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Sábado, Setembro 02, 2006

Marina faz seu teatro de volta ao futuro

Resenha de show
Título:
Primórdios
Artista:
Marina Lima
Local:
Canecão (RJ)
Data:
1º de setembro
Cotação:
* * *

Primórdios, o incensado show de Marina Lima que estreou em São Paulo em 2005, apresentou na chegada ao Rio - na noite de sexta-feira, no Canecão, onde ficará em cartaz até domingo, 3 de setembro - o esperado requinte envolto em aura de modernidade criada pela diretora Monique Gardenberg. Não é a primeira vez que a cantora lança mão de atmosfera de teatralidade para desviar o foco de sua meia-voz. Em Sissi na Sua (1999), espetáculo dirigido pelo encenador Enrique Diaz, já havia os truques cênicos e a ambiência eletrônica que caracteriza a obra recente da artista (na foto acima, clicada por Susana Ribeiro em cena).

Remontado sob a inevitável tensão de toda estréia carioca, Primórdios segue a linha teatral escorado na criatividade de Monique Gardenberg, sempre surpreendente a cada trabalho. Vai decepcionar quem espera ouvir a cantora cheia de notas dos anos 80 e início dos 90. As atuais interpretações, às vezes recitadas e em entonação reincidente, podem incomodar velhos fãs. Mas o fato é que Marina se reinventa e resolve o problema vocal de forma feliz - como feliz também parece estar a artista ao encontrar novamente seu eixo estético após inapropriado Acústico MTV.

Aberto com Três, o quase tango que se destaca na atual safra de inéditas da compositora, o roteiro vai envolvendo o espectador em sucessivas surpresas criadas com a ajuda de artefato técnico raras vezes montado em palcos nacionais. O encanto é inevitável quando - após desossar Nervos de Aço, um dos clássicos do gaúcho Lupicínio Rodrigues - Marina forja um desmaio e sai de cena carregada. Puro e refinado teatro! Na volta, já empunhando sua guitarra, a artista encarna a roqueira que sempre habitou nela para reviver músicas como Ainda É Cedo (a música da Legião Urbana da qual se apropriou ainda nos anos 80 com grande personalidade), Entre as Coisas (rock inédito de sonoridade meio indie) e Difícil.

Em sintonia com boa parte das letras, Primórdios é show quente, sexual, vermelho. E por isso Vestidinho Vermelho - a descolada versão de Alvin L. para Beautiful Red Dress, de Laurie Anderson - cai tão bem na interpretação falada de Marina. Assim como Bang Bang, o sucesso de Nancy Sinatra, revivido na trilha do filme Kill Bill e entoado em Primórdios somente com os acordes suaves da guitarra de Fernando Vidal.

Música do esmaecido CD Setembro (2001), Paris - Dakar ressurge gloriosa sob o signo da eletrônica. Em pista adornada com globos que remetem à era da disco music, Marina enlouquece na boate cênica. É mais um artifício para redimi-la do fato de músicas como Virgem, Acontecimentos e Fullgás terem perdido o vigor dos áureos tempos vocais. A propósito, os tempos são outros. Marina Lima também já é outra. Apesar do título que remete a um passado distante, Primórdios a sintoniza com um futuro que, mesmo à meia-voz, parece ser promissor.

A sauna gay feminina de Marina Lima

Na música Ana Bella, lançada em 2005 em seu show Primórdios, Marina Lima questiona o fato de as mulheres não terem a sua sauna gay para exercitar a libido. A imagem acima, tirada por Susana Ribeiro na estréia carioca do espetáculo, traduz a visão da diretora Monique Gardenberg para a sauna imaginada pela cantora na letra. A cena com as modelos é apresentada obviamente quando Marina interpreta Ana Bella.

Arrigo explica missa escrita para Itamar

Arrigo Barnabé (foto) está lançando o disco Missa in Memoriam Itamar Assumpção, escrita em latim pelo autor de Clara Crocodilo em reverência ao compositor de Nego Dito, morto em 2003. No CD, a missa é apresentada com orquestra e coral de 12 vozes, regidos pelo maestro Tiago Pinheiro. O tema reproduz, com citações da obra de Itamar, as seis partes do texto da missa católica (Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei).

Em filosófico texto escrito para o encarte do disco, o compositor paranaense conceitua este trabalho atípico até numa discografia de caráter experimental. Com a palavra, Arrigo Barnabé, eternamente associado, ao lado do amigo Itamar, ao som que se convencionou rotular de vanguarda paulista:

"Nunca me imaginei escrevendo uma missa para o Itamar. Aliás, sempre me pareceu mais lógico o contrário, pois Itamar tinha uma saúde de ferro, nunca adoecia. Mas parece que, a partir dos 50 anos, de fato, começamos a viver a experiência do luto e a tomar consciência da finitude humana, de uma forma muito mais concreta. Então nosso olhar pode se voltar para a espiritualidade - não falo de seitas, religiões ou espíritos - mas para a vida que permanece, aquela que não é absorvida no ciclo biológico. Então penetramos em nosso íntimo, em nossa afetividade mais recôndita, e lá encontramos o alimento, a energia, que vai nortear o trabalho. Digo que nosso olhar pode se voltar para a espiritualidade, porque essa é uma das possibilidades de nossa alma, mas não necessariamente a única. Para mim foi dessa forma - além do que, parecia que o Itamar cada vez mais se voltava para o imperecível (o que já justificaria uma abordagem espiritual) - e o que nos vivenciamos em nossa estrada, as experiências, angústias e as pequenas alegrias divididas, tudo isso criou lastro suficiente para abastecer emocionalmente e para gerar um entusiasmo capaz de alicerçar esta obra".

Arrigo Barnabé

Zélia também canta forró para crianças

Artista onipresente nos trabalhos de seus colegas, Zélia Duncan também participa do disco Forró pra's Crianças, produzido por Zé Renato para o selo infantil Biscoitinho, da gravadora Biscoito Fino. No CD (capa à esquerda), Zélia canta Chiclete com Banana, música composta por Gordurinha em 1959. Renato Braz também aderiu ao projeto e revive O Canto da Ema.

Grande parte das músicas vem do repertório de Jackson do Pandeiro. A lista de intérpretes inclui Chico Buarque (Morena Bela), Maria Rita (Sina de Cigarra), Elba Ramalho (Forró em Campina), Roberta Sá (Tum, Tum, Tum), Alceu Valença (Quadro Negro), Silvério Pessoa (Côco do Norte) e o próprio Zé Renato (Cantiga do Sapo).

Ney planeja CD de pop rock com banda

Com voz e vitalidade invejáveis, Ney Matogrosso chega aos 65 anos com mais um CD nos planos. Trata-se de um disco de pop rock, a ser gravado com banda e com lançamento previsto para 2007. Como fez em 1999 no álbum Olhos de Farol, em que projetou autores como Fred Martins, Ney vai dar voz a compositores que ainda vivem à margem do mercado fonográfico. Um dos eleitos é o paulista Dan Nakagawa, cuja música Um Pouco de Calor poderá dar título ao CD (outra composição de Dan, Um Cano de Revólver, também está cotada para o repertório).
Sexta-feira, Setembro 01, 2006

Duas caixas vão reembalar os 29 discos feitos por Roberto Carlos para o exterior

Fãs de Roberto Carlos que esperam completar a coleção Pra Sempre com a prometida caixa com seus discos internacionais já podem ir economizando. Em vez de uma caixa, como previsto no projeto original da série de reedições da obra do cantor com capas no formato de miniLPs, serão duas. Mas o lançamento, programado inicialmente para este ano, deverá ficar para 2007. O pesquisador musical Marcelo Froés já trabalha no projeto desde o começo do ano, mas tudo ainda depende do aval do Rei para chegar às lojas.

Ao todo, as duas caixas reunirão 29 discos, quase todos inéditos no mercado nacional. Além dos previsíveis álbuns em espanhol, a coleção incluirá um álbum em inglês (lançado no Brasil em 1981, mas com capa diferente da edição estrangeira, agora recuperada com fidelidade), seis títulos em italiano e um disco em francês.

O raríssimo álbum em francês - item de colecionador desconhecido até por muitos fãs do artista - foi lançado originalmente em 1983, somente na França, com o título Roberto Carlos Chante en Français et un Portuguais. Das 10 faixas, apenas quatro foram efetivamente gravadas no idioma falado em Paris. Trata-se de versões em francês de A Guerra dos Meninos (La Guerre des Gosses), À Distância (C'est Fini Il Faut se Dire Adieu), Os seus Botões (Et Puis Commence) e do bolero Solamente una Vez (Ça Ressemble a l'Amour).

Se for mantido o atual cronograma do projeto, o disco em francês sairá na segunda caixa, que reunirá a produção internacional do Rei nas décadas de 80 e 90. A primeira caixa - que, pela vontade da gravadora Sony & BMG, seria lançada ainda este ano - reunirá os álbuns dos anos 60 e 70. Foi, a propósito, em 1964 que o cantor gravou pela primeira vez para o exterior, em espanhol. Já editado no Brasil em série sobre a Jovem Guarda, Roberto Carlos Canta a la Juventud foi, a rigor, a versão castelhana do LP É Proibido Fumar, gravado em 1963.

A partir de 1971, Roberto Carlos passou a fazer anualmente um disco em espanhol, com base nos álbuns que lançava no Brasil. Essa prática seguiu até 1991 (depois, o artista gravaria apenas dois títulos em espanhol, um em 1993 e outro em 1997, Canciones que Amo, editado simultaneamente no Brasil). São estes álbuns, todos inéditos no mercado nacional, que farão a alegria dos fãs nas duas caixas que vão completar a coleção Pra Sempre.

Embora já não se dedique ao mercado hispânico como em tempos áureos, o Rei ainda tem súditos no estrangeiro. A prova é que acaba de sair na Espanha a caixa Antologia - Todos los Grandes Exitos de Roberto Carlos, que reúne dois CDs com sucessos e um DVD com registros de participações do cantor na televisão espanhola. E ainda há a previsão da gravação ao vivo de DVD e CD em show agendado para 1º de outubro, em Madrid. Será mais um título de uma obra internacional que, ao que parece, resistirá para sempre.

Byrne compila Tim Maia para os EUA

David Byrne não vai lançar o disco Tim Maia Racional nos Estados Unidos - como chegou a ser noticiado no início do ano pela imprensa brasileira. O que o compositor americano prepara, para 2007, é uma coletânea do Síndico, com gravações em inglês realizadas por Tim Maia (1942 - 1998) ao longo de sua carreira. Além de geralmente ter incluído uma ou duas músicas em inglês em seus discos, o cantor carioca chegou a gravar um álbum para o mercado americano, na segunda metade dos anos 70, sem repercussão. Byrne vai lançar a compilação por seu selo, Luaka Bop.

Machado de Assis inspira ópera de rap

O escritor Machado de Assis serviu de inspiração para Ópera Oblíqua, o segundo CD do trio de rap Mzuri Sana, formado pelo DJ Suissac e pelos MCs Parteum e Secreto. O grupo (acima, em foto de João Wainer) volta ao mercado fonográfico três anos depois de lançar seu álbum de estréia, Cidades, Estrelas e Constelações (2003). "Machado de Assis foi um escritor negro, descendente de escravos, que mudou muita coisa em nossa literatura", conceitua Parteum.

Masterizado em Nova York no estúdio Sterling Sound por Chris Athens, Ópera Oblíqua chegará às lojas em outubro, pela gravadora Trama, com 14 faixas interligadas e temas instrumentais. Definição (música de que participam o baterista Iggor Cavalera e o rapper Rappin' Hood), Era uma Vez Três... e O Que É o Que É? são algumas faixas.

'Rei' autoriza 'Sua Estupidez' para Tânia

Normalmente propenso nos últimos anos a vetar regravações de sua obra autoral, Roberto Carlos autorizou Tânia Mara a regravar Sua Estupidez, clássico de 1969, no quarto disco da cantora, nas lojas em setembro. Mas a música de trabalho do CD será mesmo Se Quiser, a versão de Anytime (hit de Kelly Clarkson) que toca diariamente na trilha da novela Páginas da Vida, dirigida por Jayme Monjardim, marido de Tânia e autor da foto à direita.

Teixeira grava DVD com Joanna e Xororó

Renato Teixeira lança ainda este ano DVD e CD gravados ao vivo no Auditório Ibirapuera (SP), em 27 de agosto. No show feito para a gravação de seu primeiro DVD, o cantor e compositor contou com as adesões de Pena Branca, de Joanna (com quem reviveu Recado, música de autoria de Teixeira que foi sucesso na voz da cantora em 1984), do argentino León Gieco (em La Cigarra, hit de Gieco) e da dupla Chitãozinho & Xororó (em Frete). Todos os convidados uniram vozes para cantar Romaria, a obra-prima do compositor.
Quinta-feira, Agosto 31, 2006

A capa do disco americano de Gal Costa

A capa acima é de Live at the Blue Note, o CD ao vivo de Gal Costa que será lançado nos Estados Unidos em 19 de setembro. Pela informação da capa, a gravação foi feita em 19 de maio de 2006, em show da recente temporada da cantora na casa americana Blue Note. O disco também será editado no Japão.

Uma das músicas - I Fall in Love Too Easily, composta por Sam Cahn e Jules Styne para a trilha do filme Marujos do Amor, de 1945 - é inédita na voz da cantora e foi gravada por nomes como Frank Sinatra. Mas é Tom Jobim o compositor predominante na seleção de Live at the Blue Note, cujo repertório é formado pelas músicas Fotografia, Desafinado, Chega de Saudade, Camisa Amarela, Pra Machucar meu Coração, Ave Maria no Morro, Nada Além, I Fall in Love Too Easily, Corcovado, Triste, Wave, Coisa Mais Linda / As Time Goes By, Samba do Avião, A Felicidade, Aquarela do Brasil, Sábado em Copacabana / Copacabana e Garota De Ipanema.

Gil reluz em CD de luminosidade interior

Resenha de CD
Título:
Gil Luminoso - Voz & Violão
Artista:
Gilberto Gil
Gravadora:
Biscoito Fino
Cotação:
* * * *

Estruturada com base nos cânones tropicalistas, a obra fundamental de Gilberto Gil sempre trouxe questões transcendentais embutidas em sua vivacidade rítmica. Adepto pioneiro de uma filosofia zen, apreendida no cotidiano de sua prisão e do conseqüente exílio londrino na virada dos anos 60 para os 70, Gil é compositor de freqüente ótica espiritualista. É este pensador mais filosófico que prevalece em Gil Luminoso, o CD ora relançado pela Biscoito Fino. Gravado em 1999, para ser encartado no livro de arte GILuminoso - A Po.ética do Ser, de Bené Fontelles, o disco nunca havia chegado às lojas de forma avulsa.

É puro deleite ouvir a música de Gil somente com sua voz e seu violão de múltipla musicalidade. A maioria das composições vem dos anos 70, época em que o cantor aprofundou sua experiência existencialista em discos como Refazenda (1975), do qual Gil Luminoso recupera, não por acaso, as faixas Meditação e Retiros Espirituais.

Moldado para a reflexão das letras, o tom interiorizado do álbum permite uma maior valorização dos versos de músicas como Metáfora (1982), Raça Humana (1984) e Tempo Rei (1984), gravadas originalmente em fase em que o compositor experimentava sonoridade pop em sua discografia, com resultado irregular.

Para colecionadores da obra fonográfica de Gil, o álbum reúne músicas até então meio dispersas na discografia do compositor - casos de Preciso Aprender a Só Ser (tema que inverte a lógica individualista do samba-canção bossa-novista Preciso Aprender a Ser Só e que foi lançado em compacto de 1973), O Som da Pessoa (então inédita parceria com Bené Fontelles, de 1983), Copo Vazio (lançada por Chico Buarque em seu álbum Sinal Fechado, de 1974, e gravada por Gil no mesmo ano em disco ao vivo de moderada repercussão), O Compositor me Disse (outra música do álbum ao vivo de 1974) e Você e Você, tema de 1993, feito para Gal Costa incluir em seu álbum O Sorriso do Gato de Alice.

Ouvidas num mesmo álbum, essas reflexões espiritualistas a cerca dos mistérios da raça humana adensam a vasta obra de Gil. Ao procurar uma visão menos materialista, que transcendesse a matéria, o compositor exibe luminosidade ímpar. É essa luz interior que brilha em disco que merecia mesmo uma reedição avulsa para ficar mais acessível aos admiradores do artista.

CD duplo compila singles do New Order

A Warner Music está lançando no mercado nacional uma coletânea dupla do New Order, Singles (capa à esquerda), que revisa os 25 anos de trajetória do grupo através de 32 músicas extraídas de 30 singles, cujas capas são reproduzidas no encarte, com as respectivas datas de lançamento. A seleção inclui hits como Ceremony (o primeiro single, de janeiro de 1981), Temptation, Blue Monday (nas versões de 1983 e 1988) e Waiting for the Sirens' Call, faixa-título do último álbum da banda, editado em 2005.

'MTV Apresenta' de Otto chega ao CD

Da mesma forma que extraiu o áudio de Ed Motta em DVD para editar um CD duplo ao vivo do cantor, a gravadora Trama está lançando o MTV Apresenta de Otto no formato de CD simples (capa à direita). Inicialmente, a gravação ao vivo do artista pernambucano chegou às lojas somente em DVD.

Dominguinhos declara amor ao forró em CD que realça espírito lírico de sua obra

Resenha de CD
Título:
Conterrâneos
Artista:
Dominguinhos
Gravadora:
Eldorado
Cotação:
* * *

"Já andei na poeira, no sol / Já cantei, já sorri, já chorei / Tudo só por amor ao forró", resume Dominguinhos em Por Amor ao Forró, tema de Pinto do Acordeom que integra seu novo disco, Conterrâneos, de bela capa ilustrada por Elifas Andreato. Apesar de a faixa-título, entoada pela cantora Guadalupe, ser uma daquelas líricas toadas típicas da obra autoral do sanfoneiro, Conterrâneos é um álbum em que Dominguinhos declara novamente seu amor ao forró na forma de arretados xotes, baiões e xaxados. Opção já traduzida nos títulos de faixas como Oi que Balanço Bom (colaboração do artista com Nando Cordel), Doidinha pra Dançar (de autoria de Zezum) e Vivendo a Brincar (ode à infância bem aproveitada). Aliás, o toque animado da sanfona não esconde uma certa nostalgia da infância e de épocas idas, evidente já no tema de abertura, Tempo Menino.

Conterrâneos agrega o nome de Dominguinhos a parceiros mais ou menos recentes como Marcos Barreto Mello (Gavião Peneirador), Wally Bianchi (Cai Fora), José Carlos Capinam (Duas Frutinhas) e Chico Anysio, com quem assina Eita, Paraíba, ode ao Estado que produz as maiores festas juninas. Entre jóia rara do baú de Luiz Gonzaga (Acácia Amarela, parceria com Orlando Silveira), incursão inusitada pelo repertório de Bob Nelson (no xote Bença Mãe) e regravação de sua própria lavra (a toada Carece de Explicação, composta com Clodô Ferreira), Dominguinhos reafirma o espírito pacifista e festivo de sua obra ao lado de seus conterrâneos, que, no caso, são todos os músicos, compositores e habitantes do Nordeste do Brasil.
Quarta-feira, Agosto 30, 2006

Rita vende CD 'Tecnomacumba' na rede

Rita Ribeiro decidiu não esperar mais pelo apoio de uma gravadora para lançar seu CD Tecnomacumba, gravado em estúdio por conta própria, com inspiração no show homônimo que vem lotando casas nos últimos anos. A cantora está vendendo o disco - em edição que caracteriza como "especial e limitada" - em seu site oficial. Ao digitar www.ritaribeiro.com.br, o internauta é direcionado para a página da artista, com o link que possibilita a compra do disco.

Tânia Mara, a voz de 'Páginas da Vida'

Ouvida quase diariamente na novela Páginas da Vida, em cuja trilha canta Se Quiser (versão de Anytime, música do primeiro disco de Kelly Clarkson), Tânia Mara é uma das apostas da EMI no segmento popular para este semestre. O quarto disco da cantora - que já lançou três CDs desde 2000 e chegou até a seguir a linha country, gênero que não dá muito certo no Brasil - sai em setembro e tem produção dividida entre Cláudio Rabello, Julinho Teixeira e Yahoo. O CD reúne 12 faixas, incluindo uma música de Mara (O Maior Amor, parceria com Ana Fernandes e Nivaldo Paz) e Não Me Deixe Sozinha Aqui, versão de Don't Let Me Be Lonely Tonight, de James Taylor.

Tema dos personagens Renato (Caco Ciocler) e Isabel (Viviane Pasmanter) na novela de Manoel Carlos, Se Quiser tem jeito de hit radiofônico e pode consolidar a carreira de Tânia Mara num estilo popular parecido com o que projetou Rosana na segunda metade dos anos 80.

Marina ainda vai gravar DVD em Sampa

Marina Lima (foto) não desistiu da idéia de gravar em São Paulo o DVD do show Primórdios, dirigido por Monique Gardenberg (o espetáculo estréia no Rio de Janeiro, no Canecão, nesta sexta-feira, 1º de setembro, ficando em cartaz até domingo). A gravação - prevista inicialmente para ter sido feita em maio - deverá acontecer até o fim do ano, provavelmente em novembro, no Auditório Ibirapuera, onde o espetáculo estreou em 2005 e se consagrou como um dos destaques da temporada paulista do ano passado.

A cantora acabou de lançar o (bom) CD Lá nos Primórdios, baseado no show. Trata-se de um trabalho mais homogêneo do que o equivocado Setembro (2001).

Mais um 'Grande Nome' chega ao DVD

Depois de Elis Regina e de Rita Lee, chegou a vez de Paulinho da Viola ter editado em DVD seu especial na série Grandes Nomes, dirigida por Daniel Filho para a Rede Globo no início dos anos 80. O programa do compositor, Paulo César Baptista de Faria, foi ao ar em 1981. Será o primeiro DVD de show de Paulinho, cuja videografia digital inclui apenas o documentário Meu Tempo É Hoje.

Assim como os especiais Elis Regina Carvalho Costa e Rita Lee Jones, o programa Paulo César Baptista de Faria chegará ao DVD em edição da gravadora Trama.

Documentário revê história da Tabajara

Resenha de DVD
Título: Orquestra Tabajara ao Vivo
Artista: Orquestra Tabajara
Gravadora: Indie Records
Cotação: * *

A Indie Records está lançando o DVD Orquestra Tabajara ao Vivo. Se o DVD trouxesse apenas um registro de show da Tabajara (no caso, sua apresentação de número 13.839, gravada no lendário palco da Rádio Nacional), já teria seu valor por perpetuar o vigor da big-band nascida em 1933 numa rádio da Paraíba e comandada pelo maestro Severino Araújo desde 1937. Mas o vídeo vai além e revê, na forma de documentário, a trajetória de 73 anos da orquestra, com direito a raras imagens das décadas de 40 e 50.

A história é entremeada com os 15 números do show, cujo roteiro inclui os temas que fizeram a fama do suingue da Tabajara (Canta Brasil, Espinha de Bacalhau, In the Mood, Aquarela do Brasil) e até uma inédita, Um Passeio na Lagoa. Infelizmente, o documentário transcorre em ritmo (sono)lento, sem a vivacidade dos bailes animados pela orquestra. Há um excesso de formalidade nos depoimentos e na captação do show. Ainda assim, o valor documental é grande porque alguns dos protagonistas dessa saga musical ainda estão vivos para contar a história. Mas que ela, a história, poderia ter sido mais bem contada e editada, lá isso poderia...
Terça-feira, Agosto 29, 2006

DVD para ouvir 'You're Beautiful' ao vivo

Estourado no Brasil com a canção You're Beautiful, projetada nas rádios e na trilha da novela Belíssima, James Blunt tem lançado no mercado nacional o DVD Chasing Time: The Bedlam Sessions. No DVD (capa à direita), é possível ouvir You're Beautiful ao vivo - em show feito pelo cantor britânico na BBC - e ver os clipes de músicas como High, Wisemen e, claro, You're Beautiful. Os extras incluem ainda breve documentário sobre o astro, Being Blunt.

Adendo: a imprensa já adora pegar no pé de Blunt, mas o fato é que You're Beautiful é uma bela balada que caiu na boca do povo. Se tivesse ficado restrita ao circuito indie, a crítica ia babar pelo moço...

'Outro Futuro' faz Leoni voltar à Warner

Leoni está de volta à Warner Music, gravadora na qual fez sucesso na fase inicial do Kid Abelha e por onde lançou os discos de seu extinto grupo Heróis da Resistência. Em bom momento profissional, depois de bem-sucedido projeto ao vivo editado pela Som Livre, o cantor e compositor assinou com a major contrato de distribuição e marketing para o lançamento de seu novo CD, Outro Futuro. O primeiro single - A Chave da Porta da Frente, parceria de Leoni com Frejat - chegará às rádios em 12 de setembro.

Com lançamento agendado para o final de setembro, o cd será lançado juntamente com o DVD Leoni & Ashaninkas - Outro Futuro Ao Vivo em Paris, dirigido por Roberto Berliner e Sérgio Bloch, da TvZero. O vídeo traz show gravado em junho de 2005, com as participações do pajé Benki Piyãko e de mais seis lideranças indígenas. O DVD traz ainda diário de bordo da viagem e documentário sobre a vida na aldeia Ashaninka.

Na foto acima, Leoni (à direita) posa com Cláudio Condé, presidente da Warner Music, na assinatura do contrato.

Grupo mineiro é a nova aposta da Deck

Já com alguma popularidade conquistada via internet, o grupo Strike - formado há três anos em Juiz de Fora (MG) - tenta projeção nacional com sua contratação pela Deckdisc. A banda já finaliza a pré-produção de seu primeiro disco, que apresentará 11 músicas autorais, todas letradas pelo vocalista Marcelo Mancini. Entre elas, Paraíso Proibido e Aquela História - já hits nos shows do quinteto. A produção ficará por conta de Tuta e Diego Macedo. O Strike é integrado por Marcelo Mancini (voz), Rodrigo Maciel (guitarra), André Maini (guitarra), Fábio Perez (baixo) e Cadu (bateria).

Banda carioca verte 'Lágrimas de Jah'...

Grupo de reggae surgido no bairro carioca de Vila Isabel, o Ponto de Equilíbrio vai entrar em estúdio na segunda-feira, 4 de agosto, para gravar álbum de inéditas. Entre as novas músicas, há Menino João, já apresentada em shows pela banda. Outra faixa é Lágrimas de Jah, lançada pelo grupo em CD-demo e recriada com outro arranjo. A produção do disco é do engenheiro de som Rodrigo Vidal, que cuidou do trabalho de estréia da banda Natiruts, então batizada Nativus. Detalhe: os músicos do Ponto de Equilíbrio seguem os mandamentos da religião rastafari - como atestam os dreadlocks da foto à direita.

Chico estréia show com poucos sambas

Com poucos sambas no roteiro (Sem Compromisso, Deixe a Menina e Quem te Viu, Quem te Vê amenizam no bis a escassez do gênero no repertório), Chico Buarque estréia oficialmente a turnê Carioca nesta quarta-feira, 30 de agosto, na casa Tom Brasil Nações Unidas, em São Paulo. A última turnê do compositor, As Cidades, estreou em janeiro de 1999, no Canecão, no Rio de Janeiro.

O roteiro do show Carioca - que já estréia com quatro semanas de lotação esgotada e mais oito apresentações extras agendadas para outubro - reedita o tom lírico e contemplativo do CD homônimo. Quase não há hits - com exceções para Bye Bye Brasil (música nunca cantada ao vivo por Chico - à esquerda em foto de Bruno Veiga), As Vitrines, Mil Perdões e Morena de Angola (número em que o artista toca kalimba). Além de incluir todas as músicas do álbum Carioca, o roteiro enfileira temas como Futuros Amantes, Mambembe, Grande Hotel, Cantando no Toró e Morro Dois Irmãos. A abertura é feita com Voltei a Cantar, música de Lamartine Babo.
Segunda-feira, Agosto 28, 2006

Who lança, enfim, um álbum em outubro

Tudo leva a crer que agora é para valer: o primeiro álbum de inéditas do grupo The Who em 24 anos tem lançamento programado para 31 de outubro. O disco se chama Endless Wire. A banda acertou a edição do CD com a gravadora Universal, que, em 2004, lançou duas músicas novas do Who na coletânea Then & Now.

O sucessor de It's Hard (1982) vai trazer no repertório uma miniópera (Wire & Glass) e músicas como Mike Post Theme e Man in a Purple Dress. O repertório é assinado, em sua maioria, por Pete Townshend.

'Transfiguração', do Cordel, sofre atraso

Previsto inicialmente para ter sido lançado nesta semana, o terceiro disco do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado, Transfiguração (capa à esquerda), sofreu um atraso na fabricação e vai chegar às lojas somente a partir de 15 de setembro, por conta de um problema na parte gráfica do CD. Ela Disse Assim (ou A teus Pés), Canto dos Emigrantes, Aqui (ou Memórias do Cárcere), O Lamento das Águas Sagradas e O Sinal Ficou Verde (ou Além do Bem e do Mal) são cinco das 14 faixas do álbum, produzido por Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza.

Em Transfiguração, o Cordel experimenta processo de criação diverso do conceito de seus dois álbuns anteriores - ambos inspirados em espetáculos já realizados previamente pelo grupo. Desta vez, os músicos fizeram as composições para o disco e somente depois vão adaptá-las para suas teatrais apresentações. A idéia é equilibrar música e arte cênica.

Ivete sonha com Bono no segundo DVD

Além de Buchecha, Ivete Sangalo (foto) sonha com a presença de Bono Vox no DVD e CD que vai gravar ao vivo, em 16 de dezembro, no Maracanã. A idéia da artista é ter dois convidados nacionais e dois estrangeiros no segundo registro de show de sua carreira solo. A gravadora Universal Music já estaria fazendo o contato com o líder do U2 para viabilizar a participação do astro no projeto da cantora baiana. Como Ivete e Bono se conheceram no Carnaval da Bahia, tudo é possível...

Chemical lança single de CD conceitual

O grupo My Chemical Romance (foto) vai lançar nesta quinta-feira, 31 de agosto, o primeiro single de seu segundo álbum, The Black Parade. A música inspirou o título do disco e se chama Welcome to the Black Parade. De acordo com o líder da banda, Gerard Way, o CD é conceitual e tem tom épico, teatral e orquestral. Cancer, Famous Last Words, I Don't Love You e Sleep são algumas inéditas do repertório.

Acústico não desvirtua obra de Lenine

Resenha de CD
Título:
Lenine Acústico MTV
Artista:
Lenine
Cotação:
* * *
Gravadora:
Sony & BMG

Gravar um Acústico MTV em seguida a um registro de show (Lenine In Cité, 2004) é lance decisivo na carreira de Lenine - como foi para Cássia Eller em 2001. Em ambos os casos, a busca da parceria com a emissora representa tentativa de tornar mais popular um artista de talento consumido e apreciado em círculo restrito. Com Cássia, deu muito certo - e quis o destino que a cantora não tivesse oportunidade de saborear por muito tempo a popularidade conquistada naquele ano de grandes vendagens, execução maciça nas rádios e concorrida turnê nacional.

Ao apostar em Lenine, a MTV negociou um roteiro de músicas mais conhecidas. E, nesse sentido, o acústico do compositor cumpre o prometido. Estão lá, embaladas em cordas, baladas como Paciência (com a adesão lírica da harpa de Cristina Braga), A Medida da Paixão (com o toque exótico dos versos em francês do baixista de camarões Richard Boná) e a menos inspirada Tudo por Acaso.

O rodízio intercontinental de convidados inclui ainda a cantora mexicana Julieta Venegas em Miedo - parceria de Lenine com Pedro Guerra - e o chileno Victor Astorga, que toca seu oboé em O Último Pôr do Sol. E o fato é que Lenine mantém o alto padrão de arranjos que caracteriza sua obra, na qual a embalagem sempre refinada é forma de acentuar a riqueza de um conteúdo de caráter universal.

Em bom português, Lenine não fez concessões ao gravar seu Acústico MTV. Sim, seu cancioneiro vai soar mais palatável aos ouvidos do chamado grande público, inclusive porque a mixagem geralmente põe a voz do cantor em primeiro plano, mas paira em todas as músicas o requinte característico deste compositor que une o Nordeste ao pop, ao rock e aos ritmos contemporâneos.

A propósito, neste acústico, A Ponte (parceria de Lenine com Lula Queiroga) é atravessada no compasso do rap do brasiliense GOG. E Dois Olhos Negros ganha o peso da bateria do ex-Sepultura Iggor Cavalera, com direito a solos vigorosos. A surpresa do repertório é Santana, a música de Junio Barreto que Lenine já cantara em show com Maria Rita e que revive no acústico sem toques inovadores.

Arranjos de cordas e metais, pilotados por Ruriá Duprat, acentuam o tom camerístico das baladas e o suingue de músicas como Jack Soul Brasileiro (o DVD, previsto para setembro, agrega números exclusivos como O Silêncio das Estrelas, Escrúpulo, Leão do Norte, Trânsito e O Que É Bonito). Enfim, o Acústico MTV de Lenine o credencia a ser ouvido por grandes e merecidas platéias. Mas, se a loucura que impera no mercado fonográfico impedir o upgrade comercial, a obra permanece imaculada.
Domingo, Agosto 27, 2006

Beck escolhe single de seu novo álbum

Cell Phone's Dead é o primeiro single do novo CD de Beck (foto). Intitulado The Information, o álbum tem lançamento mundial agendado para 3 de outubro. O artista já filmou o clipe de Cell Phone's Dead, com direção de Michel Gondry.

Estréia dos Novos Baianos é reeditada

Lançado no início de 1970 pela extinta gravadora RGE, o primeiro álbum do grupo Novos Baianos, É Ferro na Boneca!, vai ser reeditado em CD - pela primeira vez com a capa original (a confusa reedição anterior dava a entender que se tratava de uma coletânea do grupo). Com músicas como Colégio de Aplicação e Eu de Adjetivos no repertório, o álbum integra nova coleção de relançamentos da gravadora Som Livre, RGE Clássicos. Detalhe: nessa sua estréia fonográfica, o grupo assinava Os Novos Bahianos.

Tião canta terra de João com inspiração

Resenha de CD
Título:
Tião Canta João
Artista:
Tião Carvalho
Gravadora:
Pôr do Som
Cotação:
* * * *

No imaginário popular, a obra de João do Vale (1934 - 1996) está restrita a alguns poucos sucessos nacionais como Carcará, Peba na Pimenta e Coroné Antonio Bento. Daí a importância deste Tião Canta João, CD em que a obra do compositor maranhense é interpretada com brilho pelo conterrâneo cantor Tião Carvalho, em lembrança dos dez anos da morte de João, ocorrida em 6 de dezembro de 1996.

Aberto com a introdução a capella de Todos Cantam a sua Terra, o disco concilia a reverência à obra de João e ao seu universo musical nordestino com leves toques de inventividade. Se Carcará ganha o ritmo do bumba-meu-boi e A Voz do Povo tem realçada a cadência bonita do samba com a participação do grupo Divina Batucada, Coroné Antonio Bento é apresentada com seu título original, Matuto Transviado, e com ligeiro clima jazzy no meio do arranjo (sem perda do balanço forrozeiro).

Autor de Nós, música popularizada na voz de Cássia Eller, Tião mostra a diversidade rítmica da obra de João. Bom Vaqueiro é um aboio que possibilita ao cantor exibir a extensão de sua voz. Sanharó bate no compasso do tambor de crioula, um dos ritmos característicos do Maranhão. Já o Forró do Beliscão reedita a malícia de Peba na Pimenta. Em Maria Filó (Danado do Trem), a pulsação contagiante do forró contrasta com a melancolia dos versos dessa parceria de João com Luís Vieira.

Muito à vontade na sua terra, o convidado Zeca Baleiro pega o trem balançado que vai De Terezina a São Luís. E, nessa viagem musical pela rica e poética obra de João, Tião joga luz ainda sobre temas pouco conhecidos como Baião de Viola e Os Óio de Ana Bela. Enfim, um belo tributo a um compositor que, com exceção da conterrânea Alcione, quase nunca é lembrado além de seus sucessos mais óbvios. Neste bem-vindo segundo CD solo, Tião Carvalho canta João do Vale e sua terra com inspiração.

Ao vivo de Vander Lee sai em setembro

Previsto inicialmente para agosto, o novo registro de show de Vander Lee será lançado pela Indie Records em setembro nos formatos de CD (capa à esquerda) e DVD (o primeiro de Lee). Gravado em junho, em Belo Horizonte (MG), Pensei que Fosse o Céu - Ao Vivo foi batizado com o nome de uma das quatro inéditas do repertório, que tem intervenção de Zeca Baleiro em Passional (incluída no CD e no DVD) e em Bangalô (somente nos extras do DVD). O vídeo reúne os hits do artista. Já a seleção do CD dribla os sucessos mais óbvios com músicas como Tô em Liquidação, Chilique, Breu, No Balanço do Balaio e Galo e Cruzeiro.

'Ensaio' de Menescal e Wanda em DVD

Dando continuidade à edição de DVDs com gravações do programa Ensaio, a gravadora Trama põe nas lojas em setembro o DVD (capa à direita) com a participação da dupla Roberto Menescal e Wanda Sá na atração da TV Cultura. Na entrevista, gravada em 1991 e entremeada com números musicais como O Barquinho e Telefone, os artistas falam sobre as respectivas carreiras e a parceria. Mais uma vez, Menescal conta como foi o início da Bossa Nova. Já Wanda recorda como passou de fã à cantora de bossa e relembra as aulas de violão que teve com Menescal. Músicas como Bye Bye Brasil e Rio estão no roteiro.
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