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Sexta-feira, Maio 05, 2006

'Carioca' � tijolo menor na grande obra

Resenha de CD
T�tulo: Carioca
Artista: Chico Buarque
Gravadora: Biscoito Fino
Cota��o: * * *

Foram oito anos de espera por um disco de in�ditas de Chico Buarque. O primeiro desde As Cidades, de 1998. A expectativa, naturalmente grande, n�o � satisfeita com a audi��o de Carioca, nas lojas a partir de hoje pela gravadora Biscoito Fino, nos formatos de CD simples e CD + DVD Desconstru��o, com tiragem inicial de 151 mil c�pias. Quase todas as 12 m�sicas apresentadas nos 36 minutos e 51 segundos do �lbum s�o tijolos menores da obra grandiosa constru�da por Chico h� 40 anos. H� raro requinte nos arranjos e nas harmonias, mas a impec�vel produ��o apenas disfar�a a aus�ncia de m�sicas � altura de um compositor habitualmente magistral. N�o vai sair do disco um novo cl�ssico do cancioneiro de Chico. E os elogios derramados, que provavelmente vir�o, ser�o feitos mais pela rever�ncia ao mestre do que pela genu�na admira��o das m�sicas. Como j� vem acontecendo h� algum tempo...

Os arranjos do violonista Luiz Cl�udio Ramos embalam com sofistica��o exemplar um repert�rio que tangencia o Rio de Janeiro de forma mais ou menos expl�cita. O choro-can��o Sub�rbio j� abre o CD mapeando - sem romantismo - sons, costumes e mazelas dos bairros da periferia da cidade. Interven��es da flauta de Marcelo Bernardes e do clarinete de Paulo S�rgio Santos pontuam m�sica que chama mais aten��o pela letra engenhosa do que pela melodia. A prop�sito, o Chico letrista supera, e muito, o melodista menos inspirado de Carioca.

"Fala a l�ngua do rap", prop�e Chico em verso de Sub�rbio. Atento aos novos sons da cidade, o compositor insere rap (Embolada) e programa��es eletr�nicas no bai�o Ode aos Ratos, extra�do da trilha do musical Cambaio, composta em 2001 em parceria com Edu Lobo (o tema j� tinha sido gravado por Chico no CD do musical). A levada nordestina � menos evidente no quase fox Outros Sonhos, em que pese a adi��o do acordeom de Dominguinhos. "De noite raiava o sol / Que todo mundo aplaudia / Maconha s� se comprava na tabacaria", delira Chico em versos j� antecipados pela assessoria do artista a colunas de jornais para gerar pol�mica sobre o disco.

Sintomaticamente, as melhores m�sicas s�o as antigas. O �nico samba do disco, Dura na Queda, foi composto para a pe�a Crioula, que contou a vida de Elza Soares. Na vers�o do autor, o samba ganha sopros e clima de gafieira. J� a valsa Imagina, criada por Tom Jobim em 1947 e letrada por Chico em 1983, se imp�e naturalmente, adornada pela voz segura de M�nica Salmaso e pelo piano de Daniel Jobim, neto do maestro soberano de Chico.

As can��es n�o est�o entre as mais arrebatadoras de Chico. A mais bonita - Por que Era Ela, Por que Era Eu, tema do filme A M�quina - j� foi lan�ada na compila��o Chico no Cinema, editada no fim de 2005. Tamb�m envolvente, As Atrizes combina cordas e lirismo em rever�ncia �s divas do cinema franc�s que apareciam nuas na tela do cinema e da imagina��o do autor. Ela Faz Cinema evoca clima bossa-novista. Sempre - feita para filme ainda in�dito de Cac� Diegues, O Maior Amor do Mundo - tem tom camer�stico. Renata Maria (primeira parceria de Chico com Ivan Lins) � banhada pela atmosfera on�rica que faltou na grava��o original de Leila Pinheiro. J� Leve � samba-can��o levemente abolerado que deveria ter permanecido no repert�rio de Dora Vergueiro e Carol Saboya.

� tudo harm�nico e refinado (a exemplo do choro Bolero Blues, primeira parceria de Chico com seu baixista Jorge Helder), mas quase nenhuma m�sica nova conquista para valer neste (bom) CD aqu�m da genialidade de Chico Buarque.

27 COMENTÁRIOS:

Anonymous said...

Seria mais prudente esperar o tempo de matura��o das melodias contidas nesse cd. O tempo publicit�rio n�o serve de par�metro para avaliar as sutilezas e camadas que caracterizam a obra recente de Chico Buarque. De h� muito ( Desde Francisco!) Ele abandonou a rua para se dedicar ao esp�rito, � psiqu� e seus meandros e principalmente � palavra e suas m�ltiplas almas. � preciso algo mais que discografia comparada para flagar um artista da grandeza de Chico, sem resvalar na cr�tica f�cil de um tempo acelerado e celerado! A teia t�nue teima em existir apesar da pressa, do ru�do, e do pesadume do mundo.
Vamos com calma!

03:19  
Anonymous said...

Tudo indica que este � mais um disco de regrava��es.
Estou muito decepcionado com Chico Buarque, artista que admiro, ou pelo menos admirava, pois mesmo sendo um p�ssimo cantor ( um dos piores ) sempre admirei o compositor ( um dos maiores ), mas o que n�o d� pr� aceitar � que agora ela est� por a� divulgando MACONHA, como em uma entrevista que ele deu onde diz que fuma, e agora at� em suas m�sicas. Um artista como ele deveria servir de exemplo ao povo, e n�o siar por a� falando este monte de absurdos.
Decepcionante tamb�m foi a delara��o que ele fez em rela��o a S�o Paulo, onde ele disse que a cidade � detest�vel - S�o Paulo n�o merece isto; mas o que h� de se esperar de algu�m que joga bosta na Geni!

07:27  
Claudio said...

N�o acredito que Chico Buarque decepcione se resolve apresentar um trabalho mais simples, digamos mais l�dico, como exaltar a cidade onde vive.
Depois de tecer tanta lantejoula pelos discos de Marisa Monte, por favor Sr Mauro, n�o venha dizer que o trabalho de Chico Buarque n�o arrebata. A sua mais simples composi��o � incompar�velmente melhor que o Universo Particular de outros.

08:24  
Claudio said...

Esse an�nimo que se escandaliza com a pron�ncia ou mesmo afirma��o de usao da Maconha numa cidade dominada pelo tr�fico, e se queixa de um termo como bosta, deve estar vivendo sequelas do s�culo passado (do meio para o in�cio).
Seja l� quem for vc, p... que pensamento retr�grado.

E nem venha defender seu direito de pensamento, � claro que o tem. Mas se divulgado, pode ser criticado. Que bosta de pensamento!

08:29  
Anonymous said...

Desde o final dos anos oitenta a m�sica de Chico foi, digamos assim, menos engajada...Por outro lado, o fim da ditadura militar possibilitou aflorar um Chico mais solto para a poesia (Na ilha de Lia no Barco de rosa, Romance, Cec�lia...), bem humorado (Iracema voou, permuta dos santos, injuriado), apaixonado (futuros amantes, voc� voc�), cronista do nosso tempo (foto da capa, morro dois irm�os, sonhos sonhos s�o), al�m do velho Chico engajado, preocupado com o pa�s (Bancarrota blues, todo sentimento, assentamento)...Enfim, embora n�o lance um disco por ano, a obra continuar riqu�ssima tanto na letra - cada dia mais preciosa - quanto na melodia. Discordo da opini�o do colunista, pois os �ltimos cds do artista foram de extremo bom gosto. Devido ao preconceito da midia com a boa m�sica, infelizmente a produ��o de Chico n�o teve a penetra��o sobre as massas de seus discos dos anos setenta. Por isso, um novo cd de Chico Buarque � sempre bem vindo para nos resgatar de tanta mediocridade vivida hoje em nosso pa�s. Mais que belo, o novo Chico � necess�rio!

08:39  
Anonymous said...

Disse tudo, Cl�udio. Viva Chico!!!

08:42  
Anonymous said...

Se tem gente que gosta de bosta e maconha, gosto � gosto. Agora fingir que nada acontece porque ele � um artista renomado � assinar o pr�prio atestado de ignor�ncia.

09:55  
Anonymous said...

Chico deve estar passando por alguma crise de inspira��o como passaram recentemente Caetano e Milton na pavorosa trilha sonora do "lobisomem" da Lavigne. Deve ser muito chato ser compositor ou cantor a tempo inteiro por obriga��es com gravadoras. At� faz lembrar Simone dos anos 80, gravando discos anuais. As melhores m�sicas desses todos daria sim, um excelente LP.

Abra�o
Eulalia
eulalia@agencianoticias.com

10:12  
rodrigo meireles said...

n�o ouvi e n�o gostei. n�o que apete�a levantar suspeita sobre o �nico consenso nacional, mas isso de manter uma genialidade irritantemente regular por quarenta anos causa enfastio.

ouve-se chico hoje pra se lembrar de um tempo que j� foi (sempre vai ter um idiota pra argumentar que se trata do "tempo da delicadeza"... o pior f� � aquele que se d� � arte da cita��o). essas inser��es de rap, maconha e barulhinhos eletr�nicos s�o aspas deslocadas e melanc�licas em meio ao "requinte" que sai de sua m�sica h� muito tempo. o problema t� a�, � muito requinte em plena era de morte da can��o. o peso do mito ficou t�o grande, que o pobre do chico n�o tem mais sa�da: de seu sub�rbio s� pode soprar o ar fresco do jardim bot�nico.

acho que o chico deve ser um sujeito �timo. tem alguns pr�-requisitos para s�-lo: �cido, bem-humorado, discreto e bastante carioca. ningu�m � amigo de vin�cius de moraes � toa. � uma pena que tenha se acomodado como reserva moral do bom-gostismo musical brasileiro.

10:21  
rodrigo meireles said...

n�o ouvi e n�o gostei. n�o que apete�a levantar suspeita sobre o �nico consenso nacional, mas isso de manter uma genialidade irritantemente regular por quarenta anos causa enfastio.

ouve-se chico hoje pra se lembrar de um tempo que j� foi (sempre vai ter um idiota pra argumentar que se trata do "tempo da delicadeza"... o pior f� � aquele que se d� � arte da cita��o). essas inser��es de rap, maconha e barulhinhos eletr�nicos s�o aspas deslocadas e melanc�licas em meio ao "requinte" que sai de sua m�sica h� muito tempo. o problema t� a�, � muito requinte em plena era de morte da can��o. o peso do mito ficou t�o grande, que o pobre do chico n�o tem mais sa�da: de seu sub�rbio s� pode soprar o ar fresco do jardim bot�nico.

acho que o chico deve ser um sujeito �timo. tem alguns pr�-requisitos para s�-lo: �cido, bem-humorado, discreto e bastante carioca. ningu�m � amigo de vin�cius de moraes � toa. � uma pena que tenha se acomodado como reserva moral do bom-gostismo musical brasileiro.

10:23  
Anonymous said...

Concordo que qualquer disco de Chico Buarque supere os discos de Marisa Monte.
Discordo de Chico quando ele se faz hip�crita a favor da maconha.

11:04  
sonekka said...

Mauro, tu �s um cr�tico sensato.Gostei da sanidade acima da baba��o de ovo corriqueira, sabiamente prevista no teu texto.

11:47  
Marcelo said...

O que me traz aqui � a minha surpresa com o nome do DVD do Chico. � simplesmente o MESMO nome do cd da cantora Eug�nia Melo e Castro , gravado em maio de 2004, e o pr�prio participou do cd em uma faixa.
Prefiro pensar que o nome foi uma homenagem a grande cantora portuguesa , j� que � f� confesso.
O cd da Eug�nia � fant�stico, e conta com a participa��o da Adriana Calcanhotto tamb�m. O Chico podia, isso sim, � dizer a fonte da sua " inspira��o " para o nome do DVD.

14:54  
Claudio said...

Ignor�ncia � a hipocrisia de achar que o fato de n�o se mencionar a Maconha e a bosta, as elimine da realidade da grande cidade.

TaPara tal ser carioca � ignorar o lado obscuro da cidade, fechar os olhos para os desmandos da administra��o p�blica, morrer por um time de futebol e uma escola de samba e ser legal, bem carioca.

A atitude an�nima tamb�m � para esconder algo?

16:31  
Anonymous said...

Marcelo,
Desconstru��o � uma express�o extremamente comum na literatura contempor�nea, ligadas �s p�s-modernidades de alguns fil�sofos franceses. Al�m do mais, se Chico surrupiou esse nome de Eug�nia Melo e Castro (e nem deve ter sido ele, mas o tal Bruno diretor do filme), Eug�nia o utilizou como uma homenagem � "Constru��o" de Chico.
N�o concordo com Mauro quanto � pouca inspira��o dos �ltimos discos de Chico. Ainda n�o ouvi "carioca", mas Paratodos e As Cidades (os �ltimos discos com in�ditas de Chico) tem can��es que podem figurar faiclmente em um "best of" da sua obra (Voc� Voc�, Injuriado, Xote da Navega��o, Cec�lia, s� para citar algumas do �ltimo CD). Ali�s, as m�sicas que se tornaram mais famosas destes dois discos s�o, na minha opini�o, as mais chatinhas (Paratodos e Carioca, respectivamente).

23:53  
Anonymous said...

TIJOLO MENOR DEVE SER AQUILO QUE SUBSTITUIU O C�REBRO DO MAURO FERREIRA NO MOMENTO EM QUE ELE ESCREVIA A CR�TICA.
CHICO FAZ HOJE ( SIM HOJE!) UMA OBRA MELHOR DO QUE FAZIA EM TODAS AS D�CADAS ANTERIORES.
AGORA ELE TEM LIBERDADE E PODE APROFUNDAR SUA VERVE.
ELE S� N�O AGRADA OS QUE ACHAM QUE RU�DOS METROPOLITANOS E GRITOS GUTURAIS S�O FORMAS DE EXPRESS�O MAIS V�LIDAS.
CHICO EST� MORANDO DENTRO DA PALAVRA E NOS TROUXE NOT�CIAS FRESCAS. VAMOS FECHAR OS OUVIDOS � ELE E ESCUTAR A T�TI QUEBRA BARRACO, O LOB�O, O DJ MALBORO EM PARIS?
TIJOLO COM TIJOLO NUM DESENHO L�DICO...

01:20  
Anonymous said...

TIJOLO MENOR DEVE SER AQUILO QUE SUBSTITUIU O C�REBRO DO MAURO FERREIRA NO MOMENTO EM QUE ELE ESCREVIA A CR�TICA.
CHICO FAZ HOJE ( SIM HOJE!) UMA OBRA MELHOR DO QUE FAZIA EM TODAS AS D�CADAS ANTERIORES.
AGORA ELE TEM LIBERDADE E PODE APROFUNDAR SUA VERVE.
ELE S� N�O AGRADA OS QUE ACHAM QUE RU�DOS METROPOLITANOS E GRITOS GUTURAIS S�O FORMAS DE EXPRESS�O MAIS V�LIDAS.
CHICO EST� MORANDO DENTRO DA PALAVRA E NOS TROUXE NOT�CIAS FRESCAS. VAMOS FECHAR OS OUVIDOS � ELE E ESCUTAR A T�TI QUEBRA BARRACO, O LOB�O, O DJ MALBORO EM PARIS?
TIJOLO COM TIJOLO NUM DESENHO L�DICO...

01:20  
Anonymous said...

verdade..baba��o mauro s� dedica a ana carolina e marisa monte, que acabam de lancar discos desprez�veis, mas geniais para o colunista...chico, bem, melhor ouvir os discos antigos.

01:35  
Carlos said...

Estamos numa invers�o de valores t�o louca que agora ningu�m mais quer o combate ao tr�fico: querem que as drogas sejas legalizadas. Claro, assim os filhos de papai, os moderninhos que se drogam nas raves ter�o paz.

09:19  
Jorge said...

Entrevista com o Chico publicada hoje na Folha de S�o Paulo. Mostra simplesmente o tanto que os m�todos adotados por Mauro Ferreira para julgar um trabalho s�o equivocados. Por isso que eu falo, visitem aqui para ler not�cias, mas n�o caiam na besteira de ler uma opini�o deste colunista.

Folha - Voc� considera que o novo CD exige uma digest�o mais lenta?

Chico - Voc� e outros comentaram que, a exemplo do anterior, o disco n�o � f�cil de se gostar na primeira audi��o. Talvez n�o seja mesmo. Eu aposto um pouquinho no fato de que a pessoa v� ouvir v�rias vezes. Quando se trata de um livro, voc� tem que gostar da primeira vez. H� at� aqueles que gostam da primeira vez e l�em duas, tr�s vezes, grifam frases, anotam coisas. A maioria das pessoas, no entanto, quando muito, l� uma vez. mas disco n�o. Voc� ouve v�rias vezes. Geralmente, gosta de uma ou duas m�sicas, vai repetindo. �s vezes aquela m�sica que voc� gosta no come�o vai enjoando e voc� ent�o descobre outra. Eu pelo menos ou�o disco assim.

� dif�cil no meu caso ter uma m�sica que seja um grande sucesso, que toque no r�dio --eu n�o conto com isso. N�o estou preocupado em fazer, como diziam os italianos, uma m�sica "orecciabile", "orelh�vel". No final dos anos 60, quando morei em Roma, eles queriam que eu fizesse outra m�sica como "A Banda", "orecciabile". E eu acabei n�o fazendo outras m�sicas "orelh�veis", frustrando muitas expectativas (risos).

Hoje n�o existe nenhuma expectativa, nem minha nem de ningu�m, de que eu precise ou v� compor uma m�sica "orecciabile". � natural que haja um tempo maior e um apuro maior, n�o apenas no processo de composi��o, mas tamb�m no trabalho de est�dio, durante os arranjos, as grava��es. � sem d�vida um trabalho mais s�rio, mais cuidado do que era h� anos atr�s. N�o quero dizer que isso resulte numa m�sica "impopular" de prop�sito, uma m�sica sofisticada demais --n�o acho isso--, mas � uma m�sica que n�o tem compromisso com o sucesso. Isso talvez a torne mais longeva. Algumas can��es v�o ter maior aceita��o, outras ficar�o fatalmente esquecidas e talvez sejam recuperadas l� adiante, por algum outro artista.

Folha - Voc� �s vezes transmite a sensa��o de que gostaria de ver seu trabalho melhor compreendido.

Chico - Sei que � dif�cil falar do disco. At� para mim � dif�cil. Em jornal, cr�tico de m�sica geralmente � cr�tico de letra. � compreens�vel que seja assim --a letra vai impressa, o cr�tico destaca este ou aquele trecho... funciona assim. Eu cada vez mais dou import�ncia � m�sica e tenho vontade de dizer: "Olha, s� fiz essa letra porque essa m�sica pedia. Isso n�o � poesia, � can��o". Enfim, fico um pouquinho chateado com essas coisas, mas sei que � dif�cil mesmo. Como � que vai imprimir uma partitura no jornal e explicar aos leitores? N�o d�, eu sei.

10:38  
Anonymous said...

rosemberg

ao que parece o disco de chico devide opini�es.
seja l� como for, num pais em que a maioria dos artistas evitam dar declara��es pol�micas para n�o "queimar o filme" as declara��es de chico sobre drogas, mesmo que n�o se concorde, � um alento.
chico ao meu ver � o maior artista desse pasis tem uma mente privilegiada.
tenho certeza que futuramente esse cd ser� considerado uma obra prima.

memoria_pele@hotmail.com

14:59  
Anonymous said...

Essa coisa de cr�tica � algo, ao meu ver, completamente sem sentido. A melhor cr�tica quem pode fazer sobre qq trabalho SOU EU que posso fazer.
Ler algumas � at� salutar. Por curiosidade, talvez. Mas n�o devemos jamais abdicar dos nossos gostos e sentidos. O que o Mauro escreve n�o � lei, assim como o que os outros cr�ticos escrevem.
Vendo dessa maneira, acredito, que poderemos conviver melhor.

18:15  
Anonymous said...

N�o � este trabalho menos feliz, ou a Geni, que derrubar�o a maravilhosa obra do Chico, mas sair por a� fazendo apologia � maconha, n�o d� pr� engolir.
Concordo plenamente com a opini�o do Carlos.

07:23  
Anonymous said...

Pessoal, respeito � bom e todo mundo gosta, n� n�o?! Gosto, cada um tem o seu, e d� pra conviver sem tanto stress. Concordo com o que escreveu o Mauro, pelo menos numa primeira audi��o do CD, mas vou esperar (e ouvir) um pouco mais para avaliar melhor.
Chico � g�nio raro e o simples fato de ter uma obra sua praticamente in�dita em m�os, j� me deixa mais disposto para enfrentar a realidade tupiniquim.

08:51  
Anonymous said...

Os discos mais atuais de Chico s�o bem melhores .Exemplos n�o faltam: A Ostra e o Vento, Cec�lia, Assentamento, Futuros Amantes...
Ouvi alguns trechos, e me parece que este disco � um dos melhores de toda sua carreira.
� natural um cr�tico falar mal da obra de Chico; os coment�rios aumentam, h� uma maior visita��o...
Chico sempre disse exprimentava drogas: haxixe, coca�na, maconha, �cido... Mais um sinal que ele genial, e n�o morreu overdose como tantos artistas brasileiros.

23:54  
Anonymous said...

Os discos atuais de Chico s�o bem melhores os antigos, n�o tem a mesma import�ncia de antes, o que � natural.
Uma cr�tica negativa de um cd de Chico � gl�ria para colunistas; mais coment�rios, audi�ncia...
Chico sempre disse que exprimentava drogas: haxixe, maconha, coca�na, �cido...Mais um motivo para ach�-lo genial, pois n�o morreu por overdose, como tantos artistas.

00:07  
Raphael said...

N�o reconhecer que ODE aos Ratos � um grande tijolo na constru��o da obra de Chico � um absurdo de quem est� desconectado do que anda acontecendo ao redor.
O Anacronismo de comparar a atual obra com as de 1970 � t�o flagrante quanto absurda.
Quando escuto "Ode ao Ratos" e olho para o lado e vejo Lenine, Cordel do Fogo Encantado, Carlos Malta e Pife Muderno, e outros tantos, vejo que Chico est� no lugar certo na hora certo, mesma sen�as�o que tenho ao ouvir "Bolero Blues" e olhar para Maria Rita estourando, "Dura na Queda" e os sucessos dos revivais de samba....

MAs parab�ns colunistas: Voc� conseguiu aparecer.

16:04  

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