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S�bado, Mar�o 11, 2006

Um papo particular com Marisa Monte

Com simpatia natural que contradiz com a aura mitol�gica que cerca seu nome e seu trabalho, Marisa Monte (na foto, em clique de Murilo Meirelles) recebeu esta semana no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, jornalistas de todo o Brasil para conversar sobre seus dois discos que est�o chegando �s lojas desde sexta-feira, 10 de mar�o: Universo ao meu Redor (o CD de sambas) e Infinito Particular (o CD pop, com repert�rio de can��es autorais).

A dupla gesta��o aconteceu a partir do nascimento, em dezembro de 2002, do primeiro filho de Marisa, Mano Wladimir, fruto da uni�o da cantora com o m�sico Pedro Bernardes. A maternidade lhe permitiu dar um tempo na carreira, iniciada na segunda metade dos anos 80, para ficar em casa e ser m�e em tempo (quase) integral durante 2003 e 2004.

"A serenidade dos discos tem a ver com a maternidade. Meu filho me deu tempo e justificativa para ter tempo. Comecei a trabalhar cedo e me dei o direito de ficar em casa. Curti a maternidade at� �s �ltimas conseq��ncias. Amamentei at� um ano e meio", conta a cantora.

Entre uma mamada e outra, Marisa teve a id�ia de inventariar a produ��o de sambas da velha guarda atrav�s de entrevistas realizadas pela artista em sua casa, na G�vea, com bambas como Ratinho, Surica, Elton Medeiros, Paulinho da Viola e Monarco. "Ouvi o material e digeri aquele repert�rio. Meu foco n�o era somente a busca por material in�dito, mas pesquisar a forma��o de Dona Ivone Lara, de Monarco... A conviv�ncia mais intensa com esse universo do samba me inspirou para que eu fizesse com Arnaldo (Antunes) e (Carlinhos) Brown alguns sambas", explica Marisa.

Samba que puxa o disco Universo ao meu Redor nas r�dios, O Bonde do Dom, por exemplo, foi composto pelo trio tribalista na viagem feita � Europa em 2003 para promover o disco do grupo com shows e entrevistas. J� da pesquisa com os bambas, Marisa colheu P�talas Esquecidas, inusitada valsa de Dona Ivone Lara, feita em 1945, quando a compositora trabalhava como enfermeira na col�nia Juliano Moreira (sua colega de plant�es, Teresa Batista, � parceira na m�sica). "Fiquei apaixonada por ser uma m�sica de duas mulheres. O universo do samba tem �tica masculina. E estes meus dois discos s�o muito femininos, delicados. O discurso e o olhar s�o femininos", conceitua Marisa.

Paralelamente � garimpagem de sambas, Marisa Monte come�ou a digitalizar seu acervo particular de fitas cassetes com sua produ��o autoral. Nascia o embri�o de Infinito Particular. "Tinha gravado com os Tribalistas um trabalho autoral, coletivo. Fiquei com vontade de fazer mais um disco focado nas minhas composi��es. A partir do Mais, as vertentes de compositora e de int�rprete de sambas foram compartilhadas em meus discos. Achei que podia separ�-las e fiz dois discos complementares", contextualiza.

Nome j� envolvido na produ��o do CD dos Tribalistas, Al� Siqueira foi convocado para pilotar com a cantora o disco autoral. "Ele � um maestro de acabamento impec�vel", elogia. J� a admira��o por Mario Caldato, que conheceu em Nova York em 1998, levou Marisa a convidar o brasileiro que se radicara nos EUA para produzir o �lbum de sambas. "N�o queria fazer um disco de samba tradicional. Queria gravar um CD que tivesse a ver com a minha sonoridade, com o som dos meus outros discos. N�o podia pensar num disco meu como se fosse um do Argemiro (Patroc�nio, saudoso bamba da Portela que teve seu �nico disco solo editado em 2002 por iniciativa de Marisa)", ressalta.

De outros encontros, vieram os convidados do disco. Fernandinho Beat Box, craque ao tirar da boca sons que simulam efeitos eletr�nicos, entrou nos discos quando Marisa o conheceu num show na praia dividido pela cantora com nomes como Marcelo D2, que trabalha com Beat Box. J� a participa��o de David Byrne nasceu da vinda do artista americano para a edi��o 2005 do VMB (Video Music Brasil), a premia��o de clipes da MTV que teve Marisa como uma das apresentadoras. "O encontro com Byrne me reacendeu a vontade de fazer algo com ele", lembra Marisa, que virou parceira do compositor em Statue of Liberty, faixa do disco do samba que traz Byrne nos vocais.

O leque de parceiros se abriu tamb�m com a chegada de Seu Jorge, Marcelo Yuka e Adriana Calcanhotto, artista atualmente empresariada por Leonardo Netto, que tamb�m cuida das turn�s de Marisa. "Isso nos aproximou, mas sempre admirei muito a Adriana. Ela � caprichosa, dedicada. Todo mundo que tem filho ouviu muito o disco Adriana Partimpim. Ela me trouxe uma m�sica pronta e eu dei para ela v�rias melodias", conta Marisa. E assim nasceu Pelo Tempo que Durar, a primeira parceria das duas compositoras.

E assim nasceram Universo ao meu Redor e Infinito Particular. Os dois novos rebentos de Marisa Monte.

Com requinte, o samba sai do universo puramente nacionalista em obra-prima

Resenha de CD
T�tulo:
Universo ao meu Redor
Artista:
Marisa Monte
Gravadora: EMI / Phonomotor
Cota��o:
* * * * *

Universo ao meu Redor, o lindo samba que abre e d� t�tulo ao disco de Marisa Monte, poderia ser creditado a um bamba da velha guarda pela nobreza da melodia, o lirismo da letra ("Quantas l�grimas de orvalho na roseira / Todo mundo tem um canto de tristeza") e o viol�o e o cavaquinho personal�ssimos de Paulinho da Viola. Da mesma forma que a faixa que o segue, O Bonde do Dom, tamb�m carrega a maestria e a beleza do samba mais tradicional. A novidade � que ambos s�o assinados por Marisa com seus parceiros Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown.

A intimidade do trio tribalista com o samba imp�e Universo ao meu Redor - o disco - como uma das obras-primas n�o somente do g�nero, mas de todo o universo da m�sica brasileira. O bonde de Marisa desvia da rota purista que normalmente confina o samba a um trilho excessivamente nacionalista. Tratado com respeito, mas sem excessiva rever�ncia, o samba cantado pela artista � embalado com sutis sons contempor�neos - como os malabarismos bucais de Fernandinho Beat Box, convidado de faixas como Meu Can�rio, tema de 1950, de autoria de Jayme Silva, celebrizado por O Pato, o sucesso de Jo�o Gilberto.

Cantando cada vez melhor, em tons suaves, Marisa combina no repert�rio sambas novos e antigos, escorada em requintada produ��o feita pela cantora com Mario Caldato - nome normalmente associado ao universo do hip hop. H� toda uma atmosfera de delicadeza na percuss�o e nos arranjos. Atmosfera que adquire tom l�dico em Tr�s Letrinhas, surpreendente in�dita da fase inicial (1969) do grupo Novos Baianos - uma sobra � altura dos melhores momentos da obra de Moraes Moreira e Galv�o.

No bonde da modernidade, Marisa e sua turma trafegam por repert�rio uniforme que nunca sai dos trilhos. Entre p�rola de 1980 de Argemiro Patroc�nio (L�grimas e Tormento, lustrada pelo piano contempor�neo de Daniel Jobim), temas igualmente nobres da lavra do time tribalista (Quatro Paredes, Cantinho Escondido, A Alma e a Mat�ria, Satisfeito) e in�dita de Paulinho da Viola (Para Mais Ningu�m, com a elegante grife mel�dica e po�tica do autor), o disco transita em linha suave interrompida somente por Statue of Liberty, colabora��o de David Byrne nos vocais e na co-autoria. O baticum miscigenado est� em sintonia com a tropicalista explos�o de cores da capa ilustrada com colagem da artista pl�stica Beatriz Milhazes.

Com sofistica��o e universalidade, Marisa Monte irmana tanto insuspeita valsa de Dona Ivone Lara (P�talas Esquecidas) quanto insuspeito samba de Adriana Calcanhotto (Vai Saber?). No resumo da �pera, Universo ao meu Redor � disco antol�gico que cresce a cada audi��o e confirma Marisa Monte como a artista mais importante e inteligente de sua gera��o.

�lbum de can��es se imp�e por arranjos de atmosfera cool de rara sofistica��o

Resenha de CD
T�tulo: Infinito Particular
Artista: Marisa Monte
Gravadora: EMI / Phonomotor
Cota��o: * * * *

Mais do que o disco 'pop', r�tulo t�o vago quanto gen�rico, Infinito Particular � um �lbum de can��es autorais. � o primeiro CD de Marisa Monte em que todas as m�sicas (13, todas in�ditas) s�o assinadas por ela. Produzido por Al� Siqueira com a pr�pria cantora, Infinito Particular est� envolvido pela mesma requintada atmosfera de delicadeza que permeia seu g�meo Universo ao meu Redor. Mas perde na inevit�vel compara��o porque seu (geralmente belo) repert�rio n�o � t�o uniforme. Ainda que traga momentos geniais como a faixa-t�tulo e Vilarejo, que por si s� j� vale o CD, pela melodia irresist�vel e pela letra que transmite um sentimento de paz ao apresentar o tal vilarejo como idealizado microcosmo de um mundo perfeito.

De realmente pop, a rigor, h� Pra Ser Sincero, parceria de Marisa com Carlinhos Brown que tem a pegada radiof�nica do �ltimo disco solo da artista, Mem�rias, Cr�nicas e Declara��es de Amor (2000). Tem todo jeito de hit! O repert�rio � valorizado pelos arranjos estupendos dos maestros Eumir Deodato, Philip Glass (o mestre do minimalismo) e Jo�o Donato. Esse trio lan�a m�o de inusitado arsenal de cordas, metais e percuss�o para embalar temas como Levante (bela m�sica da lavra de Seu Jorge com o trio tribalista, pontuada pelo trompete de Jesse Sadoc), A Primeira Pedra (de atmosfera et�rea) e a melodiosa O Rio, acalanto em que Marisa transmite ao filho, Mano Wladimir, um recado de f� no poder regenerador da vida.

O clima cool de Infinito Particular exibe rara sofistica��o. A primeira metade do disco reedita a perfei��o que engloba Universo ao meu Redor. A queda na qualidade do repert�rio acontece a partir da oitava faixa. Ger�nio, parceria de Nando Reis com Marisa, parece uma sobra do disco Mais (2001). A levemente abolerada Quem Foi, a segunda colabora��o de Marcelo Yuka com a cantora, tamb�m n�o se imp�e entre outras can��es mais bonitas. Mas, em compensa��o, h� Pernambucobucolismo (com arranjo urdido somente com percuss�o e baixo tocado pela pr�pria Marisa) e a primeira e bel�ssima parceria de Adriana Calcanhotto e Marisa, Pelo Tempo que Durar.

No todo, Infinito Particular mostra que, com maior ou menor perfei��o no repert�rio, os dois discos de Marisa Monte passam longe da banalidade que impera na m�sica pop mundial.

Turn� Universo Particular estr�ia em abril com as 'hist�rias do passado' de Marisa

Universo Particular � o nome do novo show de Marisa Monte (na foto acima, em clique de Murilo Meirelles). A turn� de lan�amento dos discos Universo ao meu Redor e Infinito Particular tem estr�ia agendada para 28 de abril, em apresenta��o no Teatro Gua�ra, em Curitiba (PR). O bem sacado t�tulo Universo Particular j� anuncia a inten��o de misturar sambas de Universo ao meu Redor e can��es de Infinito Particular em roteiro que ter� m�sicas do �lbum dos Tribalistas (entre elas, provavelmente, Velha Inf�ncia e Carnav�lia) e composi��es dos discos solos anteriores da cantora.

"O show vai ter um pouco de tudo... todas as minhas hist�rias do passado", revela Marisa, longe dos palcos brasileiros desde o encerramento da turn� Mem�rias, Cr�nicas e Declara��es de Amor, em 2001 (exceto por eventuais participa��es em shows coletivos e em apresenta��es da Velha Guarda da Portela).

Depois da estr�ia em Curitiba, a turn� Universo Particular segue pelo Sul (por Porto Alegre, Caxias do Sul), aporta em S�o Paulo em maio e chega ao Rio de Janeiro em julho, depois da Copa do Mundo. Claro que, ao longo da turn�, o show dever� ganhar registro em DVD.

Marisa apresenta seus g�meos bivitelinos em texto escrito por ela para a imprensa

� a pr�pria Marisa Monte (na foto acima, em clique de Murilo Meirelles) que assina o texto de apresenta��o de seus dois novos discos, Universo ao meu Redor e Infinito Particular, desde 10 de mar�o nas lojas - com tiragens iniciais de 300 mil c�pias, cada um. O texto foi enviado aos radialistas e jornalistas da �rea musical juntamente com os CDs da tiragem promocional (de 1,2 mil c�pias de cada um, em embalagem em digipack). No texto, reproduzido a seguir, a cantora caracteriza os �lbuns como "g�meos bivitelinos".

Eis, na �ntegra, o elucidativo texto da artista:

"Comecei nos palcos. Toda a minha trajet�ria se fez atrav�s do contato direto com o p�blico, nas apresenta��es ao vivo. Em quinze anos de carreira gravei muito pouco, por causa das longas turn�s que sempre acabavam gerando um espa�o muito grande entre os discos.

Cinco discos em quinze anos, sem contar os que produzi e o dos Tribalistas. Em 2001 terminei a turn� de Mem�rias Cr�nicas, depois de quase dois anos de estrada, decidida a ficar em casa por um tempo. Aproveitei para produzir o disco do Argemiro e logo a seguir mergulhei no projeto dos Tribalistas com Carlinhos e Arnaldo. Um projeto s� de est�dio. Adoro e sempre adorei est�dio. Gravamos todo o disco no Rio, em treze dias. Uma m�sica por dia. Engravidei durante as grava��es. O disco saiu no m�s do nascimento do meu primeiro filho.

Durante os meses que se seguiram tive a chance de ficar mais tempo em casa. Aproveitei a oportunidade para fazer v�rias coisas que seriam imposs�veis viajando e, sem saber, algumas delas acabaram se tornando o embri�o desses discos de agora. Eu sabia, atrav�s do meu contato com o samba carioca e, principalmente, pelo conv�vio com a Velha Guarda da Portela e pelo trabalho de pesquisa para o disco deles em 1999, que havia um repert�rio incr�vel, presente apenas na tradi��o oral, que estava se perdendo pouco a pouco. A curiosidade me fez querer saber mais sobre isso, ampliando o conhecimento para al�m dos limites da Portela. Comecei a fazer uma s�rie de encontros e entrevistas, orientada por conversas com Monarco, Paulinho da Viola, Dona Yvonne Lara e meu pai, entre outros.

Ouvi compositores, parentes e parceiros de sambistas antigos em busca n�o somente da obra deles, como tamb�m das refer�ncias criativas; da g�nese do samba feito por eles. E os sambas de Jaime Silva, Argemiro, Dona Yvonne, Casemiro, Moraes e Galv�o, alguns com mais de cinquenta anos, uniram-se � produ��o contempor�nea da Adriana, do Paulinho, do Arnaldo, do Carlinhos e minha, no repert�rio de O Universo ao Meu Redor, esse meu disco focado mais do que no samba, eu diria, na atmosfera do samba, com seus assuntos mais freq�entes - o amor, a natureza, a pr�pria m�sica, a condi��o humana, o canto dos passarinhos, o quintal, o conv�vio atrav�s da arte...

Para produzir comigo, convidei o Mario Caldato, com quem sempre tive vontade de trabalhar e que ficou respons�vel por pilotar a personalidade sonora do disco.

Ao mesmo tempo em que eu mantinha a freq��ncia desses encontros em torno do samba, comecei a digitalizar todo o meu acervo de fitas cassete. O intuito do trabalho era salvar os registros do processo de composi��o. Quinze anos de m�sicas sendo feitas. Algumas terminadas, outras abandonadas. V�rias dessas que todo mundo conhece, na nascente. Cadernos de rascunhos sonoros. Quase cem fitas, todas ouvidas, decupadas, mapeadas por mim.

Infinito particular.

Essa audi��o me fez mergulhar em composi��es de v�rias �pocas, n�o s� com parceiros antigos (Nando, Carlinhos, Arnaldo, Pedro Baby, Dadi), mas tamb�m ampliando os horizontes na dire��o de novos - Seu Jorge, Adriana, Yuka, Leonardo Reis e Rodrigo Campelo. Muitos encontros e, algum tempo depois, eu tinha material para mais um disco. Dessa vez, s� de m�sicas minhas com parceiros e o replay de Al� Siqueira, com quem j� havia trabalhado em Tribalistas, para produzir comigo. Al�m dos arranjos de Eumir, Philip e Donato.

� isso... Se eu tivesse gravado agora apenas um disco e fosse para a estrada, ia demorar um temp�o at� que eu tivesse a chance de gravar de novo e sei que haveria um hiato entre o que fa�o e o que mostro. Por isso concebi esses dois discos de repert�rio in�dito. Gerados ao mesmo tempo, como g�meos bivitelinos, v�m ao mundo agora no mesmo dia. Mas s�o muito diferentes. Cada um com a sua hist�ria. Cada um falando por si. Como duas fotos. Com muitas pessoas e comigo no bolo. Agrade�o a todos."

Marisa Monte
Sexta-feira, Mar�o 10, 2006

Mutantes ensaiam para show que pode ter Fernanda Takai no lugar de Rita Lee

Os Mutantes (foto) j� est�o se reunindo para ensaiar para o show que far�o na Inglaterra, em 22 de maio, dentro da exposi��o londrina Tropic�lia: A Revolution in Brazilian Culture. O grupo que ensaia � formado por S�rgio Baptista (guitarra), Arnaldo Baptista, Liminha (baixo) e Dinho (bateria). Liminha e Dinho entraram para o grupo a partir do terceiro disco, A Divina Com�dia ou Ando Meio Desligado (1970).

Com a recusa de Rita Lee para participar da apresenta��o, a cantora do grupo Pato Fu, Fernanda Takai, poder� assumir os vocais de alguns n�meros do show, como convidada especial. Mas a participa��o de Takai ainda n�o est� fechada. Outras cantoras, como Rebeca Matta, tamb�m est�o no p�reo. Vale lembrar que o Pato Fu sempre exibiu em seus discos uma criatividade que remetia � anarquia tropicalista dos Mutantes.

Com ou sem Takai, � prov�vel que o show seja gravado para posterior edi��o em DVD e CD ao vivo.

Tom Z� participa do novo CD do Cake

Tom Z� (foto) comp�s e gravou m�sica com John McCrea, l�der do grupo americano Cake, para o pr�ximo CD da banda. A m�sica, Traffic, foi feita pelos novos parceiros no pr�prio est�dio Wah Wah, em S�o Paulo (SP), onde foi realizada a grava��o. McCrea criou a melodia. Tom Z� fez a letra da m�sica que remete aos sonoros sinais de tr�nsito dos aeroportos.

A id�ia da parceria e da participa��o de Tom Z� no disco do Cake surgiu porque McCrea � f� antigo das m�sicas do artista baiano. Ele inclusive j� declarou a uma publica��o americana que as letras de Tom Z� "cortam at� os ossos pela coragem e contund�ncia".

A grava��o de Traffic contou com as participa��es de Paulo Lepetit (engenheiro de som e baixista), Jarbas Mariz (percuss�o), Daniel Maia (violonista) e Marcelo Blanck (co-arranjador).

Donato quer gravar Sinatra com Moura

O compositor e pianista Jo�o Donato (foto) planeja gravar um CD com o clarinetista Paulo Moura. A id�ia dos m�sicos � fazer um disco que, al�m de parcerias in�ditas da dupla, inclua no repert�rio sucessos de Frank Sinatra e Dick Farney - para lembrar os tempos em que ambos integravam o Sinatra-Farney Fan Club, que aglutinava nos anos 50 admiradores dos dois sofisticados e saudosos cantores.

Jo�o Bosco inicia parceria com Nei Lopes

Jo�o Bosco (foto) est� iniciando parceria com Nei Lopes, primoroso letrista ligado ao universo do samba. Os compositores j� fizeram tr�s m�sicas. Uma delas, Jimbo no Jazz, narra as perip�cias de um jongueiro f� de jazz.

As m�sicas estar�o no repert�rio do CD de in�ditas que Bosco grava a partir de julho. O disco ser� especial na carreira do cantor. Al�m da inusitada colabora��o com Nei Lopes, o CD vai oficializar a retomada da parceria de Bosco com Aldir Blanc em faixas como Mentiras de Verdade e Sonho de Caramujo.

Alcione vai fazer dueto com Leci em DVD

A participa��o de Leci Brand�o, na m�sica Quero Sim, � uma das surpresas do show em que Alcione (foto) vai gravar DVD e CD ao vivo. Agendada para 16 de mar�o na casa Via Show, na Baixada Fluminense (RJ), a grava��o contar� com ades�es de Marcelo D2 (no samba Menor Abandonado - de Zeca Pagodinho, Mauro Diniz e Pedrinho da Flor) e dos rappers angolanos Os G�nesis (no tema Angola Brasil). O novo projeto ao vivo da Marrom ser� editado pela Indie Records.
Quinta-feira, Mar�o 09, 2006

O universo ao redor de Marisa Monte

Com capa ilustrada por colagem da artista pl�stica Beatriz Milhazes, o �lbum de sambas de Marisa Monte, Universo ao meu Redor, re�ne 14 m�sicas de diversas �pocas. Eis um resumo da ficha t�cnica do CD, produzido por Mario Caldato Jr. e gravado entre junho e setembro de 2005:

Universo ao meu Redor - Composta em 2005, a faixa-t�tulo � parceria de Marisa Monte com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Paulinho da Viola toca viol�o e cavaquinho.

O Bonde do Dom - Outro samba de Antunes, Brown e Marisa. J� em rota��o nas r�dios, a m�sica tem a grife mel�dica dos sambas da velha guarda. Foi feita em 2003. O arranjo conjuga instrumentos como o violoncelo de Jaques Morelenbaum, o ukelele (instrumento havaiano da fam�lia do cavaquinho) tocado por Marisa e a vassourinha percutida por Marcelo Costa.

Meu Can�rio - Samba de 1950, de autoria de Jayme Silva (o compositor de O Pato, grande sucesso de Jo�o Gilberto). Marisa toca guitarra, caixinha e ralador. Fernandinho Beat Box responde obviamente pelos beat box da faixa.

Tr�s Letrinhas - In�dita do repert�rio do grupo Novos Baianos. � de 1969 e traz a assinatura de Moraes Moreira e Galv�o, os dois principais compositores do grupo. Mario Caldato toca guitarra slide.

Quatro Paredes - Samba de Marisa, Antunes e do violonista C�zar Mendes. � de 2004. Paulinho da Viola toca cavaquinho.

Perdoa, meu Amor - Samba de 1944, de autoria de Casemiro Vieira, o Casemiro da Cu�ca, o mais antigo integrante da atual forma��o da Velha Guarda da Portela. Monarco toca tamborim e Marisa, lixa de unha.

Cantinho Escondido - Parceria do trio tribalista com o violonista C�zar Mendes. Mauro Diniz toca cavaquinho. Daniel Jobim pilota o piano el�trico Fender Rhodes. O samba � de 2004.

Statue of Liberty - O compositor americano David Byrne participa da faixa como vocalista e co-autor (em parceria com Marisa e Fernandinho Beat Box). � de 2005.

A Alma e a Mat�ria - Mais um samba de Antunes, Brown e Marisa. � de 2005. Eliezer Rodrigues toca tuba. Jota Moraes pilota o vibrafone.

L�grimas e Tormentos - Samba de 1980, de autoria de Argemiro Patroc�nio (1923 - 2003), bamba portelense que teve seu �nico disco solo lan�ado em 2002 por iniciativa de Marisa Monte. Paulinho da Viola toca cavaquinho na faixa.

Satisfeito - Samba de 2003. Mais uma parceria de Antunes, Brown e Marisa.

Para Mais Ningu�m - In�dita de Paulinho da Viola, composta em 2005. O autor toca viol�o na faixa.

Vai Saber? - Primeira incurs�o de Adriana Calcanhotto no universo do samba mais tradicional. � de 2005. A faixa traz trio de sopros pilotado por Jaques, L�cia e Edu Morelenbaum.

P�talas Esquecidas - Valsa de 1945. Parceria de Dona Ivone Lara com Teresa Batista.

O 'Infinito Particular' de Marisa Monte

Com 13 m�sicas, Infinito Particular � o mais pop dos dois CDs de Marisa Monte que, em tese, chegam �s lojas nesta sexta-feira, 10 de mar�o. Eis a ficha t�cnica resumida das 13 faixas:

Infinito Particular - A faixa-t�tulo � parceria de Marisa com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Os arranjos de cordas e metais s�o de Philip Glass.

Vilarejo - � a buc�lica faixa que puxa o disco pop. O guitarrista Pedro Baby se junta ao trio tribalista na autoria do (lindo) tema, j� nas r�dios. Eumir Deodato assina arranjos de cordas e metais. A pr�pria Marisa toca ukulele (esp�cie de cavaquinho havaiano) e caj�n. Liminha assina o baixo.

Pra Ser Sincero - M�sica de Marisa com Carlinhos Brown. A cantora toca viol�o na faixa.

Levante - Seu Jorge assina o tema ao lado do trio tribalista. Marisa toca viol�o e escaleta.

Aquela - Primeira parceria de Marisa com Leonardo Reis. A cantora toca ukulele e lixa de unha.

A Primeira Pedra - Eumir Deodato assina os arranjos de cordas e metais desta outra parceria de Marisa, Antunes e Brown. O violoncelo � tocado por Jaques Morelenbaum, presente em v�rias faixas.

O Rio - Marisa toca kalimba nesta faixa, a segunda que traz a assinatura de Seu Jorge com o trio tribalista. Na letra, ela se dirige ao seu filho, Mano Wladimir.

Ger�nio - Nando Reis � parceiro de Marisa e de Jennifer Gomes na faixa. Philip Glass assina os arranjos de cordas e metais.

Quem Foi - Jo�o Donato � o arranjador da faixa e toca Fender Rhodes, piano el�trico em voga nos anos 70. Trata-se da segunda parceria de Marisa com Marcelo Yuka (a primeira entrou no �lbum de estr�ia do grupo F.UR.T.O.).

Pernambucobucolismo - Parceria de Marisa com Rodrigo Campello. � a primeira m�sica da dupla, mas, a rigor, o tema foi composto no in�cio dos anos 90, durante passagem de turn� da cantora por Pernambuco. Marisa toca baixo.

Aconteceu - Outra faixa arranjada por Jo�o Donato, que toca seu Fender Rhodes. � parceria de Marisa com Antunes.

At� Parece - M�sico bastante presente na ficha t�cnica, Dadi se une ao trio tribalista na autoria desta m�sica. Eumir Deodato assina os arranjos. Entre os m�sicos, h� o violinista Nicolas Krassik.

Pelo Tempo que Durar - Primeira parceria de Adriana Calcanhotto com Marisa Monte. Al� Siqueira, que assina com a cantora a produ��o do disco, toca guitarra na faixa que encerra Infinito Particular.

Zizi regrava 'Ponteio' com Edu Lobo

Uma boa not�cia para os f�s de Zizi Possi (foto) que ansiavam por grava��es da cantora em portugu�s: a int�rprete regravou Ponteio em dueto com o autor da m�sica, Edu Lobo. O registro foi feito pela dupla para a trilha sonora da nova novela da Rede Record, Cidad�o Brasileiro, que estr�ia nesta segunda-feira, 13 de mar�o.

Lan�ada por Edu Lobo em 1967, Ponteio foi composta em parceria com Jos� Carlos Capinam, autor da letra. O dueto com Zizi n�o chega a ser uma surpresa: a cantora e Edu tem estado pr�ximos nos �ltimos anos. Quando voltou aos palcos cariocas, em minitemporada no Scala, em 2004, a int�rprete contou no show com a participa��o especial do compositor.

Ben Harper lan�a disco duplo no dia 21

Dois anos depois de lan�ar a obra-prima There Will Be a Light, gravada com o grupo gospel The Blind Boys of Alabama, Ben Harper volta ao mercado fonogr�fico com �lbum duplo, Both Sides of the Gun (capa � esquerda). O lan�amento est� agendado para 21 de mar�o. O primeiro CD re�ne m�sicas que combinam elementos de blues e rock. Entre elas, Morning Yearning, Waiting for You, Picting in a Frame, Never Leave Lonely Alone e Reason to Mourn. J� o CD 2 apresenta baladas como Better Way, Black Rain, Serve your Soul e a faixa-t�tulo. No exterior, o �lbum ser� lan�ado tamb�m numa edi��o tripla que agrega um terceiro CD, com remixes, vers�es alternativas e registros ao vivo.

O t�tulo do terceiro CD dos Detonautas

Psicodeliamorsexo&distor��o � o t�tulo do terceiro �lbum do grupo Detonautas Roque Clube (na foto, num clique de M�rcio Mercante), nas lojas ainda este m�s, via Warner Music. N�o Reclame Mais � a m�sica que puxa o disco, produzido por Edu K. Dirigido por Maur�cio E�a, o clipe da faixa j� est� em rota��o na MTV.
Quarta-feira, Mar�o 08, 2006

Bruce dedica CD � obra de Pete Seeger

Cantor e compositor cuja obra tem forte marca autoral, Bruce Springsteen se permitiu fazer - pela primeira vez - um disco tem�tico com regrava��es. We Shall Overcome - The Seeger Sessions tem lan�amento agendado para 25 de abril e � inteiramente dedicado � obra de Pete Seeger, octagen�rio cantor norte-americano de folk. No CD simples, Bruce recria 13 m�sicas do veterano colega. Pela ordem, as faixas s�o Old Dan Tucker, Jessie James, Mrs. McGrath, Oh, Mary, Don't You Weep, John Henry, Erie Canal, Jacob's Ladder, My Oklahoma Home, Eyes on the Prize, Shenandoah, Pay me My Money Down, We Shall Overcome e Froggie Went A-Courtin. Na edi��o dupla, que agrega um dualdisc, haver� duas faixas-b�nus (Buffalo Gals e How Can I Keep from Singing).

Aguilera quer combinar jazz, soul e blues

Sem lan�ar disco de in�ditas desde 2002, ano em que lan�ou Stripped, a cantora Christina Aguilera (foto) revelou em Londres que quer combinar em seu pr�ximo �lbum elementos da velha escola do jazz, do soul e do blues - sem abrir m�o de levadas mais modernas. O CD tem lan�amento previsto para meados do ano, via Sony & BMG. A produtora e compositora Linda Perry - que trabalhou com Aguilera em Stripped - j� vem produzindo material para o novo disco da artista, ainda sem t�tulo.

Ozzy planeja entrar em est�dio em breve

Ozzy Osbourne (foto) planeja gravar novo �lbum de est�dio ainda este ano. O artista vai se reencontrar com o guitarrista Zakk Wilde para come�ar a compor o repert�rio do disco. O �ltimo CD de material in�dito da dupla, Down to Earth, saiu em 2001. Paralelamente aos preparativos para o �lbum, Osbourne continua envolvido na produ��o de um musical, Rasputin.

Jair abre largo sorriso para contar vida em DVD marcado por sua alegria jovial

Resenha de DVD
T�tulo: Programa Ensaio - 1991
Artista: Jair Rodrigues
Gravadora: Trama
Cota��o: * * *

O sorriso na foto que ilustra a capa j� traduz o tom alegre que Jair Rodrigues imprimiu � entrevista concedida ao programa Ensaio, em 1991 - agora perpetuada no sexto DVD da s�rie lan�ada pela gravadora Trama. Com sorriso largo e alegria ainda jovial, o cantor - hoje com 67 anos - discorre orgulhosamente sobre sua vida e obra entre 12 n�meros musicais. Entre eles, Balada Triste, sucesso dos anos 50. Os olhos marejam somente quando o artista lembra a morte da m�e, Dona Concei��o, em fevereiro de 1987. "Aprendi tudo o que sei da vida com minha velha m�e", revela Jair.

Esse tudo inclui o gosto pela m�sica sertaneja, mais evidenciado com sua grava��o de A Majestade o Sabi� (Roberta Miranda) - sucesso nacional dos anos 80 que ainda � n�mero obrigat�rio nos shows de Jair. "Disparada � uma tremenda de uma m�sica sertaneja", conceitua o cantor, se referindo ao tema de Geraldo Vandr� e Theo de Barros que sedimentou em 1966 a proje��o nacional alcan�ada pelo artista em anos anteriores com a grava��o de Deixa Isso pra L� (quase uma precursora do rap pelo discurso pr�ximo da fala embutido na letra) e com a parceria com Elis Regina na s�rie de discos e shows Dois na Bossa. "Sinceramente, eu s� tenho boas lembran�as do tempo maravilhoso de Elis & Jair. Foi bom para mim. Foi bom para ela", sentencia o cantor, depois de recordar o primeiro encontro com a Pimentinha, em abril de 1965, no Teatro Paramount.

Cantor seguro, Jair Rodrigues exibe o poderio vocal quando, no meio da entrevista, improvisa m�sicas como O �brio e O Morro N�o Tem Vez. Orgulhoso, o int�rprete lembra que foi um dos primeiros a gravar samba-enredo fora do Carnaval. E ent�o emenda com Mangueira, Minha Querida Madrinha (Tengo Tengo), o samba de Zuzuca que, fora do desfile da escola verde-e-rosa, fez sucesso na voz de Jair.

Entre a reafirma��o da admira��o por Francisco Alves (exemplificada com a inclus�o no roteiro de A Voz do Viol�o) e da saudade dos anos 60 ("fase �urea para a m�sica popular brasileira"), Jair Rodrigues narra sua hist�ria com o prazer infantil de um contador de causos. O DVD Programa Ensaio - 1991 � boa oportunidade para entrar em contato com o universo musical do grande e subestimado cantor.

�lbum da fase de matura��o de Stevie Wonder ganha nova reedi��o nacional

Dentre os t�tulos do numeroso pacote de reedi��es lan�ado pela gravadora Universal Music no mercado brasileiro (com t�tulos de The Cure, Sonic Youth, Neil Young, Eric Clapton e Tom Waits, entre outros), vale destacar o relan�amento de Signed Sealed & Delivered (capa � direita), �lbum da fase de matura��o da obra de Stevie Wonder.

Editado originalmente em agosto de 1970, o disco volta ao cat�logo nacional na reedi��o remasterizada que saiu no exterior em 1998. Produzido pelo pr�prio Stevie Wonder, Signed Sealed & Delivered traz no repert�rio m�sica de Beatles (We Can Work It Out) entre suas 12 faixas - metade delas assinada por Wonder em parceria com nomes como Don Hunter e Henry Cosby.
Ter�a-feira, Mar�o 07, 2006

A capa do disco de sambas de Marisa

Eis acima a foto da capa do disco de sambas de Marisa Monte, Universo ao meu Redor. Pela ordem, as 14 faixas s�o Universo ao meu Redor, O Bonde do Dom (a faixa que puxa o CD), Meu Can�rio, Tr�s Letrinhas, Quatro Paredes, Perdoa meu Amor, Cantinho Escondido, Statue of Liberty, A Alma e a Mat�ria, L�grimas e Tormento, Satisfeito, Para Mais Ningu�m, Vai Saber? e P�talas Esquecidas. O in�dito repert�rio inclui m�sicas de Jayme Silva, Argemiro Patroc�nio, Casemiro Vieira (o Casemiro da Cu�ca), Paulinho da Viola, Ivone Lara, Adriana Calcanhotto, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e da pr�pria Marisa Monte.

A capa do disco mais pop de Marisa

Esta � a capa do disco mais pop de Marisa Monte, Infinito Particular, criada num preto que contrasta com a explos�o de cores da capa do CD de sambas, Universo ao meu Redor (veja nota acima). Pela ordem, as 13 faixas s�o Infinito Particular, Vilarejo (a m�sica de trabalho, a partir de hoje nas r�dios), Pra Ser Sincero, Levante (parceria com Seu Jorge), Aquela, A Primeira Pedra, O Rio (outra parceria com Seu Jorge), Ger�nio, Quem Foi, (a segunda parceria da cantora com Marcelo Yuka), Pernambucobucolismo (m�sica antiga, composta pela cantora durante turn� em Pernambuco), Aconteceu, At� Parece e Pelo Tempo que Durar. Assim como o de Universo ao meu Redor, o repert�rio de Infinito Particular � inteiramente in�dito e tem a participa��o de Al� Siqueira na produ��o.

Dueto de Jussara com Brasil evolui com nobreza em CD de repert�rio nada �bvio

Resenha de CD
T�tulo: Nobreza
Artista: Jussara Silveira e Luiz Brasil
Gravadora: Maianga Discos
Cota��o: * * * *

Mineira criada na Bahia, Jussara Silveira � das melhores cantoras brasileiras. Tem voz afinada, emiss�o perfeita e um canto l�mpido que evita tons dram�ticos mesmo em m�sicas mais sentimentais. O leg�timo baiano Luiz Brasil � violonista, arranjador e produtor de primeiro time. Lan�ado esta semana em escala nacional, o CD Nobreza faz jus ao t�tulo ao capturar em est�dio a simbiose entre a voz de Jussara e o viol�o de Brasil. Trata-se do registro do show com que a dupla vem percorrendo o Brasil.

� um disco de voz e viol�o que dribla a previsibilidade de trabalhos do g�nero pelo rico universo musical evocado e pelo repert�rio nada �bvio. A come�ar pela faixa-t�tulo, Nobreza, lado B da obra de Djavan em 1982. At� um samba relativamente menor de Caetano Veloso - Os Passistas, lan�ado no disco Livro (1997) - ganha grandeza na interpreta��o da dupla. � impressionante como Jussara sabe extrair nuances da obra do velho baiano - como j� sinalizara na releitura definitiva de A Dama do Cassino, faixa de seu primeiro disco, produzido em 1996 por ningu�m menos do que Luiz Brasil.

Deste precioso �lbum de estr�ia, ali�s, a cantora rebobina Eu Vou te Esquecer (com o leve toque nordestino do bissexto viol�o de 12 cordas de Brasil) e Ludo Real (a parceria igualmente bissexta de Vinicius Cantu�ria com Chico Buarque, gravada por Chico em 1987). O acento nordestino reaparece no suingante Bai�o de Quatro Toques (Z� Miguel Wisnik e Luiz Tatit) com introdu��o instrumental de textura erudita, urdida em sintonia com a estrutura do tema.

Entre um samba raro de Paulo Vanzolini (Cara Limpa), outro da lavra do Salgueiro (Rosa Maria, de An�bal Silva e e �den Silva) e um terceiro do recorrente Wisnik (Efeito Samba), Jussara e Brasil apresentam p�rola de Lupic�nio Rodrigues (Quem H� de Dizer) sem escorregar no terreno sentimental em que pisa a maioria das cantoras quando incursiona pelos versos amargurados do compositor ga�cho. Sem excessos, a dupla valoriza tamb�m at� um tango de origem russa (O Sol Enganador, na vers�o em portugu�s de Vadim Nikitim).

A (boa) surpresa do disco s�o os experimentos vocais do violonista em faixas como Argila (tema de Carlinhos Brown, recriado no esp�rito harmonioso e refinado do CD) e Pombo Correio (com a letra feita por Moraes Moreira para o cl�ssico de Dod� e Osmar). O �nico sen�o � sintomaticamente a �nica faixa gravada antes do pr�prio disco, sob encomenda: Um Sonho de Ver�o, vers�o de Nara Le�o para Moonlight Serenade, regravada pela dupla para a trilha da novela Alma G�mea. N�o chega a destoar do disco, mas tem tom popular que n�o cabe na travessia Rio-S�o Paulo-Bahia proposta pelo repert�rio. Se bem que, em ess�ncia, Nobreza extrapola r�tulos e fronteiras, tendo tudo para expandir o canto de Jussara Silveira para todo o Brasil.

Mais Marisa: 'Vilarejo' tem letra buc�lica

Parceria de Marisa Monte com Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Pedro Baby, Vilarejo � a m�sica que puxa o disco mais pop da cantora, Infinito Particular - Songs. Eis a letra da buc�lica can��o, a partir de hoje nas r�dios:

Vilarejo (Marisa Monte / Pedro Baby / Carlinhos Brown / Arnaldo Antunes)

H� um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
V� o horizonte deitar no ch�o
Pra acalmar o cora��o
L� o mundo tem raz�o
Terra de her�is, lares de m�e
Para�so se mudou para l�
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe l�
Palestina, Shangri-l�

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

L� o tempo espera
L� � primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, p�o
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa can��o
Tem um verdadeiro amor
Para quando voc� for

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Singles de Marisa tocam a partir de hoje

Come�am a tocar nas r�dios nesta ter�a-feira, 7 de mar�o, as m�sicas que puxam os dois discos que Marisa Monte lan�a esta semana. Vilarejo � a m�sica de trabalho do CD mais pop, Infinito Particular - Songs. J� O Bonde do Dom puxa o �lbum de sambas, Universo ao meu Redor. Acima, as capas dos singles que j� podem ser ouvidos a partir de hoje!!!
Segunda-feira, Mar�o 06, 2006

Indie lan�a no Brasil novo disco do Echo j� no embalo da vinda do grupo ao Pa�s

Caber� � gravadora Indie Records lan�ar no Brasil o novo disco de in�ditas do Echo and The Bunnymen, grupo brit�nico projetado nos anos 80. Siberia, o CD (capa � esquerda), saiu no exterior em setembro de 2005, marcando a volta da banda ao mercado fonogr�fico depois de quatro anos (o �ltimo �lbum, Flowers, foi editado em 2001 sem grande repercuss�o).

Da forma��o original do grupo, restam apenas o guitarrista Will Sergeant e o vocalista, compositor e tamb�m guitarrista Ian McCulloch (o baixista Les Pattinson caiu fora e o baterista Pete de Freitas morreu em junho de 1989). O primeiro single de Siberia foi Stormy Weather. Produzido por Hugh Jones, que j� tinha trabalhado com a banda em tempos �ureos, o �lbum foi bem recebido pela cr�tica internacional.

A Indie Records - companhia que passou por reestrutura��o interna neste in�cio de ano e reformulou seus quadros na diretoria e no departamento de marketing - lan�a Siberia no mercado nacional no embalo da nova vinda do Echo and the Bunnymen ao Brasil, desta vez para shows nas cidades de Belo Horizonte (MG) e S�o Paulo (SP), em 18 e 19 de mar�o, respectivamente.

Babado j� tem nova m�sica de trabalho

Piriripiti � a segunda m�sica de trabalho do quarto disco do Babado Novo, O Di�rio de Claudinha. Por conta do estouro da primeira m�sica, Bola de Sab�o, o CD do grupo de Cl�udia Leite j� vendeu 50 mil c�pias - n�mero que j� garantiu � banda um Disco de Ouro. De autoria de Augusto Concei��o, Elivandro Cuca, F�bio Alc�ntara e Pio Medrado, Piriripiti tocou bem no �ltimo Carnaval de Salvador (BA).

Alcione grava ao vivo com Marcelo D2

Sempre � procura da batida perfeita, o rapper carioca Marcelo D2 � um dos convidados do DVD e CD que Alcione (foto) vai gravar ao vivo em 16 de mar�o, em apresenta��o �nica na casa Via Show, na Baixada Fluminense (RJ). O projeto da Marrom ser� lan�ado pela gravadora Indie Records em meados do ano. Prestes a lan�ar seu quarto �lbum solo, gravado no Rio com produ��o de M�rio Caldato Jr, D2 - vale lembrar - tem transitado com grande freq��ncia pelo universo do samba, tendo feito recente participa��o no primeiro disco do produtor de pagode Leandro Sapucahy.

Trilha de 'Brokeback' ganha o Oscar e projeta argentino Gustavo Santaolalla

J� editada em CD no Brasil, a trilha sonora do filme O Segredo de Brokeback Mountain ganhou o Oscar 2006 na categoria. O pr�mio projeta o compositor argentino Gustavo Santaolalla, que j� tinha feito a m�sica de Di�rios de Motocicleta, o recente filme de Walter Salles cuja trilha acabou badalando mais o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, autor e int�rprete da m�sica Al Otro Lado del R�o, premiada com o Oscar de melhor can��o.

Para criar a trilha da saga da paix�o entre dois cowboys gays, iniciada em 1963, Santaolalla recorreu obviamente � m�sica country, mas sem repisar os clich�s do g�nero. Os destaques da trilha s�o a su�te Brokeback Mountain - dividida no disco em tr�s partes - e a can��o A Love that will Never Grow Old, interpretada pela cantora Emmylou Harris.

Som Livre Masters - �nico disco de Tom Z� na d�cada de 80 retorna ao cat�logo

Dentre as 25 preciosidades relan�adas na s�rie Som Livre Masters (produzida pelo tit� Charles Gavin a partir de pesquisa nos arquivos das gravadoras Som Livre, RGE e Som Maior), uma das mais valiosas � o disco Nave Maria, gravado por Tom Z� em 1984. Trata-se do �nico �lbum editado pelo compositor baiano na d�cada de 80. Z� amargava per�odo de ostracismo. J� n�o gravava regularmente, como nos anos 70, e ainda n�o tinha sido descoberto pelo americano David Byrne - o que ocorreria somente em fins dos anos 80. Em Nave Maria, o artista apresentou dez temas com a habitual criatividade. Entre eles, Mamar no Mundo, Identifica��o, Conto de Fraldas, Mestre-Sala e Teu Olhar.
Domingo, Mar�o 05, 2006

Som Livre Masters - Sambistas da Voz do Morro voltam em cl�ssico de 1966

Antes de se lan�ar em magistral carreira solo, em 1968, Paulinho da Viola integrou o conjunto A Voz do Morro ao lado dos bambas Z� K�ti, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Oscar Bigode, Jos� Cruz e Anescar. Em 1965, o grupo lan�ou os dois celebrados volumes do disco Roda de Samba. Reeditado na s�rie Som Livre Masters, produzida pelo tit� Charles Gavin com 25 t�tulos raros, este Os Sambistas (capa � esquerda) saiu no ano seguinte e foi o terceiro t�tulo da discografia do grupo. Paulinho marca presen�a em faixas como o partido alto Sinh� me Disse, de sua autoria, e o samba Exalta��o � Mangueira (em dueto com Nelson Sargento). Z� K�ti apresentou na primorosa sele��o o samba 400 Anos de Favela. J� Elton Medeiros � autor e solista de Tanta Tristeza. Tudo cantado com o instrumental e a gostosa informalidade de uma t�pica roda de samba.

Som Livre Masters - A p�lida estr�ia de Zez� Motta em disco feito com Conrad

Projetada nacionalmente em 1976, por sua interpreta��o do papel-t�tulo do filme Xica da Silva, Zez� Motta desenvolveu paralelamente carreiras de atriz e cantora. Em disco, sua estr�ia foi em desconhecido LP gravado em 1975, em dupla com Gerson Conrad, integrante do grupo Secos & Molhados (Ney Matogrosso lan�aria seu primeiro trabalho individual no mesmo ano). A reedi��o de Gerson Conrad - Zez� Motta na s�rie Som Livre Masters - produzida pelo tit� Charles Gavin com o relan�amento de 25 t�tulos raros extra�dos dos acervos das gravadoras Som Livre, RGE e Som Maior - mostra que a estr�ia fonogr�fica da cantora tem valor apenas documental (Zez� gravaria discos melhores a partir de 1978, quando ingressou na Warner Music).

Formado inteiramente por m�sicas de Conrad, letradas com inspira��o por Paulinho Mendon�a, o repert�rio � melodicamente insosso. O melhor do disco s�o os arranjos de Eduardo Souto Netto - com guitarras roqueiras em faixas como A Dan�a do Besouro e um clima meio Secos & Molhados em Favor dos Ventos - e os versos de Mendon�a. A prop�sito, Mendon�a j� questionou em Pop Star a validade de busca pela fama a qualquer pre�o. Tema mais atual hoje, 31 anos depois, do que na �poca do lan�amento deste esquec�vel disco.

Som Livre Masters - Sem Moraes, Novos Baianos foram para o fim decadente...

Em 1974, o grupo Novos Baianos lan�ou dois discos, Linguagem do Alunte (seu segundo e �ltimo trabalho na Continental) e Vamos pro Mundo, �lbum que marcou a volta do grupo � Som Livre, gravadora na qual lan�ara em 1972 o cl�ssico Acabou Chorare. Reeditado na s�rie Som Livre Masters, que traz para o CD 25 t�tulos raros garimpados pelo tit� Charles Gavin, Vamos pro Mundo foi o quinto disco dos Novos Baianos e o primeiro sem Moraes Moreira, que tornaria a gravar com o grupo somente em 1997, no duplo ao vivo Infinito Circular.

A aus�ncia do maior criador do grupo se faz sentir no (irregular) repert�rio autoral, que destacou o tema instrumental Um Bilhete pra Didi, do baixista Jorge Gomes. Tanto que a turma teve que apelar para um cl�ssico de Ataulfo Alves (Na Cad�ncia do Samba) e para uma vers�o carnavalizante de Preta Pretinha, recriada de forma instrumental, � moda do trios el�tricos. Mesmo assim, a reedi��o de Vamos pro Mundo � oportuna porque, ao misturar ritmos brasileiros (samba e choro, sobretudo) com a linguagem do rock, os baianos criaram um som que ainda continua novo. Ainda que, sem Moraes Moreira, o grupo tenha ido progressivamente para o fim...

Som Livre Masters - Chega ao CD outro importante t�tulo de Rosinha de Valen�a

Reverenciada por Maria Beth�nia em 2004 no tributo Namorando a Rosa, a violonista Rosinha de Valen�a (1941 - 2004) tem discos antol�gicos, como Cheiro de Mato (1976), ainda in�ditos no formato digital. Felizmente, este j� n�o � mais o caso de Rosinha de Valen�a, �lbum de 1973 que ganha reedi��o em CD na s�rie Som Livre Masters, que re�ne 25 t�tulos dos cat�logos das gravadoras Som Livre, RGE e Som Maior. Produzido por Jo�o Melo, o disco mistura temas autorais da violonista e compositora (Araponga, Cu�ca, Porto das Flores) com m�sicas de Vinicius de Moraes (Valsa de Eur�dice), Luiz Gonzaga (Asa Branca) e Dorival Caymmi (Morena do Mar). A faixa de abertura, Caboclo Ubiratan, � ponto de dom�nio p�blico adaptado pela pr�pria Rosinha de Valen�a.

Som Livre Masters - Obra de 1971 revive o in�cio fecundo de Toquinho & Vinicius

Dos 25 t�tulos reeditados na s�rie Som Livre Masters (a partir de pesquisa do tit� Charles Gavin nos arquivos das gravadoras Som Livre, RGE e Som Maior), o �nico que j� tinha sido remasterizado e relan�ado recentemente em CD � Como Dizia o Poeta... M�sica Nova - �lbum de 1971 dividido por Vinicius de Moraes com seu parceiro Toquinho e com a cantora Mar�lia Medalha. O disco integrou a caixa de 2001 que reuniu a obra fonogr�fica do poeta, mas sua edi��o avulsa facilita o acesso a um dos trabalhos �ureos de Toquinho & Vinicius. Em 1971, a dupla produzia repert�rio autoral de forma vasta e rica. Basta dizer que foi em Como Dizia o Poeta... que apareceram m�sicas como Tarde em Itapoan, A Tonga da Mironga do Kabulet�, Tomara e a faixa-t�tulo. O maestro Jos� Briamonte assinou os arranjos e as reg�ncias.
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