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Sábado, Setembro 09, 2006

Ivete e Caetano no CD de duetos do 'Rei'

Se vingar o projeto de duetos de Roberto Carlos, tudo indica que o disco vai reunir basicamente os encontros do Rei com seus colegas nos especiais anuais gravados pelo cantor para a Rede Globo. Uma faixa confirmada é o dueto de Roberto com Ivete Sangalo no programa de 2004. Os dois entoaram Se Eu Não te Amasse Tanto Assim, sucesso do primeiro disco solo da cantora. Na foto acima, um take do encontro, registrado por Renato Rocha Miranda para a TV Globo.

Outra faixa seria o dueto de Roberto com Caetano Veloso no especial de 1975. Os cantores tocam violão e interpretam juntos Como Dois e Dois, música feita por Caetano para Roberto. Não será surpresa se o CD for lançado juntamente com um DVD com as imagens desses encontros históricos.

Ivan Lins na trilha da novela e da política

O recém-lançado CD Acariocando, de Ivan Lins, pode não estar tocando nas rádios mais populares, mas ganhou dupla exposição no horário nobre. Além de ter a bossa-novista Passarela no Ar incluída na trilha da novela Páginas da Vida, o disco já tem outra faixa com inusitada exposição na televisão. A Gente Merece Ser Feliz - o belo samba que abre o disco e que leva a assinatura de Ivan (acima, em foto de Leonardo Aversa) e de Paulo César Pinheiro - está sendo usado pela candidata a presidente Heloísa Helena na sua propaganda política veiculada no horário eleitoral gratuito, com direito à reprodução de alguns versos da letra de Pinheiro.

Miranda enquadra Cordel no formato pop

Resenha de CD
Título:
Transfiguração
Artista: Cordel do Fogo Encantado
Cotação:
* * *
Gravadora: Rec Beat / Distribuidora Independente

Transformação seria um título mais indicado para o terceiro CD do Cordel do Fogo Encantado, nas lojas a partir de 15 de setembro. Guiado pela produção de Carlos Eduardo Miranda, nome ligado a grupos como Skank e Mundo Livre S/A, o grupo adaptou seu som a um formato mais pop - evidente em faixas como Preta - sem, no entanto, transfigurar sua essência. Surgido no sertão pernambucano, o grupo fez seu nome pela aura teatral de seus espetáculos e pela forte camada percussiva com que apresenta ritmos regionais como reisado e coco.

Sem alterar substancialmente o estilo do grupo, Miranda arrumou esse elementos em sintonia com a intenção do Cordel de equilibrar música e arte cênica. O processo de criação e gravação do álbum já foi diferente. Transfiguração não nasceu de um espetáculo já montado, a exemplo de seus antecessores Cordel do Fogo Encantado (2001) e O Palhaço do Circo sem Futuro (2002). Ao contrário: o grupo esperou a finalização do disco para partir para a idealização de seu próximo show.

As múltiplas referências literárias das 15 letras já estão sinalizadas nos subtítulos dos temas - caso de Aqui (ou Memórias do Cárcere) e de Pedra e Bala (ou Os Sertões). Enfim, é o mesmo Cordel, mas rebobinado com um som mais ordenado. E aí entra também a mixagem do americano Scotty Hard, produtor do último disco da Nação Zumbi, Futura. Resta saber se Transfiguração vai manter o encanto do público em torno do Cordel...

Humberto Barros ferve em caldeirão pop

Resenha de CD
Título:
O Mundo Está Fervendo
Artista:
Humberto Barros
Gravadora:
Nikita Music
Cotação:
* * *

Se estivéssemos nos anos 80, época em que o mercado fonográfico foi mais receptivo ao pop nacional, este segundo disco do carioca Humberto Barros talvez fizesse sucesso comercial. Barros é tecladista do Kid Abelha há mais de dez anos e certamente absorveu muito da fórmula radiofônica do grupo de Paula Toller. Porque o bom repertório do CD parece um misto de Kid com Ritchie - com quem Barros, aliás, também já tocou em disco. Se Eu Moro Perto de Você soa como puro Kid, Já Fugi evoca os tempos áureos de Ritchie. São belas referências que em nada desmerecem a grife autoral do compositor, que, como cantor, dá conta do recado em tons baixos sem procurar alçar vôos inapropriados para suas possibilidades vocais.

Em O Mundo Está Fervendo, Barros persegue bem de perto o pop perfeito em temas como Estou Bem, Você Não Queria Mais me Matar (de leve tom roqueiro) e A Noite É uma Criança, que, não por acaso, tem Leoni na co-autoria. E a única regravação do disco - Quem te Viu, Quem te Vê, o samba de Chico Buarque - preserva a beleza da melodia em inusitado registro instrumental salpicado de ruídos eletrônicos. A propósito, a inclusão de temas instrumentais entre as canções é a marca da originalidade do CD. Aqui Jazz é minijam. Já Cinelândia (Gagiékno) tem suingue eletroprogressivo. O mundo ferve num caldeirão de informações e referências - e Humberto Barros se utiliza delas com inteligência para fazer um pop perto da perfeição.

Mais quatro títulos de 'Blue Note Plays'

A gravadora EMI está lançando no Brasil mais quatro títulos da série Blue Note Plays, formada por compilações em que jazzistas da gravadora Blue Note tocam o repertório de um determinado cantor ou compositor. A nova fornada da coleção inclui coletâneas dedicadas aos cancioneiros de Billie Holiday (à esquerda, a capa deste CD), Cole Porter, George Gershwin e a dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart.
Sexta-feira, Setembro 08, 2006

Caetano e a nostalgia da modernidade...

Resenha de CD
Título:

Artista:
Caetano Veloso
Gravadora:
Universal Music
Cotação:
* *

Houve tempo em que Caetano Veloso, eterno visionário tropicalista, compunha grandes canções. E era sempre moderno. Mas o tempo da profícua inspiração melódica já parece ter passado. Em , seu 40º disco, nas lojas a partir de terça-feira, 12 de setembro, o compositor ainda soa moderno, mas dribla com a estranheza sadia dos arranjos a escassez de boas músicas (da mesma forma que, em seu recente Carioca, Chico Buarque compensou a apatia do repertório com requinte harmônico).

Em , Caetano se vale da inventividade instrumental - que dá ao disco aura de modernidade e jovialidade - para desviar o foco da essência das canções. O repertório é formado por 12 inéditas de safra recente, a maioria aquém da grife de um compositor de 64 anos que, em quatro décadas de carreira fonográfica, muitas vezes atingiu a genialidade.

Claro que há boas músicas em . Minhas Lágrimas, de tonalidade ibérica, é linda balada. Ao misturar influências de Lou Reed e Peninha, Não me Arrependo - de versos confessionais dirigidos pelo compositor à ex-mulher, Paula Lavigne - também se impõe pela beleza melódica, se aproxima da estrutura clássica da canção e, não por acaso, foi a faixa escolhida para promover nas rádios.

No todo, o disco oferece pouco além de experimentalismos, executados por músicos antenados com a cena indie e sem ranços saudosistas. Com a formação clássica do rock, o trio que toca no CD - o guitarrista Pedro Sá (co-produtor do CD ao lado de Moreno Veloso), o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes - dá a Caetano base segura para os altos vôos instrumentais. Mas a qualidade irregular do repertório pesa sempre numa balança em que, do outro lado, há a obra monumental de Caetano. Exemplo: em Velô, álbum de 1984, Caetano já flertava com o rock de maneira mais cínica e inspirada do que faz em nas músicas Outro (mais um recado a Paula Lavigne: "Você nem vai me conhecer / Quando eu passar por você / De cara alegre e cruel") e Rocks. Da mesma forma, sua atual incursão pelo rap - na épica O Herói, o toque sócio-político do CD - soa pálida na comparação com Haiti, a obra-prima de 1993 lançada no disco Tropicália 2.

Pautado por distorções, microfonias e propositais estranhezas (como Waly Salomão, ode ao escritor morto em 2003 que se arrasta em clima psicodélico que não honra a poética afiada dos versos), é disco de alto teor erótico, destilado na letra do samba torto Musa Híbrida, na descrição pormenorizada da Deusa Urbana que intitula razoável balada e, sobretudo, em Homem (apologia ao macho feita sem a pretendida verve de Rita Lee) e em Porquê?, tema de sotaque lusitano em que Caetano se limita a repetir, em três únicos versos, termos usados pelos portugueses para designar seu orgasmo.

Completam o repertório a concretista Um Sonho - em que a referência é poeta Augusto dos Anjos - e Odeio, quase uma paródia do baticum eletrônico que invadiu as pistas nos últimos anos. Na teoria, parece um CD divino. Na prática, decepciona porque nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. E porque Caetano Veloso, na sua eterna busca do moderno, já não consegue compor grandes canções.

Martinho produz solo de Marcelo Moreira

Martinho da Vila (à esquerda) produz o primeiro disco solo de seu atual percussionista, Marcelo Moreira, que, antes de tocar com o compositor, integrou as bandas de Beth Carvalho (por dez anos) e Zeca Pagodinho. Intitulado Marcelinho, Pão e Vinho, o CD será lançado pela gravadora MZA Music, dirigida pelo produtor Marco Mazzola. Leci Brandão participa de uma das faixas.

Lenine finaliza trilha Violenta para Corpo

Lenine já terminou a gravação da trilha que produziu - em parceria com Jr Tostoi - para o próximo balé do Grupo Corpo. Provavelmente intitulada Violenta, a trilha é inteiramente instrumental e já está em fase de mixagem. Lenine contou com as participações de nomes como Bocato e o baterista Iggor Cavalera, que, aliás, participa da música Dois Olhos Negros no recém-lançado Acústico MTV do compositor.

Paula Lima canta Ana em 'Sinceramente'

Sinceramente é o título do terceiro disco de Paula Lima, nas lojas ainda em setembro pela Indie Records. A cantora (à esquerda, em foto de Marcos Hermes) grava Eu Já Notei, parceria inédita de Ana Carolina com Totonho Villeroy. A música já foi remixada para as pistas por André Werneck. Faixa escolhida como single para as rádios, Novos Alvos tem a assinatura tripla de Zélia Duncan, Mart'nália e Ana Costa. E Arlindo Cruz domina o repertório com sambas como Tirou Onda, Meu Guarda-Chuva e Já Pedi pra Você Parar.

Tributo para obra múltipla de Mário Lago

Morto em 2002, Mário Lago ficou mais conhecido como ator no fim da vida, mas, entre outras atividades, foi compositor. Sua obra múltipla será homenageada em Mário Lago, um Tributo - projeto multimídia que engloba DVD, livro, exposição e três CDs, nos quais estão previstas as participações de nomes como Beth Carvalho, Caetano Veloso, João Bosco, Lenine, Maria Bethânia e Zeca Pagodinho. A produção é de Mário Lago Filho.
Quinta-feira, Setembro 07, 2006

Primeiras impressões sobre 'Cê', o disco

- o 40º álbum de Caetano Veloso, lançado hoje na internet, mas nas lojas somente a partir de terça-feira, 12 de setembro - é daqueles discos envoltos em aura de modernidade que costumam cair na graça dos críticos e da turma mais descolada. Aliás, o CD já está colhendo elogios (quase) unânimes pela aura de estranheza que deverá espantar o público convencional, inclusive fãs do compositor. Elogios que também possivelmente estão brotando por ser o disco de quem é. Porque críticos, em geral, costumam ter ouvidos generosos quando escutam discos de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, mesmo quando eles, os discos, não fazem jus a tanta generosidade...

É fato que, aos 64 anos, o velho baiano - que desde sempre buscou soar moderno e contemporâneo - procura (e consegue) um tom jovial para a atual safra de 12 músicas inéditas, compostas sem parceiros. E soube se cercar de músicos inventivos. está escorado no trio indie de músicos (o guitarrista Pedro Sá, o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes) com o qual Caetano gravou o CD. Mas jovialidade não é, necessariamente, atestado de qualidade ou de boa música.

Sim, há muita beleza em determinados momentos de . Há também muito experimentalismo meramente formal em outros momentos. Nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. Mas, como todo disco de Caetano, precisa de muitas audições para ser compreendido e analisado. E esse comentário - aviso, de antemão - não é, ainda, uma crítica definitiva (como se uma resenha tivesse caráter definitivo...). São primeiras impressões do CD. A crítica propriamente dita, com a descrição e a avaliação das 12 músicas do álbum, será publicada na sexta-feira no jornal O DIA, na versão impressa da coluna Estúdio, e também aqui neste espaço virtual.

Caetano e os três músicos do disco 'Cê'

Na foto acima, de Javier Scian, Caetano Veloso posa com os únicos três músicos que tocam em seu recém-lançado disco . Trata-se do guitarrista Pedro Sá (à esquerda), do baterista Marcelo Callado e do baixista Ricardo Dias Gomes. Moreno Veloso, filho de Caetano, assina com Pedro Sá a produção do álbum, nas lojas a partir de terça-feira, 12 de setembro.

A turma já tem um histórico de militância na cena indie carioca. Pedro Sá já toca com Caetano desde o álbum anterior do compositor baiano, Noites do Norte. Marcelo Callado integra o grupo Canastra, um dos mais promissores do atual panorama carioca. Já Ricardo Dias Gomes foi um dos fundadores do Zumbi do Mato, outro grupo ainda em busca de maior reconhecimento popular.

Paulinho apresenta parceria com Marisa

Samba composto por Paulinho da Viola (foto), com letra de Marisa Monte e Arnaldo Antunes, Talismã acabou não entrando no disco Universo ao meu Redor, em que a cantora reuniu apenas sambas inéditos. Mas a música vai ser mostrada ao público por Paulinho na temporada de quatro semanas do show que o artista estréia em 13 de setembro para inaugurar, em São Paulo, o Teatro FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).

Quinteto em Branco e Preto na Trama

Através do portal TramaVirtual, que virou selo, a gravadora Trama conheceu e contratou o grupo Quinteto em Branco e Preto. Formado em 1997, em São Paulo (SP), o quinteto é dos melhores grupos de samba em atividade. Com a bênção de Beth Carvalho, a turma já lançou dois CDs pelo selo CPC-UMES, Riqueza do Brasil (2000) e Sentimento Popular (2003).

'Summer Eletrohits TVZ' chega ao DVD

Em plena crise do mercado fonográfico, a Som Livre conseguiu vender alegadas 350 mil cópias da coletânea Summer Eletrohits TVZ, de linha eletrônica. Por conta do sucesso, a gravadora está lançando DVD (capa à direita) inspirado na compilação. O DVD reúne clipes exibidos no programa TVZ, do canal Multishow. A seleção inclui eletrohits como Satisfaction (em versão do DJ italiano Benny Benasi), Axel F. (de Crazy Frog, o Sapo Maluco, campeão de vendas em ringtones) e versões remixadas de S.O.S (Message in a Bottle), de Sting, e Owner of a Lonely Heart, do grupo Yes.
Quarta-feira, Setembro 06, 2006

'Cê', o disco, nas palavras de Caetano

- o primeiro disco de inéditas de Caetano Veloso em seis anos - chega na terça-feira, 12 de setembro, às lojas de todo o Brasil, com tiragem inicial de 50 mil cópias e capa no formato digipack. Em tom eventualmente confessional, o compositor assina, sozinho, as 12 músicas que, pela ordem, são Outro, Minhas Lágrimas, Rocks, Deusa Urbana, Waly Salomão, Não me Arrependo, Musa Híbrida, Odeio, Homem, Porquê?, Um Sonho e O Herói.

Com produção do guitarrista Pedro Sá e de Moreno Veloso, Caetano fez um disco cheio de estranhezas, distorções e microfonias - pautado por tom fortemente experimental. No texto reproduzido abaixo, distribuído à imprensa juntamente com o CD, o artista explica o conceito de , que promete ser um de seus trabalhos mais polêmicos.

"Há canções demais nesse mundo. Eu próprio já fiz uma quantidade ridícula delas. Quase sempre com muita ambição e pouco cuidado. Tento não fazer mais tantas. Penso muito em cantar canções já existentes, pois cantar me dá prazer (só não me dá mais porque não canto tão bem quanto acho que se deve cantar). Mas tenho hábito e necessidade de fazer canções.

Em parte para tentar pôr as já feitas por mim numa perspectiva mais favorável, isto é: melhorá-las. Gosto de Coração Vagabundo, de Uns, de quase todas as canções que fiz para o filme Tieta do Agreste e de algumas que fiz para Orfeu. Gosto de 13 de Maio e das novas que fiz para o disco gravado com Jorge Mautner. Me orgulho (o que é diferente de "gosto") de Tropicália, Terra, Haiti, Baby, Fora da Ordem, Livros. Gostaria que mais gente conhecesse Motriz, Mansidão, Meu Rio, Um Tom. Mas a impressão geral é de quase irrelevância.

No entanto, agora fiz esse com 12 músicas novas. Admito que já devia estar com vontade de fazer isso, pois na excursão do A Foreign Sound eu dizia, em todas as apresentações, que planejava fazer um disco "todo em português, todo de sambas, todos meus, todos inéditos". Era uma piada por causa do disco de canções americanas. Mas a verdade é que comecei a escrever sambas para um CD novo.

Um deles, Diferentemente, eu cantava no próprio show em que anunciava isso. Decidi que seriam 16 - e que o disco se chamaria Dezesseis Sambas. Por um motivo ou por outro, fui me afastando dessa idéia. Ao menos por enquanto. Além de Diferentemente (que não entrou no ), eu tinha feito um (Luto) que dei pra Gal gravar, outro (Tiranizar) em parceria com Cézar Mendes - e comecei mais uns quatro que ficaram inacabados. Musa Híbrida é o único que poderia ter ido para aquele disco e veio para este.

As canções de são em geral curtas e foram compostas com a formação guitarra/ baixo/ bateria (e eventual teclado) em mente. Mostrei as músicas a Pedro Sá já com as linhas de arranjo esboçadas (às vezes definidas) no violão. Têm, quanto a isso (mas não só quanto a isso), parentesco com as composições de rock. Suponho que elas tenham a mesma atitude desabusada que, na época do tropicalismo (e também depois), me levava a dar mostras de interesse pela cultura de massas dominante (a dos países ricos - e às vezes até dos pobres - de língua inglesa), mas sem submeter-me a ela, nem mesmo tornar-me um especialista nela. Claro que hoje, velho, sei mais coisas do que sabia aos 24. E sei fazer melhor. Mas se alguém achar que o ar de revisão do rock dos anos 80 sob um critério punk é um lugar-comum dos grupos atuais que não evitei adotar em muitos momentos, estará certo. Não se trata, porém, de um disco de rock como os que ouço e me interessam: as músicas são minhas, minha voz continua a mesma, meus cabelos estão mais brancos do que pretos, menos cacheados e sempre mais curtos do que quando os tinha longuíssimos - ou mais longos do que quando decidi usá-los curtos.

Pedro Sá e Moreno são meus filhos (este último, biologicamente falando; nenhum dos dois no sentido artístico: são filhos na acepção familiar do termo). Estão nos seus trinta: têm uma vivência direta dos caminhos que tomou o gosto musical nas últimas décadas - e intervenções pessoais notáveis na orientação desses caminhos. Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado estão nos seus vinte. Foi Pedro quem sugeriu seus nomes quando ouviu meus temas e minhas idéias. E nossa comunicação foi tão clara que em poucos minutos de ensaio as peças ficavam prontas para ser gravadas. Todas. Nem uma só emperrou. Todos traziam logo idéias que levavam as minhas até as últimas e melhores conseqüências.

Esse disco é resultado de muitas conversas que tive com Pedro Sá nesses anos em que ele tem tocado comigo (desde Noites do Norte). Comentávamos o que ouvíamos, ouvíamos algumas coisas juntos, finalmente falamos em fazer um disco marcando posição na discussão crítica do rock. Seria o disco de uma banda fictícia, onde às vezes ele cantaria, às vezes eu (num personagem diferente e com a voz eletronicamente modificada), às vezes algum outro músico que viéssemos a convidar para compor a banda. Faríamos como os Gorillaz (aliás, gosto muito de Gorillaz). Pensei em fazer isso enquanto gravava o disco de sambas, numa perfeita clandestinidade. Contaríamos muito com a utilidade do pro-tools.

Ao mesmo tempo, eu sonhava fazer uma outra coisa totalmente diferente disso: um disco chamado Novas Canções Sentimentais, todo voz-e-violão, todo de canções românticas feitas por mim, mas que parecessem essas lindas de Peninha ou de Fernando Mendes que gravei com grande sucesso comercial. Só Tá Combinado era uma canção já existente que entraria nesse projeto. Todo o mundo gosta de fazer sucesso. E a mim me traz felicidade poder fazer o que agrada a muita gente, ver que muitas pessoas me ficam gratas e gostando de mim. Sei que um disco assim teria receptividade fácil aqui e na Europa, no Japão (nos Estados Unidos também, possivelmente, dependendo da nitidez da execução e de haver pistas claras quanto ao que fosse sinceridade e ao que fosse ironia), talvez só na Inglaterra ninguém entendesse nada, como acontece freqüentemente. Ainda penso em fazer um disco assim. Mas é um projeto muito solitário. E eu a toda hora me inspirava mais para compor canções do tipo das que iriam pro disco clandestino de rock. Terminei fazendo um disco meu (não tenho esse espírito combativo todo para entrar na clandestinidade), com muito do que veio desse tipo de inspiração, uma canção que transbordou do pacote de sambas (Musa Híbrida) e outra que meio veio do imaginário grupo das Novas Canções Sentimentais (Não Me Arrependo) - sendo que esta última é (com Minhas Lágrimas) um dos raros momentos autobiográficos de um disco que é quase a obra de um heterônimo. E, seguindo o caminho de purificação do som que Pedro e Moreno foram abrindo, gravamos tudo em fita larga, sem pro-tools.

Todas as músicas do CD são tocadas pelos mesmos três músicos: Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado. E eu, claro, que, além de cantar (às vezes com Pedro, às vezes com Marcelo - só Ricardo não cantou no disco), toco meu velho violão, puxando as cordas (nunca consegui tocar batendo nas cordas como toda a geração rock e pós-rock faz), quase sempre as de náilon, mas, por duas vezes, umas de aço (com que não tenho nenhuma intimidade). Temos vontade de fazer o mesmo no palco.

A única participação especial é de Jonas Sá, na faixa O Herói, em que ele, atendendo a uma sugestão de Moreno, faz aqueles vocais angelicais à Stevie Wonder (quando a contra-ironia chega ao auge) e, depois, na mesma faixa, aqueles vocais diabólicos (quando a dor do herói salta pra fora da tensão ironia/ não-ironia) que fecham o album. Acho que é o único álbum meu, até agora, em que só há canções feitas por mim sozinho".

Caetano Veloso
Setembro / 2006

Elba regrava Queiroga, Chico e Accioly

Além de Amplidão, balada de Chico César que já toca na trilha da novela Páginas da Vida, o CD que Elba Ramalho (foto) gravou com produção de Lenine inclui músicas de Lula Queiroga (Conceição dos Coqueiros) e Accioly Neto (A Natureza das Coisas). Se manteve sua idéia inicial, Elba também incluiu no repertório música antiga de Jorge Ben Jor, Anjo Azul, de 1964.

Délcio Carvalho honra profissão em CD que revela parceria inédita com Zé Kéti

Resenha de CD
Título:
Profissão Compositor
Artista:
Délcio Carvalho
Gravadora: Olho do Tempo
Cotação:
* * * *

Projetado nos anos 70 como parceiro de Dona Ivone Lara em sucessos como Acreditar e Sonho Meu, Délcio Carvalho é dos grandes compositores de samba e honra sua profissão neste quinto disco, o primeiro em seis anos (o anterior, A Lua e o Conhaque, saiu em 2000). Mais badalado como letrista, Délcio exibe inspiração como melodista em temas como Motim - parceria com o ainda pouco conhecido Sérgio Fonseca - e Vendedor de Ilusão, samba cuja melancolia é pontuada pela flauta de Eduardo Neves em arranjo dolente.

A predominante melancolia é reincidente em Palavra Amiga, Vou Sair Daqui - em dueto com o parceiro Wilson das Neves neste tema que expõe os nervos de um casal no momento exato da separação - e Arma da Paixão, parceria com Mário Lago Filho em que a melodia é de Délcio, letrista sensível como atestam seus versos para Dama da Noite, samba em que o artista descreve poeticamente um alvorecer, marco do fim de noite passada em solidão.

Profissão Compositor abre com inédita parceria do autor com Zé Kéti. Em Religião, o samba é reafirmado como sua crença - uma forma de oração que pode ser feita ou ouvida em qualquer lugar, como prega O Samba que Eu Não Fiz, outra bela ode ao gênero que sustenta a obra de bambas como Délcio Carvalho e Ivone Lara, a fiel parceira que comparece na supra-citada Palavra Amiga e em Nova Era, outra pérola típica da compositora, lustrada pelo trombone de Roberto Marques, presença destacada também no arranjo de Que Saudade É Essa?, parceria de Délcio com Ivor Lancellotti (eles são autores de obras-primas que merecia mais projeção, caso de Clarão, samba gravado por Alcione em 1988 no disco Ouro e Cobre).

Em clima mais animado, Sá Mariquinha tem leve tom afro que remete aos sambas gravados por Clara Nunes nos anos 70 e que se repete no samba-enredo Brasil nas Veias, parceria de Délcio com Paulo César Feital que fecha o disco. Já Marés veleja na praia do samba-canção, enquanto Reesperança tem na sua introdução discreto suingue de samba-jazz (não fosse o baixista Luizão Maia o co-autor do tema...) que deságua na levada do samba mais tradicional. Enfim, um discaço. Délcio Carvalho nasceu mesmo para sua profissão...

Scandurra descomplica o pop eletrônico

Resenha de CD
Título:
Amor Incondicional
Artista:
Edgard Scandurra a.k.a. Benzina
Gravadora:
ST2
Cotação:
* * *

Já na música que abre e intitula este terceiro disco solo do guitarrista do grupo paulista Ira!, Amor Incondicional, é possível perceber, pela pegada pop, que Edgard Scandurra decidiu descomplicar um pouco seu trabalho individual, mais voltado para a eletrônica. Estão ainda lá os bate-estacas de inspiração predominantemente tecno (EstranhAranha, Frio), mas o CD é mais palatável e menos cabeça do que o anterior Dream Pop (2003) - efeito talvez da produção dividida com Dudu Marote e de algumas faixas mais acessíveis como Do Chão Não Passa. E o fato é que o guitarrista está assinando o álbum como Edgard Scandurra, pondo o codinome Benzina em segundo plano.

Amigos Invisíveis (1989) ainda é o melhor título da discografia solo do músico. Mas há alguma beleza neste Amor Incondicional. Seja o lirismo de Copan, tema instrumental de textura quase erudita. Seja a voz da filha do artista, Estela, a natural convidada de outro tema sem letra, Tetela. Seja o trabalho gráfico do encarte.

Cantor deficiente, Scandurra arrisca um tributo a São Paulo (S.A.O Til P.A.U.L.O.), verte música de Serge Gainsbourg (La Décadanse, gravada com sua mulher Andrea Merkel em clima mais lento) e toca violão em The Falso, o Fake - balada eletroacústica em que o artista brinca com o fato de ninguém acreditar no orkut que troca scraps com o próprio Scandurra. Amor Incondicional é a verdade de Edgard Scandurra. E a verdade é que ele continua sendo um dos grandes guitarristas do Brasil, no Ira! ou em trabalho solo.

Fafá adia gravação de DVD para outubro

Já contratada pela EMI, Fafá adiou para outubro a gravação de seu primeiro DVD - programada inicialmente para o próximo fim de semana. Possivelmente, o registro ao vivo será feito em 5 e 6 de outubro no Theatro da Paz, em Belém (PA). O pretexto do adiamento foi a captação de imagens do Círio de Nazaré, a festa religiosa que movimenta a capital paraense em outubro e que, em 2006, poderá ter Fafá cantando a Ave Maria de Vicente Paiva e Jayme Redondo.

O roteiro do show incluirá três músicas inéditas e, claro, todos os hits da carreira da cantora. Já estão confirmados Filho da Bahia, Foi Assim, Pauapixuna, Bilhete, Nuvem de Lágrimas, O Menestrel das Alagoas, Sedução, Sob Medida, Vermelho, Que me Venha esse Homem, Dentro de mim Mora um Anjo e Coração do Agreste. Nos extras, haverá o Hino Nacional Brasileiro e o registro da Ave Maria cantada para os Papas João Paulo II e Bento XVI.
Terça-feira, Setembro 05, 2006

Samba de Camelo abre disco de Virgínia

Samba a Dois, de autoria de Marcelo Camelo, é a faixa de abertura do terceiro CD da cantora Virgínia Rosa (foto), nas lojas no fim de setembro. Além de apresentar a jovem compositora Luisa Maita, de quem Virgínia interpreta Amado Samba e Madrugada, a artista regrava músicas de Cartola (As Rosas Não Falam), do grupo português Madredeus (Ao Crepúsculo) e de Baden Powell (Voltei, parceria com Paulo César Pinheiro).

DVD registra Deep Purple em Montreux

Dentro da série Live at Montreux, a gravadora ST2 está lançando no mercado nacional o DVD que registra a apresentação de 1996 do Deep Purple no festival suíço. O roteiro de 11 músicas - incluindo Smoke on the Water, tema inspirado na relação do grupo britânico com Monteux - é acrescido, nos extras, de cinco números extraídos do show feito pela banda em 2000 no mesmo festival de Montreux. Entre eles, Lazy e Highway Star.

'MTV ao Vivo' do Ira! volta em dualdisc

Única gravadora brasileira que investe em dualdisc, a Deckdisc lança neste mês de setembro o MTV ao Vivo do Ira! no formato que une CD e DVD num mesmo disco. A capa (à direita) remete à capa da edição original de 2000. Trata-se da primeira parceria do grupo paulista com a MTV. Ainda em setembro, a Deck põe nas lojas o dualdisc do Acústico MTV do Ultraje a Rigor.

Batidas erotizadas no solo de Beyoncé

Beyoncé Knowles apresenta esta semana seu segundo disco solo. B'Day (capa acima) celebra no título e na data de lançamento o 25º aniversário da cantora, nascida em 4 de setembro. O rapper Jay-Z colabora em duas faixas: Déjà Vu (o primeiro single que, fiel ao nome, segue o estilo de Crazy in Love, o megahit do primeiro álbum solo da artista) e Upgrade U. A faixa Kitty Kat tem a assinatura da dupla The Neptunes. No geral, B'Day embute altas doses de erotismo (em temas como Suga Mama) em batidas dançantes (Ring the Alarm). Um dos prováveis futuros singles é Irreplaceable, de beats menos acelerados.

Em cena, o rapper DMX no SmokeOut

O show é pequeno e dura cerca de 35 minutos, mas a energia é grande. Para fãs de hip hop, uma dica é o DVD SmokeOut Presents DMX (capa à esquerda), lançado em 2005 nos Estados Unidos e recém-editado no mercado brasileiro via ST2. DMX é o rapper que coleciona hits como We Right Here e Party Up (Up in Here). SmokeOut é o festival onde foi gravado o show do artista, em 15 de novembro de 2003, na Califórnia (EUA). O roteiro de apenas oito músicas inclui um número a capella, intitulado The Rain. Nos extras, há entrevista e galeria de fotos.
Segunda-feira, Setembro 04, 2006

Coletânea reúne hits das novelas dos 70

Enquanto não tem a boa idéia de relançar em CD as trilhas internacionais das novelas dos anos 70 e 80, a Som Livre oferece um aperitivo aos fãs do gênero na coletânea Pop 70's - O Melhor das Novelas da Globo (capa à direita). A seleção inclui hits de tramas como O Semideus (Funky Stuff, com Kool & The Gang), Duas Vidas (Lost Without Your Love, com Bread), O Grito (Breezy, com Jackson Five), Sem Lenço Sem Documento (Don't Stop, com o grupo Fleetwood Mac) e O Pulo do Gato (Count on me, com Jefferson Starship).

Apesar do título remeter aos anos 70, o repertório abrange também sucessos de novelas estreadas em 1980, como Coração Alado (All out of Love) e Plumas e Paetês (Special Lady).

Cabal grava de novo com rapper dos EUA

Aos poucos, o rapper paulista Cabal (à esquerda) vai se enturmando com seus colegas da cena norte-americana. Depois de gravar participação no CD de Chamillionaire, Cabal registrou sua intervenção - ao lado de Bomba, do coletivo SP Funk - em Drop Something, faixa do novo CD de Coolio, The Return of the Gangsta. Dos Estados Unidos, Coolio mandou as bases da música para o artista brasileiro poder pôr voz no tema.

Trama encaixota 5 DVDs da série 'Ensaio'

Enquanto apronta mais dois DVDs da série Ensaio (os das duplas Caju & Castanha e Roberto Menescal & Wanda Sá, ambos com lançamento previsto para setembro), a gravadora Trama encaixota os cinco primeiros títulos da coleção em box (foto à direita) programado para chegar ao mercado em 21 de setembro, com o preço sugerido de R$ 169,90. A caixa vai reunir os vídeos de Elis Regina, Gal Costa, Tim Maia, Tom Zé e Baden Powell.

Maná vem ao Brasil em outubro divulgar CD que peca pela repetição de seu rock

Resenha de CD
Título:
Amar Es Combatir
Artista:
Maná
Gravadora:
Warner Music
Cotação:
* *

Sucesso no Brasil em 2003 com a música Vivir sin Aire, propagada na trilha da novela Mulheres Apaixonadas, o Maná tem lançado simultaneamente no mercado nacional e em mais 40 países seu nono álbum de estúdio, Amar Es Combatir, o primeiro de material totalmente inédito em quatro anos. O grupo mexicano - que virá ao Brasil entre 22 e 24 de outubro para turnê promocional - preserva sua firme pegada roqueira, mas exagera na dose de açúcar ao apresentar CD quase monotemático sobre o amor e suas perdas. Power baladas como Manda una Señal, Labios Compartidos (o primeiro single) e Ojalá Pudiera Borrarte acabam soando meio repetitivas. Claro que a sonoridade do álbum varia levemente de uma faixa para outra. Dime Luma tem arranjo estruturado na gaita e em batida próxima do reggae. Bendita Tu Luz traz o convidado Juan Luis Guerra. Mas, no todo, o Maná está mais amoroso do que combativo e parece fazer o pop rock de uma nota só neste disco indicado somente para fiéis fãs do estilo da banda.

Jarreau e Benson unem vozes e forças

Os cantores americanos Al Jarreau (à direita) e George Benson se reuniram para fazer um disco. Givin' It Up chegará às lojas em outubro com convidados como Paul McCartney, Herbie Hancock, Patti Austin e o percussionista brasileiro Paulinho da Costa. O repertório do álbum agrupa hits de ambos - como Morning (gravada por Jarreau) e Breezin' (faixa-título de um álbum de Benson) - e standards como God Bless the Child (do repertório de Billie Holiday), Bring It on Home to me (Sam Cooke) e Summer Breeze (Darrel Crofts e Jimmy Seals).
Domingo, Setembro 03, 2006

Livro com letras de Calcanhotto no Brasil

Editado em 2003 em Portugal, pela editora Quasi, o livro Algumas Letras - que reúne os versos de 45 músicas de Adriana Calcanhotto, além de 13 ensaios sobre a obra da compositora - já pode ser encontrado no Brasil, em edição importada, na rede de lojas da Livraria da Travessa. É item de colecionador para os fãs da cantora, que deverá lançar CD de inéditas somente em 2007 - o primeiro como Adriana Calcanhotto desde Cantada, editado em 2002.

DVD de Maga fica sem Jorge e Arnaldo

Para baratear os custos da gravação e agilizar o lançamento do segundo DVD de Margareth Menezes, a EMI optou por cancelar as participações de Arnaldo Antunes e Seu Jorge que seriam filmadas em estúdio. Com Arnaldo, a cantora interpretaria Gente, inédita parceria do tribalista com Marisa Monte e Pepeu Gomes. Com o cancelamento das duas gravações, o lançamento ficou previsto para o início de outubro.

Selo DRG edita discos de Tom nos EUA


O selo DRG - o mesmo que vai lançar em 19 de setembro o disco americano de Gal Costa, Live at the Blue Note - firmou parceria com o selo Jobim Biscoito Fino. Por conta do acordo, dois discos de Tom Jobim, Inédito (1995) e Em Minas ao Vivo - Piano & Voz (2004), estão sendo editados nos Estados Unidos com os respectivos títulos de Antonio Carlos Jobim The Unknown (acima, a capa da edição estrangeira) e Live at Minas.

Inédito foi gravado em 1987, lançado em 1995 em tiragem limitada e, recentemente, reeditado pela Biscoito Fino. Em Minas ao Vivo - Piano & Voz traz o registro de show feito pelo compositor no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), em 15 de março de 1981.

RoRo vai gravar DVD no Circo Voador

A gravação do primeiro DVD de Ângela RoRo (acima, em foto de Silvana Cardoso) já tem data e local escolhidos pela Indie Records. O vídeo será registrado no Circo Voador (RJ), em show agendado para 20 de setembro, dias depois do lançamento de Compasso, o primeiro CD de inéditas da cantora em seis anos.

Ventos fazem Jota Quest adiar gravação

Prevista para ter sido feita ontem no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre (RS), a gravação do novo projeto ao vivo do Jota Quest - que vai registrar a turnê Até Onde Vai e chegará às lojas em outubro nos formatos de DVD e CD - foi adiada para este domingo, 3 de agosto, às 17h, em função dos fortes ventos ocorridos na noite de sábado na capital do Rio Grande do Sul. O pretexto desta terceira gravação ao vivo da banda mineira é comemorar seus dez anos de sucesso no mercado fonográfico.
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