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S�bado, Fevereiro 25, 2006

Velha Guarda da Portela rende filme

A trajet�ria da Velha Guarda da Portela vai render um filme. O document�rio j� est� sendo rodado no Rio de Janeiro e tem Marisa Monte envolvida na produ��o. Marisa - vale lembrar - produziu por seu selo Phonomotor o �ltimo disco do grupo (Tudo Azul) e incluiu m�sicas de bambas portelenses (como Casemiro Vieira e o saudoso Argemiro Patroc�nio) em seu pr�ximo disco, Universo ao meu Redor - Samba. Na foto, a cantora posa com a Velha Guarda da escola de Madureira (RJ).

Colet�nea de Grace Jones volta �s lojas

�cone gay projetado na era da disco music, a cantora Grace Jones tem sua colet�nea Island Life (capa � direita) reposta em cat�logo no mercado nacional dentro de estupendo pacote de reedi��es rec�m-lan�ado pela Universal Music. A compila��o foi produzida em 1985 e saiu em CD em 1991. O repert�rio � formado por dez fonogramas extra�dos dos �lbuns Portfolio (editado em 1977 com os sucessos I Need a Man e La Vie en Rose), Fame (disco de 1978 que rendeu o hit Do or Die), Warm Leatherette (1980), Nightclubbing (1981), Living my Life (1982) e Slave to the Rhythm (1985).

Tim�teo apela para sucessos sertanejos

Cantor popular, que viveu o auge de sua carreira nos anos 60 e 70, antes de ingressar na pol�tica, Agnaldo Tim�teo (foto) tenta uma volta �s paradas com o lan�amento -previsto para mar�o - de disco com regrava��es de sucessos sertanejos. Tim�teo canta hits de Roberta Miranda (De Igual pra Igual) e Chit�ozinho & Xoror� (Fio de Cabelo e Estou Apaixonado), entre outros nomes. O repert�rio inclui uma m�sica in�dita, Saudade de Joelho, composta por Moacyr Franco.

Pato Fu re�ne clipes em seu terceiro DVD

O Pato Fu (foto) est� remixando as faixas de seu �ltimo CD, o estupendo Toda Cura para Todo Mal (2005), para viabilizar o lan�amento do terceiro DVD do grupo. A id�ia � reunir no v�deo os clipes de todas as m�sicas do disco - alguns j� exibidos desde o ano passado no site oficial da banda (www.patofu.com.br). A videografia da banda j� inclui os DVDs MTV ao Vivo (2002) e Clipes (2004).

Jack Johnson pega a onda das trilhas

Resenha de CD
T�tulo: Sing-a-Longs and Lullabies for the Film Curious George
Artista: Jack Johnson and Friends
Gravadora: Universal
Cota��o: * * *

Embora este trabalho possa ser considerado o quarto disco do artista-surfista, pelo expressivo n�mero de can��es novas (nove, entre 13 faixas), trata-se, a rigor, da trilha sonora composta por Jack Johnson para o desenho Curious George - filme dirigido por Jun Falkenstein que conta as aventuras de um macaquinho chamado George com seu dono, o Homem do Chap�u Amarelo. A trilha recebeu ades�es de Ben Harper e de outros amigos do astro das ondas - da� o CD ser assinado por Jack Johnson and Friends. A safra de novas can��es � boa, destacando Upside Down e Broken, mas j� deixa entrever o tom repetitivo que a m�sica do compositor vem adquirindo por conta de sucessivos trabalhos editados em curto espa�o de tempo. Por ora, o som de Jack Johnson continua na onda...
Sexta-feira, Fevereiro 24, 2006

J�ias da coroa imperial chegam ao CD

Resenha de CD
T�tulo: Um Show de Velha Guarda
Artista: Velha Guarda do Imp�rio Serrano
Gravadora: Biscoito Fino
Cota��o: * * * *

� mesmo um show de velha guarda - como proclama o t�tulo deste primeiro CD da atual forma��o da Velha Guarda do Imp�rio Serrano. Sem a visibilidade que projetou nos �ltimos anos a turma de bambas da Portela (em parte por conta do apoio de Marisa Monte), os veteranos da Serrinha chegaram a gravar um disco quando o grupo se reuniu pela primeira vez, na d�cada de 80. Mas somente agora a Velha Guarda do Imp�rio Serrano, reagrupada desde 2000, parece que vai, enfim, sair da sombra de seus colegas da Portela, da Mangueira, do Salgueiro e da Unidos de Vila Isabel - todos com CDs j� gravados nos �ltimos anos.

Como a Serrinha foi celeiro do seminal jongo, ritmo que desencadearia no samba, a turma do Imp�rio Serrano enfatiza sua raiz no medley que fecha o disco com dois jongos, Tava Doente e Vapor da Para�ba. Mas o show da Velha Guarda � dado basicamente com sambas da antiga, de autoria de compositores que fizeram a hist�ria da escola de Madureira (e, no quesito inspira��o, os bambas nada ficam a dever a seus colegas da vizinha Portela). A reuni�o de j�ias da coroa imperial recupera rel�quias como o melodioso samba Obsess�o, parceria de Os�rio Lima e Mano D�cio da Viola.

Em sua maioria, o CD registra para a posteridade sambas � moda antiga que celebram a escola ou o orgulho de pertencer � tradicional agremia��o do Rio (Imp�rio Tocou Reunir, Sou Imperial, Menino de 47), entre um ou outro partido do alto quilate de Serra dos meus Sonhos (Carlinhos Bem-te-Vi) e de Cuidado Vov� (H�lio dos Santos e Nilton Campolino), faixa em que brilha o trio Meninas da Serrinha.

Com dire��o musical de Paul�o Sete Cordas, que divide os arranjos com Mauro Diniz, o �lbum joga luz sobre compositores hist�ricos que estavam caindo em injusto esquecimento. Casos de Mestre Fuleiro (bem representado por O Que os seus Olhos T�m, N�o me Perguntes - parceria com Dona Ivone Lara - e o citado jongo Vapor da Para�ba), Silas de Oliveira (co-autor de Imp�rio Tocou Reunir), Carlinhos Vov� (compositor de Ego�smo Demais) e Mano D�cio da Viola (parceiro de Os�rio Lima na obra-prima Obsess�o e em O Poeta e a Natureza).

Com exce��o de Alo�sio Machado, autor e int�rprete do mel�dico samba A Humanidade, a Velha Guarda do Imp�rio Serrano preferiu reviver temas de seus ascendentes em vez de registrar repert�rio pr�prio. Al�m de Alo�sio, a veterana turma da Serrinha � formada atualmente por Wilson das Neves (baterista de nomes como Chico Buarque e diretor da ala de compositores), Z� Lu�s, Cizinho (sobrinho de Mano D�cio da Viola), Toninho Fuleiro (filho de Mestre Fuleiro), Ivan Milan�s, Fabr�cio, Capoeira da Cu�ca e S�lvio. Completam o grupo as pastoras Balbina, Lindomar e Nina. No encarte da luxusa edi��o da Biscoito Fino, cada integrante se apresenta na primeira pessoa e relata sua liga��o com a escola. O que aumenta ainda mais o valor documental do disco. A coroa dos bambas � de ouro.

Franz Ferdinand grava disco no Brasil

Aproveitando sua passagem pelo Brasil, para shows em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, o quarteto escoc�s Franz Ferdinand (foto) entrou em est�dios das duas cidades para gravar algumas m�sicas para seu terceiro �lbum, previsto para 2007. � um h�bito do grupo registrar material nos diversos pa�ses em que se apresenta em turn�s. A prop�sito, o show feito no Circo Voador (RJ) em 23 de fevereiro teve imagens captadas para um futuro DVD do quarteto.

O sublime 'Baile Barroco' da diva do ax�

Resenha de DVD
T�tulo: Baile Barroco - Daniela Mercury no Carnaval da Bahia
Artista: Daniela Mercury
Gravadora: EMI
Cota��o: * * * *

Sem nunca apelar para o ax� mais rasteiro, Daniela Mercury tem conseguido escapar do populismo que impera no Carnaval da Bahia. Seu terceiro DVD, o rec�m-lan�ado Baile Barroco, atesta a superioridade art�stica da cantora dentro e fora da folia. Com t�tulo que remete ao CD Bal� Mulato, um dos melhores da artista, o v�deo foi filmado com c�meras de alta defini��o no trio el�trico de Daniela, durante o Carnaval de 2005. A nitidez das imagens valoriza instantes sublimes da int�rprete no comando de seu bloco Crocodilo. Somente a ousadia de cantar �ria das Bachianas Brasileiras n� 5 com um pianista erudito (Ricardo Castro), em cima de um trio el�trico, j� valeria o pioneirismo da filmagem em plena folia. Mas o Baile Barroco de Daniela Mercury se imp�e mesmo sem estes saborosos extras - alguns apenas curiosos, como a participa��o da cantora Fernanda Porto na releitura eletr�nica de Roda-Viva, de Chico Buarque.

Comandar a massa baiana sem lan�ar m�o de refr�es populistas, como faz Ivete Sangalo, � tarefa das mais dif�ceis. Da� a beleza deste v�deo, que abre com a releitura mel�dica e minimalista, quase a capella, de Baianidade Nag� - uma das m�sicas mais bonitas dessas duas d�cadas de ax� music. Entremeada com discurso pacifista, a p�rola vem do repert�rio da fase �urea da Banda Mel, do qual a cantora extraiu tamb�m Prefixo de Ver�o.

Sublime acaba sendo tamb�m - set com temas de Villa-Lobos � parte - ver e ouvir a massa baiana cantar Maimb� Dand�, pular ao som do ritmo acelerado de Trio Metal, reviver Rapunzel (eleita a melhor m�sica da folia de Salvador em 1996, como lembra uma orgulhosa Daniela) e reverenciar o pioneiro Luiz Caldas no dueto com a cantora em Fricote. Sublime tamb�m � ouvir homenagens ao bloco afro Il� Ayi� em For�a do Il� - samba-reggae que come�a cool at� a entrada do baticum t�pico do g�nero - e ver Daniela rodopiar pelo trio ao som de Il� P�rola Negra (O Canto do Negro). Neste n�mero, o mix de imagens de takes captados em dias diferentes (com figurinos que se alternam entre o branco e o vermelho) oferece belo efeito visual.

A comunh�o de ritmos e povos que caracteriza a folia baiana � exemplificada ainda atrav�s do dueto informal de Daniela com Gilberto Gil em Vamos Fugir. A partir do encontro casual de seus trios, os dois cantores unem for�as e vozes neste (sempre) irresist�vel reggae de 1984.

A mixagem em �udio 5.1 e DTS n�o � espetacular como as imagens - provavelmente por conta de o som ter sido captado na rua, com todos os inevit�veis ru�dos de um Carnaval. Mas n�o tira o brilho do Baile Barroco de Daniela Mercury, a diva do ax�, novamente � vontade em seu reino afro-pop-brasileiro.

Coisas do disco solo de Pedro Miranda

Coisa com Coisa � o t�tulo do primeiro disco solo de Pedro Miranda (foto), o cantor do grupo Semente, projetado nas rodas de samba da Lapa (RJ). O CD vai sair em abril, via Deckdisc. Al�m da faixa-t�tulo, da lavra de Z� K�tti, o repert�rio inclui m�sica pouco conhecida de Chico Buarque (Doze Anos, da trilha original da �pera do Malandro) e tema de Heitor dos Prazeres (Nada de Rock Rock). O disco foi produzido por Paul�o Sete Cordas e tem as participa��es de Teresa Cristina e do Cord�o do Boitat�.

Reginaldo Rossi entra na era do DVD

Al�ado � condi��o de artista cult na segunda metade dos anos 90, o cantor pernambucano Reginaldo Rossi - que desde a d�cada de 60 coleciona hits populares como Gar�om, A Raposa e as Uvas e Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme - entra na era do DVD. Gravado em novembro de 2005, o primeiro DVD (capa � direita) do cantor sair� em mar�o, via EMI, com 16 n�meros de show feito pelo artista. O repert�rio deste novo projeto ao vivo de Rossi - que tamb�m ser� editado no formato de CD - inclui Pra Ser s� Minha Mulher, m�sica de Ronnie Von, lan�ada por Roberto Carlos em 1976 e recentemente regravada por Otto.
Quinta-feira, Fevereiro 23, 2006

Chico Neves produz Skank de novo

O produtor Chico Neves voltou a trabalhar com o Skank (foto). Neves assina a produ��o do disco que o quarteto mineiro est� gravando em Belo Horizonte (MG) para lan�amento em meados do ano. Juntamente com Tom Capone, ele j� tinha produzido Maquinarama (2000), mas o �ltimo �lbum de in�ditas da banda, Cosmotron (2003), levou somente a assinatura de Capone, morto em 2004. O novo �lbum - o nono na discografia do Skank, incluindo a colet�nea Radiola (2004) - tem produ��o dividida entre Neves e a pr�pria banda.

Lux�ria � a aposta da Sony no rock

Com o clipe da m�sica �dio j� em rota��o na programa��o da MTV, a banda paulista Lux�ria � a grande aposta da gravadora Sony & BMG no segmento pop rock. Produzido por Maur�cio Cersosimo e mixado por Ron Allaire (que j� cuidou de CDs de Avril Lavigne e Ramones), o primeiro disco do quarteto j� est� pronto e tem lan�amento previsto para mar�o. Al�m de �dio, cujo clipe tem dire��o de Johnny Ara�jo, o �lbum traz m�sicas como Frankenstein do Sub�rbio, Contrariada, Artif�cio M�gico e Suja e S�. A masteriza��o foi feita em Nova York (EUA). A Lux�ria � empresariada pelo mesmo escrit�rio que administra a carreira de Marcelo D2.

Blitz convida para revival dos anos 80

Banda decisiva para a abertura do mercado nacional para o rock brasileiro, a partir de 1982, a Blitz tenta voltar � tona com disco em que apela para participa��es especiais e regrava��es de hits pr�prios e de outros grupos surgidos nos anos 80, como Os Paralamas do Sucesso - de cujo repert�rio Evandro Mesquita revive �culos (1984) - e Tit�s (Son�fera Ilha, tamb�m de 1984).

O CD Blitz Com Vida (capa � direita) re�ne nomes como Toni Garrido (em Mais Uma de Amor - Geme Geme), Chor�o (em Voc� N�o Soube me Amar), George Israel (em Como Uma Luva), Danni Carlos em (Beth Fr�gida), Frejat (em Bete Balan�o, hit do Bar�o Vermelho em 1984), Paulo Ricardo (em A Dois Passos do Para�so), Paulo Miklos (em Egotrip) e Bianca Jhord�o (vocalista da banda Leela, em Weekend). O repert�rio inclui in�ditas como Reggae do Avi�o e Tempos de Cowboy, tema da trilha sonora da novela Bang Bang, que traz Evandro no elenco.

CD 'Tecnomacumba' pode sair em abril

Rita Ribeiro planeja p�r nas lojas j� em abril o CD com o registro de est�dio de seu bem-sucedido show Tecnomacumba. A cantora (na foto, num clique de M�rcio Vasconcelos) vai negociar com selos e/ou gravadoras a distribui��o do disco, gravado no Rio, no est�dio Top Cat. Em cartaz desde 2003, sempre com casas lotadas, o espet�culo teve seu clima reproduzido em est�dio pela artista maranhense.

Na companhia do grupo Cavaleiros do Aruanda, que tem acompanhado a cantora no palco, Rita gravou m�sicas de Jorge Ben Jor (Domingo 23), Caetano Veloso (Ora��o ao Tempo e Ians�), Gilberto Gil (Bal� Abapal�), Dorival Caymmi (Rainha do Mar), Antonio Vieira (Cocada), Ger�nimo (� d'Oxum, parceria com Vev� Calazans, j� gravada por Elba Ramalho e Gal Costa) e da dupla Wilson Moreira e Nei Lopes (Coisa da Antiga, sucesso de Clara Nunes em 1977). O CD foi produzido pela pr�pria cantora, juntamente com Israel Dantas, e conta com programa��es de Ramiro Musotto, Luiz Brasil, Jong e Pedro Mills.

O quarto �lbum de Rita Ribeiro traz ainda no repert�rio pontos de dom�nio p�blico, adaptados pela artista. � o caso de Canto para Oxal�.

Walter Alfaiate exp�e elo entre Lupic�nio e Mauro Duarte em tributo melanc�lico

Resenha de CD
T�tulo: Tributo a Mauro Duarte
Artista: Walter Alfaiate
Gravadora: CPC-UMES
Cota��o: * * *

O compositor Mauro Duarte (1930 - 1989) nasceu em Minas Gerais, mas se criou artisticamente no Rio de Janeiro - sempre ligado ao Carnaval e aos blocos de Botafogo, bairro da Zona Sul carioca. Autor de Canto das Tr�s Ra�as (1976) e Portela na Avenida (1981), entre outros sucessos compostos com Paulo C�sar Pinheiro e popularizados na voz de Clara Nunes (1943 - 1982), Duarte tem a faceta mais melanc�lica de sua obra real�ada no terceiro CD de Walter Alfaiate, Tributo a Mauro Duarte.

Na maioria das 11 m�sicas in�ditas (apenas Falsa Euforia j� havia sido gravada), Alfaiate revela insuspeito elo entre as obras de Duarte e Lupic�nio Rodrigues. Os metais dos arranjos assinados pelos maestros Ruy Quaresma (produtor do disco) e Humberto Ara�jo por vezes d�o ao disco um tom quase esfuziante que contrasta com a intensa melancolia exposta nos versos de m�sicas como Constantemente.

Como Lupic�nio Rodrigues, que destilava amargura e tristeza em suas letras, o mineiro Duarte � do time dos que pregam a vingan�a - sentimento recorrente na obra de seu colega ga�cho. Em Ver Ver, Jo�o, a alegria pelo fracasso da mulher amada � escancarada. Ali�s, tal qual no universo lupiciniano, a mulher na obra de Duarte � quase sempre a culpada pela desgra�a amorosa. � a que partiu, desgra�ando o homem. Na l�rica Bom Jardineiro, por exemplo, s�o reafirmados o orgulho e o triunfo do macho ao fim da paix�o, enquanto que, em Ainda Precisar�s de Mim, o samba mais belo do disco, o autor anseia pelo pranto da mulher que o deixou. A culpa pelo pr�prio fracasso afetivo e social somente � admitida em Derrotado.

O CD perde seu tom melanc�lico em poucas faixas. N�o por acaso, as mais carnavalescas: Vila e Fonte dos Amores. Tributo � escola de samba Unidos de Vila Isabel, a primeira � um samba feito na s�rie em que Duarte e Paulo C�sar Pinheiro homenagearam as principais escolas do Rio. Clara Nunes gravou as primeiras homenagens. Com sua morte, Alcione deu seq��ncia aos tributos, mas o samba que reverencia a Vila de Martinho permanecia in�dito. � quando aparece no disco uma batucada tipicamente carioca. J� Fonte dos Amores � samba-enredo de Duarte, Alfaiate e Wilson Moreira (em bissexta parceria com os autores), feito para a Portela, mas esquecido a partir do momento em que perdeu a disputa para conduzir a Portela na avenida.

H� um pouco de Carnaval no disco, mas, no todo, Tributo a Mauro Duarte � CD mais indicado para foli�es do bloco do eu sozinho.
Quarta-feira, Fevereiro 22, 2006

Djavan gravou 'Cors�rio' com Bosco

Parceria de Jo�o Bosco com Aldir Blanc, lan�ada por Ney Matogrosso em 1975, Cors�rio � a m�sica cantada por Djavan (na foto, num clique de Marcelo Faustini) no primeiro DVD de Bosco, gravado recentemente em S�o Paulo. O lan�amento est� previsto para meados do ano. O dueto entre os cantores e compositores � in�dito.

Ivan Lins inaugura parceria com Drexler

Ivan Lins (na foto, em clique de Rodrigo Castro) acabou adiando o projeto de um disco com parcerias internacionais, inicialmente previsto para ser gravado no ano passado e lan�ado j� em 2006. Seu pr�ximo �lbum de in�ditas, Ivan, ficou centrado em suas colabora��es com colegas brasileiros, mas o autor de Madalena j� est� efetivamente compondo com Jorge Drexler, o autor uruguaio que ganhou proje��o internacional ao receber um Oscar por can��o feita para o filme Di�rios de Motocicleta, de Walter Salles. Ainda sem t�tulo, a primeira parceria de Ivan e Drexler dever� entrar no pr�ximo disco do artista estrangeiro.

Promissor grupo carioca, Moptop grava seu primeiro �lbum oficial j� com clipe

Moptop. Ao longo do ano, voc� provavelmente ainda vai ouvir falar deste grupo, um dos mais promissores da cena pop carioca. Com o clipe de O Rock Acabou j� em rota��o na MTV, o quarteto grava no Rio, no est�dio Lontra Music, seu primeiro �lbum oficial. O oficial � por conta de o Mop Top (na foto, num clique de Hendrik-Jan Monshower) j� ter dois CDs-demos, com as grava��es originais de m�sicas como Paris, Moon Rock, Adeus e a citada O Rock J� Acabou.

A banda � formada por Gabriel Marques (voz e guitarra), Daniel Campos (baixo), Rodrigo Curi (guitarra) e M�rio Mamede (bateria). A voz de Gabriel - que tamb�m � o principal compositor do Moptop - lembra um pouco a do hermano Rodrigo Amarante. J� o rock indie do grupo evoca por vezes o som do Strokes. Mas tudo leva a crer que o Moptop vai maturar e marcar sua identidade em 2006.

Em tempo: Moptop era o nome do corte de cabelo usado por nove entre dez bandas da cena inglesa dos anos 60. Beatles inclusive.

Tecladista do Skank abre Frente na rede para veicular nomes e sons da cena indie

Tecladista do Skank, grupo que vai lan�ar disco de in�ditas em meados do ano, Henrique Portugal (foto) abriu na internet uma frente para divulga��o de m�sicas e artistas independentes. A p�gina de Portugal se chama justamente Frente e engloba tamb�m artistas gr�ficos. A atualiza��o do site ser� feita todas �s ter�as-feiras. Na primeira edi��o, j� � poss�vel conhecer e ouvir o trabalho de nomes como o grupo ga�cho Walverdes - que est� lan�ando o CD Playback - e o cantor paranaense Bruno Morais, �s voltas com a promo��o de seu disco Volume Zero. Para quem quiser conferir, o endere�o �: http://www2.uol.com.br/frente/ e o site j� est� no ar.

Marisa exp�e universo particular em CDs

Os dois discos que Marisa Monte (foto) vai lan�ar em 10 de mar�o j� t�m m�sicas de trabalho e nomes definidos. O CD de sambas se chama Universo ao meu Redor - Samba e vai ser puxado nas r�dios pela faixa Bonde do Dom. O CD pop ganhou o t�tulo Infinito Particular - Songs e teve eleita a faixa Vilarejo como m�sica de trabalho.
Ter�a-feira, Fevereiro 21, 2006

Se os Stones estiveram endiabrados, o U2 fez p�blico comungar com Bono em show messi�nico de esp�rito humanit�rio


Resenha de show
T�tulo: Vertigo Tour
Artista: U2
Local: Est�dio do Morumbi (SP)
Data: 20 de fevereiro
Cota��o: * * * *

Se os endiabrados Stones soltaram os dem�nios na Praia de Copacabana, o U2 fez brilhar o esp�rito sagrado de seu rock no primeiro dos dois shows da passagem da turn� Vertigo pelo Est�dio do Morumbi, em S�o Paulo (SP). A imagem de Jesus Cristo pregado na cruz - no ter�o deixado por Bono Vox ao microfone, ao fim de 40, o tema inspirado no Salmo 40 que foi o �ltimo dos 23 n�meros - simbolizou com perfei��o o clima messi�nico da apresenta��o. O grupo irland�s fez sua ora��o em forma de rock. E o p�blico ouviu as s�plicas feitas por seu Senhor, Bono, em letras humanit�rias. E orou, seja repetindo com devo��o o refr�o de Pride (In the Name of Love), seja iluminando a plat�ia com a luz de seus celulares na emocionante One. "Para vencer a pobreza, todos temos que trabalhar e agir como um s�", pregou Bono (na foto acima, clicado por Guto Costa).

Foi um espet�culo de luzes, cores e som como poucas vezes visto no Brasil. Desde o primeiro n�mero, City of Blinding Lights, Bono regeu a plat�ia escorado na guitarra cortante de The Edge. "Oi, galera! Agora � a nossa vez!", saudou o cantor antes de apresentar Elevation, numa refer�ncia ao fato de os Stones terem eletrizado Copacabana dois dias antes.

Em sua vez, o U2 fez um show com o tom politizado que caracteriza sua obra desde o lan�amento do disco War, a obra-prima de 1983 que fez o mundo conhecer j�ias como Sunday Bloody Sunday (um dos n�meros em que Bono parecia realmente orar no palco do Morumbi) e New Year's Day (j� reconhec�vel aos primeiros acordes do piano tocado por The Edge). O �xtase da plat�ia diante da vis�o de seu Messias esquentou at� n�meros mais frios como Until the End of the World.

Foi em forma de ora��o que o p�blico cantou sozinho os versos que batizam a balada I Still Haven't Found What I'm Looking for - n�mero a que se seguiu breve momento profano no qual Bono puxou a letra da velha marchinha carnavalesca: "Ai, ai, ai... Est� chegando a hora...". Claro que o p�blico completou os versos animada e espontaneamente. Mas o dia n�o estava raiando e ningu�m tinha que ir embora. Ainda. Havia tempo para Bono exorcizar os dem�nios de sua rela��o com o pai em Sometimes You Can't Make It on your Own, para protagonizar com Edge o instante folk do show (Stuck in a Moment, com Edge se acompanhando ao viol�o e explorando os falsetes de sua voz) e para assumir em Love and Peace or Else a parte da bateria estrategicamente posicionada na passarela que se estendia do palco rumo � plat�ia.

No bloco mais politizado de um show que transpirou pol�tica, Sunday Bloody Sunday precedeu Bullet the Blue Sky (n�mero teatral em que Bono fechou seus olhos com uma bandana para caminhar cego pela passarela) e Miss Saravejo - uma das ora��es mais belas, em cujo fim o tel�o exibiu, em portugu�s, trechos da Declara��o Universal dos Direitos Humanos. Em Pride (In the Name of Love), Bono citaria os pa�ses da Am�rica Latina sem esperar uma vaia para a Argentina - efeito de rixas futebol�sticas.

Os riffs empolgantes de Where the Streets Have no Name seriam o pren�ncio do fim, com One. Mas um bis farto - com Zoo Station, The Fly, Misterious Ways e With or Without You (com direito a f� puxada da plat�ia para o palco) - prolongou a missa. Um segundo bis, com a el�trica All Because of You, preparou a plat�ia para a comunh�o final, em 40. Para o p�blico que lotou o Morumbi ou que viu o show pela televis�o, como o colunista, Bono Vox foi Deus na noite hist�rica de 20 de fevereiro.

Para ver (e ter) o show do U2 em casa

Se voc� n�o conseguiu ingresso para ver um dos dois shows feitos pelo U2 em S�o Paulo, em 20 e 21 de fevereiro, h� um consolo: a Universal Music est� enfim lan�ando no Brasil a edi��o dupla do DVD Vertigo 2005 - Live From Chicago. J� editado no Brasil na vers�o simples, o v�deo registra a turn� que chegou esta semana ao Brasil. O DVD 1 traz a grava��o dos shows realizados pela banda em 9 e 10 de maio, em Chicago (EUA). J� o DVD 2 re�ne document�rio sobre a turn� (Beyond the Tour), cenas de bastidores, o v�deo alternativo de Sometimes You Can't Make It on your Own e libreto com fotos da turn�. A edi��o dupla vem em embalagem digipack.

Caetano Veloso ganha seu 'Perfil'

Ouvido diariamente na abertura da novela Bel�ssima, na grava��o original de Voc� � Linda (1983), Caetano Veloso ganha colet�nea na s�rie Perfil, da Som Livre. Entre hits autorais como Odara e Luz do Sol, a compila��o re�ne m�sicas de autores como Peninha (Sozinho), Fernando Mendes (Voc� N�o me Ensinou a te Esquecer, sucesso recriado pelo compositor para a trilha do filme Lisbela e o Prisioneiro), Lulu Santos (Como uma Onda, com a participa��o do autor), Raul Seixas (Maluco Beleza), Marcos Valle (Samba de Ver�o), Carlinhos Brown (Meia-lua Inteira) e Kurt Cobain (Come as You Are). O disco fecha com grava��o de Atr�s da Verde-e-Rosa S� N�o Vai Quem J� Morreu, o samba-enredo com que a Mangueira homenageou o cantor no Carnaval de 1994.

Trilha de 'Cidade dos Homens' em CD

M�sica gravada em dueto pelos atores Darlan Cunha e Thiago Martins, Morro e Asfalto � uma das faixas do CD que traz a trilha sonora do seriado Cidade dos Homens. A sele��o mistura fonogramas de rappers como Xis (Us Mano e as Mina), Sabotage (Dama Tereza) e Marcelo D2 (Qual �?) com grava��es de sambistas como Zeca Pagodinho (Quando Eu Contar - Iai�), Bezerra da Silva (A Fuma�a j� Subiu pra Cuca) e Jovelina P�rola Negra (Sonho Juvenil). A funkeira Tati Quebra-Barraco integra a trilha com seu hit Sou Feia, mas T� na Moda.

Afrodis�aco regrava hit de Pepeu Gomes

Al�m de Mama �frica, sucesso de Chico C�sar, o grupo baiano Afrodis�aco regrava um hit de Pepeu Gomes (Eu Tamb�m Quero Beijar) em seu primeiro disco. O repert�rio inclui Topo do Mundo (m�sica de Jauperi, um dos l�deres do grupo, mais conhecida na grava��o recente de Daniela Mercury) e vers�o ao vivo de Caf� com P�o. Ribeira, Canto Nag�, Quilombo Am�rica e Teto de Flores s�o outras faixas do CD - nas lojas esta semana. M�sicas como J� � s�o sucesso na Bahia desde o ano passado.
Segunda-feira, Fevereiro 20, 2006

Marisa grava autor de 'O Pato' e projeta Casemiro Vieira em seu disco de sambas

Mais informa��es sobre os dois discos de in�ditas que Marisa Monte (foto) vai lan�ar em 10 de mar�o: no CD de sambas, a cantora incluiu m�sicas de compositores da antiga como Jayme Silva - parceiro de Neusa Teixeira na autoria de O Pato, um dos sucessos de Jo�o Gilberto - e Casemiro Vieira, o Casemiro da Cu�ca, o mais antigo componente da forma��o atual da Velha Guarda da Portela. Dona Ivone Lara tamb�m est� presente no disco.

Para mais detalhes sobre os dois discos da cantora, leia a nota "Verdades e mentiras sobre t�tulos, faixas e conceitos dos trabalhos de Marisa", postada na sexta-feira, 17 de dezembro.

Vem a� o terceiro disco do grupo RBD...

Extremamente popular nos pa�ses latinos, inclusive no Brasil (por conta de sua exposi��o na novela Rebelde, exibida pelo SBT), o grupo mexicano RBD ter� lan�ado em breve no mercado nacional seu terceiro disco, Nuestro Amor (capa � esquerda). O �lbum chegar� �s lojas via EMI, no embalo das 500 mil c�pias vendidas no Brasil de dois CDs e um DVD da banda juvenil. Em menos de dois anos, o grupo j� produziu dois �lbuns de est�dio e um projeto ao vivo, intitulado Tour Generaci�n RBD en Vivo e editado em CD e DVD.

Reedi��o de disco de 1990 exp�e abismo entre a ef�mera Z�lia Cristina e a Duncan

Resenha de CD
T�tulo: Outra Luz
Artista: Z�lia Cristina
Gravadora: Eldorado
Cota��o: * *

Como Adriana Calcanhotto, Z�lia Duncan conseguiu gravar e lan�ar seu primeiro disco em 1990. Como sua colega ga�cha, a cantora de Niter�i (RJ) - criada artisticamente em Bras�lia (DF) - n�o conseguiu impor seu trabalho autoral e sua est�tica sonora neste primeiro trabalho. Adriana e Z�lia precisaram esperar pelo segundo disco para mostrar a que tinham vindo. No caso de Z�lia, foram necess�rios quatro anos para a matura��o de sua obra de compositora. E este Outra Luz - ora oportunamente relan�ado pela Distribuidora Independente, da Trama, com a capa original que fora trocada na primeira reedi��o em CD, em 1996 - exp�e o abismo que cresceu entre Z�lia Cristina (o nome art�stico usado pela cantora em sua estr�ia) e a Duncan, que emergiria a partir do segundo disco (editado em 1994 com m�sicas como Sentidos, N�o V� Ainda e O meu Lugar).

Outra Luz teve equivocada produ��o de Guti Carvalho, Paulo Henrique e Iuri Cunha. O trio forjou sonoridade de pop rock cheia de clich�s e teclados. Mas o curioso � notar que j� havia ali as sementes que brotariam de forma mais harmoniosa na obra posterior de Z�lia, a Duncan. Se a faixa-t�tulo � parceria da compositora com seu fiel escudeiro Christiaan Oyens, Pirataria � m�sica de uma roqueira, Rita Lee, que teria presen�a t�o forte na discografia de Z�lia que viraria sua eventual parceira.

Ritmo recorrente na obra de Z�lia, o reggae Ast�cia (Jussi Campelo) � das poucas faixas que se salvam em disco que ganha pique no dueto com Luiz Melodia em Segredos e o perde na funkeada Prove e em vers�o de m�sica de Kenny G (Going Home, intitulada De Onde Vem? na letra de Orlando Morais) que ro�a o brega.

Enfim, o valor da reedi��o produzida por Eduardo Magossi � apenas documental. Outra Luz capta o parto sombrio da discografia de uma cantora que ainda iria se iluminar ao longo da d�cada - a ponto de, mais de 15 anos depois desta estr�ia errante, figurar no posto de uma das compositoras e int�rpretes mais importantes de sua gera��o.

Pink lan�a seu quarto �lbum em abril

I'm Not Dead - o quarto �lbum de Pink - vai ser lan�ado no Brasil em abril, com todas as m�sicas assinadas pela artista. Mas o primeiro single, Stupid Girls, j� est� sendo veiculado este m�s, com clipe moldado para causar impacto. O v�deo toca em temas como a artificialidade da cultura pop, criticando as celebridades e a obsess�o pelo culto ao corpo. Na foto, uma imagem do clipe.

'Concert for Bangladesh' sai em CD duplo remixado com faixa in�dita de Bob Dylan

Lan�ado em DVD no fim de 2005, The Concert of Bangladesh - o registro ao vivo do show beneficente liderado por George Harrison em 1� de agosto de 1971, no Madison Square Garden, em Nova York (EUA) - est� voltando ao cat�logo no mercado nacional, no formato de CD. Al�m de ter sido remixado, o �lbum duplo traz faixa-b�nus in�dita em disco. Trata-se de Love Minus Zero / No Limit, com Bob Dylan, um dos participantes do espet�culo, que reuniu nomes como Eric Clapton, Ringo Starr e Ravi Shankar. A turbinada reedi��o j� foi lan�ada no exterior no ano passado.
Domingo, Fevereiro 19, 2006

Depois de Elis, as p�rolas raras de Zizi

J� est� nas lojas o segundo volume da cole��o P�rolas Raras, iniciada com Elis Regina. O CD dedicado a Zizi Possi (capa � direita) na s�rie da Universal Music traz grava��es feitas pela cantora fora de sua discografia oficial. H� encontros como Chico Buarque (Dueto, tema de trilha sonora do filme Amores Poss�veis), V�tor Ramil (Um e Dois) e Tunai (Ponte dos Suspiros), al�m de vers�o ao vivo de Peda�o de Mim.

Leila recarrega 'Piano na Mangueira'

Vestida de terno branco, como sugerem os versos da parceria de Tom Jobim com Chico Buarque, Leila Pinheiro regravou o samba Piano na Mangueira para o primeiro DVD da Velha Guarda da Mangueira. Na foto, clicada por Fl�via Souza Lima, um flagrante da grava��o, feita na quadra da escola verde e rosa, no Rio. A cantora posa com integrantes da Esta��o Primeira. O samba foi lan�ado em disco em 1993. Na grava��o, Leila se acompanhou ao piano - estrategicamente posicionado sobre o escudo da agremia��o.

Mudan�as na Distribuidora Independente

Label da extinta distribuidora Eldorado, na qual chegou a administrar mais de 50 selos e licenciamentos, James Lima assumiu a coordena��o da Distribuidora Independente - um dos bra�os da gravadora Trama, que enxugou seus quadros no fim de 2005 e entrou em 2006 com organograma reformulado. A fun��o de James ser� procurar artistas que est�o com trabalhos prontos, mas sem distribui��o, assim como discos que precisem de pequenos ajustes em est�dio. A id�ia � tamb�m firmar parcerias com selos que tenham cat�logos de qualidade em v�rios g�neros, inclusive os mais populares. A Distribuidora Independente quer diversificar o perfil dos CDs que vai p�r nas lojas, passando a trabalhar com artistas de todos os segmentos.

Mick Jagger veste a camisa do Brasil

Eis um flagrante de Mick Jagger, no show dos Rolling Stones, vestido com a camisa estampada com a Bandeira Nacional e com a frase 'Brasil - Rio de Janeiro'. Comunicativo com o p�blico que superlotou a Praia de Copacabana, o cantor dos Stones vestiu mesmo a camisa brasileira... A fota � da Ag�ncia EFE.

Foi quase s� rock'n'roll, mas eu gostei...


Resenha de show
T�tulo: A Bigger Bang World Tour
Artista: Rolling Stones
Local: Praia de Copacabana (RJ)
Cota��o: * * * *

Foi (quase) somente rock'n'roll, com eventuais blues e uma ou outra balada, mas eu gostei. Na noite de s�bado, 18 de fevereiro, os Rolling Stones mostraram em show hist�rico na Praia de Copacabana, para p�blico estimado em um milh�o de pessoas, que o rock ainda sobrevive muito bem sem rap, sem bases programadas por DJs, sem toques de world music, enfim, sem qualquer aditivo que n�o fa�a parte de sua �rvore geneal�gica. Quando a guitarra de Keith Richards reproduziu o riff incendi�rio de I Can't Get no (Satisfaction) (1965), com Mick Jagger vestido com camisa estampada com a Bandeira Nacional na qual se lia 'Brasil - Rio de Janeiro', a Bigger Bang World Tour come�ou a se despedir do Rio ap�s show antol�gico e coeso em seus 20 n�meros (apesar dos pequenos intervalos entre um e outro...). Um espet�culo grandioso que dever� render um belo DVD!

Jagger e Cia. j� entraram no palco dizendo a que veio. O primeiro bloco do show, enxuto e roqueiro, foi dinamite pura com seq��ncia aberta por Jumpin' Jack Flash (1969) e seguida por It's Only Rock'n'Roll (But I Like It) (1974), You Got me Rocking (1994, m�sica n�o prevista no roteiro) e Tumblin' Dice (1972). Com as guitarras de Richard e Ron Woods em primeiro plano, Jagger correu el�trico pelo palco e saudou o p�blico, em portugu�s at� desenvolto, com frases como "Tudo bem?" e "Boa noite, galera". Por esse certeiro bloco inicial, pareceu que o tempo n�o passara para os Stones.

Mas o tempo n�o espera por ningu�m, como j� sentenciou o pr�prio Jagger, e o rock Oh no, Not You Again (2005) - do �ltimo e bom disco do grupo, A Bigger Bang - at� cresceu ao vivo, mas n�o resistiu � compara��o com os petardos antigos. E foram eles que garantiram o pique do show, entre balada de 1971 (Wild Horses, definida por Jagger como "uma triste can��o de amor") e n�meros que ratificaram a raiz blues da obra stoniana - casos de Rain Fall Down (grande tema de 2005 em que brilhou o baixista Darryl Jones) e Midnight Rambler (1969), blues cheio de improvisos e climas, em que Jagger rebolou alucinado pela extens�o do palco armada em forma de passarela.

Se houve surpresa no roteiro, foi a inclus�o de (Night Time Is) The Right Time, blues gravado por Ray Charles em 1958, revivido com direito a imagem do Genius no tel�o. Se houve momento em que o show perdeu um pouco o pique, foi quando Keith Richards assumiu o microfone, pegou o viol�o e cantou, tal qual um trovador folk dos anos 60, a can��o This Place Is Empty (uma das mais fracas da safra 2005). Richards ainda emendou Happy (n�mero recorrente em sua voz desde os anos 70) antes de Jagger reassumir o microfone com Miss You (1978), o flerte dos Stones com a disco music (mas sem evocar qualquer clima retr� ou dance...).

Com Jagger no palco m�vel que o aproximou da multid�o, o show retomou o pique roqueiro com Rough Justice (t�pico rock stoniano de 2005), Get Off of my Cloud (1965), Honky Tonk Women (1969), Sympathy for the Devil (1968), Star me Up (1981) e Brown Sugar (1971). Outra seq��ncia infal�vel e arrebatadora! Em seguida, You Can't Get Always What You Want (1969) poderia at� ter sido um anticl�max se a plat�ia, atendendo aos apelos de Jagger, n�o tivesse ficado repetindo o t�tulo da m�sica em coro.

Ao som de seu hino Satisfaction, cantado a plenos pulm�es pela multid�o, os Stones deixaram o palco com a miss�o cumprida de entreter uma plat�ia que, em boa parte, nem era nascida quando eles deram seus primeiros passos, em 1962. Foi um grande show! Foi quase somente rock'n'roll, mas, por isso mesmo, eu gostei - repito. E, pela energia do quarteto, especialmente a de Jagger, ficou a sensa��o de que, contrariando excepcionalmente a m�xima do astro ingl�s, o tempo at� tem esperado por esses ador�veis roqueiros sessent�es...
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