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S�bado, Janeiro 14, 2006

F�s reclamam aus�ncia da m�sica 'Onze Fitas' no DVD Elis Regina Carvalho Costa

F�s bem informados de Elis Regina est�o protestando contra a aus�ncia de Onze Fitas no rec�m-lan�ado DVD Elis Regina Carvalho Costa (capa � esquerda), editado no fim do ano, numa parceria das gravadoras Trama e Som Livre. Inclu�da pela cantora no disco Saudade do Brasil (1980), a m�sica de F�tima Guedes foi gravada pela Pimentinha para o especial da s�rie Grandes Nomes exibido pela Rede Globo em 3 de outubro de 1980 e ora perpetuado em DVD. Mas Onze Fitas acabou fora do especial por limite de tempo, sendo mostrada somente num programa veiculado pela Globo com as sobras da s�rie. O que os f�s reclamam - e com raz�o - � que o n�mero poderia ter entrado no DVD, ainda que nos extras.

Daniela p�e Bach na Bahia em DVD em que faz duetos com Gil e Luiz Caldas

Filmado em 2005 no Carnaval de Salvador (BA), com c�meras de alta defini��o, o terceiro DVD de Daniela Mercury (foto), Baile Barroco, traz um set erudito nos extras. Intitulado Bach na Bahia, o set flagra o pianista cl�ssico Ricardo Castro tocando em plena folia baiana trechos das Bachianas e do Trem Caipira, temas do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos.

Extras � parte, o repert�rio do DVD re�ne na voz de Daniela dois sucessos da Banda Mel (Baianidade Nag� e Prefixo de Ver�o), um cl�ssico do repert�rio de Moraes Moreira (Chame Gente) e sucessos da pr�pria cantora no Carnaval (Triometal, Maimb� Dand�, Olha o Gandhy A�, Meu Pai Oxal�).

O DVD traz as participa��es de Luiz Caldas (em Fricote, primeiro hit de Caldas, de 1985) e de Gilberto Gil, com quem Daniela canta o reggae Vamos Fugir (1984) no camarote do Ministro da Cultura.

Um cl�ssico de Nina Simone � reeditado

Um dos t�tulos mais preciosos da discografia da cantora, compositora e pianista americana Nina Simone (1933-2003), High Priestess of Soul (capa � esquerda) ganha reedi��o em CD em car�ter mundial dentro da s�rie Verve Originals, distribu�da nas lojas pela gravadora Universal. Gravado em 1966, com arranjos do maestro Hal Mooney, o disco mostra Nina j� embebida pelo soul e pelo gospel que muitas vezes dariam o tom de seu canto eventualmente jazz�stico. O repert�rio inclui temas de autoria da pr�pria artista (Take me to the Water, Come ye), m�sica de Chuck Berry (Brown Eyed Handsome Man) e parceria de Duke Ellington com Irving Mills (The Gal from Joe's).

In�dito em CD no Brasil, disco de Duprat sai na Inglaterra com raras de Mutantes

Ainda imperdoavelmente in�dito em CD no Brasil, mas com previs�o de ser relan�ado em breve numa cole��o que re�ne os �lbuns dos Mutantes, o disco A Banda Tropicalista do Duprat - gravado em 1968 pelo maestro Rog�rio Duprat em plena efervesc�ncia da Tropic�lia - est� sendo reeditado na Inglaterra pelo selo Red Cherry. Al�m de registrar a maestria dos arranjos de Duprat em faixas como Baby e Chega de Saudade, o �lbum tem alto valor documental por reunir quatro raras grava��es do grupo Os Mutantes: Lady Madonna (sucesso dos Beatles), Cinderella Rockfella, The Rain, the Park and other Things (do repert�rio do grupo The Cowsills) e o medley que une Chiquita Bacana com Can��o pra Ingl�s Ver.

Ciribelli toca jazz nacional com suingue

Resenha de CD
T�tulo: Ao Vivo com Aditivo
Artista: Marvio Ciribelli
Gravadora: Mantra
Cota��o: * * *

Muitos discos ao vivo (quase todos, a rigor) s�o retocados em est�dio. O charme deste d�cimo t�tulo da discografia do pianista Marvio Ciribelli � fazer alarde justamente dos acr�scimos. A grava��o foi feita ao vivo em 1994 no tradicional Montreux Jazz Festival, na Su��a, em fita digital que permaneceu guardada por 11 anos. No in�cio de 2005, Ciribelli desencavou a fita e p�s o tal aditivo: a regrava��o dos arranjos pelo trombonista Paulo Williams, que fazia parte da banda do pianista na �poca do registro do CD, mas n�o p�de tocar com ele em Montreux.

Com ou sem aditivo, o que se ouve � um disco com m�sica instrumental brasileira de tom jazz�stico. Quatro dos dez temas do repert�rio foram lan�ados no CD de est�dio Nazareth na Confraria, cuja faixa-t�tulo � um choro bem moderninho. Dentre as quatro, o destaque � Namorados da Lua, inusitada marcha-rancho, fiel ao andamento tradicional do g�nero, mas tocada evidentemente com a liberdade de improviso do jazz. E � nesse clima livre que Ciribelli toca com suingue sambas como Turma da Gafieira e Samba Partido, que tenta misturar a cad�ncia do samba com as quebradas do partido alto. No todo, � um disco de jazz nacional sem releituras que aposta em repert�rio totalmente autoral. Para quem gosta do estilo, Ao Vivo com Aditivo � boa pedida.
Sexta-feira, Janeiro 13, 2006

AfroReggae ainda precisa de melodias � altura de seus grooves e de seu discurso

Resenha de CD
T�tulo: Nenhum Motivo Explica a Guerra
Artista: AfroReggae
Gravadora: Gel�ia Geral
Cota��o: * * *

A ideologia e os sons propagados pelo grupo AfroReggae transcendem o universo puramente musical. Surgido a partir da atividade cultural da ONG que o batiza, o grupo de Vig�rio Geral est� inserido em contexto social t�o forte que, n�o raro, seu discurso cai num tom panflet�rio, como na faixa-t�tulo de seu segundo disco, Nenhum Motivo Explica a Guerra, letrada por um Arnaldo Antunes mais literal e menos po�tico. A m�sica cresce quando entram as vozes e as batidas dos rappers ingleses TY e Estelle.

Produzido por Chico Neves, habituado a trabalhar com bandas do universo pop rock, o sucessor de Nova Cara (2001) mostra que a ideologia e os grooves do AfroReggae continuam afiados. O que o grupo precisa � burilar a qualidade mel�dica do repert�rio. Falta m�sica � altura da contund�ncia do discurso. A releitura estranha da ainda impactante Haiti (m�sica dos padrinhos Caetano Veloso e Gilberto Gil, lan�ada pelos autores em 1993 no disco Tropic�lia 2) acentua o desequil�brio entre melodias e versos.

E o fato � que, embora o AfroReggae at� soe como O Rappa em Mais uma Chance (m�sica sobre os assassinatos que aterrorizam o cotidiano das periferias), o grupo suaviza a virul�ncia de seu discurso em faixas mais radiof�nicas como Partida e o reggae Quero S� Voc�, que traz o hitmaker Nando Reis entre os autores. A ades�o de Manu Chao em Benedito contribui para deixar o disco com cara multifacetada. Ainda que as batidas funkeadas de Coisa de Neg�o e A Aquarela Dela sejam a cara do AfroReggae.

Pensador planeja disco infantil de rap

O oitavo disco de Gabriel O Pensador (foto) tem tudo para ser um marco na hist�ria do hip hop. Estimulado pela conviv�ncia com seus dois filhos, Tom e Davi, o rapper carioca planeja gravar CD infantil de rap e j� esbo�a o repert�rio. Se o projeto se concretizar e ganhar o aval da gravadora Sony & BMG (o que n�o ser� dif�cil, depois do sucesso comercial do CD, DVD e show Adriana Partimpim), o Pensador poder� fazer hist�ria ao gravar o primeiro �lbum de rap no g�nero infantil.

Bel� Velloso regrava hit de Clara Nunes h� 30 anos. Ou�a e d� sua opini�o!


Sobrinha de Caetano Veloso e Maria Beth�nia, a cantora Bel� Velloso (foto) regravou Lama, sucesso de Clara Nunes. De autoria do compositor Mauro Duarte, Lama foi um dos destaques do disco Canto das Tr�s Ra�as, lan�ado por Clara em 1976. A grava��o foi feita para r�dio da internet e tamb�m pode ser conferida no site de Bel�, no endere�o http://www.belovelloso.com.br/audios/belovelloso_lama.asf - ou�a e d� sua opini�o.

Nana quer gravar mais obra de Caymmi

Mesmo j� tendo dedicado tr�s CDs recentes � obra de Dorival Caymmi (O Mar e o Tempo e os dois discos gravados com os irm�os Dori e Danilo para homenagear os 90 anos do compositor baiano), Nana Caymmi (foto) planeja gravar um quarto �lbum com m�sicas de seu pai. A prioridade, desta vez, seriam os sambas-can��es.

Depois do pr�prio Dorival, ningu�m canta Caymmi como Nana (basta ouvir sua interpreta��o de Jo�o Valent�o no DVD Brasileirinho, de Maria Beth�nia, para atestar sua sublime e suprema intimidade com o cancioneiro do pai). Mas � fato tamb�m que Nana precisa voltar a gravar discos com repert�rio in�dito. O �ltimo, Desejo, saiu em 2001. Sua discografia tem estado muito voltada para o passado. Nana Caymmi � int�rprete magistral de m�sicas de qualquer �poca. Por isso mesmo, j� passa da hora de a cantora fazer um CD com repert�rio mais contempor�neo.

Pife Muderno reverencia paj� em 'Paru'

Nome de um falecido paj� da tribo de �ndios Yawalapitis (do Alto Xingu), a quem o CD � dedicado, Paru � o t�tulo do segundo disco (capa � esquerda) de Carlos Malta & Pife Muderno. O grupo - formado por Carlos Malta (arranjos, flauta e dire��o art�stica), Andr�a Ernest Dias (flauta), Oscar Bol�o (caixa e pratos), Marcos Suzano (pandeiro), Durval Pereira (zabumba) e Bernardo Aguiar (pandeiro) - toca um repert�rio que inclui sucessos de Jackson do Pandeiro (Sebastiana, Chiclete com Banana), composi��o de Hermeto Paschoal (Santo Antonio), m�sica de Gilberto Gil (As Pegadas do Amor), um cl�ssico de Luiz Gonzaga (Qui nem Jil�) e um hit de C�ssia Eller (Gatas Extraordin�rias, de Caetano Veloso), al�m de temas de Carlos Malta (Coisa dos Santos, O Trem, Tudo Azul, Durval � o Bicho!). O primeiro CD do Pife Muderno saiu em 2000.
Quinta-feira, Janeiro 12, 2006

Gravadora multinacional abre selo gay para segmentar artistas da tribo GLS

A gravadora multinacional Sony & BMG anunciou esta semana a cria��o de um selo gay, intitulado Music with a Twist, para viabilizar a produ��o e o lan�amento de artistas declaradamente homossexuais / bissexuais ou ent�o associados ao mundo gay. O selo est� sendo criado em parceria com a empresa Wilderness Media, que det�m a concess�o de um canal gay na televis�o norte-americana e planeja estrear um programa de r�dio dirigido � tribo GLS e veiculado tamb�m na internet.

A not�cia d� margem a questionamentos. � �bvio que o mercado GLS precisa de produtos que entendam as especificidades do numeroso p�blico consumidor gay - um pilar da ind�stria fonogr�fica nunca valorizado na medida de sua import�ncia (o que seria de muitas cantoras sem seus fi�is e alegres s�ditos?). Nesse sentido, a abertura de um selo friendly � louv�vel para promover nos canais certos a edi��o de colet�neas tem�ticas, por exemplo - fil�o ainda inexplorado pela ind�stria fonogr�fica brasileira.

Mas h� outros lados que merecem pondera��o. A quest�o mais delicada diz respeito � segmenta��o. Agrupar num selo espec�fico artistas homossexuais (ou bissexuais) e seus colegas associados ao mundo gay pode ser tamb�m uma forma de discriminar, isolar e enquadrar nomes que poderiam ser consumidos por p�blicos de todos os sexos, credos e ra�as. Principalmente se levado em conta que poucos s�o os artistas que assumem publicamente sua condi��o sexual, sobretudo no Brasil, e que o preconceito ainda existe. No Brasil e em qualquer canto do mundo.

Ali�s, a recente entrevista da cantora Ana Carolina � revista Veja ainda provoca pol�mica. F�s da artista e grupos gays est�o decepcionados e protestam contra a escolha do termo "bissexual", usado pela artista na reportagem para afirmar sua suposta atra��o por homens e mulheres. Por tudo isso, a abertura de um selo gay para artistas da tribo GLS ainda parece distante da realidade nacional. Quantos artistas, mesmo heterossexuais, gostariam de ver seu trabalho explicitamente associado ao universo GLS? No exterior, � bem poss�vel que a id�ia vingue, pois astros como Elton John e George Michael j� ousam dizer os nomes de seus amores.

Seja como for, a iniciativa da Sony & BMG � louv�vel. Dependendo da forma como for conduzido, o selo pode se impor na ind�stria fonogr�fica e representar o come�o de uma era de menos hipocrisia nesta sempre delicada quest�o (homos)sexual.

Coxon finaliza CD conceitual sobre amor

Guitarrista do grupo ingl�s Blur, Graham Coxon (foto) finalizou �lbum solo conceitual sobre o amor. "Este disco est� mais focado nas quest�es do cora��o do que os anteriores. Cada m�sica tem algo a ver com amor. E todas foram inspiradas em experi�ncias do passado, fantasias, relatos de amigos ou leituras de livros", adiantou o m�sico ao seman�rio ingl�s New Music Express. O sucessor de Hapiness in Magazines (2004) j� est� pronto desde maio do ano passado, mas sair� somente neste ano, em data ainda incerta. Ser� o sexto CD individual do artista, que iniciou carreira solo em 1998 com o �lbum Sky Is Too High.

Mindelis leva hit de Ben Jor para o rap

O cantor, compositor e guitarrista de blues Nuno Mindelis experimenta ritmos diversos em seu rec�m-lan�ado CD Outros Nunos. Um dos destaques � a releitura de Mas que Nada - sucesso de Jorge Ben Jor (foto) que ganhou proje��o internacional desde seu lan�amento, em 1963 - em cad�ncia pr�xima do rap. A regrava��o de Mindelis conta com a participa��o do rapper paulista Rappin' Hood. O disco traz tamb�m a onipresente Z�lia Duncan, convidada da faixa Gosto do Jeito.

Maga lan�a samba-reggae e planeja DVD

Margareth Menezes (foto) j� est� promovendo em seus shows um samba-reggae in�dito, Na Ponta do P�. A cantora planeja registrar a m�sica em seu pr�ximo trabalho, que, provavelmente, ser� gravado ao vivo para possibilitar o lan�amento de um DVD. O �ltimo CD da cantora, Pra Voc�, fugiu da linha afro-pop-brasileira que caracteriza seu trabalho e alcan�ou pouca repercuss�o, embora a faixa Miragem na Esquina esteja atualmente tocando bem na Bahia.

Zeca canta um cl�ssico de Chico Buarque em disco que agrupa bambas do samba

Zeca Pagodinho (foto) canta um cl�ssico do repert�rio de sambas de Chico Buarque - Quem te Viu, Quem te V�, lan�ado pelo autor em 1966 - no CD Ninho de Cobras, produzido por Jos� Milton com a reuni�o de bambas como Monarco (Cora��o em Desalinho, sucesso na voz de Zeca), Arlindo Cruz (Camar�o que Dorme a Onda Leva, samba lan�ado por Beth Carvalho em 1983), Luiz Carlos da Vila (Artigo Esgotado), Roberto Silva (Alegria), Jamel�o (Doce Melodia, samba regravado por Marisa Monte no disco Cor-de-Rosa e Carv�o), Paulo C�sar Pinheiro (A paix�o e a Jura) e Moacyr Luz (Saudades da Guanabara, faixa-t�tulo do disco lan�ado por Beth Carvalho em 1989), entre outros int�rpretes. O disco chega �s lojas no fim de janeiro.
Quarta-feira, Janeiro 11, 2006

Strokes perde peso no terceiro �lbum

Resenha de CD
T�tulo: First Impressions of Earth
Artista: The Strokes
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * * *

Se o valor de uma banda se mede pela coragem de reinventar seu som sem apego �s f�rmulas, o Strokes est� em alta na bolsa do rock. Em seu terceiro CD, First Impressions of Earth (capa � direita), o grupo perde peso e energia em rela��o aos seus dois discos anteriores, Is This It (2001) e Room on Fire (2003), marcados por pegada indie, meio de garagem. Lan�ado mundialmente em 3 de janeiro, o novo �lbum � o mais variado do quinteto americano, formado em Nova York em 1998.

As refer�ncias s�o muitas e v�o de Barry Manilow - de cujo hit Mandy (1975) o Strokes chupa o refr�o em Razorblade - ao grupo vanguardista Velvet Underground (sobretudo em Evening Sun). A mudan�a evidentemente n�o foi t�o radical. O rock que abre o CD, You Only Live Once, tem a pegada t�pica da banda. Da mesma forma que Juicebox, a faixa eleita pela gravadora Sony & BMG para ser o primeiro single promocional do disco, tem apelo pop, for�a roqueira e base funkeada que podem garantir a continuidade do sucesso comercial do Strokes.

Mas o fato � que o Strokes est� diferente. A come�ar pelos vocais de Julian Casablancas, menos distorcidos, embora sempre nervosos. Com a op��o por um som mais mesclado, o grupo lan�a m�o tanto de um violoncelo (como em Ask me Anything) como de batidas dan�antes (em On the Other Side e em Electrictyscape). Mas sem abandonar o rock indie que norteia sua obra. A variedade de ritmos � at� salutar, o que incomoda verdadeiramente no disco � que ele vai perdendo pique ao longo de suas 14 faixas. First Impressions of Earth come�a muito bem, mas termina mal. Ainda assim, � bom disco que renova o som do Strokes.

Um disco de Simone com Z�lia faria bem � 'Cigarra', mas seria bom para Z�lia???

Com la�os profissionais cada vez mais estreitos, Simone e Z�lia Duncan j� andam anunciando a vontade de gravar um disco juntas. Se o projeto driblar as quest�es legais (Simone � da EMI e Z�lia pertence ao elenco da Universal) e for concretizado, o resultado ser� imprevis�vel. Para Simone, seria lufada de ar fresco em discografia que, mesmo com bons t�tulos recentes como Baiana da Gema (2004) e Ao Vivo (2005), ainda parece ref�m de um passado de gl�ria na MPB dos anos 70. Simone tem lutado muito para diluir a aura brega que ainda rodeia seu nome por conta de trabalhos equivocados das d�cadas de 80 e 90. Um disco com Z�lia seria v�lida tentativa de inserir a Cigarra em contexto mais pop, ali�s, naquela t�nue fronteira que separa o pop da MPB e pela qual Z�lia tem transitado com sabedoria.

A quest�o � saber se um CD com Simone acrescentaria algo significativo � discografia de Z�lia Duncan. A cantora vive momento art�stico iluminado. Conseguiu emplacar dois �lbuns sucessivos (Eu me Transformo em Outras e Pr�-P�s-Tudo-Bossa-Band) em todas as listas de melhores do ano de 2004 e 2005, respectivamente. O perigo de um trabalho com Simone reside no fato da tal aura brega tamb�m come�ar a pairar sobre a figura de Z�lia. � bem verdade que o dueto das cantoras em N�o V� Ainda (na foto de Vera Donato, um instante da grava��o) � um dos melhores momentos do rec�m-lan�ado projeto ao vivo da Cigarra. Mas todo cuidado � pouco! Simone ainda paga um pre�o (alto) pelas bobagens de sua discografia. Z�lia conseguiu se livrar do desgaste que j� rondava seu pop folk e se imp�s como uma das cantoras mais inteligentes da atualidade. Um passo em falso pode p�r tudo a perder - ainda que, se bem cuidado e feito sem preocupa��es comerciais, um disco com Simone possa at� resultar, al�m de imprevis�vel, interessante.

Malta leva Elis na flauta em CD reeditado

Lan�ado originalmente em 1999, mas j� fora de cat�logo h� anos, o disco Pimenta (capa � direita) - em que Carlos Malta recria m�sicas do repert�rio de Elis Regina - est� sendo reeditado pelo selo Delira M�sica. O flautista toca temas como Nada Ser� como Antes, �guas de Mar�o, O B�bado e a Equilibrista, Chovendo na Roseira, Ladeira da Pregui�a, Bala com Bala e Cais.

Luiz Caldas ainda tem carisma e voz

Pioneiro do som rotulado como ax� music por conta de seu hit Fricote (1985), apesar da contribui��o essencial de precursores como Moraes Moreira, Luiz Caldas (foto) pode renascer das cinzas em 2006. O cantor j� tem no forno DVD e CD ao vivo - gravados com a participa��o de nomes como Ivete Sangalo - que sair�o em breve pela gravadora Universal.

Na estr�ia da nova temporada carioca de Margareth Menezes no Canec�o (RJ), na noite de ontem (10 de janeiro), Caldas era um dos convidados. Mostrou que ainda tem for�a e voz ao reviver sucessos como Haja Amor. Enquanto o outro convidado (o grupo A Cor do Som) provocou bocejos na plat�ia por causa dos vocais esmaecidos de Dadi e Armandinho (e dos longos solos do guitarrista, inapropriados para um show de ax�), Caldas incendiou o p�blico de tal forma que, ao sair do palco, ouviu-se o coro de "volta! volta!" - isso depois de o cantor j� ter improvisado Tieta a pedido da plat�ia...

Moral da hist�ria: Caldas tem hist�ria na m�sica afro-pop-baiana, continua carism�tico e ainda tem voz para encarar a massa. Se a Universal souber trabalhar seu DVD, ele ainda pode render bom caldo baiano. Assim como Margareth Menezes, que se afastou do ax� em disco editado pela EMI em meados de 2005, mas que mostrou - com seu vozeir�o e seu pique contagiante - que funciona melhor no compasso do samba-reggae.

Hyldon grava clipe de sucesso de 1975

Hyldon vai gravar clipe de Na Sombra de uma �rvore, sucesso de seu primeiro disco (Na Rua, na Chuva, na Fazenda..., 1975). A grava��o ser� feita em pel�cula, em S�o Paulo, na segunda-feira, 16 de janeiro, com dire��o da cineasta Tata Amaral. A prop�sito, Na Sombra de uma �rvore - m�sica regravada por Cl�udio Zoli em seu �ltimo CD, Zoli Clube - faz parte da trilha sonora do novo filme de Tata, Antonia, que tem lan�amento previsto para o segundo semestre.
Ter�a-feira, Janeiro 10, 2006

Pato Fu esclarece sua sa�da da BMG

Rec�m-chegados de Tokyo, Fernanda Takai e John Ulhoa viram o coment�rio da retrospectiva 2005 deste colunista - que elegeu sem favor nenhum o oitavo disco do Pato Fu, Toda Cura para Todo Mal, como um dos melhores do ano - e aproveitam para esclarecer que n�o foram dispensados da gravadora BMG como acreditava (e escreveu) o colunista. "Pedimos para sair porque t�nhamos uma proposta da EMI", conta Fernanda. "No meio dos acertos do contrato, mudou o presidente de l� (Marcos Maynard assumiu a EMI e Jorge Davidson, que levara o Pato Fu para a BMG e tinha ido para a EMI, foi demitido da diretoria art�stica) e ficamos sem gravadora", acrescenta a cantora.

Ta� a explica��o! E o que importa � que, mesmo por vias independentes, Toda Cura para Todo Mal chegou �s lojas. E merece ser ouvido at� por quem nunca curtiu o Pato Fu.

Skank � popular sem ser popularesco

O Instituto Crowley - que contabiliza a execu��o de m�sicas nas r�dios - divulgou a lista das mais tocadas em 2005 nas emissoras brasileiras. Entre hits rom�nticos / sertanejos (a balada Fui Eu, de Michael Sullivan e Paulo Massadas, foi a campe� do ano passado na regrava��o da dupla Zez� Di Camargo & Luciano), babas pagodeiras e sucessos da resistente ax� music, a boa surpresa foi o aparecimento de Vamos Fugir num honroso quarto lugar. O reggae de Gilberto Gil j� tinha sido sucesso popular em 1984 na voz do autor, mas alcan�ou �xito igual ou maior 20 anos depois na releitura do Skank (foto). O quarteto mineiro turbinou e renovou a m�sica com sua pegada roqueira. A regrava��o impulsionou as vendas da primeira colet�nea do grupo, Radiola, que, lan�ada em fins de 2004, logo ultrapassou as 100 mil c�pias.

N�o � a primeira vez que a banda desafia o reinado do sertanejo, do pagode e do ax� nas paradas radiof�nicas. Em 2004, a m�sica Vou Deixar - a faixa mais pop do refinado CD Cosmotron (2003) - tamb�m fez bonito, mostrando que � poss�vel ser popular sem ser popularesco. O curioso � que o Skank at� tem sofisticado seu som, mas sempre apresenta uma ou outra m�sica com aquela levada irresist�vel que faz todo mundo cantar. Mas sem apelar para melodias ou versos rasteiros. � pop de bom n�vel!

Ali�s, falta m�sica boa no pop nacional com for�a para conquistar o p�blico e as r�dios. At� mesmo Lulu Santos - mestre na arte da composi��o - teve que regravar um hit de Jo�o Penca e seus Miquinhos Amestrados (Popstar, inadequado para o cantor) para voltar a tocar no r�dio. E olha que Lulu tem lan�ado muita m�sica in�dita da melhor qualidade em discos como Bugalu, Programa e - em menor escala - no recente Letra & M�sica! Por isso mesmo, � hora de saudar o Skank. Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) t�m conseguido o equil�brio delicado entre a m�sica genuinamente pop e a can��o popular, aquela que pega todo mundo, de A a Z. Os Tit�s j� perderam essa capacidade. O Bar�o Vermelho idem. E at� o Cidade Negra - banda projetada nos mesmos anos 90 que revelaram o Skank - j� n�o alcan�a o sucesso popular a que faz jus.

O mundo pop tem l� seus mist�rios. Lulu Santos lota shows, mas n�o vende discos na mesma propor��o. O mesmo j� ocorre com Los Hermanos - mais cultuados nos palcos do que no CD-player (apesar de suas vendas satisfat�rias). Por isso mesmo, viva o Skank - o grupo que j� soma 13 anos de sucesso ininterrupto nas r�dios, nos shows e nas prateleiras das lojas.

Bibi celebra o tango com Miguel Proen�a

Disco gravado por Bibi Ferreira na companhia do pianista Miguel Proen�a (com Bibi na foto), Tango � um dos primeiros lan�amentos da Biscoito Fino em 2006. Produzido por Olivia Hime, com dire��o musical de Ignacio Varchausky, jovem integrante da moderna orquestra argentina El Arranque, o CD concilia no repert�rio raridades e cl�ssicos do g�nero.

Entre as j�ias raras do ba�, h� Mi Tango Triste (An�bal Troilo e Jos� Mar�a Contursi, 1946), Peque�a (Osmar Maderna e Homero Exp�sito, 1949) e Milonga Triste (Sebasti�n Piana e Homero Manzi, 1936). Entre os standards do ritmo argentino, a dupla selecionou Caminito (tango de 1926 - de Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Pe�olaza - que, no Brasil, foi popularizado em tom abolerado pelo Trio Los Panchos), Mano a Mano (Carlos Gardel, Jos� Razzano e Celedonio Flores, 1923), Cuesta Abajo (Alfredo Le Pera e Carlos Gardel, 1934 - autores tamb�m de outra faixa do disco, Por una Cabeza, de 1935).

Fuimos (1945) e Mal de Amores (1934) aparecem no �lbum em vers�o instrumental, com o solo de Miguel Proen�a. O CD � aberto por Yo Soy el Tango (1941). Completam o repert�rio Siga el Corso (1926), La Noche que te Fuiste (1945) e Esta Noche me Emborracho (1928).

Tanto Bibi quanto Proen�a t�m origens latinas. A int�rprete aprendeu primeiro o idioma espanhol antes de ser alfabetizada em portugu�s. J� o pianista nasceu nos Pampas Ga�chos, filho de m�e uruguaia.

Primeiro solo de Rita sai na Inglaterra

Primeiro disco solo de Rita Lee, editado em 1970, quando a cantora ainda n�o havia sido desligada do grupo Os Mutantes, Build Up (capa � esquerda) est� sendo lan�ado na Inglaterra pelo selo Cherry Red, ligado � gravadora �l Records. Guitarrista dos Mutantes, Arnaldo Baptista foi o diretor musical do �lbum, que contou com arranjos do maestro tropicalista Rog�rio Duprat. Exceto pela faixa Jos�, vers�o de Nara Le�o de Joseph (tema de Georges Moustaki), o repert�rio de Build Up acabaria sendo esquecido pela pr�pria Rita que, expulsa dos Mutantes em 1973, iniciaria verdadeiramente sua carreira individual a partir da forma��o do grupo Tutti Frutti.

Latino d� m�sica para sua ex-dan�arina

Atriz do programa Zorra Total (humor�stico apresentado pela Rede Globo nas noites de s�bado) e ex-dan�arina dos shows de Latino, Myrian Martin vai tentar se lan�ar como cantora em 2006 com aval do int�rprete de Festa no Ap�. Latino (com Myrian na foto) deu v�rias m�sicas para o primeiro disco de sua colega - entre elas, Ping Pong, cuja letra narra as desaven�as de um casal.
Segunda-feira, Janeiro 09, 2006

Manieri homenageia irm�o morto e recicla repert�rio em seu novo CD

Maur�cio Manieri est� fechado para balan�o desde a morte de seu irm�o, o m�sico Marcelo Manieri, falecido em outubro de 2004. Al�m do v�nculo familiar, os manos tinham fortes la�os profissionais. Marcelo era um dos respons�veis pela sonoridade dos discos de Maur�cio, que resolveu reciclar seu repert�rio no CD Agora que Voltou (capa � esquerda). Entre m�sicas j� gravadas como Quero Ver Quem Vem, Eu Amo Voc� e Pequeno Mundo, o destaque � Hey Brother, composta por Maur�cio em tributo ao saudoso mano.

Ivan Lins comp�e com Ivone Lara

Ivan Lins inaugura parceria com Dona Ivone Lara em seu novo disco, Ivan, previsto para abril. A m�sica se chama Deus � Mais. Outras in�ditas do CD s�o Diana do Mar e Por sua Causa, parcerias com Paulo C�sar Pinheiro. O cantor (na foto, num clique de Rodrigo Castro) vai gravar tamb�m Prece ao Samba - composta com Nei Lopes - e recriar Onde Est� a Honestidade?, samba de Noel Rosa.

Ivan, o CD, seria inicialmente um �lbum duplo que reuniria colaboradores nacionais e alguns estrangeiros (como o cantor e compositor italiano Lucio Dalla - presen�a ainda n�o confirmada). Mas houve mudan�a de planos. Por ora, est� confirmado apenas o lan�amento de um disco simples, via EMI, com as parcerias nacionais.

Lenine produz Elba e cantor portugu�s

Depois de ter produzido o controvertido Segundo de Maria Rita (CD que vem obtendo desempenho comercial abaixo do esperado) e de ter feito ao lado de Chico C�sar o �ltimo disco do compositor paraibano (De Uns Tempos pra C�), Lenine (foto) j� acertou com o cantor e compositor portugu�s Jo�o Pedro Paes a produ��o do novo �lbum do artista lusitano. Outra produ��o de Lenine prevista para 2006 - mas j� acertada de boca desde 2004 - � a do pr�ximo CD de Elba Ramalho. Se dependesse da vontade da cantora, ela teria gravado no ano passado o disco produzido por Lenine. Mas o projeto vinha sendo adiado por conta da agenda atribulada do artista pernambucano, �s voltas tamb�m com a divulga��o de seu disco Lenine In Cit�.

Red Hot anuncia disco duplo para abril

Com lan�amento previsto para abril, o novo �lbum do grupo Red Hot Chili Peppers, Stadium Arcadium, ser� duplo. Produzido por Rick Rubin, o CD j� teve a faixa Danni California escolhida como primeiro single. Outras m�sicas do disco s�o Desecration Smile, Charlie e Hard to Concentrate.

Lulu inclui in�ditas no terceiro DVD

A produ��o autoral de Lulu Santos (foto) continua incessante. Al�m de ter dado o samba Propriedade Particular para o pr�ximo disco de Gilberto Gil, o cantor tem composto m�sicas para incluir no roteiro de seu show Popstar. A turn� ser� gravada para originar um DVD - o terceiro do artista. Uma das in�ditas � Contatos Imediatos. Entre as novidades na voz de Lulu, a curiosidade � V�o de Cora��o, faixa-t�tulo do primeiro LP de Ritchie, editado em 1983.
Domingo, Janeiro 08, 2006

Maria Creuza lan�a seu segundo DVD

Cantora projetada nos anos 70, com aval e promo��o de Vinicius de Moraes, Maria Creuza canta algumas letras do Poetinha (Berimbau, Eu Sei que Vou te Amar, A Felicidade, Chega de Saudade, Tarde em Itapo�) em seu segundo DVD, Maria Creuza ao Vivo (capa � direita). Na curta sele��o de apenas 12 m�sicas, a int�rprete entoa tamb�m Voc� Abusou (hit da dupla Antonio Carlos & Jocafi que tamb�m alcan�ou �xito na sua voz), Rosa Morena (Dorival Caymmi) e Simples Carinho (Jo�o Donato e Abel Silva), entre outras m�sicas. Creuza j� havia lan�ado um DVD na s�rie Tons do Brasil.

Vanessa: voz da dona ou dona da voz?

Comenta-se nos bastidores da ind�stria fonogr�fica que a inclus�o das duas (boas) m�sicas in�ditas de Vanessa da Mata (Acode e Sem Sa�da) no �lbum de estr�ia de Shirle de Moraes, Nada Ser� Como Antes, foi id�ia dos executivos da Sony & BMG. Vanessa (foto) teria apenas aceitado a sugest�o da gravadora - da qual � contratada - e autorizado a grava��o de suas composi��es pela colega ga�cha, projetada no programa Fama.

Temptations regravam hits da Motown

Depois de lan�ar em 2004 Legacy, �lbum � altura de sua hist�ria, o grupo vocal The Temptations apresenta em 31 de janeiro Reflections - disco em que regrava 15 sucessos de artistas da Motown, companhia especializada em soul e rhythm and blues. A sele��o inclui I Hear a Symphony (p�rola do repert�rio das Supremes), Ain't No Mountain High Enough (hit da fase inicial da carreira solo de Diana Ross), Neither One of Us (Wants To Be the First to Say Goodbye) - cl�ssico de Gladys Knight and the Pips - e I'll Be There, sucesso na voz de Michael Jackson. Uma das surpresas � Don't Leave me This Way, m�sica propagada por Thelma Houston na era da disco music.

Grava��o do segundo �lbum solo de Beyonc� ter� que esperar fim de filme

� prov�vel que Beyonc� Knowles (foto) lance somente em 2007 seu segundo disco solo. A grava��o do esperado sucessor de Dangerously in Love - que vendeu 4,2 milh�es de c�pias somente nos Estados Unidos - n�o �, por ora, prioridade na carreira da atriz e cantora. A artista est� totalmente envolvida com as filmagens de seu pr�ximo longa-metragem, Dreamgirls, programadas at� setembro. "Eu n�o vou compor para o �lbum enquanto n�o terminar de fazer o filme", garantiu Beyonc� � revista Billboard.

Sonic Youth prepara �lbum meio atonal

Grupo americano surgido no in�cio dos anos 80, na cena vanguardista do rock daquela d�cada, o Sonic Youth prepara �lbum para 2006. Ainda sem t�tulo, o disco trar� m�sicas como Steam, Do You Believe in Rapture?, Or e Sleepin' Around. Parte do repert�rio ter� um car�ter atonal e dissonante. Ser� o primeiro CD do grupo sem a colabora��o do muiti-instrumentista Jim O'Rourke, que trabalha com a banda em est�dio desde o �lbum Murray Street, de 2002.
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