S�bado, Mar�o 18, 2006
Embora o grupo Kid Abelha (foto) perten�a ao elenco da gravadora Universal Music (por onde j� lan�ou os CDs Surf, Ac�stico MTV e Pega Vida), antigo contrato assinado por Paula Toller com a Warner Music - a anterior gravadora do trio - prev� o lan�amento do segundo disco solo da cantora. Mas, pelo contrato, n�o h� prazo para a grava��o do CD. O primeiro trabalho individual da artista foi editado em 1998, com m�sicas como Derretendo Sat�lites e Fly me to the Moon.
Criado por punks de S�o Paulo em novembro de 1981, o grupo Ratos de Por�o (foto) vai festejar seus 25 anos de vida com o lan�amento do CD de in�ditas Homem Inimigo do Homem. O disco marca a estr�ia da banda na gravadora Deckdisc. Daniel Ganja Man � o produtor do disco. Uma das m�sicas � Expresso da Escravid�o, cuja letra de Jo�o Gordo j� traduz o tom politizado do �lbum.
Francis Hime (foto) lan�a no fim de mar�o disco de in�ditas pela Biscoito Fino. O �lbum se chama Arquitetura da Flor. Entre as novidades, o destaque � Sem Saudades, parceria p�stuma do compositor com Cartola. A letra da m�sica foi dada a Francis pela neta do bamba mangueirense. Z�lia Duncan canta na faixa.
Ao todo, Arquitetura da Flor re�ne 10 in�ditas. Seis foram compostas por Francis em parceria com o poeta Geraldo Carneiro. Uma delas, Hist�ria de Amor, traz a participa��o da cantora Nina Becker.
Como a ind�stria fonogr�fica � muito movida a modismos, tr�s gravadoras multinacionais - Sony & BMG, Universal e Warner Music - j� est�o disputando o passe de C�u (foto), a cantora paulista incensada pela cr�tica. Mas a mo�a tem personalidade e, se fechar com alguma major, ser� por um contrato que respeite integralmente sua liberdade art�stica.
Sexta-feira, Mar�o 17, 2006
Resenha de show
T�tulo: Bal� Mulato
Artista: Daniela Mercury
Local: Canec�o (RJ)
Data: 16 de mar�o de 2006
Cota��o: * * * *
"O Rio de Janeiro continua lindo". Ao som do improvisado verso do samba Aquele Abra�o, Daniela Mercury saiu do palco do Canec�o ao fim da calorosa estr�ia carioca da turn� do CD Bal� Mulato. Fazia seis anos que uma turn� da cantora n�o passava pela cidade que consolidou sua consagra��o no in�cio dos anos 90. Feliz com a boa acolhida, Daniela expressou sua saudade em diversos momentos do show. E o p�blico, tamb�m saudoso, se mostrou receptivo ao baticum miscigenado da artista. Se o disco Bal� Mulato sedimentou o vitorioso retorno da cantora �s origens afro-baianas (sem a eletr�nica usada em trabalhos anteriores), o show evoca os momentos �ureos de Daniela no palco com azeitada mistura de m�sica e dan�a que celebra a negritude. A cantora (na foto, em cena do show, clicada por Mila Maluhy) voltou a usar e valorizar um corpo de bailarinos em cena - e o resultado � um espet�culo esfuziante, com muita cor, percuss�o e ax� (em todos os sentidos do termo).
Na abertura da cortina, a id�ia de iluminar um m�sico de cada vez - todos com a cara pintada de branco - j� anunciou o tom festivo e percussivo do show. Aos breves acordes iniciais de Aquarela do Brasil, Daniela j� preparou o p�blico para ver e ouvir um roteiro coeso. Se Levada Brasileira (s�ria candidata a hit da Copa 2006) se imp�e pela batida suingante, com direito a passos de capoeira exibidos por uma desenvolta Daniela, Il� P�rola Negra encanta por conta da coreografia especialmente bonita. A cantora interage com os bailarinos de forma impressionante, sem perder o pique vocal.
A guitarra roqueira de Que Bloco � Esse? - tributo ao Il� Ayi� de sotaque soul - prenuncia a jam session que possibilita a apresenta��o da banda e � emendada com o samba-reggae O Mais Belo dos Belos. O bal� � mulato, mas cada n�mero tem seu colorido especial. Se as dan�arinas percutem bacias em S� no Balan�o do Mar, de Lenine, Baianidade Nag� tem clima ac�stico, no estilo voz & teclado, que real�a a beleza da melodia desta obra-prima do repert�rio da Banda Mel, do qual Daniela pesca tamb�m a sempre infal�vel Prefixo de Ver�o.
� um show de ax�, mas n�o faltam lindas melodias. "Bel�ssima! Bel�ssima!", saudou a galera da pista ao fim de Pensar em Voc�, balada de Chico C�sar que � o �pice do bloco mais intimista. A m�sica tem tudo para ser um hit radiof�nico. Pena que, no mesmo set, o arranjo de Nem Tudo Funciona de Verdade n�o consiga reeditar a pulsa��o do registro do disco.
O baticum de panelas exibido entre a primeira e a segunda parte do show � o ind�cio de n�meros mais quentes. Antecedida pelo frevo �gua do C�u, Maimb� Dand� faz o p�blico pular e sair do ch�o - ainda que as inadequadas mesas postas em frente ao palco dificultem o movimento da plat�ia.
Bal� Mulato n�o chega a ser um show antol�gico como O Canto da Cidade - o explosivo espet�culo de 1992 lembrado por Daniela com a inclus�o da releitura em samba-reggae de Voc� N�o Entende Nada (tema de Chico Buarque, com direito � cita��o de Cotidiano). Mas � grande momento da cantora nos palcos. A artista reencontrou o eixo de sua carreira e de sua m�sica ao priorizar de novo o som rotulado vagamente como ax� music. Sintomaticamente, n�o h� no roteiro uma m�sica sequer de Sou de Qualquer Lugar (2001), o disco em que Daniela pareceu mais perdida em meio a experimenta��es eletr�nicas que esfriaram seu som (o salutar Carnaval Eletr�nico, de 2004, alcan�aria resultado mais feliz ao unir a batida dos DJs � percuss�o afro-baiana).
No bis, dado com o samba Vide Gal e Camisinha (m�sica da Timbalada que � hit no Nordeste e que entrou no roteiro em alus�o ao veto do Vaticano � participa��o da artista em concerto cat�lico), cantora e m�sicos aparecem com m�scaras carnavalescas. O clima � de euforia. No palco e na plat�ia. Daniela Mercury estava fazendo falta na cena carioca.
Uma compila��o com 15 sucessos - preparada especialmente para os Estados Unidos e Canad� - � o primeiro lan�amento do contrato assinado por Lenine (na foto, num clique de Guto Costa) com o selo americano Six Degree. A colet�nea Lenine chega ainda em mar�o �s lojas dos EUA. Pela ordem, as 15 faixas do CD s�o Jack Soul Brasileiro, O Dia em que Faremos Contato, Rosebud (O Verbo e a Verba), Na Press�o, O Marco Marciano, Tubi Tupy, Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu, O Homem dos Olhos de Raio X, A Rede, Lavadeira do Rio, Alzira e a Torre, Hoje Eu Quero Sair S�, Distantes Demais, Sonhei e Paci�ncia.
Nas lojas em abril, pela gravadora Trama, a primeira reedi��o oficial em CD do primeiro dos dois volumes do disco Tim Maia Racional - lan�ado originalmente em 1975, quando o S�ndico pertencia � seita Universo em Desencanto - vai ser embalada por uma luva (foto � esquerda). Retirada a luva, o ouvinte encontrar� a capa original do m�tico �lbum de Tim.
Al�m de obviamente remasterizado, o �udio do disco foi restaurado. Mas, para evitar queixas dos puristas, a Trama incluiu na reedi��o, como b�nus, o �udio original (sem o processo de recupera��o).
CrazyNegersSambaFunk � o t�tulo do novo CD do Funk'n'Lata. O lan�amento est� previsto para este semestre. O grupo (foto) tem alcan�ado alguma proje��o na Europa, especialmente na Alemanha, onde os batuqueiros v�o promover o �lbum em junho com s�rie de shows realizados durante a Copa do Mundo. No Brasil, a carreira do grupo n�o decolou - apesar dos esfor�os de seu mentor, Ivo Meirelles, que entrar� em est�dio no segundo semestre para finalizar a grava��o de seu quarto disco solo.
Quinta-feira, Mar�o 16, 2006
The Show Must Go on... Mesmo inconformados com a morte de seu vocalista (Li� Mariz, em dezembro, num acidente de carro em Ipanema), os integrantes do grupo carioca Som da Rua (foto) sabem que o show n�o pode parar e, por isso, abriram testes para encontrar um cantor para que a banda possa dar continuidade � carreira.
Para participar, os interessados podem entrar no site do grupo (www.fcsomdarua.mus.br) e encaminhar aos m�sicos o material solicitado (release, foto ou v�deo, grava��es de duas m�sicas pr�prias ou covers e duas musicas do Som da Rua), por email (somdarua.producao@gmail.com) ou para o endereco Pra�a Vereador Rocha Le�o, 74/501 Copacabana, CEP 22.031-060.
A carreira fonogr�fica de Leila Maria (foto) come�a a ficar regular. O produtor Jos� Milton j� seleciona o repert�rio do terceiro disco da excelente cantora carioca. O CD seguir� a mesma linha do anterior, Off Key, trabalho em que Leila cantou vers�es em ingl�s de sucessos da m�sica brasileira popularizados no exterior.
Resenha de CD
T�tulo: Novelas
Artista: Alcione
Gravadora: Som Livre
Cota��o: * * *
A colet�nea de Alcione na s�rie Novelas, da gravadora Som Livre, traduz com perfei��o o car�ter multifacetado da obra da Marrom atrav�s de 13 m�sicas propagadas em trilhas de novelas e miniss�ries da Rede Globo. Para colecionadores, a compila��o tem valor documental por trazer grava��o rar�ssima e desconhecida at� por f�s da cantora: Planos de Papel, fonograma extra�do da trilha da novela O Rebu, inteiramente composta em 1975 por ningu�m menos do que Raul Seixas. Fica at� dif�cil reconhecer a int�rprete habitualmente arrebatada na voz contida da can��o pouco inspirada de Raulzito.
A voz de Alcione cresceu ao longo dessas tr�s d�cadas que separam sua estr�ia em trilhas globais e a grava��o do manemolente samba Meu �bano, hit da novela Am�rica (2005). A Marrom viveu altos e baixos que transparecem na compila��o. Sambas de autores como Wilson Moreira e Nei Lopes (Gostoso Veneno, 1979, novela Os Gigantes) deram progressivamente lugar a baladas de hitmakers como Michael Sullivan & Paulo Massadas. Algumas at� bacanas dentro do estilo sentimental e padronizado dos autores - caso de Estranha Loucura (1987, novela Sassaricando). Outras bem pobres e rasteiras - caso de Melhores Momentos (1991, novela Araponga).
A Marrom brilhou mais quando foi � fonte do samba mais genu�no. Vendaval da Vida (1983, novela Louco Amor), tema melanc�lico de D�lcio Carvalho e Noca da Portela, � de um tempo em que sua obra ainda n�o tinha adquirido as cores fortes do brega. Ali�s, sempre que driblou as imposi��es da ind�stria e teve a oportunidade de gravar bom repert�rio, a artista imp�s o poderio vocal que a coloca entre as melhores cantoras do Brasil de todos os tempos. Foi assim com O Poder da Cria��o (2000, miniss�rie Aquarela do Brasil) e com Cord�o Carnavalesco (Forrobod�), tema cheio de piruetas vocais, gravado em 1999 especialmente para a trilha da miniss�rie Chiquinha Gonzaga.
Coerente com as muta��es camele�nicas da Marrom, Novelas sobe e desce na gangorra est�tica que caracteriza a discografia de Alcione.
Resenha de CD
T�tulo: Cruel
Artista: S�rgio Sampaio
Gravadora: Sarav� Discos
Cota��o: * * * *
Ningu�m ousaria dizer que o bloco de S�rgio Sampaio (1947 - 1994) seguiria por ruas marginais depois do estouro nacional obtido em 1972 pela explosiva marcha-rancho Eu Quero � Botar meu Bloco na Rua, carro-chefe da obra do cantor e compositor capixaba, natural da mesma Cachoeiro de Itapemirim que viu o nascimento de Roberto Carlos. Empurrado cruel e erroneamente para o v�cuo reservado aos malditos da MPB, Sampaio teve trajet�ria errante que Zeca Baleiro procura encerrar com dignidade com a edi��o de Cruel, o disco que o compositor se preparava para gravar, em 1994, quando morreu sem a chance de retomar uma discografia que, at� ent�o, compreendia apenas os �lbuns Eu Quero � Botar meu Bloco na Rua (1973), Tem que Acontecer (1976) e Sinceramente (1982).
Doze anos depois da gesta��o de Cruel, o selo de Baleiro - Sarav� Discos - d� � luz o �lbum que acabou tendo car�ter p�stumo por for�a do destino. A partir de registros caseiros de voz e viol�o, deixados por Sampaio em fita dada a Baleiro por iniciativa da fam�lia do artista capixaba, seu colega maranhense produziu, finalizou e editou aquele que, em 1994, deveria ter sido o primeiro CD de Sampaio.
Dono de poesia pungente, Sampaio foi enquadrado na margin�lia, mas Cruel reafirma que ele tinha tudo para ter militado no mainstream. Das 14 m�sicas, 12 s�o in�ditas. A faixa-t�tulo foi gravada por Luiz Melodia, em 1997, no CD 14 Quilates. J� o samba Rosa P�rpura de Cubat�o entrou no Balaio do Sampaio, o tributo produzido por Baleiro em 1998. No mais, � tudo novidade. E o impressionante � que a cole��o de sambas e can��es de Cruel est� � altura da obra anterior de Sampaio. N�o � uma raspa do tacho, a sobra requentada do almo�o. Roda Morta (Reflex�es de um Executivo) exemplifica a mordacidade atemporal de Sampaio (no caso espec�fico, com letra de seu parceiro S�rgio Natureza). "O triste nisso tudo � tudo isso / Quer dizer tirando nada / S� me resta o compromisso / Com os dentes cariados da alegria / Com o desgosto e a agonia / Da manada dos normais", alfinetam os versos iniciais. Outro destaque entre as can��es � Pavio Curto, bela can��o pontuada pelo violoncelo de Lui Coimbra.
A m�sica de Sampaio conserva o frescor e continua saudavelmente corrosiva. Basta ouvir os sambas Pol�cia Bandido Cachorro Dentista (de versos atual�ssimos) e Rosa P�rpura de Cubat�o para comprovar que seu bloco n�o poderia ter seguido os desvios impostos pela ind�stria da m�sica aos inconformados - como este inquieto e saudoso capixaba.
Doze �ndios da tribo Katukina, do Acre, desembarcam no Rio na sexta-feira, 24 de mar�o, para lan�ar dois discos gravados paralelamente �s filmagens do document�rio Noke Haweti. O CD Txiriti Katukina re�ne 20 m�sicas que embalam brincadeiras e rituais do grupo ind�gena. Mais de 60 vozes da trilho entoam os temas. J� o outro CD, Shoiti: Canto de Cura, tem car�ter terap�utico. Foi gravado pelo rezador Raimundo Mac�rio Katukina para pedir a cura de uma crian�a doente.
Para mostrar suas dan�as e sua m�sica, os representantes da tribo do Acre lan�am oficialmente os discos em tr�s apresenta��es no Museu da Rep�blica, no Catete (RJ), em 24, 25 e 26 de mar�o. Na foto acima, crian�as katukinas que participaram da graca��o do CD Txiriti Katukina.
Quarta-feira, Mar�o 15, 2006
Enquanto Daniela Mercury promove seu DVD Baile Barroco, que traz a filmagem em alta defini��o de sua participa��o na folia baiana de 2005, sua irm� V�nia Abreu brinca o Carnaval em outro clima em Pierrot & Colombina (capa � esquerda), CD dividido com Marcelo Quintanilha, autor da faixa Al�m da Brincadeira.
J� posta em pr�tica por Ala�de Costa em disco produzido por Herm�nio Bello de Carvalho, Rasguei a minha Fantasia, a id�ia de Pierrot & Colombina � reembalar m�sicas associadas � folia com arranjos mais intimistas e vocais menos esfuziantes. O repert�rio inclui M�scara Negra (marcha-rancho de Z� K�tti), Camisa Amarela (Ary Barroso), Noite dos Mascarados (Chico Buarque), Manh� de Carnaval (Luiz Bonf� e Antonio Maria), Retalhos de Cetim (Benito Di Paula), Quem te Viu Quem te V� (Chico Buarque), Marcha da Quarta-feira de Cinzas (Carlos Lyra), N�o Deixe o Samba Morrer (sucesso do primeiro disco de Alcione) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
Hermeto Pascoal (foto) est� lan�ando o CD Chimarr�o com Rapadura, gravado de forma independente em Curitiba (PR). O m�sico assina sozinho 12 das 13 faixas do disco. Entre elas, Divina na Milonga, Batucando nas Matas, Xote Cavaco e Garrote. A exce��o � a m�sica Salada � Brasileira, que tem letra de Aline Morena. Ali�s, Aline divide os cr�ditos do disco com Hermeto, atuando como vocalista e tocando piano, viola caipira, viol�o e tri�ngulo. Ela ainda � homenageada pelo artista com o tema Aline Frevando.
Resenha de CD
T�tulo: Ode Descont�nua e Remota para Flauta e Obo� - De Ariana para Dion�sio
Artista: V�rios
Gravadora: Sarav� Discos
Cota��o: * * *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 - 2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma c�pia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andar� Stephen Fry? (1997), enviada pelo pr�prio artista, Hilst ligou, prop�s a parceria e mandou um disquete com sua obra po�tica. A hist�ria � contada com orgulho por Baleiro no encarte do CD Ode Descont�nua e Remota para Flauta e Obo� - De Ariana para Dion�sio, rec�m-lan�ado pelo selo do cantor, Sarav� Discos, em dupla com um disco p�stumo de S�rgio Sampaio, Cruel.
Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro J�bilo Mem�ria Noviciado da Paix�o e decidiu musicar os versos do cap�tulo que d� t�tulo ao disco. Conclu�do o trabalho, ele come�ou a gravar o CD em abril de 2003 e o terminou dois anos depois. Com aval da escritora e a colabora��o do violonista Swami Jr. nos arranjos de base, o cantor buscou uma sonoridade medieval que sed encaixasse nos poemas j� em ess�ncia muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, obo� e fagote ajudaram a criar o clima.
O charme do �lbum � que ele conta com a ades�o de dez cantoras na interpreta��o das dez can��es. Pela ordem de entrada no CD, o time � formado por Rita Ribeiro, Ver�nica Sabino, Maria Beth�nia, Jussara Silveira, �ngela RoRo, N� Ozzetti, Z�lia Duncan, Ol�via Byington, M�nica Salmaso e �ngela Maria. Com exce��o da Sapoti, deslocada por conta de seu estilo naturalmente empostado, as int�rpretes est�o � vontade no despudorado universo po�tico de Hilst.
O repert�rio tem tom linear que garante a uniformidade das can��es. Uma - a Can��o V, interpretada por RoRo - � especialmente inspirada, mas, no todo, o trabalho tem bom acabamento mel�dico. A poesia apaixonada de Hilda Hilst caiu muito bem na m�sica de Zeca Baleiro, compositor que j� provou transitar com desenvoltura por diversos g�neros e estilos musicais.
Courtney Love (foto) j� entrou em est�dio, em Los Angeles (EUA), para fazer a pr�-produ��o de seu segundo disco solo com a produtora Linda Perry. As grava��es propriamente ditas come�ar�o em abril, com a colabora��o de Billy Corgan na produ��o. O novo �lbum da vi�va de Kurt Cobain ainda n�o tem t�tulo e tampouco data de lan�amento.
Oswaldo Montenegro faz 50 anos hoje, quarta-feira, 15 de mar�o de 2006. S�o 50 anos de idade e 31 de carreira fonogr�fica iniciada com compacto, em 1975, e projetada nacionalmente a partir de 1979, com a repercuss�o de Bandolins num festival da extinta TV Tupi. Poucos artistas s�o t�o pol�micos quanto o menestrel. Muitos o amam. Muitos o odeiam. Paix�es � parte, o certo � que a obra de Oswaldo Montenegro guarda bons momentos. Com um estilo pr�ximo dos trovadores medievais, ele lan�ou alguns cl�ssicos das rodinhas de viol�o. Agonia, L�o e Bia, Intui��o, Bandolins, Lua e Flor... Atire a primeira flor que n�o ouviu uma dessas m�sicas na praia, na rua, na chuva, na fazenda...
O mais importante � que Oswaldo Montenegro driblou as rejei��es, o preconceito de quem o considera um chato de plant�o e, sobretudo, o vaiv�m da ind�stria fonogr�fica. Se a d�cada de 80 foi farta em hits e musicais com plat�ias lotadas, os anos 90 empurraram o artista carioca (com passagens por Bras�lia) para a margem do mercado. Mas, como todo artista dono de obra personal�ssima, Oswaldo Montenegro sobreviveu por conta de seus numerosos f�s. Os admiradores cariocas certamente cantar�o Parab�ns para Voc� na plat�ia do Canec�o, onde o menestrel festeja seus 50 anos de vida em show agendado para a noite de 15 de mar�o. Parab�ns para ele!!!
Ter�a-feira, Mar�o 14, 2006
Rec�m-contratado pela gravadora Universal Music, Leonardo (foto) gravou o tema de abertura do remake da novela Sinh� Mo�a. Filho do autor Benedito Ruy Barbosa, Marcelo Barbosa assina a produ��o musical da trilha sonora. Na vers�o original da trama, exibida em 1986, quem cantava o tema de abertura, Pra N�o Mais Voltar, era Faf� de Bel�m.
� poss�vel que n�o saia no Brasil, mas f�s dos Pretenders j� podem importar a caixa Pirate Radio (capa � direita), lan�ada esta semana no exterior. A caixa inclui quatro CDs e um DVD. Enquanto o v�deo alinha 19 apresenta��es dos Pretenders na televis�o, os discos compilam raridades - 15 nunca lan�adas nem em vinil, al�m de lados B de singles e fonogramas editados somente em EPs dos anos 80.
� sintom�tico que uma colet�nea de sucessos tenha sido o CD mais vendido no mercado fonogr�fico brasileiro em 2005 - de acordo com lista divulgada esta semana pela Associa��o Brasileira de Produtores de Discos (ABPD). Mas foi. A compila��o da cantora na s�rie Perfil, da Som Livre, desafiou o reinado do sertanejo e foi a campe� de vendas, com mais de 700 mil c�pias comercializadas ao longo do ano.
Em segundo lugar, vem o sexto disco solo de Ivete Sangalo, As Super Novas Vol. 01, j� na casa das 650 mil c�pias vendidas por conta das 500 mil unidades comercializadas pela gravadora Universal em a��o de marketing feita em parceria com uma empresa de cosm�ticos. Depois, em ordem decrescente, os CDs mais vendidos foram Meu Presente � Voc� (Bruno & Marrone), Zez� Di Camargo & Luciano, Segundo (Maria Rita), Am�rica (trilha sonora da novela), Festa - S� pra Baixinhos Vol. 6 (Xuxa), Roberto Carlos, Summer Eletrohits Vol. 02 e Leonardo Canta Grandes Sucessos Vol. 02.
Conclus�es:
1) Os sertanejos continuam em alta no mercado oficial, mesmo sendo v�timas preferenciais dos fabricantes de CDs piratas.
2) Roberto Carlos j� n�o domina o mercado, mas ainda mobiliza seu p�blico (o mesmo podendo ser dito de Xuxa). A prop�sito, seu DVD Pra Sempre - Ao Vivo no Pacaembu foi o mais vendido no formato.
3) Trilhas de novelas e colet�neas da Som Livre s�o sempre t�tulos de forte apelo popular por conta da propaganda veiculada na Rede Globo e do repert�rio que junta hits.
4) Mesmo sem reeditar com Segundo o sucesso retumbante de seu primeiro disco, Maria Rita � das poucas representantes da chamada MPB que tem bala na agulha para enfrentar os medalh�es do ax� e do sertanejo (proeza que Chico Buarque deve igualar em 2006 com seu esperado disco de in�ditas). Talvez por Rita pertencer ao elenco de uma gravadora multinacional. Maria Beth�nia e Gal Costa, mesmo incensadas pela m�dia, tem atualmente vendas compat�veis com o segmento indie do mercado a que se filiaram espontaneamente.
5) Discos ao vivo j� n�o vendem tanto como antes. Nenhum CD com selo da MTV aparece entre os dez campe�es de 2005.
6) Criar estrat�gias de vendas paralelas que fujam dos pontos tradicionais - como fez a Universal com o disco de Ivete Sangalo - talvez seja um dos caminhos para enfrentar a pirataria e obter n�meros expressivos.
7) Ana Carolina saboreia momento de grande e rara popularidade. A ponto de manter dois CDs atualmente entre os mais vendidos: a colet�nea campe� da s�rie Perfil e o disco gravado com Seu Jorge, Ana & Jorge, lan�ado em dezembro.
Em rela��o � resenha negativa do CD Soft Samba, publicada ontem � noite neste blog, o cantor e compositor Moacyr Luz (foto) - que toca viol�o em algumas faixas - esclareceu a natureza de sua participa��o no projeto, em coment�rio que reproduzo abaixo para dar mais visibilidade � posi��o do artista:
"Meu amigo Mauro, nunca fico triste com cr�ticas, ainda mais num trabalho dessa ordem. S� achei muito evidente eu entrar como se o disco fosse meu e da Daisy (Cordeiro, a cantora que interpreta os sambas). Fiz uma participa��o para tentar amenizar o aspecto muito moderno do trabalho... A gravadora sugeriu algo pra baile, mais ou menos isso... � da LUA, minha casa, eu estava perto... Toquei..".
Moa.
Fica o esclarecimento.
A terceira caixa de DVDs da s�rie Chico Buarque Especial - dirigida por Roberto de Oliveira para o canal DirecTV - vai ser lan�ada ainda em mar�o pela gravadora EMI. A nova caixa (capa � direita) traz mais tr�s DVDs com os registro integrais do s�timo, oitavo e nono epis�dios da s�rie.
Gravado no Rio, o s�timo epis�dio, Romance, enfoca a vis�o do amor na obra do compositor e apresenta m�sica in�dita, Outros Sonhos, feita durante as grava��es do especial televisivo e inclu�da por Chico no disco que finaliza para a Biscoito Fino e que dever� ser lan�ado no segundo semestre.
O oitavo epis�dio, O Futebol, tem como tema a paix�o do artista pelo esporte preferido dos brasileiros. O programa mostra jogos realizados especialmente para a filmagem em cidades estrangeiras como Lisboa e Paris. H� tamb�m imagens captadas no Maracan�, onde Chico, sozinho no est�dio vazio, fala de sua rela��o com a bola. N�meros musicais como Conversa de Botequim e O Juiz Apitou foram gravados especialmente para o especial.
J� o nono epis�dio, Uma Palavra, foi gravado em Budapeste. O foco � a obra liter�ria do compositor e o processo de cria��o de suas letras. Mano a Mano, Passaredo e Ela Desatinou s�o algumas m�sicas do roteiro.
Segunda-feira, Mar�o 13, 2006
Resenha de CD
T�tulo: Soft Samba
Artista: Daisy Cordeiro (voz) e Moacyr Luz (viol�o)
Gravadora: Lua Music
Cota��o: *
At� f�s de m�sica do gen�rico estilo lounge devem fugir deste CD. Soft Samba � exemplo de como a eletr�nica pode ser usada para criar um som modernoso que segue a onda sem saber exatamente para onde ela est� indo. A receita � simples: pega-se uma cantora de voz trivial (Daisy Cordeiro), um violonista que tem intimidade com o samba para tocar em algumas faixas (Moacyr Luz), um punhado de cl�ssicos do g�nero (E o Mundo N�o se Acabou, Preciso me Encontrar, Camisa Amarela, Antonico, Feitio de Ora��o, Mora na Filosofia e Sei l�, Mangueira), cria-se insossas programa��es eletr�nicas (a cargo de Norberto Vinhas e Mois�s Santana) e pronto. Eis um CD para moderninhos que nada acrescenta �s fus�es do samba com a eletr�nica. Para quem gosta de um samba moderno, � melhor correr atr�s das grava��es originais ou ent�o de Universo ao meu Redor, o rec�m-lan�ado disco de sambas de Marisa Monte - esse, sim, feliz na sua inten��o de apresentar o samba com um som atual sem adulterar sua cad�ncia.
Ainda no embalo da boa repercuss�o do tributo Vou Tirar Voc� desse Lugar, em que bandas da cena indie recriam seus principais sucessos, Odair Jos� lan�a ainda em mar�o seu novo disco de in�ditas, S� Pode Ser Amor (capa � direita). A m�sica de trabalho � Bebo e Choro, de autoria dos goianos Rafael Dias e Ivan Medeiros. De volta ao seu tradicional lugar de cantor e compositor popular, Odair apresenta no CD m�sicas como Pens�o Aliment�cia e Longe de mim.
Cantor e compositor projetado nos anos 80, Leo Jaime (na foto, em clique de Rui Mendes) est� gravando, enfim, um CD com repert�rio in�dito, na companhia do grupo Os Imposs�veis. O artista goiano n�o gravava um disco de in�ditas h� 16 anos. Seu �ltimo CD com repert�rio novo - Sexo, Drops & Rock'n'roll - saiu em 1990 pela Warner Music e n�o fez sucesso. Por conta de quest�es econ�micas, Jaime entrou logo depois na geladeira da Warner e somente voltou a lan�ar disco (Todo Amor, trabalho de covers) em 1995. Foi seu �ltimo trabalho at� ent�o.

Tr�s anos depois de lan�ar bem-sucedidos CD e DVD na s�rie Ac�stico MTV, Zeca Pagodinho (foto) prepara outro projeto pela emissora, desta vez dentro do selo MTV ao Vivo. A id�ia � gravar sambas de gafieira. Ser� o 18� disco do sambista. O anterior, � Vera, saiu em mar�o de 2005 e n�o obteve a repercuss�o e o sucesso dos �ltimos trabalhos do artista na gravadora Universal.
Meds (capa � direita), o novo �lbum do Placebo, tem lan�amento mundial programado para esta semana. O primeiro single � Because I Want You. Broken Promise traz ningu�m menos do que o vocalista do grupo R.E.M., Michael Stipe. J� a faixa-t�tulo apresenta como convidado VV, o cantor do grupo The Kills. No Brasil, o disco chega �s lojas somente na segunda quinzena de mar�o, no formato de CD simples e em edi��o dupla que agrega um DVD.
Domingo, Mar�o 12, 2006
Arnaldo Antunes (foto) j� est� gravando seu s�timo disco solo (sem contar a trilha feita para bal� do grupo Corpo, em 2000). O �ltimo trabalho individual do tribalista, Saiba, foi lan�ado no primeiro semestre de 2004 e inaugurou o selo do artista, Rosa Celeste. O novo CD dever� trazer mais parcerias com Carlinhos Brown e Marisa Monte.
Gravado no Rio com produ��o de Mario Caldato, o quarto CD solo de Marcelo D2 (foto) tem a participa��o de Alcione numa das faixas. O lan�amento est� previsto para este semestre. A Marrom retribuiu o convite e convidou o rapper para cantar com ela na grava��o de seu terceiro DVD, agendada para quinta-feira, 16 de mar�o, na casa Via Show, na Baixada Fluminense (RJ).
Vocalista da extinta banda Pen�lope, �rika Martins (� direita na foto) vai lan�ar em breve o disco que gravou com o grupo Telecats. O CD �rika Martins & Telecats tem uma faixa produzida por Tom Capone (Me Provocar) e inaugura o selo Toca Discos, do est�dio Toca do Bandido. No todo, o �lbum tem produ��o dividida entre Carlos Eduardo Miranda e Constan�a Scofieldde (tamb�m integrante da Pen�lope). O repert�rio inclui m�sicas como Sacarina, Voc� Tem Muito o que Aprender sobre as Mulheres, Kung Fu, Vou te Esperar e Lento (vers�o de �rika e Gabriel Thomaz para hit da mexicana Julieta Venegas, convidada da faixa). O disco traz tamb�m a participa��o especial do guitarrista colombiano Jorge Villamizar, do grupo Bacilos, j� produzido por Tom Capone.
Depois de perder Chico Buarque para a Biscoito Fino, a gravadora Sony & BMG fica sem outro nome forte - em termos comerciais - do elenco da antiga BMG. A Universal Music surpreendeu o mercado fonogr�fico ao anunciar a ida de Leonardo para a companhia. N�o deixa de ser uma surpresa, j� que, em 2004, o cantor goiano foi o maior vendedor de discos da BMG por conta da popularidade do CD Leonardo Canta Grandes Sucessos. Ainda que o segundo volume do projeto (editado em 2005 pela Sony & BMG no embalo do estouro do primeiro) n�o tenha reeditado o �xito, Leonardo continuava entre os grandes vendedores em potencial da gravadora dirigida por Alexandre Schiavo.
Com a contrata��o de Leonardo, a Universal ganha mais cacife para enfrentar a concorrente e fortalece seu cast sertanejo - enfraquecido nos �ltimos anos pela queda nas vendas dos CDs de Chit�ozinho & Xoror�. J� a Sony & BMG permanece com duas duplas de peso no g�nero: Zez� Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone.
Na foto acima, clicada por Rog�rio Santana, um flagrante da assinatura de contrato. Leonardo (� esquerda) posa com Max Pierre (vice-presidente art�stico da Universal, de p�) e Jos� Antonio �boli (presidente da filial brasileira da Universal Music).
Nas lojas desde 10 de mar�o, os dois novos CDs de Marisa Monte (foto) - Infinito Particular e Universo ao meu Redor - ser�o lan�ados na Europa (em abril) e nos Estados Unidos (em agosto). Pa�ses como Argentina, M�xico, Espanha e Portugal j� est�o recebendo os �lbuns simultaneamente com o mercado brasileiro.
Paula tem contrato para segundo solo
Ratos de Por�o festeja 25 anos com o CD de in�ditas 'Homem Inimigo do Homem'

Francis desenha 'Arquitetura da Flor' com Z�lia e a parceria p�stuma com Cartola

Ao todo, Arquitetura da Flor re�ne 10 in�ditas. Seis foram compostas por Francis em parceria com o poeta Geraldo Carneiro. Uma delas, Hist�ria de Amor, traz a participa��o da cantora Nina Becker.
Multinacionais disputam passe de C�u

Daniela celebra negritude com a dan�a colorida e percussiva de 'Bal� Mulato'

T�tulo: Bal� Mulato
Artista: Daniela Mercury
Local: Canec�o (RJ)
Data: 16 de mar�o de 2006
Cota��o: * * * *
"O Rio de Janeiro continua lindo". Ao som do improvisado verso do samba Aquele Abra�o, Daniela Mercury saiu do palco do Canec�o ao fim da calorosa estr�ia carioca da turn� do CD Bal� Mulato. Fazia seis anos que uma turn� da cantora n�o passava pela cidade que consolidou sua consagra��o no in�cio dos anos 90. Feliz com a boa acolhida, Daniela expressou sua saudade em diversos momentos do show. E o p�blico, tamb�m saudoso, se mostrou receptivo ao baticum miscigenado da artista. Se o disco Bal� Mulato sedimentou o vitorioso retorno da cantora �s origens afro-baianas (sem a eletr�nica usada em trabalhos anteriores), o show evoca os momentos �ureos de Daniela no palco com azeitada mistura de m�sica e dan�a que celebra a negritude. A cantora (na foto, em cena do show, clicada por Mila Maluhy) voltou a usar e valorizar um corpo de bailarinos em cena - e o resultado � um espet�culo esfuziante, com muita cor, percuss�o e ax� (em todos os sentidos do termo).
Na abertura da cortina, a id�ia de iluminar um m�sico de cada vez - todos com a cara pintada de branco - j� anunciou o tom festivo e percussivo do show. Aos breves acordes iniciais de Aquarela do Brasil, Daniela j� preparou o p�blico para ver e ouvir um roteiro coeso. Se Levada Brasileira (s�ria candidata a hit da Copa 2006) se imp�e pela batida suingante, com direito a passos de capoeira exibidos por uma desenvolta Daniela, Il� P�rola Negra encanta por conta da coreografia especialmente bonita. A cantora interage com os bailarinos de forma impressionante, sem perder o pique vocal.
A guitarra roqueira de Que Bloco � Esse? - tributo ao Il� Ayi� de sotaque soul - prenuncia a jam session que possibilita a apresenta��o da banda e � emendada com o samba-reggae O Mais Belo dos Belos. O bal� � mulato, mas cada n�mero tem seu colorido especial. Se as dan�arinas percutem bacias em S� no Balan�o do Mar, de Lenine, Baianidade Nag� tem clima ac�stico, no estilo voz & teclado, que real�a a beleza da melodia desta obra-prima do repert�rio da Banda Mel, do qual Daniela pesca tamb�m a sempre infal�vel Prefixo de Ver�o.
� um show de ax�, mas n�o faltam lindas melodias. "Bel�ssima! Bel�ssima!", saudou a galera da pista ao fim de Pensar em Voc�, balada de Chico C�sar que � o �pice do bloco mais intimista. A m�sica tem tudo para ser um hit radiof�nico. Pena que, no mesmo set, o arranjo de Nem Tudo Funciona de Verdade n�o consiga reeditar a pulsa��o do registro do disco.
O baticum de panelas exibido entre a primeira e a segunda parte do show � o ind�cio de n�meros mais quentes. Antecedida pelo frevo �gua do C�u, Maimb� Dand� faz o p�blico pular e sair do ch�o - ainda que as inadequadas mesas postas em frente ao palco dificultem o movimento da plat�ia.
Bal� Mulato n�o chega a ser um show antol�gico como O Canto da Cidade - o explosivo espet�culo de 1992 lembrado por Daniela com a inclus�o da releitura em samba-reggae de Voc� N�o Entende Nada (tema de Chico Buarque, com direito � cita��o de Cotidiano). Mas � grande momento da cantora nos palcos. A artista reencontrou o eixo de sua carreira e de sua m�sica ao priorizar de novo o som rotulado vagamente como ax� music. Sintomaticamente, n�o h� no roteiro uma m�sica sequer de Sou de Qualquer Lugar (2001), o disco em que Daniela pareceu mais perdida em meio a experimenta��es eletr�nicas que esfriaram seu som (o salutar Carnaval Eletr�nico, de 2004, alcan�aria resultado mais feliz ao unir a batida dos DJs � percuss�o afro-baiana).
No bis, dado com o samba Vide Gal e Camisinha (m�sica da Timbalada que � hit no Nordeste e que entrou no roteiro em alus�o ao veto do Vaticano � participa��o da artista em concerto cat�lico), cantora e m�sicos aparecem com m�scaras carnavalescas. O clima � de euforia. No palco e na plat�ia. Daniela Mercury estava fazendo falta na cena carioca.
Lenine vai lan�ar compila��o nos EUA

Luva envolve reedi��o de 'Tim Racional'

Al�m de obviamente remasterizado, o �udio do disco foi restaurado. Mas, para evitar queixas dos puristas, a Trama incluiu na reedi��o, como b�nus, o �udio original (sem o processo de recupera��o).
'CrazyNegersSambaFunk' na Alemanha

Som da Rua procura vocalista em teste

Para participar, os interessados podem entrar no site do grupo (www.fcsomdarua.mus.br) e encaminhar aos m�sicos o material solicitado (release, foto ou v�deo, grava��es de duas m�sicas pr�prias ou covers e duas musicas do Som da Rua), por email (somdarua.producao@gmail.com) ou para o endereco Pra�a Vereador Rocha Le�o, 74/501 Copacabana, CEP 22.031-060.
Leila Maria segue a linha de 'Off Key'

Alcione interpreta (at�) Raul Seixas em colet�nea que traduz seus altos e baixos

T�tulo: Novelas
Artista: Alcione
Gravadora: Som Livre
Cota��o: * * *
A colet�nea de Alcione na s�rie Novelas, da gravadora Som Livre, traduz com perfei��o o car�ter multifacetado da obra da Marrom atrav�s de 13 m�sicas propagadas em trilhas de novelas e miniss�ries da Rede Globo. Para colecionadores, a compila��o tem valor documental por trazer grava��o rar�ssima e desconhecida at� por f�s da cantora: Planos de Papel, fonograma extra�do da trilha da novela O Rebu, inteiramente composta em 1975 por ningu�m menos do que Raul Seixas. Fica at� dif�cil reconhecer a int�rprete habitualmente arrebatada na voz contida da can��o pouco inspirada de Raulzito.
A voz de Alcione cresceu ao longo dessas tr�s d�cadas que separam sua estr�ia em trilhas globais e a grava��o do manemolente samba Meu �bano, hit da novela Am�rica (2005). A Marrom viveu altos e baixos que transparecem na compila��o. Sambas de autores como Wilson Moreira e Nei Lopes (Gostoso Veneno, 1979, novela Os Gigantes) deram progressivamente lugar a baladas de hitmakers como Michael Sullivan & Paulo Massadas. Algumas at� bacanas dentro do estilo sentimental e padronizado dos autores - caso de Estranha Loucura (1987, novela Sassaricando). Outras bem pobres e rasteiras - caso de Melhores Momentos (1991, novela Araponga).
A Marrom brilhou mais quando foi � fonte do samba mais genu�no. Vendaval da Vida (1983, novela Louco Amor), tema melanc�lico de D�lcio Carvalho e Noca da Portela, � de um tempo em que sua obra ainda n�o tinha adquirido as cores fortes do brega. Ali�s, sempre que driblou as imposi��es da ind�stria e teve a oportunidade de gravar bom repert�rio, a artista imp�s o poderio vocal que a coloca entre as melhores cantoras do Brasil de todos os tempos. Foi assim com O Poder da Cria��o (2000, miniss�rie Aquarela do Brasil) e com Cord�o Carnavalesco (Forrobod�), tema cheio de piruetas vocais, gravado em 1999 especialmente para a trilha da miniss�rie Chiquinha Gonzaga.
Coerente com as muta��es camele�nicas da Marrom, Novelas sobe e desce na gangorra est�tica que caracteriza a discografia de Alcione.
� altura de S�rgio Sampaio, 'Cruel' bota na rua seu bloco e sua poesia corrosiva

T�tulo: Cruel
Artista: S�rgio Sampaio
Gravadora: Sarav� Discos
Cota��o: * * * *
Ningu�m ousaria dizer que o bloco de S�rgio Sampaio (1947 - 1994) seguiria por ruas marginais depois do estouro nacional obtido em 1972 pela explosiva marcha-rancho Eu Quero � Botar meu Bloco na Rua, carro-chefe da obra do cantor e compositor capixaba, natural da mesma Cachoeiro de Itapemirim que viu o nascimento de Roberto Carlos. Empurrado cruel e erroneamente para o v�cuo reservado aos malditos da MPB, Sampaio teve trajet�ria errante que Zeca Baleiro procura encerrar com dignidade com a edi��o de Cruel, o disco que o compositor se preparava para gravar, em 1994, quando morreu sem a chance de retomar uma discografia que, at� ent�o, compreendia apenas os �lbuns Eu Quero � Botar meu Bloco na Rua (1973), Tem que Acontecer (1976) e Sinceramente (1982).
Doze anos depois da gesta��o de Cruel, o selo de Baleiro - Sarav� Discos - d� � luz o �lbum que acabou tendo car�ter p�stumo por for�a do destino. A partir de registros caseiros de voz e viol�o, deixados por Sampaio em fita dada a Baleiro por iniciativa da fam�lia do artista capixaba, seu colega maranhense produziu, finalizou e editou aquele que, em 1994, deveria ter sido o primeiro CD de Sampaio.
Dono de poesia pungente, Sampaio foi enquadrado na margin�lia, mas Cruel reafirma que ele tinha tudo para ter militado no mainstream. Das 14 m�sicas, 12 s�o in�ditas. A faixa-t�tulo foi gravada por Luiz Melodia, em 1997, no CD 14 Quilates. J� o samba Rosa P�rpura de Cubat�o entrou no Balaio do Sampaio, o tributo produzido por Baleiro em 1998. No mais, � tudo novidade. E o impressionante � que a cole��o de sambas e can��es de Cruel est� � altura da obra anterior de Sampaio. N�o � uma raspa do tacho, a sobra requentada do almo�o. Roda Morta (Reflex�es de um Executivo) exemplifica a mordacidade atemporal de Sampaio (no caso espec�fico, com letra de seu parceiro S�rgio Natureza). "O triste nisso tudo � tudo isso / Quer dizer tirando nada / S� me resta o compromisso / Com os dentes cariados da alegria / Com o desgosto e a agonia / Da manada dos normais", alfinetam os versos iniciais. Outro destaque entre as can��es � Pavio Curto, bela can��o pontuada pelo violoncelo de Lui Coimbra.
A m�sica de Sampaio conserva o frescor e continua saudavelmente corrosiva. Basta ouvir os sambas Pol�cia Bandido Cachorro Dentista (de versos atual�ssimos) e Rosa P�rpura de Cubat�o para comprovar que seu bloco n�o poderia ter seguido os desvios impostos pela ind�stria da m�sica aos inconformados - como este inquieto e saudoso capixaba.
�ndios do Acre vir�o ao Rio lan�ar CDs

Para mostrar suas dan�as e sua m�sica, os representantes da tribo do Acre lan�am oficialmente os discos em tr�s apresenta��es no Museu da Rep�blica, no Catete (RJ), em 24, 25 e 26 de mar�o. Na foto acima, crian�as katukinas que participaram da graca��o do CD Txiriti Katukina.
Irm� de Daniela Mercury, V�nia Abreu mostra em CD seu carnaval intimista

J� posta em pr�tica por Ala�de Costa em disco produzido por Herm�nio Bello de Carvalho, Rasguei a minha Fantasia, a id�ia de Pierrot & Colombina � reembalar m�sicas associadas � folia com arranjos mais intimistas e vocais menos esfuziantes. O repert�rio inclui M�scara Negra (marcha-rancho de Z� K�tti), Camisa Amarela (Ary Barroso), Noite dos Mascarados (Chico Buarque), Manh� de Carnaval (Luiz Bonf� e Antonio Maria), Retalhos de Cetim (Benito Di Paula), Quem te Viu Quem te V� (Chico Buarque), Marcha da Quarta-feira de Cinzas (Carlos Lyra), N�o Deixe o Samba Morrer (sucesso do primeiro disco de Alcione) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
Hermeto lan�a 'Chimarr�o com Rapadura'

M�sica de Baleiro cai bem na poesia de Hilst em disco de sonoridade medieval

T�tulo: Ode Descont�nua e Remota para Flauta e Obo� - De Ariana para Dion�sio
Artista: V�rios
Gravadora: Sarav� Discos
Cota��o: * * *
Foi por iniciativa de Hilda Hilst (1930 - 2004) que Zeca Baleiro se tornou parceiro da poeta paulista. Ao receber uma c�pia do primeiro disco do compositor maranhense, Por Onde Andar� Stephen Fry? (1997), enviada pelo pr�prio artista, Hilst ligou, prop�s a parceria e mandou um disquete com sua obra po�tica. A hist�ria � contada com orgulho por Baleiro no encarte do CD Ode Descont�nua e Remota para Flauta e Obo� - De Ariana para Dion�sio, rec�m-lan�ado pelo selo do cantor, Sarav� Discos, em dupla com um disco p�stumo de S�rgio Sampaio, Cruel.
Foi no disquete que Baleiro descobriu o livro J�bilo Mem�ria Noviciado da Paix�o e decidiu musicar os versos do cap�tulo que d� t�tulo ao disco. Conclu�do o trabalho, ele come�ou a gravar o CD em abril de 2003 e o terminou dois anos depois. Com aval da escritora e a colabora��o do violonista Swami Jr. nos arranjos de base, o cantor buscou uma sonoridade medieval que sed encaixasse nos poemas j� em ess�ncia muito musicais de Hilst. Instrumentos como harpa, obo� e fagote ajudaram a criar o clima.
O charme do �lbum � que ele conta com a ades�o de dez cantoras na interpreta��o das dez can��es. Pela ordem de entrada no CD, o time � formado por Rita Ribeiro, Ver�nica Sabino, Maria Beth�nia, Jussara Silveira, �ngela RoRo, N� Ozzetti, Z�lia Duncan, Ol�via Byington, M�nica Salmaso e �ngela Maria. Com exce��o da Sapoti, deslocada por conta de seu estilo naturalmente empostado, as int�rpretes est�o � vontade no despudorado universo po�tico de Hilst.
O repert�rio tem tom linear que garante a uniformidade das can��es. Uma - a Can��o V, interpretada por RoRo - � especialmente inspirada, mas, no todo, o trabalho tem bom acabamento mel�dico. A poesia apaixonada de Hilda Hilst caiu muito bem na m�sica de Zeca Baleiro, compositor que j� provou transitar com desenvoltura por diversos g�neros e estilos musicais.
Courtney pr�-produz seu segundo solo

Oswaldo Montenegro faz hoje 50 anos

O mais importante � que Oswaldo Montenegro driblou as rejei��es, o preconceito de quem o considera um chato de plant�o e, sobretudo, o vaiv�m da ind�stria fonogr�fica. Se a d�cada de 80 foi farta em hits e musicais com plat�ias lotadas, os anos 90 empurraram o artista carioca (com passagens por Bras�lia) para a margem do mercado. Mas, como todo artista dono de obra personal�ssima, Oswaldo Montenegro sobreviveu por conta de seus numerosos f�s. Os admiradores cariocas certamente cantar�o Parab�ns para Voc� na plat�ia do Canec�o, onde o menestrel festeja seus 50 anos de vida em show agendado para a noite de 15 de mar�o. Parab�ns para ele!!!
Leonardo canta tema de 'Sinh� Mo�a'

Caixa esvazia o ba� dos Pretenders

Colet�nea de Ana Carolina foi o CD mais vendido no mercado brasileiro em 2005

Em segundo lugar, vem o sexto disco solo de Ivete Sangalo, As Super Novas Vol. 01, j� na casa das 650 mil c�pias vendidas por conta das 500 mil unidades comercializadas pela gravadora Universal em a��o de marketing feita em parceria com uma empresa de cosm�ticos. Depois, em ordem decrescente, os CDs mais vendidos foram Meu Presente � Voc� (Bruno & Marrone), Zez� Di Camargo & Luciano, Segundo (Maria Rita), Am�rica (trilha sonora da novela), Festa - S� pra Baixinhos Vol. 6 (Xuxa), Roberto Carlos, Summer Eletrohits Vol. 02 e Leonardo Canta Grandes Sucessos Vol. 02.
Conclus�es:
1) Os sertanejos continuam em alta no mercado oficial, mesmo sendo v�timas preferenciais dos fabricantes de CDs piratas.
2) Roberto Carlos j� n�o domina o mercado, mas ainda mobiliza seu p�blico (o mesmo podendo ser dito de Xuxa). A prop�sito, seu DVD Pra Sempre - Ao Vivo no Pacaembu foi o mais vendido no formato.
3) Trilhas de novelas e colet�neas da Som Livre s�o sempre t�tulos de forte apelo popular por conta da propaganda veiculada na Rede Globo e do repert�rio que junta hits.
4) Mesmo sem reeditar com Segundo o sucesso retumbante de seu primeiro disco, Maria Rita � das poucas representantes da chamada MPB que tem bala na agulha para enfrentar os medalh�es do ax� e do sertanejo (proeza que Chico Buarque deve igualar em 2006 com seu esperado disco de in�ditas). Talvez por Rita pertencer ao elenco de uma gravadora multinacional. Maria Beth�nia e Gal Costa, mesmo incensadas pela m�dia, tem atualmente vendas compat�veis com o segmento indie do mercado a que se filiaram espontaneamente.
5) Discos ao vivo j� n�o vendem tanto como antes. Nenhum CD com selo da MTV aparece entre os dez campe�es de 2005.
6) Criar estrat�gias de vendas paralelas que fujam dos pontos tradicionais - como fez a Universal com o disco de Ivete Sangalo - talvez seja um dos caminhos para enfrentar a pirataria e obter n�meros expressivos.
7) Ana Carolina saboreia momento de grande e rara popularidade. A ponto de manter dois CDs atualmente entre os mais vendidos: a colet�nea campe� da s�rie Perfil e o disco gravado com Seu Jorge, Ana & Jorge, lan�ado em dezembro.
Moacyr Luz fala sobre 'Soft Samba'

"Meu amigo Mauro, nunca fico triste com cr�ticas, ainda mais num trabalho dessa ordem. S� achei muito evidente eu entrar como se o disco fosse meu e da Daisy (Cordeiro, a cantora que interpreta os sambas). Fiz uma participa��o para tentar amenizar o aspecto muito moderno do trabalho... A gravadora sugeriu algo pra baile, mais ou menos isso... � da LUA, minha casa, eu estava perto... Toquei..".
Moa.
Fica o esclarecimento.
M�sica in�dita valoriza terceira caixa de DVDs da s�rie 'Chico Buarque Especial'

Gravado no Rio, o s�timo epis�dio, Romance, enfoca a vis�o do amor na obra do compositor e apresenta m�sica in�dita, Outros Sonhos, feita durante as grava��es do especial televisivo e inclu�da por Chico no disco que finaliza para a Biscoito Fino e que dever� ser lan�ado no segundo semestre.
O oitavo epis�dio, O Futebol, tem como tema a paix�o do artista pelo esporte preferido dos brasileiros. O programa mostra jogos realizados especialmente para a filmagem em cidades estrangeiras como Lisboa e Paris. H� tamb�m imagens captadas no Maracan�, onde Chico, sozinho no est�dio vazio, fala de sua rela��o com a bola. N�meros musicais como Conversa de Botequim e O Juiz Apitou foram gravados especialmente para o especial.
J� o nono epis�dio, Uma Palavra, foi gravado em Budapeste. O foco � a obra liter�ria do compositor e o processo de cria��o de suas letras. Mano a Mano, Passaredo e Ela Desatinou s�o algumas m�sicas do roteiro.
Samba modernoso para 'moderninhos'

T�tulo: Soft Samba
Artista: Daisy Cordeiro (voz) e Moacyr Luz (viol�o)
Gravadora: Lua Music
Cota��o: *
At� f�s de m�sica do gen�rico estilo lounge devem fugir deste CD. Soft Samba � exemplo de como a eletr�nica pode ser usada para criar um som modernoso que segue a onda sem saber exatamente para onde ela est� indo. A receita � simples: pega-se uma cantora de voz trivial (Daisy Cordeiro), um violonista que tem intimidade com o samba para tocar em algumas faixas (Moacyr Luz), um punhado de cl�ssicos do g�nero (E o Mundo N�o se Acabou, Preciso me Encontrar, Camisa Amarela, Antonico, Feitio de Ora��o, Mora na Filosofia e Sei l�, Mangueira), cria-se insossas programa��es eletr�nicas (a cargo de Norberto Vinhas e Mois�s Santana) e pronto. Eis um CD para moderninhos que nada acrescenta �s fus�es do samba com a eletr�nica. Para quem gosta de um samba moderno, � melhor correr atr�s das grava��es originais ou ent�o de Universo ao meu Redor, o rec�m-lan�ado disco de sambas de Marisa Monte - esse, sim, feliz na sua inten��o de apresentar o samba com um som atual sem adulterar sua cad�ncia.
No seu lugar, Odair lan�a m�sicas novas

Leo Jaime volta a gravar CD de in�ditas

Zeca grava sambas de gafieira pela MTV

Tr�s anos depois de lan�ar bem-sucedidos CD e DVD na s�rie Ac�stico MTV, Zeca Pagodinho (foto) prepara outro projeto pela emissora, desta vez dentro do selo MTV ao Vivo. A id�ia � gravar sambas de gafieira. Ser� o 18� disco do sambista. O anterior, � Vera, saiu em mar�o de 2005 e n�o obteve a repercuss�o e o sucesso dos �ltimos trabalhos do artista na gravadora Universal.
�lbum do Placebo traz cantor do R.E.M.

Antunes grava seu s�timo disco solo

Quarto solo de Marcelo D2 traz Alcione

�rika Martins lan�a CD com Telecats

Leonardo assusta mercado fonogr�fico ao trocar Sony & BMG pela Universal

Com a contrata��o de Leonardo, a Universal ganha mais cacife para enfrentar a concorrente e fortalece seu cast sertanejo - enfraquecido nos �ltimos anos pela queda nas vendas dos CDs de Chit�ozinho & Xoror�. J� a Sony & BMG permanece com duas duplas de peso no g�nero: Zez� Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone.
Na foto acima, clicada por Rog�rio Santana, um flagrante da assinatura de contrato. Leonardo (� esquerda) posa com Max Pierre (vice-presidente art�stico da Universal, de p�) e Jos� Antonio �boli (presidente da filial brasileira da Universal Music).
CDs de Marisa saem ao redor do mundo
