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Domingo, Outubro 30, 2005

Queen sem Mercury não é Queen, mas seu retorno funciona com Paul Rodgers

Resenha de disco
Título: Return of the Champions
Artista: Queen + Paul Rodgers
Gravadora: EMI
Cotação: * * *

A morte de Freddie Mercury em novembro de 1991 - aos 45 anos, vítima de Aids - parecia ser também o fim do Queen. Mas é óbvio que a indústria fonográfica não ia deixar de explorar o acervo de um grupo tão popular. Várias gravações ao vivo foram editadas ao longo da década de 90 para não deixar morrer o culto a Mercury. Mas agora a banda está realmente de volta - com novo vocalista, Paul Rodgers - em Return of the Champions, disco gravado ao vivo em 9 de maio deste ano em megashow de arena. O projeto está sendo lançado pela EMI em CD e, em breve, chegará às lojas também no formato de DVD.

Bem, Queen sem Freddie Mercury não é o mágico Queen que ficou na memória dos fãs de música pop. Mas este retorno funciona porque reedita o profissionalismo mostrado pela banda em seus lendários shows nos anos 70 e 80. Vocalista e fundador do Bad Company, Rodgers não procura imitar Mercury e isso já é um ponto a favor. O Queen de 2005 é uma nova banda que evoca a energia de outrora por força de seus clássicos (I Want to Break Free, Radio Ga Ga, We Are the Champions, We Will Rock You) - todos devidamente enfileirados nas 27 faixas do álbum duplo.

Em cena, os guitarristas remanescentes Brian May e Roger Taylor se mostram em forma. Taylor ainda contribui com música nova no repertório do Queen, Say It's Not True, lançada em 2003 em benefício de projeto arquitetado por Nelson Mandela para combater a Aids. Mas é número mediano. O que salta aos ouvidos é o habitual coro da platéia na balada Love of my Life, os solos de guitarra em Hammer to Hall e o clima de rock'n'roll dos anos 50 instaurado por Rodgers em Crazy Little Thing Called Love. E tudo termina em clima apoteótico com God Save the Queen. Não é o Queen mágico de Mercury - repita-se - mas a banda que retorna nesta mega-turnê européia é competente, cumpre seu papel saudosista e, por isso mesmo, pode ter futuro.

2 COMENTÁRIOS:

Neusa said...

Fredie é insubstituível. Duvido que este disco tenha a energia dos discos gravados por ele.

12:37  
Eduardo said...

o título do texto já resume tudo: Queen sem Fredie Mercury não é o Queen.

08:27  

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