Ro Ro tenta acertar o passo fonográfico
Resenha de CD
Título: Compasso
Artista: Ângela Ro Ro
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
A voz rouca de Ângela Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso, o CD de inéditas que a artista lança esta semana, aos 56 anos, é a tentativa de acertar o passo de carreira fonográfica que saiu dos trilhos já na segunda metade dos anos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica.
Primeiro disco de Ro Ro em seis anos, Compasso não é um trabalho à altura dos antológicos álbuns iniciais da artista, mas apaga a má impressão deixada pelo anterior Acertei no Milênio (2000). Ro Ro apresenta 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoa bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas são o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliam o universo musical da compositora.
O estilo saudável adotado pela artista transparece em boa parte das letras. Mas é difícil reconhecer, sobretudo nas melodias, a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, o acalanto Dorme, Sonha é o único resquício daquela inspirada fase de escândalos e músicas mais envolventes, que evocavam na sua lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa.
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assina com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de boa estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso talvez esteja na (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Mas é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, tem cacife para figurar entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a que, nessa altura da vida, só resta viver bem e em paz consigo mesma.
Título: Compasso
Artista: Ângela Ro Ro
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
A voz rouca de Ângela Ro Ro já desafinou muito na vida. Compasso, o CD de inéditas que a artista lança esta semana, aos 56 anos, é a tentativa de acertar o passo de carreira fonográfica que saiu dos trilhos já na segunda metade dos anos 80 por conta do temperamento autodestrutivo da compositora - atualmente em fase sadia, mais sóbria, magra e pacífica.
Primeiro disco de Ro Ro em seis anos, Compasso não é um trabalho à altura dos antológicos álbuns iniciais da artista, mas apaga a má impressão deixada pelo anterior Acertei no Milênio (2000). Ro Ro apresenta 13 inéditas autorais pautadas pela diversidade rítmica. Em boa forma vocal, a cantora entoa bolero (Arranca Essa Flor!), tema de inspiração bossa-novista (Menti pra Você) e rock (Contagem Regressiva). As surpresas são o reggae Dá Pé! e a pisada firme no terreno nordestino em Não Adianta - duas faixas que ampliam o universo musical da compositora.
O estilo saudável adotado pela artista transparece em boa parte das letras. Mas é difícil reconhecer, sobretudo nas melodias, a compositora sensível, projetada na virada dos anos 70 para os 80. Nesse sentido, o acalanto Dorme, Sonha é o único resquício daquela inspirada fase de escândalos e músicas mais envolventes, que evocavam na sua lírica melancolia tanto Janis Joplin quanto Maysa.
Ro Ro bem que tentou se juntar a nomes de seu passado. Retomou a parceria com a poeta Ana Terra (a letrista de Amor, meu Grande Amor) na balada Paixão e assina com Antonio Adolfo (produtor de vários de seus discos) outra balada, Chance de Amar, de boa estirpe. A razão da irregularidade do repertório de Compasso talvez esteja na (oni)presença do tecladista Ricardo Mac Cord, autor de todos os arranjos e parceiro de Ro Ro em sete das 13 faixas. Mas é justo reconhecer que a faixa-título, composta pela dupla, tem cacife para figurar entre os clássicos do repertório de uma artista talentosa a que, nessa altura da vida, só resta viver bem e em paz consigo mesma.
19 COMENTÁRIOS:
.Mauro passo aqui todo dia para ler seu blog e você faz um trabalho muito bom, mas resolvi deixar minha opinião "Acertei no milênio" para mim é um dos melhores da Ro Ro e me fez olhar para ela de novo, e estou esperando esse novo para continuar acompanhando a virada dessa grande cantora, um grande abraço e continue com seu trabalho que tanto informa quem curti música , parábens.
bom ou menos bom, o que vale é que tem um novo cd de Rô Rô na praça.
Acertei no Milênio é um trabalho excelente. Não entendo o porque da colocação no texto ddo seguinte> " a essa altura da vida..." Até parece que ela está com 80 anos e aposentada!
Ela é uma das melhores compositoras da MPB e tem uma voz única. Coloca no chinelo essas pseudo moderninhas de hoje em dia!
Acho que o trabalho da RoRo deve ser visto como um recomeçar, certamente não é a mesma alma atormentada de antes que compõe hoje.
Os "poetas malditos" são os mais inspirados? Então Angela perdeu força poética porque agora é certinha.
Nada disso. Acertei no Milênio foi um novo disco de uma compositora em fase de mudança, e Compasso é o novo disco de uma nova pessoa.
O espaço entre um trabalho e outrto não permite definir um caminho para ela. Talvez entre um disco e outro muitas canções e possíveis caminhos foram abandonados sem registro... Quem sabe?
Vamos ouvir a RoRo agora e revisitar seu passado constantemente.
Abram alas ela está retornando.
Bem... eu escutei Compasso nas rádios, achei a canção bem legal (embora a letra por certos momentos seja fraquinha ao estilo ana carolina). O disco aind avai demorar um pouquinho pra chegar às lojas. Resta esperar pra conferir!
Nossa,acho "Acertei no Milênio" chatíssimo. Não dá para ouvir a produção atual de Rô Rô sem pensar em seus magníficos discos iniciais.
"Compasso" se salva pela faixa título, pela balada composta com Antônio Adolfo e pela linda "Dorme, Sonha".
Eu me sinto lisonjeado com esse novo trabalho da talentosíssima Ângela Rô Rô. Vocês não imaginam o quanto estou feliz. Nunca entendi essa ausência criminal da Ângela na música brasileira. Para mim, Ela está à altura da Elis Regina na mpb, ou seja, ela é tão importante e fundamental quanto a Elis para a cultura musical brasileira. Tenho todos os seus discos e fui a todos os shows que ela realizou em Fortaleza/Ce. Assim que o disco chegar as lojas, serei um dos primeiros a comprar. Já estou na expectativa e ancioso por ele (o CD). Angêla é uma artista privilegiadamente talentosa como compositora e cantora. Sua arte expresa verdade. Para mim, ao lado de Fátima Guedes, Dolores Duran e Joyce, é uma das maiores compositoras de todos os tempos da nossa canção popular. "Simples Carinho" não tem quem cante igual(a cantora Simone assassinou essa canção), e todos os seus clássicos são impecavelmente muito bem interpretados por ela. Ninguém ousa gravá-los. A Ângela não deixou prá ninguém. Aconselho a Maria Rita, clone da Elis, a incluir, nos seus futuros trabalhos as criações de Ângela, já que ela busca prestígio e reconhecimento. Enfim, vou ficando nas expectativas da chegada do CD as lojas, e do show aqui em Fortaleza/Ce.
Tadeu Moreira-Adm. de Empresas
(085)8716-0180
Eu me sinto lisonjeado com esse novo trabalho da talentosíssima Ângela Rô Rô. Vocês não imaginam o quanto estou feliz. Nunca entendi essa ausência criminal da Ângela na música brasileira. Para mim, Ela está à altura da Elis Regina na mpb, ou seja, ela é tão importante e fundamental quanto a Elis para a cultura musical brasileira. Tenho todos os seus discos e fui a todos os shows que ela realizou em Fortaleza/Ce. Assim que o disco chegar as lojas, serei um dos primeiros a comprar. Já estou na expectativa e ancioso por ele (o CD). Angêla é uma artista privilegiadamente talentosa como compositora e cantora. Sua arte expresa verdade. Para mim, ao lado de Fátima Guedes, Dolores Duran e Joyce, é uma das maiores compositoras de todos os tempos da nossa canção popular. "Simples Carinho" não tem quem cante igual(a cantora Simone assassinou essa canção), e todos os seus clássicos são impecavelmente muito bem interpretados por ela. Ninguém ousa gravá-los. A Ângela não deixou prá ninguém. Aconselho a Maria Rita, clone da Elis, a incluir, nos seus futuros trabalhos as criações de Ângela, já que ela busca prestígio e reconhecimento. Enfim, vou ficando nas expectativas da chegada do CD as lojas, e do show aqui em Fortaleza/Ce.
Tadeu Moreira-Adm. de Empresas
(085)8716-0180
Ave Angela!! Ro Ro Ro Ro Ro!!!
Grade Abraço!!
Vinicius Nogueira.
NÃO OUVI, MAS, JÁ GOSTEI.
PARA OS IDOLOS, QUE NOS DÃO ARTE TUDO.
PARA OS OPORTUNISTAS MARKETEIROS, OS RIGORES DA LEI.
Curioso. Acho "Acertei no Milênio" um disco delicioso, daqueles que a gente pode deixar tocar sem sentir vontade de passar a faixa.
Já estou na expectativa desse "Compasso". RoRo é necessária sempre, seja em qualquer altura da vida.
Angela Roro, merece ter toda sua obra reeditada em cd, remasterizada tb. Uma hora sai !!!
Beijos. Edu.
Roro matou a pau! Compasso é até o momento o melhor disco de mpb de 2006.
Estilos variados e letras maravilhosas!
Roro, você é demais!
Chance de Amar, Não Adianta, Arranca essa Flor! e Compasso por si só já valem todo o disco, que como já disse, vai figurar como um dos melhores já feitos por ela.
Sou fã de Angela desde moleque...tenho todos os seus discos, recortes e em breve colocarei um site seu para rodar por aí...como dizem os amigos , sou ro ro dependente...graças a Deus!
A Indie Records só tem a lucrar com sua contratação...
Que venha o Dvd e muitos, muitos cds inspirados e verdadeiros como Compasso.
Gostaria de comentar também as críticas que li sobre Acertei No Milênio. Acho esse cd bom. Claro que a produção não teve tanto capricho quanto seu mais novo trabalho. Mas é um disco verdadeiro...um disco de mudança.
De todos os trabalhos de Angela, o que acho mais fraco é Eu Desatino! de 1985. Mais, Qualquer disco de Roro, por mais fraco que seja, põe no chinelo Pittys e Anas Carolinas...Angela não teria coragem de assasinar Damien Rice em praça pública com aquela versão xarope...
Ela está de Volta!
Que Bom!!!
Acho estranho o Mauro apontar o "Acertei no Milênio" como um disco ruim. O disco era tão bom que RoRo ganhou com ele o Prêmio da APCA de melhor compositora...
Concordo com o Mauro em relação a acertei no milênio, o disco me decepcionou um pouco. Compasso ainda não ouvi, mas assim q puder vou comprar, deve estar lindo.
A verdade é: "COMPASSO" é um disco fraco e Angela Ro Ro está cantando mal, como se já soubesse tudo, coo se não precisasse mais se dedicar a um disco a uma voz. Não usou nada de seu talento nesse CD abaixo da média. Nem 10%. Parece que foi feito às pressas. Os arranjos são horríveis... Letras fracas; melodias que não fazem jus ao seu talento melódico.
Ro Ro errou em aceitar se enquadrar em um esquema comercial de baciada. Estando à margem continuaria sendo "maldita", ímpar e genial; como comportada é apenas uma mortal artista mediana.
Que pena !
"Nessa altura da vida, só resta viver bem e em paz consigo mesma"
Grande Mauro, vc matou a pau com essa frase, com discos sofríveis ou não o mais importante é a Ro ro dominar seus demônios. Compra seu disco quem quer. Outra, acho que Ricardo Mac Cord, presta um desserviço a Angela, ela precisa de um cara que a ature, mas que seja mais refinado. Gilson Perenzetta, por exemplo teria tornado compasso um disco mais atraente, outros compositores e compositoras(Sueli Costa, Ana Terra, Abel Silva...) poderiam ajudar nas composições.
Não ouvi, mas já gostei...
Que comentário bobo. Dá pra ver a total falta de imparcialidade de alguns fãs.
COM RELAÇÃO AO ULTIMO ANONIMO A RESPEITO DE COMENTÁRIOS BOBOS.
É MELHOR SER IMPARCIAL DO QUE OMISSO.
O QUE ELA JÁ FEZ VALE PELO CONJUNTO DA OBRA, NÃO É POSSIVEL ACERTAR SEMPRE, MAS É NECESSÁRIO E IMPRESCINDÍVEL MOSTRAR-SE VIVO.
OU ACHA QUE É FÁCIL SOBREVIVER E RENASCER DE SEU AUTOFLAGELO
É ISSO QUE QUIS DIZER.
PENA TER QUE EXPLICAR OU DESENHAR PARA OS MENOS PRIVILEGIADOS DE NEURONIOS.
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