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Sábado, Julho 15, 2006

Bruce e o pesadelo americano de Seeger

Resenha de CD
Título:
We Shall Overcome - The Seeger Sessions
Artista:
Bruce Springsteen
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * * *

Em 1997, Bruce Springsteen gravou a música We Shall Overcome para um tributo ao octagenário cantor de folk Pete Seeger, em atividade desde o fim dos anos 30. Sua participação no CD Where Have All the Flowers Gone - The Songs of Pete Seeger motivou seu interesse pela obra do trovador e acabou se tornando o embrião de seu primeiro disco de repertório não autoral, intitulado justamente We Shall Overcome ­- The Seeger Sessions. Lançado esta semana no Brasil, em edição dupla que agrega ao CD um DVD com o áudio das músicas em PCM estéreo e um filme sobre a gravação do tributo, o 23º álbum do Boss é um dos melhores de sua vasta discografia.

Muito mais do que mero disco de covers, trata-se de um tributo pungente ao repertório de um cantor que, como Springsteen, sempre cantou em sua música os que foram excluídos do sonho americano pela marginalidade, pelo desemprego ou simplesmente pela imobilidade social. É um álbum de folk, mas que extrapola o gênero em spirituals como vibrante O Mart Don't You Weep e Jacob's Leader. Em essência, o Chefão tirou do baú temas tradicionais de domínio público, alguns compostos ainda no século 19, como Old Dan Tucker, atribuído a 1843 no encarte recheado de informações sobre cada faixa.

We Shall Overcome é um disco altamente politizado, em sintonia com o espírito social da obra de Springsteen, evidente em CDs como o recente The Rising (2002), o inventário do artista sobre os escombros emocionais de 11 de setembro. Mas, musicalmente, ouve-se um Springsteen renovado neste tributo a Seeger. O folk é apresentado de forma grandiosa - com big band cheia de metais - sem ser confinado ao tradicional 'um banquinho, um violão'. Enfim, mais um grande álbum de um artista que nunca fechou os olhos e os ouvidos para o pesadelo americano.

Rei grava DVD em outubro, em Madrid

Disposto a retomar sua carreira internacional, Roberto Carlos vai gravar DVD e CD em espanhol, em show agendado para 1º de outubro no Palácio del Congresso de las Naciones, em Madrid. O lançamento está previsto para o fim do ano - possivelmente também no mercado brasileiro. O repertório vai misturar standards do cancioneiro latino com hits do Rei.

Esse lançamento em espanhol não inviabiliza - em tese - a edição no Brasil do DVD gravado pelo cantor em sua minitemporada no navio Costa Victoria, no início do ano. E também a produção da prometida caixa com os discos internacionais do artista.

Filho de Lennon apronta segundo álbum

Sean Lennon vai voltar à cena. Oito anos depois de seu primeiro álbum, Into the Sun (1998), o filho de John Lennon anunciou para 26 de setembro o lançamento do segundo CD, Friendly Fire. Cada uma das dez músicas do disco ganhou um vídeo dirigido por Sean em parceria com Michelle Civetta. O repertório inclui cover do repertório de Marc Bolan (Would I Be the One) e inéditas como Dead Meat, Wait for me, Spectacle, Parachute, Tomorrow e a faixa-título.

Leci grava primeiro DVD em São Paulo

Leci Brandão (à direita em foto de Marcelo Martins) vai gravar seu primeiro DVD em 26 de julho, em São Paulo (SP), em apresentação na casa de shows Consulado Music, de propriedade de Netinho de Paula. A sambista receberá convidados como Jorge Aragão (em Só Quero te Namorar) e Alcione e Zé do Trombone (a cantora e o músico vão participar de O Morro Não Tem Vez). No medley que vai juntar Papai Vadiou e As Coisas que Mamãe me Ensinou, Leci armará um pagode de mesa com as adesões de Péricles (Exaltasamba), Márcio (Art Popular), Marcelinho (Sem Compromisso), Marquinhos (Sensação) e Reinaldo. A gravadora Indie Records prevê o lançamento para setembro, nos formatos de DVD e CD ao vivo.

Separação da Sony & BMG é uma piada

O mercado fonográfico mundial foi surpreendido na quinta-feira, 13 de julho, com a notícia de que a Justiça européia cancelou a aprovação da fusão das gravadoras Sony Music e BMG, que, na prática, se juntaram desde 1º de janeiro de 2005. A empresa deverá apresentar um novo plano de fusão para ser aprovado - ou não - pela Comissão Européia.

É provável que, com os recursos judiciais cabíveis no caso, nada seja alterado de fato. Em bom português, apesar desse reposicionamento da Justiça da Europa, a fusão deve permanecer. Até porque, nessa altura do campeonato, a separação das duas majors seria uma piada. De mau gosto. Afinal, por conta da aprovação da fusão, milhares de profisssionais já foram demitidos no mundo inteiro para ajustar a Sony & BMG à (dura) realidade do mercado fonográfico. Separar as duas empresas, após quase dois anos de fusão, seria traumático e desnecessário. O que a tal Comissão Européia pode - e deve - fazer é examinar com rigor novas propostas de fusão, como a que poderá ser feita entre EMI e Warner. Aprovar uma fusão e, dois anos depois, rejeitá-la é que não dá para levar a sério.
Sexta-feira, Julho 14, 2006

Diogo incorpora Cauby com grandeza!!!

Resenha de musical
Título:
Cauby! Cauby!

Autor: Flávio Marinho
Direção: Diogo Vilela e Flávio Marinho
Local: Teatro Sesc Ginástico (RJ)
Data:
13 de julho de 2006

No número inicial do primeiro ato, Conceição, parecia que Diogo Vilela não tinha encarnado Cauby Peixoto com a perfeição com que incorporara há dez anos os traços peculiares de Nelson Gonçalves no musical Metralha. No apoteótico número final do segundo ato, New York New York, a certeza já era outra, totalmente oposta à impressão inicial. No palco, o ator já era o próprio Cauby - com os personalíssimos trejeitos vocais e gestuais do grande cantor. Pelo trabalho detalhista, Diogo saiu de cena consagrado e ovacionado pela platéia que assistiu à concorrida estréia de Cauby! Cauby! - musical de Flávio Marinho - na noite de quinta-feira, no Teatro Sesc Ginástico, no Rio de Janeiro (RJ).

É fato que a voz de Cauby Peixoto é única e inigualável. E o fato de Diogo Vilela não ser um cantor somente realça o caráter grandioso de sua composição e aumenta o seu mérito. O tom, o fraseado e a modulação de sua voz no espetáculo são os mesmos de Cauby. Criador e criatura chegam a se confundir em números como Bastidores e Bolero de Satã (este em dueto com uma Marya Bravo que canta muito bem, mas não convence na pele de Ângela Maria).

Talvez pelo repertório de Cauby nem sempre ter estado à altura de sua potência vocal, o roteiro inclua sucessos de Dalva de Oliveira (encarnada com perfeição por Sylvia Massari) e da própria Ângela Maria - colegas de Cauby nos dourados anos da era do rádio. Sem ousadias estilísticas, o musical segue a fórmula que vem garantindo o sucesso do gênero na cena carioca nos últimos anos. A dramaturgia em si é frágil - como leve é a carga dramática. A partir de uma entrevista que Cauby concede nos tempos atuais a um repórter bestializado, dados biográficos do cantor vão sendo revelados e eventualmente encenados entre números urdidos com a segura direção musical de Liliane Secco.

Construído sem ordenar os fatos em ordem cronológica, o texto toca de forma jocosa na questão da suposta homossexualidade de Cauby Peixoto sem, no entanto, nunca confirmá-la. Fica o dito pelo não dito. O mesmo valendo para a idade. Cauby nasceu em 1931 e, portanto, completa 75 não assumidos anos em 2006, mas o texto, fiel à ideologia do personagem, omite este dado. Mais explícita é a abordagem do preconceito musical sofrido pelo artista quando a modernidade da Bossa Nova enquadrou no rótulo de cafona os cantores exacerbados da fase pré-João Gilberto.

Com um segundo ato superior ao primeiro, Cauby! Cauby! é, acima de tudo, o canal para que Diogo Vilela expresse seu talento incomum, genial. Apesar de um certo exagero na caracterização do cantor em sua fase inicial, comprovado pelas fotos exibidas no próprio musical, Diogo é Cauby com toda a aura mítica que cerca o personagem. Sua minuciosa interpretação é antológica e sustenta a encenação. Para um grande cantor, um ator igualmente grande.

Caetano canta no disco solo de Negra Li

Simpatizante do universo do hip hop, Caetano Veloso aceitou o convite feito por Negra Li para participar do primeiro disco solo da rapper paulista. O dueto inédito foi gravado na música Meus Telefonemas, parceria do compositor com os integrantes do AfroReggae, lançada pelo grupo em 2000 no CD Nova Cara. Gravado sem Helião, o CD de Li tem lançamento previsto para setembro. Na foto de Luciana Tancredo, um flagrante dos dois artistas no estúdio AR, na Barra da Tijuca (RJ).

Vercilo aposta no funk para emplacar hit

Com lançamento programado para início de agosto, via EMI, o CD e DVD Jorge Vercilo ao Vivo será puxado pela música inédita Vela de Acender, Vela de Navegar - inicialmente intitulada Funk da Vela. A gravadora está enviando a faixa esta semana para as rádios em single promocional, na esperança de emplacar um hit como Que Nem Maré.

Feita em show no Canecão (RJ), em fins de abril, a primeira gravação ao vivo de Vercilo apresenta outra inédita: Eu e a Vida. Mas todas as fichas estão sendo jogads no funk. "A música é muito quebrada, mas tem harmonia. É um flerte momentâneo com o funk, com uma certa malícia na letra, ou não seria funk...", conceitua Vercilo.

John Ulhoa faz pop de Érika ser gracioso

Resenha de CD
Título:
No Cimento
Artista: Érika Machado
Gravadora: Indie Records
Cotação:
* * *

Com seu pop gracioso, No Cimento é uma das boas surpresas do mercado fonográfico em 2006. Trata-se do primeiro CD de Érika Machado, cantora mineira que teve a sorte de estrear em disco sob a produção de John Ulhoa, um dos mentores do Pato Fu. Perceptível nos trabalhos do grupo mineiro, o toque criativo de John valoriza o repertório autoral de Érika com atmosfera lúdica. Músicas como As Coisas e Secador, Maça e Lente ganham leveza e sabor todo especial. O arranjo pirado de Tédio remete aos melhores momentos do Pato Fu. Érika Machado não é uma compositora excepcional (sua letra mais inspirada é a de Óculos de Grau). Tampouco é cantora de chamar atenção pela voz. Mas tudo parece dentro da ordem nesta sua simpática estréia. Merece projeção.

Solo de Bonfá sai em CD com 14 inéditas

Clássico da discografia do compositor e violonista Luiz Bonfá (1922 - 2001), o álbum O Violão de Luiz Bonfá - lançado originalmente em 1959, nos Estados Unidos - está sendo editado em CD no Brasil, pela gravadora MCD, sob o título Luiz Bonfá Solo in Rio 1959. Às 17 faixas do LP original, foram acrescentadas 14 gravações inéditas. São temas como A Brazilian in New York e Prelude to Adventure in Space, ambos de autoria do autor de Manhã de Carnaval, uma das músicas brasileiras mais conhecidas no exterior.

A edição dos 14 fonogramas inéditos foi possível porque o engenheiro de som americano Emory Cook (1913 - 2002) doou para o Smithsonian Institution todo o material que registrara com Bonfá naquele consagrador 1959, ano em que o filme Orfeu Negro ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, projetando mundialmente Manhã de Carnaval e o violão magistral de Bonfá - ouvido neste disco em solos brilhantes que atestam toda sua inventividade como instrumentista. O CD (capa à direita) que chega ao mercado nacional via MCD traz libreto com 32 páginas, com textos que ressaltam a importância dessa gravação solo de Luiz Bonfá.
Quinta-feira, Julho 13, 2006

Chicago volta pop e burocrático em 'XXX'

Resenha de CD
Título:
XXX
Artista:
Chicago
Gravadora:
Warner Music
Cotação: * *

Popularizado nos anos 70 por conta de baladas como If You Leave me Now, o Chicago é um duradouro grupo americano formado ainda na década de 60, quando começou a gravar discos. Seu novo CD, XXX, é um dos títulos de tom mais pop de sua discografia - como é perceptível logo na faixa de abertura, Feel. A banda enfileira baladas - King of Might Have Been, Why Can't We (gravada com a adesão da cantora Shely Fairchild) e Love Will Come Back - em CD burocrático, feito sem coração. Já é difícil reconhecer aquele grupo do início da carreira que fazia um rock eventualmente influenciado por soul e por jazz. Por outro lado, parece também difícil extrair de XXX um hit como Hard to Say I'm Sorry.

Hoje é o Dia Mundial do Rock. E daí???

Hoje é dia de rock. O Dia Mundial do Rock. Uma data bem estranha para uma música (em tese) espontânea que pouco se importaria com... datas do tipo. O rock já é um senhor cinqüentão. Mas, por definição, bebe na fonte da eterna juventude. Na Inglaterra, leva-se isso a sério demais e, de sete em sete dias, um tablóide apresenta a melhor banda de todos os tempos da última semana. Faz parte do show. E algumas até vingam e ganham resenhas elogiosas no mercado nacional... No Brasil, a propósito, depois dos dourados anos 80, época em que o País e a indústria vestiram a camisa do rock, tudo parece estar acomodado demais, apático demais, sem as necessárias doses de rebeldia e irreverência. Produtos de um mercado que se esfacela a cada dia, roqueiros cansados fazem fila na porta da MTV na esperança de gravar logo um acústico, cuja fórmula, de tão desgastada, já nem é mais garantia de vendas. Mas o rock certamente ainda pulsa. No Brasil e no mundo. Certamente há grupos de jovens arrogantes em várias garagens, experimentando acordes, tirando um som da guitarra, testando músicas, sonhando com o primeiro disco, a primeira turnê, a primeira bad trip... E assim tem caminhado a humanidade roqueira desde que o branco Elvis Presley resolveu fazer um som de negro lá pelos idos de 1954. E o mundo nunca mais foi o mesmo... Mas será que há algo mesmo a comemorar no Dia Mundial do Rock? Talvez os genuínos roqueiros do passado, do presente e do futuro não estejam nem um pouco preocupados com isso... Porque, para estes, todo dia é dia de rock.

Gilmour é uma ilha em seu terceiro solo

Resenha de CD
Título:
On a Island
Artista:
David Gilmour
Gravadora:
Sony & BMG
Cotação:
* * *

Um disco solo de David Gilmour é coisa rara. O último trabalho individual do guitarrista do Pink Floyd, About Face, saiu em 1984. Lá se vão 22 anos, mas parece que o tempo não passou para Gilmour, a julgar pela audição de seu terceiro solo, On a Island, lançado em março no exterior e editado esta semana no Brasil em tiragem importada. Gilmour dá mesmo a impressão de habitar uma ilha. Pela faixa de abertura, o tema instrumental Castellorizon, parece que a nova viagem será feita em clima grandioso (há outro tema instrumental, o mais delicado Then I Close my Eyes, entre as 10 músicas). Mas a pista é falsa. Gilmour apresenta um álbum íntimo e pessoal. Ainda que essa intimidade abrigue um tema de textura quase roqueira (Take a Breath) e até um insuspeito rhythm and blues (This Heaven). Mas o fato é que, com a guitarra inconfundível do artista e com o instrumental à moda dos anos 80, On a Island evoca a atmosfera do Pink Floyd em faixas como The Blue e a que batiza o CD. David Gilmour é uma ilha.

DVD traz turnê feita pelo Yes em 1985

A Warner Music está lançando no Brasil um novo DVD do Yes, 9012 Live (capa à direita). Editado originalmente em 1985 no formato de VHS, o vídeo registra a turnê feita pelo grupo inglês naquele ano para promover seu CD 90125, de 1983. A curiosidade é que o concerto foi dirigido pelo cineasta Steven Soderbergh, que teria sua popularidade aumentada nos últimos anos por conta de filmes como Traffic e Onze Homens e um Segredo.

9012 Live traz documentário e a versão pessoal do diretor para o concerto, sem os efeitos visuais que emolduram a música de Jon Anderson e Cia. Entre os 10 números do roteiro, há temas como Hold on, Changes e Cinema.

Lenine encontra João Pedro em Portugal

A foto à esquerda foi tirada em Portugal por Anna Barroso na madrugada desta quinta-feira, 13 de julho. Registra no camarim da Casa da Música, no Porto, o encontro de Lenine com o cantor e compositor João Pedro Paes, que terá seu próximo CD produzido pelo artista brasileiro. Em turnê pela Terrinha, Lenine se apresentou na Casa nesta quarta, 12 de julho.
Quarta-feira, Julho 12, 2006

'Carrossel' é o nome do disco do Skank

Gravado e mixado em Belo Horizonte (MG) e masterizado em Nova York (EUA), o sétimo disco de estúdio do Skank já tem título: Carrossel. O CD vai chegar às lojas no fim de agosto, com 14 faixas. O single Uma Canção É pra Isso será lançado nacionalmente nas rádios em 31 de julho. Na foto acima, Samuel Rosa aparece no estúdio com seu novo parceiro César Maurício, co-autor da música Seus Passos.

Paulo Ricardo sai candidato a deputado, mas garante que continua na música...

Como nem um desesperado CD de covers de sucessos do rock mundial (Acoustic Live) conseguiu levantar sua carreira, Paulo Ricardo decidiu ingressar na política. O líder do grupo RPM - que há exatos 20 anos enlouquecia o Brasil com o carisma, as músicas e os olhares 43 de seu vocalista - se filiou ao PFL e vai concorrer a uma vaga de deputado federal por São Paulo nas próximas eleições, pelo número 2543, numa referência ao hit Olhar 43. Cada um sabe de si, mas, de certa forma, não deixa de ser um capítulo melancólico na carreira de um artista tão talentoso.

Em seu site oficial (www.pauloricardo.com), o artista esclarece que a entrada na política não significa o fim de sua trajetória musical: "Quero deixar bem claro que jamais abandonarei a música. O PR5 (novo grupo de Paulo) tem um CD novo praticamente pronto, estamos fazendo show por todo Brasil e em breve teremos muitas novidades. Com o RPM também está tudo bem e também teremos notícias em breve. Mas sempre me interessei por política e, agora que surgiu a possibilidade de interferir diretamente na cena, não vou recuar. Está oficializada a minha candidatura a Deputado Federal pelo PFL sob o número 2543. O PLF está alinhado com o PSDB, com Serra para o governo de São Paulo e Alckmim para a presidência, e apesar de seu passado conservador vem buscando uma renovação e tem sido um dos mais ferozes opositores do governo Lula. Há muito o que fazer pelas artes no Brasil e este será meu principal foco. Vamos tomar o que é nosso! Agora é nossa vez! Apesar da eleição para deputado federal se restringir ao estado de São Paulo, conto com a energia de todos vocês. Como a nova legislação não permite que falemos de política nos sites pessoais, estou criando um e-mail para conversarmos sobre isto, ouvir sugestões, etc. Acesse pr2543@hotmail.com e vamos trocar idéias. Afinal de contas o Brasil é nosso!".

EMI explora a paixão por Gonzaguinha

Explorando a paixão do público pela obra de Luiz Gonzaga Jr. (1945 - 1991), a EMI põe nas lojas a coletânea A Paixão de Gonzaguinha (capa à esquerda). Na compilação, músicas do compositor são interpretadas por nomes como Simone (Começaria Tudo Outra Vez), Maria Bethânia (Explode Coração), Emílio Santiago (Comportamento Geral), Nana Caymmi (De Volta ao Começo), Cláudia (No Próprio Chão) e Agnaldo Timóteo (Grito de Alerta). A surpresa é a inclusão de Sangrando na gravação dos Fevers!!

Leila Maria sem disco e sem gravadora

Reviravolta na carreira de Leila Maria: o produtor José Milton desistiu de gravar este ano o segundo volume do disco Off Key. Reuniões chegaram a ser feitas para escolher repertório e data para a gravação (planejada inicialmente para julho). O lançamento já estava programado para 25 de setembro. Mas o produtor adiou, por ora, o projeto. Com a decisão de Milton, a cantora ficaria em tese sem disco e sem gravadora, pois, pelo contrato assinado com a Rob Digital para a edição de Off Key, teria ficado estabelecido que, caso Leila não fizesse um novo álbum no período de um ano e meio, seu vínculo com a gravadora estaria encerrado. O prazo já se esgotou

Mamonas (sub)vertem Beatles ao vivo

Não Peide Aqui, Baby é o título da inédita (sub)versão feita pelos Mamomas Assassinas para Twist and Shout, sucesso dos Beatles em sua fase inicial. A gravação será lançada no disco póstumo Mamonas ao Vivo (capa à esquerda), nas lojas em meados de agosto (a previsão inicial da gravadora EMI era lançar o álbum em julho). O CD foi gravado em 1995, em show do grupo no estádio do Anhembi, em São Paulo (SP). Além dos hits do grupo, como Pelados em Santos, o repertório inclui o Tema da Pantera Cor-de-Rosa. A idéia, óbvio, é faturar com a saudade dos fãs da banda, cuja breve carreira foi encerrada em 1996 com desastre aéreo que matou todos seus integrantes.
Terça-feira, Julho 11, 2006

EMI empobrece coletânea dupla de Julie

Atriz e cantora norte-americana de timbre cool, em evidência nos anos 50 e 60, Julie London (1926-2000) tem sua discografia resumida na coletânea dupla The Very Best of Julie London. Mas a EMI achou por bem empobrecer a compilação em sua edição nacional, que reúne dois volumes vendidos separadamente, com 14 músicas cada um. No exterior, a coletânea foi lançada em formato de álbum duplo com 50 fonogramas. Pelo menos a edição brasileira inclui standards do quilate de Girl Talk, Blue Moon, Desafinado, Cry me a River, Fly me to the Moon, Ev'ry Time We Say Goodbye, Love for Sale e Light my Fire, entre outros.

Morre Syd Barrett, lenda do Pink Floyd

Ocorrida na sexta-feira, 7 de julho, a morte de Syd Barrett foi anunciada nesta terça-feira, 11. Um dos fundadores do grupo inglês Pink Floyd, Roger Keith Barrett morreu aos 60 anos. Ele deixou a banda logo no começo, em 1968, tendo sido substituído pelo guitarrista David Gilmour. Autor dos primeiros sucessos do grupo, formado por ele em 1965 com o baixista Roger Waters, o lendário Barrett sofria de diabete, mas a causa de sua morte ainda permanece desconhecida. Tinha um comportamento meio autista e enfrentou problemas psicológicos decorrentes do uso de drogas. Mas o pouco tempo em que integrou o Pink Floyd foi o suficiente para pôr seu nome na história do rock mundial.

EMI vai mesmo distribuir CD de Marina

Como a coluna já tinha antecipado em 7 de junho, caberá mesmo à gravadora EMI fazer a distribuição e o marketing do novo CD de Marina Lima, Lá nos Primórdios - o primeiro desde seu fracassado Acústico MTV, editado em 2003. Um banner (acima) no site da EMI já anuncia o lançamento para breve.

Já inteiramente gravado, mixado e masterizado de forma independente por Marina, o disco reúne 12 faixas, incluindo os remixes dos DJs Dolores e Zé Pedro para Valeu e Vestidinho Vermelho (versão de Beautiful Red Dress, de Laurie Anderson), respectivamente. Além de três regravações do repertório da própria Marina (Difícil, $ Cara e Meus Irmãos), o CD traz releitura do samba Dura na Queda, composto por Chico Buarque em 2000 para a peça Crioula, sobre a vida de Elza Soares. Sem falar em inéditas como Que Ainda Virão, Entre as Coisas, Três, Anna Bella e Valeu.

Maga grava segundo DVD em Salvador

Depois de um álbum feito em estúdio com sotaque mais pop, Pra Você, Margareth Menezes (foto) vai partir para outro registro ao vivo - o terceiro nos últimos três anos. A cantora vai gravar seu segundo DVD em 3 e 4 de agosto, em dois shows na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA). Estão previstas as participações de nomes como Carlinhos Brown e Seu Jorge. A gravação será lançada também em CD. No repertório, uma inédita de Marisa Monte, Gente, composta com Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes.

Segundo álbum do Killers sai em outubro

Incensado em 2004 com seu álbum de estréia, Hot Fuss, o grupo americano The Killers lança em 2 de outubro seu segundo disco, ainda sem título. O primeiro single, When You Were Young, será lançado em 18 de setembro. Read my Mind, Bones e Uncle Johnny Did Cocaine são prováveis faixas do CD.
Segunda-feira, Julho 10, 2006

'Páginas da Vida' propaga o som de Tom

Acabou o primeiro capítulo de Páginas da Vida. A novela é uma delícia - inclusive pela trilha sonora. É um prazer ouvir logo na abertura Wave, na versão instrumental de seu autor Tom Jobim. E o mesmo tema será ouvido também na trilha em gravação inédita feita pela filha caçula do compositor, Maria Luiza, em dueto com Daniel Jobim, neto de Tom. É a música de Jobim, o maestro soberano, que dá o tom da trama e da trilha, cujo CD ainda trará Só em teus Braços na voz de Nana Caymmi. Luxo só!

Maria Rita lança DVD 'Segundo ao Vivo'

Chega às lojas na próxima segunda-feira, 17 de julho, o novo DVD de Maria Rita, Segundo ao Vivo (capa à esquerda). O vídeo reúne 19 números do show Segundo, gravado no Claro Hall (RJ) em março deste ano, o clipe de Feliz, o making of do CD que originou o show (Fazendo Segundo) e nove músicas gravadas no estúdio Toca do Bandido. Com exceção de Todo Carnaval Tem seu Fim, tema do repertório do grupo Los Hermanos, o DVD não apresenta músicas inéditas na voz da cantora. O roteiro do show inclui Muito Pouco, Conta Outra, Mal Intento, Pagu, Encontros e Despedidas, Menininha do Portão, Não Vale a Pena, Caminho das Águas, Recado, Sem Aviso, Casa Pré-fabricada, Todo Carnaval Tem seu Fim, Minha Alma, Sobre Todas as Coisas, O que Sobrou do Céu, Lavadeira do Rio, Despedida, Recado / Cara Valente e Festa.

Primeiro álbum de Madeleine é reeditado

Americana criada em Paris, Madeleine Peyroux é uma das cantoras mais incensadas pela crítica mundial nos últimos tempos. Por conta disso, a Warner Music está relançando no Brasil o primeiro álbum da artista, Dreamland (capa à direita), editado originalmente em 1996. Eventualmente comparada (com algum exagero...) a Billie Holiday, Peyroux transita entre o jazz, o blues e os standards da canção americana.

Coletânea de FatBoy traz duas inéditas

Champion Sound e That Old Pair of Jeans são as duas inéditas da coletânea do DJ FatBoy Slim que acaba de sair no Brasil, via Sony & BMG. A compilação Greatest Hits - Why Try Harder (capa à esquerda) reúne 18 faixas, incluindo um remix da dupla Groove Armada para I See You Baby. Vale lembra que a gravadora ST2 acabou de lançar um CD idealizado pelo DJ especialmente para o mercado brasileiro e intitulado Fala Aí.

Marina escreve sobre CD de guitarrista

Guitarrista que já tocou em vários discos de Marina Lima, Fernando Vidal está lançando o CD Funk Van (capa à direita), com 19 temas, quase todos de sua autoria (entre eles, Jimi Blues, Tijuquinha, Sônia, Sinistra e Minhas Crianças). A apresentação do disco à imprensa é feita em texto escrito por Marina para o encarte. A cantora historia sua ligação com o músico e revela a importância de Vidal em seu trabalho. Eis suas elogiosas palavras:

"Conheci Fernando Vidal em 1991, na gravação do meu CD Marina Lima. Sempre fui ligada em músicos e, talvez por tocar e saber algumas coisas , presto tanta atenção no que eles fazem. E o Fernando logo me impressionou. Ágil, diferente, original; aquele cara de boina, anéis e rápido no gatilho chegou trazendo ótimas idéias pro disco e, a partir dali, seria uma peça chave em vários trabalhos meus a seguir.

Lembro do susto que tomou quando o convidei pra ser co-produtor de O Chamado. Ele ainda não havia trabalhado com produção - mas aceitou o desafio com entusiasmo. E aí pude perceber outros aspectos desse grande guitarrista. Fernando é curioso; uma característica importantíssima pra manter a chama da gente. Mesmo com as suas preferências (todos sabemos que adora Hendrix, por exemplo), se interessa em ouvir outros universos e expor sua visão deles. E como ele é muito bom, isso vira generosidade.

Sempre tive a sorte, convivendo com grandes músicos, de ouvir frases que mudam o rumo das negociações, fazendo os arranjos ganharem outra forma. O Fernando contribuiu muito, em várias musicas. Existem solos, bases, frases de guitarra excepcionais nos discos Marina Lima e Abrigo, e isso me faz estar sempre atenta ao que ele cria.

Acho que Funk Van chegou em boa hora. Já era tempo de conhecermos um pouco mais do seu universo solo. E, dando uma primeira ouvida, pude perceber que elementos principais do seu estilo estão lá: swing, agilidade, audácia...

O cara gosta de música, mergulha nesse mar e interpreta, de um jeito só seu, temas, harmonias, paisagens, solos. E faz tudo parecer simples, sem afetação. Só posso dizer que estou feliz por todos nós, amigos e fãs.

Que esse carioca leve seu som pra todas as praias, e conquiste outras platéias, por aí afora. Eu quero ouvir muito."

Marina Lima
Domingo, Julho 09, 2006

Os achados de Ceumar e Dante Ozzetti

Resenha de CD
Título:
Achou!
Artista:
Ceumar e Dante Ozzetti
Gravadora:
MCD
Cotação:
* * * *

Cantora mineira, radicada em São Paulo desde 1995, Ceumar já mostrou talento e personalidade vocal em seus dois primeiros discos, Dindinha (2000) e SempreViva! (2003). Com o recém-lançado Achou!, ela confirma suas qualidades em CD dividido com o compositor, arranjador e violonista Dante Ozzetti, autor de todas as 12 músicas do álbum, em parceria com nomes como Chico César (Saia Azul), Zeca Baleiro (a ótima Partidão), Zélia Duncan (Parei Querer) e Luiz Tatit (seis das 12 composições, com destaque para a encantadora faixa-título e para o xote Pra Lá).

Defendida por Ceumar e Dante no Festival da TV Cultura, com grande sucesso, a deliciosa faixa-título foi o ponto de partida para a gravação de Achou! - desde já um dos melhores discos de 2006 pelo repertório gracioso (quase todo composto para o projeto), pela elegante sonoridade acústica dos arranjos de Dante e pela voz límpida de Ceumar. O resultado é um CD cheio de referências (A Tardinha cita verso de O Barquinho) e de achados poéticos e melódicos, gravado com o luxuosíssimo auxílio do trombone de Bocato e dos violões de Swami Jr. e Tuco Marcondes.
Com vivacidade, Ceumar passeia tanto por um samba (Praga) quanto por um frevo (Lenha na Quentura), sem perder o tom nas dissonâncias de temas como Parte B, parceria de Dante com Alzira Espíndola. Dante faz dueto com a cantora em Visões, parceria com Tatit. E o fato é que Achou! tem tudo para consolidar a carreira de Ceumar e para atestar que o talento de Dante como compositor e como arranjador também transparece fora do trabalho feito por ele com sua irmã, Ná Ozzetti. Vale repetir: é um dos discos do ano.

Na cena com Madonna - sem escândalos

Resenha de CD / DVD
Título:
I'm Going to Tell You a Secret
Artista:
Madonna
Gravadora:
Warner Music
Cotação:
* * *

Madonna voltou a ser Madonna com Confessions on a Dance Floor, o CD que lançou em 2005, direcionado às pistas, e que gerou em 2006 uma turnê que, ao que tudo indica, não vai passar pelo Brasil. Mas, mesmo quando decepciona com um disco menor, como American Life (2003), a artista sempre se reinventa no palco. É isso o que mostram o CD e o DVD I'm Going to Tell You a Secret, que registram, respectivamente, o áudio e as imagens da turnê anterior de Madonna, a Re-Invention Tour, feita em 2004 nos Estados Unidos, em Israel e em alguns países da Europa. A edição dupla - lançada no Brasil no formato de CD - tem lá sua importância por apresentar o primeiro disco ao vivo da cantora e, no DVD, o documentário que desvenda os bastidores de uma turnê em que Madonna se mostrou mais comportada.

Já não há a tentativa de escandalizar, como no documentário anterior Na Cama com Madonna. Seguidora da cabala, doutrina judaica que prega valores espirituais positivos, a diva estava mais religiosa e familiar em 2004. E é sob esse perfil mais conservador e politicamente correto que a mãe de Lourdes e Rocco se deixou filmar durante a turnê, sob a direção de Jonas Akerlund, responsável por clipes como os de Music e o polêmico American Life.

O que se vê nas duas horas do filme, entre trechos coloridos do show, são cenas em preto e branco da vida de Madonna na estrada com seus dançarinos, com quem adquire relação quase maternal. A idéia parece ter sido mostrá-la como uma estrela palpável. "Preciso fazer xixi", avisa a diva em determinado momento, como que reforçando a idéia de que ela, sim, é humana e também vai ao banheiro como qualquer mortal.

Entre uma cena e outra de bastidor, o documentário deixa escapar (propositalmente, óbvio) a relação difícil que Madonna - órfã de mãe desde cedo - travou com o pai na adolescência para trilhar o caminho da música e da fama. Musicalmente, a propósito, o CD I'm Going to Tell You a Secret deixa entrever, em 13 números extraídos da turnê, as deficiências vocais da cantora, mais perceptíveis sem o aparato visual do palco. Seja na versão de Like a Prayer, megahit de 1987, seja na interpretação apenas correta da infalível Imagine, o hino pacifista de John Lennon. Deve ser por isso que Madonna sempre rejeitou a idéia de disco ao vivo. "Meus shows são para serem vistos, e não ouvidos", costuma dizer. Como a gravadora Warner Music pensa diferente, o primeiro CD ao vivo da diva já está nas lojas agregado ao bom documentário. Sem segredos e com alguma verdade.

Disco espanhol de Ivete vai sair no Brasil

Enquanto Ivete Sangalo não lança seu próximo projeto ao vivo, previsto para ser gravado neste semestre, a gravadora Universal Music vai editar no mercado nacional em agosto o CD que a cantora lançou no mercado hispânico. Trata-se de uma coletânea direcionada ao exterior, com quatro gravações em espanhol: Arerê, Festa, Se Eu Não te Amasse Tanto Assim e Sorte Grande. Em tese, a tiragem brasileira do disco é limitada - apenas para satisfazer os fãs mais radicais da artista.

DVD documenta P!nk em turnê de 2004

A Sony & BMG lança este mês no Brasil o primeiro DVD de P!nk. Live in Europe (capa à esquerda) foi gravado com câmeras de alta definição em show no Manchester News Arena, na Inglaterra, na turnê Try This, de 2004. O repertório inclui hits como Lady Marmalade, Don't Let me Get me, Trouble e Get the Party Started, além de medley com sucessos de Janis Joplin. O DVD traz ainda um documentário de 19 minutos sobre a vida de P!nk na estrada.

Waldick Soriano sob as lentes de Pillar

Cantor baiano que teve projeção nos anos 60 e 70 com sucessos populares como Tortura de Amor e Eu Não Sou Cachorro, Não, Waldick Soriano (foto) vai ser tema de um documentário dirigido por ninguém menos do que Patrícia Pillar. A atriz - no ar atualmente na novela Sinhá Moça - é fã assumida do artista, enquadrado no rótulo brega.
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