Sábado, Outubro 14, 2006
Sexta-feira, Outubro 13, 2006
Quinta-feira, Outubro 12, 2006
Quarta-feira, Outubro 11, 2006
Terça-feira, Outubro 10, 2006
Segunda-feira, Outubro 09, 2006
Domingo, Outubro 08, 2006
Chega às lojas ainda em outubro o CD Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira (capa acima), gravado ao vivo em agosto, em dois shows no Pólo de Cinema & Vídeo, no Rio de Janeiro. Puxado nas rádios e TVs pela releitura de Beija-me, clássico do samba mais suingado, o CD apresenta em 16 faixas inéditas como Ratatuia, Sururu na Feira e Quando a Gira Girou. Zeca interpreta Cartola (Tive Sim), regrava samba do repertório de Jorge Aragão (Minta meu Sonho) e canta com a Velha Guarda da Portela em Lenço. Uma big-band procura reproduzir nos arranjos o clima de gafieira que imperava nos salões cariocas dos anos 50. A previsão é de que o CD esteja nas lojas entre 23 e 30 de outubro. O DVD será lançado na seqüência.
Venturini canta Rio com Leila e Holanda
A foto acima foi feita no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, durante a gravação do samba Aqui no Rio, faixa do novo disco de inéditas de Flávio Venturini, Canção sem Fim, nas lojas em meados de novembro pelo selo Trilhos. Arte. Letrado pelo ator mineiro Kimura em cima de melodia de Venturini, o samba ganhou arranjo do bandolinista Hamilton de Holanda (à direita na foto) e a participação vocal de Leila Pinheiro.
Produzido por Torcuato Mariano, parceiro de Aloysio Reis na balada Neblina, Canção sem Fim reúne 12 músicas. A faixa-título é do repertório do grupo 14 Bis (integrado por Venturini nos anos 70 e 80), mas a maior parte do repertório é de inéditas. Amor pra Sempre abre o disco, com letra e música de Venturini. Em parceria com Murilo Antunes, o compositor assina Belo Horizonte, Retiro da Pedra (feita assim que Venturini voltou a morar na capital mineira) e a balada Retratos. Casa no Vento tem letra de Ronaldo Bastos. Já a toada Quanto Mais teus Olhos Calam leva a assinatura de Thomas Roth. Há ainda a regravação de Fênix, sucesso na voz de Jorge Vercilo.
Produzido por Torcuato Mariano, parceiro de Aloysio Reis na balada Neblina, Canção sem Fim reúne 12 músicas. A faixa-título é do repertório do grupo 14 Bis (integrado por Venturini nos anos 70 e 80), mas a maior parte do repertório é de inéditas. Amor pra Sempre abre o disco, com letra e música de Venturini. Em parceria com Murilo Antunes, o compositor assina Belo Horizonte, Retiro da Pedra (feita assim que Venturini voltou a morar na capital mineira) e a balada Retratos. Casa no Vento tem letra de Ronaldo Bastos. Já a toada Quanto Mais teus Olhos Calam leva a assinatura de Thomas Roth. Há ainda a regravação de Fênix, sucesso na voz de Jorge Vercilo.
McCartney prega amor em álbum erudito
Resenha de CD
Título: Ecce Cor Meum
Artista: Paul McCartney
Gravadora: EMI
Cotação: * * * *
Paul McCartney poderia muito bem encarnar o eterno roqueiro - credenciado pela sua histórica biografia na cena pop mundial - mas, vez por outra, expõe erudição musical, vaidoso de seu conhecimento dos caminhos harmônicos e melódicos. Ecce Cor Meum é mais um álbum de McCartney na música clássica, segmento em que despontou em 1991 com The Liverpool Oratorio e que desenvolveu em esporádicos discos anteriores como Working Classical (1999). A diferença é que, em Ecce Cor Meum, o compositor arrisca abordagem mais acessível de seu trabalho erudito.
'Contemple meu coração' é a tradução em português da expressão em latim que batiza o CD, gestado há oito anos. De fato, McCartney transita emotivo por seara amorosa neste oratório formado por quatro movimentos para coro e orquestra. No meio deles, um belo interlúdio - Lament, solado pelo oboé de David Theodore e composto pelo artista em tributo à memória de sua falecida mulher, Linda McCartney - corrobora a filosofia sentimental do álbum.
Além do título, o latim é usado somente em pequenos trechos das letras, escritas em inglês. São quase discursos em que o ex-Beatle prega paz e amor. Mas a peça sinfônica é exemplarmente orquestrada e cantada por corais ingleses e pelo soprano Kate Royal, do elenco da EMI. Ecce Cor Meum não é álbum indicado para roqueiros ortodoxos, embora tenha valor por reafirmar a versatilidade de sir Paul McCartney como compositor.
Título: Ecce Cor Meum
Artista: Paul McCartney
Gravadora: EMI
Cotação: * * * *
Paul McCartney poderia muito bem encarnar o eterno roqueiro - credenciado pela sua histórica biografia na cena pop mundial - mas, vez por outra, expõe erudição musical, vaidoso de seu conhecimento dos caminhos harmônicos e melódicos. Ecce Cor Meum é mais um álbum de McCartney na música clássica, segmento em que despontou em 1991 com The Liverpool Oratorio e que desenvolveu em esporádicos discos anteriores como Working Classical (1999). A diferença é que, em Ecce Cor Meum, o compositor arrisca abordagem mais acessível de seu trabalho erudito.
'Contemple meu coração' é a tradução em português da expressão em latim que batiza o CD, gestado há oito anos. De fato, McCartney transita emotivo por seara amorosa neste oratório formado por quatro movimentos para coro e orquestra. No meio deles, um belo interlúdio - Lament, solado pelo oboé de David Theodore e composto pelo artista em tributo à memória de sua falecida mulher, Linda McCartney - corrobora a filosofia sentimental do álbum.
Além do título, o latim é usado somente em pequenos trechos das letras, escritas em inglês. São quase discursos em que o ex-Beatle prega paz e amor. Mas a peça sinfônica é exemplarmente orquestrada e cantada por corais ingleses e pelo soprano Kate Royal, do elenco da EMI. Ecce Cor Meum não é álbum indicado para roqueiros ortodoxos, embora tenha valor por reafirmar a versatilidade de sir Paul McCartney como compositor.
Elis, Cauby e Joyce na trilha do 'Profeta'
Aberta por gravação inédita de Ivo Pessoa, Além do Olhar, a trilha da nova novela das 18h da Rede Globo, O Profeta, inclui fonogramas de Elis Regina (Fascinação), Joyce (Fora de Hora, primeira parceria de Chico Buarque com Dori Caymmi), Cauby Peixoto (É Tão Sublime o Amor, versão de Love Is a Many Splendored Thing) e Gal Costa (Caminhos Cruzados), entre outros nomes.
Embora o remake da trama de Ivani Ribeiro (exibida originalmente na TV Tupi entre 1977 e 1978) se passe na década de 50, a trilha inclui músicas de diversas épocas. Os anos dourados estão representados por Only You (sucesso do grupo The Platters em regravação de Oséas) e Em Flor, versão de Too Young lançada por Simone em 1986 e regravada por Thays.
Embora o remake da trama de Ivani Ribeiro (exibida originalmente na TV Tupi entre 1977 e 1978) se passe na década de 50, a trilha inclui músicas de diversas épocas. Os anos dourados estão representados por Only You (sucesso do grupo The Platters em regravação de Oséas) e Em Flor, versão de Too Young lançada por Simone em 1986 e regravada por Thays.
Em inglês, Iglesias recorre aos 'covers'
Não chega a ser surpresa que o decadente Julio Iglesias esteja apelando para repertório de covers em seu primeiro disco em inglês desde 1994, Romantic Classics (capa à esquerda), lançado esta semana no Brasil pela gravadora SonY & BMG. No CD, produzido por Albert Hammond e Robbie Buchanan na linha dos álbuns que trouxeram à tona nomes como Rod Stewart e Barry Manilow, o cantor regrava sucessos de Nilson (Everybody's Talking), Bee Gees (How Can You Mend a Broken Heart?), George Michael (Careless Whisper), The Cars (Drive), Willie Nelson (Always on my Mind) e Foreigner (I Want to Know What Love Is), entre outros nomes.
Musical expõe a dor e a delícia de ser Renato Russo em narrativa emocionada
Resenha de musical
Título: Renato Russo
Local: Centro Cultural dos Correios (RJ). Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Tel.: 2503-8222
Hora: Quinta-feira a sábado, às 19h30m. Domingo, às 19h.
Cotação: * * * *
Meses depois de Diogo Vilela impressionar com elaborada interpretação de Cauby Peixoto, Bruce Gomlevsky entra mediunicamente na pele de Renato Russo em musical que estreou esta semana no Rio, na carona das lembranças pelos dez anos da morte do artista, completados na quarta-feira, 11 de outubro. A caracterização de Gomlevsky como o messiânico líder da extinta banda Legião Urbana beira a perfeição - como pode ser comprovado na foto à direita. Mas o minucioso trabalho do ator vai além da caracterização física. Ao incorporar os demônios e os trejeitos do compositor, Gomlevsky vence as limitações de um monólogo e retrata Russo de forma sensível.
Com base no livro Renato Russo - O Trovador Solitário, escrito pelo jornalista Arthur Dapieve e reeditado por conta da década sem o legionário, o texto reconstitui os passos mais importantes da trajetória do artista entre cerca de 20 números musicais, cantados pelo ator na companhia da Banda Arte Profana. Embora desafine eventualmente, Gomlevsky também impressiona como o cantor que, a rigor, não é. Ele persegue o timbre, a entonação e as divisões do intérprete original, com especial êxito em Eu Sei e em Eduardo e Mônica, músicas do tempo em que Russo se apresentava em Brasília como o trovador solitário.
A encenação inteligente do diretor Mauro Mendonça Filho faz excelente uso do telão e do recurso do off para ajudar a criar atmosfera que tanto pode ser de tensão - como na recriação da balbúrdia que interrompeu um show da Legião Urbana em Brasília, em 18 de junho de 1988, e que resultou em 60 prisões e em 365 feridos - como de emoção. Caso da cena em que Gomlevsky canta Pais e Filhos ao lado de um carrinho de bebê e com projeções de desenhos feitos pelo então menino Giuliano Manfredini, o filho que Renato Russo teria adotado em 1989 em trama folhetinesca até hoje não totalmente elucidada.
O texto de Daniela Pereira de Carvalho, a propósito, não avança em relação à biografia já conhecida do artista e tampouco esclarece ou lança dúvidas sobre pontos ainda nebulosos, como a questão da suposta adoção de Giuliano. Mas também não retoca o retrato do ídolo. Sensibilidade e tormento moldaram a personalidade de Renato Russo desde a adolescência, quando uma doença óssea o prendeu a uma cadeira de rodas. O musical expõe toda a dor e a delícia de ser o que foi Renato Russo, contribuindo para humanizar e, por outro lado, mitificar ainda mais a figura do artista, dono de obra que transcende sua atribulada vida pessoal. Com direito a todos os sucessos que marcaram a geração coca-cola e, ainda hoje, cativam seus descendentes. Renato Russo vive!
Título: Renato Russo
Local: Centro Cultural dos Correios (RJ). Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Tel.: 2503-8222
Hora: Quinta-feira a sábado, às 19h30m. Domingo, às 19h.
Cotação: * * * *
Meses depois de Diogo Vilela impressionar com elaborada interpretação de Cauby Peixoto, Bruce Gomlevsky entra mediunicamente na pele de Renato Russo em musical que estreou esta semana no Rio, na carona das lembranças pelos dez anos da morte do artista, completados na quarta-feira, 11 de outubro. A caracterização de Gomlevsky como o messiânico líder da extinta banda Legião Urbana beira a perfeição - como pode ser comprovado na foto à direita. Mas o minucioso trabalho do ator vai além da caracterização física. Ao incorporar os demônios e os trejeitos do compositor, Gomlevsky vence as limitações de um monólogo e retrata Russo de forma sensível.
Com base no livro Renato Russo - O Trovador Solitário, escrito pelo jornalista Arthur Dapieve e reeditado por conta da década sem o legionário, o texto reconstitui os passos mais importantes da trajetória do artista entre cerca de 20 números musicais, cantados pelo ator na companhia da Banda Arte Profana. Embora desafine eventualmente, Gomlevsky também impressiona como o cantor que, a rigor, não é. Ele persegue o timbre, a entonação e as divisões do intérprete original, com especial êxito em Eu Sei e em Eduardo e Mônica, músicas do tempo em que Russo se apresentava em Brasília como o trovador solitário.
A encenação inteligente do diretor Mauro Mendonça Filho faz excelente uso do telão e do recurso do off para ajudar a criar atmosfera que tanto pode ser de tensão - como na recriação da balbúrdia que interrompeu um show da Legião Urbana em Brasília, em 18 de junho de 1988, e que resultou em 60 prisões e em 365 feridos - como de emoção. Caso da cena em que Gomlevsky canta Pais e Filhos ao lado de um carrinho de bebê e com projeções de desenhos feitos pelo então menino Giuliano Manfredini, o filho que Renato Russo teria adotado em 1989 em trama folhetinesca até hoje não totalmente elucidada.
O texto de Daniela Pereira de Carvalho, a propósito, não avança em relação à biografia já conhecida do artista e tampouco esclarece ou lança dúvidas sobre pontos ainda nebulosos, como a questão da suposta adoção de Giuliano. Mas também não retoca o retrato do ídolo. Sensibilidade e tormento moldaram a personalidade de Renato Russo desde a adolescência, quando uma doença óssea o prendeu a uma cadeira de rodas. O musical expõe toda a dor e a delícia de ser o que foi Renato Russo, contribuindo para humanizar e, por outro lado, mitificar ainda mais a figura do artista, dono de obra que transcende sua atribulada vida pessoal. Com direito a todos os sucessos que marcaram a geração coca-cola e, ainda hoje, cativam seus descendentes. Renato Russo vive!
'Hoje', de Gal, ganha edição americana
A capa acima é a da edição americana de Hoje, o disco que marcou a estréia de Gal Costa na gravadora Trama. Lançado no Brasil em setembro de 2005, o CD Today está saindo nos Estados Unidos pelo mesmo selo DRG que editou no exterior, no mês passado, Live at the Blue Note, o álbum ao vivo que registra show feito por Gal em maio na casa Blue Note, em Nova York.
Cláudia Leitte dueta com Targino Gondim
Em fase de gravação no Rio de Janeiro, no estúdio AR, o quinto CD do grupo baiano Babado Novo conta com a participação do cantor, compositor e sanfoneiro Targino Gondim - autor de Esperando na Janela, sucesso na voz de Gilberto Gil - no xote Abra Aí. A música é do repertório de Luiz Caldas. O CD do Babado tem lançamento previsto para janeiro pela Universal Music. Entre as faixas, Coladinho. Na foto de Márcio Pedreira, a vocalista da banda, Cláudia Leitte, posa no estúdio com Gondim.
DVD repisa os passos iniciais do R.E.M.
Para quem conheceu o grupo R.E.M. a partir do sucesso Losing my Religion, de 1991, a dica é o DVD When the Light Is Mine - The Best of the I.R.S. Years (capa à esquerda), recém-lançado pela EMI no mercado brasileiro. Trata-se de uma coleção de clipes e apresentações em TV da fase em que a banda gravava pelo selo indie I.R.S., entre 1982 e 1987, ano em que despertou a atenção da Warner Music ao lançar o álbum Document (o grupo já lançaria o próximo disco pela major em 1988).
O DVD reúne 18 vídeos de 15 músicas. Algumas - como Radio Free Europe, Tall About the Passion e Can't Get There from Here - aparecem tanto no clipe original quanto em takes ao vivo registrados entre 1983 e 1985. A seleção abre com o inédito vídeo de Wolves, Lower. A coletânea do R.E.M. no selo I.R.S. também está sendo lançada em CD.
O DVD reúne 18 vídeos de 15 músicas. Algumas - como Radio Free Europe, Tall About the Passion e Can't Get There from Here - aparecem tanto no clipe original quanto em takes ao vivo registrados entre 1983 e 1985. A seleção abre com o inédito vídeo de Wolves, Lower. A coletânea do R.E.M. no selo I.R.S. também está sendo lançada em CD.
Paulo Ricardo ataca com CD de inéditas
Depois de ter dado uma de Emmerson Nogueira no constrangedor CD de covers Acoustic Live, em que regravou sucessos do pop rock mundial, Paulo Ricardo (à direita) volta a perseguir o sucesso com disco de inéditas, Prisma. Puxado pela faixa Diz, de autoria do artista, o álbum chegará às lojas ainda este ano, via EMI, a gravadora que apostou no CD de covers do ex-RPM.
Caio toca hits de Ivan e Vercilo em DVD
Um dos maiores vendedores de discos de 2006, por conta das alegadas 250 mil cópias já comercializadas de seu primeiro CD, Jovem Brazilidade, o saxofonista teen Caio Mesquita, de 16 anos, gravou seu primeiro DVD nesta quarta-feira, 11 de outubro, em show na casa Citibank Hall, em São Paulo (SP). Além das canções do disco de estréia, o músico tocou pot-pourris com sucessos de Jorge Vercilo e Ivan Lins. O de músicas de Ivan contou com a participação do compositor. O DVD será lançado pela EMI em parceria com a gravadora Luar Music, que agrega os jovens talentos revelados no programa de TV do apresentador Raul Gil, sócio do selo.
Ivete regrava 'Corazón Partío' com Sanz
Corazón Partío é a (óbvia) música escolhida para ser regravada por Ivete Sangalo em dueto com o cantor Alejandro Sanz no DVD que a cantora baiana vai registrar em megashow agendado para 16 de dezembro, no Maracanã. Corazón Partío foi o único grande sucesso de Sanz no Brasil. Foi gravada em 1997 e estourou por aqui no ano seguinte ao ser incluída na trilha internacional da novela Torre de Babel.
Grupo de metal Shaaman chega ao fim
Mais conhecido na cena metaleira estrangeira do que no Brasil, o quarteto Shaaman (à direita) foi dissolvido esta semana, confirmando rumores existentes desde o início do ano. Em comunicado oficial, o baterista Ricardo Confessori anunciou o fim da banda, até então integrada por ele com André Matos (voz e teclado), Hugo Mariutti (guitarra) e Luis Mariutti (baixo). O motivo teriam sido desentendimentos entre os músicos quanto ao rumo do grupo, cujas atividades já estavam paralisadas desde abril. O último disco do Shaaman, Reason, foi lançado em 2005.
Cantigas de roda em DVD para crianças
A gravadora MCD estende sua série infantil MPBaby do CD para o DVD. De olho no consumo de produtos do gênero no Dia da Criança, a companhia está lançando o DVD Cantigas de Roda Vol. 1 (capa à esquerda). O vídeo inclui clipes animados de 14 temas do folclore e do cancioneiro infantil brasileiros, com o áudio extraído das regravações feitas pelo violonista Reginaldo Frazatto Jr. para a série de CDs. A seleção inclui Pirulito que Bate Bate, Cai Cai Balão, Peixe Vivo, Ciranda Cirandinha, Atirei o Pau no Gato, Escravos de Jó, Marcha Soldado, Roda Pião e A Canoa Virou, entre outras cantigas.
Década sem Renato Russo e sem ídolos
Faz dez anos hoje, 11 de outubro de 2006, que Renato Russo morreu. No caso, morte nem é a palavra mais adequada. Por mais clichê que seja, Renato Russo ainda vive. Como Elvis Presley ainda vive. Como John Lennon ainda vive. Como Kurt Cobain ainda vive. Como Raul Seixas ainda vive. Trata-se - guardadas as devidas proporções, já que a música dos brasileiros não alcançou projeção mundial - de cinco artistas que transcenderam a sua existência física por força de sua obra e de sua ideologia. Triste é constatar que a década vivida sem a presença física de Renato Russo foi também uma década vivida sem novos ídolos no pop rock brasileiro.
"Nossos ídolos ainda são os mesmos", reclamou Belchior em 1976 em verso lapidar de Como Nossos Pais. Naquela época, há 30 anos, eram mesmo. Com a abertura do mercado pop no Brasil, a partir dos anos 80, nossos ídolos não foram mais os mesmos. Apareceu Cazuza. Apareceu Renato Russo. Com sua figura meio messiânica, que alternava doses de humor e melancolia em andamento punk, Russo logo se destacou naquela cena efervescente. Era o cara que todos queriam ser. E, por todos, entenda-se gente talentosa que já tinha conquistado seu próprio espaço, como Dinho Ouro Preto e Herbert Vianna.
A obra da Legião Urbana - grupo do qual Renato Russo sempre foi a cabeça pensante e que se extinguiu instantaneamente com sua morte - permanece atual e atemporal. Vai sobreviver ao longo dos tempos e modismos. Porque havia uma verdade ali, havia a verdade de Renato Russo. Não é sempre que aparece um artista de seu calibre. Dez anos de sua morte, ainda não apareceu outro à sua altura. Bandas de rock ainda fazem sucesso e mobilizam multidões. Basta citar o culto fervoroso ao quarteto Los Hermanos. Mas é diferente, é outra vibe. Nenhum cantor, solo ou em banda, consegue sequer fazer sombra a Renato Russo. Isso é triste. Porque a juventude precisa de novos ídolos, de referências sólidas, de alguém corajoso o bastante para, em determinando momento, questionar: Que País É Este???
"Longa é a arte / Tão breve é a vida", já cantou Tom Jobim em Querida, uma de suas últimas músicas. Breve, de fato, foi a vida de Renato Russo. Mas sua arte vai ter vida longa. E renascerá sempre que um adolescente se deparar encantado com qualquer disco da Legião Urbana. Porque nossos ídolos já são novamente os mesmos...
"Nossos ídolos ainda são os mesmos", reclamou Belchior em 1976 em verso lapidar de Como Nossos Pais. Naquela época, há 30 anos, eram mesmo. Com a abertura do mercado pop no Brasil, a partir dos anos 80, nossos ídolos não foram mais os mesmos. Apareceu Cazuza. Apareceu Renato Russo. Com sua figura meio messiânica, que alternava doses de humor e melancolia em andamento punk, Russo logo se destacou naquela cena efervescente. Era o cara que todos queriam ser. E, por todos, entenda-se gente talentosa que já tinha conquistado seu próprio espaço, como Dinho Ouro Preto e Herbert Vianna.
A obra da Legião Urbana - grupo do qual Renato Russo sempre foi a cabeça pensante e que se extinguiu instantaneamente com sua morte - permanece atual e atemporal. Vai sobreviver ao longo dos tempos e modismos. Porque havia uma verdade ali, havia a verdade de Renato Russo. Não é sempre que aparece um artista de seu calibre. Dez anos de sua morte, ainda não apareceu outro à sua altura. Bandas de rock ainda fazem sucesso e mobilizam multidões. Basta citar o culto fervoroso ao quarteto Los Hermanos. Mas é diferente, é outra vibe. Nenhum cantor, solo ou em banda, consegue sequer fazer sombra a Renato Russo. Isso é triste. Porque a juventude precisa de novos ídolos, de referências sólidas, de alguém corajoso o bastante para, em determinando momento, questionar: Que País É Este???
"Longa é a arte / Tão breve é a vida", já cantou Tom Jobim em Querida, uma de suas últimas músicas. Breve, de fato, foi a vida de Renato Russo. Mas sua arte vai ter vida longa. E renascerá sempre que um adolescente se deparar encantado com qualquer disco da Legião Urbana. Porque nossos ídolos já são novamente os mesmos...
Vida e obra de Renato rendem musical
A foto à direita não é de Renato Russo. É do ator Bruce Gomlevsky, que encarna o cantor e compositor no palco. O musical Renato Russo estréia nesta quarta-feira, 11 de outubro, no Centro Cultural dos Correios (RJ), onde cumprirá temporada até 12 de novembro. O espetáculo é dirigido por Mauro Mendonça Filho. Na companhia da Banda Arte Profana, Gomlevsky vai cantar os sucessos da Legião Urbana entre cenas que narram a trajetória do artista da adolescência até a morte, em 11 de outubro de 1996.
Garrido grava primeiro CD solo em 2007
Vocalista do quarteto Cidade Negra, Toni Garrido (foto) planeja gravar - e provavelmente lançar - seu primeiro disco solo em 2007. O projeto já esteve em discussão na gravadora Sony & BMG há alguns anos, mas vinha sendo adiado. Será um CD com repertório mais voltado para a música brasileira, sem reggae, o ritmo predominante no trabalho do grupo fluminense. A idéia de Garrido é começar a fazer o álbum após a turnê promocional do DVD e CD ao vivo Cidade Negra Direto, recém-lançado no mercado.
Chico grava hoje DVD do show 'Carioca'
Chico Buarque grava nesta quarta-feira, 11 de outubro, o DVD do show Carioca, em apresentação especial na casa Tom Brasil, em São Paulo (SP). Pela ordem, o roteiro é formado pelas músicas Voltei a Cantar, Mambembe, Dura na Queda, O Futebol, Morena de Angola, Renata Maria, Outros Sonhos, Sempre, Porque Era Ela, Porque Era Eu, Imagina, Mil Perdões, A História de Lily Braun, A Bela e a Fera, As Atrizes, Ela É Dançarina, Ela Faz Cinema, Eu te Amo, Palavra de Mulher, Leve, Bolero Blues, As Vitrines, Subúrbio, Futuros Amantes, Morro Dois Irmãos, Bye Bye Brasil, Cantando no Toró, Grande Hotel, Ode aos Ratos e Na Carreira. No bis, Chico (na foto de Patícia Cecatti, em cena do show) canta os sambas Sem Compromisso, Deixe a Menina, Quem te Viu Quem te Vê e sai de cena ao som de João e Maria. A direção do DVD é de André Horta.
Segundo do Killers tem munição pesada
Resenha de CD
Título: Sam's Town
Artista: The Killers
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * *
Há mais urgência neste segundo álbum do quarteto de Las Vegas (EUA) do que em sua badalada estréia fonográfica, Hot Fuss (2004), que vendeu cinco milhões de cópias ao redor do mundo no embalo de som meio retrô que, com textura sintetizada, evocava os anos 80 e bandas de tecnopop com Duran Duran. Dois anos e alguns hits depois, entre eles Somebody Told me, The Killers volta com disco mais visceral e intenso - efeito talvez da produção dividida entre Flood e Alan Moulder, que já assinou álbuns de bandas como U2 e Depeche Mode. Como mostram faixas como When You Were Young, há maior equilíbrio entre guitarras e sintetizadores em Sam's Town - o que confere maior peso ao CD, em todos os sentidos. Pode até ser que o álbum não venda os mesmos milhões de cópias de Hot Fuss, mas, entre ecos de U2 e Bruce Springsteen, The Killers sinalizam em temas como Bones e For Reasons Unkown que sua munição quase épica é certeira.
Título: Sam's Town
Artista: The Killers
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * *
Há mais urgência neste segundo álbum do quarteto de Las Vegas (EUA) do que em sua badalada estréia fonográfica, Hot Fuss (2004), que vendeu cinco milhões de cópias ao redor do mundo no embalo de som meio retrô que, com textura sintetizada, evocava os anos 80 e bandas de tecnopop com Duran Duran. Dois anos e alguns hits depois, entre eles Somebody Told me, The Killers volta com disco mais visceral e intenso - efeito talvez da produção dividida entre Flood e Alan Moulder, que já assinou álbuns de bandas como U2 e Depeche Mode. Como mostram faixas como When You Were Young, há maior equilíbrio entre guitarras e sintetizadores em Sam's Town - o que confere maior peso ao CD, em todos os sentidos. Pode até ser que o álbum não venda os mesmos milhões de cópias de Hot Fuss, mas, entre ecos de U2 e Bruce Springsteen, The Killers sinalizam em temas como Bones e For Reasons Unkown que sua munição quase épica é certeira.
Coletânea antecipa roteiro de Williams
No embalo da vinda de Robbie Williams ao Brasil com a turnê Close Encounters, a gravadora Som Livre lança coletânea do cantor inglês, The Best So Far, cujo repertório de hits coincide com o roteiro que será apresentado por Williams em palcos nacionais. Das 14 faixas do CD (capa à esquerda), dez estão no set list do show. A saber: Radio, Rock DJ, Tripping, Sin Sin Sin, No Regrets, Advertising Space, Come Undone, Feel, Let me Entertain You e Angels. Sem contar que o maior sucesso do astro nas paradas brasileiras - a balada Sexed Up, popularizada em 2003 na trilha da novela Mulheres Apaixonadas - poderá ser incluída no roteiro na última hora.
Chico, Joyce, Zélia, Guinga, Dori e Clara valorizam as sobras repletas de Tapajós
Resenha de CD
Título: Sobras Repletas
Artista: Maurício Tapajós (nas vozes de vários artistas)
Gravadora: CPC-UMES
Cotação: * * * *
Morto em 21 de abril de 1995, Maurício Tapajós teve, não raro, sua obra autoral ofuscada pela incansável militância em favor dos direitos dos músicos e compositores. O CD Sobras Repletas - cujo lançamento oficial acontece nesta terça-feira, 10 de outubro, em evento agendado para as 20h na gafieira Estudantina (RJ) - integra projeto que objetiva documentar a obra de Tapajós através da digitalização de textos, partituras, manuscritos e áudios com músicas inéditas, arquivadas em 21 fitas cassetes.
Ao aderir ao projeto coordenado por Hermínio Bello de Carvalho (com a adesão dos filhos do compositor, Márcio e Lúcio), a gravadora CPC-UMES viabilizou a edição deste Sobras Repletas, que reúne músicas raras (a maioria inédita) de Tapajós nas vozes de nomes como Guinga (intenso com sua voz e seu violão em Que nem Manequim), Chico Buarque e Zé Renato. Pelo tema de abertura, Vida Jogada Fora, gravado por Joyce, já é possível perceber que as sobras em questão não são restos de uma obra - como é comum em álbuns do gênero - mas gemas à altura do nome do autor e de parceiros como Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc e o próprio Hermínio.
Se Chico Buarque entra no clima de gafieira proposto em Sábado à Noite, Alaíde Costa é a intérprete talhada para a melancolia romântica de Calçadas. O samba domina o repertório. Neide é tributo à homônima porta-bandeira carioca prestado na voz afinada de Zé Luiz Mazziotti. Calça de Veludo ganha os vocais harmoniosos do MPB-4, com direito a solo do novo integrante Dalmo Medeiros, enquanto Esse Pobre Brasileiro tem seu suingue realçado por Zélia Duncan. Já E a Vergonha? evoca propositalmente o estilo e a verve dos sambas de Noel Rosa, citado nos versos cantados por Zé Renato.
Os intérpretes foram bem escolhidos e estão em harmonia com as músicas. Zezé Gonzaga reafirma a maestria vocal na Valsa do Bem e do Mal. Maresia, que persegue o universo musical de Dorival Caymmi, parece feita para o vozeirão grave de Dori Caymmi, filho do mestre. E Mônica Salmaso é perfeita para o clima inicialmente camerístico de Desconsolo, diluído no meio da música com um tamborim percutido pela própria cantora.
De quebra, há gravação inédita de Clara Nunes - Quem me Dera, extraída de fita de rolo pertencente ao acervo de Hermínio Bello de Carvalho - entre faixas defendidas por Fabiana Cozza (Vou Deixar pra Amanhã) e Tatiana Parra (Surdina). Criador que transitava pelo universo mais tradicionalista da música brasileira, em especial do samba, Maurício Tapajós repousa em excelente companhia nestas sobras repletas de inspiração.
Título: Sobras Repletas
Artista: Maurício Tapajós (nas vozes de vários artistas)
Gravadora: CPC-UMES
Cotação: * * * *
Morto em 21 de abril de 1995, Maurício Tapajós teve, não raro, sua obra autoral ofuscada pela incansável militância em favor dos direitos dos músicos e compositores. O CD Sobras Repletas - cujo lançamento oficial acontece nesta terça-feira, 10 de outubro, em evento agendado para as 20h na gafieira Estudantina (RJ) - integra projeto que objetiva documentar a obra de Tapajós através da digitalização de textos, partituras, manuscritos e áudios com músicas inéditas, arquivadas em 21 fitas cassetes.
Ao aderir ao projeto coordenado por Hermínio Bello de Carvalho (com a adesão dos filhos do compositor, Márcio e Lúcio), a gravadora CPC-UMES viabilizou a edição deste Sobras Repletas, que reúne músicas raras (a maioria inédita) de Tapajós nas vozes de nomes como Guinga (intenso com sua voz e seu violão em Que nem Manequim), Chico Buarque e Zé Renato. Pelo tema de abertura, Vida Jogada Fora, gravado por Joyce, já é possível perceber que as sobras em questão não são restos de uma obra - como é comum em álbuns do gênero - mas gemas à altura do nome do autor e de parceiros como Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc e o próprio Hermínio.
Se Chico Buarque entra no clima de gafieira proposto em Sábado à Noite, Alaíde Costa é a intérprete talhada para a melancolia romântica de Calçadas. O samba domina o repertório. Neide é tributo à homônima porta-bandeira carioca prestado na voz afinada de Zé Luiz Mazziotti. Calça de Veludo ganha os vocais harmoniosos do MPB-4, com direito a solo do novo integrante Dalmo Medeiros, enquanto Esse Pobre Brasileiro tem seu suingue realçado por Zélia Duncan. Já E a Vergonha? evoca propositalmente o estilo e a verve dos sambas de Noel Rosa, citado nos versos cantados por Zé Renato.
Os intérpretes foram bem escolhidos e estão em harmonia com as músicas. Zezé Gonzaga reafirma a maestria vocal na Valsa do Bem e do Mal. Maresia, que persegue o universo musical de Dorival Caymmi, parece feita para o vozeirão grave de Dori Caymmi, filho do mestre. E Mônica Salmaso é perfeita para o clima inicialmente camerístico de Desconsolo, diluído no meio da música com um tamborim percutido pela própria cantora.
De quebra, há gravação inédita de Clara Nunes - Quem me Dera, extraída de fita de rolo pertencente ao acervo de Hermínio Bello de Carvalho - entre faixas defendidas por Fabiana Cozza (Vou Deixar pra Amanhã) e Tatiana Parra (Surdina). Criador que transitava pelo universo mais tradicionalista da música brasileira, em especial do samba, Maurício Tapajós repousa em excelente companhia nestas sobras repletas de inspiração.
Inédita de Ramalho em trilha de Recife
Zé Ramalho compôs música, Você e o seu Amor, especialmente para a trilha do filme Fica Comigo Esta Noite, baseado na peça homônima de Flávio de Souza. A trilha sonora da comédia de João Falcão - que estréia nos cinemas em 27 de outubro - é assinada por Robertinho de Recife (foto) e é formada essencialmente por temas originais. Uma das exceções é Fica Comigo Esta Noite, o sucesso de Nelson Gonçalves que batiza o filme e é interpretada pelo ator Vladimir Brichta com pegada mais roqueira.
U2 troca de selo, mas ainda é 'universal'
O U2 mudou de gravadora. O grupo irlandês saiu da Island Records - por onde fazia seus álbuns desde 1980 - e foi para a Mercury Records, companhia dirigida por um ex-gerente da Island, Jason Iley. Mas, na prática, continua quase tudo igual, pois as duas gravadoras são agregadas à major Universal Music.
CD celebra os 20 anos de Xuxa na Globo
Faz 20 anos que Xuxa ingressou na Rede Globo e consolidou sua carreira de apresentadora de TV, em trajetória que inclui a gravação de vários CDs e DVDs. Nas lojas a partir de 20 de outubro, via Som Livre, a coletânea Xuxa - 20 Anos (capa à direita) celebra as duas décadas de hits para os baixinhos. A seleção inclui Ilariê, Lua de Cristal, Parabéns da Xuxa e Festa do Estica e Puxa, entre outras músicas.
Cidade Negra pega onda em praia alheia
Resenha de CD / DVD
Título: Direto
Artista: Cidade Negra
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *
Parece que o grupo Cidade Negra foi seduzido a pegar a onda de Armandinho, o cantor e compositor do Sul que alcançou projeção nacional este ano ao surfar nas paradas com seu reggae praieiro. A impressão vem de O Paraíso Tem um Tempo Bom, faixa de estúdio estrategicamente escolhida pela gravadora Sony & BMG para puxar nas rádios e TVs este segundo projeto ao vivo do quarteto fluminense, Direto, gravado em show na Fundição Progresso (RJ). Ao misturar reggae com surf music, o Cidade Negra corre o risco de se afogar em praia que não é a sua. E outra música gravada em estúdio, O Tempo Tá Passando, de batida pop próxima do ska, sinaliza falta de rumo para uma banda que acenara com salutar volta às raízes do reggae em seu último CD, Perto de Deus.
Direto é projeto ao vivo turbinado com 10 inéditas que poderiam ter formatado um álbum de estúdio se a indústria fonográfica não salivasse por gravações ao vivo aptas a ser desmembradas em CD e em DVD. Algumas novidades - como Camuflagem, flerte com a pulsação do rap - são exclusivas do DVD. Caso também de Ninguém Merece, samba hawaiano de Lulu Santos ao qual o Cidade Negra adicionou sua batida de reggae em registro dividido com o autor, que já tinha fornecido ao grupo seu último grande hit, Sábado à Noite, revivido em Direto com a adesão de Lulu.
O DVD prima pelo requinte das imagens. O diretor Oscar Rodrigues Alves consegue captar a fervura do palco e da platéia - quando ela existe. E a temperatura é naturalmente mais quente em sucessos como À Sombra da Maldade. Mas Direto não é um greatest hits do Cidade Negra. E a irregularidade da safra de inéditas autorais registradas ao vivo - Hoje, Bamba, O Vacilão, B. Boys (investida no universo hip hop dos skatistas) e Você que Não Acredita (uma power balada pop) - deixa transparecer uma justa falta de confiança da gravadora no taco da banda. A ponto de o produtor Liminha ter metido seu dedo na composição de faixas feitas em estúdio - com exceção de Negro Rei, afro pop gravado originalmente pelo grupo para a trilha da novela Sinhá Moça.
A despeito de ofuscar os músicos da banda, a presença explosiva e carismática do vocalista Toni Garrido é garantia de popularidade para o quarteto ao mesmo tempo em que o afasta da ideologia roots esboçada nos dois primeiros discos. Mas o mar fonográfico não está para peixe. E tudo pode acontecer com o quarteto fluminense se Direto não alcançar satisfatório resultado comercial. Um risco real, pois o Cidade Negra parece ter pegado onda equivocada em praia alheia.
Título: Direto
Artista: Cidade Negra
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * *
Parece que o grupo Cidade Negra foi seduzido a pegar a onda de Armandinho, o cantor e compositor do Sul que alcançou projeção nacional este ano ao surfar nas paradas com seu reggae praieiro. A impressão vem de O Paraíso Tem um Tempo Bom, faixa de estúdio estrategicamente escolhida pela gravadora Sony & BMG para puxar nas rádios e TVs este segundo projeto ao vivo do quarteto fluminense, Direto, gravado em show na Fundição Progresso (RJ). Ao misturar reggae com surf music, o Cidade Negra corre o risco de se afogar em praia que não é a sua. E outra música gravada em estúdio, O Tempo Tá Passando, de batida pop próxima do ska, sinaliza falta de rumo para uma banda que acenara com salutar volta às raízes do reggae em seu último CD, Perto de Deus.
Direto é projeto ao vivo turbinado com 10 inéditas que poderiam ter formatado um álbum de estúdio se a indústria fonográfica não salivasse por gravações ao vivo aptas a ser desmembradas em CD e em DVD. Algumas novidades - como Camuflagem, flerte com a pulsação do rap - são exclusivas do DVD. Caso também de Ninguém Merece, samba hawaiano de Lulu Santos ao qual o Cidade Negra adicionou sua batida de reggae em registro dividido com o autor, que já tinha fornecido ao grupo seu último grande hit, Sábado à Noite, revivido em Direto com a adesão de Lulu.
O DVD prima pelo requinte das imagens. O diretor Oscar Rodrigues Alves consegue captar a fervura do palco e da platéia - quando ela existe. E a temperatura é naturalmente mais quente em sucessos como À Sombra da Maldade. Mas Direto não é um greatest hits do Cidade Negra. E a irregularidade da safra de inéditas autorais registradas ao vivo - Hoje, Bamba, O Vacilão, B. Boys (investida no universo hip hop dos skatistas) e Você que Não Acredita (uma power balada pop) - deixa transparecer uma justa falta de confiança da gravadora no taco da banda. A ponto de o produtor Liminha ter metido seu dedo na composição de faixas feitas em estúdio - com exceção de Negro Rei, afro pop gravado originalmente pelo grupo para a trilha da novela Sinhá Moça.
A despeito de ofuscar os músicos da banda, a presença explosiva e carismática do vocalista Toni Garrido é garantia de popularidade para o quarteto ao mesmo tempo em que o afasta da ideologia roots esboçada nos dois primeiros discos. Mas o mar fonográfico não está para peixe. E tudo pode acontecer com o quarteto fluminense se Direto não alcançar satisfatório resultado comercial. Um risco real, pois o Cidade Negra parece ter pegado onda equivocada em praia alheia.
AfroReggae e a crença no inacreditável
Resenha de DVD
Título: Nenhum Motivo Explica a Guerra
Artista: AfroReggae
Gravadora: Gege / Warner Music
Cotação: * * * *
"Meu sonho era comer no MacDonalds", confessa o diretor do grupo AfroReggae, José Junior, em depoimento para as lentes de Cacá Diegues e Rafael Dragaud, diretores do documentário que reconstitui a trajetória do grupo surgido em meio ao rastro de violência deixado pela chacina na favela de Vigário Geral, em 1993. O filme está entrelaçado no primeiro DVD do AfroReggae com trechos de show gravado no Circo Voador com intervenções de nomes Caetano Veloso (em Haiti), Cidade Negra (em Johnny B. Good) e O Rappa (em Ilê Aiyê - Que Bloco É Esse?). Músicas como Tô Bolado oferecem visão da violência sob a ótica de quem a sofre cotidianamente na pele.
Nenhum Motivo Explica a Guerra - título também do segundo CD do grupo - ratifica a força social do AfroReggae, grupo cuja atividade transcende o universo da música. O sonho de comer na lanchonete de fast food relatado por seu diretor exemplifica a dura realidade cotidiana vivenciada pelos músicos e ativistas antes do ingresso no AfroReggae. Para eles, fazer parte do grupo ajudou a ruir o apartheid social e possibilitou o ingresso em sociedade de consumo cujo tênis é o símbolo do status usado pelo tráfico para seduzir jovens para o crime e, na contramão, pelos integrantes do AfroReggae para tirar esses mesmos jovens do lado errado da vida. Oficinas de percussão, dança e teatro ajudam a reintegrar na sociedade os mais sensíveis aos apelos do grupo.
A vitória ainda é parcial. "Meus melhores amigos morreram", contabiliza, com os olhos marejados, José Junior. "Não tem um dia que não morre ninguém (na favela)", ressalta o vocalista Dinho. Os depoimentos, sinceros e diretos, encorpam o documentário e dão a dimensão grandiosa do trabalho social realizado pelo AfroReggae em cenário violento, freqüentado corajosamente pelo poeta Waly Salomão, elo inicial entre o grupo e seu padrinho Caetano Veloso. Imagens de arquivo mostram a militância de Waly, Caetano e Regina Casé (outra entusiasta de primeira hora) em Vigário Geral.
"Acredite no inacreditável", diz verso do rap inserido na suingada versão de Imagine, o hino pacifista de John Lennon, que fecha o documentário. O DVD Nenhum Motivo Explica a Guerra oferece ao espectador a possibilidade de ver apenas o registro integral do show feito no Circo Voador, mas é o filme o passaporte para a compreensão exata da simbologia de um grupo que vem fazendo história na música e na vida ao reafirmar sua crença no inacreditável.
Título: Nenhum Motivo Explica a Guerra
Artista: AfroReggae
Gravadora: Gege / Warner Music
Cotação: * * * *
"Meu sonho era comer no MacDonalds", confessa o diretor do grupo AfroReggae, José Junior, em depoimento para as lentes de Cacá Diegues e Rafael Dragaud, diretores do documentário que reconstitui a trajetória do grupo surgido em meio ao rastro de violência deixado pela chacina na favela de Vigário Geral, em 1993. O filme está entrelaçado no primeiro DVD do AfroReggae com trechos de show gravado no Circo Voador com intervenções de nomes Caetano Veloso (em Haiti), Cidade Negra (em Johnny B. Good) e O Rappa (em Ilê Aiyê - Que Bloco É Esse?). Músicas como Tô Bolado oferecem visão da violência sob a ótica de quem a sofre cotidianamente na pele.
Nenhum Motivo Explica a Guerra - título também do segundo CD do grupo - ratifica a força social do AfroReggae, grupo cuja atividade transcende o universo da música. O sonho de comer na lanchonete de fast food relatado por seu diretor exemplifica a dura realidade cotidiana vivenciada pelos músicos e ativistas antes do ingresso no AfroReggae. Para eles, fazer parte do grupo ajudou a ruir o apartheid social e possibilitou o ingresso em sociedade de consumo cujo tênis é o símbolo do status usado pelo tráfico para seduzir jovens para o crime e, na contramão, pelos integrantes do AfroReggae para tirar esses mesmos jovens do lado errado da vida. Oficinas de percussão, dança e teatro ajudam a reintegrar na sociedade os mais sensíveis aos apelos do grupo.
A vitória ainda é parcial. "Meus melhores amigos morreram", contabiliza, com os olhos marejados, José Junior. "Não tem um dia que não morre ninguém (na favela)", ressalta o vocalista Dinho. Os depoimentos, sinceros e diretos, encorpam o documentário e dão a dimensão grandiosa do trabalho social realizado pelo AfroReggae em cenário violento, freqüentado corajosamente pelo poeta Waly Salomão, elo inicial entre o grupo e seu padrinho Caetano Veloso. Imagens de arquivo mostram a militância de Waly, Caetano e Regina Casé (outra entusiasta de primeira hora) em Vigário Geral.
"Acredite no inacreditável", diz verso do rap inserido na suingada versão de Imagine, o hino pacifista de John Lennon, que fecha o documentário. O DVD Nenhum Motivo Explica a Guerra oferece ao espectador a possibilidade de ver apenas o registro integral do show feito no Circo Voador, mas é o filme o passaporte para a compreensão exata da simbologia de um grupo que vem fazendo história na música e na vida ao reafirmar sua crença no inacreditável.
Trilha documenta o ativismo de Lennon
Documentário que recorda a transformação de John Lennon no militante pacifista que chegou a incomodar o governo dos Estados Unidos por conta de seus protestos contra a guerra, The U.S. vs. John Lennon tem sua trilha editada em CD (capa à esquerda) com lançamento programado para esta semana no Brasil. O disco reúne 21 músicas gravadas por Lennon - com os Beatles e em carreira solo - entre 1966 e 1976, o período abordado no documentário. A capa do CD reproduz a criativa imagem do cartaz do filme.
A seleção inclui músicas que propagavam o ativismo de Lennon. Entre elas, Power to the People, Bed Peace, The Ballad of John and Yoko, Give Peace a Chance, Love, Happy Xmas (War Is Over), I Don't Wanna Be a Soldier, Imagine, How Do You Sleep? (tema instrumental da trilha), New York City, John Sinclair, Scared, God e Gimme Some Truth. Boa parte do repertório é apresentada no disco em versões remixadas, para diferenciar a trilha das habituais coletâneas de sucessos do artista.
A seleção inclui músicas que propagavam o ativismo de Lennon. Entre elas, Power to the People, Bed Peace, The Ballad of John and Yoko, Give Peace a Chance, Love, Happy Xmas (War Is Over), I Don't Wanna Be a Soldier, Imagine, How Do You Sleep? (tema instrumental da trilha), New York City, John Sinclair, Scared, God e Gimme Some Truth. Boa parte do repertório é apresentada no disco em versões remixadas, para diferenciar a trilha das habituais coletâneas de sucessos do artista.
Universal pega carona na 'onda rebelde'
Chega a ser patética a tentativa da gravadora Universal Music de pegar carona na onda do sucesso popular do grupo mexicano RBD, cujos CDs e DVDs são editados pela concorrente EMI. Para tentar faturar com a febre de consumo que envolve qualquer produto do sexteto teen, a major está lançando Una Rebelde en Solitario, último dos três discos gravados pela atriz Anahí antes de integrar o elenco da novela Rebeldes, exibida no Brasil pelo SBT, e o grupo RBD. O CD (capa à direita) chega às lojas esta semana.
Sony encaixota 20 'singles' de Jackson
Michael Jackson já anunciou que pretende lançar novo álbum em 2007 - o primeiro desde o fracassado Invincible, de 2001. Enquanto o disco não sai, a indústria fonográfica - leia-se, a gravadora Sony & BMG, à qual o selo Epic está agregado - continua faturando com o catálogo do astro. Depois de uma série de coletâneas editadas em CD e em DVD, chega às lojas em 14 de novembro a caixa Visionary - The Video Singles, que reúne, no formato de dualdisc, 20 singles de Jackson com seus respectivos clipes.
Eis a seleção de singles da caixa: Don't Stop 'Til You Get Enough, Rock with You, Thriller, Billie Jean, Beat It, Bad, The Way You Make me Feel, Dirty Diana, Smooth Criminal, Leave me Alone, Black or White, Remember the Time, In the Closet, Jam, Heal the World, You Are Not Alone, Earth Song, They Don't Care about Us, Stranger in Moscow e Blood on the Dance Floor.
Eis a seleção de singles da caixa: Don't Stop 'Til You Get Enough, Rock with You, Thriller, Billie Jean, Beat It, Bad, The Way You Make me Feel, Dirty Diana, Smooth Criminal, Leave me Alone, Black or White, Remember the Time, In the Closet, Jam, Heal the World, You Are Not Alone, Earth Song, They Don't Care about Us, Stranger in Moscow e Blood on the Dance Floor.
Inédita de Prince em filme de animação que traz 'Kiss' na voz de Nicole Kidman
Prince (à direita) compôs e gravou uma música, Song of the Heart, especialmente para a trilha sonora do filme de animação Happy Feat, que estréia em 31 de outubro nos cinemas dos Estados Unidos. Não por acaso, os atores Nicole Kidman e Hugh Jackman - que dublam personagens no desenho - fazem dueto em Kiss, um dos maiores sucessos de Prince. O cover de Kidman e Jackman também estará na trilha, que traz ainda releitura de k.d. Lang para música dos Beatles, Golden Slumbers.
Marcus Viana lança 'Sinfonia dos Sonhos'
Compositor projetado por conta da trilha de novelas como Pantanal e Terra Nostra, Marcus Viana lança Sinfonia dos Sonhos, o sexto volume da série Trilhas e Temas, em que reúne músicas feitas para cinema e televisão. Editado pelo selo de Viana, Sonhos e Sons, o CD (capa à esquerda) reúne a primeira parte da trilha da novela América e músicas do filme O Mundo em Duas Voltas, que estréia em novembro com direção musical do compositor.