Sábado, Setembro 23, 2006
Sexta-feira, Setembro 22, 2006
Quinta-feira, Setembro 21, 2006
Quarta-feira, Setembro 20, 2006
Terça-feira, Setembro 19, 2006
Segunda-feira, Setembro 18, 2006
Domingo, Setembro 17, 2006
Além de Elza Soares, que terá sua trajetória recontada em documentário de Izabel Jaguaribe, outra estrela da música vai ter sua vida transformada em filme em 2007. Raul: O Início, o Fim e o Meio é um documentário que será gravado e lançado no próximo ano, em co-produção da Globo Filmes com Locall Equipamentos e Estúdios Mega. Com título extraído de verso da música Gita (1974), o documentário vai reconstituir os passos de Raul Seixas (foto), do nascimento na Bahia em 1945 até a morte no Rio de Janeiro em 1989, passando obviamente pela fase de sucesso, conquistado na primeira metade dos anos 70.
Aracy é homenageada em prêmio carioca
Aracy de Almeida (1914 - 1998) vai ser a homenageada da 5ª Edição do Prêmio Rival de Música, dedicado à produção fonográfica independente. A cerimônia de entrega dos troféus - nesta edição batizados com o nome da cantora (foto), uma das maiores intérpretes de samba da década de 30 - foi agendada para 6 de dezembro, no Teatro Rival, no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, serão conhecidos os premiados das 15 categorias.
Edu Krieger joga sua 'ciranda' no mundo
Autor de Ciranda do Mundo, música regravada por Maria Rita em seu CD Segundo, o cantor e compositor Edu Krieger se prepara para o lançamento de seu primeiro disco, gravado de forma independente. Produzido por Lucas Marcier, baixista da banda Brasov, o álbum reúne 14 temas autorais, um deles, Temporais, composto em parceria com Geraldo Azevedo, que canta e toca violão na faixa. Outros convidados do CD são Nilze Carvalho (ao bandolim) e o violinista Nicolas Krassik. A capa (à direita), criada por Pedro Garavaglia e Olívia Ferreira, mostra Krieger em foto de Ricardo Gomes.
Strokes à parte, Moptop faz bom rock...
Resenha de CD
Título: Moptop
Artista: Moptop
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *
Um dos grupos mais promissores da cena indie carioca, o Moptop tenta atravessar a fronteira que o leva ao circuito mainstream a reboque do lançamento deste seu primeiro CD oficial, produzido por Chico Neves. O oficial fica por conta de o quarteto já ter disponibilizado praticamente as mesmas 12 músicas do álbum em seu primoroso site oficial (http://www.moptop.com.br/), um dos mais completos do gênero no Brasil. Mas o fato é que Moptop, o disco, é bom. Apesar da inegável similaridade com o Strokes, evidente já na introdução de Uma Chance (a faixa de abertura), na disposição das guitarras em Moonrock e na levada de O Rock Acabou. É uma semelhança (ainda) forte demais que não pode ser catalogada somente como "influência". Mas que não tira nem apaga os méritos e a personalidade da banda.
É difícil um grupo estrear em disco com um punhado tão bacana de rocks melódicos. Todos compostos pelo vocalista e guitarrista Gabriel Marques. E vários com jeito de hit em potencial. Porque Marques sabe criar um refrão envolvente sem escorregar no terreno da banalização. O de Ninguém pra te Esquecer gruda que nem chiclete. O de Sempre Igual evoca de longe o tom simples e eficiente do cancioneiro popular dos anos 70. Paris merece igual atenção. E Tão Certo tem batida tão deliciosamente pop que, estivéssemos nos anos 80, seria tiro certeiro nas paradas radiofônicas. Resumo da ópera: o Moptop faz jus à fama de próxima grande banda do rock brasileiro com seu CD, produzido por Neves na medida certa - sem muito peso para abafar as melodias e tampouco sujo além da conta. Ainda parece Strokes, sim, mas isso, convenhamos, joga mais a favor do que contra. Tudo indica que discos ainda melhores virão.
Título: Moptop
Artista: Moptop
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *
Um dos grupos mais promissores da cena indie carioca, o Moptop tenta atravessar a fronteira que o leva ao circuito mainstream a reboque do lançamento deste seu primeiro CD oficial, produzido por Chico Neves. O oficial fica por conta de o quarteto já ter disponibilizado praticamente as mesmas 12 músicas do álbum em seu primoroso site oficial (http://www.moptop.com.br/), um dos mais completos do gênero no Brasil. Mas o fato é que Moptop, o disco, é bom. Apesar da inegável similaridade com o Strokes, evidente já na introdução de Uma Chance (a faixa de abertura), na disposição das guitarras em Moonrock e na levada de O Rock Acabou. É uma semelhança (ainda) forte demais que não pode ser catalogada somente como "influência". Mas que não tira nem apaga os méritos e a personalidade da banda.
É difícil um grupo estrear em disco com um punhado tão bacana de rocks melódicos. Todos compostos pelo vocalista e guitarrista Gabriel Marques. E vários com jeito de hit em potencial. Porque Marques sabe criar um refrão envolvente sem escorregar no terreno da banalização. O de Ninguém pra te Esquecer gruda que nem chiclete. O de Sempre Igual evoca de longe o tom simples e eficiente do cancioneiro popular dos anos 70. Paris merece igual atenção. E Tão Certo tem batida tão deliciosamente pop que, estivéssemos nos anos 80, seria tiro certeiro nas paradas radiofônicas. Resumo da ópera: o Moptop faz jus à fama de próxima grande banda do rock brasileiro com seu CD, produzido por Neves na medida certa - sem muito peso para abafar as melodias e tampouco sujo além da conta. Ainda parece Strokes, sim, mas isso, convenhamos, joga mais a favor do que contra. Tudo indica que discos ainda melhores virão.
Natalie Cole regrava Aretha, Fiona e Neil
Chega às lojas ainda em setembro Leavin', o 20º álbum de Natalie Cole (foto). A cantora reedita seu tradicional mix de pop e r & b entre inéditas (como 5 Minutes Away, composta por Natalie em parceria com o produtor Dallas Austine e o tecladista Chanz Parkman) e regravações. A artista investe nas searas de Aretha Franklin (Day Dreaming), Fiona Apple (Criminal) e Neil Young (Old Man).
Ro Ro tenta acertar o passo fonográfico
Resenha de CD
Título: Compasso
Artista: Ângela Ro Ro
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
A voz rouca de Ângela Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso, o CD de inéditas que a artista lança esta semana, aos 56 anos, é a tentativa de acertar o passo de carreira fonográfica que saiu dos trilhos já na segunda metade dos anos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica.
Primeiro disco de Ro Ro em seis anos, Compasso não é um trabalho à altura dos antológicos álbuns iniciais da artista, mas apaga a má impressão deixada pelo anterior Acertei no Milênio (2000). Ro Ro apresenta 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoa bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas são o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliam o universo musical da compositora.
O estilo saudável adotado pela artista transparece em boa parte das letras. Mas é difícil reconhecer, sobretudo nas melodias, a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, o acalanto Dorme, Sonha é o único resquício daquela inspirada fase de escândalos e músicas mais envolventes, que evocavam na sua lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa.
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assina com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de boa estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso talvez esteja na (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Mas é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, tem cacife para figurar entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a que, nessa altura da vida, só resta viver bem e em paz consigo mesma.
Título: Compasso
Artista: Ângela Ro Ro
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
A voz rouca de Ângela Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso, o CD de inéditas que a artista lança esta semana, aos 56 anos, é a tentativa de acertar o passo de carreira fonográfica que saiu dos trilhos já na segunda metade dos anos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica.
Primeiro disco de Ro Ro em seis anos, Compasso não é um trabalho à altura dos antológicos álbuns iniciais da artista, mas apaga a má impressão deixada pelo anterior Acertei no Milênio (2000). Ro Ro apresenta 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoa bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas são o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliam o universo musical da compositora.
O estilo saudável adotado pela artista transparece em boa parte das letras. Mas é difícil reconhecer, sobretudo nas melodias, a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, o acalanto Dorme, Sonha é o único resquício daquela inspirada fase de escândalos e músicas mais envolventes, que evocavam na sua lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa.
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assina com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de boa estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso talvez esteja na (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Mas é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, tem cacife para figurar entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a que, nessa altura da vida, só resta viver bem e em paz consigo mesma.
Festival exibe filmes sobre compositores
A imagem acima é de Noel - Poeta da Vila, um dos vários filmes que focam a vida e a obra de compositores brasileiros e que estarão em exibição no Festival do Rio. Até 5 de outubro, será possível ver em primeira mão, no Rio, filmes sobre Noel Rosa (encarnado pelo ator Rafael Raposo - na foto de Alexandre Ermel com Camila Pitanga, intérprete de Ceci no longa-metragem de Ricardo Van Steen), Cartola (um documentário homônimo de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda), Tom Zé (Fabricando Tom Zé, documentário de Décio Mattos Jr.) e Wilson das Neves (o curta O Samba É meu Dom, de Luiz Guimarães de Castro). Isso sem falar em Antônia, filme de ficção sobre o universo do rap paulista que reúne no elenco as cantoras Negra Li, Sandra de Sá e Leilah Moreno.
Marcelo Rossi pede benção ao sertão...
Com fé resistente no mercado de música religiosa, padre Marcelo Rossi lança em 10 de outubro seu sétimo CD, Minha Benção, em edição da gravadora Sony & BMG. No disco, ele forma trio com os sertanejos Bruno & Marrone em Nossa Senhora do Brasil (faixa da qual Bruno é co-autor) e canta versão em português do tema natalino Silent Night (a popular Noite Feliz). Outras músicas são Invocamos (de autoria de Eros Biondini), Seja o Centro (Ana Paula Valadão) e Tudo é do Pai (Frederico Cruz).
Matanza insulta rock irlandês com Malta
Com lançamento programado para outubro pela Deckdisc, o quarto CD do grupo Matanza, A Arte do Insulto, marca a estréia do vocalista Jimmy Londom como letrista na faixa Tempo Ruim. O baterista China também arrisca uns versos em Quem Leva a Sério o que?, em parceria com o guitarrista Donida, principal compositor do quarteto.
E por falar em Jimmy London, o cantor quer fazer jus no disco ao apelido de Gigante irlandês. London gravou tema inspirado no genuíno irish rock. Intitulada Estamos Todos Bêbados, a faixa contou com a participação dos músicos Rick Ferreira (banjo e bandolim), Chico Chagas (acordeom) e Carlos Malta (flauta). "Destruímos a música irlandesa", brinca Jimmy.
A foto acima, de Daryan Dornelles, é nova e já faz parte do material promocional de A Arte do Insulto.
E por falar em Jimmy London, o cantor quer fazer jus no disco ao apelido de Gigante irlandês. London gravou tema inspirado no genuíno irish rock. Intitulada Estamos Todos Bêbados, a faixa contou com a participação dos músicos Rick Ferreira (banjo e bandolim), Chico Chagas (acordeom) e Carlos Malta (flauta). "Destruímos a música irlandesa", brinca Jimmy.
A foto acima, de Daryan Dornelles, é nova e já faz parte do material promocional de A Arte do Insulto.
Frejat em número roqueiro com Ro Ro
Ao som de Malandragem, o sucesso de Cássia Eller que os autores Cazuza e Frejat ofereceram a Ângela Ro Ro nos anos 80 e que ela fez a loucura de recusar, a autora de A Mim e a Mais Ninguém (1979) chamou Frejat ao palco do Circo Voador (RJ) para cantar com ela esta música de seu primeiro disco. Foi o número roqueiro da gravação do primeiro DVD de Ro Ro, em show realizado na noite de quarta-feira, 20 de setembro. Com sua guitarra certeira, Frejat saudou o dueto. "É um privilégio para mim estar aqui cantando e tocando com ela". Ninguém duvidou.
Em 15 números, Ro Ro resumiu no roteiro todas as fases de sua errática carreira fonográfica. Acertei no Milênio (2000), O Cinema, a Princesa e o Mar (2000), Meu Benzinho (1988), Escândalo (1981, o número de maior voltagem emocional, merecidamente ovacionado pela platéia que lotou o Circo Voador), Só nos Resta Viver (1980), Fogueira (1984), Came e Case (1981), Querem nos Matar (1982) e Simples Carinho (1982) foram algumas músicas regravadas pela artista para o DVD e CD ao vivo que chegarão às lojas em novembro. A ausência sentida foi Gota de Sangue.
Em 15 números, Ro Ro resumiu no roteiro todas as fases de sua errática carreira fonográfica. Acertei no Milênio (2000), O Cinema, a Princesa e o Mar (2000), Meu Benzinho (1988), Escândalo (1981, o número de maior voltagem emocional, merecidamente ovacionado pela platéia que lotou o Circo Voador), Só nos Resta Viver (1980), Fogueira (1984), Came e Case (1981), Querem nos Matar (1982) e Simples Carinho (1982) foram algumas músicas regravadas pela artista para o DVD e CD ao vivo que chegarão às lojas em novembro. A ausência sentida foi Gota de Sangue.
Erros e acertos de Ro Ro com Alcione...
"Ela é sangue bom! Boa de samba e de coração. Madame Marrom...". Sob a efusiva saudação de Ângela Ro Ro, Alcione pisou no palco do Circo Voador (RJ) na noite de quarta-feira, 20 de setembro, para fazer dueto com a colega em Joana Francesa, música composta por Chico Buarque em 1973 para o filme homônimo de Cacá Diegues. A gravação teve que ser repetida várias vezes porque Alcione errava a letra e pedia para começar de novo. Mas o público não se importou e comprovou o acerto da escolha da artista maranhense como convidada da gravação do primeiro DVD de Ro Ro. Entre brincadeiras ("Você prometeu ficar mocinha", disparou Alcione quando Ro Ro começava a soltar tiradas de cunho sexual), as duas artistas celebraram um belo encontro musical, que terminou ao som de citação informal de Não Deixe o Samba Morrer (1975), um dos primeiros sucessos da Madame Marrom.
Ro Ro canta 'Tola Foi Você' com Melodia
"Seu nome é ébano", saudou Ângela Ro Ro para chamar o primeiro dos três convidados da gravação de seu primeiro DVD, realizada na noite de quarta-feira, 20 de setembro, em show no Circo Voador (RJ). E Luiz Melodia entrou no palco para fazer sensual dueto com a cantora em Tola Foi Você, balada do primeiro disco de Ro Ro, editado em 1979. A gravação teve que ser repetida após o show, para deleite do público de fãs que se abrigaram felizes sob o picadeiro da Lapa. Nem a chuva esfriou a gravação.
Sanz está confirmado no DVD de Ivete
Ivete Sangalo ainda luta para ter o cantor do U2, Bono Vox, entre os convidados do DVD e CD que vai gravar ao vivo em show no estádio do Maracanã (RJ), em 16 de dezembro, durante a turnê As Super Novas. Mas, por ora, a única presença internacional já confirmada é a de Alejandro Sanz, o cantor que estourou no Brasil em fins dos anos 90 com a música Corazón Partío. Do lado nativo, Buchecha - o funkeiro que formava dupla com o falecido Claudinho - também já está certo no projeto da artista baiana.
O dueto com Sanz faz parte da estratégia da gravadora Universal Music para sedimentar a carreira de Ivete Sangalo na Espanha. Não por acaso, a cantora lançou este ano uma coletânea (capa acima) com quatro gravações inéditas em castelhano para reforçar sua imagem no mercado hispânico.
O dueto com Sanz faz parte da estratégia da gravadora Universal Music para sedimentar a carreira de Ivete Sangalo na Espanha. Não por acaso, a cantora lançou este ano uma coletânea (capa acima) com quatro gravações inéditas em castelhano para reforçar sua imagem no mercado hispânico.
CD de baladas aponta futuro para Leoni
Resenha de CD
Título: Outro Futuro
Artista: Leoni
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Ao revisar sua obra em DVD e CD ao vivo, editados pela gravadora Som Livre em 2005, Leoni ganhou inédita e merecida projeção em sua carreira solo, inclusive por conta do estouro da pungente regravação de Por que Não Eu? na trilha da novela A Lua me Disse. Seu talento para compor música pop de bom nível já estava devidamente comprovado há duas décadas, mas parece que, somente no ano passado, o público se deu conta de que era ele, Leoni, o autor de tantas canções radiofônicas que ajudaram a compor a trilha dos anos 80.
Em seu disco de inéditas Outro Futuro, nas lojas esta semana, o compositor não inventa e apresenta o que sabe fazer bem: baladas, umas de sotaque mais pop e ensolarado, outras de tom mais introspectivo e melancólico. A marca do CD está também nas cordas arranjadas pelo produtor Eduardo Souto Neto para faixas como Quem, Além de Você? (uma das melhores da nova safra do autor), Soneto do teu Corpo (parceria de Leoni com Moska), A Casa na Montanha e a música que batiza o disco, cuja cativante melodia é de Daniel Lopes, compositor e vocalista da banda Reverse.
Há uma ou outra música de pegada despudoradamente pop - sobretudo Sempre por Querer, parceria de Leoni com Alvin L e Luciana Fregolente - e, claro, uma ou outra balada menos inspirada, caso de Quando a Dor de Corta, cuja melodia não faz jus à sensibilidade da letra, dirigida a um amigo em apuros. E, quando Souto Neto dispõe o quarteto de cordas de forma menos convencional, como em A Chave da Porta da Frente (de tom celta), Outro Futuro cresce e aponta novos caminhos e direções para a música de Leoni, hábil na composição de canções tão simples quanto envolventes. Lado Z, por exemplo, poderia muito bem tocar nas rádios se estas tivessem a abertura daqueles juvenis anos 80.
Com 10 inéditas e duas regravações (40 Dias no Espaço e 50 Receitas), Outro Futuro soa estranho e exótico apenas na faixa de encerramento, O Espírito do Tucano, cantada pelo pajé Benki Piyãko em dialeto da tribo dos Ashaninkas. É - explica Leoni no encarte - uma alegre canção de amor. Mas que soa incompreensível para ouvidos urbanos e que fica fora do tom deste CD que reafirma o óbvio talento de Leoni. Que o merecido sucesso de 2005 lhe acompanhe neste e em outros futuros.
Título: Outro Futuro
Artista: Leoni
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Ao revisar sua obra em DVD e CD ao vivo, editados pela gravadora Som Livre em 2005, Leoni ganhou inédita e merecida projeção em sua carreira solo, inclusive por conta do estouro da pungente regravação de Por que Não Eu? na trilha da novela A Lua me Disse. Seu talento para compor música pop de bom nível já estava devidamente comprovado há duas décadas, mas parece que, somente no ano passado, o público se deu conta de que era ele, Leoni, o autor de tantas canções radiofônicas que ajudaram a compor a trilha dos anos 80.
Em seu disco de inéditas Outro Futuro, nas lojas esta semana, o compositor não inventa e apresenta o que sabe fazer bem: baladas, umas de sotaque mais pop e ensolarado, outras de tom mais introspectivo e melancólico. A marca do CD está também nas cordas arranjadas pelo produtor Eduardo Souto Neto para faixas como Quem, Além de Você? (uma das melhores da nova safra do autor), Soneto do teu Corpo (parceria de Leoni com Moska), A Casa na Montanha e a música que batiza o disco, cuja cativante melodia é de Daniel Lopes, compositor e vocalista da banda Reverse.
Há uma ou outra música de pegada despudoradamente pop - sobretudo Sempre por Querer, parceria de Leoni com Alvin L e Luciana Fregolente - e, claro, uma ou outra balada menos inspirada, caso de Quando a Dor de Corta, cuja melodia não faz jus à sensibilidade da letra, dirigida a um amigo em apuros. E, quando Souto Neto dispõe o quarteto de cordas de forma menos convencional, como em A Chave da Porta da Frente (de tom celta), Outro Futuro cresce e aponta novos caminhos e direções para a música de Leoni, hábil na composição de canções tão simples quanto envolventes. Lado Z, por exemplo, poderia muito bem tocar nas rádios se estas tivessem a abertura daqueles juvenis anos 80.
Com 10 inéditas e duas regravações (40 Dias no Espaço e 50 Receitas), Outro Futuro soa estranho e exótico apenas na faixa de encerramento, O Espírito do Tucano, cantada pelo pajé Benki Piyãko em dialeto da tribo dos Ashaninkas. É - explica Leoni no encarte - uma alegre canção de amor. Mas que soa incompreensível para ouvidos urbanos e que fica fora do tom deste CD que reafirma o óbvio talento de Leoni. Que o merecido sucesso de 2005 lhe acompanhe neste e em outros futuros.
Plebe, ainda rude, já não racha concreto
Resenha de CD
Título: R ao Contrário
Artista: Plebe Rude
Gravadora: Independente
Cotação: * *
Em 1986, a Plebe Rude despontou no mercado fonográfico com o EP O Concreto Já Rachou, um dos títulos mais emblemáticos daquela década jovem e pop, dominada pelo rock made in Brazil. Vinte anos depois da histórica estréia, a banda brasiliense volta à cena com seu primeiro disco de inéditas em 13 anos, R ao Contrário, encartado na edição de setembro da revista Outra Coisa.
A Plebe retorna ainda rude, mas com sua formação original reduzida à metade (permanecem o baixista André X e o perseverante guitarrista e vocalista Philippe Seabra) e com Clemente (dos Inocentes) incorporado ao grupo como vocalista ao lado do baterista Txotxa (do Maskavo). R ao Contrário exala honestidade por todos seus poros (ou sulcos, se fosse editado em vinil) e é um convite à reflexão, combatendo o conformismo social nos versos das 12 músicas. É, em suma, fiel à trajetória de uma banda criada na ideologia punk. Mas, embora a pegada esteja firme, vai ser difícil rachar algum concreto. O que pesa negativamente na balança é a irregularidade do repertório. Sim, há alguns petardos como a faixa-título. O Que se Faz é rock à moda dos anos 70, com impactante arranjo de gaita de foles. Mil Gatos no Telhado se impõe pela batida sorrateira que parece encurralar o ouvinte como um felino raivoso.
A propósito, o último CD de inéditas da Plebe, de 1993, se chamava Mais Raiva do que Medo. Este R ao Contrário também destila raiva pelo sistema e pelo estado geral das coisas. Não é à toa que termina com a "punkíssima" Voto em Branco, a única música tirada do baú plebeu, tendo sido composta em 1981. Só que as músicas novas nem sempre acompanham a virulência das letras, estas em plena forma. Há momentos menos inspirados - Suficiente por um Dia (ou Dois) e Traçado que Parece o meu, entre outros - em que o CD soa quase arrastado, com beats menos acelerados. Mas, em outros, a Plebe continua seca e rápida no gatilho - basta ouvir Mero Plebeu. Moral da história: R ao Contrário, com todo seu oscilante caráter melódico, vai encontrar admiradores fervorosos. Mas não racha concreto...
Título: R ao Contrário
Artista: Plebe Rude
Gravadora: Independente
Cotação: * *
Em 1986, a Plebe Rude despontou no mercado fonográfico com o EP O Concreto Já Rachou, um dos títulos mais emblemáticos daquela década jovem e pop, dominada pelo rock made in Brazil. Vinte anos depois da histórica estréia, a banda brasiliense volta à cena com seu primeiro disco de inéditas em 13 anos, R ao Contrário, encartado na edição de setembro da revista Outra Coisa.
A Plebe retorna ainda rude, mas com sua formação original reduzida à metade (permanecem o baixista André X e o perseverante guitarrista e vocalista Philippe Seabra) e com Clemente (dos Inocentes) incorporado ao grupo como vocalista ao lado do baterista Txotxa (do Maskavo). R ao Contrário exala honestidade por todos seus poros (ou sulcos, se fosse editado em vinil) e é um convite à reflexão, combatendo o conformismo social nos versos das 12 músicas. É, em suma, fiel à trajetória de uma banda criada na ideologia punk. Mas, embora a pegada esteja firme, vai ser difícil rachar algum concreto. O que pesa negativamente na balança é a irregularidade do repertório. Sim, há alguns petardos como a faixa-título. O Que se Faz é rock à moda dos anos 70, com impactante arranjo de gaita de foles. Mil Gatos no Telhado se impõe pela batida sorrateira que parece encurralar o ouvinte como um felino raivoso.
A propósito, o último CD de inéditas da Plebe, de 1993, se chamava Mais Raiva do que Medo. Este R ao Contrário também destila raiva pelo sistema e pelo estado geral das coisas. Não é à toa que termina com a "punkíssima" Voto em Branco, a única música tirada do baú plebeu, tendo sido composta em 1981. Só que as músicas novas nem sempre acompanham a virulência das letras, estas em plena forma. Há momentos menos inspirados - Suficiente por um Dia (ou Dois) e Traçado que Parece o meu, entre outros - em que o CD soa quase arrastado, com beats menos acelerados. Mas, em outros, a Plebe continua seca e rápida no gatilho - basta ouvir Mero Plebeu. Moral da história: R ao Contrário, com todo seu oscilante caráter melódico, vai encontrar admiradores fervorosos. Mas não racha concreto...
RBD grava em Manaus para CD nacional
Aproveitando sua vinda ao Brasil para turnê nacional, o grupo mexicano RBD gravou em Manaus (AM) algumas faixas da edição brasileira de seu novo álbum, Celestial.Três músicas - Ser ou Parecer, Quem Sabe e a faixa-título - foram registradas nas suas versões em português. O CD tem lançamento programado pela gravadora EMI para 25 de novembro. O primeiro single será a canção Ser ou Parecer. A edição original chegará às lojas simultaneamente com a brasileira, que terá oito faixas cantadas em português.
O mundo agridoce de Madeleine Peyroux
Resenha de CD
Título: Half the Perfect World
Artista: Madeleine Peyroux
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *
Não tem jeito: a voz meio miada lembra mesmo Billie Holiday, mas neste terceiro CD Madeleine Peyroux justifica a badalação em torno de seu nome nos últimos dois anos por conta do sucesso de seu álbum anterior, Careless Love (2004). Nas lojas a partir desta semana, Half the Perfect World tem clima bluesy, meio melancólico, e não parece pertencer aos tempos atuais. Não por acaso, a cantora foi buscar seu repertório nas obras de compositores como Leonard Cohen (Blue Alert e a faixa-título), Charles Chaplin (Smile, com atmosfera etérea criada pelo trompete de Till Bronner) e Johnny Mercer (The Summer Wind).
O disco transcorre em tom quase monocromático, ainda que a cantora americana - que viveu sua adolescência em Paris - interprete em francês até um tema de Serge Gainsbourg (La Javanaise, lindo momento) e duete com a canadense k.d. Lang em River, tema de Joni Mitchell, outro instante de inusitada beleza. Aliás, a personalidade da artista salta aos ouvidos nos apropriados covers. Até Everybody's Talking - o sucesso de Harry Nilson, projetado na trilha do filme Perdidos na Noite - ganha contornos mais nobres e se integra ao mundo particularmente antigo e agridoce de Madeleine Peyroux.
Título: Half the Perfect World
Artista: Madeleine Peyroux
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *
Não tem jeito: a voz meio miada lembra mesmo Billie Holiday, mas neste terceiro CD Madeleine Peyroux justifica a badalação em torno de seu nome nos últimos dois anos por conta do sucesso de seu álbum anterior, Careless Love (2004). Nas lojas a partir desta semana, Half the Perfect World tem clima bluesy, meio melancólico, e não parece pertencer aos tempos atuais. Não por acaso, a cantora foi buscar seu repertório nas obras de compositores como Leonard Cohen (Blue Alert e a faixa-título), Charles Chaplin (Smile, com atmosfera etérea criada pelo trompete de Till Bronner) e Johnny Mercer (The Summer Wind).
O disco transcorre em tom quase monocromático, ainda que a cantora americana - que viveu sua adolescência em Paris - interprete em francês até um tema de Serge Gainsbourg (La Javanaise, lindo momento) e duete com a canadense k.d. Lang em River, tema de Joni Mitchell, outro instante de inusitada beleza. Aliás, a personalidade da artista salta aos ouvidos nos apropriados covers. Até Everybody's Talking - o sucesso de Harry Nilson, projetado na trilha do filme Perdidos na Noite - ganha contornos mais nobres e se integra ao mundo particularmente antigo e agridoce de Madeleine Peyroux.
CD de Beck será ouvido em 3 de outubro
The Information - o primeiro CD de inéditas de Beck após o sucesso de Guero - tem lançamento mundial agendado para 3 de outubro. O disco (capa à direita) começou a ser idealizado em 2003 e foi concluído somente este ano. O produtor é Nigel Godrich, que já trabalhou com o artista em álbuns como Sea Change e Mutations. The Information reúne 15 músicas gravadas em estúdio.
Após os 50, Manilow apela para os 60...
Claro que Barry Manilow não vai abandonar tão cedo a fórmula de standards que fez sua carreira renascer das cinzas no ano passado. Depois de regravar sucessos dos anos 50 no disco The Greatest Songs of the Fifties (2005), ele apela para os hits da década seguinte em The Greatest Songs of the Sixties. O CD (capa à esquerda) tem lançamento agendado para 31 de outubro e traz no repertório músicas como And I Love Her, Raindrops Keep Falling on my Head, There's a Kind of Hush, You've Lost that Lovin' Feeling, Everybody Loves Somebody Sometimes e Strangers in the Night, entre outras.
Os possíveis títulos do duplo de Bethânia
Inicialmente intitulado Encontro das Águas, o disco duplo que Maria Bethânia vai lançar em outubro poderá se chamar simplesmente Água. Mas a informação não é oficial. Trata-se de um álbum conceitual, gravado de forma sigilosa. Um CD trará músicas sobre água salgada. O outro, sobre água doce. Três músicas já estão certas no repertório: Santo Amaro (inédita de Roque Ferreira, gravada com o violonista Luiz Brasil), Memórias do Mar (Jorge Portugal e Vevé Calazans) e Eu Não Sei Nada do Mar (nova parceria de Jorge Vercilo com Ana Carolina).
Gudin e seu jeito suave de fazer samba
Resenha de CD
Título: Um Jeito de Fazer Samba
Artista: Eduardo Gudin & Notícias dum Brasil
Gravadora: Dabliú Discos
Cotação: * * *
A batucada tipicamente carioca de Praça 14 Bis - um dos sambas inéditos do novo disco do compositor paulista Eduardo Gudin - até contrasta com o orgulho do samba produzido em São Paulo, manifestado pelo autor na letra. Mas o fato é que, inúteis bairrismos à parte, Gudin é do ramo. A ponto de ter como parceiros neste CD nomes como Elton Medeiros (em Mundo), Francis Hime (em Moto Perpétuo), Paulo César Pinheiro (em Boa Maré) e até o reservado Paulinho da Viola, co-autor e convidado de Sempre se Pode Sonhar (Paulinho canta o samba em dueto com Vânia Bastos).
Gudin tem um jeito quase invariavelmente introspectivo de fazer samba, cantado em tons baixos, com cadência suave. Ele, a propósito, não é propriamente um cantor, mas parece saber disso e conta sempre com o auxílio de Ilana Volcov e Selma Boragian, vocalistas do grupo Notícias Dum Brasil, hábeis nas divisões manemolentes de Jerônimo, faixa que traça o perfil de um malandro, herói anônimo dos bicudos tempos atuais. Mas, em linhas gerais, os versos são menos narrativos e mais filosóficos. É que - como avisa logo na abertura do CD, na letra-manifesto da faixa-título - o jeito de Gudin fazer samba é escancarando o coração.
Título: Um Jeito de Fazer Samba
Artista: Eduardo Gudin & Notícias dum Brasil
Gravadora: Dabliú Discos
Cotação: * * *
A batucada tipicamente carioca de Praça 14 Bis - um dos sambas inéditos do novo disco do compositor paulista Eduardo Gudin - até contrasta com o orgulho do samba produzido em São Paulo, manifestado pelo autor na letra. Mas o fato é que, inúteis bairrismos à parte, Gudin é do ramo. A ponto de ter como parceiros neste CD nomes como Elton Medeiros (em Mundo), Francis Hime (em Moto Perpétuo), Paulo César Pinheiro (em Boa Maré) e até o reservado Paulinho da Viola, co-autor e convidado de Sempre se Pode Sonhar (Paulinho canta o samba em dueto com Vânia Bastos).
Gudin tem um jeito quase invariavelmente introspectivo de fazer samba, cantado em tons baixos, com cadência suave. Ele, a propósito, não é propriamente um cantor, mas parece saber disso e conta sempre com o auxílio de Ilana Volcov e Selma Boragian, vocalistas do grupo Notícias Dum Brasil, hábeis nas divisões manemolentes de Jerônimo, faixa que traça o perfil de um malandro, herói anônimo dos bicudos tempos atuais. Mas, em linhas gerais, os versos são menos narrativos e mais filosóficos. É que - como avisa logo na abertura do CD, na letra-manifesto da faixa-título - o jeito de Gudin fazer samba é escancarando o coração.
Sanz finaliza CD que vai trazer Shakira
Alejandro Sanz (foto) finaliza em Miami (EUA) seu décimo disco de carreira. Produzido pelo próprio Sanz, em parceria com Thom Russo, o CD vai contar com as participações de Shakira, do colombiano Juanes, de Alex González (da banda mexicana Maná) e do grupo Calle 13. O primeiro trabalho de inéditas do artista desde No Es lo Mismo, editado em 2003, foi gravado entre Estados Unidos, México e Espanha.
Bandas brasileiras regravam clássicos do pop internacional para DVD Rockin' Days
Era para ser um ambicioso projeto de comemoração dos 50 anos do rock, mas acabou virando uma coletânea de clássicos do rock estrangeiro recriados por bandas brasileiras. Rockin' Days chega às lojas em breve, em CD e em DVD (capa à direita), pela Indie Records. No repertório, gravações inéditas de Skank (You Really Got me, do grupo The Kinks), Pato Fu (Walking on the Sunshine, dos Pretenders), Biquini Cavadão (Overkill, do Men at Work), Leela (Lithium, do Nirvana), Autoramas (Blue Suede Shoes, hit de Elvis Presley), Os Britos (Let's Spend the Night Together, dos Rolling Stones) e Raimundos (Private Idaho, do B-52's), entre outros nomes menos cotados. Detalhe: Chrissie Hynde estava no Rio na época da gravação e participa do projeto com a releitura de Love Song.
A voz de Carol dança leve com Adolfo
Resenha de CD
Título: Ao Vivo - Live
Artista: Antonio Adolfo e Carol Saboya
Gravadora: Kuarup
Cotação: * * * *
Em 1998, ao lançar o disco Dança da Voz, Carol Saboya dedicou sua estréia fonográfica ao pai, Antonio Adolfo, por ele ter lhe mostrado "a força e a beleza da música brasileira". Mas, naquele CD, Saboya derrapou na pretensão de querer impressionar como a grande cantora que, de fato, ela é. Discos melhores vieram, mas este Ao Vivo - gravado com seu pai, o pianista Antonio Adolfo, em 8 de outubro de 2005, em show no festival da Universidade de Miami (EUA) - é especial na obra de Saboya por expor toda a graça e delicadeza de sua voz, as qualidades que Lenine, entusiasmado, apontara em texto escrito para aquele álbum de estréia que não cumpriu sua expectativa.
Adolfo mostra o grande músico que sempre foi nas versões jazzísticas de Carinhoso (com citação de Bambino, de Ernesto Nazareth) e Insensatez. Mas o brilho maior é de Saboya, que - com a voz livre, leve e solta - navega segura pelas ondas de Wave (com scats desnecessários no fim), dá show de divisão em Canto de Ossanha e entra para ganhar na Corrida de Jangada.
Um ouvinte mais atento percebe a evocação do repertório de Elis Regina - homenagem admitida por Adolfo em texto escrito para o encarte do disco. Mas Saboya não cai na tentação de imitar o canto da Pimentinha. E o fato é que o CD tem um frescor que permeia temas como Passarim (cantado a capella para desaguar em Chovendo na Roseira), De Onde Vem o Baião? e a versão em inglês de Bonita. Tom Jobim, claro, é o compositor mais presente no roteiro deste show aparentemente registrado sem aparatos de estúdio e que nasceu intitulado Bossa Nova Forever.
Quando entra em cena, cantando Fotografia em atmosfera rarefeita construída apenas pelo baixo do venezuelano Gabriel Vivas, Carol Saboya já sinaliza que, neste bem-vindo Ao Vivo, ela vai impressionar em sua mais elegante dança da voz, com toda a força e beleza da música brasileira.
Título: Ao Vivo - Live
Artista: Antonio Adolfo e Carol Saboya
Gravadora: Kuarup
Cotação: * * * *
Em 1998, ao lançar o disco Dança da Voz, Carol Saboya dedicou sua estréia fonográfica ao pai, Antonio Adolfo, por ele ter lhe mostrado "a força e a beleza da música brasileira". Mas, naquele CD, Saboya derrapou na pretensão de querer impressionar como a grande cantora que, de fato, ela é. Discos melhores vieram, mas este Ao Vivo - gravado com seu pai, o pianista Antonio Adolfo, em 8 de outubro de 2005, em show no festival da Universidade de Miami (EUA) - é especial na obra de Saboya por expor toda a graça e delicadeza de sua voz, as qualidades que Lenine, entusiasmado, apontara em texto escrito para aquele álbum de estréia que não cumpriu sua expectativa.
Adolfo mostra o grande músico que sempre foi nas versões jazzísticas de Carinhoso (com citação de Bambino, de Ernesto Nazareth) e Insensatez. Mas o brilho maior é de Saboya, que - com a voz livre, leve e solta - navega segura pelas ondas de Wave (com scats desnecessários no fim), dá show de divisão em Canto de Ossanha e entra para ganhar na Corrida de Jangada.
Um ouvinte mais atento percebe a evocação do repertório de Elis Regina - homenagem admitida por Adolfo em texto escrito para o encarte do disco. Mas Saboya não cai na tentação de imitar o canto da Pimentinha. E o fato é que o CD tem um frescor que permeia temas como Passarim (cantado a capella para desaguar em Chovendo na Roseira), De Onde Vem o Baião? e a versão em inglês de Bonita. Tom Jobim, claro, é o compositor mais presente no roteiro deste show aparentemente registrado sem aparatos de estúdio e que nasceu intitulado Bossa Nova Forever.
Quando entra em cena, cantando Fotografia em atmosfera rarefeita construída apenas pelo baixo do venezuelano Gabriel Vivas, Carol Saboya já sinaliza que, neste bem-vindo Ao Vivo, ela vai impressionar em sua mais elegante dança da voz, com toda a força e beleza da música brasileira.
O Rio e o Nordeste no 'Caçuá' de Krassik
Violinista francês radicado no Rio e já bem relacionado no meio musical, Nicolas Krassik lança seu segundo disco, Caçuá (capa à direita), via Rob Digital. O título é uma palavra de origem tupi que, no Nordeste, denomina o cesto de cipó usado para transportar mantimentos no lombo de animais. Caçuá é também o nome do baião de João Lyra e Maurício Carrilho gravado por Krassik neste CD em que ele se apresenta como compositor nos temas Meu Maxixe e Petit Maman, samba dedicado à mãe do músico, Marie-Claude, morta em dezembro de 2005.
Produzido por Luís Felipe de Lima, o sucessor de Na Lapa traz no repertório músicas de Noel Rosa (Último Desejo), Nelson Cavaquinho (Juízo Final) e Jacob do Bandolim (Santa Morena), entre outros compositores. Caçuá entrelaça os universos nordestino e carioca em mix de choro, samba, baião e xote.
Produzido por Luís Felipe de Lima, o sucessor de Na Lapa traz no repertório músicas de Noel Rosa (Último Desejo), Nelson Cavaquinho (Juízo Final) e Jacob do Bandolim (Santa Morena), entre outros compositores. Caçuá entrelaça os universos nordestino e carioca em mix de choro, samba, baião e xote.
R.E.M. planeja gravar CD mais roqueiro
O grupo R.E.M. deverá entrar em estúdio em outubro - ou, no máximo, em novembro - para começar a gravar seu novo álbum de inéditas. A novidade é que o disco poderá ter um tom mais roqueiro, de acordo com os planos iniciais da banda. A idéia é fazer um CD menos introspectivo e melancólico do que o anterior Around the Sun (2004), mais voltado para as baladas.
Caixa apresenta inéditas dos Bee Gees
Os três primeiros álbuns lançados pelos Bee Gees em âmbito mundial serão remasterizados e reeditados em 7 de novembro. Os discos serão agrupados em box intitulado The Studio Albums 1967-1968. Cada título vai virar um CD duplo, com raridades e inéditas do trio (à direita, em foto do início da carreira) no disco 2.
Bee Gees 1st, lançado em 1967 com hits como To Love Somebody, terá 14 faixas inéditas no CD-bônus, incluindo versões alternativas do repertório oficial e músicas descartadas, como Gilbert Green, House of Lords, I've Got to Learn, All Around My Clock e Mr. Wallor's Wailing Wall.
Lançado em janeiro de 1968 com o hit Massachusetts, Horizontal ganhará faixas extras (incluindo Words, outro sucesso do trio) e nove canções inéditas. Entre elas, Out of Line, Ring My Bell, Deeply, Deeply Me e Mrs. Gillespie's Refrigerator.
O terceiro disco da caixa, Idea, lançado em agosto de 1968 com I've Gotta Get a Message to You e I Started a Joke, volta com mixes alternativos, a inédita Bridges Crossing Rivers e duas músicas escritas para cinema, Chocolate Symphony e Gena's Theme.
Bee Gees 1st, lançado em 1967 com hits como To Love Somebody, terá 14 faixas inéditas no CD-bônus, incluindo versões alternativas do repertório oficial e músicas descartadas, como Gilbert Green, House of Lords, I've Got to Learn, All Around My Clock e Mr. Wallor's Wailing Wall.
Lançado em janeiro de 1968 com o hit Massachusetts, Horizontal ganhará faixas extras (incluindo Words, outro sucesso do trio) e nove canções inéditas. Entre elas, Out of Line, Ring My Bell, Deeply, Deeply Me e Mrs. Gillespie's Refrigerator.
O terceiro disco da caixa, Idea, lançado em agosto de 1968 com I've Gotta Get a Message to You e I Started a Joke, volta com mixes alternativos, a inédita Bridges Crossing Rivers e duas músicas escritas para cinema, Chocolate Symphony e Gena's Theme.
Krall retorna aos standards sem apelação
Resenha de CD
Título: From This Moment on
Artista: Diana Krall
Gravadora: Universal
Cotação: * * *
Depois de um álbum de repertório mais autoral (The Girl on the Other Room, editado em 2004 com parcerias com Elvis Costello) e de protocolar título natalino (Christmas Songs, 2005), Diana Krall volta aos standards. Lançado esta semana, From This Moment on conserva, no entanto, a atmosfera jazzística do CD anterior. Em bom português, não se trata de um disco de pop jazz. Há espaço - em temas como I Was Doing Alright (George e Ira Gershwin) e The Boulevard of Broken Dreams (Al Dubin e Harry Warren) - para longos solos do piano, tocado pela artista com a mesma habilidade com que rebobina clássicos de Irving Berlin (Isn't This a Lovely Day?) e o sempre presente Tom Jobim (How Insensitive, a versão em inglês de Insensatez).
Dividida por Krall com Tommy LiPuma, a produção procura fugir dos clichês dos arranjos de álbuns do gênero. Não parece ter havido a intenção de diluir a solidez dos standards para torná-los mais palatáveis ao público eclético que consome o som da cantora. Ainda que o suingue à moda antiga da faixa-título e de Come Dance with me possa conquistar ouvidos pouco íntimos dos meandros do jazz. Entre um tema mais intimista (Little Girl Blue, da dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart) e outro de similar clima bluesy (Willow Weep for me), Diana Krall sinaliza que From This Moment on não é um passo atrás em discografia que já teve títulos mais apelativos.
Título: From This Moment on
Artista: Diana Krall
Gravadora: Universal
Cotação: * * *
Depois de um álbum de repertório mais autoral (The Girl on the Other Room, editado em 2004 com parcerias com Elvis Costello) e de protocolar título natalino (Christmas Songs, 2005), Diana Krall volta aos standards. Lançado esta semana, From This Moment on conserva, no entanto, a atmosfera jazzística do CD anterior. Em bom português, não se trata de um disco de pop jazz. Há espaço - em temas como I Was Doing Alright (George e Ira Gershwin) e The Boulevard of Broken Dreams (Al Dubin e Harry Warren) - para longos solos do piano, tocado pela artista com a mesma habilidade com que rebobina clássicos de Irving Berlin (Isn't This a Lovely Day?) e o sempre presente Tom Jobim (How Insensitive, a versão em inglês de Insensatez).
Dividida por Krall com Tommy LiPuma, a produção procura fugir dos clichês dos arranjos de álbuns do gênero. Não parece ter havido a intenção de diluir a solidez dos standards para torná-los mais palatáveis ao público eclético que consome o som da cantora. Ainda que o suingue à moda antiga da faixa-título e de Come Dance with me possa conquistar ouvidos pouco íntimos dos meandros do jazz. Entre um tema mais intimista (Little Girl Blue, da dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart) e outro de similar clima bluesy (Willow Weep for me), Diana Krall sinaliza que From This Moment on não é um passo atrás em discografia que já teve títulos mais apelativos.
Elton John lança 'The Captain & the Kid'
Com show programado no Rio para 20 de janeiro, na praia de Copacabana, Elton John lança nesta terça-feira, 19 de setembro, seu novo álbum de inéditas, The Captain & the Kid (capa acima), que vem a ser a anunciada seqüência de Captain Fantastic and the Brown Dirty Cowboy, disco conceitual de 1975, gravado quando o cantor inglês vivia sua fase áurea. Em parceria com seu fiel escudeiro Bernie Taupin, Elton compôs músicas como Postcards from Richard Nixon, Just Like Noah's Ark, Wouldn't Have Yoy Any Another Way (NYC)?, Tinderbox, And the House Felt Down, Blues Never Fade Away e I Must Have Lost It in the Wind.
DVD reúne três shows de Nina Simone
Para fãs de Nina Simone (1933 - 2003), uma excelente notícia: a gravadora ST2 está distribuindo esta semana no mercado brasileiro - quase simultaneamente ao lançamento feito pelo selo Eagle nos Estados Unidos - um DVD da cantora. Apesar do título indicar tratar-se do registro de um único show da diva, Live at Montreux 1976 (capa à esquerda) reúne fragmentos de três apresentações da artista no festival suíço, totalizando 12 números captados em 1976, 1987 e 1990. O repertório inclui Little Girl Blue (take de 1976), My Baby Just Cares for me (de 1987) e, claro, Ne me Quitte Pas (de 1990).
Kelly Key resiste e lança 'Por que Não?'
Mesmo sem ter emplacado outro grande hit como Baba, Kelly Key resiste no mercado fonográfico - com aval da Warner Music - e lança ainda em setembro seu quarto disco de estúdio, Por que Não? (capa à direita). No repertório, regravação de sucesso do sumido Vinny (Shake Boom) e músicas como Olhão, Analista, Toda Linda, Chamada a Cobrar, Me Pega de Jeito, Conquistador e Pegue e Puxe. Pelos títulos das faixas, já é possível ter uma idéia do tom das letras. O CD foi produzido por Plínio Profeta, Umberto Tavares e Mãozinha DJ.
Caetano, Gil e Preta no disco de Mautner
Sem lançar disco desde Eu Não Peço Desculpa, trabalho de 2002 dividido com Caetano Veloso, Jorge Mautner (foto) apresenta ainda este ano - provavelmente em novembro - um novo CD, intitulado Revirão. Caetano, a propósito, participa do álbum. Preta Gil é outra convidada. E seu pai Gilberto Gil - que gravou Maracatu Atômico (1974), o maior sucesso de Mautner - estará representado no disco como compositor, assinando duas músicas em parceria com o performático artista.
Good Charlotte finaliza seu quarto álbum
A banda Good Charlotte acabou de gravar seu quarto álbum. Produzido por Don Gilmore, Good Morning Revival tem lançamento agendado para fevereiro via selo Epic, mas o quinteto decidiu disponibilizar em breve uma faixa na internet. A eleita se chama Keep Your Hand Off my Girl e foi composta pelo líder do grupo, Joel Madden, com inspiração num clube de música eletrônica mantida por ele há alguns anos. O último CD de Good Charlotte, The Chronicles of Life and Death, foi editado em 2004.
Uakti harmoniza Elomar e Bach em DVD
O grupo mineiro Uakti vai gravar seu primeiro DVD neste domingo, 17 de setembro, às 19h, em show inédito no Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG). Com o inusitado arsenal de instrumentos percussivos criados pelo integrante Marco Antônio Guimarães, o Uakti vai apresentar roteiro que mistura temas de Mozart (Allegro da Sonata em Lá Maior), Villa-Lobos (O Trenzinho do Caipira), Elomar Figueira (Arrumação) e Bach (Badineire e Paixão Segundo São Matheus), além de músicas de autoria de músicos do grupo como O Balett 21.