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Sábado, Novembro 05, 2005

CD e DVD 'Anos 80' ratificam talento de hitmakers da década como Leo Jaime e Ritchie em calorosa gravação ao vivo

Resenha de CD / DVD
Título: Anos 80 - Multishow ao Vivo
Artista: Vários
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * *

"Tinha música no ar... Muita gente tocando em garagem sem sonhar com disco". A frase, dita por Ritchie num táxi, abre o making of contido nos extras do DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo e procura sintetizar o espírito musical da década em que o mercado fonográfico nacional abriu definitivamente suas portas para o rock produzido no Brasil. Editado também em CD, o projeto do canal Multishow chega às lojas - com distribuição da Som Livre - em meio a outros lançamentos similares produzidos na onda dos revivals dos anos 80.

Muito lixo tem sido jogado no mercado em nome do culto à década. Mas é preciso separar o joio do trigo. Anos 80 - Multishow ao Vivo, gravado em show na casa Olympia (SP) em 26 de agosto, se destaca por reunir talentosos hitmakers da década cujas carreiras não decolaram a partir dos anos 90 por fatores diversos que não tiram o mérito destes compositores. Eles são Leo Jaime, Ritchie e Leoni. As obras dos três resistem bem ao tempo e sustentam o repertório deste CD / DVD, entre hits mais ou menos expressivos de Kid Vinil (Tic-Tic Nervoso e Sou boy), Nasi (o vocalista do Ira!, intérprete de Núcleo Base e de Te Odeio), Dinho Ouro Preto (Independência, Fogo), Dulce Quental e George Israel.

Com seu recente projeto ao vivo solo, Leoni até obteve este ano o reconhecimento e a popularidade a que fazia jus por sua rica contribuição ao pop nacional - não fosse ele co-autor de jóias como Exagerado. Leo e Ritchie ainda não tiveram a mesma sorte, e talvez seja esse o maior mérito do projeto do Multishow: mostrar às novas gerações o quão irresistível é o pop desencanado dos dois e ratificar para os quarentões que curtiram os anos 80 o talento de ambos como autores. Até porque a dupla não deve ser confundida com a turma de artistas destalentados e efêmeros da década que procuram desesperadamente aderir a revivals do tipo para tentar outros 15 minutos de fama.

Diretor artístico do projeto, ao lado do empresário Alexandre Ktenas, Leo se dá melhor do que Ritchie no CD, revivendo sucessos como As Sete Vampiras, A Fórmula do Amor (em dueto com Leoni e com o sax de George Israel) e Rock Estrela. No CD, Ritchie defende apenas Menina Veneno - seu megahit de 1983 - e participa dos números coletivos (Perdidos na Selva e Bete Balanço, tributos ao pioneirismo da Gang 90 de Júlio Barroso e ao cancioneiro de Cazuza, respectivamente). Mas, no DVD, Ritchie vai à forra e recorda Pelo Interfone e Casanova, delícias pop de seu primeiro e antológico LP que pediam mesmo regravações porque meio que caíram no esquecimento.

É claro que há ausências indispensáveis no projeto. A ponto de Kid Vinil ter que representar a Plebe Rude com versão competente de Até Quando Esperar?, feita com o auxílio luxuoso do baixista Mingau. A Legião Urbana de Renato Russo também tinha que estar no DVD de alguma forma, embora sua exclusão tenha se dado somente por questões legais referentes à autorização do cancioneiro da banda - sempre vetado por seus herdeiros para projetos revisionistas do gênero. A ausência dos Paralamas do Sucesso também é indesculpável.

Por outro lado, há presenças dispensáveis - caso da deslocada Dulce Quental, que ainda se recusou a cantar seu maior hit com o grupo Sempre Livre (Sou Free) e tenta esquentar a platéia com morna versão de Fui Eu, música que não entrou para a história da década. No todo, entretanto, a gravação do show é calorosa e mostra como o pop brasileiro dos anos 80 era charmoso porque simples e eficiente, sem o tom cabeça que faria muitas bandas naufragarem a partir da década de 90.

Além de registrar a íntegra do show, o DVD supera o CD por trazer nos extras um bate-papo sobre a cultura pop dos anos 80, gravado na casa paulista Rose Bom Bom com a presença de Leo, de Ritchie, do escritor Marcelo Rubens Paiva (autor do best-seller Feliz Ano Velho) e do fotógrafo Rui Mendes. O papo flui bem, mas poderia ter ganhado consistência sociológica se tivesse contado com um mediador para desenvolver os temas e conduzir os depoimentos sobre mercado, música, drogas e temas afins.

Enfim, vale a pena ver e ouvir sem preconceitos o CD e DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo. Nunca o Brasil produziu um pop rock tão sedutor como naquela época. E que ainda convence - mesmo em versões requentadas - duas décadas depois de sua criação.

Daniela está na trilha de 'Belíssima'

Daniela Mercury estará presente na trilha sonora da nova novela da Rede Globo, Belíssima, que estréia nesta segunda-feira, 7 de novembro. A faixa negociada pela EMI com a Rede Globo é Pensar em Você, a balada de Chico César recriada pela cantora em seu décimo-primeiro disco solo, Balé Mulato. A releitura da canção - com direito a sublime arranjo de cordas do maestro Lincoln Olivetti - é um dos momentos mais bonitos do novo CD de Daniela (na foto, vestida de porta-bandeira da escola Beija-flor durante a gravação do clipe da faixa Topo do Mundo).

Vale lembrar que, em 1996, a artista baiana fez muito sucesso na trilha da novela O Rei do Gado com outra balada de Chico César, À Primeira Vista, cuja regravação de Daniela impulsionou as vendas do disco Feijão com Arroz e também a do CD da novela.

E por falar na trilha de Belíssima, Adriana Calcanhotto assina a inédita canção que batiza a história de Silvio de Abreu e que foi gravada por Ney Matogrosso. Outras faixas do CD são Você É Linda (o tema de abertura, na voz de Caetano Veloso) e Bonita (na gravação feita pela Família Caymmi com Paulo e Daniel Jobim).

Roberto Carlos regrava canção lançada por Wanderley Cardoso em LP de 1966

Na esperança de reeditar o sucesso da sua regravação de A Volta, música lançada pela dupla Os Vips em 1966, Roberto Carlos decidiu incluir no repertório de seu novo álbum outra música composta (mas não gravada) por ele com Erasmo Carlos na década de 60. A escolhida foi Promessa, dada pelo Rei e pelo Tremendão ao cantor Wanderley Cardoso em 1966.

Promessa foi incluída por Wanderley, sem muita repercussão, no repertório do LP Perdidamente Apaixonado (capa à esquerda). Coincidentemente, este disco é um dos 20 títulos raros reeditados este mês pela EMI na coleção Jovem Guarda. O álbum de Wanderley permanecia inédito em CD até então.

Dead Fish compõe para sexto álbum

O quinteto capixaba Dead Fish (foto) já compõe o repertório de seu sexto disco. A idéia é ensaiar as novas músicas em dezembro para gravar o CD em janeiro e fevereiro, pela DeckDisc. O produtor será Rafael Ramos, que já pilotou a gravação do álbum anterior da banda, Zero e Um. Depois de quatro discos de repercussão restrita à cena indie, o grupo de hardcore conseguiu projeção nacional ao ser contratado pela Deckdisc. Na seqüência do lançamento de Zero e Um, em 2004, o Dead Fish gravou seu primeiro DVD na série MTV Apresenta.

Com o lançamento do sexto disco, em meados de 2006, o quinteto vai festejar seus 15 anos de existência. Para fãs de última hora, vale a informação: a banda foi formada no Espírito Santo em 1991 por skatistas que adoravam tirar um som.

Sai quarto disco ao vivo de Simone com versão de Damien Rice feita por Zélia

Quarto registro de show da Cigarra, Simone ao Vivo (capa à esquerda) sai este mês nos formatos de CD e DVD. A EMI decidiu começar a divulgação do trabalho pela faixa Então me Diz, versão de Zélia Duncan de The Blower's Daughter, música do cantor e compositor irlandês Damien Rice. A versão foi incluída na trilha da nova novela da Rede Globo, Belíssima.

É intensa a colaboração de Zélia Duncan neste novo trabalho de Simone. Na gravação do disco, em elegante show no Teatro João Caetano (RJ), em agosto, Zélia fez dueto com a colega em Não Vá Ainda (parceria de Zélia e Christiaan Oyens, lançada pela autora em disco de 1994) e em A Idade do Céu, versão de Moska para a homônima canção do compositor uruguaio Jorge Drexler. Especialmente para Simone, Zélia ainda verteu balada cantada por Joe Cocker - You're So Beautiful, que virou Beleza Igual na letra em português entoada pela Cigarra no bis.

A gravação contou também com as adesões de Milton Nascimento (em Cigarra e Encontros e Despedidas) e de Ivan Lins (em Dandara e em Vitoriosa, música de Ivan inédita na voz da cantora). O roteiro incluiu também Desenho de Giz (João Bosco e Abel Silva), Nós (hit de Cássia Eller, de autoria de Tião Carvalho) e Dia Branco (Geraldo Azevedo).

Antes deste projeto ao vivo, a cantora já havia lançado os discos Ao Vivo (1980), Brasil - O Show (1997) e Feminino (2002). Mas nunca registrou um show em DVD, já que seu primeiro vídeo digital trouxe apenas versões de estúdio das músicas do CD Baiana da Gema (2004).
Sexta-feira, Novembro 04, 2005

Grammy Latino de 'Álbum do Ano' reafirma prestígio de Ivan no exterior

Ivan Lins foi o grande vencedor da sexta edição do Grammy Latino, realizada em Los Angeles (EUA) na noite de 3 de novembro. Editado no fim do ano passado pela EMI, o CD Cantando Histórias foi eleito o Álbum do Ano em categoria na qual concorriam artistas de todos os países latinos. Na foto, tirada por Chris Pizzello para a agência Reuters, Ivan festeja o troféu com Moogie Canazio, produtor do disco, em que o cantor recorda seus principais sucessos na companhia de nomes como Simone, Zizi Possi e Jorge Vercilo.

O prêmio ratifica o prestígio de Ivan Lins como compositor no mercado internacional. Por conta das harmonias requintadas de suas músicas, o autor de Dinorah Dinorah é o compositor brasileiro mais reverenciado no mundo do jazz americano depois de Tom Jobim.

A vitória no Grammy Latino flagra o artista em ótimo momento profissional. Aos 60 anos, o cantor lança este mês no Japão e no Brasil o CD que gravou com Celso Viáfora - Nossas Canções, com três inéditas (Todo Mundo, Encontro dos Rios e Duas e Quinze) e recriações das parcerias dos dois - e prepara no Rio álbum duplo, Ivan, com parcerias e duetos com colegas estrangeiros como a americana Carole King, o italiano Lucio Dalla, o uruguaio Jorge Drexler, o gaitista belga Toots Thielemans e o pianista cubano Chucho Valdés, entre outros.

Acari reedita disco raro e expressivo gravado por Raphael Rabello em 1988

Dando o pontapé inicial na reedição da discografia de Raphael Rabello (1932-1985) originalmente lançada em LP, a gravadora Acari Records repõe em catálogo um dos títulos mais raros e expressivos do violonista, morto precocemente em 27 de abril de 1995, aos 32 anos. Rafael Rabello (capa à esquerda) foi gravado em 1988, pelo selo Visom, e reafirmou a técnica e a habilidade incomuns do músico para tocar choro.

O repertório inclui temas de outro gigante do violão, Garoto (Lamentos do Morro, Desvairada, Nosso Choro e Jorge na Fusa), além de músicas de Pixinguinha (Ainda me Recordo, tocada em duo com Dino Sete Cordas, com quem dividiria um álbum em 1991), João Pernambuco (Graúna) e Jacob do Bandolim (uma valsa, O Vôo da Mosca, já gravada por Rabello em seu primeiro disco solo, Sete Cordas, de 1981).

Gil grava com ex-ministro de Cabo Verde

Gilberto Gil (à direita, em foto de Remi Boisseau) é um dos convidados do primeiro disco solo de Mário Lúcio, cantor e compositor de Cabo Verde. O CD se chama Mar e Luz e sai no Brasil pela gravadora Rob Digital. Gil arrumou brecha na sua atribulada agenda de Ministro da Cultura para gravar Nha mudjer, faixa que também conta com a adesão do saxofonista Leo Gandelman. A curiosidade é que Mário Lúcio já foi Ministro da Cultura de Cabo Verde.

Marina canta Chico no seu 18º disco

Marina Lima (foto) incluiu Dura na Queda - samba feito por Chico Buarque em tributo a Elza Soares e gravado pela homenageada no disco Do Cóccix até o Pescoço (2002) - em seu 18º disco, gravado de forma independente. Mas o repertório do novo CD de Marina é essencialmente inédito. Entre as novidades, há Três (parceria da cantora com seu irmão, Antonio Cícero, inicialmente intitulada O Mundo e seu Amor), Anna Bella (outra parceria com Cícero), Valeu (de autoria somente de Marina) e Entre as Coisas (mais uma apenas de Marina). O lançamento do álbum está previsto para 2006.

Fafá regrava 'Eu te Amo' para novela

Fafá de Belém regravou Eu te Amo - parceria de Chico Buarque e Tom Jobim, lançada em 1980 - para a trilha da nova novela da Rede Record, Prova de Amor. O curioso é que Fafá já pretendia incluir a canção no repertório de seu recente disco Tanto Mar, em que recriou a obra de Chico (com a cantora na foto, durante a gravação do CD), mas a música acabou sendo excluída na seleção final. Na trama da Record, Eu te Amo ilustra as cenas do casal Joana e Felipe, interpretado por Bianca Rinaldi e Heitor Martinez.
Quinta-feira, Novembro 03, 2005

Zoli faz a festa com clássicos do soul

Resenha de disco
Título: Zoli Clube
Artista: Cláudio Zoli
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *

Ao ingressar na gravadora Trama, em fins dos anos 90, Cláudio Zoli passou enfim a ter uma discografia regular. Mas nunca emplacou verdadeiramente discos de repertório inédito como Férias e o recente Sem Limite no Paraíso. Seu maior êxito comercial foi com o álbum Na Pista, em que traduziu seus hits para o idioma eletrônico dos DJs. Daí que não chega a ser surpresa o lançamento deste Zoli Clube com releituras de clássicos do soul nacional.

Um projeto do gênero poderia resultar facilmente num disco banal. Mas, escorado na eficiente produção de João Marcelo Bôscoli, Zoli desviou da trilha mais óbvia e apresenta um CD de sonoridades contemporâneas (urdidas com muitos teclados e bateria eletrônica) sem perder a levada funk-soul do magistral repertório regravado pelo cantor.

A seleção, aliás, é outro acerto do disco. Tem, sim, várias baladas como Na Sombra de uma Árvore (Hyldon, 1975), A Lua e Eu (Cassiano, 1976), Coleção (Cassiano, 1976), Pra que Vou Recordar o que Chorei (Carlos Dafé, 1977) e Pensando Nela (Dom Beto, 1977) - todas compostas sem excesso de açúcar e cantadas por Zoli com legítimo acento soul e embaladas com arranjos de cordas (A Lua e Eu e Na Sombra de uma Árvore). Mas tem, também, vários lados B do soul nacional. Casos de Estou Livre (faixa de compacto editado por Tony Bizarro em 1983) e do tema instrumental Eva, lançado pelos autores Lincoln Olivetti e Robson Jorge em disco gravado pela dupla em 1982 - época marcada por abundância de teclados e muita pasteurização. Na faixa, Zoli faz os vocalises e pilota sua guitarra com suingue.

Outra raridade é Festa Funk, outra jóia do baú da dupla Olivetti & Jorge, composta em parceria com Almir Ricardi, cantor que batizou disco de 1984 com este tema do trio. O título, Festa Funk, já traduz o espírito de Zoli Clube. O CD tem tom festivo, incrementado pela vinheta de abertura, Intro, e por outra vinheta (Esperando Zoli) composta pelo rapper Parteum.

Da obra de Tim Maia, o primeiro cantor a traduzir o soul americano para o idioma nacional, Zoli revive Acenda o Farol (do LP Tim Maia Disco Club, clássico de 1978 dos dancin' days) e a pouco conhecida Lábios de Mel. Não, não se trata do sucesso de Ângela Maria nos anos 50, mas do belo tema homônimo de Edson Trindade e Cleonice gravado por Tim em 1979 no LP Reencontro, um dos poucos títulos da discografia do Síndico que permanecem inéditos no formato digital. Como Zoli sempre foi cantor competente, ele soube dar novo brilho a essas pérolas.

Para a festa ficar completa, Zoli Clube traz versões instrumentais e a capella das faixas Acenda o Farol, Lábios de Mel, A Lua e Eu e Pensando Nela. Os registros originais dos anos 70 e 80 continuam naturalmente imbatíveis, mas, com este CD de Cláudio Zoli, a noite vai ser boa...

CID distribui 'Pegada' de Renata Arruda

Renata Arruda (foto) assinou contrato com a gravadora CID para distribuição de seu CD e DVD Pegada, produzido pela cantora com Robertinho de Recife. No disco, nas lojas no fim de novembro, a cantora apresenta parceria inédita com Sandra de Sá (Libera), regrava sucesso de Lenine (Hoje Eu Quero Sair Só) e canta autores como Bráulio Tavares (Soberano Desprezo), além de cair no forró na faixa Roendo Unha e de rebobinar seus hits É Ouro pra Mim e Canudinho. O DVD foi filmado em estúdio e documenta o processo de gravação do CD.

A capa do terceiro DVD de Bethânia

Esta é a capa do terceiro DVD de Maria Bethânia, Tempo Tempo Tempo Tempo, que registra na íntegra o show comemorativo dos 40 anos de carreira da cantora e chega às lojas no início de dezembro, pela Biscoito Fino. A gravação foi feita em agosto em minitemporada do espetáculo na casa CIE Music Hall, em São Paulo (SP). Ao repertório do disco Que Falta Você me Faz, dedicado à obra de Vinicius de Moraes, a cantora adicionou no roteiro músicas inéditas em sua voz como Nos Combates desta Vida (Ivone Lara e Délcio Carvalho), Você Vai Ficar na Saudade (Benito Di Paula) e Céu de Santo Amaro (Flávio Venturini sobre melodia de Bach).

No show, que estreou em fevereiro no Canecão (RJ), Bethânia também lançou inéditas como Foguete (Roque Ferreira e J. Velloso), Um Dia pra Vadiar (Totonho Villeroy) e Estranho Rapaz (Roberto Mendes e Capinam).

O DVD inclui nos extras imagens da cantora em sua terra natal, Santo Amaro da Purificação (BA).

Baile em que Bebeto gravará DVD tem sete inéditas e adesões de Zélia e Baleiro

Bebeto (foto) vai incluir nada menos do que sete músicas inéditas no DVD que vai gravar ao vivo, em baile-show na casa Olimpo (RJ), na próxima quarta-feira, 9 de novembro. Seis das sete inéditas (Caramba, Casa Grande, Festa pra Iemanjá, Viva o Sol, Amor Sagrado e Florisbela) foram compostas pelo próprio cantor, com vários parceiros. Já Aos Meus Heróis é de autoria do compositor mineiro Julinho Marassi.

A gravação do primeiro DVD de Bebeto contará com as participações especiais de Davi Moraes, Seu Jorge, Zeca Baleiro e Zélia Duncan. Jorge vai misturar sua música Carolina com Menina Carolina, hit do colega. Baleiro, em princípio, deverá cantar Segura a Nega, outro sucesso do cantor. Já Zélia Duncan - que foi backing-vocal de Bebeto antes da fama - fará dueto em Como?, outra música do repertório antigo do artista. Davi Moraes ainda está escolhendo o número no qual vai se juntar a Bebeto.

Líber sai do comando da Indie Records

A gravadora Indie Records já não é mais comandada por Líber Gadelha (foto). Oficialmente, a assessoria da companhia informa que, por recomendações médicas, Gadelha teria pedido aos sócios na empresa seu afastamento da diretoria da gravadora (o executivo sofreu um enfarte este ano que o deixou em tratamento durante meses). Nos bastidores da indústria fonográfica, a história é outra. Comenta-se que foram os sócios que solicitaram a saída do executivo, por divergências na gestão da empresa.

O fato é que Gadelha deixou a Indie Records e voltou a produzir discos para outras companhias. No momento, ele produz para a Deckdisc o CD de estréia do cantor baiano Fábio Souza, vencedor da última edição do programa Fama, da Rede Globo. O disco terá basicamente regravações de sucessos, no estilo da série Aquarela Brasileira, gravada por Emílio Santiago de 1988 a 1994.
Quarta-feira, Novembro 02, 2005

Stevie Wonder volta fiel a si mesmo com belo mix de soul, funk, baladas e r & b

Resenha de disco
Título: A Time to Love
Artista: Stevie Wonder
Gravadora: Motown / Universal
Cotação: * * * *

Adiado sucessivas vezes desde o ano passado, o lançamento deste primeiro disco de inéditas de Stevie Wonder em dez anos aconteceu naturalmente cercado de grande expectativa. Plenamente cumprida. O sucessor de Conversation Peace (1995) está entre os melhores títulos da discografia do artista - e isso não é pouco. Em A Time to Love, Wonder volta fiel a si mesmo. Sem querer impressionar ou soar moderno, ele apresenta belo mix de baladas, soul, funk e rhythm and blues.

Produzido e arranjado com extrema maestria, o álbum reúne 15 faixas e, pelo menos, duas obras-primas: a faixa-título, gravada com a guitarra de sir Paul McCartney, e If your Love Cannot Be Moved, o tema que abre o disco com batida quase hipnótica. As demais são de ótimo nível, ainda que haja excesso de baladas amorosas no repertório (True Love, Shelter in the Rain, Can't Imagine Love without You). Uma delas, aliás, é cantada em dueto por Wonder com sua filha, Aisha Morris, a menina que inspirou seu pai babão a compor o hit Isn't She Lovely?, de 1976.

O compositor prega seu discurso social - feito meio na linha paz & amor - com o apoio de boa música. Fãs antigos vão logo reconhecer a veia melódica típica de Wonder em faixas como Sweetest Somebody I Know e My Love Is on Fire (a primeira é mais inspirada do que a segunda). A inconfundível gaita também está presente, notadamente em From the Botton of my Heart, canção de refrão ganchudo que tem toda pinta de virar mais um hit do artista na linha sentimental de I Just Called to Say I Love You. Já Moon Blue integra passagens instrumentais jazzísticas com arranjo vocal que remete aos melodiosos hits dos grupos de doo-wop dos anos 50.

Nem tudo são baladas e canções de acento soul. Há alguns funkaços bem no estilo dos anos 70. Please Don't Hurt my Baby tem inclusive metais a la James Brown. Já So What the Fuss exibe a guitarra de Prince. Por sua vez, Positivity está entre os melhores temas do autor na área funky.

Enfim, um grande disco de um grande artista. Nem o teor excessivamente sentimental de suas muitas baladas tira o mérito de A Time to Love. É tempo de ouvir Stevie Wonder, até porque o próximo álbum poderá sair somente daqui a dez anos...

EMI quer indenização de Dylon por conta de investimento feito por antiga diretoria

Iniciada em julho, a briga judicial entre Felipe Dylon (foto) e a EMI ainda terá novos rounds nos tribunais. Embora o astro juvenil já tenha obtido permissão para gravar fora da companhia, por decisão unânime de três desembargadores da 10ª Câmara Cível, a gravadora entrou com ação contra o cantor, pela qual reivindica indenização de R$ 4 milhões por conta de investimentos feitos na carreira de Dylon.

Ora, a gravadora de fato investiu no artista, mas não na atual gestão de Marcos Maynard. Quem acreditou em Dylon foi o antigo diretor artístico da companhia, Jorge Davidson, demitido com a nomeação de Maynard para presidir a gravadora. A ação da empresa dá a impressão de ser mera retaliação para intimidar Dylon pela coragem de mover processo contra a multinacional para defender sua liberdade artística e poder gravar suas próprias composições, vetadas pela atual diretoria.

Seja qual for a decisão judicial final, Dylon prepara CD e DVD de forma independente. Até segunda ordem, ele já conquistou o direito de lançar novos trabalhos sem o selo da EMI.

Maestro de Roberto Carlos lança CD em que revive no piano 12 sucessos do 'Rei'

Maestro e arranjador dos discos e shows de Roberto Carlos há 28 anos, Eduardo Lages (acima, em foto de Daniela Conti) lança este mês seu primeiro CD solo, Emoções. Como o título já denuncia, o repertório é focado na obra do Rei. O compositor autorizou Lages a regravar 12 sucessos de seu cancioneiro. Além de obviedades como Proposta (1973), Olha (1975) e a faixa-título (1981), Lages selecionou pérolas como O Diamante Cor-de-Rosa, composta nos anos 60 para a trilha do filme homônimo. O maestro toca as músicas no piano, na companhia de cerca de 50 músicos de estúdio.

Cláudia Leite grava hit do babado para seduzir público gay em seu quarto CD

No quarto disco do Babado Novo, O Diário de Claudinha (capa à direita), a vocalista Cláudia Leite regrava um sucesso literalmente do babado... A cantora acena para o público gay com releitura intimista de Never Can Say Goodbye, hit da época das discotecas na voz de Glória Gaynor. A faixa tem piano e cordas arranjadas por Lincoln Olivetti.

O CD sai este mês, com 14 faixas - a maiora inédita. O Babado Novo grava músicas de compositores habitualmente presentes nos recentes discos de axé - casos de Pierre Onassis (Simplescidade e ABC de me Dar), Ramon Cruz (Bola de Sabão, eleita a música de trabalho pela gravadora Universal), Jauperi (A Camisa e o Botão, parceria com Tenilson Del Rey), Anderson Cunha (Aconteceu Você) e Alexandre Peixe (Despenteia e Meu e Seu). Outras faixas são Piriripiti, Janela e Pororoca.

O título do disco, O Diário de Claudinha, vem da faixa O Diário, assinada por Cláudia Leite em parceria com seu namorado, Manno Goés, baixista da banda Jammil e uma Noites. Para Manno, aliás, a cantora compôs a balada Um Dom.

O disco do Babado Novo - vale ressaltar - é uma das prioridades da Universal Music neste fim de ano. A gravadora aposta no carisma de Cláudia Leite e acredita que ela tem potencial para trilhar caminho parecido com o de Ivete Sangalo - hoje a maior estrela da companhia.

Pioneiro do axé, Luiz Caldas grava DVD com Ivete, Brown, Armandinho e Fagner

Pioneiro do som rotulado pela mídia de axé music, ao lançar em 1985 a música Fricote, Luiz Caldas (foto) vai marcar seus 20 anos de carreira com a gravação de DVD e CD ao vivo - prevista para este mês de novembro, possivelmente em São Paulo ou na Bahia. Caldas contará com as adesões de Ivete Sangalo (em Ajaiô), Carlinhos Brown (em Beverly Hills), Armandinho (em Lá Vem o Guarda), Gerônimo (em É d'Oxum) e Fagner (em Juazeiro Petrolina). O compositor incluirá no repertório algumas inéditas, como Vaza, além de hits obrigatórios como Tieta e o supra-citado Fricote. A empresa de Ivete, Caco de Telha, está envolvida na produção do projeto. O lançamento está previsto para o início de 2006.
Terça-feira, Novembro 01, 2005

Chapman segue à sombra de sua estréia

Resenha de disco
Título: Where You Live
Artista: Tracy Chapman
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

Há artistas que estréiam em disco de forma tão arrebatadora que fica difícil reeditar o encantamento em álbuns posteriores. É o caso de Tracy Chapman. A trovadora americana seduziu público e crítica em 1988 com o disco homônimo que trazia jóias como Fast Car. O tempo foi passando - lá se vão quase 20 anos... - e a compositora nunca mais dominou as paradas como naquele ano. Mas continua construindo discografia das mais dignas - ora reforçada por este bom Where You Live. O folk de Chapman continua honesto, criado sem concessões aos modismos do mercado fonográfico. Quem ouvir o CD com calma e boa vontade encontrará momentos de grande beleza. Change é um deles, com seus versos cheios de questionamentos pertinentes. E assim transcorre o álbum. Há uma outra faixa de pegada mais pop - caso de America - mas Where You Live é disco acústico, cool, às vezes lento como na bela Don't Dwell, cantada quase a capella. É fato que não arrebata, mas, como uma ostra, traz pérolas como Going Back que precisam ser cavadas com paciência.

Stones reeditam 'Bigger Bang' com DVD para tentar reverter fracasso de vendas

Para tentar se redimir do fracasso de vendas do disco A Bigger Bang no mercado americano, Os Rolling Stones vão reeditar o álbum em 21 de novembro numa embalagem luxuosa (foto à direita) que trará um DVD como bônus e será ilustrada com o símbolo do grupo - a famosa língua - em forma metálica. O vídeo apresenta duas músicas (Under the Radar e Don't Wanna Go Home) compostas por Mick Jagger e Keith Richards durante as sessões de gravação do CD.

O DVD traz ainda o clipe de Streets of Love - filmado por Jake Nava, com comentários do diretor - e registros ao vivo inéditoss da mesma Streets Of Love e de Rough Justice, captados em apresentações do quarteto para uma emissora de TV de Toronto, canadá. Há também entrevistas com cada membro da banda, takes inéditos das sessões de estúdio e uma galeria de fotos com imagens dos fotógrafos Mark Seliger e Steven Klein.

EMI reedita 20 títulos da Jovem Guarda

Ainda no embalo dos festejos dos 40 anos da estréia do programa Jovem Guarda, a gravadora EMI reedita 20 raros discos do gênero. Chegam ao CD na Coleção Jovem Guarda títulos de Golden Boys (The Golden Boys e Alguém na Multidão), Celly Campello (Broto Certinho, capa acima), Wanderley Cardoso (Perdidamente Apaixonado), Sérgio Reis (Coração de Papel e Anjo Triste), The Jordans (A Vida Sorri Assim!... e Suspense) e Tony Campello (Tony Campello e Baby... Rock!).

Outros discos da coleção já tinham sido relançados no formato digital - em séries como Portfolio, Dois em Um, Odeon 100 Anos e Os Originais - mas já estavam fora de catálogo. São os casos de títulos de Eduardo Araújo (O Bom), Celly Campello (Estúpido Cupido), Trio Esperança (Nós Somos o Sucesso e Três Vezes Sucesso) e Wanderley Cardoso (O Jovem Romântico).

A Coleção Jovem Guarda inclui ainda discos de Evinha, Silvinha e da dupla Deny & Dino.

Janaína Reis estréia em disco com aval de Fafá e samba inédito de Arlindo Cruz

Uma nova voz tenta um lugar ao sol no mundo do samba. Cantora paraense radicada no Rio, Janaína Reis lança seu primeiro disco, Choro Novo na Senzala, com aval de sua colega conterrânea Fafá de Belém. Além da madrinha, que canta na faixa Outra Ceia (Carlito Cavalcante e Marquinho PQD), o CD traz as participações de Arlindo Cruz (na inédita Paixão Sagrada, parceria de Arlindo com Maurição e Acyr Marques), Sombrinha e Rildo Hora. O repertório inclui regravação de Tom Maior, de Martinho da Vila, e sambas de Wilson Moreira & Paulo César Pinheiro (Terreiro Grande) e da dupla Efson & Odibar (Pra Pegar e Sinhá, Sinhá).

Gravado entre abril e setembro de 2004, Choro Novo na Senzala chega às lojas este mês, com distribuição da Indie Records e produção de Luiz Carlos T. Reis. A faixa-título é de autoria da mãe da cantora, Rita Reis, amiga de infância de Fafá (na foto, abraçando Janaína, durante a assinatura do contrato com a Indie) em Belém.

A imagem da música de Caymmi

A imagem à esquerda é a visão do fotógrafo Mario Cravo Jr para A Vizinha do Lado, uma das 80 músicas de Dorival Caymmi retratadas na exposição A Imagem do Som de Dorival Caymmi. Oitenta nomes ligados às artes plásticas e visuais criaram um trabalho para determinada música do compositor baiano. Entre eles, Arnaldo Antunes (Vatapá), Andrucha Waddington (Dora), Gringo Cardia (Só Louco), Luiz Stein (Cala Boca Menino), Lan (Modinha para Teresa Batista)e Ziraldo (Roda Pião). A exposição será aberta nesta quinta-feira, 3 de novembro, e poderá ser apreciada no Paço Imperial (na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro) até 29 de janeiro, das 12h às 18h.
Segunda-feira, Outubro 31, 2005

Vercilo entra na 'Casa da Bossa'

Jorge Vercilo (à direita, em foto de Leonardo Aversa) é um dos 18 artistas que gravaram músicas de Tom Jobim para o CD e DVD Casa da Bossa. A gravação aconteceu em Canela (RS) durante a Festa Nacional da Música. O projeto é da gravadora Universal - que já lançou em 1997 um CD intitulado Casa da Bossa ao Vivo, no embalo do sucesso da série Casa de Samba - e traz no elenco, além de Vercilo, nomes como Luciana Mello, Pedro Mariano, Leny Andrade, Orlando Morais (intérprete de Por Causa de Você), Negra Li, Lenine, Fernanda Porto e a dupla Sandy & Junior. A produção é de Otávio Moraes.

Moby fica punk no próximo CD

O próximo disco de Moby terá repertório formado essencialmente por rocks de estilo punk. A notícia foi dada pelo próprio DJ americano em seu site oficial. Moby relata que compôs no ano passado muitos punk rocks e que decidiu gravá-los com o baterista Scott Frassetto em seu novo CD. O artista já se prepara para entrar em estúdio. Paralelamente, Moby trabalha também no repertório do novo álbum de seu alter-ego, Voodoo Child.

A (Chico) César o que é de César

Nem parece que há um novo e bom disco de Chico César nas lojas. Estivéssemos em 1996, ano em que o compositor paraibano tinha músicas disputadas pelas principais cantoras brasileiras, o lançamento do CD De Uns Tempos pra Cá teria sido recebido com mais barulho pela crítica especializada. Primeiro trabalho de Chico na Biscoito Fino, o álbum foi co-produzido por Lenine e gravado com o Quinteto da Paraíba.

Mais do que o próprio Lenine, Chico César é o mais inspirado dos compositores projetados nos anos 90. Mas, passado o entusiasmo inicial de público e crítica com sua obra, o trabalho de Chico foi desaparecendo progressivamente da mídia nacional e sendo consumido por platéias cada vez menores - fato atestado pela magra tiragem inicial de cinco mil cópias de seu sexto disco.

Talvez pelo fato de ter se dedicado à promoção de sua carreira no exterior, o cantor foi perdendo espaço no Brasil. Mas sua inspiração continua intacta e sua obra ainda guarda jóias no baú, como Alcaçuz, canção lançada por Vânia Abreu em 1998 e regravada este ano por Chico em De Uns Tempos pra Cá.

Aliás, a irmã de Vânia - ninguém menos do que Daniela Mercury - acaba de fazer linda gravação da balada Pensar em Você (lançada por Chico em seu quarto CD, Mama Múndi). A faixa, com piano e cordas arranjadas por Lincoln Olivetti, é o momento mais sublime do décimo-primeiro disco solo de Daniela, Balé Mulato. Merece fazer o sucesso que não fez a releitura, igualmente bela, de Gal Costa para Quando Eu Fecho os Olhos, outra balada inspirada de Chico, lançada pelo autor em seu quinto disco, Respeitem meus Cabelos, Brancos.

Ou seja, Chico César continua compondo belas músicas. Cabe ao público procurar descobrir essas músicas, já que a crítica musical já não dá muita bola para elas e não dá a (Chico) César o que é de César: um reconhecimento maior por seu talento.

Pet Shop Boys se reinventam ao criar trilha para 'Encouraçado Potemkin'

Resenha de disco
Título: Battleship Potemkin
Artista: Pet Shop Boys
Gravadora: EMI
Cotação: * * * *

A idéia soa, no mínimo, inusitada: a criação pela dupla inglesa Pet Shop Boys de uma nova trilha para o clássico filme O Encouraçado Potemkin, dirigido em 1925 por Sergei Eisenstein. Pois a idéia acabou revigorando e reinventando o som do duo, que já se mostrara repetitivo em seu último disco com material inédito (Release, 2002). Com o auxílio luxuoso da orquestra Dresdner Sinfoniker, regida pelo maestro Jonathan Stockhammer, os boys Neil Tennant e Chris Lowe criam envolvente fusão de timbres eruditos e eletrônicos em 15 temas arranjados por Torsten Rasch.

O curioso é que a incorporação dos tons eletrônicos pela orquestra se dá progressivamente. No primeiro tema, 'Comrades!', fica díficil identificar qualquer traço da obra da dupla, surgida nos anos 80 com irresistível som dance retrô com ecos de disco music. No segundo, Men and Maggots, já dá para perceber, de leve, a mão do duo. Mas é a partir do quinto tema, Nyet, que o som eletrônico das pistas começa a se integrar com a tensão das cordas orquestrais. E o fato é que, no fim do álbum, faixas como After All e The Squadron já soam com a grife dos Pet Shop, mas com o envolvente tom épico da trilha (especialmente The Squadron).

O disco é basicamente instrumental, mas três faixas (No Time for Tears, For Freedom e a supra-citada After All) são cantadas por Tennant e Lowe com resultado harmonioso. O duo esteve inspirado na criação da trilha. A beleza de temas como Odessa e To the Batteship atestam que os Pet Shop Boys, ao beberem em fontes eruditas, recuperaram a originalidade de sua música. Sergei Eisenstein embarcaria na viagem marítima da dupla.

Último álbum do Pink Floyd com Roger Waters ganha reedição com faixa extra

Gravado em 1982 e lançado originalmente no ano seguinte, o último álbum do Pink Floyd com Roger Waters - The Final Cult (A Requiem for the Post War Dream) - ganha reedição remasterizada, com direito a faixa-bônus, When the Tigers Broke Free, música eleita na época o primeiro single do disco, mas curiosamente excluída do repertório do álbum. A reedição foi remasterizada e vem com libreto de 16 páginas, nas quais são apresentadas as ilustrações criadas por Waters para o encarte do LP original.
Domingo, Outubro 30, 2005

Queen sem Mercury não é Queen, mas seu retorno funciona com Paul Rodgers

Resenha de disco
Título: Return of the Champions
Artista: Queen + Paul Rodgers
Gravadora: EMI
Cotação: * * *

A morte de Freddie Mercury em novembro de 1991 - aos 45 anos, vítima de Aids - parecia ser também o fim do Queen. Mas é óbvio que a indústria fonográfica não ia deixar de explorar o acervo de um grupo tão popular. Várias gravações ao vivo foram editadas ao longo da década de 90 para não deixar morrer o culto a Mercury. Mas agora a banda está realmente de volta - com novo vocalista, Paul Rodgers - em Return of the Champions, disco gravado ao vivo em 9 de maio deste ano em megashow de arena. O projeto está sendo lançado pela EMI em CD e, em breve, chegará às lojas também no formato de DVD.

Bem, Queen sem Freddie Mercury não é o mágico Queen que ficou na memória dos fãs de música pop. Mas este retorno funciona porque reedita o profissionalismo mostrado pela banda em seus lendários shows nos anos 70 e 80. Vocalista e fundador do Bad Company, Rodgers não procura imitar Mercury e isso já é um ponto a favor. O Queen de 2005 é uma nova banda que evoca a energia de outrora por força de seus clássicos (I Want to Break Free, Radio Ga Ga, We Are the Champions, We Will Rock You) - todos devidamente enfileirados nas 27 faixas do álbum duplo.

Em cena, os guitarristas remanescentes Brian May e Roger Taylor se mostram em forma. Taylor ainda contribui com música nova no repertório do Queen, Say It's Not True, lançada em 2003 em benefício de projeto arquitetado por Nelson Mandela para combater a Aids. Mas é número mediano. O que salta aos ouvidos é o habitual coro da platéia na balada Love of my Life, os solos de guitarra em Hammer to Hall e o clima de rock'n'roll dos anos 50 instaurado por Rodgers em Crazy Little Thing Called Love. E tudo termina em clima apoteótico com God Save the Queen. Não é o Queen mágico de Mercury - repita-se - mas a banda que retorna nesta mega-turnê européia é competente, cumpre seu papel saudosista e, por isso mesmo, pode ter futuro.

Natalie Cole recria Young e Bush

Natalie Cole (foto) já entrou em estúdio para gravar o sucessor de Ask a Woman Who Knows (2002). Produzido por Dallas Austin e David Munk para a gravadora Verve, o disco terá repertório formado basicamente por regravações. A cantora recria sucessos de compositores como Neil Young, Kate Bush e Fiona Apple, entre outros nomes.

Wilco vira sexteto, lança disco ao vivo e compõe inéditas para álbum de estúdio

Enquanto lança seu primeiro álbum ao vivo (Kicking Television, nas lojas em novembro, com registro de show gravado em maio, em Chicago), o grupo Wilco (foto) já compõe o repertório de seu próximo disco de estúdio, previsto para 2006. Por ora, a banda já trabalhou em 13 músicas inéditas - entre elas, I'm Talking to Myself about You e On and On and On and On. O sucessor de A Ghost Is Born (2004) começará a ser gravado em dezembro e será o primeiro álbum de estúdio do Wilco com seus dois novos integrantes, Nels Cline (guitarra) e Pat Sansone (teclados e guitarra).

Tributo ao Clube da Esquina traz gravações raras de Joyce e Alaíde

O selo Dubas Música, de Ronaldo Bastos, está lançando coletânea em tributo ao Clube da Esquina, o movimento fundado em Minas Gerais, no início dos anos 70, por compositores como Milton Nascimento e Lô Borges. Clube Moderno - Esquina do Mundo (capa à esquerda) reúne, claro, gravações de Milton (Clube da Esquina, Vera Cruz, Saídas e Bandeiras) e Lô (Calibre, Chuva na Montanha) entre registros de Elis Regina (Nada Será Como Antes) e Nana Caymmi (Clube da Esquina 2).

Além dos inevitáveis hits, a compilação traz também fonogramas mais obscuros. O mais raro é Catavento, na voz de Alaíde Costa. Lançada por Milton em 1967, a música foi regravada pela cantora em 1976 com arranjo de João Donato em disco produzido pelo próprio Milton (Coração, ainda inédito em CD). Pouco conhecidas também são as duas gravações de Joyce com o violonista Nelson Angelo, Tiro Cruzado e Linda, extraídas do disco Nelson Angelo e Joyce, reeditado em CD, em pequena tiragem, na série Odeon 100 Anos, mas já fora de catálogo.

Harmonia lança DVD com Sandra de Sá, Reginaldo Rossi e música para a Copa

Chega às lojas ainda este ano o primeiro DVD do grupo Harmonia do Samba, que traz no repertório a inédita Vai Brasil, música feita para tentar pegar carona no inevitável clima de empolgação que tomará conta do País na época da Copa do Mundo de 2006. Gravado em dois shows realizados em 28 e 29 de julho na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), o novo projeto ao vivo do grupo de axé conta com as adesões de Sandra de Sá (na foto, num clique de Lívio Campos), Ivete Sangalo, Reginaldo Rossi e do cantor evangélico Mattos Nascimento. A gravação será lançada também em CD (o oitavo do grupo de Xanddy).

Sandrá de Sá regravou com o o grupo o samba Não Vá, lançado pela cantora em disco de 1986. Ivete Sangalo soltou a voz em Pintou Harmonia. Já Reginaldo Rossi participou da inédita Papo Furado. Por sua vez, o artista evangélico Mattos Nascimento cantou Sou Feliz. Sozinho, Xanddy regravou Tão Bem, hit de Lulu Santos em 1984.
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