Stevie Wonder volta fiel a si mesmo com belo mix de soul, funk, baladas e r & b
Resenha de disco
Título: A Time to Love
Artista: Stevie Wonder
Gravadora: Motown / Universal
Cotação: * * * *
Adiado sucessivas vezes desde o ano passado, o lançamento deste primeiro disco de inéditas de Stevie Wonder em dez anos aconteceu naturalmente cercado de grande expectativa. Plenamente cumprida. O sucessor de Conversation Peace (1995) está entre os melhores títulos da discografia do artista - e isso não é pouco. Em A Time to Love, Wonder volta fiel a si mesmo. Sem querer impressionar ou soar moderno, ele apresenta belo mix de baladas, soul, funk e rhythm and blues.
Produzido e arranjado com extrema maestria, o álbum reúne 15 faixas e, pelo menos, duas obras-primas: a faixa-título, gravada com a guitarra de sir Paul McCartney, e If your Love Cannot Be Moved, o tema que abre o disco com batida quase hipnótica. As demais são de ótimo nível, ainda que haja excesso de baladas amorosas no repertório (True Love, Shelter in the Rain, Can't Imagine Love without You). Uma delas, aliás, é cantada em dueto por Wonder com sua filha, Aisha Morris, a menina que inspirou seu pai babão a compor o hit Isn't She Lovely?, de 1976.
O compositor prega seu discurso social - feito meio na linha paz & amor - com o apoio de boa música. Fãs antigos vão logo reconhecer a veia melódica típica de Wonder em faixas como Sweetest Somebody I Know e My Love Is on Fire (a primeira é mais inspirada do que a segunda). A inconfundível gaita também está presente, notadamente em From the Botton of my Heart, canção de refrão ganchudo que tem toda pinta de virar mais um hit do artista na linha sentimental de I Just Called to Say I Love You. Já Moon Blue integra passagens instrumentais jazzísticas com arranjo vocal que remete aos melodiosos hits dos grupos de doo-wop dos anos 50.
Nem tudo são baladas e canções de acento soul. Há alguns funkaços bem no estilo dos anos 70. Please Don't Hurt my Baby tem inclusive metais a la James Brown. Já So What the Fuss exibe a guitarra de Prince. Por sua vez, Positivity está entre os melhores temas do autor na área funky.
Enfim, um grande disco de um grande artista. Nem o teor excessivamente sentimental de suas muitas baladas tira o mérito de A Time to Love. É tempo de ouvir Stevie Wonder, até porque o próximo álbum poderá sair somente daqui a dez anos...
Título: A Time to Love
Artista: Stevie Wonder
Gravadora: Motown / Universal
Cotação: * * * *
Adiado sucessivas vezes desde o ano passado, o lançamento deste primeiro disco de inéditas de Stevie Wonder em dez anos aconteceu naturalmente cercado de grande expectativa. Plenamente cumprida. O sucessor de Conversation Peace (1995) está entre os melhores títulos da discografia do artista - e isso não é pouco. Em A Time to Love, Wonder volta fiel a si mesmo. Sem querer impressionar ou soar moderno, ele apresenta belo mix de baladas, soul, funk e rhythm and blues.
Produzido e arranjado com extrema maestria, o álbum reúne 15 faixas e, pelo menos, duas obras-primas: a faixa-título, gravada com a guitarra de sir Paul McCartney, e If your Love Cannot Be Moved, o tema que abre o disco com batida quase hipnótica. As demais são de ótimo nível, ainda que haja excesso de baladas amorosas no repertório (True Love, Shelter in the Rain, Can't Imagine Love without You). Uma delas, aliás, é cantada em dueto por Wonder com sua filha, Aisha Morris, a menina que inspirou seu pai babão a compor o hit Isn't She Lovely?, de 1976.
O compositor prega seu discurso social - feito meio na linha paz & amor - com o apoio de boa música. Fãs antigos vão logo reconhecer a veia melódica típica de Wonder em faixas como Sweetest Somebody I Know e My Love Is on Fire (a primeira é mais inspirada do que a segunda). A inconfundível gaita também está presente, notadamente em From the Botton of my Heart, canção de refrão ganchudo que tem toda pinta de virar mais um hit do artista na linha sentimental de I Just Called to Say I Love You. Já Moon Blue integra passagens instrumentais jazzísticas com arranjo vocal que remete aos melodiosos hits dos grupos de doo-wop dos anos 50.
Nem tudo são baladas e canções de acento soul. Há alguns funkaços bem no estilo dos anos 70. Please Don't Hurt my Baby tem inclusive metais a la James Brown. Já So What the Fuss exibe a guitarra de Prince. Por sua vez, Positivity está entre os melhores temas do autor na área funky.
Enfim, um grande disco de um grande artista. Nem o teor excessivamente sentimental de suas muitas baladas tira o mérito de A Time to Love. É tempo de ouvir Stevie Wonder, até porque o próximo álbum poderá sair somente daqui a dez anos...
3 COMENTÁRIOS:
ROSEMBERG
É A VOLTA DE UM GRANDE ARTISTA QUE ULTRAPASSA A BARREIRA DO TEMPO COM SUA BOA MUSICA E MUITO TALENTO.
SALVE .
BERGRJ@HOTMAIL.COM
ROSEMBERG
É A VOLTA DE UM GRANDE ARTISTA QUE ULTRAPASSA A BARREIRA DO TEMPO COM SUA BOA MUSICA E MUITO TALENTO.
SALVE .
BERGRJ@HOTMAIL.COM
grande Stevie ! Sempre anos-luz de muitos artistas da cena musical contemporânea. recheado de grande baladas . como atestou Mauroi Ferreira, o disco relamente impressiona pela produção luxiosa e grandiloquente. belíssimo ! Pena ter q esperar tanto tempo para ouvi-lo.
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