e do repertório que junta hits.
4) Mesmo sem reeditar com Segundo o sucesso retumbante de seu primeiro disco, Maria Rita é das poucas representantes da chamada MPB que tem bala na agulha para enfrentar os medalhões do axé e do sertanejo (proeza que Chico Buarque deve igualar em 2006 com seu esperado disco de inéditas). Talvez por Rita pertencer ao elenco de uma gravadora multinacional. Maria Bethânia e Gal Costa, mesmo incensadas pela mídia, tem atualmente vendas compatíveis com o segmento indie do mercado a que se filiaram espontaneamente.
5) Discos ao vivo já não vendem tanto como antes. Nenhum CD com selo da MTV aparece entre os dez campeões de 2005.
6) Criar estratégias de vendas paralelas que fujam dos pontos tradicionais - como fez a Universal com o disco de Ivete Sangalo - talvez seja um dos caminhos para enfrentar a pirataria e obter números expressivos.
7) Ana Carolina saboreia momento de grande e rara popularidade. A ponto de manter dois CDs atualmente entre os mais vendidos: a coletânea campeã da série Perfil e o disco gravado com Seu Jorge, Ana & Jorge, lançado em dezembro.
Em segundo lugar, vem o sexto disco solo de Ivete Sangalo, As Super Novas Vol. 01, já na casa das 650 mil cópias vendidas por conta das 500 mil unidades comercializadas pela gravadora Universal em ação de marketing feita em parceria com uma empresa de cosméticos. Depois, em ordem decrescente, os CDs mais vendidos foram Meu Presente É Você (Bruno & Marrone), Zezé Di Camargo & Luciano, Segundo (Maria Rita), América (trilha sonora da novela), Festa - Só pra Baixinhos Vol. 6 (Xuxa), Roberto Carlos, Summer Eletrohits Vol. 02 e Leonardo Canta Grandes Sucessos Vol. 02.
Conclusões:
1) Os sertanejos continuam em alta no mercado oficial, mesmo sendo vítimas preferenciais dos fabricantes de CDs piratas.
2) Roberto Carlos já não domina o mercado, mas ainda mobiliza seu público (o mesmo podendo ser dito de Xuxa). A propósito, seu DVD Pra Sempre - Ao Vivo no Pacaembu foi o mais vendido no formato.
3) Trilhas de novelas e coletâneas da Som Livre são sempre títulos de forte apelo popular por conta da propaganda veiculada na Rede Globo e do repertório que junta hits.
4) Mesmo sem reeditar com Segundo o sucesso retumbante de seu primeiro disco, Maria Rita é das poucas representantes da chamada MPB que tem bala na agulha para enfrentar os medalhões do axé e do sertanejo (proeza que Chico Buarque deve igualar em 2006 com seu esperado disco de inéditas). Talvez por Rita pertencer ao elenco de uma gravadora multinacional. Maria Bethânia e Gal Costa, mesmo incensadas pela mídia, tem atualmente vendas compatíveis com o segmento indie do mercado a que se filiaram espontaneamente.
5) Discos ao vivo já não vendem tanto como antes. Nenhum CD com selo da MTV aparece entre os dez campeões de 2005.
6) Criar estratégias de vendas paralelas que fujam dos pontos tradicionais - como fez a Universal com o disco de Ivete Sangalo - talvez seja um dos caminhos para enfrentar a pirataria e obter números expressivos.
7) Ana Carolina saboreia momento de grande e rara popularidade. A ponto de manter dois CDs atualmente entre os mais vendidos: a coletânea campeã da série Perfil e o disco gravado com Seu Jorge, Ana & Jorge, lançado em dezembro.
Moacyr Luz fala sobre 'Soft Samba'
Em relação à resenha negativa do CD Soft Samba, publicada ontem à noite neste blog, o cantor e compositor Moacyr Luz (foto) - que toca violão em algumas faixas - esclareceu a natureza de sua participação no projeto, em comentário que reproduzo abaixo para dar mais visibilidade à posição do artista:
"Meu amigo Mauro, nunca fico triste com críticas, ainda mais num trabalho dessa ordem. Só achei muito evidente eu entrar como se o disco fosse meu e da Daisy (Cordeiro, a cantora que interpreta os sambas). Fiz uma participação para tentar amenizar o aspecto muito moderno do trabalho... A gravadora sugeriu algo pra baile, mais ou menos isso... É da LUA, minha casa, eu estava perto... Toquei..".
Moa.
Fica o esclarecimento.
"Meu amigo Mauro, nunca fico triste com críticas, ainda mais num trabalho dessa ordem. Só achei muito evidente eu entrar como se o disco fosse meu e da Daisy (Cordeiro, a cantora que interpreta os sambas). Fiz uma participação para tentar amenizar o aspecto muito moderno do trabalho... A gravadora sugeriu algo pra baile, mais ou menos isso... É da LUA, minha casa, eu estava perto... Toquei..".
Moa.
Fica o esclarecimento.
Música inédita valoriza terceira caixa de DVDs da série 'Chico Buarque Especial'
A terceira caixa de DVDs da série Chico Buarque Especial - dirigida por Roberto de Oliveira para o canal DirecTV - vai ser lançada ainda em março pela gravadora EMI. A nova caixa (capa à direita) traz mais três DVDs com os registro integrais do sétimo, oitavo e nono episódios da série.
Gravado no Rio, o sétimo episódio, Romance, enfoca a visão do amor na obra do compositor e apresenta música inédita, Outros Sonhos, feita durante as gravações do especial televisivo e incluída por Chico no disco que finaliza para a Biscoito Fino e que deverá ser lançado no segundo semestre.
O oitavo episódio, O Futebol, tem como tema a paixão do artista pelo esporte preferido dos brasileiros. O programa mostra jogos realizados especialmente para a filmagem em cidades estrangeiras como Lisboa e Paris. Há também imagens captadas no Maracanã, onde Chico, sozinho no estádio vazio, fala de sua relação com a bola. Números musicais como Conversa de Botequim e O Juiz Apitou foram gravados especialmente para o especial.
Já o nono episódio, Uma Palavra, foi gravado em Budapeste. O foco é a obra literária do compositor e o processo de criação de suas letras. Mano a Mano, Passaredo e Ela Desatinou são algumas músicas do roteiro.
Gravado no Rio, o sétimo episódio, Romance, enfoca a visão do amor na obra do compositor e apresenta música inédita, Outros Sonhos, feita durante as gravações do especial televisivo e incluída por Chico no disco que finaliza para a Biscoito Fino e que deverá ser lançado no segundo semestre.
O oitavo episódio, O Futebol, tem como tema a paixão do artista pelo esporte preferido dos brasileiros. O programa mostra jogos realizados especialmente para a filmagem em cidades estrangeiras como Lisboa e Paris. Há também imagens captadas no Maracanã, onde Chico, sozinho no estádio vazio, fala de sua relação com a bola. Números musicais como Conversa de Botequim e O Juiz Apitou foram gravados especialmente para o especial.
Já o nono episódio, Uma Palavra, foi gravado em Budapeste. O foco é a obra literária do compositor e o processo de criação de suas letras. Mano a Mano, Passaredo e Ela Desatinou são algumas músicas do roteiro.
Samba modernoso para 'moderninhos'
Resenha de CD
Título: Soft Samba
Artista: Daisy Cordeiro (voz) e Moacyr Luz (violão)
Gravadora: Lua Music
Cotação: *
Até fãs de música do genérico estilo lounge devem fugir deste CD. Soft Samba é exemplo de como a eletrônica pode ser usada para criar um som modernoso que segue a onda sem saber exatamente para onde ela está indo. A receita é simples: pega-se uma cantora de voz trivial (Daisy Cordeiro), um violonista que tem intimidade com o samba para tocar em algumas faixas (Moacyr Luz), um punhado de clássicos do gênero (E o Mundo Não se Acabou, Preciso me Encontrar, Camisa Amarela, Antonico, Feitio de Oração, Mora na Filosofia e Sei lá, Mangueira), cria-se insossas programações eletrônicas (a cargo de Norberto Vinhas e Moisés Santana) e pronto. Eis um CD para moderninhos que nada acrescenta às fusões do samba com a eletrônica. Para quem gosta de um samba moderno, é melhor correr atrás das gravações originais ou então de Universo ao meu Redor, o recém-lançado disco de sambas de Marisa Monte - esse, sim, feliz na sua intenção de apresentar o samba com um som atual sem adulterar sua cadência.
Título: Soft Samba
Artista: Daisy Cordeiro (voz) e Moacyr Luz (violão)
Gravadora: Lua Music
Cotação: *
Até fãs de música do genérico estilo lounge devem fugir deste CD. Soft Samba é exemplo de como a eletrônica pode ser usada para criar um som modernoso que segue a onda sem saber exatamente para onde ela está indo. A receita é simples: pega-se uma cantora de voz trivial (Daisy Cordeiro), um violonista que tem intimidade com o samba para tocar em algumas faixas (Moacyr Luz), um punhado de clássicos do gênero (E o Mundo Não se Acabou, Preciso me Encontrar, Camisa Amarela, Antonico, Feitio de Oração, Mora na Filosofia e Sei lá, Mangueira), cria-se insossas programações eletrônicas (a cargo de Norberto Vinhas e Moisés Santana) e pronto. Eis um CD para moderninhos que nada acrescenta às fusões do samba com a eletrônica. Para quem gosta de um samba moderno, é melhor correr atrás das gravações originais ou então de Universo ao meu Redor, o recém-lançado disco de sambas de Marisa Monte - esse, sim, feliz na sua intenção de apresentar o samba com um som atual sem adulterar sua cadência.
No seu lugar, Odair lança músicas novas
Ainda no embalo da boa repercussão do tributo Vou Tirar Você desse Lugar, em que bandas da cena indie recriam seus principais sucessos, Odair José lança ainda em março seu novo disco de inéditas, Só Pode Ser Amor (capa à direita). A música de trabalho é Bebo e Choro, de autoria dos goianos Rafael Dias e Ivan Medeiros. De volta ao seu tradicional lugar de cantor e compositor popular, Odair apresenta no CD músicas como Pensão Alimentícia e Longe de mim.
Leo Jaime volta a gravar CD de inéditas
Cantor e compositor projetado nos anos 80, Leo Jaime (na foto, em clique de Rui Mendes) está gravando, enfim, um CD com repertório inédito, na companhia do grupo Os Impossíveis. O artista goiano não gravava um disco de inéditas há 16 anos. Seu último CD com repertório novo - Sexo, Drops & Rock'n'roll - saiu em 1990 pela Warner Music e não fez sucesso. Por conta de questões econômicas, Jaime entrou logo depois na geladeira da Warner e somente voltou a lançar disco (Todo Amor, trabalho de covers) em 1995. Foi seu último trabalho até então.
Zeca grava sambas de gafieira pela MTV
Três anos depois de lançar bem-sucedidos CD e DVD na série Acústico MTV, Zeca Pagodinho (foto) prepara outro projeto pela emissora, desta vez dentro do selo MTV ao Vivo. A idéia é gravar sambas de gafieira. Será o 18º disco do sambista. O anterior, À Vera, saiu em março de 2005 e não obteve a repercussão e o sucesso dos últimos trabalhos do artista na gravadora Universal.
Álbum do Placebo traz cantor do R.E.M.
Meds (capa à direita), o novo álbum do Placebo, tem lançamento mundial programado para esta semana. O primeiro single é Because I Want You. Broken Promise traz ninguém menos do que o vocalista do grupo R.E.M., Michael Stipe. Já a faixa-título apresenta como convidado VV, o cantor do grupo The Kills. No Brasil, o disco chega às lojas somente na segunda quinzena de março, no formato de CD simples e em edição dupla que agrega um DVD.
Antunes grava seu sétimo disco solo
Arnaldo Antunes (foto) já está gravando seu sétimo disco solo (sem contar a trilha feita para balé do grupo Corpo, em 2000). O último trabalho individual do tribalista, Saiba, foi lançado no primeiro semestre de 2004 e inaugurou o selo do artista, Rosa Celeste. O novo CD deverá trazer mais parcerias com Carlinhos Brown e Marisa Monte.
Quarto solo de Marcelo D2 traz Alcione
Gravado no Rio com produção de Mario Caldato, o quarto CD solo de Marcelo D2 (foto) tem a participação de Alcione numa das faixas. O lançamento está previsto para este semestre. A Marrom retribuiu o convite e convidou o rapper para cantar com ela na gravação de seu terceiro DVD, agendada para quinta-feira, 16 de março, na casa Via Show, na Baixada Fluminense (RJ).
Érika Martins lança CD com Telecats
Vocalista da extinta banda Penélope, Érika Martins (à direita na foto) vai lançar em breve o disco que gravou com o grupo Telecats. O CD Érika Martins & Telecats tem uma faixa produzida por Tom Capone (Me Provocar) e inaugura o selo Toca Discos, do estúdio Toca do Bandido. No todo, o álbum tem produção dividida entre Carlos Eduardo Miranda e Constança Scofieldde (também integrante da Penélope). O repertório inclui músicas como Sacarina, Você Tem Muito o que Aprender sobre as Mulheres, Kung Fu, Vou te Esperar e Lento (versão de Érika e Gabriel Thomaz para hit da mexicana Julieta Venegas, convidada da faixa). O disco traz também a participação especial do guitarrista colombiano Jorge Villamizar, do grupo Bacilos, já produzido por Tom Capone.
Leonardo assusta mercado fonográfico ao trocar Sony & BMG pela Universal
Depois de perder Chico Buarque para a Biscoito Fino, a gravadora Sony & BMG fica sem outro nome forte - em termos comerciais - do elenco da antiga BMG. A Universal Music surpreendeu o mercado fonográfico ao anunciar a ida de Leonardo para a companhia. Não deixa de ser uma surpresa, já que, em 2004, o cantor goiano foi o maior vendedor de discos da BMG por conta da popularidade do CD Leonardo Canta Grandes Sucessos. Ainda que o segundo volume do projeto (editado em 2005 pela Sony & BMG no embalo do estouro do primeiro) não tenha reeditado o êxito, Leonardo continuava entre os grandes vendedores em potencial da gravadora dirigida por Alexandre Schiavo.
Com a contratação de Leonardo, a Universal ganha mais cacife para enfrentar a concorrente e fortalece seu cast sertanejo - enfraquecido nos últimos anos pela queda nas vendas dos CDs de Chitãozinho & Xororó. Já a Sony & BMG permanece com duas duplas de peso no gênero: Zezé Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone.
Na foto acima, clicada por Rogério Santana, um flagrante da assinatura de contrato. Leonardo (à esquerda) posa com Max Pierre (vice-presidente artístico da Universal, de pé) e José Antonio Éboli (presidente da filial brasileira da Universal Music).
Com a contratação de Leonardo, a Universal ganha mais cacife para enfrentar a concorrente e fortalece seu cast sertanejo - enfraquecido nos últimos anos pela queda nas vendas dos CDs de Chitãozinho & Xororó. Já a Sony & BMG permanece com duas duplas de peso no gênero: Zezé Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone.
Na foto acima, clicada por Rogério Santana, um flagrante da assinatura de contrato. Leonardo (à esquerda) posa com Max Pierre (vice-presidente artístico da Universal, de pé) e José Antonio Éboli (presidente da filial brasileira da Universal Music).
CDs de Marisa saem ao redor do mundo
Nas lojas desde 10 de março, os dois novos CDs de Marisa Monte (foto) - Infinito Particular e Universo ao meu Redor - serão lançados na Europa (em abril) e nos Estados Unidos (em agosto). Países como Argentina, México, Espanha e Portugal já estão recebendo os álbuns simultaneamente com o mercado brasileiro.