Sábado, Janeiro 14, 2006
Sexta-feira, Janeiro 13, 2006
Sobrinha de Caetano Veloso e Maria Bethânia, a cantora Belô Velloso (foto) regravou Lama, sucesso de Clara Nunes. De autoria do compositor Mauro Duarte, Lama foi um dos destaques do disco Canto das Três Raças, lançado por Clara em 1976. A gravação foi feita para rádio da internet e também pode ser conferida no site de Belô, no endereço http://www.belovelloso.com.br/audios/belovelloso_lama.asf - ouça e dê sua opinião.
Quinta-feira, Janeiro 12, 2006
Quarta-feira, Janeiro 11, 2006
Terça-feira, Janeiro 10, 2006
Segunda-feira, Janeiro 09, 2006
Domingo, Janeiro 08, 2006
Fãs bem informados de Elis Regina estão protestando contra a ausência de Onze Fitas no recém-lançado DVD Elis Regina Carvalho Costa (capa à esquerda), editado no fim do ano, numa parceria das gravadoras Trama e Som Livre. Incluída pela cantora no disco Saudade do Brasil (1980), a música de Fátima Guedes foi gravada pela Pimentinha para o especial da série Grandes Nomes exibido pela Rede Globo em 3 de outubro de 1980 e ora perpetuado em DVD. Mas Onze Fitas acabou fora do especial por limite de tempo, sendo mostrada somente num programa veiculado pela Globo com as sobras da série. O que os fãs reclamam - e com razão - é que o número poderia ter entrado no DVD, ainda que nos extras.
Daniela põe Bach na Bahia em DVD em que faz duetos com Gil e Luiz Caldas
Filmado em 2005 no Carnaval de Salvador (BA), com câmeras de alta definição, o terceiro DVD de Daniela Mercury (foto), Baile Barroco, traz um set erudito nos extras. Intitulado Bach na Bahia, o set flagra o pianista clássico Ricardo Castro tocando em plena folia baiana trechos das Bachianas e do Trem Caipira, temas do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos.
Extras à parte, o repertório do DVD reúne na voz de Daniela dois sucessos da Banda Mel (Baianidade Nagô e Prefixo de Verão), um clássico do repertório de Moraes Moreira (Chame Gente) e sucessos da própria cantora no Carnaval (Triometal, Maimbê Dandá, Olha o Gandhy Aí, Meu Pai Oxalá).
O DVD traz as participações de Luiz Caldas (em Fricote, primeiro hit de Caldas, de 1985) e de Gilberto Gil, com quem Daniela canta o reggae Vamos Fugir (1984) no camarote do Ministro da Cultura.
Extras à parte, o repertório do DVD reúne na voz de Daniela dois sucessos da Banda Mel (Baianidade Nagô e Prefixo de Verão), um clássico do repertório de Moraes Moreira (Chame Gente) e sucessos da própria cantora no Carnaval (Triometal, Maimbê Dandá, Olha o Gandhy Aí, Meu Pai Oxalá).
O DVD traz as participações de Luiz Caldas (em Fricote, primeiro hit de Caldas, de 1985) e de Gilberto Gil, com quem Daniela canta o reggae Vamos Fugir (1984) no camarote do Ministro da Cultura.
Um clássico de Nina Simone é reeditado
Um dos títulos mais preciosos da discografia da cantora, compositora e pianista americana Nina Simone (1933-2003), High Priestess of Soul (capa à esquerda) ganha reedição em CD em caráter mundial dentro da série Verve Originals, distribuída nas lojas pela gravadora Universal. Gravado em 1966, com arranjos do maestro Hal Mooney, o disco mostra Nina já embebida pelo soul e pelo gospel que muitas vezes dariam o tom de seu canto eventualmente jazzístico. O repertório inclui temas de autoria da própria artista (Take me to the Water, Come ye), música de Chuck Berry (Brown Eyed Handsome Man) e parceria de Duke Ellington com Irving Mills (The Gal from Joe's).
Inédito em CD no Brasil, disco de Duprat sai na Inglaterra com raras de Mutantes
Ainda imperdoavelmente inédito em CD no Brasil, mas com previsão de ser relançado em breve numa coleção que reúne os álbuns dos Mutantes, o disco A Banda Tropicalista do Duprat - gravado em 1968 pelo maestro Rogério Duprat em plena efervescência da Tropicália - está sendo reeditado na Inglaterra pelo selo Red Cherry. Além de registrar a maestria dos arranjos de Duprat em faixas como Baby e Chega de Saudade, o álbum tem alto valor documental por reunir quatro raras gravações do grupo Os Mutantes: Lady Madonna (sucesso dos Beatles), Cinderella Rockfella, The Rain, the Park and other Things (do repertório do grupo The Cowsills) e o medley que une Chiquita Bacana com Canção pra Inglês Ver.
Ciribelli toca jazz nacional com suingue
Resenha de CD
Título: Ao Vivo com Aditivo
Artista: Marvio Ciribelli
Gravadora: Mantra
Cotação: * * *
Muitos discos ao vivo (quase todos, a rigor) são retocados em estúdio. O charme deste décimo título da discografia do pianista Marvio Ciribelli é fazer alarde justamente dos acréscimos. A gravação foi feita ao vivo em 1994 no tradicional Montreux Jazz Festival, na Suíça, em fita digital que permaneceu guardada por 11 anos. No início de 2005, Ciribelli desencavou a fita e pôs o tal aditivo: a regravação dos arranjos pelo trombonista Paulo Williams, que fazia parte da banda do pianista na época do registro do CD, mas não pôde tocar com ele em Montreux.
Com ou sem aditivo, o que se ouve é um disco com música instrumental brasileira de tom jazzístico. Quatro dos dez temas do repertório foram lançados no CD de estúdio Nazareth na Confraria, cuja faixa-título é um choro bem moderninho. Dentre as quatro, o destaque é Namorados da Lua, inusitada marcha-rancho, fiel ao andamento tradicional do gênero, mas tocada evidentemente com a liberdade de improviso do jazz. E é nesse clima livre que Ciribelli toca com suingue sambas como Turma da Gafieira e Samba Partido, que tenta misturar a cadência do samba com as quebradas do partido alto. No todo, é um disco de jazz nacional sem releituras que aposta em repertório totalmente autoral. Para quem gosta do estilo, Ao Vivo com Aditivo é boa pedida.
Título: Ao Vivo com Aditivo
Artista: Marvio Ciribelli
Gravadora: Mantra
Cotação: * * *
Muitos discos ao vivo (quase todos, a rigor) são retocados em estúdio. O charme deste décimo título da discografia do pianista Marvio Ciribelli é fazer alarde justamente dos acréscimos. A gravação foi feita ao vivo em 1994 no tradicional Montreux Jazz Festival, na Suíça, em fita digital que permaneceu guardada por 11 anos. No início de 2005, Ciribelli desencavou a fita e pôs o tal aditivo: a regravação dos arranjos pelo trombonista Paulo Williams, que fazia parte da banda do pianista na época do registro do CD, mas não pôde tocar com ele em Montreux.
Com ou sem aditivo, o que se ouve é um disco com música instrumental brasileira de tom jazzístico. Quatro dos dez temas do repertório foram lançados no CD de estúdio Nazareth na Confraria, cuja faixa-título é um choro bem moderninho. Dentre as quatro, o destaque é Namorados da Lua, inusitada marcha-rancho, fiel ao andamento tradicional do gênero, mas tocada evidentemente com a liberdade de improviso do jazz. E é nesse clima livre que Ciribelli toca com suingue sambas como Turma da Gafieira e Samba Partido, que tenta misturar a cadência do samba com as quebradas do partido alto. No todo, é um disco de jazz nacional sem releituras que aposta em repertório totalmente autoral. Para quem gosta do estilo, Ao Vivo com Aditivo é boa pedida.
AfroReggae ainda precisa de melodias à altura de seus grooves e de seu discurso
Resenha de CD
Título: Nenhum Motivo Explica a Guerra
Artista: AfroReggae
Gravadora: Geléia Geral
Cotação: * * *
A ideologia e os sons propagados pelo grupo AfroReggae transcendem o universo puramente musical. Surgido a partir da atividade cultural da ONG que o batiza, o grupo de Vigário Geral está inserido em contexto social tão forte que, não raro, seu discurso cai num tom panfletário, como na faixa-título de seu segundo disco, Nenhum Motivo Explica a Guerra, letrada por um Arnaldo Antunes mais literal e menos poético. A música cresce quando entram as vozes e as batidas dos rappers ingleses TY e Estelle.
Produzido por Chico Neves, habituado a trabalhar com bandas do universo pop rock, o sucessor de Nova Cara (2001) mostra que a ideologia e os grooves do AfroReggae continuam afiados. O que o grupo precisa é burilar a qualidade melódica do repertório. Falta música à altura da contundência do discurso. A releitura estranha da ainda impactante Haiti (música dos padrinhos Caetano Veloso e Gilberto Gil, lançada pelos autores em 1993 no disco Tropicália 2) acentua o desequilíbrio entre melodias e versos.
E o fato é que, embora o AfroReggae até soe como O Rappa em Mais uma Chance (música sobre os assassinatos que aterrorizam o cotidiano das periferias), o grupo suaviza a virulência de seu discurso em faixas mais radiofônicas como Partida e o reggae Quero Só Você, que traz o hitmaker Nando Reis entre os autores. A adesão de Manu Chao em Benedito contribui para deixar o disco com cara multifacetada. Ainda que as batidas funkeadas de Coisa de Negão e A Aquarela Dela sejam a cara do AfroReggae.
Título: Nenhum Motivo Explica a Guerra
Artista: AfroReggae
Gravadora: Geléia Geral
Cotação: * * *
A ideologia e os sons propagados pelo grupo AfroReggae transcendem o universo puramente musical. Surgido a partir da atividade cultural da ONG que o batiza, o grupo de Vigário Geral está inserido em contexto social tão forte que, não raro, seu discurso cai num tom panfletário, como na faixa-título de seu segundo disco, Nenhum Motivo Explica a Guerra, letrada por um Arnaldo Antunes mais literal e menos poético. A música cresce quando entram as vozes e as batidas dos rappers ingleses TY e Estelle.
Produzido por Chico Neves, habituado a trabalhar com bandas do universo pop rock, o sucessor de Nova Cara (2001) mostra que a ideologia e os grooves do AfroReggae continuam afiados. O que o grupo precisa é burilar a qualidade melódica do repertório. Falta música à altura da contundência do discurso. A releitura estranha da ainda impactante Haiti (música dos padrinhos Caetano Veloso e Gilberto Gil, lançada pelos autores em 1993 no disco Tropicália 2) acentua o desequilíbrio entre melodias e versos.
E o fato é que, embora o AfroReggae até soe como O Rappa em Mais uma Chance (música sobre os assassinatos que aterrorizam o cotidiano das periferias), o grupo suaviza a virulência de seu discurso em faixas mais radiofônicas como Partida e o reggae Quero Só Você, que traz o hitmaker Nando Reis entre os autores. A adesão de Manu Chao em Benedito contribui para deixar o disco com cara multifacetada. Ainda que as batidas funkeadas de Coisa de Negão e A Aquarela Dela sejam a cara do AfroReggae.
Pensador planeja disco infantil de rap
O oitavo disco de Gabriel O Pensador (foto) tem tudo para ser um marco na história do hip hop. Estimulado pela convivência com seus dois filhos, Tom e Davi, o rapper carioca planeja gravar CD infantil de rap e já esboça o repertório. Se o projeto se concretizar e ganhar o aval da gravadora Sony & BMG (o que não será difícil, depois do sucesso comercial do CD, DVD e show Adriana Partimpim), o Pensador poderá fazer história ao gravar o primeiro álbum de rap no gênero infantil.
Belô Velloso regrava hit de Clara Nunes há 30 anos. Ouça e dê sua opinião!
Sobrinha de Caetano Veloso e Maria Bethânia, a cantora Belô Velloso (foto) regravou Lama, sucesso de Clara Nunes. De autoria do compositor Mauro Duarte, Lama foi um dos destaques do disco Canto das Três Raças, lançado por Clara em 1976. A gravação foi feita para rádio da internet e também pode ser conferida no site de Belô, no endereço http://www.belovelloso.com.br/audios/belovelloso_lama.asf - ouça e dê sua opinião.
Nana quer gravar mais obra de Caymmi
Mesmo já tendo dedicado três CDs recentes à obra de Dorival Caymmi (O Mar e o Tempo e os dois discos gravados com os irmãos Dori e Danilo para homenagear os 90 anos do compositor baiano), Nana Caymmi (foto) planeja gravar um quarto álbum com músicas de seu pai. A prioridade, desta vez, seriam os sambas-canções.
Depois do próprio Dorival, ninguém canta Caymmi como Nana (basta ouvir sua interpretação de João Valentão no DVD Brasileirinho, de Maria Bethânia, para atestar sua sublime e suprema intimidade com o cancioneiro do pai). Mas é fato também que Nana precisa voltar a gravar discos com repertório inédito. O último, Desejo, saiu em 2001. Sua discografia tem estado muito voltada para o passado. Nana Caymmi é intérprete magistral de músicas de qualquer época. Por isso mesmo, já passa da hora de a cantora fazer um CD com repertório mais contemporâneo.
Depois do próprio Dorival, ninguém canta Caymmi como Nana (basta ouvir sua interpretação de João Valentão no DVD Brasileirinho, de Maria Bethânia, para atestar sua sublime e suprema intimidade com o cancioneiro do pai). Mas é fato também que Nana precisa voltar a gravar discos com repertório inédito. O último, Desejo, saiu em 2001. Sua discografia tem estado muito voltada para o passado. Nana Caymmi é intérprete magistral de músicas de qualquer época. Por isso mesmo, já passa da hora de a cantora fazer um CD com repertório mais contemporâneo.
Pife Muderno reverencia pajé em 'Paru'
Nome de um falecido pajé da tribo de índios Yawalapitis (do Alto Xingu), a quem o CD é dedicado, Paru é o título do segundo disco (capa à esquerda) de Carlos Malta & Pife Muderno. O grupo - formado por Carlos Malta (arranjos, flauta e direção artística), Andréa Ernest Dias (flauta), Oscar Bolão (caixa e pratos), Marcos Suzano (pandeiro), Durval Pereira (zabumba) e Bernardo Aguiar (pandeiro) - toca um repertório que inclui sucessos de Jackson do Pandeiro (Sebastiana, Chiclete com Banana), composição de Hermeto Paschoal (Santo Antonio), música de Gilberto Gil (As Pegadas do Amor), um clássico de Luiz Gonzaga (Qui nem Jiló) e um hit de Cássia Eller (Gatas Extraordinárias, de Caetano Veloso), além de temas de Carlos Malta (Coisa dos Santos, O Trem, Tudo Azul, Durval É o Bicho!). O primeiro CD do Pife Muderno saiu em 2000.
Gravadora multinacional abre selo gay para segmentar artistas da tribo GLS
A gravadora multinacional Sony & BMG anunciou esta semana a criação de um selo gay, intitulado Music with a Twist, para viabilizar a produção e o lançamento de artistas declaradamente homossexuais / bissexuais ou então associados ao mundo gay. O selo está sendo criado em parceria com a empresa Wilderness Media, que detém a concessão de um canal gay na televisão norte-americana e planeja estrear um programa de rádio dirigido à tribo GLS e veiculado também na internet.
A notícia dá margem a questionamentos. É óbvio que o mercado GLS precisa de produtos que entendam as especificidades do numeroso público consumidor gay - um pilar da indústria fonográfica nunca valorizado na medida de sua importância (o que seria de muitas cantoras sem seus fiéis e alegres súditos?). Nesse sentido, a abertura de um selo friendly é louvável para promover nos canais certos a edição de coletâneas temáticas, por exemplo - filão ainda inexplorado pela indústria fonográfica brasileira.
Mas há outros lados que merecem ponderação. A questão mais delicada diz respeito à segmentação. Agrupar num selo específico artistas homossexuais (ou bissexuais) e seus colegas associados ao mundo gay pode ser também uma forma de discriminar, isolar e enquadrar nomes que poderiam ser consumidos por públicos de todos os sexos, credos e raças. Principalmente se levado em conta que poucos são os artistas que assumem publicamente sua condição sexual, sobretudo no Brasil, e que o preconceito ainda existe. No Brasil e em qualquer canto do mundo.
Aliás, a recente entrevista da cantora Ana Carolina à revista Veja ainda provoca polêmica. Fãs da artista e grupos gays estão decepcionados e protestam contra a escolha do termo "bissexual", usado pela artista na reportagem para afirmar sua suposta atração por homens e mulheres. Por tudo isso, a abertura de um selo gay para artistas da tribo GLS ainda parece distante da realidade nacional. Quantos artistas, mesmo heterossexuais, gostariam de ver seu trabalho explicitamente associado ao universo GLS? No exterior, é bem possível que a idéia vingue, pois astros como Elton John e George Michael já ousam dizer os nomes de seus amores.
Seja como for, a iniciativa da Sony & BMG é louvável. Dependendo da forma como for conduzido, o selo pode se impor na indústria fonográfica e representar o começo de uma era de menos hipocrisia nesta sempre delicada questão (homos)sexual.
A notícia dá margem a questionamentos. É óbvio que o mercado GLS precisa de produtos que entendam as especificidades do numeroso público consumidor gay - um pilar da indústria fonográfica nunca valorizado na medida de sua importância (o que seria de muitas cantoras sem seus fiéis e alegres súditos?). Nesse sentido, a abertura de um selo friendly é louvável para promover nos canais certos a edição de coletâneas temáticas, por exemplo - filão ainda inexplorado pela indústria fonográfica brasileira.
Mas há outros lados que merecem ponderação. A questão mais delicada diz respeito à segmentação. Agrupar num selo específico artistas homossexuais (ou bissexuais) e seus colegas associados ao mundo gay pode ser também uma forma de discriminar, isolar e enquadrar nomes que poderiam ser consumidos por públicos de todos os sexos, credos e raças. Principalmente se levado em conta que poucos são os artistas que assumem publicamente sua condição sexual, sobretudo no Brasil, e que o preconceito ainda existe. No Brasil e em qualquer canto do mundo.
Aliás, a recente entrevista da cantora Ana Carolina à revista Veja ainda provoca polêmica. Fãs da artista e grupos gays estão decepcionados e protestam contra a escolha do termo "bissexual", usado pela artista na reportagem para afirmar sua suposta atração por homens e mulheres. Por tudo isso, a abertura de um selo gay para artistas da tribo GLS ainda parece distante da realidade nacional. Quantos artistas, mesmo heterossexuais, gostariam de ver seu trabalho explicitamente associado ao universo GLS? No exterior, é bem possível que a idéia vingue, pois astros como Elton John e George Michael já ousam dizer os nomes de seus amores.
Seja como for, a iniciativa da Sony & BMG é louvável. Dependendo da forma como for conduzido, o selo pode se impor na indústria fonográfica e representar o começo de uma era de menos hipocrisia nesta sempre delicada questão (homos)sexual.
Coxon finaliza CD conceitual sobre amor
Guitarrista do grupo inglês Blur, Graham Coxon (foto) finalizou álbum solo conceitual sobre o amor. "Este disco está mais focado nas questões do coração do que os anteriores. Cada música tem algo a ver com amor. E todas foram inspiradas em experiências do passado, fantasias, relatos de amigos ou leituras de livros", adiantou o músico ao semanário inglês New Music Express. O sucessor de Hapiness in Magazines (2004) já está pronto desde maio do ano passado, mas sairá somente neste ano, em data ainda incerta. Será o sexto CD individual do artista, que iniciou carreira solo em 1998 com o álbum Sky Is Too High.
Mindelis leva hit de Ben Jor para o rap
O cantor, compositor e guitarrista de blues Nuno Mindelis experimenta ritmos diversos em seu recém-lançado CD Outros Nunos. Um dos destaques é a releitura de Mas que Nada - sucesso de Jorge Ben Jor (foto) que ganhou projeção internacional desde seu lançamento, em 1963 - em cadência próxima do rap. A regravação de Mindelis conta com a participação do rapper paulista Rappin' Hood. O disco traz também a onipresente Zélia Duncan, convidada da faixa Gosto do Jeito.
Maga lança samba-reggae e planeja DVD
Margareth Menezes (foto) já está promovendo em seus shows um samba-reggae inédito, Na Ponta do Pé. A cantora planeja registrar a música em seu próximo trabalho, que, provavelmente, será gravado ao vivo para possibilitar o lançamento de um DVD. O último CD da cantora, Pra Você, fugiu da linha afro-pop-brasileira que caracteriza seu trabalho e alcançou pouca repercussão, embora a faixa Miragem na Esquina esteja atualmente tocando bem na Bahia.
Zeca canta um clássico de Chico Buarque em disco que agrupa bambas do samba
Zeca Pagodinho (foto) canta um clássico do repertório de sambas de Chico Buarque - Quem te Viu, Quem te Vê, lançado pelo autor em 1966 - no CD Ninho de Cobras, produzido por José Milton com a reunião de bambas como Monarco (Coração em Desalinho, sucesso na voz de Zeca), Arlindo Cruz (Camarão que Dorme a Onda Leva, samba lançado por Beth Carvalho em 1983), Luiz Carlos da Vila (Artigo Esgotado), Roberto Silva (Alegria), Jamelão (Doce Melodia, samba regravado por Marisa Monte no disco Cor-de-Rosa e Carvão), Paulo César Pinheiro (A paixão e a Jura) e Moacyr Luz (Saudades da Guanabara, faixa-título do disco lançado por Beth Carvalho em 1989), entre outros intérpretes. O disco chega às lojas no fim de janeiro.
Strokes perde peso no terceiro álbum
Resenha de CD
Título: First Impressions of Earth
Artista: The Strokes
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *
Se o valor de uma banda se mede pela coragem de reinventar seu som sem apego às fórmulas, o Strokes está em alta na bolsa do rock. Em seu terceiro CD, First Impressions of Earth (capa à direita), o grupo perde peso e energia em relação aos seus dois discos anteriores, Is This It (2001) e Room on Fire (2003), marcados por pegada indie, meio de garagem. Lançado mundialmente em 3 de janeiro, o novo álbum é o mais variado do quinteto americano, formado em Nova York em 1998.
As referências são muitas e vão de Barry Manilow - de cujo hit Mandy (1975) o Strokes chupa o refrão em Razorblade - ao grupo vanguardista Velvet Underground (sobretudo em Evening Sun). A mudança evidentemente não foi tão radical. O rock que abre o CD, You Only Live Once, tem a pegada típica da banda. Da mesma forma que Juicebox, a faixa eleita pela gravadora Sony & BMG para ser o primeiro single promocional do disco, tem apelo pop, força roqueira e base funkeada que podem garantir a continuidade do sucesso comercial do Strokes.
Mas o fato é que o Strokes está diferente. A começar pelos vocais de Julian Casablancas, menos distorcidos, embora sempre nervosos. Com a opção por um som mais mesclado, o grupo lança mão tanto de um violoncelo (como em Ask me Anything) como de batidas dançantes (em On the Other Side e em Electrictyscape). Mas sem abandonar o rock indie que norteia sua obra. A variedade de ritmos é até salutar, o que incomoda verdadeiramente no disco é que ele vai perdendo pique ao longo de suas 14 faixas. First Impressions of Earth começa muito bem, mas termina mal. Ainda assim, é bom disco que renova o som do Strokes.
Título: First Impressions of Earth
Artista: The Strokes
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *
Se o valor de uma banda se mede pela coragem de reinventar seu som sem apego às fórmulas, o Strokes está em alta na bolsa do rock. Em seu terceiro CD, First Impressions of Earth (capa à direita), o grupo perde peso e energia em relação aos seus dois discos anteriores, Is This It (2001) e Room on Fire (2003), marcados por pegada indie, meio de garagem. Lançado mundialmente em 3 de janeiro, o novo álbum é o mais variado do quinteto americano, formado em Nova York em 1998.
As referências são muitas e vão de Barry Manilow - de cujo hit Mandy (1975) o Strokes chupa o refrão em Razorblade - ao grupo vanguardista Velvet Underground (sobretudo em Evening Sun). A mudança evidentemente não foi tão radical. O rock que abre o CD, You Only Live Once, tem a pegada típica da banda. Da mesma forma que Juicebox, a faixa eleita pela gravadora Sony & BMG para ser o primeiro single promocional do disco, tem apelo pop, força roqueira e base funkeada que podem garantir a continuidade do sucesso comercial do Strokes.
Mas o fato é que o Strokes está diferente. A começar pelos vocais de Julian Casablancas, menos distorcidos, embora sempre nervosos. Com a opção por um som mais mesclado, o grupo lança mão tanto de um violoncelo (como em Ask me Anything) como de batidas dançantes (em On the Other Side e em Electrictyscape). Mas sem abandonar o rock indie que norteia sua obra. A variedade de ritmos é até salutar, o que incomoda verdadeiramente no disco é que ele vai perdendo pique ao longo de suas 14 faixas. First Impressions of Earth começa muito bem, mas termina mal. Ainda assim, é bom disco que renova o som do Strokes.
Um disco de Simone com Zélia faria bem à 'Cigarra', mas seria bom para Zélia???
Com laços profissionais cada vez mais estreitos, Simone e Zélia Duncan já andam anunciando a vontade de gravar um disco juntas. Se o projeto driblar as questões legais (Simone é da EMI e Zélia pertence ao elenco da Universal) e for concretizado, o resultado será imprevisível. Para Simone, seria lufada de ar fresco em discografia que, mesmo com bons títulos recentes como Baiana da Gema (2004) e Ao Vivo (2005), ainda parece refém de um passado de glória na MPB dos anos 70. Simone tem lutado muito para diluir a aura brega que ainda rodeia seu nome por conta de trabalhos equivocados das décadas de 80 e 90. Um disco com Zélia seria válida tentativa de inserir a Cigarra em contexto mais pop, aliás, naquela tênue fronteira que separa o pop da MPB e pela qual Zélia tem transitado com sabedoria.
A questão é saber se um CD com Simone acrescentaria algo significativo à discografia de Zélia Duncan. A cantora vive momento artístico iluminado. Conseguiu emplacar dois álbuns sucessivos (Eu me Transformo em Outras e Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band) em todas as listas de melhores do ano de 2004 e 2005, respectivamente. O perigo de um trabalho com Simone reside no fato da tal aura brega também começar a pairar sobre a figura de Zélia. É bem verdade que o dueto das cantoras em Não Vá Ainda (na foto de Vera Donato, um instante da gravação) é um dos melhores momentos do recém-lançado projeto ao vivo da Cigarra. Mas todo cuidado é pouco! Simone ainda paga um preço (alto) pelas bobagens de sua discografia. Zélia conseguiu se livrar do desgaste que já rondava seu pop folk e se impôs como uma das cantoras mais inteligentes da atualidade. Um passo em falso pode pôr tudo a perder - ainda que, se bem cuidado e feito sem preocupações comerciais, um disco com Simone possa até resultar, além de imprevisível, interessante.
A questão é saber se um CD com Simone acrescentaria algo significativo à discografia de Zélia Duncan. A cantora vive momento artístico iluminado. Conseguiu emplacar dois álbuns sucessivos (Eu me Transformo em Outras e Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band) em todas as listas de melhores do ano de 2004 e 2005, respectivamente. O perigo de um trabalho com Simone reside no fato da tal aura brega também começar a pairar sobre a figura de Zélia. É bem verdade que o dueto das cantoras em Não Vá Ainda (na foto de Vera Donato, um instante da gravação) é um dos melhores momentos do recém-lançado projeto ao vivo da Cigarra. Mas todo cuidado é pouco! Simone ainda paga um preço (alto) pelas bobagens de sua discografia. Zélia conseguiu se livrar do desgaste que já rondava seu pop folk e se impôs como uma das cantoras mais inteligentes da atualidade. Um passo em falso pode pôr tudo a perder - ainda que, se bem cuidado e feito sem preocupações comerciais, um disco com Simone possa até resultar, além de imprevisível, interessante.
Malta leva Elis na flauta em CD reeditado
Lançado originalmente em 1999, mas já fora de catálogo há anos, o disco Pimenta (capa à direita) - em que Carlos Malta recria músicas do repertório de Elis Regina - está sendo reeditado pelo selo Delira Música. O flautista toca temas como Nada Será como Antes, Águas de Março, O Bêbado e a Equilibrista, Chovendo na Roseira, Ladeira da Preguiça, Bala com Bala e Cais.
Luiz Caldas ainda tem carisma e voz
Pioneiro do som rotulado como axé music por conta de seu hit Fricote (1985), apesar da contribuição essencial de precursores como Moraes Moreira, Luiz Caldas (foto) pode renascer das cinzas em 2006. O cantor já tem no forno DVD e CD ao vivo - gravados com a participação de nomes como Ivete Sangalo - que sairão em breve pela gravadora Universal.
Na estréia da nova temporada carioca de Margareth Menezes no Canecão (RJ), na noite de ontem (10 de janeiro), Caldas era um dos convidados. Mostrou que ainda tem força e voz ao reviver sucessos como Haja Amor. Enquanto o outro convidado (o grupo A Cor do Som) provocou bocejos na platéia por causa dos vocais esmaecidos de Dadi e Armandinho (e dos longos solos do guitarrista, inapropriados para um show de axé), Caldas incendiou o público de tal forma que, ao sair do palco, ouviu-se o coro de "volta! volta!" - isso depois de o cantor já ter improvisado Tieta a pedido da platéia...
Moral da história: Caldas tem história na música afro-pop-baiana, continua carismático e ainda tem voz para encarar a massa. Se a Universal souber trabalhar seu DVD, ele ainda pode render bom caldo baiano. Assim como Margareth Menezes, que se afastou do axé em disco editado pela EMI em meados de 2005, mas que mostrou - com seu vozeirão e seu pique contagiante - que funciona melhor no compasso do samba-reggae.
Na estréia da nova temporada carioca de Margareth Menezes no Canecão (RJ), na noite de ontem (10 de janeiro), Caldas era um dos convidados. Mostrou que ainda tem força e voz ao reviver sucessos como Haja Amor. Enquanto o outro convidado (o grupo A Cor do Som) provocou bocejos na platéia por causa dos vocais esmaecidos de Dadi e Armandinho (e dos longos solos do guitarrista, inapropriados para um show de axé), Caldas incendiou o público de tal forma que, ao sair do palco, ouviu-se o coro de "volta! volta!" - isso depois de o cantor já ter improvisado Tieta a pedido da platéia...
Moral da história: Caldas tem história na música afro-pop-baiana, continua carismático e ainda tem voz para encarar a massa. Se a Universal souber trabalhar seu DVD, ele ainda pode render bom caldo baiano. Assim como Margareth Menezes, que se afastou do axé em disco editado pela EMI em meados de 2005, mas que mostrou - com seu vozeirão e seu pique contagiante - que funciona melhor no compasso do samba-reggae.
Hyldon grava clipe de sucesso de 1975
Hyldon vai gravar clipe de Na Sombra de uma Árvore, sucesso de seu primeiro disco (Na Rua, na Chuva, na Fazenda..., 1975). A gravação será feita em película, em São Paulo, na segunda-feira, 16 de janeiro, com direção da cineasta Tata Amaral. A propósito, Na Sombra de uma Árvore - música regravada por Cláudio Zoli em seu último CD, Zoli Clube - faz parte da trilha sonora do novo filme de Tata, Antonia, que tem lançamento previsto para o segundo semestre.
Pato Fu esclarece sua saída da BMG
Recém-chegados de Tokyo, Fernanda Takai e John Ulhoa viram o comentário da retrospectiva 2005 deste colunista - que elegeu sem favor nenhum o oitavo disco do Pato Fu, Toda Cura para Todo Mal, como um dos melhores do ano - e aproveitam para esclarecer que não foram dispensados da gravadora BMG como acreditava (e escreveu) o colunista. "Pedimos para sair porque tínhamos uma proposta da EMI", conta Fernanda. "No meio dos acertos do contrato, mudou o presidente de lá (Marcos Maynard assumiu a EMI e Jorge Davidson, que levara o Pato Fu para a BMG e tinha ido para a EMI, foi demitido da diretoria artística) e ficamos sem gravadora", acrescenta a cantora.
Taí a explicação! E o que importa é que, mesmo por vias independentes, Toda Cura para Todo Mal chegou às lojas. E merece ser ouvido até por quem nunca curtiu o Pato Fu.
Taí a explicação! E o que importa é que, mesmo por vias independentes, Toda Cura para Todo Mal chegou às lojas. E merece ser ouvido até por quem nunca curtiu o Pato Fu.
Skank é popular sem ser popularesco
O Instituto Crowley - que contabiliza a execução de músicas nas rádios - divulgou a lista das mais tocadas em 2005 nas emissoras brasileiras. Entre hits românticos / sertanejos (a balada Fui Eu, de Michael Sullivan e Paulo Massadas, foi a campeã do ano passado na regravação da dupla Zezé Di Camargo & Luciano), babas pagodeiras e sucessos da resistente axé music, a boa surpresa foi o aparecimento de Vamos Fugir num honroso quarto lugar. O reggae de Gilberto Gil já tinha sido sucesso popular em 1984 na voz do autor, mas alcançou êxito igual ou maior 20 anos depois na releitura do Skank (foto). O quarteto mineiro turbinou e renovou a música com sua pegada roqueira. A regravação impulsionou as vendas da primeira coletânea do grupo, Radiola, que, lançada em fins de 2004, logo ultrapassou as 100 mil cópias.
Não é a primeira vez que a banda desafia o reinado do sertanejo, do pagode e do axé nas paradas radiofônicas. Em 2004, a música Vou Deixar - a faixa mais pop do refinado CD Cosmotron (2003) - também fez bonito, mostrando que é possível ser popular sem ser popularesco. O curioso é que o Skank até tem sofisticado seu som, mas sempre apresenta uma ou outra música com aquela levada irresistível que faz todo mundo cantar. Mas sem apelar para melodias ou versos rasteiros. É pop de bom nível!
Aliás, falta música boa no pop nacional com força para conquistar o público e as rádios. Até mesmo Lulu Santos - mestre na arte da composição - teve que regravar um hit de João Penca e seus Miquinhos Amestrados (Popstar, inadequado para o cantor) para voltar a tocar no rádio. E olha que Lulu tem lançado muita música inédita da melhor qualidade em discos como Bugalu, Programa e - em menor escala - no recente Letra & Música! Por isso mesmo, é hora de saudar o Skank. Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) têm conseguido o equilíbrio delicado entre a música genuinamente pop e a canção popular, aquela que pega todo mundo, de A a Z. Os Titãs já perderam essa capacidade. O Barão Vermelho idem. E até o Cidade Negra - banda projetada nos mesmos anos 90 que revelaram o Skank - já não alcança o sucesso popular a que faz jus.
O mundo pop tem lá seus mistérios. Lulu Santos lota shows, mas não vende discos na mesma proporção. O mesmo já ocorre com Los Hermanos - mais cultuados nos palcos do que no CD-player (apesar de suas vendas satisfatórias). Por isso mesmo, viva o Skank - o grupo que já soma 13 anos de sucesso ininterrupto nas rádios, nos shows e nas prateleiras das lojas.
Não é a primeira vez que a banda desafia o reinado do sertanejo, do pagode e do axé nas paradas radiofônicas. Em 2004, a música Vou Deixar - a faixa mais pop do refinado CD Cosmotron (2003) - também fez bonito, mostrando que é possível ser popular sem ser popularesco. O curioso é que o Skank até tem sofisticado seu som, mas sempre apresenta uma ou outra música com aquela levada irresistível que faz todo mundo cantar. Mas sem apelar para melodias ou versos rasteiros. É pop de bom nível!
Aliás, falta música boa no pop nacional com força para conquistar o público e as rádios. Até mesmo Lulu Santos - mestre na arte da composição - teve que regravar um hit de João Penca e seus Miquinhos Amestrados (Popstar, inadequado para o cantor) para voltar a tocar no rádio. E olha que Lulu tem lançado muita música inédita da melhor qualidade em discos como Bugalu, Programa e - em menor escala - no recente Letra & Música! Por isso mesmo, é hora de saudar o Skank. Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) têm conseguido o equilíbrio delicado entre a música genuinamente pop e a canção popular, aquela que pega todo mundo, de A a Z. Os Titãs já perderam essa capacidade. O Barão Vermelho idem. E até o Cidade Negra - banda projetada nos mesmos anos 90 que revelaram o Skank - já não alcança o sucesso popular a que faz jus.
O mundo pop tem lá seus mistérios. Lulu Santos lota shows, mas não vende discos na mesma proporção. O mesmo já ocorre com Los Hermanos - mais cultuados nos palcos do que no CD-player (apesar de suas vendas satisfatórias). Por isso mesmo, viva o Skank - o grupo que já soma 13 anos de sucesso ininterrupto nas rádios, nos shows e nas prateleiras das lojas.
Bibi celebra o tango com Miguel Proença
Disco gravado por Bibi Ferreira na companhia do pianista Miguel Proença (com Bibi na foto), Tango é um dos primeiros lançamentos da Biscoito Fino em 2006. Produzido por Olivia Hime, com direção musical de Ignacio Varchausky, jovem integrante da moderna orquestra argentina El Arranque, o CD concilia no repertório raridades e clássicos do gênero.
Entre as jóias raras do baú, há Mi Tango Triste (Aníbal Troilo e José María Contursi, 1946), Pequeña (Osmar Maderna e Homero Expósito, 1949) e Milonga Triste (Sebastián Piana e Homero Manzi, 1936). Entre os standards do ritmo argentino, a dupla selecionou Caminito (tango de 1926 - de Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Peñolaza - que, no Brasil, foi popularizado em tom abolerado pelo Trio Los Panchos), Mano a Mano (Carlos Gardel, José Razzano e Celedonio Flores, 1923), Cuesta Abajo (Alfredo Le Pera e Carlos Gardel, 1934 - autores também de outra faixa do disco, Por una Cabeza, de 1935).
Fuimos (1945) e Mal de Amores (1934) aparecem no álbum em versão instrumental, com o solo de Miguel Proença. O CD é aberto por Yo Soy el Tango (1941). Completam o repertório Siga el Corso (1926), La Noche que te Fuiste (1945) e Esta Noche me Emborracho (1928).
Tanto Bibi quanto Proença têm origens latinas. A intérprete aprendeu primeiro o idioma espanhol antes de ser alfabetizada em português. Já o pianista nasceu nos Pampas Gaúchos, filho de mãe uruguaia.
Entre as jóias raras do baú, há Mi Tango Triste (Aníbal Troilo e José María Contursi, 1946), Pequeña (Osmar Maderna e Homero Expósito, 1949) e Milonga Triste (Sebastián Piana e Homero Manzi, 1936). Entre os standards do ritmo argentino, a dupla selecionou Caminito (tango de 1926 - de Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Peñolaza - que, no Brasil, foi popularizado em tom abolerado pelo Trio Los Panchos), Mano a Mano (Carlos Gardel, José Razzano e Celedonio Flores, 1923), Cuesta Abajo (Alfredo Le Pera e Carlos Gardel, 1934 - autores também de outra faixa do disco, Por una Cabeza, de 1935).
Fuimos (1945) e Mal de Amores (1934) aparecem no álbum em versão instrumental, com o solo de Miguel Proença. O CD é aberto por Yo Soy el Tango (1941). Completam o repertório Siga el Corso (1926), La Noche que te Fuiste (1945) e Esta Noche me Emborracho (1928).
Tanto Bibi quanto Proença têm origens latinas. A intérprete aprendeu primeiro o idioma espanhol antes de ser alfabetizada em português. Já o pianista nasceu nos Pampas Gaúchos, filho de mãe uruguaia.
Primeiro solo de Rita sai na Inglaterra
Primeiro disco solo de Rita Lee, editado em 1970, quando a cantora ainda não havia sido desligada do grupo Os Mutantes, Build Up (capa à esquerda) está sendo lançado na Inglaterra pelo selo Cherry Red, ligado à gravadora Él Records. Guitarrista dos Mutantes, Arnaldo Baptista foi o diretor musical do álbum, que contou com arranjos do maestro tropicalista Rogério Duprat. Exceto pela faixa José, versão de Nara Leão de Joseph (tema de Georges Moustaki), o repertório de Build Up acabaria sendo esquecido pela própria Rita que, expulsa dos Mutantes em 1973, iniciaria verdadeiramente sua carreira individual a partir da formação do grupo Tutti Frutti.
Latino dá música para sua ex-dançarina
Atriz do programa Zorra Total (humorístico apresentado pela Rede Globo nas noites de sábado) e ex-dançarina dos shows de Latino, Myrian Martin vai tentar se lançar como cantora em 2006 com aval do intérprete de Festa no Apê. Latino (com Myrian na foto) deu várias músicas para o primeiro disco de sua colega - entre elas, Ping Pong, cuja letra narra as desavenças de um casal.
Manieri homenageia irmão morto e recicla repertório em seu novo CD
Maurício Manieri está fechado para balanço desde a morte de seu irmão, o músico Marcelo Manieri, falecido em outubro de 2004. Além do vínculo familiar, os manos tinham fortes laços profissionais. Marcelo era um dos responsáveis pela sonoridade dos discos de Maurício, que resolveu reciclar seu repertório no CD Agora que Voltou (capa à esquerda). Entre músicas já gravadas como Quero Ver Quem Vem, Eu Amo Você e Pequeno Mundo, o destaque é Hey Brother, composta por Maurício em tributo ao saudoso mano.
Ivan Lins compõe com Ivone Lara
Ivan Lins inaugura parceria com Dona Ivone Lara em seu novo disco, Ivan, previsto para abril. A música se chama Deus É Mais. Outras inéditas do CD são Diana do Mar e Por sua Causa, parcerias com Paulo César Pinheiro. O cantor (na foto, num clique de Rodrigo Castro) vai gravar também Prece ao Samba - composta com Nei Lopes - e recriar Onde Está a Honestidade?, samba de Noel Rosa.
Ivan, o CD, seria inicialmente um álbum duplo que reuniria colaboradores nacionais e alguns estrangeiros (como o cantor e compositor italiano Lucio Dalla - presença ainda não confirmada). Mas houve mudança de planos. Por ora, está confirmado apenas o lançamento de um disco simples, via EMI, com as parcerias nacionais.
Ivan, o CD, seria inicialmente um álbum duplo que reuniria colaboradores nacionais e alguns estrangeiros (como o cantor e compositor italiano Lucio Dalla - presença ainda não confirmada). Mas houve mudança de planos. Por ora, está confirmado apenas o lançamento de um disco simples, via EMI, com as parcerias nacionais.
Lenine produz Elba e cantor português
Depois de ter produzido o controvertido Segundo de Maria Rita (CD que vem obtendo desempenho comercial abaixo do esperado) e de ter feito ao lado de Chico César o último disco do compositor paraibano (De Uns Tempos pra Cá), Lenine (foto) já acertou com o cantor e compositor português João Pedro Paes a produção do novo álbum do artista lusitano. Outra produção de Lenine prevista para 2006 - mas já acertada de boca desde 2004 - é a do próximo CD de Elba Ramalho. Se dependesse da vontade da cantora, ela teria gravado no ano passado o disco produzido por Lenine. Mas o projeto vinha sendo adiado por conta da agenda atribulada do artista pernambucano, às voltas também com a divulgação de seu disco Lenine In Cité.
Lulu inclui inéditas no terceiro DVD
A produção autoral de Lulu Santos (foto) continua incessante. Além de ter dado o samba Propriedade Particular para o próximo disco de Gilberto Gil, o cantor tem composto músicas para incluir no roteiro de seu show Popstar. A turnê será gravada para originar um DVD - o terceiro do artista. Uma das inéditas é Contatos Imediatos. Entre as novidades na voz de Lulu, a curiosidade é Vôo de Coração, faixa-título do primeiro LP de Ritchie, editado em 1983.
Maria Creuza lança seu segundo DVD
Cantora projetada nos anos 70, com aval e promoção de Vinicius de Moraes, Maria Creuza canta algumas letras do Poetinha (Berimbau, Eu Sei que Vou te Amar, A Felicidade, Chega de Saudade, Tarde em Itapoã) em seu segundo DVD, Maria Creuza ao Vivo (capa à direita). Na curta seleção de apenas 12 músicas, a intérprete entoa também Você Abusou (hit da dupla Antonio Carlos & Jocafi que também alcançou êxito na sua voz), Rosa Morena (Dorival Caymmi) e Simples Carinho (João Donato e Abel Silva), entre outras músicas. Creuza já havia lançado um DVD na série Tons do Brasil.
Vanessa: voz da dona ou dona da voz?
Comenta-se nos bastidores da indústria fonográfica que a inclusão das duas (boas) músicas inéditas de Vanessa da Mata (Acode e Sem Saída) no álbum de estréia de Shirle de Moraes, Nada Será Como Antes, foi idéia dos executivos da Sony & BMG. Vanessa (foto) teria apenas aceitado a sugestão da gravadora - da qual é contratada - e autorizado a gravação de suas composições pela colega gaúcha, projetada no programa Fama.
Temptations regravam hits da Motown
Depois de lançar em 2004 Legacy, álbum à altura de sua história, o grupo vocal The Temptations apresenta em 31 de janeiro Reflections - disco em que regrava 15 sucessos de artistas da Motown, companhia especializada em soul e rhythm and blues. A seleção inclui I Hear a Symphony (pérola do repertório das Supremes), Ain't No Mountain High Enough (hit da fase inicial da carreira solo de Diana Ross), Neither One of Us (Wants To Be the First to Say Goodbye) - clássico de Gladys Knight and the Pips - e I'll Be There, sucesso na voz de Michael Jackson. Uma das surpresas é Don't Leave me This Way, música propagada por Thelma Houston na era da disco music.
Gravação do segundo álbum solo de Beyoncé terá que esperar fim de filme
É provável que Beyoncé Knowles (foto) lance somente em 2007 seu segundo disco solo. A gravação do esperado sucessor de Dangerously in Love - que vendeu 4,2 milhões de cópias somente nos Estados Unidos - não é, por ora, prioridade na carreira da atriz e cantora. A artista está totalmente envolvida com as filmagens de seu próximo longa-metragem, Dreamgirls, programadas até setembro. "Eu não vou compor para o álbum enquanto não terminar de fazer o filme", garantiu Beyoncé à revista Billboard.
Sonic Youth prepara álbum meio atonal
Grupo americano surgido no início dos anos 80, na cena vanguardista do rock daquela década, o Sonic Youth prepara álbum para 2006. Ainda sem título, o disco trará músicas como Steam, Do You Believe in Rapture?, Or e Sleepin' Around. Parte do repertório terá um caráter atonal e dissonante. Será o primeiro CD do grupo sem a colaboração do muiti-instrumentista Jim O'Rourke, que trabalha com a banda em estúdio desde o álbum Murray Street, de 2002.