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Sábado, Setembro 24, 2005

Björk segue trilha do experimentalismo ao criar música de filme, mas soa chata


Resenha de disco
Título: Drawing Restraint 9
Artista: Björk
Gravadora: Universal
Cotação: *

Björk ultimamente tem seguido trilha cada vez mais experimental. Basta ouvir seu último disco, Medulla, calcado em harmonizações vocais. Mas nada justifica o enfado deste CD. Não se trata de um novo álbum da artista islandesa, mas da trilha sonora criada por ela para Drawing Restraint 9, filme de Matthew Barney - não por acaso, seu marido. Pode ser que na tela funcione, mas o que se ouve no CD-player é um mosaico chato de programações eletrônicas, harpas, ruídos e sussurros. Até porque Björk canta poucas faixas (Pearl, Storm) nesta trilha de acento oriental que lança mão também de instrumentos antigos da música do Japão. Como compositora, ela procurou fugir do formato da canção tradicional. Toda experiência é válida, mas que o disco é enfadonho, lá isso é...

'Hoje É Dia de Maria' em CD

No embalo da estréia da segunda temporada de Hoje É Dia de Maria, a Som Livre lança em outubro o CD com a trilha da microssérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Em sua maioria, os 44 temas do disco são assinados por Carvalho em parceria com Tim Rescala e Luís Alberto de Abreu. A narrativa da história é contada e cantada por Rosa Marya Colin e pelos atores da série, que traz no elenco Fernanda Montenegro, Rodrigo Santoro, Stênio Garcia e Osmar Prado, entre outros. Na foto (do arquivo da Rede Globo), Santoro e Letícia Sabatella em cena da primeira temporada da série.

EMI investe na velha bossa

Sob o pretexto de reviver o polêmico concerto de 1962 no Carnegie Hall, em Nova York (EUA), um grupo de artistas ligados à velha bossa - Carlos Lyra, Os Cariocas, João Donato, Leny Andrade, Marcos Valle, Johnny Alf (foto), Pery Ribeiro, Wanda Sá, Roberto Menescal e Durval Ferreira - se reuniu em 12 de junho em show gratuito na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, para cantar os clássicos do movimento de 1958. O evento foi gravado e ganha registro via EMI nos formatos de DVD e CD ao vivo sob o título Bossa Nova in Concert. No repertório, Ela É Carioca, Rapaz de Bem, Lobo Bobo, Samba de Verão e Garota de Ipanema, entre outros hits na linha 'sal, céu, sol, Sul'.

Alcione revive Jorge Veiga com Edith


Alcione reviveu um sucesso do cantor Jorge Veiga - Café Soçaite, de autoria de Miguel Gustavo - em dueto com Edith Veiga. Na foto, um flagrante da gravação - feita em São Paulo para o disco de Edith, cantora de boleros em evidência nos anos 60. A idéia inicial era regravar Duas Mulheres e um Homem, sucesso de Isaurinha Garcia, mas, na última hora, as duas cantoras optaram pelo hit de Veiga.

A volta do 365

O revival do pop dos anos 80 tem motivado até a ressurreição de grupos da cena alternativa da década. Após 16 anos sem registrar material inédito, o grupo paulista 365 (foto) volta à cena com a formação original e apresenta 12 músicas inéditas no CD Do Outro Lado do Rio, cujo lançamento está previsto para esta segunda-feira, 26 de setembro. A faixa de trabalho é Manhã de Domingo.

Surgido em 1985, o 365 alcançou relativo sucesso na cena indie com a música São Paulo, editada em 1986 num single. Por conta do êxito desta música, a banda chegou a lançar dois LPs pela extinta Continental, 365 (1987) e Cenas de um Novo País (1989). Mas sua discografia não teve continuidade e o grupo voltaria somente a gravar em 1995, defendendo as músicas Pamela e Violência e Sobrevivência na coletânea inglesa Oi It's a World Invasion.

O último trabalho do 365 - formado por Finho (voz), Miro de Melo (bateria), Ari Baltazar (guitarra) e Minguau (baixo) - tinha sido a coletânea 1987/2001, que reuniu demos e covers de hits como Trem das Sete, de Raul Seixas.
Sexta-feira, Setembro 23, 2005

'Segundo', o show, não arrebata como o primeiro, mas cresce nos temas densos

Maria Rita deu ontem, no Canecão (RJ), o pontapé inicial na turnê de lançamento do disco Segundo. Com a casa cheia, mas não lotada, a cantora apresentou curto roteiro de 18 músicas, apresentadas em pouco mais de uma hora. Segundo, o show, não arrebata como o primeiro grande show da filha de Elis Regina. É seguramente um bom show, pois Rita (na foto, num clique de Rogério Domingues) encara o palco com leveza e segurança surpreendentes para seus 28 anos. A incorporação à banda do percussionista Da Lua - ausência sentida no disco - deu um molho extra, mas foram poucos os momentos realmente empolgantes e, coincidentemente, eles foram os mais pesados - num indício de que a suavidade vocal do CD nem sempre seduz no palco.

Prova é que os primeiros aplausos realmente calorosos vieram quando a cantora elevou o tom para cantar, em clima dramático, Santa Chuva, a música de Marcelo Camelo que ela lançou no primeiro disco. Outro número sublime foi Sobre Todas as Coisas (Chico Buarque e Edu Lobo) na mesma leitura voz-e-piano do disco. Prova de que grandes cantoras precisam de grandes músicas. Tudo o que a bossinha latina Mal-Intento, do uruguaio Jorge Drexler, não é.

O show transcorre morno na maior parte do tempo, mas é agradável de se ver por conta da categoria vocal da intérprete - à vontade na divisão manemolente dos sambas mais suingados (Recado, Conta Outra) e graciosa ao brincar com os versos do rock Pagu (Rita Lee e Zélia Duncan). O cenário é bonito (com pombas da paz que remetem à eucaristia da religião católica), mas o figurino - um lenço estampado e um vestido vermelho colado ao corpo que realça o fato de Rita estar fora de forma - é imperdoável.

Quase imperdoável é o roteiro, sem surpresas. A única música não gravada nos dois discos, Todo Carnaval Tem seu Fim, já era do show anterior. Mas que bom que ela canta muito Marcelo Camelo, pois são do hermano alguns dos momentos mais bonitos do show (Casa Pré-Fabricada, Despedida). Mas ninguém sai de Segundo boquiaberto como saía do primeiro. E isso é fato.

Chico César canta o popular em tom erudito sem fugir da raiz nordestina


Resenha de disco
Título: De Uns Tempos pra Cá
Artista: Chico César
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * *

Depois de dialogar com a linguagem do cancioneiro brega nacional em single marotamente intitulado Compacto e Simples, Chico César incursiona por terreno mais erudito com sua música de cunho popular. Nas lojas no início de outubro, pela Biscoito Fino, o sexto álbum do compositor, De Uns Tempos pra Cá, foi gravado com o Quinteto da Paraíba - responsável pelos arranjos de textura camerística.

As cordas do Quinteto embalam músicas de diversas épocas e sonoridades. Se o CD soa clássico na modinha Pra Cinema (composta em meados dos anos 80), ele adquire um tom de lamento nordestino em Moer Cana. Primeira parceria do compositor paraibano com seu xará Chico Pinheiro, 1 Valsa para 3 reafirma o refinamento da música do violonista, autor da melodia.

De Uns Tempos pra Cá é disco denso em que Chico César põe em segundo plano o balanço miscigenado de sua música, mas ele - o suingue - também se faz presente em Orangotanga (tema de 2000 que chegou a batizar uma turnê européia do artista). A faixa conta com a percussão de Escurinho, pernambucano radicado na Paraíba, amigo de infância de Chico. A raiz nordestina também brota no rock-xaxado Por Causa de um Ingresso de Festival Matou Roqueira de 15 Anos - que traz a voz de Elba Ramalho e tem seu título "roubado" de manchete do jornal O DIA - e em Outono Aqui, versão de Autumn Leaves. Os sons da introdução desta releitura do standard americano remetem à Banda de Pífanos de Caruaru. Já Por que Você Não Vem Morar Comigo? é canção romântica de tom mais popular, em que o autor volta a dialogar com o brega, ainda que em clima chique.

Três regravações valorizam o disco. Alcaçuz é deliciosa canção pop de César gravada por Vãnia Abreu em 1998. O samba A Nível de... (de João Bosco e Aldir Blanc, lançado por Bosco em 1982) tem tom jocoso que dá leveza a um disco tenso. E, a propósito, as cordas do Quinteto da Paraíba sublinham magistralmente a tensão dos versos de Cálice, o petardo asfixiante arremessado por Chico Buarque e Gilberto Gil contra a ditadura nos anos 70. Incrementada com vozes sacras na introdução, a pungente releitura de Cálice confirma o talento do artista, que chega ao sexto disco com sua obra íntegra, dez anos depois do lançamento do primeiro CD, Aos Vivos. A última década ficou musicalmente mais rica com a presença de Chico César, hábil atravessador da tênue fronteira entre o popular e o erudito.

MPB recria Vinicius em trilha de filme

Em cartaz no Festival do Rio, o documentário Vinicius, de Miguel Faria Jr., terá sua trilha editada em CD pela Biscoito Fino. O disco sairá já em outubro, com 25 faixas, embora o lançamento do filme em circuito nacional esteja previsto somente para novembro. A nata da MPB se reúne para reverenciar o Poetinha. O time de intérpretes inclui Adriana Calcanhotto (Eu Sei que Vou te Amar), Caetano Veloso (Poema dos Olhos da Amada), Chico Buarque (Medo de Amar), Edu Lobo (Canto de Ossanha), Francis Hime (Sem Mais Adeus), Gilberto Gil (Formosa), Mart'nália (Sei Lá... A Vida Tem Sempre Razão), Mônica Salmaso (Insensatez e Canto Triste), Yamandú Costa (Valsa de Eurídice) e Zeca Pagodinho (Pra Que Chorar?), entre outros.

Moraes adere ao rap e reverencia D2

Moraes Moreira homenageia Marcelo D2 em Baião D2, uma das faixas de seu novo disco, De Repente, agendado para outubro pelo selo Rob Digital. O baião conta com a participação de Ivete Sangalo (ex-nora do cantor) e de seu filho Davi Moraes, que toca guitarra na faixa e em Palavra de Poeta, Pra Vida Inteira e Na Glória do Samba.

No CD, o velho baiano procura renovar seu som e adere ao rap e aos timbres eletrônicos. Mas o título, De Repente, já denuncia o culto da tradição do repente - espécie de rap do agreste brasileiro - e dos ritmos nordestinos. Aliás, o cantor mistura rap e frevo em Povo Brasileiro (parceria com Armandinho, que toca sua luxuosa guitarra baiana na faixa) e dá sua visão bem-humorada do caos político nacional no Rap da República.

Outras faixas são Eu Gosto de Ser Baiano (parceria com Fred Góes), Quem Tem Suingue, O dia-a-dia É Cruel e Se Não Ralá, Não Rola. O último disco de Moraes, Meu Nome É Brasil, saiu em 2003, sem muita repercussão.

Dominguinhos toca no disco do Rei

Roberto Carlos convidou Dominguinhos (foto) para tocar acordeom no disco que finaliza em seu estúdio na Urca (RJ). A gravação do sanfoneiro estava prevista para esta semana. No CD, o Rei adotará estilo country em algumas faixas (ele até posou com chapéu de cowboy na maioria das fotos promocionais do álbum). Em princípio, o repertório trará somente duas músicas inéditas, sendo completado por temas já conhecidos, alguns do gênero sertanejo romântico.
Quinta-feira, Setembro 22, 2005

Destiny's Child sai de cena

A coletânea #1's - turbinada com as inéditas Stand Up for Love, Feel the Same Way I Do e Check on It - vai marcar a definitiva dissolução do trio Destiny's Child. O lançamento está previsto para 25 de outubro. Das três faixas inéditas, uma (Check on It) não é defendida pelo trio. Trata-se de um dueto de Beyoncé Knowles com Slim Thug. O fonograma é da trilha do remake do filme Pantera Cor-de-Rosa, co-estrelado por Beyoncé, que deverá lançar seu segundo CD solo em 2006. As outras integrantes do trio também partirão para carreiras individuais. Ou seja, o grupo vai mesmo sair de cena... o que não surpreende ninguém depois do estouro do primeiro álbum solo de Beyoncé. Aliás, o fracote último CD do Destiny's Child já indicava que o fim estava próximo...

Lulu força a barra ao encarnar surfista adolescente em CD roqueiro que peca pela irregularidade da safra de inéditas


Resenha de disco
Título: Letra & Música
Artista: Lulu Santos
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * *

Que ninguém acuse Lulu Santos de regravar Pop Star, o hit juvenil do grupo João Penca e seus Miquinhos Amestrados, para pegar carona no interminável revival da década de 80. A música está no novo álbum de inéditas do cantor, Letra & Música, mas sua inclusão no repertório tem todo jeito de imposição de gravadora - no caso, da Sony & BMG. Projetos com a MTV à parte, Lulu tem lançado regularmente discos de inéditas, sem ficar preso ao seu passado de glória. Seja como for, ele força a barra ao encarnar o surfista desencanado da letra dos Miquinhos, mais apropriada para Felipe Dylon do que para um roqueiro cinqüentão de longa folha de serviços prestados ao pop nacional.

Felizmente, Letra & Música tem um repertório mais maduro. A atual safra de inéditas do compositor - verdade seja dita - não é tão irretocável quanto às dos discos Programa (2002) e Bugalu (obra-prima injustiçada de 2003). Mas há resquícios da inspiração habitual do artista em faixas como Manhas e Mumunhas e Vale de Lágrimas, ambas calcadas num tom pop romântico que não predomina no álbum. Letra & Música é disco de pegada roqueira, é trabalho de banda (XôKo na bateria e percussão, Negão no baixo e Hiro-San nos teclados e loops, além de Lulu na guitarra). O afiado quarteto manda ver em temas como Gambiarra e Roleta (Irresistível).

O acento roqueiro do início do disco persiste - com pausas eventuais para canções mais melódicas como a faixa-título - e distorce Ele Falava Nisso Todo Dia, pérola da fase tropicalista de Gilberto Gil. A releitura pesada e eletrônica de Lulu atualiza a música de 1968 na mesma medida em que esvazia os versos obsessivos de Gil. É uma visão radical - como explica o próprio Lulu no texto de apresentação do CD - que reafirma a inquietude do compositor. Os tempos de Lulu Santos são sempre modernos - exceto quando ele se vê obrigado a encarnar o surfista adolescente que não tem 'saco para escola' e quer impressionar o pai da namorada...

Menescal e Wanda levam balanço dos seus shows para o CD 'Swingueira'

Além de ter preparado o CD instrumental Balansamba 2005, Roberto Menescal acaba de gravar mais um disco com a cantora Wanda Sá para o mercado japonês - com distribuição já garantida no Brasil pela gravadora Albatroz. Swingueira é o título do novo álbum da dupla.

A idéia foi transportar para o estúdio o balanço que Menescal e Wanda mostram no palco, nos shows ao vivo. "Temos experimentado arranjos mais suingados, o que tem agradado o público que nos curte. Por isso, resolvemos enfatizar neste CD o lado do suingue", explica Menescal, que assina a produção, os arranjos e os violões do disco, gravado entre junho e julho, no Estúdio Barquinho, da Albatroz, com a adesão de trio formado por Adriano Giffoni (baixo), Adriano Souza (teclados) e João Côrtez (bateria).

Wanda compôs com Menescal a inédita Ninguém para fechar o disco. A cantora pôs voz em repertório quase todo assinado por Menescal com parceiros como Chico Buarque (Bye Bye Brasil), Ronaldo Bôscoli (Telefone, Mar Amar, Errinho à Toa, Copacabana de Sempre, A Morte de um Deus de Sal) e Lula Freire (Vai de Vez, Amanhecendo, Adriana). As exceções são A Banca do Distinto (Billy Blanco) e Tem Dó (Baden Powell e Vinicius de Moraes).

Chega enfim ao DVD show de 1994 que reconciliou os Paralamas com o mercado

Gravado em São Paulo em dezembro de 1994, o show Vamo Batê Lata, dos Paralamas do Sucesso, chega ao DVD ainda neste mês de setembro, via EMI. O projeto de lançar o espetáculo em DVD é antigo e já tinha sido noticiado pelo colunista na versão impressa de Estúdio em meados de 2002, mas foi adiado sucessivas vezes para não colidir com outros lançamentos do trio. O vídeo conta com as participações de Djavan e do cantor argentino Fito Paez.

Vamo Batê Lata - também lançado no formato de CD duplo ao vivo em 1995 - é título importante na discografia dos Paralamas do Sucesso porque reconciliou o grupo com o mercado fonográfico, depois de dois discos de pouca aceitação comercial (Os Grãos e Severino).

Coletânea traz três inéditas do Nirvana

O baú do Nirvana (foto) continua sendo revirado pela indústria fonográfica - ainda que a viúva de Kurt Cobain, Courtney Love, nem sempre esteja em harmonia com os remanescentes do grupo. Uma nova coletânea da banda, Sliver: The Best of the Box, teve seu lançamento agendado para 1º de novembro. A compilação reúne faixas extraídas da caixa With the Lights Out, editada no ano passado. Consta que o CD apresentará três gravações inéditas do Nirvana, mas ainda não há informações sobre a natureza destes registros.
Quarta-feira, Setembro 21, 2005

Documentário suíço sobre Bethânia chega ao Brasil em sessões disputadas

Lançado este ano, o documentário suíço Maria Bethânia, Música É Perfume - que traça um paralelo entre a carreira da cantora baiana e as transformações sociais ocorridas no Brasil nos últimos 40 anos - chega ao circuito nacional no Festival do Rio em poucas e disputadas sessões (algumas já esgotadas). Dirigido por Georges Gachot, o filme conta com as participações de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e Nana Caymmi, entre outros nomes. Confira as sessões do documentário (ainda sem previsão de lançamento no Brasil) no site do festival (www.festivaldorio.com.br).

O F.UR.T.O. tem futuro?

Música inicialmente cotada para ser o primeiro single do CD de estréia do novo grupo de Marcelo Yuka, F.UR.T.O. (foto), Flores nas Encostas do Cimento acabou sendo eleita pela gravadora Sony & BMG a segunda música de trabalho do disco SangueAudiência. Apesar da minguada tiragem inicial de sete mil cópias, o álbum vem conquistando adeptos no boca-a-boca e já mereceu nova tiragem. E os recentes shows da banda também já estão gerando comentários mais animados. Indícios de que a Frente Urbana de Trabalhos Organizados pode crescer lentamente no mercado fonográfico, apesar de as melodias do CD estarem aquém das letras politizadas de Yuka, ex-integrante do Rappa.

Clapton atira para todos os lados e erra mais do que acerta no CD 'Back Home'


Resenha de disco
Título: Back Home
Artista: Eric Clapton
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *

Depois de prestar tributo ao lendário e pioneiro bluesman Robert Johnson, no sensível disco Me and Mr. Johnson, Eric Clapton anuncia uma volta para casa no título de seu novo CD, Back Home, o primeiro de material inédito desde Reptile, de 2001. Mas, pelo visto, o guitarrista tem vários endereços, pois está lançando um disco sem cara. Clapton tenta soar pop, atira para todos os lados e erra mais do que acerta. A faixa de abertura, So Tired, já apresenta um sotaque pop indefinido que anuncia a irregularidade do repertório. Entre reggaes (Say What You Will, Revolution), temas funkeados que evocam de longe a era da disco music (I'm Going Left) e baladas (a faixa-título e a bluesy Love Don't Love Nobody), Clapton soa realmente inspirado apenas quando incursiona pelo blues. Há um da pesada, Run Home to me, que já vale o CD - assim como o esfuziante solo de guitarra de Lost and Found. No meio de tanto ecletismo, há ainda um bom cover do repertório de George Harrison, Love Comes to Everyone. Mas é pouco para um gênio como Clapton. É melhor ouvir novamente os discos de Mr. Robert Johnson...

Primeiro de Zélia volta às lojas

Por conta de parceria firmada entre as gravadoras Eldorado e Trama, que vai repor em catálogo 150 títulos da Eldorado através de sua Distribuidora Independente, uma preciosidade para os fãs de Zélia Duncan voltará às lojas. Trata-se de Outra Luz, primeiro disco da cantora, gravado em 1990 quando ela ainda adotava o nome artístico de Zélia Cristina. O álbum chegou a ser reeditado em CD em meados dos anos 90 - após o estouro da artista com a música Catedral - mas frustrou os colecionadores por vir sem a capa original. Espera-se que a nova reedição recupere a capa do LP original.

Outra Luz é um álbum irregular. Zélia se viu obrigada a gravar bobagens como uma versão de Going Home, tema do saxofonista americano Kenny G. Mas também conseguiu deixar sua marca em faixas como o reggae Astúcia. Sua verdadeira estréia aconteceria em 1994, com o estupendo disco Zélia Duncan (o de O Meu Lugar, Não Vá Ainda, Tempestade, Nos Lençóis deste Reggae, Sentidos, Catedral, E Lá Vou Eu etc), mas a volta ao catálogo de Outra Luz tem alto valor documental.

Wynton Marsalis no CD de Moacir Santos

Chega esta semana às lojas Choros & Alegria (capa à direita), álbum em que o maestro Moacir Santos - celebrizado nos anos 60 pelo disco Coisas - grava temas criados em sua maioria nos anos 40, no início de sua carreira como compositor. Produzido por Zé Nogueira e Mário Adnet para a Biscoito Fino, o CD traz a participação do trompetista americano Wynton Marsalis (ícone do jazz nos EUA) na valsa jazzística Rota Infinito. O tema é da década de 70 e foi recriado especialmente para valorizar a adesão de Marsalis ao CD. Entre valsas, marchas e choros, o disco fecha com uma canção infantil, Felipe.
Terça-feira, Setembro 20, 2005

As 12 novas de Madonna


Depois da capa, o repertório completo. Eis as 12 faixas do novo disco de Madonna, Confessions on a Dance Floor, que tem lançamento mundial programado para 14 de novembro: Hung Up, Get Together, Sorry, Future Lovers, I Love New York, Let It Will Be, Forbidden Love, Jump, How High, Isaac, Push e Like It or Not. A foto acima já faz parte do material promocional do álbum.

A capa do novo CD dos Paralamas

Esta é a capa de Hoje, o primeiro disco dos Paralamas do Sucesso com músicas compostas pelo vocalista e guitarrista Herbert Vianna após o acidente de ultraleve de 2001 que o deixou preso a uma cadeira de rodas. 2A, Pétalas, Na Pista (a primeira música de trabalho), Soledad Cidadão (com Manu Chao), Passo Lento, De Perto, Ao Acaso (com participação do DJ Marcelinho da Lua), Hoje, Fora do Lugar (com o guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser), 220 Desencapado, Ponto de Vista (outra música com a guitarra de Kisser), Deus lhe Pague (clássico do repertório de Chico Buarque, escolhido pelos fãs em eleição realizada no site do grupo) e Ao Acaso Dub são as 13 faixas do álbum.

Chorão testa sua 'Imunidade Musical' nas 23 faixas do oitavo CD do Charlie Brown

Nada menos do que 23 (!!) faixas compõem o oitavo disco do grupo Charlie Brown Jr. - Imunidade Musical (capa à esquerda), nas lojas no início de outubro, com a participação do rapper paulista Rappin' Hood em Cada Cabeça Falante Tem sua Tromba de Falante.

Trata-se do primeiro disco do grupo de Santos (SP) desde a debandada de seus integrantes em meados do ano. Permanece, claro, o vocalista e líder Chorão, que recrutou novos músicos e trouxe de volta o guitarrista Thiago Castanho, da primeira formação da banda.

A julgar pelos títulos de algumas faixas (Skate Vibration, Criando Anticorpos, Na Palma da Mão - O Ragga da Baixada, O Futuro É um Labirinto para Quem Não Sabe o que Quer, Peso da Batida do Errado que Deu Certo, O Nosso Blues, No Passo a Passo, Ela Vai Voltar - Todos os Defeitos de uma Mulher Perfeita, Abrir seus Olhos, Aquela Paz etc), a ideologia e o som de Chorão não mudaram muito...

Vocalista do CD de Gal, Silvera conta com Rappin' Hood e o piano de César Camargo Mariano no segundo CD

Boa parte do sotaque afro de Hoje, o recém-lançado CD de Gal Costa, vem dos vocais de Silvera. Contratado da Trama, o cantor e compositor chega ao segundo disco, Silvera (capa acima), fiel ao soul e ao rhythm and blues adotados por ele já em seu primeiro álbum. Produtor do disco de Gal, César Camargo Mariano toca piano e sintetizadores na faixa Ninguém Mais. Os rappers Parteum e Rappin' Hood são convidados e co-autores de Vida no Gueto. A música de trabalho, Canto, já está disponível em MP3 no site da gravadora Trama (www.trama.com.br/silvera).

'Santana' com Maria Rita é sobra do CD 'Segundo' ou gravação pirata de show?

Um leitor deste blog de Estúdio, Rodrigo Mendes, postou comentário que pode elucidar a origem da inédita gravação de Santana por Maria Rita (foto) - feita em trio com Lenine e com o autor da música, Junio Barreto. O registro de nove minutos já caiu na internet, mas, de acordo com Rodrigo, não se trata de sobra das sessões do CD Segundo, mas de uma gravação pirata de recente show feito pela cantora com Lenine e Junio na casa C.I.E. Hall, em São Paulo. Seja como for, a versão de Rita para a música do compositor pernambucano está na rede. Quem procurar vai achar... e poderá comparar com a leitura de Gal Costa para a mesma música, disponível no CD Hoje. Não se trata de confrontar as cantoras para avaliar qual a melhor, mas de observar nuances e diferenças entre as gravações.
Segunda-feira, Setembro 19, 2005

O segundo de kelly Osbourne

Sleeping in the Nothing é o título do novo disco de Kelly Osbourne - o segundo de material inédito, já que o CD anterior da filha de Ozzy, Changes (2003), trazia basicamente o mesmo repertório do álbum de estréia da roqueira, Shut Up (2002). One Word - que aparece no CD no registro original e num remix de Chris Cox - é a faixa que puxa o novo trabalho. Save me, Uh Oh, Entropy, Suburbia e Secret Lover são outras músicas do disco.

Green Day lança DVD

O trio Green Day (foto) vai lançar em 14 de novembro o DVD Bullet in a Bible, com o registro da turnê promocional do CD American Idiot. Dirigido por Sam Bayer, responsável pelo vídeo de Smells Like Teen Spirit, o DVD traz material filmado em dois shows do grupo no ginásio Milton Keynes National Bowl. No roteiro, músicas como Minority, Basket Case, Holiday e a suíte Jesus of Suburbia.

Sosa segue pregando a liberdade e denunciando a dor de seu povo


Resenha de disco
Título: Corazón Libre
Artista: Mercedes Sosa
Gravadora: Universal
Cotação: * * *

Sem gravar desde 1999, Mercedes Sosa volta ao mercado fonográfico com CD fiel à sua filosofia de pregar a liberdade e denunciar as dores de seu povo. E entenda-se por 'seu povo' toda a América Latina - e não somente a população de sua Argentina natal. Neste disco Corazón Libre, produzido pelo guitarrista e percussionista Chango Farias Gómez, há violões de tom folk para embalar ritmos tradicionais do folclore argentino como as milongas e as zambas. Logo na primeira faixa, Mercedes canta a infância abandonada em Los Niños de Nuestro Olvido. E o CD segue nessa trilha politizada, sem perda do teor poético, ora com temas mais clássicos (Tonada del Viejo Amor), ora mais novos (Sufrida Tierra). Uma ideologia coerente com a capa - ilustrada com desenho gracioso de Sosa feito por Joan Baez (outra artista politizada) em 1988.

Paródia metaleira do Massacration chega ao CD com a adesão de Sérgio Mallandro


O que era apenas uma brincadeira - criada em 2002 para satirizar os grupos de heavy metal - foi crescendo e absorvendo os humoristas do programa Hermes & Renato, da MTV. E o fato é que o grupo Massacration, origem da brincadeira, se profissionalizou, já fez shows e vai lançar em outubro seu primeiro CD, produzido por João Gordo, sob o codinome Rick Rubinho.

Na foto, clicada por Ricardo Zuppa no estúdio da gravadora Deckdisc, Rubinho confere no fone as vozes postas pelo vocalista Detonator (personagem de Bruno Sutter) enquanto o guitarrista Blondie Hammet (Fausto Fanti, o Renato do programa da MTV, com direito à peruca loura) finge tocar piano. Completam a formação do quinteto o baixista Metal Avenger (Marco Antônio Alves, o Hermes), o baterista Jimmy Hammer (Felipe Torres) e o guitarrista Headmaster (Adriano Silva).

O grupo brinca com os clichês metaleiros já a partir do título do CD, Gates of Metal - Fried Chicken of Death (em bom português, Portões do Metal - Galinhas Fritas da Morte). Os títulos das músicas - Metal Bucetation, Anal Weapon War, Metal Massacre Attack (Aruê Aruô) e Cereal Metal, entre outras - já explicitam o tom bem-humorado da sátira do Massacration.

O CD chega às lojas em 10 de outubro, com a adesão de Sérgio Mallandro na faixa Metal Glu-Glu.

Sai no Brasil trilha dos Pet Shop Boys para o filme 'O Encouraçado Potemkin'

Clássico do cinema russo de 1926, o filme O Encouraçado Potemkin ganhou nova trilha - assinada pela dupla Pet Shop Boys! Chris Lowe e Neil Tennant misturam timbres eletrônicos e cordas regidas pelo maestro Torsten Rasch em trilha gravada no ano passado, entre Londres e Berlim, com a orquestra alemã Dresdner Sinfoniker. A nova música do filme de Sergei Eisenstein poderá ser ouvida no CD que a EMI lança este mês no Brasil. A trilha original era um mix de temas de compositores eruditos como Beethoven e Tchaikovsky. A dos Pet Shop Boys certamente será mais ousada - como o próprio filme, afinal.
Domingo, Setembro 18, 2005

A capa do novo CD de Madonna


Esta é a capa do novo CD de Madonna, Confessions on a Dance Floor, que chega às lojas do Brasil em 14 de novembro. A foto é de Steven Klein. A direção de arte é do brasileiro Giovanni Bianco, que optou por grafar o nome da cantora num estilo dancin' days. A faixa Hung Up foi eleita o primeiro single do álbum e chega às rádios nos próximos dias. Outras músicas são I Love New York (que chegou a ser anunciada extra-oficialmente como a faixa que puxaria o disco), Future Lovers, Sorry e Get Together.

Audioslave faz história em Cuba

Formado por músicos do Rage Against the Machine e pelo ex-vocalista do Soundgarden (Chris Cornell), o grupo Audioslave (foto) vai lançar seu primeiro disco ao vivo com um apelo histórico. Live in Cuba chega às lojas em 11 de outubro - em edições simples e dupla (com CD-bônus) - e registra para a posteridade show gratuito feito pelo grupo em praça de Havana, em maio. A edição dupla traz documentário de 30 minutos e um especial de TV sobre o concerto - um acontecimento inédito por ter sido o primeiro show gratuito e de grande porte feito por uma banda dos EUA em Cuba, país historicamente refratário a qualquer produto do império americano.

EMI reedita dois títulos de Moby



No embalo da vinda de Moby ao Brasil, para turnê que termina com show em Belo Horizonte (MG) em 21 de setembro, a EMI está relançando dois discos gravados pelo DJ antes de seu estouro mundial com Play (1999). Os títulos reeditados são Animal Rights - álbum de 1996 de tom mais roqueiro - e I Like to Score, CD de 1997 em que Moby reuniu temas criados por ele para trilhas sonoras de filmes.

Eros em dueto com Anastacia

Com lançamento agendado para 1º de novembro, o próximo disco de Eros Ramazzotti, Calma Apparente, traz um dueto do cantor italiano com Anastacia na faixa I Belong to You / Il Ritmo. A música foi gravada em inglês e em italiano. Mas o primeiro single do CD é La Nostra Vida.

Eva recruta Ivete Sangalo para festejar 25 anos em disco de repertório ruim


Resenha de disco
Título: 25 Anos ao Vivo
Artista: Banda Eva
Gravadora: Universal
Cotação: * *

Fora da fronteira baiana, a Banda Eva perdeu prestígio e vendas com a saída de Ivete Sangalo, sua vocalista de maior carisma e projeção - desde 1999 em incendiária carreira solo. Este disco ao vivo é uma tentativa de reviver a história do grupo a partir da formação do Bloco Eva, na virada dos anos 70 para os 80. Foi gravado em megashow no Riocentro (RJ), em 19 de junho. Claro que, com o pretexto de recrutar todos os nomes que passaram pelo Eva, a turma convoca Ivete, convidada da fraca inédita Não me Conte seus Problemas (de autoria da própria cantora em parceria com Camila Sangalo) e do medley que reúne Manda Ver e Flores (Sonho Épico). Mas nem o carisma de Ivete disfarça a irregularidade do disco. É fato que a gravação tem um clima caloroso que não parece forjado, mas o atual vocalista da banda, Saulo Fernandes, soa inexpressivo e - para piorar - o repertório é ruim. Mesmo porque hits infalíveis como Beleza Rara e Arerê ficaram fora da seleção do CD. Nem a adesão de Daniela Mercury - vocalista da Eva no início dos anos 80 antes de entrar para o grupo Companhia Clic - valoriza o disco. Daniela dueta com Saulo em Anjo, canção de tom maternal que fecha o CD em ambiente morno e faz a festa da Eva terminar com a sensação de que o tempo da banda já passou.
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