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Sábado, Abril 08, 2006

Casa de Jobim abriga vozes irregulares

Resenha de CD
Título: Casa da Bossa
Artista: Vários
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *

Nos anos 90, a diretoria da gravadora PolyGram (hoje Universal Music) teve a feliz idéia de regravar sambas de várias épocas com duplas formadas especialmente para o projeto por cantores de estilos diversos. Nascia a série Casa de Samba, que rendeu quatro discos e gerou projetos similares (e não tão bem-sucedidos) como Casa da Bossa e Casa do Forró. Dez anos depois, a companhia retoma o projeto com o CD (capa à direita) e DVD Casa da Bossa - Homenagem a Tom Jobim, gravados ao vivo em Canelas (RJ), no ano passado, durante a Festa Nacional da Música.

Refinada na sua aparente simplicidade, a música de Tom Jobim costuma pôr à prova a afinação e a extensão vocal dos cantores que se aventuram a recriá-la. É quando aparecem as deficiências evidentes em Casa da Bossa. O time de 17 intérpretes recrutado pela Universal - com o produtor Otávio de Moraes - peca pela irregularidade. E nem dá para culpar os arranjos do violonista Oscar Castro Neves, reverentes à obra de Tom e tocados por virtuoses como Leandro Braga (piano), Marcelo Mariano (baixo), Carlos Bala (bateria), Teco Cardoso (sopros) e o próprio Castro Neves ao violão.

A bonita capa do CD evoca o espírito da obra de Tom. As interpretações, nem tanto. Se os veteranos dão o habitual banho de segurança (basta ouvir a leitura exuberante de Leny Andrade para Se Todos Fossem Iguais a Você), os novatos deixam a desejar. Sandy & Junior, por exemplo, se arriscam a cantar Águas de Março, mas a voz dela assume tom assustadoramente infantil quando incursiona pelo universo da MPB. Quando adolescente, Sandy era cantora afinada e graciosa. Mas sua voz não acompanhou seu crescimento (e sua salutar tentativa de navegar por outras águas) e insiste em soar... adolescente. Pena! E o que dizer de Isabella Taviani, over acima de qualquer limite razoável?? Ela consegue transformar Caminhos Cruzados num tema brega e sentimental. Cantar Jobim é mesmo para poucos. Até Pedro Mariano, bom cantor, se mostra sofrível em Só Tinha de Ser com Você.

Claro que há acertos. Fora da cena eletrônica, Fernanda Porto até consegue valorizar Modinha em registro vocal contido. Paula Lima explora acertadamente o suingue de Só Danço Samba. Já Orlando Morais comprova sua afinação e sensibilidade em Por Causa de Você. E Roberta Sá confirma sua intimidade com o mundo do samba em Brigas Nunca Mais, ainda que sem reeditar o frescor vocal exibido em seu disco Braseiro.

A surpresa - não necessariamente boa - é Negra Li. A rapper paulista sai do universo do hip hop e da música negra para cantar Garota de Ipanema em interpretação melódica. Ate que Li nem faz feio, mas sua deslocada escalação deixa entrever o caráter mercantilista de tributos do gênero. Claro que a Universal aproveita para promover estrelas ascendentes de seu elenco - o que explica a presença de Marjorie Estiano, requisitada para reviver Wave numa onda que não é a sua.

A boa surpresa é Thedy Corrêa, o vocalista do grupo gaúcho Nenhum de Nós. Ele - que se apresenta apenas como Thedy no projeto - consegue evocar o estilo de Tom Jobim em Corcovado. Já Jorge Vercilo e Luciana Mello não chegam a tirar a beleza de Dindi e Luiza, respectivamente. Soam corretos.

Enfim, quem gosta de tributos do gênero que entre na Casa da Bossa e se divirta! Mas fique avisado de que nem todos são iguais a Antonio Carlos Jobim. Quase ninguém, aliás.

Caixa celebra quatro décadas de Doors e transporta som do grupo para áudio 5.1

Uma caixa com seis CDs e seis DVDs vai marcar os quarenta anos da explosão do grupo The Doors, formado nos Estados Unidos em fins de 1965 (o álbum de estréia saiu em 1967). A caixa chegará ao mercado americano ainda neste semestre, via Rhino, com edições remasterizadas (incluindo faixas-bônus) dos seis álbuns de estúdio do quarteto e com seis DVDs com a remixagem dos discos em áudio 5.1. Uma segunda caixa será lançada mais tarde com edições em vinil dos mesmos seis discos de estúdio. Para 2007, está previsto um documentário sobre a banda, dirigido por Bill Guttenberg.

Hit de Damien Rice entra em 'Belíssima'

Grande sucesso do compositor irlandês Damien Rice, The Blower's Daughter fez sucesso restrito no mercado brasileiro. A linda música acabou mais conhecida pelo chamado grande público através das polêmicas versões gravadas simultaneamente por Ana Carolina & Seu Jorge (com letra de Ana) e por Simone (com versos de Zélia Duncan). Mas agora isso pode mudar: o registro original de Rice entrou na trilha internacional da novela Belíssima (capa à direita). Milhões de telespectadores poderão comprovar que nem a releitura de Simone (destaque na trilha nacional da trama) e tampouco a de Ana Carolina chegam aos pés da sublime gravação de Rice.

Versões à parte, o CD Belíssima Internacional traz sucessos de James Blunt (You're Beautiful, já estourada nas rádios brasileiras), Jamie Cullun (Mind Trick), Simply Red (Perfect Love) e Jamiroquai (Seven Days in Sunny June), entre outros.

Para matar a 'Sodade Matadeira' de Sater

Compositor, cantor e violeiro que alcançou projeção popular na época da novela Pantanal, em 1990, Almir Sater volta ao mercado fonográfico via Som Livre. Chega às lojas neste mês de abril o CD Um Violeiro Toca (capa à esquerda), que reúne os maiores sucessos de Sater. Além da faixa-título, a seleção inclui Chalana, Varandas, Sodade Matadeira, Doma, Rasta Bonito, Estradeiro e Cabecinha no Ombro, entre outras músicas. Uma coletânea de Sater até estava fazendo falta no mercado, mas o ideal seria que a Som Livre bancasse um disco de inéditas do artista.

Meirelles festeja 40 anos com 'Quarenta'

Um dos bateristas mais respeitados do Brasil, Pascoal Meirelles está completando quatro décadas de carreira e festeja a data com o CD obviamente intitulado Quarenta (capa à direita). O músico assina sete das 13 faixas. Entre as regravações, há o standard mundial de Luiz Bonfá (Manhã de Carnaval, parceria com Antonio Maria), um clássico do repertório de Edu Lobo (Ponteio, recentemente regravado pelo autor em dueto com Zizi Possi para a trilha da novela Cidadão Brasileiro) e quatro músicas de Tom Jobim (Brigas Nunca Mais, Chovendo na Roseira, Nuvens Douradas e Triste). Aliás, Meirelles homenageia o maestro soberano no inédito tema Tom. Já a Suíte '92 conta com adesão de músicos do Cama de Gato, o grupo do qual o baterista faz parte.
Sexta-feira, Abril 07, 2006

Marina finaliza CD e já prepara DVD

Gravado desde fevereiro, o próximo disco de Marina Lima (foto), Lá nos Primórdios, já está em fase final de mixagem e deverá ser lançado entre maio e junho. O repertório apresenta inéditas como Que Ainda Virão, Três (Marina Lima/ Antônio Cícero), Anna Bella (Marina Lima / Antônio Cícero), Valeu (Marina Lima) e Entre As Coisas (Marina Lima) - as quatro últimas já mostradas no show que inspirou o álbum.

Uma das curiosidades é Vestidinho Vermelho, versão de Beautiful Red Dress, música de Laurie Anderson. A cantora regravou o samba Dura na Queda, feito por Chico Buarque para a peça Crioula, sobre a vida de Elza Soares. Coincidentemente, o compositor também incluiu Dura na Queda em seu novo disco, Carioca.

Além do CD, Marina pretende gravar em maio - no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo - o DVD de seu show Primórdios, dirigido por Monique Gardenberg. Ainda inédito no Rio, o espetáculo - incensado pela imprensa paulista como um dos melhores de 2005- traz no roteiro Nervos de Aço, clássico de autoria do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues.

Marina completou 50 anos em setembro e teve reeditados pela Universal no ano passado os discos que gravou na década de 80.

Chico em pose para a capa de 'Carioca'

Eis um flagrante oficial de Chico Buarque na sessão de fotos para a capa de seu disco Carioca, nas lojas na primeira semana de maio, via Biscoito Fino. O clique é de Ana Stewart e registra pose de Chico para o fotógrafo Bruno Veiga, cujas lentes registraram todo o processo de criação e gravação do CD. Mapas do Rio passam pelo corpo do compositor. Na foto escolhida para a capa, o ator aparece com camisa.

Pato Fu tem álbum editado em Portugal

Enquanto prepara DVD com clipes das músicas de seu último CD, Toda Cura para Todo Mal, o grupo mineiro Pato Fu (foto) tem o belo álbum editado no mercado português. A faixa Boa Noite Brasil tem especial apelo para os lusitanos por conta da participação de Manuela Azevedo, vocalista do Clã, um grupo do Porto.

Lenine grava 'Acústico MTV' em junho

Numa medida de bom senso, a diretoria da MTV decidiu diminuir a gravação de discos na já desgastada série Acústico MTV. Mas Lenine (na foto, em clique de Guto Costa) passou na peneira e vai gravar em junho DVD e CD na série, em local ainda não anunciado. Curiosamente, o último projeto do compositor - Lenine InCité, editado no fim de 2004 - também foi gravado ao vivo, em Paris.

O último suspiro do duo Eurythmics

Para quem é fã do Eurythmics e não tem a satisfatória coletânea Greatest Hits, editada em 1991, uma boa notícia: a Sony & BMG está lançando no Brasil a Ultimate Collection do duo tecnopop formado nos anos 80 pela cantora Annie Lennox e o guitarrista Dave Stewart. Espécie de último suspiro da dupla, a compilação foi produzida em 2005 e reúne, em 19 faixas, duas inéditas (I've Got a Life e Was It Just Another Love Affair?) e fonogramas dos álbuns In the Garden (1981), Sweet Dreams (Are Made of This?) (1983), Touch (1983), Be Yourself Tonight (1985), Revenge (1986), Savage (1987), We Too Are One (1989) e Peace (1999). A seleção da última coleção é similar a de Greatest Hits. A vantagem são as letras reproduzidas no encarte, que peca, no entanto, por omitir o ano da gravação das músicas.
Quinta-feira, Abril 06, 2006

Corinne Rae será a nova Norah Jones?

Agora que Norah Jones deixou de ser uma unanimidade, por não ter bisado com seu segundo álbum o estouro de Come Away with me, as atenções da EMI se voltam mundialmente para Corinne Bailey Rae. A cantora, de 26 anos, é inglesa e vem se impondo no mercado britânico desde que lançou em novembro de 2005 o EP Like a Star, ao qual se seguiu um álbum de estréia (capa à direita) que vem vendendo muito bem e conquistando ouvintes pela mistura intimista de blues, soul, pop e jazz. Aos 26 anos, já comparada a divas como Billie Holliday pelas sempre enfáticas publicações inglesas, Corinne terá seu disco lançado em breve no Brasil. Amigo recém-chegado de Londres confirma que a moça realmente é a sensação atual de lá (Arctic Monkeys à parte, é claro...). Resta aguardar o CD para saber se a artista, que canta e compõe, merece mesmo tantos elogios superlativos.

Adeus, Seu Jair do Cavaquinho...

Saiu de cena na manhã desta quinta-feira, 6 de abril, um nobre integrante da Velha Guarda da Portela: Jair de Araújo Costa, o Seu Jair do Cavaquinho (à direita na foto, com Marisa Monte e Argemiro Patrocínio) - morto aos 85 anos (faria 86 em 26 de abril), vítima de enfarte. Seu Jair esteve em evidência na mídia em 2002, quando Marisa lançou por seu selo, Phonomotor, o primeiro e único disco solo do compositor. Ao promover o CD em série de entrevistas para jornais e televisões, a cantora fez com que muitos conhecessem pela primeira vez a figura doce e descontraída de Seu Jair. Mas não havia portelense que não soubesse de outros carnavais quem era o músico e compositor, nascido no subúrbio carioca de Oswaldo Cruz, bairro vizinho de Madureira, a terra natal da escola azul-e-branco.

Íntimo do cavaquinho, instrumento que tocava desde a adolescência, Seu Jair integrou nos anos 60 importantes grupos de samba como A Voz do Morro e Cinco Crioulos. Como compositor, foi autor de sambas de sucesso como Pecadora, Vou Partir e Meu Barracão de Zinco - gravados por Elizeth Cardoso e Jamelão, entre outros intérpretes. No disco editado por Marisa, ele mostrou pérolas obscuras de sua obra. Entre elas, Eu e as Flores. Descanse em paz, Seu Jair do Cavaquinho...

Veja a capa e o repertório completo de 'Carioca', o aguardado disco de Chico

Esta é a capa de Carioca, o aguardado CD de Chico Buarque, o primeiro de inéditas desde As Cidades (1998). Pela ordem, as 12 faixas são Subúrbio (choro do compositor sobre os bairros cariocas da Leopoldina), Outros Sonhos (tema em que toca o sanfoneiro Dominguinhos), Ode aos Ratos (parceria com Edu Lobo, feita para o musical Cambaio e já gravada por Chico no CD com a trilha da peça), Dura na Queda (samba feito em homenagem a Elza Soares para a peça Crioula), Por que Era Ela, Por que Era Eu (tema do filme A Máquina que o compositor já gravara para a compilação Chico no Cinema), As Atrizes (música inspirada nas divas do cinema), Ela Faz Cinema (outra faixa motivada pela Sétima Arte), Bolero Blues (inédita composta em parceria com o baixista Jorge Helder), Renata Maria (primeira parceria com Ivan Lins, já gravada por Chico em dueto com Leila Pinheiro), Leve (parceria com Carlinhos Vergueiro, já gravada por Carol Saboya), Sempre (canção-tema do novo e ainda inédito filme de Cacá Diegues, O Maior Amor do Mundo) e Imagina (valsa de Tom Jobim, letrada por Chico em 1983 para a trilha do filme Para Viver um Grande Amor). Em Imagina, o cantor faz dueto com Mônica Salmaso.

A ausência sentida no repertório (nem todo inédito, afinal) é Embebedado, a obra-prima composta por Chico com José Miguel Wisnik, em sua primeira parceria com o compositor paulista. A única gravação (excelente, por sinal) é a feita por Gal Costa em seu recente disco Hoje. Outra surpresa é o fato de Chico ter incluído Ode aos Ratos, uma das poucas músicas de Cambaio que ele já gravara no disco com a trilha do musical (outras, igualmente ótimas, permanecem inéditas em sua voz).

A concepção da capa e do encarte de Carioca é da dupla de designers Raul Loureiro e Cláudia Warrak. Na capa, mapas do Rio são projetados sobre o rosto e o corpo de Chico. O CD chegará às lojas entre a última semana de abril e a primeira de maio, via Biscoito Fino. Sairá em versão simples e em dualdisc, que inclui DVD com documentário sobre o processo de composição e gravação do repertório de Carioca.

Maria Bethânia pede música a Villeroy

Parceiro de Ana Carolina, o compositor gaúcho Totonho Villeroy - autor de Garganta, entre outras músicas gravadas pela cantora - caiu nas graças de Maria Bethânia. A Abelha Rainha está gravando dois CDs - um projeto temático sobre as águas e um disco de carreira com inéditas - e fez questão de pedir música a Villeroy, de quem já cantava o samba Um Dia pra Vadiar no show Tempo Tempo Tempo Tempo.

O roteiro da nova turnê de Marisa Monte

Começam a ser vendidos nesta quinta-feira, 6 de abril, os ingressos para a nova turnê de Marisa Monte, Universo Particular, que estréia no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR), de 27 a 30 de abril. O preço em Curitiba varia entre R$ 120 e R$ 200, com 50% de desconto para quem doar um livro não didático. Depois, o show segue por Porto Alegre (no Teatro do Sesi, de 4 a 7 de maio), São Paulo (no Credicard Hall, de 19 de maio a 4 de junho) e chega ao Rio somente depois da Copa do Mundo. As apresentações cariocas serão no Claro Hall, em temporada de três semanas que vai de 20 de julho a 6 de agosto.

Marisa (na foto à esquerda, em clique de Isabela Kassow) já está ensaiando no Rio as 30 músicas que servirão de base para o roteiro (ligeiramente diferente a cada show). O repertório básico mistura músicas dos discos Infinito Particular (Aconteceu, Aquela, Até Parece, Infinito Particular, Pra Ser Sincero, Pernambucobucolismo e Vilarejo) e Universo ao meu Redor (Meu Canário, O Bonde do Dom, Para Mais Ninguém, Satisfeito, Universo ao meu Redor e Vai Saber) com músicas dos CDs anteriores da cantora.

De acordo com informações extra-oficiais, do álbum Tribalistas (2002) entrariam em princípio Carnavália, Carnalismo e Velha Infância. De Memórias, Crônicas e Declarações de Amor (2000), Marisa teria escolhido Não Vá Embora. Mais uma Vez representaria o DVD Barulhinho Bom (1996). Maria de Verdade, Segue o Seco e Ao meu Redor seriam as músicas de Verde, Amarelo, Anil, Cor-de-Rosa e Carvão (1994). Mais (1991) seria lembrado por Eu Não Sou da sua Rua. Por fim, Marisa Monte (1989) estaria representado pelo samba Preciso me Encontrar, de Candeia.

Completariam o roteiro básico - ainda segundo fontes não oficiais - parcerias de Marisa gravadas em discos de Legião Urbana (Soul Parsifal, parceria da cantora com Renato Russo) e Cidade Negra (Onde Você Mora?).

A direção do show está dividida entre Leonardo Netto, Cláudio Torres e a própria Marisa. A banda que vai acompanhar a cantora é formada por Dadi (baixo, violão e guitarra), Marcelo Costa (bateria e percussão), Mauro Diniz (cavaquinho e violão), Carlos Trilha (teclados e programações), Maico Lopes (trompete), Marcus Ribeiro (cello), Pedro Mibielli (violino), Pedro Baby (violão e guitarra) e Juliano Barbosa (fagote).
Quarta-feira, Abril 05, 2006

Universal inicia campanha promocional do próximo álbum de Sandy & Junior

Com um teaser (anúncio que cria expectativa sobre um produto sem revelar do que se trata), a gravadora Universal Music iniciou nesta quarta-feira, 5 de abril, a campanha promocional do novo disco de Sandy & Junior, o primeiro desde Identidade, editado em 2003 sem a mesma repercussão dos CDs anteriores da dupla.

O anúncio (foto acima) diz apenas: "Você vai querer ouvir de novo". Gravado desde o fim de 2005, entre Brasil e Estados Unidos, o novo álbum dos irmãos já está pronto e será puxado pela faixa Replay, nas rádios já na próxima semana. Sandy assina boa parte das músicas.

Escute Luiza Possi sem preconceito: a filha de Zizi cresce e aparece no novo CD

Resenha de CD
Título: Escuta
Artista: Luiza Possi
Gravadora: LGK Music
Cotação: * * *

Em seu segundo disco, Pro Mundo Levar (2004), Luiza Possi já sinalizou que não pretendia dar continuidade à juvenil linha debilóide de seu primeiro CD, Eu Sou Assim (2002). Músicas de Frejat, Kiko Zambianchi, Leo Maia, Mário Manga e Roberto Carlos encorparam o pop da filha de Zizi. Mas o verdadeiro upgrade vem com o terceiro trabalho da cantora, Escuta, editado pela LGK Music, a gravadora recentemente aberta por seu pai, Líber Gadelha, produtor do álbum.

O grande mérito do disco é sua sonoridade elegante. Músicos como o baixista Jorge Helder, o percussionista Marcos Suzano e os violonistas Sérgio Serra e Walter Villaça armam bela cama acústica para Luiza deitar e rolar com sua voz segura. Este time virtuoso toca na maioria das 14 faixas - assinadas por nomes como Chico César, Vander Lee, Ana Carolina, Jorge Vercilo, Moska e Isabella Taviani (inspirada em Outro Mar). Pontuada pelo violoncelo de Lui Coimbra, a balada sentimental de Ana, Escuta, batiza o disco e tem jeito de hit popular. Vercilo realça em Tudo a Ver a veia pop que tem saltado ultimamente em sua obra. Vander repisa seus caminhos melódicos na canção Seu Nome. Já Chico César foge da banalidade radiofônica na linda e forte Da Fonte que Deus Dá.

Luiza Possi é cantora afinada. Não tem a voz rara da mãe. Mas mostra segurança e cresce sobretudo quando avança pelo terreno do pop rock. Se no Meio do que Você Tá Fazendo Você Pára - pérola obscura da obra de Arnaldo Antunes e Nando Reis, gravada por Antunes em Um Som (1998) - faz brotar a Rita Lee (da fase Tutti & Frutti) que existe em Luiza. A pegada é boa. Com energia mais pop e menos roqueira, a artista valoriza ainda Um Pequeno Imprevisto, parceria de Herbert Vianna com Thedy Corrêa, gravada pelos Paralamas do Sucesso em Nove Luas.

Com regravações que fogem do óbvio, Escuta termina com medley de músicas de Lenine (Gandaia das Ondas e Pedra e Areia), mostrando que Luiza Possi deve ser ouvida sem preconceito. A jovem cantora está evoluindo. Escute a moça!

EMI argentina lança simultaneamente DVD e CD dos Paralamas do Sucesso

País que abrigou com carinho os Paralamas do Sucesso desde o início da década de 90, quando o trio amargou período de vacas magras no Brasil, a Argentina ainda continua receptiva ao som de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone. A ponto de a EMI estar lançando simultaneamente lá o CD Hoje (editado no Brasil no ano passado) e o DVD Hoje ao Vivo (capa à esquerda), que está chegando às lojas neste início de abril no mercado brasileiro.

Jorge Vercilo grava ao vivo no Canecão

A gravação do primeiro projeto ao vivo de Jorge Vercilo (foto) será feita no Rio de Janeiro, em dois shows no Canecão, agendados para 28 e 29 de abril. Vercilo vai aproveitar as apresentações cariocas da turnê Signo de Ar para gravar DVD (o segundo na sua videografia, mas o primeiro com registro de show) e CD ao vivo. Estão previstas as participações de convidados ainda não escolhidos. O CD será o sétimo título da discografia do cantor.

Ivete tenta a sorte no mercado espanhol

Ivete Sangalo aproveitou a calmaria pós-Carnaval para embarcar para Madrid para gravar seu primeiro disco em espanhol. A rigor, o álbum será um best of da cantora baiana com quatro músicas cantadas em castelhano: Arerê (hit de Ivete nos tempos em que era vocalista da Banda Eva), Se Eu Não te Amasse Tanto Assim (balada de Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle que salvou do fracasso o primeiro disco solo da artista), Festa (a faixa-título do terceiro trabalho individual de Ivete) e Sorte Grande (o samba-reggae que impulsionou as vendas de seu quarto CD solo). O lançamento está previsto para o segundo semestre.
Terça-feira, Abril 04, 2006

Um clássico de Sarah, de 1954, volta ao catálogo em série de reedições da Verve

Resenha de CD
Título: Sarah Vaughan
Artista: Sarah Vaughan
Gravadora: Verve / Universal
Cotação: * * * * *

Dentre a nova leva de preciosidades do acervo da gravadora Verve reeditadas pela Universal Music na série Classics, inclusive no mercado nacional, vale destacar Sarah Vaughan, álbum de 1954 que flagra a divina Sassy no auge de seu frescor vocal. As sessões de gravação, em dezembro de 1954, contaram com o luxuoso auxílio do trompete de Clifford Brown, que chegou a dividir os créditos do disco em algumas reedições em CD dos anos 90. Brown tem presença destacada nas nove gravações originais, mas quem reina é Sarah - realmente divina nas baladas (April in Paris, Jim, Embreceable You) e nos temas mais suingantes (He's my Guy, You're Not the Kind). A faixa de abertura, Lullaby of Birdland, aparece também na atual reedição em take alternativo. Detalhe: a capa da reedição - valorizada por reunir as notas do LP original e um novo texto sobre a gravação - é exatamente a mesma de 1954. Uma variante, com o nome de Clifford Brown em maior destaque, circulou no mercado nos anos 90, mas a original é a que volta às lojas este mês na bem-vinda série Classics.

Compra virtual do disco do Reação em Cadeia leva consumidor a documentário

Como as vendas de CDs continuam em escala progressivamente descendente nas tradicionais lojas de discos, as gravadoras já estão se habituando a criar estratégias comerciais paralelas para incentivar as vendas virtuais e movimentar o mercado fonográfico. A Deckdisc, por exemplo, armou promoção com sites que vendem CDs na internet. Quem comprar na rede o novo disco da banda gaúcha Reação em Cadeia, Febre Confessional (capa à esquerda), nas lojas somente em 13 de abril, receberá um código para fazer o download de documentário sobre a gravação do álbum e ganhará um abridor de CD.

Bethânia faz Zezé Motta voltar ao samba

Depois de Mart'nália, Zezé Motta (foto) é a próxima cantora a lançar disco pelo selo de Maria Bethânia, Quitanda. Como o título O Samba Mandou me Chamar já anuncia, a artista vai voltar ao samba - gênero que lhe deu projeção no mercado fonográfico em três álbuns gravados pela Warner Music entre 1978 e 1980. O último CD da cantora e atriz, Divina Saudade, foi um equivocado tributo a Elizeth Cardoso.

João Donato toca no quarto disco de Max

Já em fase de mixagem, o quarto CD do cantor, compositor e guitarrista Max de Castro - provisoriamente intitulado Balanço das Horas - será lançado pela gravadora Trama ainda neste semestre. O disco foi gravado com uma banda formada por Robinho (baixo), Guto Bocão Vai x Vai (percussão), Samuel Fraga (bateria) e Will (trombone e fluguel horn). O único convidado especial é João Donato, que toca piano na faixa Programa. Max (à esquerda, em foto de André Passos) disserta sobre o conceito de tempo em repertório inteiramente autoral.

Art Popular lança 11º CD, 'Authentico'

No embalo do sucesso popular da regravação de Meu Fraco É Mulher, tema de Caco Velho incluído na trilha sonora da novela Belíssima, o grupo de pagode Art Popular (foto) chega aos 20 anos de carreira e lança seu 11º disco, ironicamente intitulado Authentico. O novo integrante do grupo, Pelezinho (o cavaquinista e violonista Wilson Paes), assina a produção da música de trabalho do CD, O Amor É Fogo, e é co-autor de Mulherada. Outras faixas são Brilho do seu Olhar, Quanto te Vi pela Primeira Vez, Coisas da Vida e Vai Coração. Antigo vocalista do grupo, Leandro Lehart é o compositor de Na Pagodeira. O Art Popular é formado atualmente por Marcio Art (voz), Evandro (repique), Tcharlinho (pandeiro), Pimpolho (rebolo), Pelezinho (cavaco e violão) e Malli (percussão).
Segunda-feira, Abril 03, 2006

DVD recupera turnê de Bowie em 1983

A EMI lança em DVD no mercado brasileiro neste mês de abril um vídeo antigo de David Bowie. Serious Moonlight (capa à direita) registra a bem-sucedida turnê feita pelo Camaleão em 1983. Dirigido por David Mallett, o vídeo foi gravado no Pacific National Exhibition Coliseum, em Vancouver (Canadá), em 12 de Setembro de 1983. O DVD traz como extra um documentário sobre a passagem da turnê por países orientais.

Kid promove quarto single de 'Pega Vida'

O grupo Kid Abelha (acima) vai trabalhar uma quarta faixa de seu último disco de inéditas, o ótimo Pega Vida. Depois de Poligamia, Peito Aberto (grande sucesso radiofônico que não fez o CD vender na mesma proporção em que a música tocou) e Eu Tou Tentando, a faixa eleita para promover o álbum é Por que Eu Não Desisto de Vc.

O babado do DVD de Bruno & Marrone

Vocalista do grupo baiano Babado Novo, Cláudia Leite vai para Goiânia (GO), em 27 de abril, participar da gravação do novo DVD de Bruno & Marrone. Não será a primeira vez que a cantora (à direita) vai formar trio com a dupla sertaneja: em 2004, ela gravou a faixa Doce Desejo para CD do duo, Inevitável, e depois recriou a música em disco ao vivo do Babado Novo.

Fernanda Porto migra da Trama para EMI e grava DVD com Daniela e Scandurra

Fernanda Porto (à esquerda) está de casa nova. A musa da cena eletrônica paulista migrou da Trama para a EMI - já que seu segundo CD, Giramundo, obteve resultado comercial bem inferior ao do antecessor - e grava seu primeiro projeto ao vivo em show agendado para 12 de abril na casa Tom Brasil, em São Paulo. A gravação do DVD e CD ao vivo contará com as participações de Daniela Mercury (com quem Fernanda já dividiu o palco no trio elétrico da cantora baiana, no carnaval de 2005), do guitarrista Edgard Scandurra e do grupo de percussão Batuntãs. O repertório vai incluir duas músicas do grupo Los Hermanos e Você e Eu, tema gravado pela artista para a trilha sonora da novela Sinhá Moça.

Ainda na Sony, Cidade Negra vai gravar ao vivo, no Rio, com Lulu e Paralamas

Por questões contratuais, o grupo Cidade Negra (foto) sobreviveu ao corte de elenco da Sony & BMG e grava nesta terça-feira, 4 de abril, em show na Fundição Progresso (RJ), seu segundo DVD e CD ao vivo (o primeiro projeto ao vivo saiu em 2002 e foi feito na série Acústico MTV). É o último produto previsto no atual contrato do grupo com a companhia. A gravação estava inicialmente prevista para acontecer em Salvador (BA), há alguns meses, mas foi adiada justamente por conta da reformulação do cast da gravadora. A banda registra inéditas (BBoy, Você que Não Acredita e Bamba, entre outras), hits e lados B, com direção musical de Liminha e adesões de Lulu Santos (que deu ao grupo o hit Sábado à Noite e agora comparece com a inédita Ninguém Merece) e Paralamas do Sucesso. A repercussão comercial do projeto vai ser decisiva para o futuro do Cidade Negra na gravadora.
Domingo, Abril 02, 2006

Desenhos melódicos de 'Arquitetura da Flor' atestam vigor criativo de Francis


Resenha de CD
Título: Arquitetura da Flor
Artista: Francis Hime
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *

Bissexto parceiro de Chico Buarque em obras-primas como Atrás da Porta (1972) e Trocando em Miúdos (1978), Francis Hime é dos mais inspirados melodistas da MPB. Fruto da segunda geração bossa-novista, discípulo mais da erudição de Tom Jobim que da batida de João Gilberto, o compositor surgiu na primeira metade dos anos 60, gravou discos antológicos nos 70 e - assim como outros expoentes de sua geração - perdeu espaço na década de 90 para os modismos que passaram a ditar regras no mundo do disco. Foi somente a partir de seu ingresso na gravadora Biscoito Fino que Hime conseguiu retomar sua carreira fonográfica com regularidade. Arquitetura da Flor, álbum de inéditas, é o sucessor de Brasil Lua Cheia (2003). Foi desenhado com sonoridade mais econômica e menos orquestral. Ainda que um ou outro samba, especialmente O Mar do Amor Total, mantenha o tom majestoso típico dos álbuns do artista (acima, em foto de Leonardo Aversa).

Nem sempre associada ao samba, o ritmo que permeia o álbum, a economia instrumental até realça a beleza das melodias do compositor, letradas por parceiros como Geraldo Carneiro, Olivia Hime e Simone Guimarães. Já a partir da faixa de abertura, A Invenção da Rosa, ouve-se um Francis em plena forma. Com direito até a uma incursão (quase) pop em História de Amor, tema em que dueta com Nina Becker, vocalista da Orquestra Imperial.

O inevitável destaque do repertório é Sem Saudades, parceria póstuma com Cartola. Hime recebeu a letra de uma neta do autor mangueirense e criou melodia em sintonia com o espírito da obra do saudoso colega, ainda que não siga exatamente os cânones do mestre. Intérprete como sempre irretocável, a já onipresente Zélia Duncan - convidada da faixa - abre o primoroso samba que resultou da (improvável) parceria.

A poesia de Geraldo Carneiro domina o CD, com destaque para a valsa A Musa da TV e para o samba Mais-que-Imperfeito. Já o lirismo onírico de Olivia Hime é o mote da letra de Desacalanto. No mesmo tom refinadamente poético, Hime musicou versos de Abel Silva em Do Amor Alheio, tema que cita Consolação, de Vinicius de Moraes.

E por falar no Poetinha, três faixas são regravações. A Dor a Mais e Palavras Cruzadas - parcerias com Vinicius de Moraes e Toquinho, respectivamente - têm arranjos escritos apenas para o quinteto que toca na maioria das músicas e que é formado por Ricardo Silveira (guitarra), Marcelo Costa (percussão), Jorge Helder (baixo), Téo Lima (bateria) e pelo próprio Hime ao piano. A terceira regravação é Gozos da Alma, lançada por Leila Pinheiro no CD Nos Horizontes do Mundo. Ofuscada pelo tititi em torno de Renata Maria (a mediana parceria inaugural de Chico Buarque com Ivan Lins que Leila apresentou no mesmo álbum), Gozos da Alma é música recente que atesta o permanente vigor criativo de Francis Hime.

Chico bate bola com Pelé em especial

A foto acima é um flagrante do encontro de Chico Buarque (à esquerda) e Pelé, promovido no Rio de Janeiro pela produção da série Chico Buarque Especial, dirigida por Roberto de Oliveira para o canal DirecTV. O bate-bola do compositor com o craque faz parte do episódio Futebol, que será reprisado neste domingo, 2 de abril, pelo canal Multishow, às 22h15m. A partir de hoje, o Multishow reapresenta a cada domingo um programa da série. Os nove episódios já foram editados em DVD, pela gravadora EMI. São três caixas, cada uma com três DVDs e três programas.

Martinho já grava outro álbum pela MZA

Em que pese o fato de ter lançado dois CDs em 2005, com intervalo de apenas seis meses (o ótimo Brasilatinidade e o redundante Brasilatinidade ao Vivo), Martinho da Vila já entrou em estúdio para gravar outro álbum. O lançamento está previsto para meados do ano. O sambista é contratado do selo MZA Music, do produtor Marco Mazzola. A propósito, Mazzola produz este novo CD de Martinho.

No terceiro CD, Patife pega a estrada que o levou à consagração na cena européia

Resenha de CD
Título: Na Estrada
Artista: DJ Patife
Gravadora: Trama
Cotação: * *

A julgar pela primeira faixa (uma releitura melódica de Diariamente, música de Nando Reis, gravada por Marisa Monte em 1991 no disco Mais), nem parece um disco de música eletrônica. A vocalista Camila Andrade até canta os versos em registro similar ao de Marisa. Mas é o CD de um dos DJs mais respeitados do mundo e logo Patife entra em cena para valer, com o baticum do brazilian drum'n'bass que conquistou a Europa, para rebobinar temas de Stevie Wonder (Overjoyed, balada dos anos 80) e Jorge Ben (Que Pena, de 1969, ano consagrador para o Zé Pretinho). Patife nada tem mais a provar. É nome mundial que dignifica a cena eletrônica nativa. Neste terceiro CD, seu primeiro trabalho como produtor, ele pega a mesma estrada que o levou à cena eletrônica européia, sem atalhos para a experimentação. E nem precisava. Pena que as músicas inéditas, como Enigma (Max Viana) e Link (Laura Finnochiaro e Leca Machado), joguem o disco para baixo.

DVD conta história do quarteto The Corrs

Fãs do quarteto irlandês The Corrs já podem ir às lojas: a Warner Music está lançando no Brasil o luxuoso DVD duplo do grupo. All the Way Home - The Story of The Corrs (capa à direita) traz no disco 1 documentário que refaz a trajetória da banda, do nascimento à gravação de seu recente álbum Home. Em 11 capítulos que totalizam 102 minutos, o filme mostra apresentações na televisão, sessões de estúdio, entrevistas inéditas, fotos do acervo da família do quarteto - formado por quatro irmãos - e material de demos raras gravadas no início da carreira do Corrs. Já o disco 2 perpetua show realizado pelo grupo em Genebra (Suíça), em 2004. O roteiro de 20 números inclui músicas como Dreams, Breathless, Runaway, Angel e Toss the Feathers.
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