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S�bado, Novembro 05, 2005

CD e DVD 'Anos 80' ratificam talento de hitmakers da d�cada como Leo Jaime e Ritchie em calorosa grava��o ao vivo

Resenha de CD / DVD
T�tulo: Anos 80 - Multishow ao Vivo
Artista: V�rios
Gravadora: Som Livre
Cota��o: * * * *

"Tinha m�sica no ar... Muita gente tocando em garagem sem sonhar com disco". A frase, dita por Ritchie num t�xi, abre o making of contido nos extras do DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo e procura sintetizar o esp�rito musical da d�cada em que o mercado fonogr�fico nacional abriu definitivamente suas portas para o rock produzido no Brasil. Editado tamb�m em CD, o projeto do canal Multishow chega �s lojas - com distribui��o da Som Livre - em meio a outros lan�amentos similares produzidos na onda dos revivals dos anos 80.

Muito lixo tem sido jogado no mercado em nome do culto � d�cada. Mas � preciso separar o joio do trigo. Anos 80 - Multishow ao Vivo, gravado em show na casa Olympia (SP) em 26 de agosto, se destaca por reunir talentosos hitmakers da d�cada cujas carreiras n�o decolaram a partir dos anos 90 por fatores diversos que n�o tiram o m�rito destes compositores. Eles s�o Leo Jaime, Ritchie e Leoni. As obras dos tr�s resistem bem ao tempo e sustentam o repert�rio deste CD / DVD, entre hits mais ou menos expressivos de Kid Vinil (Tic-Tic Nervoso e Sou boy), Nasi (o vocalista do Ira!, int�rprete de N�cleo Base e de Te Odeio), Dinho Ouro Preto (Independ�ncia, Fogo), Dulce Quental e George Israel.

Com seu recente projeto ao vivo solo, Leoni at� obteve este ano o reconhecimento e a popularidade a que fazia jus por sua rica contribui��o ao pop nacional - n�o fosse ele co-autor de j�ias como Exagerado. Leo e Ritchie ainda n�o tiveram a mesma sorte, e talvez seja esse o maior m�rito do projeto do Multishow: mostrar �s novas gera��es o qu�o irresist�vel � o pop desencanado dos dois e ratificar para os quarent�es que curtiram os anos 80 o talento de ambos como autores. At� porque a dupla n�o deve ser confundida com a turma de artistas destalentados e ef�meros da d�cada que procuram desesperadamente aderir a revivals do tipo para tentar outros 15 minutos de fama.

Diretor art�stico do projeto, ao lado do empres�rio Alexandre Ktenas, Leo se d� melhor do que Ritchie no CD, revivendo sucessos como As Sete Vampiras, A F�rmula do Amor (em dueto com Leoni e com o sax de George Israel) e Rock Estrela. No CD, Ritchie defende apenas Menina Veneno - seu megahit de 1983 - e participa dos n�meros coletivos (Perdidos na Selva e Bete Balan�o, tributos ao pioneirismo da Gang 90 de J�lio Barroso e ao cancioneiro de Cazuza, respectivamente). Mas, no DVD, Ritchie vai � forra e recorda Pelo Interfone e Casanova, del�cias pop de seu primeiro e antol�gico LP que pediam mesmo regrava��es porque meio que ca�ram no esquecimento.

� claro que h� aus�ncias indispens�veis no projeto. A ponto de Kid Vinil ter que representar a Plebe Rude com vers�o competente de At� Quando Esperar?, feita com o aux�lio luxuoso do baixista Mingau. A Legi�o Urbana de Renato Russo tamb�m tinha que estar no DVD de alguma forma, embora sua exclus�o tenha se dado somente por quest�es legais referentes � autoriza��o do cancioneiro da banda - sempre vetado por seus herdeiros para projetos revisionistas do g�nero. A aus�ncia dos Paralamas do Sucesso tamb�m � indesculp�vel.

Por outro lado, h� presen�as dispens�veis - caso da deslocada Dulce Quental, que ainda se recusou a cantar seu maior hit com o grupo Sempre Livre (Sou Free) e tenta esquentar a plat�ia com morna vers�o de Fui Eu, m�sica que n�o entrou para a hist�ria da d�cada. No todo, entretanto, a grava��o do show � calorosa e mostra como o pop brasileiro dos anos 80 era charmoso porque simples e eficiente, sem o tom cabe�a que faria muitas bandas naufragarem a partir da d�cada de 90.

Al�m de registrar a �ntegra do show, o DVD supera o CD por trazer nos extras um bate-papo sobre a cultura pop dos anos 80, gravado na casa paulista Rose Bom Bom com a presen�a de Leo, de Ritchie, do escritor Marcelo Rubens Paiva (autor do best-seller Feliz Ano Velho) e do fot�grafo Rui Mendes. O papo flui bem, mas poderia ter ganhado consist�ncia sociol�gica se tivesse contado com um mediador para desenvolver os temas e conduzir os depoimentos sobre mercado, m�sica, drogas e temas afins.

Enfim, vale a pena ver e ouvir sem preconceitos o CD e DVD Anos 80 - Multishow ao Vivo. Nunca o Brasil produziu um pop rock t�o sedutor como naquela �poca. E que ainda convence - mesmo em vers�es requentadas - duas d�cadas depois de sua cria��o.

Daniela est� na trilha de 'Bel�ssima'

Daniela Mercury estar� presente na trilha sonora da nova novela da Rede Globo, Bel�ssima, que estr�ia nesta segunda-feira, 7 de novembro. A faixa negociada pela EMI com a Rede Globo � Pensar em Voc�, a balada de Chico C�sar recriada pela cantora em seu d�cimo-primeiro disco solo, Bal� Mulato. A releitura da can��o - com direito a sublime arranjo de cordas do maestro Lincoln Olivetti - � um dos momentos mais bonitos do novo CD de Daniela (na foto, vestida de porta-bandeira da escola Beija-flor durante a grava��o do clipe da faixa Topo do Mundo).

Vale lembrar que, em 1996, a artista baiana fez muito sucesso na trilha da novela O Rei do Gado com outra balada de Chico C�sar, � Primeira Vista, cuja regrava��o de Daniela impulsionou as vendas do disco Feij�o com Arroz e tamb�m a do CD da novela.

E por falar na trilha de Bel�ssima, Adriana Calcanhotto assina a in�dita can��o que batiza a hist�ria de Silvio de Abreu e que foi gravada por Ney Matogrosso. Outras faixas do CD s�o Voc� � Linda (o tema de abertura, na voz de Caetano Veloso) e Bonita (na grava��o feita pela Fam�lia Caymmi com Paulo e Daniel Jobim).

Roberto Carlos regrava can��o lan�ada por Wanderley Cardoso em LP de 1966

Na esperan�a de reeditar o sucesso da sua regrava��o de A Volta, m�sica lan�ada pela dupla Os Vips em 1966, Roberto Carlos decidiu incluir no repert�rio de seu novo �lbum outra m�sica composta (mas n�o gravada) por ele com Erasmo Carlos na d�cada de 60. A escolhida foi Promessa, dada pelo Rei e pelo Tremend�o ao cantor Wanderley Cardoso em 1966.

Promessa foi inclu�da por Wanderley, sem muita repercuss�o, no repert�rio do LP Perdidamente Apaixonado (capa � esquerda). Coincidentemente, este disco � um dos 20 t�tulos raros reeditados este m�s pela EMI na cole��o Jovem Guarda. O �lbum de Wanderley permanecia in�dito em CD at� ent�o.

Dead Fish comp�e para sexto �lbum

O quinteto capixaba Dead Fish (foto) j� comp�e o repert�rio de seu sexto disco. A id�ia � ensaiar as novas m�sicas em dezembro para gravar o CD em janeiro e fevereiro, pela DeckDisc. O produtor ser� Rafael Ramos, que j� pilotou a grava��o do �lbum anterior da banda, Zero e Um. Depois de quatro discos de repercuss�o restrita � cena indie, o grupo de hardcore conseguiu proje��o nacional ao ser contratado pela Deckdisc. Na seq��ncia do lan�amento de Zero e Um, em 2004, o Dead Fish gravou seu primeiro DVD na s�rie MTV Apresenta.

Com o lan�amento do sexto disco, em meados de 2006, o quinteto vai festejar seus 15 anos de exist�ncia. Para f�s de �ltima hora, vale a informa��o: a banda foi formada no Esp�rito Santo em 1991 por skatistas que adoravam tirar um som.

Sai quarto disco ao vivo de Simone com vers�o de Damien Rice feita por Z�lia

Quarto registro de show da Cigarra, Simone ao Vivo (capa � esquerda) sai este m�s nos formatos de CD e DVD. A EMI decidiu come�ar a divulga��o do trabalho pela faixa Ent�o me Diz, vers�o de Z�lia Duncan de The Blower's Daughter, m�sica do cantor e compositor irland�s Damien Rice. A vers�o foi inclu�da na trilha da nova novela da Rede Globo, Bel�ssima.

� intensa a colabora��o de Z�lia Duncan neste novo trabalho de Simone. Na grava��o do disco, em elegante show no Teatro Jo�o Caetano (RJ), em agosto, Z�lia fez dueto com a colega em N�o V� Ainda (parceria de Z�lia e Christiaan Oyens, lan�ada pela autora em disco de 1994) e em A Idade do C�u, vers�o de Moska para a hom�nima can��o do compositor uruguaio Jorge Drexler. Especialmente para Simone, Z�lia ainda verteu balada cantada por Joe Cocker - You're So Beautiful, que virou Beleza Igual na letra em portugu�s entoada pela Cigarra no bis.

A grava��o contou tamb�m com as ades�es de Milton Nascimento (em Cigarra e Encontros e Despedidas) e de Ivan Lins (em Dandara e em Vitoriosa, m�sica de Ivan in�dita na voz da cantora). O roteiro incluiu tamb�m Desenho de Giz (Jo�o Bosco e Abel Silva), N�s (hit de C�ssia Eller, de autoria de Ti�o Carvalho) e Dia Branco (Geraldo Azevedo).

Antes deste projeto ao vivo, a cantora j� havia lan�ado os discos Ao Vivo (1980), Brasil - O Show (1997) e Feminino (2002). Mas nunca registrou um show em DVD, j� que seu primeiro v�deo digital trouxe apenas vers�es de est�dio das m�sicas do CD Baiana da Gema (2004).
Sexta-feira, Novembro 04, 2005

Grammy Latino de '�lbum do Ano' reafirma prest�gio de Ivan no exterior

Ivan Lins foi o grande vencedor da sexta edi��o do Grammy Latino, realizada em Los Angeles (EUA) na noite de 3 de novembro. Editado no fim do ano passado pela EMI, o CD Cantando Hist�rias foi eleito o �lbum do Ano em categoria na qual concorriam artistas de todos os pa�ses latinos. Na foto, tirada por Chris Pizzello para a ag�ncia Reuters, Ivan festeja o trof�u com Moogie Canazio, produtor do disco, em que o cantor recorda seus principais sucessos na companhia de nomes como Simone, Zizi Possi e Jorge Vercilo.

O pr�mio ratifica o prest�gio de Ivan Lins como compositor no mercado internacional. Por conta das harmonias requintadas de suas m�sicas, o autor de Dinorah Dinorah � o compositor brasileiro mais reverenciado no mundo do jazz americano depois de Tom Jobim.

A vit�ria no Grammy Latino flagra o artista em �timo momento profissional. Aos 60 anos, o cantor lan�a este m�s no Jap�o e no Brasil o CD que gravou com Celso Vi�fora - Nossas Can��es, com tr�s in�ditas (Todo Mundo, Encontro dos Rios e Duas e Quinze) e recria��es das parcerias dos dois - e prepara no Rio �lbum duplo, Ivan, com parcerias e duetos com colegas estrangeiros como a americana Carole King, o italiano Lucio Dalla, o uruguaio Jorge Drexler, o gaitista belga Toots Thielemans e o pianista cubano Chucho Vald�s, entre outros.

Acari reedita disco raro e expressivo gravado por Raphael Rabello em 1988

Dando o pontap� inicial na reedi��o da discografia de Raphael Rabello (1932-1985) originalmente lan�ada em LP, a gravadora Acari Records rep�e em cat�logo um dos t�tulos mais raros e expressivos do violonista, morto precocemente em 27 de abril de 1995, aos 32 anos. Rafael Rabello (capa � esquerda) foi gravado em 1988, pelo selo Visom, e reafirmou a t�cnica e a habilidade incomuns do m�sico para tocar choro.

O repert�rio inclui temas de outro gigante do viol�o, Garoto (Lamentos do Morro, Desvairada, Nosso Choro e Jorge na Fusa), al�m de m�sicas de Pixinguinha (Ainda me Recordo, tocada em duo com Dino Sete Cordas, com quem dividiria um �lbum em 1991), Jo�o Pernambuco (Gra�na) e Jacob do Bandolim (uma valsa, O V�o da Mosca, j� gravada por Rabello em seu primeiro disco solo, Sete Cordas, de 1981).

Gil grava com ex-ministro de Cabo Verde

Gilberto Gil (� direita, em foto de Remi Boisseau) � um dos convidados do primeiro disco solo de M�rio L�cio, cantor e compositor de Cabo Verde. O CD se chama Mar e Luz e sai no Brasil pela gravadora Rob Digital. Gil arrumou brecha na sua atribulada agenda de Ministro da Cultura para gravar Nha mudjer, faixa que tamb�m conta com a ades�o do saxofonista Leo Gandelman. A curiosidade � que M�rio L�cio j� foi Ministro da Cultura de Cabo Verde.

Marina canta Chico no seu 18� disco

Marina Lima (foto) incluiu Dura na Queda - samba feito por Chico Buarque em tributo a Elza Soares e gravado pela homenageada no disco Do C�ccix at� o Pesco�o (2002) - em seu 18� disco, gravado de forma independente. Mas o repert�rio do novo CD de Marina � essencialmente in�dito. Entre as novidades, h� Tr�s (parceria da cantora com seu irm�o, Antonio C�cero, inicialmente intitulada O Mundo e seu Amor), Anna Bella (outra parceria com C�cero), Valeu (de autoria somente de Marina) e Entre as Coisas (mais uma apenas de Marina). O lan�amento do �lbum est� previsto para 2006.

Faf� regrava 'Eu te Amo' para novela

Faf� de Bel�m regravou Eu te Amo - parceria de Chico Buarque e Tom Jobim, lan�ada em 1980 - para a trilha da nova novela da Rede Record, Prova de Amor. O curioso � que Faf� j� pretendia incluir a can��o no repert�rio de seu recente disco Tanto Mar, em que recriou a obra de Chico (com a cantora na foto, durante a grava��o do CD), mas a m�sica acabou sendo exclu�da na sele��o final. Na trama da Record, Eu te Amo ilustra as cenas do casal Joana e Felipe, interpretado por Bianca Rinaldi e Heitor Martinez.
Quinta-feira, Novembro 03, 2005

Zoli faz a festa com cl�ssicos do soul

Resenha de disco
T�tulo: Zoli Clube
Artista: Cl�udio Zoli
Gravadora: Trama
Cota��o: * * * *

Ao ingressar na gravadora Trama, em fins dos anos 90, Cl�udio Zoli passou enfim a ter uma discografia regular. Mas nunca emplacou verdadeiramente discos de repert�rio in�dito como F�rias e o recente Sem Limite no Para�so. Seu maior �xito comercial foi com o �lbum Na Pista, em que traduziu seus hits para o idioma eletr�nico dos DJs. Da� que n�o chega a ser surpresa o lan�amento deste Zoli Clube com releituras de cl�ssicos do soul nacional.

Um projeto do g�nero poderia resultar facilmente num disco banal. Mas, escorado na eficiente produ��o de Jo�o Marcelo B�scoli, Zoli desviou da trilha mais �bvia e apresenta um CD de sonoridades contempor�neas (urdidas com muitos teclados e bateria eletr�nica) sem perder a levada funk-soul do magistral repert�rio regravado pelo cantor.

A sele��o, ali�s, � outro acerto do disco. Tem, sim, v�rias baladas como Na Sombra de uma �rvore (Hyldon, 1975), A Lua e Eu (Cassiano, 1976), Cole��o (Cassiano, 1976), Pra que Vou Recordar o que Chorei (Carlos Daf�, 1977) e Pensando Nela (Dom Beto, 1977) - todas compostas sem excesso de a��car e cantadas por Zoli com leg�timo acento soul e embaladas com arranjos de cordas (A Lua e Eu e Na Sombra de uma �rvore). Mas tem, tamb�m, v�rios lados B do soul nacional. Casos de Estou Livre (faixa de compacto editado por Tony Bizarro em 1983) e do tema instrumental Eva, lan�ado pelos autores Lincoln Olivetti e Robson Jorge em disco gravado pela dupla em 1982 - �poca marcada por abund�ncia de teclados e muita pasteuriza��o. Na faixa, Zoli faz os vocalises e pilota sua guitarra com suingue.

Outra raridade � Festa Funk, outra j�ia do ba� da dupla Olivetti & Jorge, composta em parceria com Almir Ricardi, cantor que batizou disco de 1984 com este tema do trio. O t�tulo, Festa Funk, j� traduz o esp�rito de Zoli Clube. O CD tem tom festivo, incrementado pela vinheta de abertura, Intro, e por outra vinheta (Esperando Zoli) composta pelo rapper Parteum.

Da obra de Tim Maia, o primeiro cantor a traduzir o soul americano para o idioma nacional, Zoli revive Acenda o Farol (do LP Tim Maia Disco Club, cl�ssico de 1978 dos dancin' days) e a pouco conhecida L�bios de Mel. N�o, n�o se trata do sucesso de �ngela Maria nos anos 50, mas do belo tema hom�nimo de Edson Trindade e Cleonice gravado por Tim em 1979 no LP Reencontro, um dos poucos t�tulos da discografia do S�ndico que permanecem in�ditos no formato digital. Como Zoli sempre foi cantor competente, ele soube dar novo brilho a essas p�rolas.

Para a festa ficar completa, Zoli Clube traz vers�es instrumentais e a capella das faixas Acenda o Farol, L�bios de Mel, A Lua e Eu e Pensando Nela. Os registros originais dos anos 70 e 80 continuam naturalmente imbat�veis, mas, com este CD de Cl�udio Zoli, a noite vai ser boa...

CID distribui 'Pegada' de Renata Arruda

Renata Arruda (foto) assinou contrato com a gravadora CID para distribui��o de seu CD e DVD Pegada, produzido pela cantora com Robertinho de Recife. No disco, nas lojas no fim de novembro, a cantora apresenta parceria in�dita com Sandra de S� (Libera), regrava sucesso de Lenine (Hoje Eu Quero Sair S�) e canta autores como Br�ulio Tavares (Soberano Desprezo), al�m de cair no forr� na faixa Roendo Unha e de rebobinar seus hits � Ouro pra Mim e Canudinho. O DVD foi filmado em est�dio e documenta o processo de grava��o do CD.

A capa do terceiro DVD de Beth�nia

Esta � a capa do terceiro DVD de Maria Beth�nia, Tempo Tempo Tempo Tempo, que registra na �ntegra o show comemorativo dos 40 anos de carreira da cantora e chega �s lojas no in�cio de dezembro, pela Biscoito Fino. A grava��o foi feita em agosto em minitemporada do espet�culo na casa CIE Music Hall, em S�o Paulo (SP). Ao repert�rio do disco Que Falta Voc� me Faz, dedicado � obra de Vinicius de Moraes, a cantora adicionou no roteiro m�sicas in�ditas em sua voz como Nos Combates desta Vida (Ivone Lara e D�lcio Carvalho), Voc� Vai Ficar na Saudade (Benito Di Paula) e C�u de Santo Amaro (Fl�vio Venturini sobre melodia de Bach).

No show, que estreou em fevereiro no Canec�o (RJ), Beth�nia tamb�m lan�ou in�ditas como Foguete (Roque Ferreira e J. Velloso), Um Dia pra Vadiar (Totonho Villeroy) e Estranho Rapaz (Roberto Mendes e Capinam).

O DVD inclui nos extras imagens da cantora em sua terra natal, Santo Amaro da Purifica��o (BA).

Baile em que Bebeto gravar� DVD tem sete in�ditas e ades�es de Z�lia e Baleiro

Bebeto (foto) vai incluir nada menos do que sete m�sicas in�ditas no DVD que vai gravar ao vivo, em baile-show na casa Olimpo (RJ), na pr�xima quarta-feira, 9 de novembro. Seis das sete in�ditas (Caramba, Casa Grande, Festa pra Iemanj�, Viva o Sol, Amor Sagrado e Florisbela) foram compostas pelo pr�prio cantor, com v�rios parceiros. J� Aos Meus Her�is � de autoria do compositor mineiro Julinho Marassi.

A grava��o do primeiro DVD de Bebeto contar� com as participa��es especiais de Davi Moraes, Seu Jorge, Zeca Baleiro e Z�lia Duncan. Jorge vai misturar sua m�sica Carolina com Menina Carolina, hit do colega. Baleiro, em princ�pio, dever� cantar Segura a Nega, outro sucesso do cantor. J� Z�lia Duncan - que foi backing-vocal de Bebeto antes da fama - far� dueto em Como?, outra m�sica do repert�rio antigo do artista. Davi Moraes ainda est� escolhendo o n�mero no qual vai se juntar a Bebeto.

L�ber sai do comando da Indie Records

A gravadora Indie Records j� n�o � mais comandada por L�ber Gadelha (foto). Oficialmente, a assessoria da companhia informa que, por recomenda��es m�dicas, Gadelha teria pedido aos s�cios na empresa seu afastamento da diretoria da gravadora (o executivo sofreu um enfarte este ano que o deixou em tratamento durante meses). Nos bastidores da ind�stria fonogr�fica, a hist�ria � outra. Comenta-se que foram os s�cios que solicitaram a sa�da do executivo, por diverg�ncias na gest�o da empresa.

O fato � que Gadelha deixou a Indie Records e voltou a produzir discos para outras companhias. No momento, ele produz para a Deckdisc o CD de estr�ia do cantor baiano F�bio Souza, vencedor da �ltima edi��o do programa Fama, da Rede Globo. O disco ter� basicamente regrava��es de sucessos, no estilo da s�rie Aquarela Brasileira, gravada por Em�lio Santiago de 1988 a 1994.
Quarta-feira, Novembro 02, 2005

Stevie Wonder volta fiel a si mesmo com belo mix de soul, funk, baladas e r & b

Resenha de disco
T�tulo: A Time to Love
Artista: Stevie Wonder
Gravadora: Motown / Universal
Cota��o: * * * *

Adiado sucessivas vezes desde o ano passado, o lan�amento deste primeiro disco de in�ditas de Stevie Wonder em dez anos aconteceu naturalmente cercado de grande expectativa. Plenamente cumprida. O sucessor de Conversation Peace (1995) est� entre os melhores t�tulos da discografia do artista - e isso n�o � pouco. Em A Time to Love, Wonder volta fiel a si mesmo. Sem querer impressionar ou soar moderno, ele apresenta belo mix de baladas, soul, funk e rhythm and blues.

Produzido e arranjado com extrema maestria, o �lbum re�ne 15 faixas e, pelo menos, duas obras-primas: a faixa-t�tulo, gravada com a guitarra de sir Paul McCartney, e If your Love Cannot Be Moved, o tema que abre o disco com batida quase hipn�tica. As demais s�o de �timo n�vel, ainda que haja excesso de baladas amorosas no repert�rio (True Love, Shelter in the Rain, Can't Imagine Love without You). Uma delas, ali�s, � cantada em dueto por Wonder com sua filha, Aisha Morris, a menina que inspirou seu pai bab�o a compor o hit Isn't She Lovely?, de 1976.

O compositor prega seu discurso social - feito meio na linha paz & amor - com o apoio de boa m�sica. F�s antigos v�o logo reconhecer a veia mel�dica t�pica de Wonder em faixas como Sweetest Somebody I Know e My Love Is on Fire (a primeira � mais inspirada do que a segunda). A inconfund�vel gaita tamb�m est� presente, notadamente em From the Botton of my Heart, can��o de refr�o ganchudo que tem toda pinta de virar mais um hit do artista na linha sentimental de I Just Called to Say I Love You. J� Moon Blue integra passagens instrumentais jazz�sticas com arranjo vocal que remete aos melodiosos hits dos grupos de doo-wop dos anos 50.

Nem tudo s�o baladas e can��es de acento soul. H� alguns funka�os bem no estilo dos anos 70. Please Don't Hurt my Baby tem inclusive metais a la James Brown. J� So What the Fuss exibe a guitarra de Prince. Por sua vez, Positivity est� entre os melhores temas do autor na �rea funky.

Enfim, um grande disco de um grande artista. Nem o teor excessivamente sentimental de suas muitas baladas tira o m�rito de A Time to Love. � tempo de ouvir Stevie Wonder, at� porque o pr�ximo �lbum poder� sair somente daqui a dez anos...

EMI quer indeniza��o de Dylon por conta de investimento feito por antiga diretoria

Iniciada em julho, a briga judicial entre Felipe Dylon (foto) e a EMI ainda ter� novos rounds nos tribunais. Embora o astro juvenil j� tenha obtido permiss�o para gravar fora da companhia, por decis�o un�nime de tr�s desembargadores da 10� C�mara C�vel, a gravadora entrou com a��o contra o cantor, pela qual reivindica indeniza��o de R$ 4 milh�es por conta de investimentos feitos na carreira de Dylon.

Ora, a gravadora de fato investiu no artista, mas n�o na atual gest�o de Marcos Maynard. Quem acreditou em Dylon foi o antigo diretor art�stico da companhia, Jorge Davidson, demitido com a nomea��o de Maynard para presidir a gravadora. A a��o da empresa d� a impress�o de ser mera retalia��o para intimidar Dylon pela coragem de mover processo contra a multinacional para defender sua liberdade art�stica e poder gravar suas pr�prias composi��es, vetadas pela atual diretoria.

Seja qual for a decis�o judicial final, Dylon prepara CD e DVD de forma independente. At� segunda ordem, ele j� conquistou o direito de lan�ar novos trabalhos sem o selo da EMI.

Maestro de Roberto Carlos lan�a CD em que revive no piano 12 sucessos do 'Rei'

Maestro e arranjador dos discos e shows de Roberto Carlos h� 28 anos, Eduardo Lages (acima, em foto de Daniela Conti) lan�a este m�s seu primeiro CD solo, Emo��es. Como o t�tulo j� denuncia, o repert�rio � focado na obra do Rei. O compositor autorizou Lages a regravar 12 sucessos de seu cancioneiro. Al�m de obviedades como Proposta (1973), Olha (1975) e a faixa-t�tulo (1981), Lages selecionou p�rolas como O Diamante Cor-de-Rosa, composta nos anos 60 para a trilha do filme hom�nimo. O maestro toca as m�sicas no piano, na companhia de cerca de 50 m�sicos de est�dio.

Cl�udia Leite grava hit do babado para seduzir p�blico gay em seu quarto CD

No quarto disco do Babado Novo, O Di�rio de Claudinha (capa � direita), a vocalista Cl�udia Leite regrava um sucesso literalmente do babado... A cantora acena para o p�blico gay com releitura intimista de Never Can Say Goodbye, hit da �poca das discotecas na voz de Gl�ria Gaynor. A faixa tem piano e cordas arranjadas por Lincoln Olivetti.

O CD sai este m�s, com 14 faixas - a maiora in�dita. O Babado Novo grava m�sicas de compositores habitualmente presentes nos recentes discos de ax� - casos de Pierre Onassis (Simplescidade e ABC de me Dar), Ramon Cruz (Bola de Sab�o, eleita a m�sica de trabalho pela gravadora Universal), Jauperi (A Camisa e o Bot�o, parceria com Tenilson Del Rey), Anderson Cunha (Aconteceu Voc�) e Alexandre Peixe (Despenteia e Meu e Seu). Outras faixas s�o Piriripiti, Janela e Pororoca.

O t�tulo do disco, O Di�rio de Claudinha, vem da faixa O Di�rio, assinada por Cl�udia Leite em parceria com seu namorado, Manno Go�s, baixista da banda Jammil e uma Noites. Para Manno, ali�s, a cantora comp�s a balada Um Dom.

O disco do Babado Novo - vale ressaltar - � uma das prioridades da Universal Music neste fim de ano. A gravadora aposta no carisma de Cl�udia Leite e acredita que ela tem potencial para trilhar caminho parecido com o de Ivete Sangalo - hoje a maior estrela da companhia.

Pioneiro do ax�, Luiz Caldas grava DVD com Ivete, Brown, Armandinho e Fagner

Pioneiro do som rotulado pela m�dia de ax� music, ao lan�ar em 1985 a m�sica Fricote, Luiz Caldas (foto) vai marcar seus 20 anos de carreira com a grava��o de DVD e CD ao vivo - prevista para este m�s de novembro, possivelmente em S�o Paulo ou na Bahia. Caldas contar� com as ades�es de Ivete Sangalo (em Ajai�), Carlinhos Brown (em Beverly Hills), Armandinho (em L� Vem o Guarda), Ger�nimo (em � d'Oxum) e Fagner (em Juazeiro Petrolina). O compositor incluir� no repert�rio algumas in�ditas, como Vaza, al�m de hits obrigat�rios como Tieta e o supra-citado Fricote. A empresa de Ivete, Caco de Telha, est� envolvida na produ��o do projeto. O lan�amento est� previsto para o in�cio de 2006.
Ter�a-feira, Novembro 01, 2005

Chapman segue � sombra de sua estr�ia

Resenha de disco
T�tulo: Where You Live
Artista: Tracy Chapman
Gravadora: Warner Music
Cota��o: * * *

H� artistas que estr�iam em disco de forma t�o arrebatadora que fica dif�cil reeditar o encantamento em �lbuns posteriores. � o caso de Tracy Chapman. A trovadora americana seduziu p�blico e cr�tica em 1988 com o disco hom�nimo que trazia j�ias como Fast Car. O tempo foi passando - l� se v�o quase 20 anos... - e a compositora nunca mais dominou as paradas como naquele ano. Mas continua construindo discografia das mais dignas - ora refor�ada por este bom Where You Live. O folk de Chapman continua honesto, criado sem concess�es aos modismos do mercado fonogr�fico. Quem ouvir o CD com calma e boa vontade encontrar� momentos de grande beleza. Change � um deles, com seus versos cheios de questionamentos pertinentes. E assim transcorre o �lbum. H� uma outra faixa de pegada mais pop - caso de America - mas Where You Live � disco ac�stico, cool, �s vezes lento como na bela Don't Dwell, cantada quase a capella. � fato que n�o arrebata, mas, como uma ostra, traz p�rolas como Going Back que precisam ser cavadas com paci�ncia.

Stones reeditam 'Bigger Bang' com DVD para tentar reverter fracasso de vendas

Para tentar se redimir do fracasso de vendas do disco A Bigger Bang no mercado americano, Os Rolling Stones v�o reeditar o �lbum em 21 de novembro numa embalagem luxuosa (foto � direita) que trar� um DVD como b�nus e ser� ilustrada com o s�mbolo do grupo - a famosa l�ngua - em forma met�lica. O v�deo apresenta duas m�sicas (Under the Radar e Don't Wanna Go Home) compostas por Mick Jagger e Keith Richards durante as sess�es de grava��o do CD.

O DVD traz ainda o clipe de Streets of Love - filmado por Jake Nava, com coment�rios do diretor - e registros ao vivo in�ditoss da mesma Streets Of Love e de Rough Justice, captados em apresenta��es do quarteto para uma emissora de TV de Toronto, canad�. H� tamb�m entrevistas com cada membro da banda, takes in�ditos das sess�es de est�dio e uma galeria de fotos com imagens dos fot�grafos Mark Seliger e Steven Klein.

EMI reedita 20 t�tulos da Jovem Guarda

Ainda no embalo dos festejos dos 40 anos da estr�ia do programa Jovem Guarda, a gravadora EMI reedita 20 raros discos do g�nero. Chegam ao CD na Cole��o Jovem Guarda t�tulos de Golden Boys (The Golden Boys e Algu�m na Multid�o), Celly Campello (Broto Certinho, capa acima), Wanderley Cardoso (Perdidamente Apaixonado), S�rgio Reis (Cora��o de Papel e Anjo Triste), The Jordans (A Vida Sorri Assim!... e Suspense) e Tony Campello (Tony Campello e Baby... Rock!).

Outros discos da cole��o j� tinham sido relan�ados no formato digital - em s�ries como Portfolio, Dois em Um, Odeon 100 Anos e Os Originais - mas j� estavam fora de cat�logo. S�o os casos de t�tulos de Eduardo Ara�jo (O Bom), Celly Campello (Est�pido Cupido), Trio Esperan�a (N�s Somos o Sucesso e Tr�s Vezes Sucesso) e Wanderley Cardoso (O Jovem Rom�ntico).

A Cole��o Jovem Guarda inclui ainda discos de Evinha, Silvinha e da dupla Deny & Dino.

Jana�na Reis estr�ia em disco com aval de Faf� e samba in�dito de Arlindo Cruz

Uma nova voz tenta um lugar ao sol no mundo do samba. Cantora paraense radicada no Rio, Jana�na Reis lan�a seu primeiro disco, Choro Novo na Senzala, com aval de sua colega conterr�nea Faf� de Bel�m. Al�m da madrinha, que canta na faixa Outra Ceia (Carlito Cavalcante e Marquinho PQD), o CD traz as participa��es de Arlindo Cruz (na in�dita Paix�o Sagrada, parceria de Arlindo com Mauri��o e Acyr Marques), Sombrinha e Rildo Hora. O repert�rio inclui regrava��o de Tom Maior, de Martinho da Vila, e sambas de Wilson Moreira & Paulo C�sar Pinheiro (Terreiro Grande) e da dupla Efson & Odibar (Pra Pegar e Sinh�, Sinh�).

Gravado entre abril e setembro de 2004, Choro Novo na Senzala chega �s lojas este m�s, com distribui��o da Indie Records e produ��o de Luiz Carlos T. Reis. A faixa-t�tulo � de autoria da m�e da cantora, Rita Reis, amiga de inf�ncia de Faf� (na foto, abra�ando Jana�na, durante a assinatura do contrato com a Indie) em Bel�m.

A imagem da m�sica de Caymmi

A imagem � esquerda � a vis�o do fot�grafo Mario Cravo Jr para A Vizinha do Lado, uma das 80 m�sicas de Dorival Caymmi retratadas na exposi��o A Imagem do Som de Dorival Caymmi. Oitenta nomes ligados �s artes pl�sticas e visuais criaram um trabalho para determinada m�sica do compositor baiano. Entre eles, Arnaldo Antunes (Vatap�), Andrucha Waddington (Dora), Gringo Cardia (S� Louco), Luiz Stein (Cala Boca Menino), Lan (Modinha para Teresa Batista)e Ziraldo (Roda Pi�o). A exposi��o ser� aberta nesta quinta-feira, 3 de novembro, e poder� ser apreciada no Pa�o Imperial (na Pra�a XV, no Centro do Rio de Janeiro) at� 29 de janeiro, das 12h �s 18h.
Segunda-feira, Outubro 31, 2005

Vercilo entra na 'Casa da Bossa'

Jorge Vercilo (� direita, em foto de Leonardo Aversa) � um dos 18 artistas que gravaram m�sicas de Tom Jobim para o CD e DVD Casa da Bossa. A grava��o aconteceu em Canela (RS) durante a Festa Nacional da M�sica. O projeto � da gravadora Universal - que j� lan�ou em 1997 um CD intitulado Casa da Bossa ao Vivo, no embalo do sucesso da s�rie Casa de Samba - e traz no elenco, al�m de Vercilo, nomes como Luciana Mello, Pedro Mariano, Leny Andrade, Orlando Morais (int�rprete de Por Causa de Voc�), Negra Li, Lenine, Fernanda Porto e a dupla Sandy & Junior. A produ��o � de Ot�vio Moraes.

Moby fica punk no pr�ximo CD

O pr�ximo disco de Moby ter� repert�rio formado essencialmente por rocks de estilo punk. A not�cia foi dada pelo pr�prio DJ americano em seu site oficial. Moby relata que comp�s no ano passado muitos punk rocks e que decidiu grav�-los com o baterista Scott Frassetto em seu novo CD. O artista j� se prepara para entrar em est�dio. Paralelamente, Moby trabalha tamb�m no repert�rio do novo �lbum de seu alter-ego, Voodoo Child.

A (Chico) C�sar o que � de C�sar

Nem parece que h� um novo e bom disco de Chico C�sar nas lojas. Estiv�ssemos em 1996, ano em que o compositor paraibano tinha m�sicas disputadas pelas principais cantoras brasileiras, o lan�amento do CD De Uns Tempos pra C� teria sido recebido com mais barulho pela cr�tica especializada. Primeiro trabalho de Chico na Biscoito Fino, o �lbum foi co-produzido por Lenine e gravado com o Quinteto da Para�ba.

Mais do que o pr�prio Lenine, Chico C�sar � o mais inspirado dos compositores projetados nos anos 90. Mas, passado o entusiasmo inicial de p�blico e cr�tica com sua obra, o trabalho de Chico foi desaparecendo progressivamente da m�dia nacional e sendo consumido por plat�ias cada vez menores - fato atestado pela magra tiragem inicial de cinco mil c�pias de seu sexto disco.

Talvez pelo fato de ter se dedicado � promo��o de sua carreira no exterior, o cantor foi perdendo espa�o no Brasil. Mas sua inspira��o continua intacta e sua obra ainda guarda j�ias no ba�, como Alca�uz, can��o lan�ada por V�nia Abreu em 1998 e regravada este ano por Chico em De Uns Tempos pra C�.

Ali�s, a irm� de V�nia - ningu�m menos do que Daniela Mercury - acaba de fazer linda grava��o da balada Pensar em Voc� (lan�ada por Chico em seu quarto CD, Mama M�ndi). A faixa, com piano e cordas arranjadas por Lincoln Olivetti, � o momento mais sublime do d�cimo-primeiro disco solo de Daniela, Bal� Mulato. Merece fazer o sucesso que n�o fez a releitura, igualmente bela, de Gal Costa para Quando Eu Fecho os Olhos, outra balada inspirada de Chico, lan�ada pelo autor em seu quinto disco, Respeitem meus Cabelos, Brancos.

Ou seja, Chico C�sar continua compondo belas m�sicas. Cabe ao p�blico procurar descobrir essas m�sicas, j� que a cr�tica musical j� n�o d� muita bola para elas e n�o d� a (Chico) C�sar o que � de C�sar: um reconhecimento maior por seu talento.

Pet Shop Boys se reinventam ao criar trilha para 'Encoura�ado Potemkin'

Resenha de disco
T�tulo: Battleship Potemkin
Artista: Pet Shop Boys
Gravadora: EMI
Cota��o: * * * *

A id�ia soa, no m�nimo, inusitada: a cria��o pela dupla inglesa Pet Shop Boys de uma nova trilha para o cl�ssico filme O Encoura�ado Potemkin, dirigido em 1925 por Sergei Eisenstein. Pois a id�ia acabou revigorando e reinventando o som do duo, que j� se mostrara repetitivo em seu �ltimo disco com material in�dito (Release, 2002). Com o aux�lio luxuoso da orquestra Dresdner Sinfoniker, regida pelo maestro Jonathan Stockhammer, os boys Neil Tennant e Chris Lowe criam envolvente fus�o de timbres eruditos e eletr�nicos em 15 temas arranjados por Torsten Rasch.

O curioso � que a incorpora��o dos tons eletr�nicos pela orquestra se d� progressivamente. No primeiro tema, 'Comrades!', fica d�ficil identificar qualquer tra�o da obra da dupla, surgida nos anos 80 com irresist�vel som dance retr� com ecos de disco music. No segundo, Men and Maggots, j� d� para perceber, de leve, a m�o do duo. Mas � a partir do quinto tema, Nyet, que o som eletr�nico das pistas come�a a se integrar com a tens�o das cordas orquestrais. E o fato � que, no fim do �lbum, faixas como After All e The Squadron j� soam com a grife dos Pet Shop, mas com o envolvente tom �pico da trilha (especialmente The Squadron).

O disco � basicamente instrumental, mas tr�s faixas (No Time for Tears, For Freedom e a supra-citada After All) s�o cantadas por Tennant e Lowe com resultado harmonioso. O duo esteve inspirado na cria��o da trilha. A beleza de temas como Odessa e To the Batteship atestam que os Pet Shop Boys, ao beberem em fontes eruditas, recuperaram a originalidade de sua m�sica. Sergei Eisenstein embarcaria na viagem mar�tima da dupla.

�ltimo �lbum do Pink Floyd com Roger Waters ganha reedi��o com faixa extra

Gravado em 1982 e lan�ado originalmente no ano seguinte, o �ltimo �lbum do Pink Floyd com Roger Waters - The Final Cult (A Requiem for the Post War Dream) - ganha reedi��o remasterizada, com direito a faixa-b�nus, When the Tigers Broke Free, m�sica eleita na �poca o primeiro single do disco, mas curiosamente exclu�da do repert�rio do �lbum. A reedi��o foi remasterizada e vem com libreto de 16 p�ginas, nas quais s�o apresentadas as ilustra��es criadas por Waters para o encarte do LP original.
Domingo, Outubro 30, 2005

Queen sem Mercury n�o � Queen, mas seu retorno funciona com Paul Rodgers

Resenha de disco
T�tulo: Return of the Champions
Artista: Queen + Paul Rodgers
Gravadora: EMI
Cota��o: * * *

A morte de Freddie Mercury em novembro de 1991 - aos 45 anos, v�tima de Aids - parecia ser tamb�m o fim do Queen. Mas � �bvio que a ind�stria fonogr�fica n�o ia deixar de explorar o acervo de um grupo t�o popular. V�rias grava��es ao vivo foram editadas ao longo da d�cada de 90 para n�o deixar morrer o culto a Mercury. Mas agora a banda est� realmente de volta - com novo vocalista, Paul Rodgers - em Return of the Champions, disco gravado ao vivo em 9 de maio deste ano em megashow de arena. O projeto est� sendo lan�ado pela EMI em CD e, em breve, chegar� �s lojas tamb�m no formato de DVD.

Bem, Queen sem Freddie Mercury n�o � o m�gico Queen que ficou na mem�ria dos f�s de m�sica pop. Mas este retorno funciona porque reedita o profissionalismo mostrado pela banda em seus lend�rios shows nos anos 70 e 80. Vocalista e fundador do Bad Company, Rodgers n�o procura imitar Mercury e isso j� � um ponto a favor. O Queen de 2005 � uma nova banda que evoca a energia de outrora por for�a de seus cl�ssicos (I Want to Break Free, Radio Ga Ga, We Are the Champions, We Will Rock You) - todos devidamente enfileirados nas 27 faixas do �lbum duplo.

Em cena, os guitarristas remanescentes Brian May e Roger Taylor se mostram em forma. Taylor ainda contribui com m�sica nova no repert�rio do Queen, Say It's Not True, lan�ada em 2003 em benef�cio de projeto arquitetado por Nelson Mandela para combater a Aids. Mas � n�mero mediano. O que salta aos ouvidos � o habitual coro da plat�ia na balada Love of my Life, os solos de guitarra em Hammer to Hall e o clima de rock'n'roll dos anos 50 instaurado por Rodgers em Crazy Little Thing Called Love. E tudo termina em clima apote�tico com God Save the Queen. N�o � o Queen m�gico de Mercury - repita-se - mas a banda que retorna nesta mega-turn� europ�ia � competente, cumpre seu papel saudosista e, por isso mesmo, pode ter futuro.

Natalie Cole recria Young e Bush

Natalie Cole (foto) j� entrou em est�dio para gravar o sucessor de Ask a Woman Who Knows (2002). Produzido por Dallas Austin e David Munk para a gravadora Verve, o disco ter� repert�rio formado basicamente por regrava��es. A cantora recria sucessos de compositores como Neil Young, Kate Bush e Fiona Apple, entre outros nomes.

Wilco vira sexteto, lan�a disco ao vivo e comp�e in�ditas para �lbum de est�dio

Enquanto lan�a seu primeiro �lbum ao vivo (Kicking Television, nas lojas em novembro, com registro de show gravado em maio, em Chicago), o grupo Wilco (foto) j� comp�e o repert�rio de seu pr�ximo disco de est�dio, previsto para 2006. Por ora, a banda j� trabalhou em 13 m�sicas in�ditas - entre elas, I'm Talking to Myself about You e On and On and On and On. O sucessor de A Ghost Is Born (2004) come�ar� a ser gravado em dezembro e ser� o primeiro �lbum de est�dio do Wilco com seus dois novos integrantes, Nels Cline (guitarra) e Pat Sansone (teclados e guitarra).

Tributo ao Clube da Esquina traz grava��es raras de Joyce e Ala�de

O selo Dubas M�sica, de Ronaldo Bastos, est� lan�ando colet�nea em tributo ao Clube da Esquina, o movimento fundado em Minas Gerais, no in�cio dos anos 70, por compositores como Milton Nascimento e L� Borges. Clube Moderno - Esquina do Mundo (capa � esquerda) re�ne, claro, grava��es de Milton (Clube da Esquina, Vera Cruz, Sa�das e Bandeiras) e L� (Calibre, Chuva na Montanha) entre registros de Elis Regina (Nada Ser� Como Antes) e Nana Caymmi (Clube da Esquina 2).

Al�m dos inevit�veis hits, a compila��o traz tamb�m fonogramas mais obscuros. O mais raro � Catavento, na voz de Ala�de Costa. Lan�ada por Milton em 1967, a m�sica foi regravada pela cantora em 1976 com arranjo de Jo�o Donato em disco produzido pelo pr�prio Milton (Cora��o, ainda in�dito em CD). Pouco conhecidas tamb�m s�o as duas grava��es de Joyce com o violonista Nelson Angelo, Tiro Cruzado e Linda, extra�das do disco Nelson Angelo e Joyce, reeditado em CD, em pequena tiragem, na s�rie Odeon 100 Anos, mas j� fora de cat�logo.

Harmonia lan�a DVD com Sandra de S�, Reginaldo Rossi e m�sica para a Copa

Chega �s lojas ainda este ano o primeiro DVD do grupo Harmonia do Samba, que traz no repert�rio a in�dita Vai Brasil, m�sica feita para tentar pegar carona no inevit�vel clima de empolga��o que tomar� conta do Pa�s na �poca da Copa do Mundo de 2006. Gravado em dois shows realizados em 28 e 29 de julho na Concha Ac�stica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), o novo projeto ao vivo do grupo de ax� conta com as ades�es de Sandra de S� (na foto, num clique de L�vio Campos), Ivete Sangalo, Reginaldo Rossi e do cantor evang�lico Mattos Nascimento. A grava��o ser� lan�ada tamb�m em CD (o oitavo do grupo de Xanddy).

Sandr� de S� regravou com o o grupo o samba N�o V�, lan�ado pela cantora em disco de 1986. Ivete Sangalo soltou a voz em Pintou Harmonia. J� Reginaldo Rossi participou da in�dita Papo Furado. Por sua vez, o artista evang�lico Mattos Nascimento cantou Sou Feliz. Sozinho, Xanddy regravou T�o Bem, hit de Lulu Santos em 1984.
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