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Sábado, Janeiro 28, 2006

Nando Reis prepara disco de inéditas em ano decisivo para sua carreira individual

2006 vai ser ano decisivo na carreira solo de Nando Reis (foto). O cantor e compositor já começou a fazer num estúdio carioca a pré-produção de seu sexto disco individual - o primeiro desde seu MTV ao Vivo, projeto de 2004 que, embora precoce, cumpriu plenamente seu objetivo de popularizar a obra e a imagem do ex-titã. O repertório do novo CD é essencialmente inédito.

A música de Nando sempre foi muito admirada no circuito pop, mas era uma admiração restrita a tribos específicas. Com seu MTV ao Vivo, Nando extrapolou esse circuito e ganhou público em todos os segmentos graças aos hits Mantra e Por Onde Andei. E graças, sobretudo, à acessibilidade de um disco que reunia um punhado de sucessos antigos, a pegada forte de uma banda azeitada e o calor de uma platéia generosa.

Nessa rota de popularização, houve até a celebrada parceria do compositor com Wando, inaugurada em Minhas Amigas, música gravada pelo Obsceno em recente DVD e CD ao vivo. Resta aguardar para ver se o sexto disco solo de Nando Reis terá o tom mais refinado de A Letra A (seu último disco de inéditas, lançado em 2003) ou se conservará a pegada popular do MTV ao Vivo que o projetou em todas as tribos. Em outras palavras, 2006 vai ser crucial para determinar a posição e a postura de Nando Reis no mercado fonográfico.

Chico Buarque grava com Zezé & Luciano

E cresce o prestígio de Zezé Di Camargo & Luciano entre os medalhões da MPB! Depois de nomes como Caetano Veloso e Maria Bethânia terem aderido à trilha do filme 2 Filhos de Francisco, foi a vez de Chico Buarque gravar participação no próximo disco da dupla. O compositor canta na regravação de Minha História, a versão feita por Chico para a música Gesubambino e lançada por ele em seu disco Construção, de 1971. Na foto acima, clicada por Daniela Dacorso, um flagrante da gravação com Chico (à direita) e Zezé Di Camargo.

Bossa de Wanda Sá já soa burocrática

Resenha de CD
Título: Bossa do Leblon
Artista: Wanda Sá
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * *

Wanda Sá integra a turma de artistas que sobrevivem no mercado fonográfico através da gravação de discos para o Japão, geralmente editados no Brasil um ano após seu lançamento no continente asiático. Bossa do Leblon é mais um álbum feito sob a produção de Kazuo Yoshida para a praça japonesa, ávida consumidora da velha bossa e suas variantes. Está longe de ter o frescor de Vagamente - a obra-prima de Wanda que, lançada em 1964, tem resistido bem ao tempo - ou mesmo o vigor do recente disco gravado pela cantora com João Donato (editado no Brasil em 2003 pela mesma Deckdisc que agora põe Bossa do Leblon nas lojas nacionais). Mas, justiça seja feita, o repertório foi renovado com a inclusão de alguns standards americanos no ritmo da bossa (The Way You Look Tonight e Bewitched) e de músicas novas (como a razoável Praia do Leblon, parceria do produtor Yoshida com a própria Wanda que inspirou o título do disco) ou relativamente desconhecidas do público - caso de A Bruxa de Mentira, parceria obscura de João Donato com Gilberto Gil. Claro que há um ou outro clássico já batido (como o Samba de uma Nota Só), mas isso não compromete a salutar intenção do produtor de fugir do óbvio. O problema é que a voz de Wanda soa sem brilho. Sua Bossa do Leblon parece muito burocrática, apesar do suingante entrosamento da banda, evidente desde a faixa de abertura, Os Grilos. Paira a sensação de que a cantora já fez discos mais sedutores. E de que este Bossa do Leblon é apenas mais um título gravado para manter as prateleiras japonesas abastecidas com uma bossa que já foi mais nova.

'Axé Bahia' traz inédita do Afrodisíaco

Já nas lojas, a compilação Axé Bahia 2006 (capa à esquerda) inclui, entre fonogramas recentes de artistas baianos, uma gravação inédita do grupo Afrodisíaco, a atual sensação da música de Salvador (BA). Trata-se de Já É. Mas o maior sucesso da banda neste verão é Café com Pão, música lançada por seu autor Davi Moraes em seu segundo disco solo, Orixá Mutante (2004). O que ratifica a tese de que, como cantor, Davi é bom compositor.

E por falar no Afrodisíaco, crescem os rumores de que os líderes do grupo, Pierre Onassis e Jauperi, já estariam se desentendendo antes mesmo do lançamento do primeiro disco da banda.

Biscoito Fino vai lançar disco de Bebeto Castilho, produzido por Marcelo Camelo

Caberá à gravadora Biscoito Fino lançar no mercado brasileiro, em fevereiro, o segundo disco de Bebeto Castilho como cantor. O baixista do Tamba Trio tinha até então apenas um trabalho de intérprete, gravado nos anos 70 para o exterior. A curiosidade deste seu novo álbum no gênero é que a produção foi feita pelo hermano Marcelo Camelo, sobrinho de Castilho. Camelo (na foto, num clique de Márcio Mercante) compôs até um samba, Amendoeira, para o CD do tio. O repertório reúne sambas de Geraldo Pereira (Pode Ser) e Durval Ferreira (Salgueiro Chorão), entre outras músicas.
Sexta-feira, Janeiro 27, 2006

Sony BMG dispensa Gabriel O Pensador

Gabriel O Pensador (foto) terá que procurar outra gravadora para viabilizar seu projeto de um CD infantil de rap. Em processo de redução e reestruturação de seu elenco, a gravadora sony & BMG decidiu não renovar o contrato do rapper carioca. O compromisso do Pensador com a major havia acabado com o lançamento do recente disco do artista, Cavaleiro Andante. O rapper iniciou sua carreira fonográfica na Sony Music, em 1993, e nunca esteve em outra companhia. Mas, como seus últimos discos não vinham obtendo vendagens satisfatórias para a empresa, a diretoria da gravadora optou por sua dispensa.

Enquanto a cantora Danni Carlos teve seu contrato renovado por mais quatro produtos (que podem ser CDs ou DVDs), outros nomes serão cortados do elenco da Sony & BMG nos próximos dias. Adriana Calcanhotto, por exemplo, vende bem, mas poderá estar na lista porque não se afina com a política empresarial do diretor geral da companhia, Alexandre Schiavo. Mas sua saída não é confirmada pela companhia. O grupo Cidade Negra - que era dado como certo na lista de cortes nos boatos que circularam esta semana nos bastidores da indústria fonográfica - tem um DVD e CD agendados para 2006, de acordo com o departamento jurídico da empresa.

Monobloco põe DVD e CD ao vivo na rua com adesões de Lenine e Fernanda Abreu

Nos próximos dias, o Monobloco põe seu primeiro DVD e CD ao vivo na rua, com distribuição da gravadora Som Livre. Lenine adere ao bloco carioca no medley que reúne Suíte dos Pescadores (Dorival Caymmi) e Eu Quero É Botar meu Bloco na Rua (Sérgio Sampaio). Fernanda Abreu entra em cena na releitura de Baile da Pesada, música já gravada pela garota sangue bom. O disco (capa à direita) mistura no repertório sambas de Jorge Aragão (Coisinha do Pai, Vou Festejar), sambas-enredos (Aquarela Brasileira, É Hoje), sucessos de Tim Maia (Primavera, Que Beleza, Do Leme ao Pontal, O Descobridor dos Sete Mares), música da lavra de Pedro Luís e a Parede (Rap do Real) e pot-pourri com hits de Jorge Ben Jor (Taj Mahal, País Tropical e Fio Maravilha).

Composto atualmente por 120 ritmistas, cujo batuque extrapola a batida tradicional do samba, o Monobloco foi criado por Pedro Luís e A Parede em 2000. O bloco é regido pelo maestro Celso Alvim e tem à frente os puxadores Pedro Luís, Fábio Allman, Renato Biguli e Nunu da Mangueira, além do cavaquinista Alexandre Fróes. Entre os batuqueiros, há músicos da Parede, integrantes da bateria da Mangueira e dos grupos Rio Maracatu, Empolga às 9, Botecoeletro, Reverse, Psicoativos e Quizomba.

Mart'nália recria Melodia, ganha samba de Agrião e grava Moska no quinto CD

Pérola negra de Luiz Melodia, lançada por Maria Bethânia em 1972 e gravada pelo autor no ano seguinte em seu primeiro álbum, Estácio, Holly Estácio ganha releitura de Mart'nália (na foto, em clique atual de Eny Miranda) em seu quinto disco, Menino do Rio, gravado sob a supervisão da própria Maria Bethânia para o selo Quitanda, mantido pela intérprete baiana em associação com a gravadora Biscoito Fino.

Nas lojas no início de fevereiro, o CD Menino do Rio mistura no repertório uma parceria de Mart'nália com Moska (Essa Mania), um samba feito por Jorge Agrião e Fred Camacho em homenagem à filha de Martinho da Vila (obviamente intitulado Pra Mart'nália), um tema obscuro de Guilherme Arantes (Só Deus É Quem Sabe, gravado por Elis Regina no mesmo disco de 1980 que trouxe Aprendendo a Jogar) e um samba baiano de Martinho (Nas Águas de Amaralina, composto com Nelson Rufino e gravado por Martinho em 1997 em seu disco Coisas de Deus).

Arlindo Cruz assina Boto meu Povo na Rua. A faixa-título, Menino do Rio, é de autoria de Caetano Veloso e fez sucesso em 1980 na voz de Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil).

Trilha de 'JK' reúne músicas dos anos 50 nas vozes de Gal, Zizi, Dóris e Elizeth

No embalo da entrada no ar da segunda fase de JK, a Som Livre põe nas lojas o disco com a trilha sonora da minissérie. Além da gravação inédita de Peixe Vivo, feita por Milton Nascimento para a abertura da história, o CD (capa à esquerda) reúne músicas dos anos 50 em gravações de várias épocas. Nunca (1952) aparece na voz de Zizi Possi. Os sambas-canções Copacabana (1946) e Sábado em Copacabana (1952) estão reunidos no medley gravado por Gal Costa em 2003. Ouça (1957) aparece com sua intérprete original, Maysa. Mocinho Bonito (1957) também está no disco na voz da cantora (Dóris Monteiro) que consagrou a música de Billy Blanco. Tom Jobim canta Chega de Saudade (1958). Já Elizeth Cardoso - estrela da década - está representada por duas faixas: Canção de Amor (1951) e Chove Lá Fora (1957). A seleção inclui ainda, claro, Presidente Bossa Nova - o tema gravado por Juca Chaves em 1960 para saudar Juscelino Kubitschek.

Indústria ignora centenário de Radamés


Faz 100 anos hoje que nasceu o músico, maestro e compositor gaúcho Radamés Gnattali (1906-1988). Preocupada em equilibrar seus orçamentos em era dominada pela pirataria de CDs, a indústria do disco ignorou o centenário de nascimento deste gênio da música brasileira que mostrou como sempre foi tênue a fronteira entre as canções populares e os temas eruditos. A honrosa exceção é a gravadora Biscoito Fino que, para não deixar a data passar em branco, está reeditando dentro de seu selo clássico o álbum Radamés Gnatalli, gravado pela pianista Fernanda Chaves Canaud em 1991. Na nova capa do disco, o mestre aparece retratado (foto acima) no traço luxuoso de Cândido Portinari.

A iniciativa da Biscoito Fino é louvável, mas chega a ser insignificante diante da dimensão da obra de Radamés. Músico de múltiplos talentos, ele dominava instrumentos como piano e violão. Seu trabalho inovador como arranjador seduziu gênios como Tom Jobim. E suas peças sinfônicas alcançaram repercussão mundial. Nos anos 70, Radamés Gnattali ainda ajudou a renovar o choro, influenciando músicos sublimes como o saudoso violonista Raphael Rabello.

Enfim, é uma vergonha para o Brasil - mais uma... - este silêncio quase absoluto da indústria do disco em torno do centenário de nascimento de um artista da importância de Radamés Gnattali, para quem qualquer tributo ainda é pouco diante de seu talento.
Quinta-feira, Janeiro 26, 2006

Obra-prima de Dinah Washington exala frescor em reedição que traz três bônus

Resenha de CD
Título: What's a Diff'rence a Day Makes!
Artista: Dinah Washington
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * *

Dinah Washington (1924 - 1962) foi cantora de voz cristalina que transcendeu o universo jazzístico em sua curta carreira. Com afinação e emissão impecáveis, a intérprete americana cantou jazz, blues (sobretudo nos anos 40), pop e standards da canção dos EUA. What a Diff'rence a Day Makes! é a obra-prima de sua discografia. Gravado em 1959, com produção de Clyde Otis e sublimes arranjos do maestro Belford Hendricks, este impecável álbum se tornou especialmente popular por conta da faixa What a Diff'rence a Day Made, que inspirou o título quase homônimo do disco e se tornaria o carro-chefe do repertório de Washington. É um trabalho perfeito que ainda exala frescor na oportuna reedição nacional que ganha dentro da série Classics, através da qual a gravadora Universal Music está repondo em catálogo relíquias do acervo da Verve.

Com som límpido, produto da exemplar remasterização feita em 2000, o disco conserva uma beleza atemporal. É uma delícia ouvir Dinah lapidar jóias do quilate de Cry me a River e de Manhattan (em gravação antológica). Além de texto que contextualiza a cantora na cena musical americana e das notas e capa da edição original, a presente reedição inclui três faixas-bônus: a versão alternativa de Time After Time e as duas músicas (Come on Home e It Could Happen to You) de um disco de 45 rotações gravado pela cantora na época. Biscoito finíssimo!!

Trama anuncia 'Tim Racional' para abril

Depois de mais de três meses de complicadas negociações, que envolveram também a gravadora Biscoito Fino, a Trama anunciou hoje que vai pôr nas lojas, em abril, a primeira edição oficial em CD do primeiro dos dois volumes de Tim Maia Racional. O lendário disco (capa original à esquerda) foi gravado em meados de 1974 e lançado em LP independente em janeiro de 1975, quando o Síndico pertencia à seita Universo em Desencanto. Por ora, o contrato assinado pela Trama com os herdeiros de Tim prevê apenas a reedição do primeiro volume, até então fabricado em CD de forma pirata e vendido em lojas e camelôs por preços que podiam variar de R$ 12 até R$ 300. O repertório destacou Imunização Racional (Que Beleza), música regravada por Gal Costa em 1998 no disco Aquele Frevo Axé.

Cidade Negra fica na Sony e grava DVD

Não tem fundamento - até segunda ordem - o boato que circulou esta semana nos bastidores da indústria fonográfica e que dava como certa a saída do grupo Cidade Negra (foto) da Sony & BMG. A gravadora está de fato passando por um processo de reestruturação, com cortes de pessoal e de elenco, mas, em princípio, a banda de reggae da Baixada Fluminense (RJ) vai continuar na companhia, de acordo com o departamento jurídico da empresa. Estariam inclusive previstos para este ano os lançamentos de DVD e CD do quarteto. A gravação inicialmente seria feita ao vivo em Salvador (BA), em dezembro, mas foi adiada para data e local ainda não divulgados. O fato é que, por ora, o Cidade Negra continua na Sony, por onde iniciou sua carreira fonográfica em 1990. O último disco do grupo, Perto de Deus, foi lançado em 2004.

Rita Lee canta sua parceria com Caetano Veloso no primeiro disco solo de Dadi

Rita Lee (foto) é parceira de Caetano Veloso. Os dois artistas fizeram Na Linha e na Lei - uma canção no estilo Tribalistas - para o primeiro disco solo de Dadi. No CD, já pronto e em fase de negociação com gravadoras, Rita canta a (bela) música com Dadi.

Vale lembrar que, em seu último álbum de inéditas, Balacobaco (2003), a Ovelha Negra ganhou um tema de autoria de Dadi e dos Tribalistas. Trata-se da canção Já te Falei, regravada por Ney Matogrosso no CD/DVD Canto em Qualquer Canto.

Lobão finaliza clipe no Circo Voador

Lobão (foto) vai aproveitar a estréia carioca da turnê de lançamento do CD Canções Dentro da Noite Escura para finalizar a filmagem do clipe da música Pra Sempre Esta Noite. Dirigido por Marcelo Tas, o vídeo terá suas últimas tomadas feitas no show que o cantor apresentará no Circo Voador (RJ), nesta sexta-feira, 27 de janeiro.

Lançado em junho de 2005, Canções Dentro da Noite Escura é o terceiro trabalho de Lobão no circuito independente. Fora do esquema das gravadoras majors, o cantor já lançou A Vida É Doce (1999) e o CD ao vivo Uma Odisséia no Universo Paralelo (2001). Em Canções Dentro da Noite Escura, o artista gravou somente repertório autoral, incluindo parcerias póstumas com Cazuza (Seda) e Júlio Barroso (Quente).
Quarta-feira, Janeiro 25, 2006

Trilhas da Globo ofuscam disco de Gal

Apesar da razoável vendagem de 40 mil cópias, expressiva para um disco de inéditas feito numa gravadora independente que trabalha sem os vícios das multinacionais (a Trama), o último CD de Gal Costa (foto), Hoje, tem enfrentado forte obstáculo para que seu fino repertório chegue ao chamado grande público. É que nada menos do que duas novelas e uma minissérie da Rede Globo propagam gravações antigas de Gal em suas trilhas. Em Alma Gêmea, a escolhida foi Linda Flor, do disco Todas as Coisas e Eu (editado numa parceria da Indie Records com a gravadora global Som Livre). Em Belíssima, a bonita leitura da cantora para Coisa Mais Linda (gravada nos anos 90 para o songbook de Carlos Lyra) toca constantemente nas cenas de amor entre Mônica (Camila Pitanga) e Cemil (Leopoldo Pacheco). Para piorar, o medley que reúne os sambas-canções Copacabana e Sábado em Copacabana - faixa do supra-citado disco Todas as Coisas e Eu - foi selecionado para a trilha da minissérie JK e provavelmente começará a tocar na segunda fase da trama, ambientada nos anos 50.

Por sorte, a trilha de Prova de Amor - a bem-sucedida novela da Record - inclui Mar e Sol, a faixa escolhida de início para promover o disco. É uma canção bem pop que poderia até ter caído no gosto popular se não tivesse tido sua veiculação radiofônica restrita às emissoras de perfil adulto. A novela da Record ajudou a música a ser - ao menos - conhecida por parte do público, mas o que Hoje precisa mesmo, para acontecer de verdade, é da estréia do novo show de Gal. A cantora está demorando a apresentar no palco as músicas reunidas no disco. Um show bem produzido e bem dirigido - consta que a direção será de Bernardo Vilhena - poderá ajudar a reverter o quadro em favor de Gal. Como já dito, Hoje vendeu razoavelmente bem e esteve na maioria das listas de melhores discos de 2005. Não tem ido mal porque nunca foi um álbum vocacionado para as massas, mas pode ir melhor porque também não chega a ser um trabalho de vanguarda. O que Hoje ainda precisa é de um empurrão que somente a própria Gal pode lhe dar - inclusive com mais aparições em programas de televisão e com a estréia do novo show - para que o belo CD extrapole aos poucos o circuito de fiéis admiradores da cantora.

Enfim, o estouro de Vanessa da Mata

Demorou quase quatro anos, mas Vanessa da Mata (foto), enfim, estourou. O remix de Ai, Ai, Ai... - uma das parcerias com Liminha gravadas pela compositora mato-grossense em seu segundo disco, Essa Boneca Tem Manual (2004) - vem ocupando os primeiros lugares das paradas radiofônicas em todo o Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, praça ainda fundamental para consolidar o prestígio e o sucesso de um artista. Um remix de Não me Deixe Só - faixa do primeiro e melhor disco da cantora, Vanessa da Mata (2002) - também estourou, mas tocou basicamente na noite e não furou o bloqueio das rádios. No embalo de sua inclusão e boa execução na trilha da novela Belíssima, Ai, Ai, Ai... tem conseguido a proeza de se manter bem nas rádios, em território dominado por axé, sertanejo e pagode. Era, afinal, o que a artista queria quando buscou a parceria com o produtor Liminha para atenuar o sotaque regionalista de sua música.

Como Essa Boneca Tem Manual já vendeu 50 mil cópias, a gravadora Sony & BMG vai festejar sua estrela ascendente em show agendado para 3 de fevereiro, no Canecão. Na ocasião, a diretoria da companhia vai entregar o Disco de Ouro a Vanessa da Mata.

Vila Isabel também dá reggae de 'raiz'

Vila Isabel dá samba - como já sentenciou em 1935 Noel Rosa, o maior gênio do bairro carioca, na letra de Feitiço da Vila. Mas a Vila de Noel e de Martinho também está dando reggae. Surgido no fim de 1999, o octeto Ponto de Equilíbrio (foto) conseguiu fazer sucesso no circuito independente com dois CDs demos, gravados em 2000 e em 2003, respectivamente. O segundo resultou no disco Reggae a Vida com Amor, que teria vendido 50 mil cópias no circuito independente e ganha este mês uma edição oficial da gravadora Deckdisc.

Formado por Hélio Bentes (voz), Pedrada (baixo), Márcio Sampaio (guitarra), Rás André (guitarra), Rodrigo Fontenele (percussão), Marcelo Campos (percussão), Tiago Caetano (teclados) e Lucas Kastrup (bateria), o grupo persegue o estilo de Bob Marley e faz o que o mercado rotulou de reggae de raiz. O repertório do álbum é formado por músicas como Árvore do Reggae (já presente no primeiro CD demo de 2000), Aonde Vai Chegar? (Coisa Feia), Poder da Palavra, Só Quero o que É meu e Jah Jah me Leve, um dos hits indies da banda.

Almanaque historia o samba com leveza

Chega às livrarias em 14 de fevereiro, pela editora Jorge Zahar, o Almanaque do Samba (capa à esquerda). Escrito por André Diniz, autor também do Almanaque do Choro, o livro historia o samba com leveza em 276 páginas, com o auxílio de breves perfis de bambas, discografia comentada dos principais nomes do gênero e de uma relação de casas e bares (das principais capitais do Brasil) onde se pode ouvir samba da melhor qualidade. Conteúdo principal do almanaque, a cronologia do samba está dividida em oito capítulos que mostram a evolução do gênero dos batuques primitivos aos atuais pagodes, passando pelas eras do rádio, do samba-canção e dos festivais.

Arctic Monkeys vende 100 mil cópias de seu primeiro álbum em um único dia

Parece que a 'melhor banda de todos os tempos da última semana' de 2006 vai ser mesmo o quarteto britânico Arctic Monkeys (foto). De acordo com o semanário inglês New Music Express, o primeiro álbum do grupo, Whatever People Say I'm, That's What I'm Not, vendeu 100 mil cópias em seu primeiro dia nas lojas, em 23 de janeiro. A cifra seria trivial no mercado americano, mas, na praça britânica, adquire caráter recordista. A expectativa é de que o disco possa atingir a marca de 350 mil exemplares vendidos em uma semana, podendo chegar ao milhão de cópias ao longo de 2006.

Os números promissores não são exatamente uma surpresa. O Arctic Monkeys vem sendo incensado pela imprensa musical britânica desde o fim do ano passado quando o primeiro single do CD, I Bet You Look Good on the Dancefloor, foi editado em outubro e rapidamente galgou os degraus das paradas inglesas. Tudo indica que a banda vá ocupar o trono em que repousa atualmente o quarteto escocês Franz Ferdinand...
Terça-feira, Janeiro 24, 2006

Reeditado no Brasil, disco feito por Horn em 1992 já merece o status de clássico

Resenha de CD
Título: Here's to Life - Shirley Horn with Strings
Artista: Shirley Horn
Gravadora: Universal
Cotação: * * * * *

Shirley Horn (1934-2005) não foi uma diva do jazz tão reverenciada quanto Ella Fitzgerald ou Sarah Vaughan. Mas deveria ter sido. Basta uma audição deste disco gravado pela cantora em 1992 e reeditado este mês no Brasil pela Universal Music, dentro da série Verve Originals, para atestar a equiparação de Horn com as cantoras supra-citadas. Horn tinha apurado rigor estilístico. Neste CD, produzido e arranjado por Johnny Mandel com elegante economia, ela destila suavidade, refinamento e musicalidade em baladas do quilate de Come a Little Closer e da faixa-título, Here's to Life. Com maestria, Mandel mostra como as cordas podem criar atmosfera de delicadeza quando usadas com parcimônia. A Time for Love e Quietly There contam com a adição do trompete de Wynton Marsalis. Já Isn't It a Pity? traz a assinatura dos irmãos George & Ira Gershwin. O álbum flagra Horn no auge de sua maturidade. Ao fim dos anos 90, ela adoeceria e perderia o vigor (mas nunca a classe). Here's to Life não é considerado um clássico do jazz, talvez até por ser relativamente recente, mas é obra-prima que merece figurar em qualquer discografia ou antologia do gênero.

Disco coleta gravações inéditas de selo europeu que prioriza a música brasileira

A gravadora ST2 está lançando no Brasil a coletânea Ziriguiboom - The Now Sound of Brazil (capa à esquerda) com 14 gravações representativas do atual acervo do selo Ziriguiboom. Criado em 1998 e associado à gravadora Crammed, o selo europeu prioriza a nova música brasileira e edita no exterior discos de nomes como Bebel Gilberto, Celso Fonseca e os DJs Apollo 9 e Dolores (recém-contratados pelo selo).

A compilação apresenta faixas exclusivas e ainda inéditas no mercado brasileiro - casos de 86 e Inexplicata, músicas do próximo disco de Apollo 9 (Inexplicata tem a participação da incensada cantora Céu). Outra novidade é Trancelim de Marfim, gravação do DJ Dolores, incluída no disco em versão remixada por Apollo 9. Também inédito é o Da Lata Remix de Atlântico, fonograma de Celso Fonseca. Bebel Gilberto, a maior estrela do selo, está representada pelos remixes de Simplesmente e Cada Beijo, faixas de seu último disco, Bebel Gilberto.

A empresária Ivete já ofusca a cantora

Mais do que simples cantora de axé music, Ivete Sangalo (foto) é hoje uma das mais bem-sucedidas empresárias do showbiz nacional. No comando da empresa Caco de Telha, a artista anunciou esta semana a abertura de um selo fonográfico (o Caco Discos) e de uma casa de shows em Salvador (BA). A questão a levantar é se os múltiplos negócios e a estafante rotina de shows não estão prejudicando a cantora na hora, por exemplo, de selecionar o repertório de seus discos. Fora da Banda Eva desde 1999, Ivete ainda não lançou em sua carreira solo um álbum à altura de seu carisma e de seu talento. O recente As Super Novas Vol. 01 evidenciou inclusive a crescente irregularidade do repertório da artista. E sua primeira música de trabalho, Abalou, toca bem nas rádios, mas não pegou para valer.

Ivete nunca mais gravou com constância um samba-reggae realmente bonito como Beleza Rara ou um axé contagiante como Carro Velho. Pode ser mera coincidência ou mesmo pressa (e erro) na escolha do repertório, mas o fato é que, à medida que crescem os negócios da empresária, diminui o prestígio da artista - em que pesem eventuais sucessos como Festa (a melhor música da discografia individual da intérprete), Sorte Grande e Flor do Reggae. Suas vendas continuam satisfatórias. Ivete, aliás, acaba de ganhar Disco de Ouro em Portugal pelas 10 mil cópias de As Super Novas Vol. 01 vendidas na Terrinha. Mas é preciso atenção. O sucesso passa, os discos ficam...

DJ Marlboro reúne em compilação novos (e velhos) hits e nomes do funk carioca

Um dos pioneiros do movimento funk carioca, DJ Marlboro (foto) avaliza com seu nome e com seus conhecimentos do gênero a coletânea Funk Brasil - Bem Funk, lançada esta semana pela gravadora Som Livre. A compilação reúne novos (e velhos) hits e nomes dos bailes. Uma das apostas para este verão é MC Leozinho, cuja gravação de Ela Só Pensa em Beijar abre o CD em versão remixada. A já famosa Tati Quebra Barraco está representada por Boladona, funk projetado na novela América. Outro funk veiculado pela trama global e incluído na coletânea é Som de Preto, cujo poderoso refrão "É som de preto / De favelado / Mas quando toca / Ninguém fica parado" vem fazendo a fama da dupla Amilcka e Chocolate nas comunidades funkeiras.

O disco marca ainda a nova tentativa de Buchecha de voltar com sucesso ao mercado fonográfico. Depois de gravar um segundo disco solo rejeitado pelas gravadoras, o parceiro do saudoso Claudinho busca a sorte com Implacável, faixa dividida por Buchecha com MC Sabrina, da Penha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Ao todo, Funk Brasil - Bem Funk reúne 25 gravações do gênero.

Toquinho edita seus discos na Espanha

Vários discos recentes de Toquinho (foto) - entre eles, Herdeiros do Futuro, Mosaico, Passatempo e Jazz Sinfônica & Toquinho - serão editados na Espanha por conta de acordo firmado entre o selo brasileiro Circuito Musical e a gravadora espanhola Discmedi, que vai distribuir os CDs no mercado espanhol.
Segunda-feira, Janeiro 23, 2006

Universal vai reeditar discos de Bethânia

No embalo dos 60 anos de Maria Bethânia, em junho, a gravadora Universal planeja reeditar de forma avulsa discos da cantora que já estão há anos fora de catálogo. Toda a discografia de Bethânia já foi relançada em CD no início dos anos 90, mas títulos como A Tua Presença (1971), Drama (1972), Pássaro Proibido (1976), Pássaro da Manhã (1977), Ciclo (1983) e A Beira e o Mar (1984) logo desapareceram das prateleiras e nunca mais voltaram, para decepção dos súditos da Abelha Rainha.

De todos os grandes nomes da MPB, Bethânia é a única que não teve sua discografia remasterizada. As reedições em CD de seus discos dos anos 70 e 80 têm som abafado. A idéia da Universal é corrigir esse erro da mesma forma que repôs os discos de Marina Lima em catálogo, em 2005, ano em que a compositora completou cinco décadas de vida.

Lançamento de Marisa está confirmado

Empresário de Marisa Monte (foto), Leonardo Netto já está se reunindo com funcionários da equipe de marketing da gravadora EMI para definir a estratégia de lançamento do sexto disco solo de sua artista. O lançamento do álbum está confirmado para fins de março ou início de abril. Mas o sucessor de Memórias, Crônicas e Declarações de Amor (2000) ainda está cercado de mistério - como tudo o que envolve Marisa. Sabe-se apenas extra-oficialmente que a produção é de Mario Caldato Jr. e que o disco é duplo. Um CD priorizará sambas de bambas da Portela como Jair do Cavaquinho. O outro seguirá a linha tribalista, com parcerias de Marisa com Arnaldo Antunes e Carlinhos Browm. A cantora compôs também com Paulinho da Viola (de quem ganhou uma melodia, letrada por Marisa em parceria com Arnaldo Antunes), Seu Jorge e Adriana Calcanhotto.

Mart'nália canta o Rio de Caetano Veloso

Conforme já noticiado em 20 de janeiro na edição impressa de Estúdio, Menino do Rio é o nome do quinto disco de Mart'nália, gravado sob a supervisão de Maria Bethânia. A faixa que batiza o CD - nas lojas em fevereiro - é a música de Caetano Veloso que fez sucesso na voz de Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil) em 1980, como tema de abertura da novela Água Viva. O álbum de Mart'nália é quase conceitual e gira em torno da cidade do Rio de Janeiro. Daí a inclusão de músicas de alguns compositores mais distantes do universo do samba - casos de Ana Carolina e Guilherme Arantes. De Arantes, a cantora selecionou tema obscuro: Só Deus É Quem Sabe, composição de 1980, lançada por Elis Regina no mesmo disco que trouxe Aprendendo a Jogar.

Caetano, vale lembrar, está ligado à trajetória fonográfica de Mart'nália. Foi o compositor baiano que assinou a direção musical e a faixa-título do último disco de estúdio da artista, Pé do meu Samba, editado em 2002.

Álbum do Flaming Lips já tem single

Já disponível para download em lojas virtuais, The W.A.N.D. é o primeiro single do álbum que o grupo The Flaming Lips (foto) vai lançar em 4 de abril. At War with the Mystics chegará às lojas em CD simples e numa edição dupla que inclui DVD com faixas adicionais, músicas em áudio 5.1 e vídeos. O disco tem 12 faixas que, pela ordem, são The Yeah Yeah Yeah Song, The Sound of Failure/It's Dark...Is it Always This Dark??, My Cosmic Autumn Rebellion, Vein of Stars, The Wizard Turns on..., It Overtakes me/The Stars Are So Big, I Am So Small... Do I Stand a Chance?, Mr. Ambulance Driver, Haven't Got a Clue, The W.A.N.D., Pompeii Am Gotterdammerung e Goin' On. Das 12 faixas, Mr. Ambulance Driver era a única já conhecida, por ter sido inserida em trilha de filme e por ter tido seu clipe incluído em V.O.I.D., o último DVD do grupo.

Mais dois álbuns de Nina voltam às lojas

Aos poucos, os álbuns originais de Nina Simone (1933-2003) estão sendo reeditados. Enquanto a Universal repõe em catálogo The High Priestess of Soul (1966), a Sony & BMG relança mais dois clássicos da discografia da cantora. Um deles é Nina Simone Sings the Blues (capa acima), álbum gravado em 1967 que marcou a estréia da intérprete na gravadora RCA. Trata-se de um trabalho mais intimista, em que a artista canta jóias como I Want a Little Sugar in my Bowl e My Man's Gone Now na companhia de uma pequena banda de blues. O outro disco reeditado é Silk & Soul. Gravado na seqüência de Nina Simone Sings the Blues, Silk & Soul é o segundo trabalho da cantora para a RCA. Como o título já explicita, o disco marcou a volta de Nina ao soul. Os destaques foram faixas como It Be's That Way Sometimes (composição do irmão da artista, Sam Waynon) e I Wish I Knew How It Would Feel to Be Free.
Domingo, Janeiro 22, 2006

DVD capta Mamas & Papas em cena

Resenha de DVD
Título: The Mamas & the Papas & Other '60 Greats
Artista: The Mamas & the Papas e outros
Gravadora: ST2
Cotação: * *

Para quem deseja um DVD que historie com mais consistência a breve trajetória do grupo The Mamas & the Papas nos anos 60, a Universal Music já lançou no Brasil o vídeo California Dreamin' - The Songs of The Mamas & the Papas. Editado na série Ed Sullivan's Rock'n'roll Classics, este DVD da ST2 não é um documentário, embora entremeie os números musicais com fragmentos de narrativa documental que contextualiza o quarteto na época do programa.

Sullivan foi uma espécie de Faustão americano dos anos 60. Por seu programa dominical The Ed Sullivan Show, passaram todos os grandes nomes da música daquela década (inclusive Os Beatles). A série da ST2 digitalizou essas apresentações em coleção temática. No caso do Mamas & the Papas, o vídeo apresenta cinco números dublados pelo quarteto em aparições no palco de Sullivan. As entrevistas são superficiais, a ponto de o apresentador aceitar sem questionar a negativa de Mama Cass dos boatos sobre uma suposta separação do grupo (que efetivamente aconteceria logo em seguida).

Ainda assim, é um privilégio poder ver em imagens coloridas, com aceitável áudio 5.1, o quarteto apresentar números como Dedicated to the One I Love, Twelve Thirty e California Dreamin'. Os outros '60 Greats do título são os grupos The Band, The Byrds e Creedence Clearwater Revival.

Vinte anos após o estouro, tecnopop do A-ha soa datado no oitavo CD do trio

Resenha de CD
Título: Analogue
Artista: A-Ha
Gravadora: Universal
Cotação: * *

Se Hunting High and Low fosse uma balada do U2, a crítica musical ia babar. Mas era somente a linda canção que batizava o primeiro e melhor álbum do A-ha, aquele trio norueguês que freqüentou o topo das paradas em 1985 com a irresistível Take on me, outra faixa de seu disco de estréia. Era o apogeu do tecnopop e o trio emplacou sucesssivos hits, ainda que álbuns imediatamente posteriores como Scoundrel Days (1986), Stay on these Roads (1988) e East of the Sun, West of the Moon (1990) já evidenciassem a irregularidade que nortearia a discografia do A-ha. A mesma irregularidade que dá o tom de Analogue, oitavo disco de estúdio do trio, recém-lançado no Brasil, embora tenha saído no exterior em 2005.

O sucessor de Lifelines (2002) tem lá seus bons momentos. As belas baladas Birthright e Cozy Prisons são dois deles. Por outro lado, faixas como Celice e Don't Do me Any Favours mostram que o pop sintetizado do A-ha parece datado. Sim, há a pegada pop de Halfway Through the Tour e há as cordas de tom erudito de Over the Treetops. Mas Analogue não chega a ser um disco coeso, à altura da capacidade do trio, que permaneceu parado na maior parte dos anos 90. Vinte e um anos depois do estouro de Take on me, o A-ha parece preso ao seu passado de glória.

EMI irrita Simone ao tirar sua estrela

Na capa à esquerda, do disco Simone ao Vivo, uma estrela aparece no nome da cantora, no lugar do pingo do 'i'. Só que não foi essa a versão da capa que foi para as lojas em novembro na primeira tiragem do álbum, de expressivas 55 mil cópias. A gravadora EMI esqueceu de grafar o nome de Simone com a estrela - uma tradição dos discos da cantora desde 1980 - o que irritou profundamente a Cigarra. O erro vai ser corrigido na segunda tiragem. A questão é que, como a primeira fornada foi grande para os atuais padrões da indústria fonográfica, vai ser preciso esperar os 55 mil exemplares saírem das prateleiras para que as lojas recebam a nova remessa do disco com a capa correta.

Disco compila hits recentes de Dogg

Um dos rappers americanos mais bem-sucedidos da linha gangsta (caracterizada por letras que propagam a violência em versos machistas), Snoop Doog tem seus sucessos mais recentes reunidos na coletânea The Best of Snoop Dogg (capa à direita), lançada em outubro de 2005 no exterior e editada no Brasil neste mês de janeiro pela EMI. A compilação reúne 19 músicas gravadas pelo rapper (e ator) em período que vai de 1998 até 2002. A seleção inclui Beautiful, Woof!, Snoop Dogg (What's My Name Pt. 2) e Gin & Juice II, entre outros fonogramas.

Foi uma fase de altos e baixos para o artista, nascido na Califórnia com o nome de Calvin Cordozar Broadus e criado na periferia como membro de gangues de rua. Infelizmente, por questões de direitos autorais, a coletânea não inclui faixas do primeiro álbum do artista, Doggystyle, editado em 1993 pela gravadora Death Row e considerado a obra-prima de Snoop Dogg.

Márcia Freire regrava obra de Gerônimo

Ex-vocalista da banda de axé music Cheiro de Amor, que desde sua saída nunca mais atingiu o sucesso da primeira fase, Márcia Freire (foto) vai entrar em estúdio em breve para gravar um disco dedicado à obra da dupla de compositores baianos Gerônimo e Saul Barbosa.

Autor de Eu Sou Negão (um dos primeiros sucessos do som que seria rotulado como axé music), Gerônimo nunca aderiu ao populismo do gênero, seja fazendo música sozinho ou com Saul. Os compositores, aliás, vão produzir o CD de Márcia Freire. No repertório, temas como Jubiabá.
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