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Sábado, Maio 06, 2006

Luka lança 'Sem Resposta' para se firmar

Contratada pela Warner, Luka lança ainda em maio seu segundo CD, Sem Resposta (capa à esquerda), para tentar mostrar que não é cantora de um hit só - no caso, Tô Nem Aí. A faixa-título aparece no disco em três versões: a original, a acústica e em remix de Deeplick. Vocalista da banda gaúcha Papas na Língua, Serginho Moah participa de A Aposta. Outras músicas do álbum são Mãos Vazias, Quando Você Passa, Pensando em Nós, O Mundo Continua e Eclipse do Sol. Luka assina sete das 11 composições.

Em tempo: a Warner está relançando o primeiro disco de Luka, Porta Aberta, com quatro faixas-bônus e nova masterização.

Zefirina Bomba grava primeiro álbum

Contratada pela Trama, a banda Zefirina Bomba (foto) já entrou no estúdio da gravadora para começar a gravar seu primeiro álbum. Formado em 2003 por Ilsom (voz e viola), Guga (bateria) e Martim (baixo), o trio paraibano vai incluir no repertório do CD músicas que já apresentou com sucesso no site Trama Virtual. Entre elas, Sobre a Cabeça, O que Eu Não Fiz, VSF e Teus Olhos.

DVD reúne 'Grandes Exitos' de Miguel

A Warner Music acaba de lançar no Brasil o DVD Grandes Exitos Videos (capa à esquerda), que reúne clipes de 25 músicas gravadas pelo cantor mexicano Luis Miguel. A seleção inclui boleros clássicos como El Dia que me Quieras e Contigo en la Distancia, além de recente sucesso do artista, Que Seas Feliz, faixa do CD Mexico en la Piel.

Jussara grava inédita de Calcanhotto

Mal lançou Nobreza, CD dividido com o violonista Luiz Brasil, Jussara Silveira já entrou em estúdio, no Rio, para gravar seu quinto disco, com música inédita de Adriana Calcanhotto. A faixa-título, Entre o Amor e o Mar, é parceria também inédita de Luiz Tatit e Ná Ozzetti. Com direção musical de Luiz Brasil, o álbum conta com a participação do grupo carioca Choro na Feira. Jussara grava músicas de compositores como Péri (projetado no último CD de Gal Costa, Hoje), Roque Ferreira e Paquito.

Primeiro solo de Brito volta em julho

Guilherme de Brito, o primeiro disco solo do mais importante parceiro de Nelson Cavaquinho, será reeditado em julho na série Memória Eldorado, que vai repor em catálogo títulos do acervo da gravadora Eldorado. Produzido por J. C. Botezeli, o Pelão, O álbum (capa à esquerda) foi gravado em 1979 e lançado em 1980. No repertório, parcerias menos conhecidas da obra de Brito e Cavaquinho. Entre elas, Traço de União, O Bem Querer, Me Esquece, Minha Paz e Mulher sem Alma. Sozinho, Brita assina Meu Dilema.
Sexta-feira, Maio 05, 2006

'Carioca' é tijolo menor na grande obra

Resenha de CD
Título: Carioca
Artista: Chico Buarque
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * *

Foram oito anos de espera por um disco de inéditas de Chico Buarque. O primeiro desde As Cidades, de 1998. A expectativa, naturalmente grande, não é satisfeita com a audição de Carioca, nas lojas a partir de hoje pela gravadora Biscoito Fino, nos formatos de CD simples e CD + DVD Desconstrução, com tiragem inicial de 151 mil cópias. Quase todas as 12 músicas apresentadas nos 36 minutos e 51 segundos do álbum são tijolos menores da obra grandiosa construída por Chico há 40 anos. Há raro requinte nos arranjos e nas harmonias, mas a impecável produção apenas disfarça a ausência de músicas à altura de um compositor habitualmente magistral. Não vai sair do disco um novo clássico do cancioneiro de Chico. E os elogios derramados, que provavelmente virão, serão feitos mais pela reverência ao mestre do que pela genuína admiração das músicas. Como já vem acontecendo há algum tempo...

Os arranjos do violonista Luiz Cláudio Ramos embalam com sofisticação exemplar um repertório que tangencia o Rio de Janeiro de forma mais ou menos explícita. O choro-canção Subúrbio já abre o CD mapeando - sem romantismo - sons, costumes e mazelas dos bairros da periferia da cidade. Intervenções da flauta de Marcelo Bernardes e do clarinete de Paulo Sérgio Santos pontuam música que chama mais atenção pela letra engenhosa do que pela melodia. A propósito, o Chico letrista supera, e muito, o melodista menos inspirado de Carioca.

"Fala a língua do rap", propõe Chico em verso de Subúrbio. Atento aos novos sons da cidade, o compositor insere rap (Embolada) e programações eletrônicas no baião Ode aos Ratos, extraído da trilha do musical Cambaio, composta em 2001 em parceria com Edu Lobo (o tema já tinha sido gravado por Chico no CD do musical). A levada nordestina é menos evidente no quase fox Outros Sonhos, em que pese a adição do acordeom de Dominguinhos. "De noite raiava o sol / Que todo mundo aplaudia / Maconha só se comprava na tabacaria", delira Chico em versos já antecipados pela assessoria do artista a colunas de jornais para gerar polêmica sobre o disco.

Sintomaticamente, as melhores músicas são as antigas. O único samba do disco, Dura na Queda, foi composto para a peça Crioula, que contou a vida de Elza Soares. Na versão do autor, o samba ganha sopros e clima de gafieira. Já a valsa Imagina, criada por Tom Jobim em 1947 e letrada por Chico em 1983, se impõe naturalmente, adornada pela voz segura de Mônica Salmaso e pelo piano de Daniel Jobim, neto do maestro soberano de Chico.

As canções não estão entre as mais arrebatadoras de Chico. A mais bonita - Por que Era Ela, Por que Era Eu, tema do filme A Máquina - já foi lançada na compilação Chico no Cinema, editada no fim de 2005. Também envolvente, As Atrizes combina cordas e lirismo em reverência às divas do cinema francês que apareciam nuas na tela do cinema e da imaginação do autor. Ela Faz Cinema evoca clima bossa-novista. Sempre - feita para filme ainda inédito de Cacá Diegues, O Maior Amor do Mundo - tem tom camerístico. Renata Maria (primeira parceria de Chico com Ivan Lins) é banhada pela atmosfera onírica que faltou na gravação original de Leila Pinheiro. Já Leve é samba-canção levemente abolerado que deveria ter permanecido no repertório de Dora Vergueiro e Carol Saboya.

É tudo harmônico e refinado (a exemplo do choro Bolero Blues, primeira parceria de Chico com seu baixista Jorge Helder), mas quase nenhuma música nova conquista para valer neste (bom) CD aquém da genialidade de Chico Buarque.

Chico relata impressões em filme sobre a feitura de 'Carioca': 'O fato de ter escrito um livro me torna um músico melhor'

"Quando termina um período dedicado à literatura, dá naturalmente vontade de pegar o violão e fazer música. E dá a sensação de que você não sabe mais fazer música... E você reaprende... É como começar de novo...". O testemunho de Chico Buarque (à esquerda, em foto de Bruno Veiga) está no documentário Desconstrução, dirigido por Bruno Natal sobre a gravação do disco Carioca, seu primeiro trabalho de inéditas desde 1998. O filme pode ser visto no DVD acoplado na edição dupla do CD. Não revela o "processo de criação" do compositor, como quer fazer crer o texto de divulgação do álbum, mas mostra, com as virtudes e os defeitos de todo making of, um pouco da intimidade de Chico no estúdio da gravadora Biscoito Fino, onde Carioca foi gravado entre setembro de 2005 e março de 2006.

"O fato de eu ter escrito um livro me torna um músico melhor. Não tenho dúvida disso. Agora explicar é complicado...", argumenta Chico. O filme seduz quando as câmeras captam takes realmente informais - como os das estripulias feitas pelos netos do compositor no estúdio. Ou o momento da gravação da valsa Imagina em que Chico relata aos presentes - incluindo a cantora Mônica Salmaso, convidada da faixa - a genialidade precoce de Tom Jobim. Imagina, conta Chico, teve sua melodia composta por Tom em 1947 como um exercício de classe. Nascia ali, naturalmente perfeita, a primeira música do maestro soberano, letrada somente em 1983 por Chico para a trilha do filme Para Viver um Grande Amor.

Entre trechos de gravações, o compositor vai expondo impressões e sentimentos sobre as músicas e sobre o trabalho em estúdio. "Estou acostumado a ficar fechado, trabalhando dentro de casa. Não tenho essa sensação de clausura dentro do estúdio. Tô aqui em movimento, trocando idéias... A gente se diverte... A clausura é lá dentro de casa. É o momento da criação", compara o artista, depois de revelar que suas letras nunca surgem do nada. "Nunca escrevi uma letra sem música. Isso nunca aconteceu, nunca. Muitas vezes, a música surge e a letra vai se esboçando ao mesmo tempo. Em outras, a música vai ficando pronta e a letra vem depois...".

Criação à parte, Chico arrisca tocar violão no palco, mas, no estúdio, deixa o instrumento nas mãos do arranjador Luiz Cláudio Ramos. "Gravar ao mesmo tempo voz e violão é complicado... Meu violão é meio sujo", avalia, com a certeza da cumplicidade com seu violonista e maestro. "Com Luiz Cláudio, é mais fácil discutir minúcias e detalhes harmônicos". Minúcias que garantem o requinte instrumental de Carioca, CD que impressiona mais pelos arranjos do que pelas músicas em si.

Mais trilhas de novelas sairão em CD

Trabalho atípico da dupla Roberto e Erasmo Carlos, a trilha nacional da novela O Bofe vai poder, enfim, ser apreciada no formato digital. O disco de 1972 (capa à direita) vai ser reeditado em CD, em outubro, dentro da série Som Livre Masters - Novelas. Produzida pelo titã Charles Gavin, a coleção vai ganhar subdivisão dedicada às trilhas dos folhetins. Estão previstas reedições da trilha da novela Gabriela (1975) e do programa Chico City, comandado pelo humorista Chico Anysio nos anos 70. A de Gabriela já saiu em CD, mas voltará ao catálogo em versão remasterizada.

Ratos tentam roer o emocore, a Igreja e a escravidão no disco de seus 25 anos

Fiéis à sua mistura de punk com trash metal, os Ratos de Porão (acima em foto de Jozzu) detonam o emocore na letra de Equivocado, uma das faixas do disco com que comemoram seus 25 anos de carreira. "Good Charlotte é uma bosta, Simple Plan é uma bosta", critica o vocalista João Gordo na música. O CD Homem Inimigo do Homem chegará às lojas em 15 de maio, via DeckDisc.

Outra faixa que promete polêmica é Pedofilia Santa, em que os Ratos de Porão tentam roer a credibilidade da Igreja ao abordar escândalos sexuais em templos católicos. Já Expresso da Escravidão aborda o trabalho escravo no Brasil, enquanto Testemunhas do Apocalipse foca os desastres naturais que tem assustado o planeta.

Além de marcar a estréia do Ratos de Porão na gravadora Deckdisc, Homem Inimigo do Homem é o primeiro álbum do grupo com seu novo baixista, Paulo Juninho Sangiorgio, veterano da cena hardcore de São Paulo e conhecido no cenário underground por sua atuação na banda Discarga. O CD tem 12 músicas e foi produzido por Daniel Ganjaman.

Beth Carvalho faz hoje 60 anos e merece os parabéns por sua discografia coerente

Beth Carvalho completa hoje 60 anos. O presente será dado futuramente ao seu público com o lançamento de documentário que o cineasta Silvio Tendler está começando a rodar. Por ora, a data serve de pretexto para saudar a mais importante intérprete de samba das últimas quatro décadas. Se as gravadoras tratassem o samba com o devido respeito, uma caixa com a obra da cantora estaria sendo lançada esta semana para que novas gerações pudessem ouvir uma das discografias mais ricas e coerentes da música brasileira. Beth tem (justa) fama de difícil nos bastidores da indústria fonográfica. Mas é inegável o rigor com que escolhe seu repertório e monta a ficha técnica de seus álbuns. Todos são bons. Alguns são dignos de qualquer antologia da música brasileira. Sempre gravou o melhor samba produzido no Rio de Janeiro sem nunca se dobrar aos modismos ou deixar que o vírus do brega contaminasse sua obra. E não pensem que nunca tentaram...

Seu primeiro disco, Andança, saiu em 1969. Logo em seguida, no início dos anos 70, a garota que ouvia Bossa Nova abraçou definitivamente o samba, subiu o morro e ingressou na pequena gravadora Tapecar para fazer três bons discos (Canto por um Novo Dia, Pra Seu Governo e Pandeiro e Viola) que lhe deram popularidade e alguns sucessos. Em 1976, em ascensão no mercado, Beth migrou para a antiga RCA, consolidou sua obra e iniciou uma de suas fases de maior sucesso artístico e comercial - da qual o LP De Pé no Chão (1978) é marco por apresentar o samba renovado que era produzido na quadra do Cacique de Ramos. Foi daquele quintal, projetado nacionalmente pela cantora, que brotaram nomes como Fundo de Quintal (amadrinhado por Beth desde o primeiro disco, editado em 1980) e - mais tarde - Zeca Pagodinho, revelado pela sambista em 1983 no dueto feito no samba Camarão que Dorme a Onda Leva, destaque do disco Suor no Rosto.

Em Beth, álbum de 1986, a artista sintetizou a efervescência pagodeira que tomou conta do Brasil naquele ano de euforia econômica e musical. Fora da RCA, Beth ingressou na PolyGram (hoje Universal Music) para fazer discos primorosos como Alma do Brasil, Saudade da Guanabara e Intérprete - os três inexplicavelmente fora de catálogo depois de esgotadas suas respectivas tiragens iniciais em CD.

A partir da década de 90, a cantora gravou com menor regularidade para manter a integridade artística numa indústria já movida a modismos e pouco receptiva a repertórios inéditos. Teve que se adequar à onda dos discos ao vivo e transitou entre várias gravadoras sem nunca deixar de ser coerente, de lançar compositores e de reverenciar obras atemporais como a de Nelson Cavaquinho. Por tudo isso, e também pelos seus 60 anos, Beth Carvalho merece os parabéns.
Quinta-feira, Maio 04, 2006

A paixão morna e redundante de Alcione

Resenha de CD e DVD
Título: Uma Nova Paixão - Ao Vivo
Artista: Alcione
Gravadora: Indie Records
Cotação: * *

Alcione lançou seu primeiro LP em 1975. Foram precisos 25 anos para que, em 2000, a Marrom gravasse seu primeiro disco ao vivo, Nos Bares da Vida, trabalho estupendo, concebido fora da linha populista que norteia a discografia recente da artista. Mas a súbita popularidade do DVD no mercado nacional fez a indústria fonográfica refém dos registros de shows. A ponto de Alcione já estar lançando seu quinto projeto ao vivo em seis anos!

Vendido simultaneamente nos formatos de CD, DVD e kit de CD + DVD (idealizado para o Dia das Mães), Uma Nova Paixão - Ao Vivo rebobina parte do repertório do homônimo álbum do ano passado. A salutar opção por gravar o show em casa da Baixada Fluminense (RJ), com público em tese mais espontâneo, tinha tudo para tornar o registro caloroso. Mas, se a platéia esteve quente, a gravação não captou o fervor em torno da Marrom. O vídeo soa frio, linear.

Assim como o show anterior Faz uma Loucura por mim, também editado em DVD e CD ao vivo, Uma Nova Paixão tem roteiro centrado no repertório mais recente de Alcione, embora seja menos sentimental e mais próximo do universo do samba. E o fato é que o tom cafona dos arranjos nivela por baixo um roteiro que reúne clássico de Cartola (Autonomia, já gravado por Alcione em 1987 no disco Nosso Nome: Resistência), pot-pourri em tributo a Jovelina Pérola Negra e sucessos de grupos como o efêmero Só Preto sem Preconceito (Viola em Bandoleira) e o resistente Fundo de Quintal (Do Fundo do Nosso Quintal).

Nem a presença de convidados como Marcelo D2 (previsível ao inserir rap no samba Menor Abandonado) e Leci Brandão (em forma vocal no dueto em Quero Sim, samba de sua autoria já gravado por Alcione em 1979 no disco Gostoso Veneno) ameniza o caráter burocrático da gravação. A impressão é a de que D2 e Leci batem ponto para tentar dar ar de novidade a um projeto já redundante em sua essência. Já a dupla Os Gênesis parece deslocada em Angola Brasil.

Mote do repertório da cantora, o amor passional está bem representado por À Flor da Pele, parceria de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, gravada por Clara Nunes em 1977 no disco As Forças da Natureza. O que somente realça as escolhas ruins de repertório - freqüentes nos discos e shows da Marrom. Qual a razão, por exemplo, de a cantora arriscar desanimada leitura de Sábado à Noite, hit do Cidade Negra, a não ser pela generosidade de projetar seu sobrinho Jefferson Jr., convidado da faixa? O rapaz tem lá seu suingue, mas nada acrescenta ao show.

Em poucas palavras, falta rigor ao trabalho atual de Alcione. Falta ousadia. Introduzido por solo de acordeom, o número de abertura - Todos Cantam sua Terra, música do João do Vale gravada pela Marrom em 1978 no LP Alerta Geral - vai na contramão do óbvio e mostra que Alcione brilha mais quando se refugia no seu passado de glória.

União da EMI com a Warner seria inútil...


A gravadora Warner Music (logo acima) rejeitou a oferta de compra feita pela EMI. Por ora, a indústria fonográfica não contará em escala mundial com mais uma major gigantesca - nos moldes da Sony & BMG, fruto da fusão recente da Sony Music com a BMG. Especula-se que a oferta tenha envolvido cifras em torno de 4,2 bilhões de dólares. Dinheiro à parte, a união da Warner com a EMI seria inútil face à crise que afunda lentamente o mercado fonográfico. A Sony se juntou com a BMG e isso não alterou o quadro desanimador provocado pela pirataria física e virtual de CDs. É fato que fusões desse porte geram companhias mais resistentes. Mas não a ponto de conter o inevitável enfraquecimento do disco. É difícil prever prazos, mas tudo indica que o CD tende a se tornar obsoleto. Somente uma imprevisível e improvável mudança de rota alteraria o permanente estado de crise. O futuro da música é virtual.

Retorno dos Mutantes gera CD e DVD

Como era previsível, o show que reúne Os Mutantes (foto) em Londres - com Zélia Duncan no posto de vocalista que seria inicialmente de Fernanda Takai e que quase foi de Rebeca Matta - vai ganhar registro em DVD e CD ao vivo. A primeira apresentação acontece no Barbican Hall, em 22 de maio, dentro do evento Tropicália - A Revolution in Brazil Culture. O produtor e baixista Liminha chegou a aderir à reunião do grupo, mas desistiu depois de alguns ensaios. A gravadora Sony & BMG se interessou pelo lançamento do registro ao vivo.

Edith do Prato preserva sua rica cultura popular em DVD gravado em São Paulo

Resenha de DVD
Título: Dona Edith do Prato & Vozes da Purificação
Artista: Dona Edith do Prato
Gravadora: Eldorado
Cotação: * * * *

Projetada nacionalmente em 1973 ao participar do polêmico disco Araçá Azul, de Caetano Veloso, Dona Edith do Prato chega ao DVD com registro de show feito na Sala Itaú Cultural, em São Paulo. "Estamos aqui com a cultura popular do Recôncavo da Bahia", contextualiza em cena J. Velloso, convidado da faixa Minha Senhora.

Edith Oliveira Nogueira ganhou o nome artístico de Edith do Prato porque, munida de uma faca, sabe como ninguém percutir um prato. É com seu inusitado instrumento, sentada, que ela apresenta temas de domínio público que evocam as tradições rítmicas do samba-de-roda surgido na Bahia, mais especificamente na região de Santo Amaro da Purificação.

No compasso da chula, marcada com as palmas do coro feminino Vozes da Purificação, a senhora baiana desfia seu repertório popular, similar ao do disco que relançou recentemente pelo selo Quitanda, de Maria Bethânia. Marinheiro Só, Dona da Casa, Santo Amaro Ê Ê e Casa Nova são alguns temas de domínio público, adaptados por J. Velloso, que compõem o roteiro. A linearidade do show é vantajosamente compensada pela riqueza da tradição musical que é preservada em imagem e áudio 5.1.

"São músicas de domínio público cantadas no quintal, na cozinha... O que a gente faz na nossa casa a gente está trazendo para o palco...", explica o falante J. Velloso. Edith, com sabedoria ancestral, pouco fala e usa sua voz miúda para cantar timidamente os temas. Em Raiz, chula gravada por Gal Costa em disco de 1992, Mariene de Castro entra em cena - vestida com fitas do Senhor do Bonfim - para puxar o coro envolvente das Vozes da Purificação. E ainda tem um bom extra que é misto de making of e documentário sobre a figura mítica de Dona Edith - com direito a depoimento de Caetano Veloso.

Grupo pernambucano Eta Carinae mira o Brasil ao promover seu primeiro álbum

Mais uma banda emerge da cena pernambucana para tentar o sucesso nacional. Eta Carinae (foto) é um quinteto que também aposta na mistura de bases eletrônicas com rock e com ritmos brasileiros como maracatu, baião e samba - com direito a alguma psicodelia. O primeiro álbum do grupo, Mirando a Estrela, sai neste mês de maio com duetos entre o vocalista Dirceu Melo e a atriz Karina Falcão, que cantava ao vivo na montagem original da peça A Máquina. Noite Seca (cujo ritmo vai do samba ao drum'n'bass) , a balada Véu da Noite e Tive que Ir são algumas faixas do CD, cujas primeiras mil cópias foram produzidas com o apoio da Lei Rouanet. Em tempo: Eta Carinae é o nome da estrela de maior brilho na galáxia, segundo Dirceu Melo (de camisa vermelha na foto).
Quarta-feira, Maio 03, 2006

Depeche relança três álbuns com bônus

Três importantes discos do Depeche Mode (foto) vão ganhar reedições turbinadas com DVD e faixas-bônus que reúnem lados B, remixes, entrevistas e gravações com áudio 5.1. Os álbuns que voltam ao catálogo em 16 de maio são Speak & Spell (o primeiro do grupo, editado em 1981), Music for the Masses (1987) e Violator (1990).

Speak & Spell retorna às lojas com lados B como Ice Machine, Shout e Any Second Now, além de remix de Just Can't Get Enough. Já Music for the Masses terá nove faixas-bônus, entre elas Route 66, Agent Orange e Pleasure, Little Treasure. Por sua vez, Violator virá com lados B como Mephisto, Happiest Girl e Sea of Sin.

Chitãozinho & Xororó gravam com astros do rap e do axé no disco 'Vida Marvada'

Dupla sertaneja cujas vendas estão em curva descendente no mercado fonográfico, Chitãozinho & Xororó fazem conexões com estrelas do rap e do axé em seu novo disco, Vida Marvada (capa à esquerda). A faixa-título conta com a participação de ninguém menos do que o rapper Cabal, contratado pela Universal Music, a mesma gravadora do duo. Chitãozinho & Xororó formam ainda um quarteto com Ivete Sangalo e Margareth Menezes na regravação de Beijinho Doce. O disco reúne faixas como Vida pelo Avesso, Uma Noite sem Você e O Mineiro e o Italiano.

Deck lança no Brasil CD do Buzzcocks

Formado há 30 anos, no início da explosão punk na Inglaterra, o grupo Buzzcocks terá seu novo disco, A Flat-Pack Philosophy, editado no Brasil em maio pela Deckdisc. Embora contemporâneo dos Sex Pistols e do Clash, o Buzzcocks não alcançou a mesma fama, mas influenciou bandas como R.E.M., Smiths e Offspring. O CD (capa à direita) condensa 14 músicas em 36 minutos. Wish I Never Loved You, I Don't Exist e God, What Have I Done? são algumas faixas. O Buzzcocks é formado por Pete Shelley (guitarra e vocal), Steve Diggle (guitarra e vocal), Phil Barker (bateria) e Tony Barber (baixo).

O Salto põe single nas rádios para tentar se afastar da imagem e som do LS Jack

À exceção do vocalista (Fabio Allman, o Fabão, que substitui Marcus Menna), os músicos de O Salto (à esquerda, em foto de Robert Schwenck) são os mesmos do LS Jack, mas o grupo garante tratar-se de outra banda. E é na esperança de se dissociar do LS Jack que o Salto lança seu primeiro álbum, A Noite É dos que Não Dormem, na segunda quinzena de julho, via Indie Records. O primeiro single do CD - Tantos Lugares, de autoria do baixista do grupo, Vítor Queiroz - chega às rádios nesta quarta-feira, 3 de maio. O clipe da faixa foi dirigido por Bruno Martinho, em abril, no Rio de Janeiro.

Bloc Party grava segundo CD na Irlanda com inspiração em Bowie e terrorismo

Após algumas semanas de pré-produção na Inglaterra, o grupo Bloc Party (foto) começa a gravar neste fim de semana, na Irlanda, seu segundo disco. O sucessor de Silent Alarm (2004) terá música inspirada nos ataques terroristas aos ônibus e metrôs de Londres (Hunting for Witches) e na vida atribulada dos trabalhadores assalariados (Waiting for the 718). O contato com David Bowie em turnê também norteou a criação do repertório. Kreuzberg, Cruel e Merge on the Freeway são outras faixas do CD, que tem lançamento previsto para o fim do ano. A produção é de Jacknife Lee.
Terça-feira, Maio 02, 2006

Último de Cash chega às lojas em julho

O Dia da Independência dos Estados Unidos, 4 de julho, foi escolhido como a data do lançamento do último disco de Johnny Cash. Gravado meses antes da morte do cantor, em 2003, o CD American V: A Hundred Highways tem produção de Rick Rubin e traz a última composição do astro, Like the 309. Mas, a rigor, trata-se de um projeto de covers. Cash regrava músicas do repertório de Bruce Springsteen - Further on (Up the Road) - e Hank Williams (On the Evening Train), entre outros. O álbum é o quinto de uma série iniciada em 1994.

RoRo já é oficialmente da Indie Records

Ângela RoRo já pertence oficialmente ao elenco da gravadora Indie Records. Na foto acima, clicada por Marcelo Jesuíno na assinatura de contrato, a cantora e compositora posa com Edison Junior, gerente do departamento artístico da companhia. RoRo - que não grava desde 2000, quando apresentou o pouco inspirado Acertei no Milênio - vai fazer CD de inéditas e DVD. O contrato também prevê a edição de suas novas músicas pela editora Indie Publishing, ligada à gravadora.

Sting e Youssou cantam com Orlando

Com lançamento previsto para o segundo semestre, o próximo disco de Orlando Morais (foto) conta com a participação nos vocais de astros estrangeiros como Sting, Peter Gabriel e Youssou N'Dour. E não é só: três integrantes da banda de Sting - o baterista Manu Katché, o baixista Pino Palladino e o guitarrista Dominic Miller - tocam em todo o CD, que tem 14 faixas cantadas em português, inglês e francês. Autor das letras, Orlando gravou com este time internacional por conta de sua amizade com o baterista Katché, com quem trabalhou em seu álbum Agora, de 1997. Na época, eles já idealizavam este projeto, que tem tudo para dar projeção a Orlando fora do Brasil e, inclusive, reposicioná-lo no mercado nacional. A mixagem do disco será feita no estúdio de Peter Gabriel, na Inglaterra.

Roberto e Pavarotti juntos em outubro

Previsto inicialmente para março, mas adiado em virtude dos problemas de saúde de Luciano Pavarotti, o show Encontro de Reis - que reunirá Roberto Carlos e o tenor italiano em apresentação única em Belo Horizonte (MG) - teve nova data anunciada: 7 de outubro. O espetáculo será filmado em DVD. A foto à direita é do site oficial de Roberto Carlos.

Pixinguinha com Silvério e Zé da Velha

Integrante do Grupo da Velha Guarda, liderado por Pixinguinha nos anos 50, o trombonista Zé da Velha continua fiel ao legado do mestre no CD Só Pixinguinha (capa à esquerda), gravado em dupla com o trompetista Silvério Pontes. O lançamento oficial é nesta terça-feira, 2 de maio, em show na loja carioca Modern Sound. O repertório reúne 14 músicas do compositor, entre clássicos como Carinhoso (com adesão do violão de Yamandu Costa) e temas menos conhecidos como o maxixe Já te Digo. Henrique Cazes assina os arranjos de faixas como Sensível e Ingênuo. Os Oito Batutas reverencia o homônimo grupo formado por Pixinguinha e Donga na década de 20.
Segunda-feira, Maio 01, 2006

Nosso Trio toca Edu e Milton em DVD

Formado a partir da união de músicos da banda que acompanha João Bosco, o Nosso Trio está lançando pela gravadora Delira Música um DVD gravado em show (sem público) no Teatro Maria Clara Machado, no Rio de Janeiro (RJ). O DVD, que traz depoimentos de Bosco e Leny Andrade, vem também com um CD feito em estúdio. O Nosso Trio é integrado por Nelson Faria (guitarra), Ney Conceição (baixo) e Kiko Freitas (bateria). No repertório do DVD (capa à direita), o grupo toca temas de Edu Lobo (Vento Bravo, letrado por Paulo César Pinheiro), Roberto Menescal & Ronaldo Bôscoli (O Barquinho), Tom Jobim & Vinicius de Moraes (Eu Sei que Vou te Amar) e Milton Nascimento (Vera Cruz, com Márcio Borges). Também vendido separadamente, o CD tem repertório ligeiramente diverso, trazendo temas como Lagoa Santa e Partindo pro Alto.

Rastapé põe Gil e Gonzaguinha no forró

Tudo É Forró. O título do novo CD do grupo Rastapé (foto) já traduz o caráter apelativo do disco, nas lojas em maio, via EMI. A banda regrava em ritmo de forró sucessos de Gilberto Gil (Andar com Fé), Geraldo Azevedo (Táxi Lunar), Gonzaguinha (Espere por mim, Morena), Zeca Baleiro (Lenha) e Fagner (Pedras que Cantam), entre outros nomes.

Totonho e os Cabra lançam clipe na MTV

Totonho, Venha Salvar o Mundo - música do segundo álbum do grupo Totonho e os Cabra - inspirou o novo clipe da banda. Dirigido por Roberto Baptista, o vídeo será lançado nesta quarta-feira, 3 de maio, no programa MTV Lab, mas já pode ser visto no site da gravadora Trama (www.trama.com.br). O clipe mistura takes de show feito por Totonho (foto) na França com imagens liberadas para uso em creative commons.

MZA lança série de CDs com Caçulinha

Músico popularizado nos últimos anos por integrar a banda do programa Domingão do Faustão, exibido pela Rede Globo, o acordeonista Caçulinha está lançando série de CDs pela gravadora MZA Music. O primeiro, Caçulinha na Bossa Nova (capa à direita), reúne convidados como Marcos Valle (Samba de Verão), Roberto Menescal (O Barquinho), João Donato (Amazonas), Rildo Hora (Sem Você), Paulinho Trompete (Estate) e o violonista João Lyra (Garota de Ipanema). A curiosidade fica por conta de Tudo É Possível, tema de autoria do próprio Caçulinha. O segundo disco da série, Caçulinha no Arraiá, sai ainda em maio e - como o título já anuncia - é direcionado ao mercado de festas juninas.

Trilha 2006 de 'Malhação' reúne Rappa, Lulu, Luxúria, Hermanos e Paralamas

Chega às lojas nos primeiros dias de maio o CD (capa à esquerda) com a trilha nacional da versão 2006 de Malhação. A nova seleção musical do seriado juvenil da Rede Globo prioriza o pop rock nacional e reúne fonogramas de Charlie Brown Jr. (Lutar pelo que É meu), Luxúria (Ódio), Los Hermanos (O Vento), Paralamas do Sucesso (2A), O Rappa (Pescador de Ilusões), Detonautas (Dia Comum) e Lulu Santos (Vale de Lágrimas), entre outros nomes.
Domingo, Abril 30, 2006

Nana regrava Lyra para disco de Rayol

Nana Caymmi (foto) canta música de Carlos Lyra, Maria Ninguém, em dueto com Agnaldo Rayol no disco Maria Maria Marias, gravado por Rayol para festejar seus 60 anos de carreira, iniciada em 1946, aos oito anos, no estúdio da Rádio Nacional. O CD chega às lojas esta semana com reunião de músicas que têm Maria no título. O repertório inclui Maria (Ary Barroso e Luiz Peixoto), Maria dos meus Pecados (Donga e Jair Amorim), Olha Maria (Chico Buarque e Tom Jobim), Ave Maria no Morro (Herivelto Martins) e Maria Bethânia (Capiba). As Meninas Cantoras de Petrópolis participam de Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant) e Ave Maria (Bach e Gonoud). Já Hebe Camargo aparece em Por Quem Sonha Ana Maria (Juca Chaves).

Sabah vai com Melodia, Lyra e Menescal

A foto acima, clicada por Cristina Granato, é um flagrante descontraído da ida de Luiz Melodia ao estúdio em que Karla Sabah gravou o disco É com Esse que Eu Vou - Drum'n'bossa 2, lançado esta semana pela gravadora LGK. Além de Melodia, de quem e com quem Sabah canta Congênito, o CD conta com intervenções de Carlos Lyra (em Lobo Bobo), Durval Ferreira e Roberto Menescal (em O Barquinho) - nomes ligados à velha bossa.

DVD capta Cher antes do hit 'Believe'

A carreira musical de Cher ganhou novo impulso a partir de 1998 com o estouro da faixa-título do disco Believe. Já existem no mercado DVDs que registram shows da diva após a volta à tona. Recém-lançado no mercado brasileiro pela ST2, Extravaganza - Live at the Mirage (capa à esquerda) flagra Cher em 1991, numa apresentação em hotel de Las Vegas (EUA). Para quem é fã da artista, há extras como o comercial de TV que anunciava a turnê de Cher na época, galeria de fotos e bastidores com comentários da cantora. O roteiro principal inclui sucessos da fase pré-Believe (como I'm no Angel) e cover do repertório dos Eagles (Take It to the Limit).

DJ Marky vai gravar DVD no Skol Beats

Um dos DJs brasileiros mais respeitados nas pistas estrangeiras, DJ Marky (foto) decidiu gravar seu primeiro DVD na sétima edição do Skol Beats, em 13 de maio, em São Paulo (SP). A idéia de Marky é registrar todo o movimento da tenda DJ Marky & Friends, na qual receberá convidados. A intenção é captar o som ao vivo de cada set e a voz do público (os fãs de Marky costumam se manifestar em cada mix do DJ). A produção do DVD - que tem lançamento previsto para setembro - está a cargo da gravadora ST2.

Dorival Caymmi completa 92 belos anos

Este domingo, 30 de abril, é de festa. Dorival Caymmi está completando 92 anos e merece os eternos parabéns de todos - não somente pelo aniversário, comemorado discretamente em família, mas sobretudo pela obra atemporal que construiu baianamente para a posteridade. Este cancioneiro, tão sofisticado na sua aparente simplicidade, é o presente que Caymmi deu à Bahia, ao Brasil e ao mundo. Mas o maior presente é ter o compositor entre nós. Parabéns, mestre Dorival!
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