Humberto Barros ferve em caldeirão pop
Resenha de CD
Título: O Mundo Está Fervendo
Artista: Humberto Barros
Gravadora: Nikita Music
Cotação: * * *
Se estivéssemos nos anos 80, época em que o mercado fonográfico foi mais receptivo ao pop nacional, este segundo disco do carioca Humberto Barros talvez fizesse sucesso comercial. Barros é tecladista do Kid Abelha há mais de dez anos e certamente absorveu muito da fórmula radiofônica do grupo de Paula Toller. Porque o bom repertório do CD parece um misto de Kid com Ritchie - com quem Barros, aliás, também já tocou em disco. Se Eu Moro Perto de Você soa como puro Kid, Já Fugi evoca os tempos áureos de Ritchie. São belas referências que em nada desmerecem a grife autoral do compositor, que, como cantor, dá conta do recado em tons baixos sem procurar alçar vôos inapropriados para suas possibilidades vocais.
Em O Mundo Está Fervendo, Barros persegue bem de perto o pop perfeito em temas como Estou Bem, Você Não Queria Mais me Matar (de leve tom roqueiro) e A Noite É uma Criança, que, não por acaso, tem Leoni na co-autoria. E a única regravação do disco - Quem te Viu, Quem te Vê, o samba de Chico Buarque - preserva a beleza da melodia em inusitado registro instrumental salpicado de ruídos eletrônicos. A propósito, a inclusão de temas instrumentais entre as canções é a marca da originalidade do CD. Aqui Jazz é minijam. Já Cinelândia (Gagiékno) tem suingue eletroprogressivo. O mundo ferve num caldeirão de informações e referências - e Humberto Barros se utiliza delas com inteligência para fazer um pop perto da perfeição.
Título: O Mundo Está Fervendo
Artista: Humberto Barros
Gravadora: Nikita Music
Cotação: * * *
Se estivéssemos nos anos 80, época em que o mercado fonográfico foi mais receptivo ao pop nacional, este segundo disco do carioca Humberto Barros talvez fizesse sucesso comercial. Barros é tecladista do Kid Abelha há mais de dez anos e certamente absorveu muito da fórmula radiofônica do grupo de Paula Toller. Porque o bom repertório do CD parece um misto de Kid com Ritchie - com quem Barros, aliás, também já tocou em disco. Se Eu Moro Perto de Você soa como puro Kid, Já Fugi evoca os tempos áureos de Ritchie. São belas referências que em nada desmerecem a grife autoral do compositor, que, como cantor, dá conta do recado em tons baixos sem procurar alçar vôos inapropriados para suas possibilidades vocais.
Em O Mundo Está Fervendo, Barros persegue bem de perto o pop perfeito em temas como Estou Bem, Você Não Queria Mais me Matar (de leve tom roqueiro) e A Noite É uma Criança, que, não por acaso, tem Leoni na co-autoria. E a única regravação do disco - Quem te Viu, Quem te Vê, o samba de Chico Buarque - preserva a beleza da melodia em inusitado registro instrumental salpicado de ruídos eletrônicos. A propósito, a inclusão de temas instrumentais entre as canções é a marca da originalidade do CD. Aqui Jazz é minijam. Já Cinelândia (Gagiékno) tem suingue eletroprogressivo. O mundo ferve num caldeirão de informações e referências - e Humberto Barros se utiliza delas com inteligência para fazer um pop perto da perfeição.
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