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S�bado, Fevereiro 18, 2006

Stones ainda s�o pedras fundamentais

� hoje!!! A partir das 21h50m, o p�blico que certamente lotar� as areias da Praia de Copacabana vai assistir, de perto ou longe, ao show da atual turn� dos Rolling Stones, A Bigger Bang World Tour, cujo nome faz refer�ncia direta ao �ltimo e bom disco do grupo, A Bigger Bang, lan�ado em setembro do ano passado. Por sua dimens�o gigantesca, o show foi escolhido pelo quarteto para ser filmado em DVD e perpetuar a bem-sucedida turn� para futuras gera��es. Ser� a oportunidade de novos e velhos f�s ouvirem regrava��es de cl�ssicos como Satisfaction (1965), Paint It Black (1966), Let's Spend the Night Together (1967), Sympathy for the Devil (1968), Gimme Shelter (1969), Brown Sugar (1971), It's Only Rock'n'Roll (1974) e Star me Up (1981) - al�m dos primeiros registros ao vivo de algumas faixas do novo �lbum (entre elas, Rough Justice e Oh No Not You Again)

Mesmo para quem sempre preferiu os Beatles aos Stones, � for�oso reconhecer que Mick Jagger (voz, 62 anos), Keith Richards (guitarra, 62 anos), Charlie Watts (bateria, 64 anos) e o ca�ula Ron Woods (guitarra, 58 anos, na banda desde 1974) ainda s�o pedras fundamentais na hist�ria do rock. Como certamente nenhum espectador do primeiro show do grupo ingl�s (em 12 de julho de 1962, em Londres, Inglaterra) imaginou. Ainda que os discos bons tenham rareado a partir dos anos 80, os Stones ainda impressionam pela energia, longevidade e eterna juventude. Talvez porque, desde sempre, o grupo tenha encarnado a faceta sedutora do trin�mio sexo, drogas e rock'n'roll. Ao fim das contas, � somente rock mesmo, mas boa parte da humanidade continua gostando...

'Soul Brasil' re�ne �dolos de bailes black

J� � venda em algumas lojas, em edi��o da Som Livre, a colet�nea Soul Brasil (capa � direita) re�ne grava��es de artistas ligados ao funk e ao soul nacional. A sele��o agrega um deslocado Jorge Ben Jor (Os Alquimistas Est�o Chegando, 1974) entre nomes cultuados com maior ou menor rever�ncia nos bailes da pesada - casos de Gerson King Combo (Mandamentos Black, 1977), Cassiano (Know-How, em dueto feito com Ed Motta em 1991), Lady Zu (Hora de Uni�o, 1978), o Tim Maia da fase Racional (Bom Senso, 1975), Dom Salvador e grupo Aboli��o (Uma Vida, 1971), Banda Black Rio (Maria Fuma�a, 1977) e o Ed Motta da �poca da Conex�o Japeri (Vamos Dan�ar, 1988). A nova gera��o est� representada por nomes como o grupo Funk Como le Gusta (Olhos Coloridos, 1982, em grava��o de 1999) e Seu Jorge (Mangueira, 2001).

Fernanda grava 'MTV ao Vivo' em teatro

Prevista inicialmente para janeiro, a grava��o do MTV ao Vivo de Fernanda Abreu - noticiada por Est�dio em agosto de 2005 - foi agendada para 30 e 31 de mar�o, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. O s�timo trabalho solo da compositora (incluindo Abreugrafia, colet�nea que reuniu grava��es in�ditas) ser� lan�ado nos formatos de CD e DVD.

Feito nos EUA, 'Duos II' real�a o viol�o brasileiro e a maestria de Luciana Souza

Resenha de CD
T�tulo: Duos II
Artista: Luciana Souza
Gravadora: Universal Music
Cota��o: * * * * *

Nos Estados Unidos, Luciana Souza � reverenciada no meio musical e j� coleciona indica��es ao Grammy no nicho j� vasto e vago do jazz. A cantora paulista n�o faz jazz, mas m�sica brasileira de eventual contorno jazz�stico - como fica evidente neste irretoc�vel Duos II, editado em 2005 no mercado americano e enfim lan�ado no Brasil. Sem o acento nordestino de Brazilian Duos (2002) e sem o piano de Norte e Sul (2003), Duos II � um disco de voz e viol�es - os de Romero Lubambo, Marco Pereira, Swami Jr. e Guilherme Monteiro, que se revezam entre as 12 faixas.

Duos II transita entre o samba e a can��o brasileira. O que impressiona � a absoluta perfei��o das interpreta��es de Luciana. Mesmo um tema inevitavelmente associado a Elis Regina, como Atr�s da Porta (Chico Buarque e Francis Hime, 1972), ressurge em releitura imponente que conjuga t�cnica e dosada emo��o. Ali�s, vem tamb�m do repert�rio da Pimentinha o samba que abre o disco, Sai Dessa (Nathan Marques e Ana Terra, 1980), em que j� aparece o suingue da voz de Luciana, ainda mais explorado no Sambadal�, tema sem letra composto por Marco Pereira e levado pela int�rprete nos scats, na companhia do viol�o de Pereira.

Ao real�ar e reverenciar as rela��es da m�sica brasileira com o viol�o, a cantora trata como pe�as de c�mera can��es como Trocando em Mi�dos (Chico Buarque e Francis Hime, 1977) e sambas como Nos Horizontes do Mundo (Paulinho da Viola, 1978). Mas Duos II incorpora suave percuss�o - como o pandeiro tocado pela pr�pria cantora em Chorinho pra Ele, tema de 1976, de autoria de seu padrinho, Hermeto Pascoal. Gravado por Luciana com Romero Lubambo, o choro � o momento em o disco mais apresenta a liberdade improvisada do jazz.

Al�m da percuss�o, o viol�o � trocado pela guitarra de Guilherme Monteiro em Voc�, lenta can��o composta em 1960 por Walter Santos e Tereza Souza, pais de Luciana Souza. A guitarra d� clima todo especial � faixa, que encerra um disco que j� valeria somente pela grava��o impec�vel de Modinha (Tom Jobim e Vinicius de Moraes, 1958). Tomara que o Brasil ainda aplauda Luciana Souza como o p�blico americano. E que Duos II n�o seja biscoito fin�ssimo direcionado a poucos, como sugere sua magra tiragem inicial de mil c�pias.

Disco de Vanessa da Mata ganha edi��o especial com o remix de 'Ai, Ai, Ai...'

Como era previs�vel, a gravadora Sony & BMG vai lan�ar uma edi��o especial do segundo disco de Vanessa da Matta, Essa Boneca Tem Manual (2004), com o remix de Ai, Ai, Ai... - estourado nas r�dios. A inclus�o do remix � justa, pois foi na vers�o remixada que a parceria da cantora com o produtor Liminha estourou nas r�dios, no embalo de sua boa execu��o na trilha da novela Bel�ssima.

Em 2003, a companhia tamb�m lan�ou edi��o especial do primeiro disco da compositora, Vanessa da Mata (2002), com o remix de N�o me Deixe S� (que tocou bem na noite) e a releitura de Nossa Can��o (Luiz Ayr�o, 1966), sucesso de Roberto Carlos na Jovem Guarda, regravado por Vanessa especialmente para a trilha da novela Celebridade.
Sexta-feira, Fevereiro 17, 2006

Verdades e mentiras sobre t�tulos, faixas e conceitos dos dois trabalhos de Marisa

Como de praxe em se tratando de Marisa Monte (foto), grande expectativa j� est� criada em torno dos dois discos que a artista vai lan�ar em 10 de mar�o. Os dois CDs chegam �s lojas em edi��es avulsas que ser�o vendidas separadamente - ambos com repert�rio totalmente in�dito. Muita informa��o extra-oficial j� circula sobre o trabalho, ainda cercado de sigilo. Eis alguns fatos e boatos sobre os �lbuns:

1) Fato: o CD de samba n�o re�ne exclusivamente m�sicas de compositores ligados � escola carioca Portela. Bambas portelenses como o saudoso Argemiro Patroc�nio est�o presentes no repert�rio, mas h� outros autores que transitam fora do universo do samba, caso de Adriana Calcanhotto. Fala-se em in�dita de Moraes Moreira, m�sica que teria sobrado da obra do grupo Novos Baianos. Certo � que h� um samba in�dito de Paulinho da Viola (letrado por Arnaldo Antunes e a pr�pria Marisa). N�o h� m�sica de Jair do Cavaquinho, como chegou a ser noticiado.

2) Boato: circula extra-oficialmente a informa��o de que o CD de samba se chamaria A Hist�ria de uma Escola: Percuss�o, Palmas, Cavaco e Viol�o - A Nova M�sica da Portela. E que o CD pop teria recebido o t�tulo Sutilezas, Teremim, Vinhos, Vitrola e Pickups - A Nova M�sica Pop Brasileira. Marisa gosta de t�tulos longos e pomposos, mas a veracidade dos nomes n�o � confirmada oficialmente pela EMI.

3) Fato: o CD pop traz as primeiras parcerias da cantora com Rodrigo Campello (da turma de Fernanda Abreu) e Seu Jorge, al�m de nova m�sica feita com Marcelo Yuka (a primeira entrou no �lbum de estr�ia do F.UR.T.O.). Nando Reis tamb�m estaria no disco pop. J� Rodrigo Amarante, compositor do grupo Los Hermanos, n�o virou parceiro da cantora - como chegou a ser noticiado.

4) Fato: como Est�dio j� noticiou em meados do ano passado, a produ��o � de Mario Caldato Jr - nome geralmente associado a artistas de hip hop como Marcelo D2 e o grupo americano Beastie Boys. Comenta-se que Caldato assinaria uma faixa com Marisa.

5) Fato: as r�dios tocar�o a partir de 7 de mar�o a m�sica que vai puxar os discos. E � bem prov�vel que sejam duas - uma para cada CD, obviamente.

6) Fato: o �lbum nunca foi duplo. Marisa idealizou os dois discos separadamente, mas o lan�amento simult�neo foi programado posteriormente em fun��o do longo intervalo (seis anos) em que a cantora ficou sem lan�ar um CD solo.

Sony planeja lan�ar em maio DVD com show feito por Roberto Carlos em navio

Por conta do Dia das M�es, maio � o m�s em que Roberto Carlos vende mais discos depois de dezembro. Tanto que a gravadora Sony & BMG tem planos de p�r nas lojas em maio, com o aval do cantor, o DVD com o show feito esta semana pelo artista no transatl�ntico Costa Victoria. O espet�culo � in�dito e foi inteiramente registrado, inclusive com imagens de bastidores do navio. A companhia trabalha com a possibilidade concreta de lan�ar o v�deo em maio, mas tudo depende - claro - de Roberto Carlos aprovar a qualidade do material gravado. Na foto acima, clicada por Daniela Conti, o Rei veste o figurino de capit�o para entreter seus s�ditos.

Grupo recria bons tempos de Ary Barroso

Formado h� 20 anos por m�sicos e cantores de Campinas (SP), o Grupo Bons Tempos revive a obra de Ary Barroso (foto) no CD e DVD Ary, o Brasileiro. O lan�amento oficial do disco est� agendado para 7 de mar�o, na loja Modern Sound, no Rio. Ary, o Brasileiro � o registro do show hom�nimo apresentado pela primeira vez em 1994 e reformulado recentemente - com roteiro e textos de S�rgio Cabral, bi�grafo do compositor mineiro - por conta do centen�rio do autor de Aquarela do Brasil, em 2003.

Al�m de parceria bissexta de Ary com Vinicius de Moraes, Rancho das Namoradas, o repert�rio inclui cl�ssicos do compositor como Rio de Janeiro, Maria (parceria com Luiz Peixoto), Na Baixa do Sapateiro, Faixa de Cetim, Pra Machucar Meu Cora��o, Morena Boca de Ouro, Por Causa Dessa Cabocla (outra parceria com Luiz Peixoto), Folha Morta, � Luxo S� (mais uma com Luiz Peixoto), Os Quindins de Iai�, No Tabuleiro da Baiana e, claro, Aquarela do Brasil.

Duo de Jussara Silveira com Luiz Brasil vira disco em mar�o, pelo selo Maianga

Registro de est�dio do show feito pela cantora mineira Jussara Silveira (geralmente associada � Bahia) em dueto com o violonista Luiz Brasil, este sim nascido em solo baiano, o CD Nobreza chega �s lojas no in�cio de mar�o pelo selo Maianga Discos. Em 13 faixas, o duo apresenta temas pouco conhecidos pelo grande p�blico - a exemplo da m�sica-t�tulo, Nobreza, lan�ada pelo autor Djavan em 1982 no disco Luz, mas encoberta na �poca pelo sucesso de P�tala e Samurai.

O repert�rio inclui Cara Limpa (1974) - m�sica obscura de Paulo Vanzolini, compositor paulista mais reverenciado por Ronda e pelo samba Volta por Cima - e Quem H� de Dizer?, uma das p�rolas amarguradas do ga�cho Lupic�nio Rodrigues, composta em parceria com o pianista Alcides Gon�alves e lan�ada em 1948 na voz de Francisco Alves.

No estilo voz & viol�o, Jussara e Luiz lembram ainda Ludo Real (parceria bissexta de Chico Buarque com Vinicius Cantu�ria, gravada por Chico em 1987 para seu disco Francisco) e Rosa Maria, samba da dupla An�bal Silva e �den Silva, gravado por Elza Soares em 1969.

Filme do Abba resiste bem ao tempo por documentar auge do grupo com cinismo

Resenha de DVD
T�tulo: Abba - The Movie
Artista: Abba
Gravadora: Universal Music
Cota��o: * * *

"Queremos o Abba!". "Queremos o Abba!". O grito de guerra da enlouquecida multid�o de f�s do conjunto sueco ecoou forte nos aeroportos, est�dios e hot�is durante a passagem do quarteto pela Austr�lia, em 1977. Era o auge do Abba. Dancing Queen explodia nas pistas de disco music que se multiplicavam em todo o mundo nos embalos de s�bado � noite. Fernando, sucesso de 1976, era esp�cie de hino para a plat�ia que canta a m�sica em coro com o grupo em megashow. A cena faz parte do DVD Abba - The Movie, lan�ado esta semana mercado nacional pela Universal Music. Dirigido por Lasse Hallstr�m em mar�o de 1977, durante turn� do grupo por quatro cidades da Austr�lia, o filme foi remasterizado, ganhou �udio DTS 5.1 e chega ao DVD como retrato curioso da popularidade do conjunto na segunda metade dos anos 70.

Recorrentes em todo o document�rio, as imagens em que jovens esperam ansiosos pelo conjunto enquanto gritam "Queremos o Abba!" traduzem com perfei��o o estado de histeria causado pelo grupo num p�blico que, alheio � explos�o punk, curtia os vocais harm�nicos e melodiosos do Abba. Na Austr�lia e em v�rias partes do mundo.

Abba - The Movie n�o � uma biografia do quarteto. A hist�ria da ascens�o, apogeu e queda de Anni-Frid, Benny, Bj�rn e Agnehta j� foi contada em outro DVD, The Winner Takes It All. Este retrata t�o somente a Abbamania a partir de argumento fict�cio: um DJ, interpretado por Robert Hughes, � escalado para fazer uma entrevista com o quarteto em sua turn� pela Austr�lia. A persegui��o do DJ Ashley ao grupo � o pretexto para que se vejam cenas reais de entrevista coletiva (em que os artistas se queixam da rotina estafante das turn�s), dos concorridos shows, dos tumultados desembarques nos aeroportos, enfim, de tudo o que cerca a passagem de um grupo pop por um pa�s estrangeiro que o idolatra.

A narrativa linear cresce nos momentos em que retrata toda a loucura com certo cinismo. H� algumas boas sacadas como o clipe de The Name of the Game - feito a partir de um sonho megal�mano do DJ em que ele finalmente encontra o Abba e � reverenciado com todas as honras pelo quarteto - e como a cena em que um motorista de t�xi fala mal do grupo. No todo, o filme at� que resiste ao tempo, sobretudo pelo car�ter documental das imagens de histeria e devo��o dos f�s, mas j� perdeu a aura inovadora da �poca de seu lan�amento.
Quinta-feira, Fevereiro 16, 2006

Kaiser Chiefs domina Brit Awards 2006

Se h� uma semana o U2 saiu consagrado da cerim�nia de premia��o do 48� Grammy, o Kaiser Chiefs (foto) foi o grande vencedor da edi��o 2006 do Brit Awards, o Oscar brit�nico da m�sica. A premia��o inglesa aconteceu na noite de quarta-feira, 15 de fevereiro. Chiefs levou os trof�us de Melhor Grupo Brit�nico, Melhor Grupo Brit�nico de Rock e Melhor Perfomance ao Vivo. J� James Blunt - atualmente muito ouvido nas r�dios brasileiras com You're Beautiful, faixa de seu disco Back to Bedlam - faturou os pr�mios de Melhor Cantor Brit�nico e Melhor Performance Pop. J� o Coldplay foi o vencedor das categorias Melhor �lbum (X&Y) e Melhor Single (Speed of Sound) - enquanto o trio americano Green Day ficou com os trof�us de Melhor Grupo Internacional e Melhor �lbum Internacional (American Idiot).

Ac�stico MTV do Kid ofusca Pega Vida

Est� acontecendo com o Kid Abelha (foto) um fen�meno raro no mercado fonogr�fico nacional: o CD Ac�stico MTV do trio carioca, editado em 2002, voltou a vender de forma expressiva e vem aparecendo nas paradas sem nenhum trabalho promocional do grupo ou da gravadora Universal Music para reativar suas vendas. � um retorno espont�neo. Que mereceria ser comemorado se a banda n�o tivesse lan�ado �lbum de in�ditas, Pega Vida, momentaneamente ofuscado pelo f�lego renovado do disco ac�stico. Trabalho que cresce a cada audi��o, Pega Vida chegou a ter a faixa Peito Aberto com �tima execu��o nas r�dios. Mas n�o a ponto de alavancar para valer as vendas do novo CD, um dos melhores do Kid Abelha.

O trio est� na estrada com a turn� promocional de Pega Vida - num show azeitad�ssimo e irresist�vel - mas o fato � que, mesmo tocando as boas novas, seus f�s est�o preferindo os velhos hits. Talvez a pr�pria gravadora n�o acredite tanto no disco novo como ele merece. Ali�s, a volta do Ac�stico MTV do Kid �s paradas � exemplo de como a avidez da ind�stria fonogr�fica por CDs ao vivo cheios de hits acabou moldando o gosto do p�blico e incentivando sua pregui�a. Est� cada vez mais dif�cil encontrar gente disposta a ouvir m�sicas novas, a investir na compra de um disco inteiramente de in�ditas, a se permitir conhecer trabalhos que fujam da receita do sucesso f�cil. A longo prazo, o preju�zo � de todos. Artistas precisam renovar repert�rio. Mas � preciso tamb�m ter quem queira ouvir repert�rio novo...

Gil canta em CD de artista de Cabo Verde que vai fazer shows no Brasil em mar�o

Aproveitando a vinda do cantor Mario Lucio ao Brasil em mar�o, para shows em S�o Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE), a gravadora Rob Digital vai lan�ar oficialmente no mercado nacional o novo CD do artista de Cabo Verde, Mar e Luz. Admirador do trabalho de Lucio, Gilberto Gil participa do disco na faixa Nha Mudjer. J� vendido em algumas lojas virtuais e no site da gravadora, o �lbum re�ne temas como Ilha de Santiago, Sentimento, Vulc�ozinho, Eat me (Ru�nas) e Heran�a.

Nascido em 1964, na Ilha de Santiago (Cabo Verde, �frica), Mario Lucio � multi-instrumentista e arranjador. Fundador do grupo Simentera, com quem gravou na Fran�a o CD Tr'adictional, Lucio j� teve m�sicas cantadas pela colega e conterr�nea Cesaria �vora. Mar e Luz � seu primeiro disco solo.

Alcione grava terceiro DVD em mar�o

Em mar�o, quando voltar de miniturn� por Portugal e Estados Unidos, Alcione (foto) vai enfim registrar em DVD o show de lan�amento de seu �ltimo disco, Uma Nova Paix�o. A id�ia da Marrom era ter filmado o v�deo em setembro, em show no Circo Voador (RJ), mas o projeto acabou n�o se concretizando. A grava��o do terceiro DVD da cantora vai ser feita efetivamente em apresenta��o na Via Show, popular casa do Estado do Rio, situada na rodovia Presidente Dutra. O show ter� convidados e um roteiro diverso do apresentado pela artista na estr�ia do espet�culo, no Canec�o (RJ), no ano passado. Apesar do repert�rio de cunho sentimental, o disco Uma Nova Paix�o teve como maior hit radiof�nico o samba Meu �bano, popularizado na trilha da novela Am�rica.

Bokaloka tritura Tribalistas e Russo

Grupo de pagode formado no Rio de Janeiro em 1995, o Bokaloka � do time que acha que tudo acaba em samba. Da� que no repert�rio do CD e do DVD que o grupo grava ao vivo nesta quinta-feira, 16 de fevereiro, h� m�sicas de Renato Russo (Mais uma Vez, n�mero que contar� com a ades�o do grupo paulista Sampa Crew) e dos Tribalistas (Carnav�lia, uma das melhores e menos conhecidas m�sicas do �lbum do trio). A grava��o vai acontecer na casa paulista Na��o Tan Tan, em S�o Paulo, com produ��o de Leandro Sapucahy e arranjos de Jota Moraes.
Quarta-feira, Fevereiro 15, 2006

'Bal� Mulato' j� faz sucesso em Portugal

Confirmando a boa acolhida que Daniela Mercury tem recebido do p�blico portugu�s nos �ltimos anos, o atual disco da cantora baiana, Bal� Mulato (capa � direita), j� estreou bem na parada lusitana. De acordo com dados da Associa��o Fonogr�fica Portuguesa (A.F.P.), o CD entrou direto na 12� posi��o da lista dos 30 CDs mais vendidos atualmente na Terrinha.

D2 tenta salto internacional em 2006

Com �lbum solo de in�ditas j� gravado no Rio, produzido por Mario Caldato Jr. e previsto para o primeiro semestre, Marcelo D2 vai tentar dar um salto internacional na carreira em 2006. Ali�s, o lan�amento do novo disco de S�rgio Mendes - Timeless, editado esta semana nos Estados Unidos e na Europa ­com a participa��o do rapper carioca nas faixas Samba da B�n��o e Por Tr�s de Br�s de Pina - � mais um passo nesse sentido.

D2 j� programou para mar�o turn� pelo M�xico e EUA, no embalo de suas apari��es na cena americana (no dia 6, ele esteve ao lado de nomes como Stevie Wonder e Justin Timberlake em show beneficente organizado em Los Angeles pelo rapper will.i.am). A prop�sito, a entrada de D2 no mercado americano se deve � parceria com Caldato (que j� produziu nomes como o grupo Beastie Boys) e, sobretudo, � sua proximidade com will.i.am, o aglutinador l�der do grupo Black Eyed Peas. O colega estrangeiro est� ajudando o artista brasileiro a abrir as portas do mercado mais importante do mundo para artistas que transitam no universo do hip hop. Resta esperar para ver se D2 vai conseguir sintonia com o p�blico que consome Eminem, Kanye West e Cia. Ou se sua popularidade ficar� restrita � comunidade de brasileiros e latinos em geral que vivem nos Estados Unidos.

Leila Pinheiro grava com Gismonti e canta Chico Buarque em trilha de filme

Em meio � turn� promocional de seu �ltimo disco, Nos Horizontes do Mundo, Leila Pinheiro tem freq�entado os est�dios para fazer grava��es para projetos de colegas. Uma dessas grava��es uniu pela primeira vez sua voz ao piano de Egberto Gismonti (com Leila na foto clicada por Fl�via Souza Lima). O encontro aconteceu em Fantasia, faixa do disco Da Arte de N�o Esperar, trabalho autoral da compositora Lourdes �bido, gravado no Rio com diversos artistas convidados.

Paralelamente, a cantora regravou Mar e Lua - m�sica de Chico Buarque - para a trilha sonora do filme Mulheres do Brasil, da cineasta Malu de Martino. O filme tem estr�ia prevista para mar�o.

Veja o filme e ou�a o(s) disco(s) para conhecer a vida e obra de Johnny Cash

Johnny Cash morreu em 2003 sem ser realmente conhecido no Brasil. Mas a vida do compositor que cantava country com energia roqueira - da� o tributo prestado ao artista pelo grupo Matanza em seu �ltimo disco - daria um filme pelas reviravoltas folhetinescas. E deu mesmo um belo filme: Johnny & June, j� em cartaz em circuito nacional na carona das merecidas indica��es ao Oscar de ator e atriz para Joaquin Phoenix (irretoc�vel no dif�cil papel de um cantor que caiu na armadilha das drogas e viveu atormentado pelos seus fantasmas interiores) e Reese Whiterspoon (igualmente sedutora na pele de June Carter, a cantora de country que seria o amor e �ncora de Cash nos momentos mais dif�ceis dos compositor). Na foto acima, os atores aparecem numa cena do filme.

Cash surgiu como artista em meados dos anos 50, simultaneamente � explos�o de astros do rock'n'oll como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. Um dos charmes do filme � justamente ver essas lendas na tela (em interpreta��es convincentes de atores ainda pouco conhecidos) em conviv�ncia com seu colega country em turn�s. Ali�s, os atores cantam mesmo em Johnny & June. O que aumenta ainda mais o m�rito de Phoenix (com voz grave bem semelhante a de Cash) e Whiterspoon. Nem parece que s�o atores interpretando cantores.

Embora tenha rendido um filme longo, de quase duas horas e meia, o roteiro � enxuto e prende a aten��o do espectador do in�cio ao fim. O foco � na rela��o entre Johnny e June, mas a m�sica nunca sai de cena. Ali�s, terminada a sess�o, certamente vai dar vontade de ouvir a trilha do longa do diretor James Mangold (lan�ada no Brasil pela Sony & BMG) e, sobretudo, o verdadeiro Cash. E a� a melhor pedida � a rec�m-lan�ada colet�nea da Universal, Ring of Fire - The Legend of Johnny Cash, que cobre toda a carreira do cantor em 21 grava��es feitas entre 1955 e 2003. A sele��o inclui a maioria das m�sicas apresentadas no filme. S�o temas como Cry! Cry! Cry!, Folsom Prison Blues, I Walk the Line (que inspirou o t�tulo original do filme) e Jackson, gravado em dueto com June Carter em 1967.

Johnny Cash n�o morreu. Veja o filme e ou�a os discos.

Vencedor do 'Fama', F�bio Souza vai de Greyck a RoRo em seu primeiro disco

Vencedor da �ltima edi��o do Fama, o programa de calouros da Rede Globo, F�bio Souza (foto) � a aposta da Deckdisc em 2006 na m�sica popular rom�ntica. A gravadora sonha transformar o calouro num novo F�bio Jr. O primeiro disco do rapaz - Amor pra Sempre, nas lojas em mar�o - segue a f�rmula f�cil das regrava��es de sucessos. Gravada por Ver�nica Sabino em seu disco Agora, a primeira m�sica de trabalho - Eu Preciso de Voc�, de autoria de M�rcio Greyck, cantor popular em evid�ncia nos anos 70 e in�cio dos 80 - j� foi enviada �s r�dios em single promocional.

O repert�rio inclui m�sicas de �ngela RoRo (S� nos Resta Viver, 1980), Jorge Vercilo (a in�dita Me Transformo em Luar, que j� ganhou remix produzido por DJ Cuca), Vander Lee (Onde Deus Possa me Ouvir) e Altay Veloso (Farol das Estrelas, parceria com Paulo C�sar Feital gravada por Belo na �poca do Soweto).

Em parceria com a Rede Globo, a gravadora planeja gravar o show de lan�amento do �lbum - em abril ou maio - para posterior edi��o de um DVD ou talvez de um dualdisc que agregue o CD original e o v�deo com as imagens do show.
Ter�a-feira, Fevereiro 14, 2006

Dois discos de Marisa sair�o separados

Uma �ltima informa��o sobre o pr�ximo disco solo de Marisa Monte (foto): os dois CDs ser�o vendidos separadamente. De acordo com a EMI, n�o h� a previs�o de lan�amento de uma edi��o dupla que agregue os dois �lbuns, um de samba e outro feito na linha pop tribalista. Os dois discos chegar�o �s lojas em 10 de mar�o, simultaneamente, mas com capas e embalagens distintas.

Fazer dois CDs � estrat�gia inteligente de Marisa Monte - a artista que sabe pensar

"Profissionalmente, Madonna e Marisa Monte s�o muito parecidas. Sabem exatamente o que querem, onde querem chegar e qual � o poder delas". A declara��o � do diretor de arte Giovanni Bianco e foi dada ao jornalista Jonas Furtado para reportagem publicada na edi��o 338 da revista Isto � Gente. O carioca Bianco fala com conhecimento de causa por j� ter trabalhado com as duas estrelas: ele assinou a capa do �ltimo disco solo de Marisa (Mem�rias, Cr�nicas e Declara��es de Amor, 2000) e idealizou todo o conceito gr�fico do atual CD de Madonna, Confessions on a Dance Flor.

A compara��o de Bianco procede. E n�o � por acaso que o sexto trabalho solo de Marisa Monte (foto) - nas lojas em mar�o, com o suporte de turn� nacional que ser� iniciada j� em abril - foi desmembrado em dois discos. Um CD priorizar� o samba e os compositores ligados � escola de samba carioca Portela, sempre valorizados pela cantora. O outro, a vertente pop desenvolvida a partir do citado �lbum Mem�rias, Cr�nicas e Declara��es de Amor e lapidada em 2002 no disco genial dos Tribalistas.

� uma estrat�gia inteligente - como todas da artista, ali�s. Como Madonna, Marisa Monte pensa sua carreira e planeja cada passo, cada disco. E ela certamente detectou que seu imenso p�blico est� dividido. H� a tribo saudosista (na qual est� agregada inclusive boa parte da cr�tica) que idolatra a brasilidade contida no disco Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carv�o (1994) e que detesta (ou finge detestar...) sucessos como Amor, I Love You e J� Sei Namorar porque eles ca�ram na boca do povo, das classes A a Z. Simplesmente porque h� quem abomine a id�ia de gostar da mesma m�sica de sua empregada. Nem � preciso ter poderes medi�nicos para intuir e apostar que essa tribo certamente vai preferir o CD de sambas. Mas h� a outra tribo - a dos que consomem m�sica sem crit�rios racionais e sem dividir os artistas em nichos - e essa, mais numerosa, certamente anseia por uma linda can��o pop como Velha Inf�ncia. Por uma melodia que gruda no ouvido como a de J� Sei Namorar. Ou mesmo por um belo samba de Paulinho da Viola. � a tribo que n�o tem compromisso com a est�tica defendida e promovida pelos cr�ticos. Moral da hist�ria: em tese, todos ficar�o contentes com o pr�ximo trabalho da cantora. Ou trabalhos, se preferirem.

Mais uma vez, Marisa Monte prova ter a vis�o e a intelig�ncia que falta na maioria dos artistas brasileiros. Na medida do poss�vel, carreiras, discos e mesmo aus�ncias podem e devem ser planejados, sim. E n�o h� mal ou dem�rito art�stico nisso. Nos anos 60, os Beatles j� planejavam cada um de seus passos e ningu�m em s� consci�ncia pode minimizar a genialidade do grupo por conta de suas estrat�gias de marketing. N�o fossem elas, talvez nem tivessem chegado aonde chegaram... Madonna sempre planejou e continua planejando sua carreira. E por isso est� a�, bem-sucedida, quase perto dos 50 anos, com fervoroso e fiel f�-clube espalhado ao redor do mundo.

H� quem, dentro e fora do meio art�stico, tor�a o nariz para Marisa Monte, mas ela � uma cantora que pensa. E pensar sempre fez bem a qualquer artista, em qualquer ramo, em qualquer tempo. O resto � intriga da oposi��o invejosa com seu sucesso que j� dura mais de 15 anos...

EMI reedita tr�s discos de Ednardo

Seguindo tardiamente os passos da BMG e da Sony Music, que antes da fus�o relan�aram em CD alguns �lbuns originais de Ednardo, a EMI vai reeditar tr�s t�tulos raros da discografia do compositor cearense, cujo maior sucesso, Pav�o Mysteriozo, foi propagado em escala nacional h� 30 anos, na trilha sonora da novela Saramandaia, exibida em 1976 pela Rede Globo. Os discos reeditados s�o Terra da Luz (1982, capa � esquerda), Ednardo (1983) e Libertree (1985). S�o trabalhos pouco conhecidos, pois Ednardo n�o manteve na d�cada de 80 a popularidade conquistada nos anos 70.

Sai no Brasil DVD triplo do Iron Maiden

Um dos maiores vendedores de DVDs do mercado nacional, o Iron Maiden tem lan�ado no Brasil o box triplo Death on the Road (capa � direita). S�o tr�s discos centrados na turn� de lan�amento do �ltimo CD da banda, Dance of Death. O DVD 1 traz o show - filmado na Alemanha em novembro de 2003 - em �udio 5.1. O DVD 2 apresenta o mesmo espet�culo em som est�reo. J� o DVD 3 re�ne extras como o document�rio Life on Road (sobre os bastidores da turn�), clipes (de Wildest Dreams e Rainmaker), entrevistas com f�s, galeria de fotos e um outro document�rio, Death on the Road, sobre a concep��o do CD e da turn�.

DVD revive obra do New Order at� 1993

Resenha de DVD
T�tulo: New Order Story
Artista: New Order
Gravadora: Warner Music
Cota��o: * * *

Para come�o de conversa, este document�rio New Order Story foi produzido em VHS, em 1993, e j� foi lan�ado em formato digital em DVD duplo intitulado Item, nunca editado no mercado nacional. O filme vinha no DVD 2, enquanto o DVD 1, A Collection, trazia os clipes da banda inglesa. No Brasil, a gravadora Warner Music optou por comercializar separadamente os dois v�deos. Seja como for, f�s do grupo que desconhe�am o material v�o gostar do filme. O tom da narra��o soa um pouco esquisito e artificial, mas o que importa � que o document�rio conta a hist�ria do New Order em 138 minutos divididos em 21 cap�tulos - cada um batizado com o nome de uma m�sica do grupo.

O filme inclui imagens de shows do grupo Joy Division, que iria originar o New Order ap�s o suic�dio do vocalista Ian Curtis, em 1980. Atrav�s de v�deos e entrevistas, a trajet�ria da banda que nasceu das cinzas de Curtis - e que marcaria presen�a em pleno apogeu da New Wave pelo uso ent�o incomum de sonoridades eletr�nicas - � passada a limpo. O recurso mais inteligente do document�rio � montar um programa de audit�rio em que os pr�prios m�sicos do New Order esclarecem d�vidas sobre o grupo. O comediante Keith Allen apresenta o programa com doses exatas de humor.

O maior problema do document�rio est� no fato de ter sido feito em 1993. Logo, o filme n�o alcan�a a retomada da carreira do New Order, em fins dos anos 90, e tampouco a grava��o de discos como o recente Waiting for the Sirens Call. Mas � material de valor inestim�vel para f�s da banda que n�o tenham importado o DVD Item.
Segunda-feira, Fevereiro 13, 2006

Morelenbaum vai produzir Henri no Rio

Admirado por Caetano Veloso, que chegou a citar seu nome em verso de Reconvexo (1989), Henri Salvador (foto) quer se aproximar do universo musical do compositor baiano. O octagen�rio cantor da Guiana Francesa escolheu o maestro e violoncelista Jacques Morelenbaum para produzir seu pr�ximo disco. O CD - o primeiro de est�dio feito por Henri desde Ma Ch�re et Tendre, editado em 2003 - dever� ser gravado no Rio, por op��o do cantor estrangeiro.

Box com songbooks de Rod traz DVD de b�nus com cinco faixas gravadas ao vivo

A Sony & BMG lan�a este m�s uma caixa que re�ne os quatro volumes gravados por Rod Stewart na s�rie The Great American Songbook. Al�m da embalagem luxuosa (� direita), a caixa vem com um DVD de b�nus que traz cinco grava��es ao vivo do repert�rio dos songbooks. As cinco m�sicas s�o Blue Moon, The First Cut the Deepest, They Can't Take that Away from me, Time After Time e What a Wonderful World.

Ivete revive 'Ajay�' ao vivo com Caldas

M�sica do segundo disco de Luiz Caldas, lan�ado em 1986 no embalo do sucesso de Fricote no ano anterior, Ajay� � revivida pelo compositor baiano em dueto com Ivete Sangalo em seu CD (capa � esquerda) e DVD Luiz Caldas ao Vivo em Salvador. O disco chega �s lojas ainda em fevereiro e re�ne nomes como Carlinhos Brown (em Beverly Hills, outro tema do segundo �lbum de Caldas, e em Selva Branca), Fagner (em Amazonas e Romance no Deserto) e Durval Lelys (em Porto Seguro e Vaza). Entre in�ditas como a citada Vaza e Cantiga de Amor, o artista recebe ainda Ger�nimo (em � D'Oxum e em Afox�) e Armandinho (em Vida Boa). Mas o show completo, com os n�meros de todos os convidados, somente poder� ser visto e ouvido no DVD. O CD re�ne apenas 16 faixas.

Outkast adia trilha de filme para abril

Prevista para chegar �s lojas em dezembro e depois em fevereiro, o CD com a trilha sonora do primeiro filme da dupla Outkast, Idlewild, teve seu lan�amento adiado novamente - desta vez, para abril. Idlewild Blues, Cock-a-Doodle-Do, Foot on the Gas e The Train s�o algumas m�sicas do disco. Al�m dos integrantes do duo (Andre 3000 e Big Boi), o filme traz no elenco a cantora Macy Gray.

Orquestra Acad�mica lan�a disco duplo

Formada por jovens m�sicos eruditos do Brasil e da Am�rica Latina, a Orquestra Acad�mica lan�a nesta ter�a-feira, 14 de fevereiro, disco duplo que chega �s lojas via Biscoito Fino. O �lbum foi gravado em julho de 2005 na Sala S�o Paulo e no Audit�rio Cl�udio Santoro, em Campos do Jord�o. A orquestra � regida pelos maestros Kurt Masur e Roberto Minczuk.

No CD 1, em que a Orquestra Acad�mica � regida por Kurt Masur, h� temas de Samuel Barber (Ad�gio para Cordas, Op. 11), Gustav Mahler (Sinfonia n� 1 em R� Maior) e Anton�n Dvor�k (Dan�a Eslava em Mi Menor, Op. 72). No CD 2, com reg�ncia de Roberto Minczuk, a Acad�mica interpreta obras de Carlos Gomes (a abertura da �pera O Guarani) e Almeida Prado (Varia��es Sinf�nicas). No caso do tema de Prado, trata-se da primeira grava��o da pe�a, encomendada por Minczuk ao compositor paulista.
Domingo, Fevereiro 12, 2006

Voz de Elis reluz at� em 'P�rolas Raras'

Resenha de CD
T�tulo: P�rolas Raras
Artista: Elis Regina
Gravadora: Universal
Cota��o: * * *

Elis Regina tinha alto padr�o de interpreta��o at� em grava��es realizadas para compactos e projetos especiais - nunca inclu�das nos chamados discos de carreira. O rigor estil�stico da cantora � comprovado nas 14 j�ias reunidas em colet�nea que inaugura a s�rie P�rolas Raras, da Universal. A compila��o complementa a garimpagem feita no ba� da Pimentinha para a edi��o, em janeiro de 2002, do �lbum duplo 20 Anos de Saudade.

O que se ouve basicamente em P�rolas Raras s�o grava��es alternativas lan�adas originalmente em compactos. S�o registros diversos das grava��es oficiais inclu�das nos LPs de Elis. Entre os takes alternativos, h� a vers�o de Arrast�o para compacto de 1965. A parceria de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, que projetou Elis em escala nacional em festival exibido naquele ano, quase nunca foi ouvida neste obscuro registro. O tom imponente do arranjo orquestral � bisado em outra grava��o de compacto: a de Travessia, feita pela int�rprete em 1967, quase simultaneamente ao registro do autor, Milton Nascimento, lan�ado por ela em 1966 com a grava��o da Can��o do Sal.

Ainda na seara dos compactos, as maiores rel�quias - possivelmente desconhecida at� por f�s mais fi�is de Elis - s�o as duas grava��es do compacto em espanhol gravado pela artista em 1965. As m�sicas s�o Menino das Laranjas (de Th�o de Barros, mais conhecido por sua parceria com Geraldo Vandr� em Disparada) e Sou sem Paz. Em El Ni�o das Naranjas, Elis impressiona pela desenvoltura e suingue com que canta em espanhol.

A capa e arte gr�fica da colet�nea s�o horrorosas, aqu�m at� mesmo do padr�o estabelecido pela Universal em s�ries econ�micas como Millennium, mas o que conta, a rigor, � poder perceber como a Pimentinha ardia at� nas grava��es extra-oficiais. Explosiva no registro ao vivo de Terra de Ningu�m, feito em 1964 em dueto com Marcos Valle para o disco A Bossa no Paramount, Elis tinha densidade que transparece at� na grava��o do tema infantil A Coruja (Corujinha), feita em 1980 para o projeto A Arca de No�, de Vinicius de Moraes. Anos antes, no in�cio da d�cada de 70, Elis tinha incorporado o soul em seu repert�rio. E � como uma negra cantora americana de soul que ela apresenta Black Is Beautiful (Marcos Valle e Paulo S�rgio Valle) em vers�o ao vivo de 1971, captada na abertura do programa Som Livre Exporta��o.

No geral, o som do CD � satisfat�rio, mesmo porque a maioria das grava��es - a exemplo de Ensaio Geral, ouvida na vers�o do compacto duplo Elis e os Festivais e na grava��o ao vivo do LP Viva o Festival da M�sica Popular Brasileira, ambas de 1966 - vem de meados dos anos 60. Foi quando Elis se revelou uma grande cantora, cuja voz reluz nestas p�rolas raras de alto quilate.

Gal estr�ia enfim show que vai virar DVD e que re�ne Ismael e Melodia no roteiro

Os f�s cariocas de Gal Costa (foto) j� podem anotar na agenda: a cantora estr�ia o show de lan�amento do CD Hoje em 30 de mar�o, no Canec�o (RJ). Ao longo da turn� nacional, a gravadora Trama vai registrar o espet�culo para posterior lan�amento em DVD, provavelmente no fim do ano. No repert�rio, al�m das m�sicas do disco em que deu voz a compositores ainda desconhecidos do grande p�blico, Gal incluiu m�sicas de Ismael Silva (o samba Antonico, cantado por ela j� em 1971 no antol�gico show Fa-Tal - Gal a Todo Vapor) e Luiz Melodia (Juventude Transviada, lan�ada na voz do autor em fins de 1975, na trilha da novela Pecado Capital).

Simple Minds soa como clone do U2

Resenha de CD
T�tulo: Black & White 050505
Artista: Simple Minds
Gravadora: Sony & BMG
Cota��o: * *

� humanamente imposs�vel n�o associar o grupo do �timo vocalista Jim Kerr ao U2 neste primeiro disco do Simple Minds em tr�s anos. A ironia � que o repert�rio de Black & White - o complemento 050505 � uma refer�ncia � data (5 de maio de 2005) em que o �lbum foi finalizado - � bem superior ao de Cry, o CD anterior da banda escocesa. S� que desde a primeira faixa, Stay Visible, paira a desagrad�vel impress�o de se estar ouvindo um clone do grupo de Bono Vox. M�sicas at� legais, como a hard balada Stranger, n�o livram o Simple Minds da perda na compara��o com seu primo rico. � pena, pois uma banda de carreira t�o longeva - iniciada no fim dos anos 70 - e com �lbuns memor�veis (como Once Upon a Time, de 1985) j� merecia estar com identidade e som definidos com mais clareza ap�s tantos anos e discos.

�lbum do Guns N' Roses sai em mar�o

A not�cia foi dada pelo guitarrista Slash: Chinese Democracy - o esperado �lbum que marca a volta ao mercado do grupo Guns N' Roses (na foto acima, em pose antiga) e que est� sendo anunciado e gravado h� anos - j� est� pronto e vai sair em mar�o. Se o lan�amento for concretizado, os �rf�os da banda poder�o, enfim, ouvir seu primeiro disco de material in�dito em mais de uma d�cada (o �ltimo �lbum, The Spaghetti Incident?, saiu em 1993). O vocalista Axl Rose j� tinha declarado recentemente que a grava��o estava pr�xima do fim. Entre as 13 faixas do CD, h� m�sicas como Better, The Blues e There Was a Time.

Manilow lidera parada dos EUA com CD de covers dos 50 e j� planeja o dos 60

Depois de Rod Stewart, outro cantor famoso nos anos 70 renasceu das cinzas com disco de covers idealizado por Clive Davis, um dos produtores que fizeram fama e fortuna na gravadora Arista. Trata-se de Barry Manilow. O rec�m-lan�ado CD do cantor, The Greatest Songs of the Fifties (capa � direita), foi direto para o topo da parada da Billboard, tendo vendido 156 mil c�pias em sua primeira semana no mercado americano. Manilow n�o realizava tal proeza nas paradas desde a d�cada de 70, �poca em que reinou na ind�stria do disco com hits como a balada Mandy.

Entusiasmados com a acolhida do CD, editado tamb�m no formato de dualdisc, Manilow e Davis j� planejam o segundo volume da s�rie - desta vez com regrava��es de can��es dos anos 60. N�o ser� surpresa se a cole��o se estender pelas d�cadas de 70 e de 80... Afinal, o songbook da can��o americana idealizado pelo mesmo Clive Davis para Rod Stewart j� est� no quarto volume, ainda que, a cada disco, Rod jure que se trata do �ltimo.

A r�pida escalada do disco de Manilow nas paradas mostra que a f�rmula de covers ainda est� longe de ser esgotada. No Brasil, j� projetou nomes como os cantores Emmerson Nogueira e Danni Carlos. At� veteranos, como o ex-RPM Paulo Ricardo, seguem a receita das regrava��es de sucessos para tentar voltar a vender discos.

The Greatest Songs of the Fifties re�ne 13 regrava��es de cl�ssicos dos anos 50. A sele��o inclui Love Is a Many Splendored Thing (1955), Unchained Melody (1955), It's Not for me to Say (1957), All I Have to Do Is Dream (1958), Beyond the Sea (1959) e What a Diff'rence a Day Made (1959).
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